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ÉTICA E ESTATUTO DA OAB

SOCIEDADE DE ADVOGADOS. ADVOGADO


EMPREGADO

Livro Eletrônico
CÍNTHIA BIESEK

Professora de Cursinhos para Concurso Público.


Chefe da Assessoria Jurídica do 1º Ofício da
Procuradoria do Trabalho do Município de
Criciúma. Atuou na produção biográfica de
livro e artigos.

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Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
Prof. Cínthia Biesek

Sociedade de Advogados. Advogado Empregado..............................................9


1. Sociedade de Advogados..........................................................................9
2. Advogado Empregado............................................................................. 24
Mapa Mental............................................................................................. 29
Resumo.................................................................................................... 30
Questões de Concurso................................................................................ 37
Gabarito................................................................................................... 57
Gabarito Comentado.................................................................................. 58

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Apresentação

Olá, querido(a) aluno(a). Tudo bem? Espero que sim!

Preparado(a) para arrasar na sua prova e garantir sua aprovação no EXAME DE

ORDEM UNIFICADO DA OAB? Certamente sim, não é mesmo?! Então vamos lá!

O exame é organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, que avalia

a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a advocacia no Brasil, e a

instituição responsável pela organização da nossa prova é a Fundação Getúlio

Vargas (FGV). Antigamente a prova era realizada em cada Estado da Federação,

mas, a partir de 2010, o exame se tornou nacional e unificado, sendo que a mesma

prova é aplicada para todos os brasileiros.

A prova é composta de 2 (duas) fases, sendo que a 1ª (primeira) conta com

80 (oitenta) questões objetivas de múltipla escolha referentes a todas as

disciplinas integrantes do currículo mínimo do curso de Direito, fixadas pela Reso-

lução n. 9/2004 do Conselho Nacional de Educação (Direito Administrativo, Direito

Civil, Direito Processual Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito

Processual do Trabalho, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito Processual Penal,

Direito Tributário e Processual Tributário), além de Direitos Humanos, Código do

Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Inter-

nacional, Filosofia do Direito e o Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regulamento

Geral e o Código de Ética e Disciplina da OAB.

Saliento que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% (quinze por cento)

de questões versando sobre Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regu-

lamento Geral, Código de Ética e Disciplina, Direitos Humanos e Filosofia

do Direito.

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Inicialmente o percentual pode parecer pequeno, mas você deve levar em con-

sideração o extenso volume de matérias que serão cobradas na prova, bem como

o número de tópicos e assuntos presentes em cada uma delas. Assim, tendo em

vista a praticidade de estudos quanto à Ética e Estatuto da OAB, a nossa matéria

merece sua atenção especial.

Você precisa saber que a FGV poderá formular questões que reflitam a juris-

prudência pacificada nos Tribunais Superiores. Desse modo, vamos apreciar

e abordar o posicionamento das Cortes nacionais.

Na 2ª (segunda fase) é realizada a avaliação prático-profissional, composta

por redação de peça profissional, acerca de tema da área jurídica de opção do

examinando e da resposta de 4 (quatro) questões discursivas, sob a forma de

situações-problemas, também relativas à área de conhecimento escolhida por

você, examinando.

Vamos com calma, ok?! Antes de se preocupar com a segunda fase, vamos dire-

cionar nossa atenção para a primeira etapa. As questões da prova objetiva serão

do tipo múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C e D) e uma única respos-

ta, de acordo com o comando da questão. Cada questão da prova objetiva vale

1 (um) ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões,

considerando-se aprovado nessa fase quem obtiver o mínimo de 50% (cinquen-

ta por cento) de acertos, ou seja, 40 (quarenta) pontos ou mais.

A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que, como

dito acima, representa um grande número de questões e um pequeno conteú-

do quando comparado com as demais. Assim, com as nossas aulas vamos abordar

os temas principais da matéria e garantir essas questões, combinado!?

A prova poderá ser realizada por todos os estudantes que estiverem matriculados

nos últimos dois semestres ou no último ano do curso de graduação em Direito, dessa

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forma, não é pré-requisito para a realização da prova o grau de bacharel

em Direito. Eu sei que, durante a graduação, são muitas as atividades que preci-

sam ser desenvolvidas, principalmente nas fases finais, além de outras questões

que dependem de você para serem resolvidas, sejam elas em relação à colação

de grau, formatura, pós-graduação e outros, ou ainda, a dúvida sobre a carreira a

seguir...

Mas se você chegou até aqui significa que está decidido a prestar o exame

da ordem e como você apostou no método Gran OAB Cursos Online, sua

aprovação será o nosso foco e vamos fazer isso com maestria, empenhando

todos os esforços que forem necessários!!

O nosso método de estudo será direcionado para a resolução de questões,

é claro que iremos ler a legislação trazida sobre o assunto, analisando todos os

artigos separadamente, com comentários individualizados, bem como a contextu-

alização dos conceitos trazidos na lei, contudo, diante do perfil da banca organi-

zadora (FGV) na qual não são cobrados apenas conhecimentos literais, mas sim sua

aplicação em casos concretos, vamos precisar praticar muito resolvendo provas

antigas para que você consiga identificar o “perfil” das questões, não confundir a

matéria e não cair em pegadinhas clássicas da banca.

Como o nosso método de estudo será focado na individualização dos artigos, na

inserção de comentários e na resolução de questões, a regra será trazer os artigos

do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo complementar, vamos

adicionar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética e Disciplina da

Ordem dos Advogados do Brasil (CED-OAB) e no Regulamento Geral do Estatu-

to da OAB, pois os diplomas legais são complementares. Dessa forma, quando não

houver referência, o artigo trata do Estatuto da OAB, caso contrário, vamos utilizar

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a sigla referente ao Código de Ética: CED-OAB ou mencionar o Regulamento Geral.

Combinado!?

Portanto, querido(a) aluno(a), fique tranquilo(a), vamos esmiuçar todo o conte-

údo do edital e garantir que, com a leitura atenta dessas aulas, você vá confiante

para a prova, tendo a garantia de que todos os temas importantes foram estuda-

dos.

Para facilitar a compreensão e não tornar maçante a leitura das aulas, fiz a se-

guinte divisão da matéria:

Cronograma das Aulas

AULA CONTEÚDO
01 Atividade de Advocacia. Advocacia Pública. Honorários Advocatícios.
02 Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional.
03 Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público.
04 Ética do Advogado. Regras Deontológicas Fundamentais. Publicidade. Sigilo Profissional.
05 Infrações e Sanções Disciplinares.
06 Processo na OAB: Processo Disciplinar e Recursos. Tribunal de Ética e Disciplina
07 Sociedade de Advogados. Advogado Empregado.
08 Incompatibilidade e Impedimentos.
09 Composição da OAB - Conselho Federal, Conselho Pleno, Órgão Especial, Câmaras,
Sessões, Conferências e Colégios de Presidentes; Conselho Seccional, Subseção e Caixa
de Assistência dos Advogados. Eleições e Mandato.

Suporte

Estou à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no decorrer

da aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei

exemplos, explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas

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tenho certeza que se a dúvida for esclarecida você seguirá seus estudos de forma

eficaz e não se esquecerá do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno detalhe

que não foi esclarecido poderá comprometer sua preparação.

Assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto, contate-me sempre que jul-

gar necessário.

Grande abraço e bons estudos!

Seja imparável!

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1. Sociedade de Advogados
A atividade da advocacia integra as funções essenciais à justiça, sendo o ad-

vogado indispensável à administração da justiça (art. 133 da Constituição

Federal de 1988), defensor do Estado democrático de direito, dos direitos

humanos e das garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da

Justiça e da paz social, exercendo o seu ministério em consonância com sua ele-

vada função pública.

O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denomina-

ção de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil

(OAB), nos termos do artigo 3º do Estatuto da OAB, de modo que o desempenho

das atividades do advogado poderá ocorrer de forma individual ou por meio de

sociedade de advogados.

Tendo em vista o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de

advogados não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no

Código Civil, já que, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil é identificada

como entidade de classe sui generis, a sociedade de advogados também é classifi-

cada como sociedade sui generis.

Da análise geral do Estatuto da OAB, é possível observar que permeiam todo o

texto da lei federal conceitos com o objetivo de afastar a advocacia do direito

privado, como nas regras referentes à publicidade da atividade da advocacia, aos

direitos e obrigações do advogado, às infrações disciplinares e, também, às socie-

dades de advogados.

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Contudo, é muito importante que você saiba as características das sociedades

privadas regidas pelo Código Civil, para que possa visualizar o quanto é especiali-

zado o regramento das sociedades de advogados.

São várias as formas de sociedade previstas no Código Civil brasileiro (socie-

dade limitada, sociedade anônima, sociedade em nome coletivo, dentre outras).

Entretanto, a doutrina classifica as sociedades em dois grandes grupos: sociedade

empresária e sociedade simples.

A sociedade empresária é aquela pessoa jurídica que exerce atividade eco-

nômica própria de empresário, organizada para a produção ou a circulação de

bens ou de serviços, com inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis a

cargo das juntas comerciais (art. 966 c/c 1.150 do Código Civil).

Por sua vez, a sociedade simples, em que pese também almejar proveito

econômico, não desenvolve atividade mercantil e deve ser registrada no car-

tório de registro de pessoas jurídicas (art. 1.150 do Código Civil).

De acordo com o Código Civil brasileiro:

Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obri-


gam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e
a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios
determinados.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro
(art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a socieda-
de por ações; e, simples, a cooperativa.
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados
nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com
um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
[...]
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro
próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

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A sociedade é uma espécie de corporação, dotada de personalidade jurídi-

ca, instituída por meio de um contrato social, com a finalidade de exercer ativida-

de econômica e partilhar lucros. O contrato social, desde que devidamente re-

gistrado, é o ato constitutivo da sociedade. As sociedades simples equiparam-se

às sociedades civis e, no seu amplo campo de atuação, podem ser verificadas as

sociedades de profissionais liberais, instituições de ensino, entidades de assis-

tência médica ou social (GAGLIANO, Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamplona. Manu-

al de Direito Civil, 2017).

É importante destacar que o próprio Código Civil possibilita a regulamentação

diferenciada de sociedades. Ademais, parece evidente, mas as sociedades de ad-

vogados não possuem características próprias de sociedades empresárias,

mas, sim, de sociedades simples.

No entanto, devem ser consideradas como sociedades simples sui generis,

o que ocorre, como já mencionei, em razão do desempenho de função pública

essencial à administração da justiça, que possui finalidade profissional e não de

obtenção de lucro.

A reflexão de Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB,

2017) é no sentido de que

A Lei n. 8.906/1994 manteve a natureza da sociedade de advogados como sociedade


exclusivamente de pessoas e de finalidades profissionais. É uma sociedade profissio-
nal sui generis que não se confunde com as sociedades previstas no Código
Civil. [...] Rejeitou-se o modelo empresarial existente em vários países, para que não
se desfigurasse a atividade da advocacia, que no Brasil é serviço público, ainda que em
ministério privado, integrante da administração da justiça. O capital essencial das
sociedades de advogados é a produção intelectual dos advogados que a integram
e não as coisas ou valores financeiros.

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Nesse sentido, o Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de ad-

vogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária,

que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à

advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advo-

cacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar

(art. 16).

Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de ser-

viços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma

disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB (art. 15, caput),

observando-se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética

e Disciplina da Ordem (art. 15, § 2º).

De acordo com o disposto acima, podemos concluir que a sociedade de advoga-

dos, que abrange a sociedade simples e a sociedade unipessoal de advocacia, deve

seguir a legislação especial trazida pelo Estatuto e demais regramentos da OAB,

não sendo aplicáveis as regras do Código Civil, sequer subsidiariamente.

Nos termos do artigo 37 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, os advoga-

dos podem constituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação

de serviços de advocacia, a qual deve ser regularmente registrada no Conselho Sec-

cional da OAB em cuja base territorial tiver sede.

O Estatuto da OAB foi modificado pela Lei n. 13.247/2016, e uma das grandes

novidades trazidas foi a possibilidade de constituir sociedade unipessoal de

advocacia. Como o próprio nome revela, esta pessoa jurídica é composta por um

único advogado.

Inicialmente, pode parecer um pouco confuso o fato de que uma sociedade é

composta por um único advogado, mas vou contextualizar a intenção do legislador

para que você não fique com dúvidas.

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Em 2011, a Lei n. 12.441 alterou o Código Civil e acrescentou no rol de pessoas

jurídicas de direito privado a empresa individual de responsabilidade limitada,

também conhecida como EIRELI (art. 44, inciso VI, do CC), a qual é constituída

por uma única pessoa titular da totalidade do capital.

O legislador buscou adequar o ordenamento jurídico brasileiro para eliminar

uma prática bastante comum de criar falsa sociedade, em que um dos sócios era

detentor de 99% do capital e o outro de 1%, apenas para constituir uma sociedade,

já que, até então, era necessária a presença de duas ou mais pessoas.

A constituição de uma empresa individual de responsabilidade limitada visa a proteção


do patrimônio pessoal do titular, uma vez que as dívidas contraídas ficam limita-
das ao capital da pessoa jurídica, além de outros benefícios pecuniários e tributá-
rios, vejamos o que dispõe o Código Civil:
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma
única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado,
que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão “EIRELI”
após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limi-
tada.
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada
somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independen-
temente das razões que motivaram tal concentração.
§ 4º (VETADO).
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída
para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão
de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja de-
tentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as
regras previstas para as sociedades limitadas.
§ 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa in-
dividual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer
situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.

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Não vamos adentrar no mérito da questão, mas devo lembrá-lo de que a prote-

ção ao patrimônio pessoal do titular (no caso da EIRELI) ou dos sócios, nos demais

casos, não é absoluta, tendo em vista que o Código Civil consagrou a teoria da

desconsideração da personalidade jurídica, que nada mais é do que a permis-

são concedida pelo juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público, quando

lhe couber intervir no processo, para que os efeitos de certas e determinadas rela-

ções de obrigações sejam estendidas aos bens particulares dos administradores ou

sócios da pessoa jurídica em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado

pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial (art. 50, do Código Civil).

Obviamente, a possibilidade de constituir EIRELI não modificou as socieda-

des de advogados, que continuavam exigindo a presença de dois ou mais inscri-

tos, uma vez que as regras do Direito Civil, nesse campo, não lhes são aplicáveis.

Para tanto, à semelhança da empresa individual de responsabilidade limitada,

a Lei n. 13.247/2016, instituiu a sociedade unipessoal de advocacia. Ressal-

to, todavia, que, apesar da similitude entre elas, a sociedade unipessoal, assim

como todos os demais institutos da Ordem dos Advogados do Brasil, também não

tem caráter empresarial e deve ser entendida como sociedade sui generis.

Dito isso, os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de

serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia.

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Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advo-

gados, ambas seguem os mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da

Ordem, observadas suas especificações.

Nesse sentido, Paulo Lobo (2017.) discorre que:

Os direitos e deveres de ambas são iguais, guardadas suas especificidades. As regras le-
gais sobre a natureza de prestação de serviços exclusivos de advocacia, o exercício
dos atos privativos de advogado, as limitações como sociedade de meios, o registro
no Conselho Seccional do local de sua sede, a abertura de filial, a responsabilidade
solidária e subsidiária da pessoa física do advogado titular, a submissão às regras
deontológicas do Código de Ética e Disciplina, o pagamento de anuidade, a eventual
participação de advogado associado são as mesmas para as duas espécies de socieda-
des de advocacia.

Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia ad-

quirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos consti-

tutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art.

15, § 1º).

Ademais, de acordo com o artigo 16, § 3º, é proibido o registro, nos cartó-

rios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de socie-

dade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.

O ato constitutivo da sociedade é o contrato social e, segundo o Provimen-

to n. 112/2006 do Conselho Federal da OAB, o contrato deve conter os seguintes

elementos e diretrizes (art. 2º):

I - a razão social, constituída pelo nome completo, nome social ou sobrenome dos
sócios ou, pelo menos, de um deles, assim como a previsão de sua alteração ou ma-
nutenção, por falecimento ou, em uma única sociedade, por afastamento permanente,
nos termos do contrato social, de sócio que lhe tenha dado o nome, observado, ainda,
o disposto nos parágrafos 1º, 3º e 4º deste artigo;
II - o objeto social, que consistirá, exclusivamente, no exercício da advocacia, poden-
do especificar o ramo do direito a que a sociedade se dedicará;

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III - o prazo de duração, sendo que suas atividades terão início a partir da data de
registro do ato constitutivo;
IV - o endereço em que irá atuar;
V - o valor do capital social, sua subscrição por todos os sócios, com a especificação
da participação de cada qual, e a forma de sua integralização;
VI - o critério de distribuição dos resultados e dos prejuízos verificados nos perío-
dos que indicar;
VII - a forma de cálculo e o modo de pagamento dos haveres e de eventuais hono-
rários pendentes, devidos ao sócio falecido, assim como ao que se retirar da sociedade
ou que dela for excluído;
VIII - a possibilidade, ou não, de o sócio exercer a advocacia autonomamente e de
auferir, ou não, os respectivos honorários como receita pessoal;
IX - é permitido o uso do símbolo “&”, como conjuntivo dos nomes ou nomes sociais de
sócios que constarem da denominação social;
X - não são admitidas a registro, nem podem funcionar, Sociedades de Advogados
que revistam a forma de sociedade empresária ou cooperativa, ou qualquer outra
modalidade de cunho mercantil;
XI - é imprescindível a adoção de cláusula com a previsão expressa de que, além da
sociedade, o sócio ou associado responderá subsidiária e ilimitadamente pelos
danos causados aos clientes, por ação ou omissão, no exercício da advocacia;
XII - é admitida e recomendável a adoção de cláusula de mediação, conciliação e
arbitragem;
XIII - não se admitirá o registro e arquivamento de Contrato Social, e de suas alte-
rações, com cláusulas que suprimam o direito de voto de qualquer dos sócios, po-
dendo, entretanto, estabelecer quotas de serviço ou quotas com direitos diferenciados,
vedado o fracionamento de quotas;
XIV - (Revogado).
XV - é permitida a constituição de Sociedades de Advogados entre cônjuges, qual-
quer que seja o regime de bens, desde que ambos sejam advogados regularmente
inscritos no Conselho Seccional da OAB em que se deva promover o registro e arquiva-
mento;
XVI - o Contrato Social pode determinar a apresentação de balanços mensais, com
a efetiva distribuição dos resultados aos sócios a cada mês;
XVII - as alterações do Contrato Social podem ser decididas por maioria do capital
social, salvo se o Contrato Social determinar a necessidade de quórum especial para
deliberação;
XVIII - o Contrato Social pode prever a cessão total ou parcial de quotas, desde que
se opere por intermédio de alteração aprovada pela maioria do capital social.

Todas as alterações no contrato social e/ou na estrutura da sociedade deverão

ser averbadas no registro da sociedade perante o Conselho Seccional.

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As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de administração

social, permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes

atribuídos, nos termos do artigo 41 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.

Como vimos em aula passada, manter sociedade profissional fora das nor-

mas e preceitos estabelecidos no Estatuto da OAB caracteriza infração discipli-

nar, em conformidade com o artigo 34, inciso II.

De acordo com o Regulamento Geral da OAB, as atividades profissionais pri-

vativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à

sociedade os honorários respectivos (art. 37, § 1º).

Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos

advogados e indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, do Estatuto da

OAB).

Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados,

constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, si-

multaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal

de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Con-

selho Seccional (art. 15, § 4º).

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Perceba que o Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados

em áreas de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial

deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Sec-

cional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipes-

soal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar (art. 15, § 5º).

Apenas para lembrá-lo, a atuação do advogado não fica restrita ao território

de seu domicílio profissional, já que pode atuar em outros territórios, exigin-

do-se apenas a realização de inscrição suplementar nos conselhos seccionais

respectivos quando a intervenção judicial exceder de cinco causas por ano (art.

10, § 2º).

Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente,

bem como em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma

mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação

recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses

opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19, do Código de Ética e Disci-

plina da OAB.

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A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, já que


o Estatuto prevê algumas limitações (art. 16, §§ 1º e 4º):

§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advo-
gado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde
que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
[...]
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoria-
mente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão
‘Sociedade Individual de Advocacia’.         

Paulo Lobo (2017) assevera que:

Não há liberdade na composição do nome da sociedade de advogados. O nome deve


expressar com clareza sua finalidade, não sendo admitidos nome de fantasia, sím-
bolos ou acréscimos comuns nas atividades mercantis.

De acordo com o artigo 38 do Regulamento Geral, o nome completo ou abrevia-


do, ou o nome social de, no mínimo, um advogado responsável pela sociedade
consta obrigatoriamente da razão social, podendo permanecer o nome ou o
nome social de sócio falecido se essa possibilidade tiver sido prevista no ato
constitutivo ou na alteração contratual em vigor.

RAZÃO SOCIAL

Nome de um dos advogados;

Nome de sócio falecido requisito:

previsão no contrato social.

Além disso, o Provimento n. 112/2006 do Conselho Federal da OAB veda a uti-


lização de sigla ou expressão de fantasia ou das características mercantis,
bem como a referência a “Sociedade Civil” ou “SC”, “SS”, “EPP”, “ME” e outras.
Ainda, só será admitida a registro a sociedade de advogados que contenha em

sua denominação social a expressão “Sociedade de Advogados”, “Sociedades de

Advogadas e Advogados”, “Advogados”, “Advocacia” ou “Advogados Associados”,

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permitindo-se, em qualquer dos casos antecedentes, o emprego da palavra “Advo-

gados” no gênero feminino (art. 2º, §§ 1º e 3º).

Questão 1    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2018) Ricardo Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e

constituem a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados, para

exercício conjunto da profissão. A sociedade consolida-se como referência de atu-

ação em determinado ramo do Direito. Anos depois, Carlos Santos falece e seus

ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade.

Sobre a manutenção do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com

o Estatuto e com o Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros.

b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido.

c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da socieda-

de ou na alteração contratual em vigor.

d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração

contratual em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo

Conselho da respectiva Seccional.

Letra c.

A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, o nome deve

expressar com clareza sua finalidade. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o

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nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo perma-

necer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.

Segundo o artigo 15, § 7º, a sociedade unipessoal de advocacia pode resultar

da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advoga-

dos, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Nesse caso,

ocorre a conversão da sociedade coletiva para uma sociedade individual de

advocacia.

Ademais, a sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de

emprego, para participação nos resultados, desde que os contratos firmados sejam

averbados no registro da sociedade de advogados (art. 39 do Regulamento Geral).

O profissional advogado poderá licenciar-se: se assim o requerer, por motivo

justificado, quando passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompa-

tível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental considerada

curável (art. 12).

O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advo-

cacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não

alterando sua constituição (art. 16, § 2º).

Como já falamos, as atividades profissionais privativas dos advogados

devem ser exercidas individualmente, mesmo que façam parte de uma socie-

dade de advogados (art. 15, § 3º, do Estatuto da OAB). Tanto é que as procura-

ções devem ser outorgadas individualmente, com indicação da sociedade que os

constituídos façam parte. De modo que a sociedade não substitui os advogados.

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Segundo o artigo 42 do Regulamento Geral,

Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os
atos indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado.

Discorre Paulo Lobo (2017) que a sociedade de advogados:

É entidade coletiva de organização, meios e racionalização para permitir a ativida-


de associativa de profissionais, que distribuem tarefas, receitas e despesas, quan-
do atingem um nível de complexidade que ultrapassa a atuação individual. Ou, como
estabelece o regimento interno da Ordem dos Advogados de Paris, constitui “estrutura
de meios” que têm por finalidade exclusiva “facilitar ou desenvolver a atividade
profissional de seus membros”, tendo um caráter auxiliar em razão dessa atividade.

Conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos

atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.

Por sua vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade in-

dividual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos

causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da

advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares (art. 17 do Estatuto da OAB c/c

art. 40 do Regulamento Geral).

Desse modo, como já citei, é imprescindível a adoção de cláusula com previ-

são expressa no contrato social da sociedade de advogados (ato constitutivo)

de que, além da sociedade, o sócio ou associado responderá subsidiária e ilimi-

tadamente pelos danos causados aos clientes, por ação ou omissão, no exercício

da advocacia (art. 2º, inciso XI, do Provimento n. 112/2006 do CFOAB).

Sendo assim, é nula a cláusula do contrato social que vise limitar a res-

ponsabilidade dos sócios.

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Questão 2    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2017) Os advogados Raimundo da Silva, Severino da Silva e Juscelino

da Silva constituíram sociedade simples de prestação de serviços de advocacia,

denominada Silva Advogados, com o registro aprovado dos seus atos constitutivos

no Conselho Seccional da OAB pertinente ao local da sede. Severino figura como

sócio-gerente. Além dos três advogados, não há outros sócios ou associados. Con-

siderando a situação narrada e a disciplina do Regulamento Geral do Estatuto da

Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas

podem ser praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino, sendo vedada a prática

de atos por Silva Advogados, uma vez que as atividades necessárias ao desem-

penho da advocacia devem ser exercidas individualmente, ainda que revertam à

sociedade os proveitos.

b) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica podem ser

praticados por Silva Advogados; porém, os atos privativos de advogado devem ser

praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino.

c) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica e os atos

privativos de advogado podem ser praticados por Silva Advogados.

d) Os atos destinados à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas de-

vem ser praticados por Severino, sendo vedada a prática de atos por Silva Advoga-

dos, uma vez que as atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem

ser exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os proveitos. Os

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atos também não podem ser praticados pelos demais sócios, já que Severino figura

como sócio-gerente.

Letra b.

De acordo com o Regulamento Geral da OAB, as atividades profissionais pri-

vativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à

sociedade os honorários respectivos (art. 37, § 1º).

Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos ad-

vogados e indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, do Estatuto da

OAB). De modo que a sociedade não substitui os advogados.

Apesar disso, segundo o artigo 42 do Regulamento Geral

Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos
indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado.

Portanto, os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica

podem ser praticados por Silva Advogados, mas os atos privativos de advogado

devem ser praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino.

2. Advogado Empregado
Outra forma de o advogado desempenhar suas atividades é através da rela-

ção de emprego com o cliente. O vínculo empregatício do advogado exige os

mesmos elementos fático-jurídicos estabelecidos para a constituição da relação de

trabalho comum, trazidos na Consolidação das Leis do Trabalho:

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Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

É importante destacar que dentre os elementos caraterísticos da relação de

emprego: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, alteridade e su-

bordinação, no caso do advogado empregado, a subordinação não prejudica

o direito do advogado à liberdade de atuação e à isenção técnica, que é

inerente ao exercício da advocacia, uma vez que o advogado deve seguir suas

convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender os interesses dos seus

clientes (art. 18 do Estatuto da OAB).

Quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina

que o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante rela-

ção empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como

integrante de departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou

privado, deve zelar pela sua liberdade e independência (art. 4º, CED-OAB).

A liberdade de atuação do profissional advogado é trazida por Paulo Lobo

(2017) no seguinte sentido:

Além da independência técnica, o advogado deve preservar sua independência polí-


tica e de consciência, jamais permitindo que os interesses do cliente confundam-
-se com os seus. O advogado não é e nunca pode ser o substituto da parte; é o patro-
no. [...] Entende-se por isenção técnica do advogado empregado a total autonomia
quanto à correta aplicação dos atos, meios e prazos processuais, sem interferência
do empregador. [...] Sem independência profissional não há advocacia. Desde suas
mais remotas origens, a advocacia só pode ser exercida com absoluta indepen-
dência em face do poder político e do próprio cliente. A subordinação hierárquica,
própria da relação de emprego, é limitada pela independência profissional do advogado,
que não pode ser maculada. A isenção técnica e a independência são requisitos indis-
poníveis e interdependentes do exercício da advocacia.

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O Código de Ética e Disciplina impede que o advogado funcione no mesmo

processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente

(art. 25).

Além disso, outra regra deontológica que devemos lembrar é que o advogado

deverá resguardar o sigilo profissional ao postular, judicial ou extrajudicialmente,

em nome de terceiros contra ex-empregador (art. 21 do CED-OAB).

A relação estabelecida entre o advogado e o cliente empregador está restri-

ta ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está

obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos emprega-

dores fora da relação de emprego (art. 18, parágrafo único, do Estatuto da OAB).

Quanto ao salário mínimo do profissional advogado, o importante a ser

destacado é que esse será fixado em sentença normativa, caso não tenha sido

ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.

A representação do advogado empregado nas convenções coletivas cele-

bradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos

coletivos celebrados com a empresa empregadora, é de competência do sindica-

to de advogados e, na sua falta, a federação ou confederação de advogados,

segundo o artigo 11 do Regulamento Geral da OAB.

Além do mais, nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este

representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados em-

pregados. Caso os honorários de sucumbência sejam percebidos por advogado

empregado de sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele e a

empregadora (art. 21, caput e parágrafo único, do Estatuto da OAB).

O Supremo Tribunal Federal ao julgar a ADI n. 1194 estabeleceu que o art.

21 e o parágrafo único da Lei n. 8.906/1994 deve ser interpretado no sentido da

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preservação da liberdade contratual quanto à destinação dos honorários de su-

cumbência fixados judicialmente. Sendo assim, é possível a estipulação contratual

em contrário, pois se trata de direito disponível do advogado.

Lembre-se, na hipótese de honorários por sucumbência, o juiz, ao proferir a

sentença, condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor,

fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte por cento)

sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível

mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, seguindo: o grau de zelo do profissio-

nal; o lugar de prestação do serviço; a natureza e a importância da causa; o trabalho

realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (art. 85, §2º, CPC).

E, ainda, como já estudamos, os honorários advocatícios incluídos na conde-

nação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam-se

em verba de natureza alimentar (Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal

Federal).

Você pode observar que os honorários pertencem ao advogado, tendo este

o direito autônomo para executar a sentença quando os honorários de sucumbência

forem incluídos na condenação (art. 23 do Estatuto da OAB).

Desse modo, os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente

do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não inte-

gram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para

efeitos trabalhistas ou previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja des-

tinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou

por seus representantes (art. 14 do Regulamento Geral da OAB).

Por sua vez, a jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo

ou convenção coletiva, não poderá exceder a duração diária de quatro horas

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contínuas e a de vinte horas semanais. Considera-se como período de trabalho

o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando

ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-o

reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação (art.

20, caput e § 1º, do Estatuto da OAB).

Além disso, poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve

estar previsto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a

jornada de trabalho observar o limite de oito horas diárias (art. 20, caput, do

Estatuto da OAB c/c art. 12 do Regulamento Geral da OAB).

As horas extraordinariamente prestadas pelo advogado, ou seja, aquelas

que excederem a jornada normal devem ser remuneradas com um adicional não

inferior a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito,

nos termos do artigo 20, § 2º, do Estatuto da OAB.

Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as

horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias (art.

12, parágrafo único, do Regulamento Geral da OAB).

Por fim, quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário

noturno, entendido como o período das 20 (vinte) horas de um dia até as 5 (cinco)

horas do dia seguinte, as horas trabalhadas devem ser remuneradas com adicio-

nal de 25% (art. 20, § 3º, do Estatuto da OAB).

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MAPA MENTAL

DIFERENÇAS SOCIEDADES
SOCIEDADE PRIVADA SOCIEDADE DE ADVGOADOS
REGRAMENTO - Estatuto da OAB;
Código Civil.
- Regulamento Geral da OAB.
FORMAS - Sociedade simples;
Sociedade simples sui generis.
- Sociedade empresária.
FINALIDADE Produção intelectual - Função pública
Obtenção de lucro.
essencial à administração da justiça.
ATIVIDADES Apenas advocacia - não pode estar
Um ou mais negócios determinados. associada a
outra atividade.
REGISTRO - Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas; Conselho Seccional da OAB da base
- Registro Público de Empresas Mer- territorial da sede.
cantis (Junta Comercial).

ADVOGADO EMPREGADO PECULIARIDADES


EMPREGADO Hora extra = no mínimo, Hora noturna = + 20%
CELETISTA + 50% Período = 22h – 5h.
(art. 59, § 1º, da CLT) (art. 73, da CLT)
ADVOGADO Hora extra = no mínimo, Hora noturna = + 25%
EMPREGADO + 100% (art. 20, § 2º, do Estatuto Período = 20h – 5h.
da OAB) (art. 20, § 3º, do Estatuto da OAB)

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RESUMO

• O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denomi-

nação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB), sendo que o desempenho das atividades do advogado pode-

rá ocorrer de forma individual ou por meio de sociedade de advogados.

• Ante o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de advo-

gados não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no

Código Civil, já que a sociedade de advogados é classificada como sociedade

sui generis.

• São várias as formas de sociedade previstas no Código Civil brasileiro (so-

ciedade limitada, sociedade anônima, sociedade em nome coletivo, dentre

outras). Entretanto, a doutrina classifica as sociedades em dois grandes gru-

pos: sociedade empresária e sociedade simples. A sociedade empresária

é aquela pessoa jurídica que exerce atividade econômica própria de empresá-

rio, organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços,

com inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das juntas

comerciais. Por sua vez, a sociedade simples, que também almeja provei-

to econômico, não desenvolve atividade mercantil e deve ser registrada

no cartório de registro de pessoas jurídicas.

• As sociedades de advogados não possuem características próprias de socie-

dades empresárias, o que é vedado pelo Estatuto da OAB, inclusive, mas,

sim, de sociedades simples. No entanto, devem ser consideradas como so-

ciedades simples sui generis, o que ocorre em razão do desempenho de

função pública essencial à administração da justiça, que possui finalidade

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profissional e não de obtenção de lucro. O capital essencial das sociedades de

advogados é a produção intelectual dos advogados que a integram e não

as coisas ou valores financeiros.

• O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que

apresentem forma ou características de sociedade empresária, que ado-

tem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à ad-

vocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de

advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de

advogar.

• Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de ser-

viços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na

forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, não

sendo aplicáveis as regras do Código Civil, sequer subsidiariamente.

Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advo-

gados, ambas seguem os mesmos regramentos impostos pelo Estatu-

to da Ordem, observadas suas especificações.

• Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia

adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos

constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial ti-

ver sede. Ademais, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil

de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua,

entre outras finalidades, a atividade de advocacia. O ato constitutivo forma-

liza-se por intermédio do contrato social. Todas as alterações no contrato

social e/ou na estrutura da sociedade deverão ser averbadas no registro

da sociedade.

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• Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabele-

cidos no Estatuto da OAB caracteriza infração disciplinar (34, inciso II, do

Estatuto da OAB).

• As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas

individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respec-

tivos. Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individual-

mente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte.

• Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados,

constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou inte-

grar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade

unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial

do respectivo Conselho Seccional. O ato de constituição de filial deve ser

averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional

onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipes-

soal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.

• A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para

participação nos resultados, desde que os contratos firmados sejam averba-

dos no registro da sociedade de advogados.

• A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados,

o nome deve expressar com clareza sua finalidade. A razão social deve

ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsá-

vel pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que

prevista tal possibilidade no ato constitutivo. A denominação da sociedade

unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome

do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Indivi-

dual de Advocacia’.

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• A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por

um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independen-

temente das razões que motivaram tal concentração. Nesse caso, ocorre a

conversão da sociedade coletiva para uma sociedade individual de

advocacia.

• O profissional advogado poderá licenciar-se: se assim o requerer, por mo-

tivo justificado, quando passar a exercer, em caráter temporário, atividade

incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental

considerada curável. O licenciamento do sócio para exercer atividade in-

compatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no

registro da sociedade, não alterando sua constituição.

• A sociedade não substitui os advogados, mas podem ser praticados pela

sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos indispensáveis

às suas finalidades, desde que não sejam privativos de advogado.

• O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, prati-

car com dolo ou culpa. Por sua vez, a sociedade, os sócios, bem como

o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e

ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por

ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disci-

plinares. É nula a cláusula do contrato social que vise limitar a respon-

sabilidade dos sócios.

• Outra forma de o advogado desempenhar suas atividades é através da rela-

ção de emprego com o cliente. O vínculo empregatício do advogado exige

os mesmos elementos fático-jurídicos estabelecidos para a constituição da

relação de trabalho celetista. Dentre os elementos caraterísticos da relação

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de emprego: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, alterida-

de e subordinação. É importante destacar que, no caso do advogado em-

pregado, a subordinação não prejudica o direito do advogado à liber-

dade de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da

advocacia, uma vez que o advogado deve seguir suas convicções filosóficas

e conhecimentos técnicos ao defender os interesses dos seus clientes.

• O Código de Ética e Disciplina impede que o advogado funcione no mesmo

processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou

cliente. Além disso, o advogado deverá resguardar o sigilo profissional ao

postular, judicial ou extrajudicialmente, em nome de terceiros contra ex-

-empregador.

• A relação estabelecida entre o advogado e o cliente empregador está restri-

ta ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não

está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal

dos empregadores fora da relação de emprego.

• O salário mínimo do profissional advogado é fixado em sentença nor-

mativa, caso não tenha sido ajustando em acordo ou convenção coletiva

de trabalho. A representação do advogado empregado nas convenções

coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empre-

gadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa empregadora, é de

competência do sindicato de advogados e, na sua falta, a federação ou

confederação de advogados.

• Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por esse representa-

da, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados emprega-

dos. Caso os honorários de sucumbência sejam percebidos por advogado

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empregado de sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele

e a empregadora (art. 21, caput e parágrafo único, do Estatuto da OAB). Na

hipótese de honorários por sucumbência, o juiz, ao proferir a sentença,

condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor,

fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte

por cento) sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou,

não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, seguindo:

o grau de zelo do profissional; o lugar de prestação do serviço; a natureza e a

importância da causa; o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido

para o seu serviço.

• Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do mon-

tante principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natu-

reza alimentar - Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal Federal. Os

honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para

executar a sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos

na condenação. Desse modo, os honorários de sucumbência, por decorre-

rem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação

de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo,

assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, consti-

tuindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais

integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes.

• A jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo ou conven-

ção coletiva, não poderá exceder a duração diária de quatro horas con-

tínuas e a de vinte horas semanais. Considera-se como período de tra-

balho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador,

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aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades

externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hos-

pedagem e alimentação;

• Poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar pre-

visto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a jorna-

da de trabalho observar o limite de oito horas diárias.

• As horas que excederem a jornada normal devem ser remuneradas com

um adicional não inferior a 100% sobre o valor da hora normal, mes-

mo havendo contrato escrito. Em caso de dedicação exclusiva, serão remu-

neradas como extraordinárias as horas trabalhadas que excederem a jornada

normal de oito horas diárias.

• Quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário no-

turno, entendido como o período das 20 (vinte) horas de um dia até as 5

(cinco) horas do dia seguinte, as horas trabalhadas devem ser remuneradas

com adicional de 25%.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Os sócios An-

tônio, Daniel e Marcos constituíram a sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advoga-

dos Associados, com sede em São Paulo e filial em Brasília. Após desentendimentos

entre eles, Antônio constitui sociedade unipessoal de advocacia, com sede no Rio

de Janeiro. Marcos, por sua vez, retira-se da sociedade Antônio, Daniel & Marcos

Advogados Associados.

Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) Daniel não está obrigado a manter inscrição suplementar em Brasília, já que a

sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados tem sede em São Paulo.

b) Antônio deverá retirar-se da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados,

já que não pode integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma

sociedade unipessoal de advocacia.

c) Mesmo após Marcos se retirar da sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advoga-

dos Associados permanece o impedimento para que ele e Antônio representem em

juízo clientes com interesses opostos.

d) Caso Antônio também se retire da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Asso-

ciados, a sociedade deverá passar a ser denominada Daniel Sociedade Individual

de Advocacia.

Questão 2    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) A sociedade

Antônio, Breno, Caio & Diego Advogados Associados é integrada, exclusivamente,

pelos sócios Antônio, Breno, Caio e Diego, todos advogados regularmente inscri-

tos na OAB. Em um determinado momento, Antônio vem a falecer. Breno passa a

exercer mandato de vereador, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora

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da Câmara Municipal ou seus substitutos legais. Caio passa a exercer, em caráter

temporário, função de direção em empresa concessionária de serviço público.

Considerando esses acontecimentos, assinale a afirmativa correta.

a) O nome de Antônio poderá permanecer na razão social da sociedade após o seu

falecimento, ainda que tal possibilidade não esteja prevista em seu ato constitutivo.

b) Breno deverá licenciar-se durante o período em que exercer o mandato de ve-

reador, devendo essa informação ser averbada no registro da sociedade.

c) Caio deverá deixar a sociedade, por ter passado a exercer atividade incompatí-

vel com a advocacia.

d) Com o falecimento de Antônio, se Breno e Caio deixarem a sociedade e nenhum

outro sócio ingressar nela, Diego poderá continuar suas atividades, caso em que

passará a ser titular de sociedade unipessoal de advocacia.

Questão 3    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2018) Ricardo Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e

constituem a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados, para

exercício conjunto da profissão. A sociedade consolida-se como referência de atu-

ação em determinado ramo do Direito. Anos depois, Carlos Santos falece e seus

ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade. Sobre a manutenção

do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com o Estatuto e com o

Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros.

b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido.

c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da socieda-

de ou na alteração contratual em vigor.

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d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração

contratual em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo

Conselho da respectiva Seccional.

Questão 4    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2018) O advogado Pasquale integra a sociedade de advogados X, jun-

tamente com três sócios. Todavia, as suas funções na aludida sociedade apenas

ocupam parte de sua carga horária semanal disponível. Por isso, a fim de ocupar o

tempo livre, o advogado estuda duas propostas: de um lado, pensa em criar, pa-

ralelamente, uma sociedade unipessoal de advocacia; de outro, estuda aceitar a

oferta, proposta pela sociedade de advogados Y, de integrar seus quadros.

Considerando que todas as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na mesma

área territorial de um Conselho Seccional da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X

e a sociedade de advogados Y. Todavia, não é autorizado que integre simultanea-

mente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

b) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados

X e a sociedade unipessoal de advocacia. Todavia, não é autorizado que integre

simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y.

c) Não é permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advo-

gados X e a sociedade de advogados Y. Tampouco é autorizado que integre simul-

taneamente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

d) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X

e a sociedade de advogados Y. Também é autorizado que integre simultaneamente

a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

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Questão 5    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2017) Os advogados Raimundo da Silva, Severino da Silva e Juscelino

da Silva constituíram sociedade simples de prestação de serviços de advocacia,

denominada Silva Advogados, com o registro aprovado dos seus atos constitutivos

no Conselho Seccional da OAB pertinente ao local da sede. Severino figura como

sócio-gerente. Além dos três advogados, não há outros sócios ou associados. Con-

siderando a situação narrada e a disciplina do Regulamento Geral do Estatuto da

Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas

podem ser praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino, sendo vedada a prática

de atos por Silva Advogados, uma vez que as atividades necessárias ao desem-

penho da advocacia devem ser exercidas individualmente, ainda que revertam à

sociedade os proveitos.

b) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica podem ser

praticados por Silva Advogados; porém, os atos privativos de advogado devem ser

praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino.

c) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica e os atos

privativos de advogado podem ser praticados por Silva Advogados.

d) Os atos destinados à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas de-

vem ser praticados por Severino, sendo vedada a prática de atos por Silva Advoga-

dos, uma vez que as atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem

ser exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os proveitos. Os

atos também não podem ser praticados pelos demais sócios, já que Severino figura

como sócio-gerente.

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Questão 6    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2017) Miguel, advogado, sempre exerceu a atividade sozinho. Não

obstante, passou a pesquisar sobre a possibilidade de constituir, individualmente,

pessoa jurídica para a prestação de seus serviços de advocacia.

Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante registro dos

seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver

sede, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘So-

ciedade Individual de Advocacia’.

b) Miguel não poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, uma vez que o or-

denamento jurídico brasileiro não admite a figura da sociedade unipessoal, ressal-

vados apenas os casos de unipessoalidade temporária e da chamada subsidiária

integral.

c) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos

seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB, com denominação formada

pelo nome do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.

d) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos

seus atos constitutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com denominação

formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.

Questão 7    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2015) O banco Dólar é réu em diversos processos de natureza consu-

merista, todos com idênticos fundamentos de Direito, pulverizados pelo território

nacional. Considerando a grande quantidade de feitos e sua abrangência territorial,

a instituição financeira decidiu contratar a sociedade de advogados X para sua de-

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fesa em juízo, pois esta possui filial em diversos estados da Federação. Diante da

consulta formulada pelo banco, alguns advogados, sócios integrantes da filial situ-

ada no Rio Grande do Sul, realizaram mapeamento dos processos em trâmite em

face da pessoa jurídica. Assim, observaram que esta mesma filial já atua em um

dos processos em favor do autor da demanda.

Tendo em vista tal situação, assinale a opção correta.

a) Os advogados deverão recusar, por meio de qualquer sócio do escritório ou filial,

a atuação da sociedade de advogados na defesa do banco, pois os advogados só-

cios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clien-

tes de interesses opostos.

b) Os advogados deverão identificar quem são os sócios do escritório que atuam

na causa, pois estes não poderão realizar a defesa técnica do banco em quaisquer

dos processos em trâmite, sendo autorizada, porém, a atuação dos demais sócios

da sociedade de advogados, de qualquer filial.

c) Os advogados deverão recusar a defesa do banco pela filial da sociedade de ad-

vogados no Rio Grande do Sul e indicar as outras filiais para atuação nos feitos, pois

todos os sócios da filial ficam impedidos de representar em juízo a instituição finan-

ceira, em razão de já haver atuação em favor de cliente com interesses opostos.

d) Os advogados deverão informar ao banco que há atuação de advogados daquela

filial em um dos processos em favor do autor da demanda, a fim de que a instituição

financeira decida se deseja, efetivamente, que a sua defesa técnica seja realizada pela
sociedade de advogados, garantindo, assim, o consentimento informado do cliente.

Questão 8    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2015) Os advogados Márcio, Bruno e Jorge, inscritos nas Seccionais

do Paraná e de Santa Catarina da Ordem dos Advogados resolveram constituir de-

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terminada sociedade civil de advogados, para atuação na área tributária. A sede

da sociedade estava localizada em Curitiba. Como os três sócios estavam inscritos

na Seccional de Santa Catarina, eles requereram o registro da sociedade também

nessa Seccional. Márcio, por outro lado, já fazendo parte da sociedade com Bruno

e Jorge, requereu, juntamente com seu irmão, igualmente advogado, o registro de

outra sociedade de advogados também na Seccional do Paraná, esta com especia-

lização na área tributária. As sociedades não são filiais.

Sobre a hipótese descrita é correto afirmar que a sociedade de advogados de Már-

cio, Bruno e Jorge

a) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede

na Seccional do Paraná. Márcio não poderá requerer inscrição em outra sociedade

de advogados no Paraná.

b) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede

na Seccional do Paraná. Márcio poderá requerer inscrição em outra sociedade de

advogados no Paraná.

c) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados

que dela fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio não poderá

requerer inscrição em outra sociedade de advogados no Paraná.

d) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados

que dela fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio poderá re-

querer inscrição em outra sociedade de advogados no Paraná.

Questão 9    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2015) Gabriela é sócia de uma sociedade de advogados, tendo, no exer-

cício de suas atividades profissionais, representado judicialmente Júlia. Entretanto,

Gabriela, agindo com culpa, deixou de praticar ato imprescindível à defesa de Júlia

em processo judicial, acarretando-lhe danos materiais e morais.

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Em uma eventual demanda proposta por Júlia, a fim de ver ressarcidos os danos

sofridos, deve-se considerar que

a) Gabriela e a sociedade de advogados não podem ser responsabilizadas civil-

mente pelos danos, pois, no exercício profissional, o advogado apenas responde

pelos atos que pratica mediante dolo, compreendido por meio do binômio consci-

ência e vontade.

b) a sociedade de advogados não pode ser responsabilizada civilmente pelos atos

ou omissões praticados pessoalmente por Gabriela. Assim, apenas a advogada res-

ponderá pela sua omissão decorrente de culpa, no âmbito da responsabilidade civil

e disciplinar.

c) Gabriela e a sociedade de advogados responderão civilmente pela omissão de-

corrente de culpa, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar da advogada, cui-

dando-se de hipótese de responsabilidade civil solidária entre ambas.

d) Gabriela e a sociedade de advogados podem ser responsabilizadas civilmente pela

omissão decorrente de culpa. A responsabilidade civil de Gabriela será subsidiária à

da sociedade e ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua responsabili-

dade disciplinar.

Questão 10    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2014) Fred, jovem advogado, é contratado para prestar serviços na empresa

BBO Ltda., que possui uma assessoria jurídica composta por cinco profissionais do

Direito, orientados por uma gerência jurídica. Após cinco meses de intensa ativi-

dade, é concitado a formular parecer sobre determinado tema jurídico de interesse

da empresa, tarefa que realiza, sendo seu entendimento subscrito pela gerência.

Após dez meses do referido evento, o tema é reapresentado por um dos diretores

da empresa, que, em viagem realizada para outro estado, havia consultado um

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outro advogado. Diante dos novos argumentos, o gerente determina que Fred, o

advogado parecerista, mesmo sem ter mudado de opinião, apresente petição inicial

em confronto com o entendimento anteriormente preconizado.

No caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado.

a) deve submeter-se à determinação da gerência jurídica.

b) deve apresentar seu parecer ao conjunto de advogados para decisão.

c) pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior.

d) pode opor-se e postular assessoria da OAB.

Questão 11    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2014) Os advogados X de Souza, Y dos Santos e Z de Andrade requereram

o registro de sociedade de advogados denominada Souza, Santos e Andrade So-

ciedade de Advogados. Tempos depois, X de Souza vem a falecer, mas os demais

sócios decidem manter na sociedade o nome do advogado falecido.

Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

a) É possível manter o nome do sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade

no ato constitutivo da sociedade.

b) É possível manter o nome do sócio falecido, independentemente de previsão no

ato constitutivo da sociedade.

c) É absolutamente vedada a manutenção do nome do sócio falecido na razão so-

cial da sociedade.

d) É possível manter, pelo prazo máximo de seis meses, o nome do sócio falecido.

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Questão 12    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2013) Os advogados Roberto e Alfredo, integrantes da sociedade Ro-

berto & Alfredo Advogados Associados, há muito atuavam em causas trabalhis-

tas em favor da sociedade empresária “X”. A certa altura, o advogado Armando

ingressou na sociedade de advogados. Armando, no entanto, já representava

os interesses de ex-empregado da sociedade empresária “X”. Em razão disso,

Armando não foi constituído para atuar nas causas do escritório envolvendo a

sociedade empresária “X”, continuando, assim, a atuar em favor do ex-empre-

gado. Por outro lado, Roberto e Alfredo não foram constituídos para advogar

pelo ex-empregado.

A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

a) Roberto, Alfredo e Armando agiram correta e eticamente, pois dividiram os

clientes, de forma que nenhum deles advogasse, ao mesmo tempo, para clientes

com interesses opostos.

b) Roberto, Alfredo e Armando não agiram corretamente, pois, em causas traba-

lhistas, os advogados de partes com interesses opostos não podem ter qualquer

tipo de relação profissional ou pessoal.

c) Roberto, Alfredo e Armando não agiram correta e eticamente, pois os advoga-

dos sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar, em juízo,

clientes com interesses opostos.

d) Roberto, Alfredo e Armando não poderiam ter constituído a sociedade em ques-

tão, ainda que Armando deixasse de atuar na causa em favor do ex-empregado.

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Questão 13    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2013) O escritório Hércules Advogados Associados foi fundado no início do

século XX, tendo destacada atuação em várias áreas do Direito. O sócio-fundador

faleceu no limiar do século XXI e os sócios remanescentes manifestaram o desejo

de manter o nome do advogado falecido na razão social da sociedade.

A partir da hipótese sugerida, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Ad-

vogados do Brasil, assinale a afirmativa correta.

a) Falecendo o advogado sócio, determina-se a sua exclusão dos registros da so-

ciedade incluindo a razão social do escritório.

b) Permite-se a manutenção do sócio-fundador nos registros do escritório, me-

diante autorização especial do plenário da Seccional.

c) Havendo previsão no ato constitutivo da sociedade de advogados, pode perma-

necer o nome do sócio falecido na razão social.

d) Existindo acordo entre o escritório de advocacia, os clientes e a Seccional da Or-

dem dos Advogados do Brasil, é permitida a manutenção do nome do sócio falecido.

Questão 14    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IX - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2012) O advogado João, regularmente contratado para defender os interesses

de José em Juízo, realiza a defesa regular em primeiro grau, mas não apresenta

recurso de apelação contra sentença que julgou improcedente o pedido, mesmo

havendo sólida fundamentação para modificar o decidido. O prejuízo causado ao

cliente foi de R$ 10.000,00, parcialmente coberto por seguro realizado pela socie-

dade de advogados integrada por João.

Consoante as regras estatutárias, os prejuízos causados ao cliente acarretam a

responsabilidade pessoal do sócio advogado de forma

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a) limitada à responsabilidade decorrente de contrato de seguro.

b) ilimitada, mas subsidiária em relação à sociedade.

c) limitada e principal, sendo a da sociedade subsidiária.

d) ilimitada e vinculada ao resultado do processo disciplinar instaurado.

Questão 15    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2012) Lara é sócia de determinada sociedade de advogados com sede no Rio de

Janeiro e filial em São Paulo. Foi convidada a Integrar, cumulativamente e também como

sócia, os quadros de outra sociedade de advogados, esta com sede em São Paulo e sem

filiais. Aceitou o convite e rapidamente providenciou sua inscrição suplementar na OAB/

SP, tendo em vista que passaria a exercer habitualmente a profissão nesse estado.

a) Lara agiu corretamente, pois, considerando-se que passaria a atuar em mais do

que cinco causas por ano em São Paulo, era necessário que promovesse sua inscri-

ção suplementar nesse estado.

b) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma

sociedade de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo

Conselho Seccional.

c) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma

sociedade de advogados dentro do território nacional.

d) Lara agiu corretamente e sequer era necessário que promovesse sua inscrição

suplementar, pois passaria a exercer a profissão em São Paulo na qualidade de só-

cia e não de advogada empregada da sociedade em questão.

Questão 16    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2012) Mévio é advogado empregado de empresa de grande porte atuando

como diretor jurídico e tendo vários colegas vinculados à sua direção. Instado por

um dos diretores, escala um dos seus advogados para atuar em processo judicial

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litigioso, no interesse de uma das filhas do referido diretor. À luz das normas esta-

tutárias, é correto afirmar que

a) a defesa dos interesses dos familiares dos dirigentes da empresa está ínsita na

atuação profissional do advogado empregado.

b) a atuação do advogado empregado nesses casos pode ocorrer voluntariamente,

sem relação com o seu emprego.

c) a relação de emprego retira do advogado sua independência profissional, pois

deve defender os interesses do patrão.

d) em casos de dedicação exclusiva, a jornada de trabalho máxima do advogado

será de quatro horas diárias e de vinte horas semanais.

Questão 17    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2012) No concernente à Sociedade de Advogados, é correto afirmar, à luz do

Estatuto e do Código de Ética e Disciplina da OAB, que

a) pode se organizar de forma mercantil, com registro na Junta Comercial.

b) está vinculada às regras de ética e disciplina dos advogados

c) seus sócios estão imunes ao controle disciplinar da OAB.

d) seus componentes podem, isoladamente, representar clientes com interesses

conflitantes.

Questão 18    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2011) Os advogados Pedro e João desejam estabelecer sociedade de advogados

com o fito de regularizar o controle dos seus fluxos de honorários e otimizar des-

pesas. Estabelecem contrato e requerem o seu registro no órgão competente. À luz

da legislação aplicável aos advogados, é correto afirmar que

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a) é possível a participação de advogados em sociedades sediadas em áreas terri-

toriais de seccionais diversas.

b) o Código de Ética não se aplica individualmente aos profissionais que compõem

sociedade de advogados.

c) podem existir sociedades mistas de advogados e contadores.

d) a procuração é sempre coletiva quando atuante sociedade de advogados.

Questão 19    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/II - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2010) Michel, Philippe e Lígia, bacharéis em Direito recém-formados e colegas

de bancos universitários, comprometem-se a empreender a atividade advocatícia

de forma conjunta logo após a aprovação no Exame de Ordem. Para gáudio dos

bacharéis, todos são aprovados no certame e obtém sua inscrição no Quadro de

Advogados da OAB.

Assim, alugam sala compatível em local próximo ao prédio do Fórum do município

onde pretendem exercer sua nobre função. De início, as causas são individuais, por

indicação de amigos e parentes. Logo, no entanto, diante do sucesso profissional

alcançado, são contatados por sociedades empresárias ansiosas pela prestação de

serviços profissionais advocatícios de qualidade. Uma exigência, no entanto, é rea-

lizada: a prestação deve ocorrer por meio de sociedade de advogados.

No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis

a) a sociedade de advogados é de natureza empresarial.

b) os advogados sócios da sociedade de advogados respondem limitadamente por

danos causados aos clientes.

c) o registro da sociedade de advogados é realizado no Conselho Seccional da OAB

onde a mesma mantiver sede.

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d) não é possível associação com advogados, sem vínculo de emprego, para par-

ticipação nos resultados.

Questão 20    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/I - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2010) Assinale a opção correta acerca da situação do advogado como empre-

gado, de acordo com as disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB.

a) O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais

de interesse pessoal, fora da relação de emprego.

b) Nas causas em que for parte empregador de direito privado, os honorários de

sucumbência serão devidos a ele, empregador, e não, aos advogados empregados.

c) Considera-se jornada de trabalho o período em que o advogado esteja à dispo-

sição do empregador, aguardando ou executando ordens no âmbito do escritório,

não sendo consideradas as horas trabalhadas em atividades externas.

d) A relação de emprego, no que se refere ao advogado, não retira a isenção téc-

nica inerente à advocacia, mas reduz a independência profissional, visto que o ad-

vogado deve atuar de acordo com as orientações de seus superiores hierárquicos.

Questão 21    (CESPE/EXAME DE ORDEM OAB - 2/2009) Com relação ao advogado

empregado, assinale a opção correta.

a) Considere que Marcos, advogado empregado do banco X, tenha recebido or-

dem para elaborar parecer favorável em um contrato manifestamente ilegal. Nesse

caso, por ser empregado do banco, ele não possui independência profissional para

fazer, por convicção, parecer contrário ao referido contrato.

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b) O advogado empregado, no exercício da profissão, não pode ter regime de tra-

balho superior a trinta horas semanais, independentemente de acordo coletivo ou

de contrato de dedicação exclusiva.

c) Considere que Fabiana, advogada da empresa SW, tenha ganhado processo

para seu empregador. Nessa situação, caso haja honorários de sucumbência, estes

devem ser repassados à empresa, haja vista que Fabiana já é remunerada para

defender os interesses da empresa SW.

d) Considere que Daniel, advogado empregado do banco Z, tenha sido chamado à

sala do diretor-presidente e lá recebido ordem para fazer contestação do processo

de separação desse diretor-presidente. Nessa situação, Daniel não está obrigado

a prestar seus serviços profissionais, visto que a causa é de interesse pessoal do

diretor-presidente, sem relação com o contrato de trabalho.

Questão 22    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2019) A Sociedade de Advogados X pretende associar-se aos advogados

João e Maria, que não a integrariam como sócios, mas teriam participação nos ho-

norários a serem recebidos.

Sobre a pretensão da Sociedade de Advogados X, de acordo com o disposto no Re-

gulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no regis-

tro da Sociedade de Advogados. A associação pretendida deverá implicar necessa-

riamente vínculo empregatício.

b) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no re-

gistro da Sociedade de Advogados. A associação pretendida não implicará vínculo

empregatício.

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c) É autorizada, independentemente de averbação no registro da Sociedade. A

associação pretendida não implicará vínculo empregatício.

d) Não é autorizada, pois os advogados João e Maria passariam a integrar a Socie-

dade X como sócios, mediante alteração no registro da sociedade.

Questão 23    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2018) O advogado Sebastião é empregado de certa sociedade limitada,

competindo-lhe, entre outras atividades da advocacia, atuar nos processos judi-

ciais em que a pessoa jurídica é parte. Em certa demanda, na qual foram julgados

procedentes os pedidos formulados pela sociedade, foram fixados honorários de

sucumbência em seu favor.

Considerando o caso narrado e o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da

Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão conside-

rados para efeitos trabalhistas, embora não sejam considerados para efeitos pre-

videnciários.

b) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão conside-

rados para efeitos trabalhistas e para efeitos previdenciários.

c) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão

considerados para efeitos trabalhistas, embora sejam considerados para efeitos

previdenciários.

d) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão

considerados para efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários.

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Questão 24    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2018) Enzo, regularmente inscrito junto à OAB, foi contratado como empregado

de determinada sociedade limitada, a fim de exercer atividades privativas de advo-

gado. Foi celebrado, por escrito, contrato individual de trabalho, o qual estabelece

que Enzo se sujeitará a regime de dedicação exclusiva. A jornada de trabalho acor-

dada de Enzo é de oito horas diárias. Frequentemente, porém, é combinado que

Enzo não compareça à sede da empresa pela manhã, durante a qual deve ficar, por

três horas, “de plantão”, ou seja, à disposição do empregador, aguardando ordens.

Nesses dias, posteriormente, no período da tarde, dirige-se à sede, a fim de exer-

cer atividades no local, pelo período contínuo de seis horas.

Considerando o caso narrado e a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB, bem

como do seu Regulamento Geral, assinale a afirmativa correta.

a) É vedada a pactuação de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas como

extraordinárias as horas diárias excedentes a quatro horas contínuas, incluindo-se

as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa, bem como as horas que ele per-

manece em sede externa, executando tarefas ou meramente aguardando ordens

do empregador.

b) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remu-

neradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas diá-

rias, o que inclui as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetivamente

executando atividades externas ordenadas pelo empregador. As horas em que Enzo

apenas aguarda as ordens fora da sede são consideradas somente para efeito de

compensação de horas.

c) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remu-

neradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas di-

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árias, o que inclui tanto as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa como as

horas em que ele permanece em sede externa, executando tarefas ou meramente

aguardando ordens do empregador.

d) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remu-

neradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de nove horas

diárias, o que inclui as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetiva-

mente executando atividades externas ordenadas pelo empregador. As horas em

que Enzo apenas aguarda as ordens fora da sede são consideradas somente para

efeito de compensação de horas.

Questão 25    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) Leandro é advogado empregado de uma sociedade anônima, tendo

atuado sozinho em demanda proposta em 2014, na qual tal pessoa jurídica foi

vencedora, tendo o magistrado condenado a parte adversa ao pagamento de ho-

norários de sucumbência.

Com base no disposto no Estatuto da OAB e no entendimento adotado pelo Supre-

mo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) Os referidos honorários pertencem à pessoa jurídica empregadora, uma vez

que tal verba sucumbencial destina-se a recompor o patrimônio jurídico da parte

vencedora na demanda.

b) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, mas é possível, de acordo

com o STF, haver estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito dis-

ponível do advogado.

c) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, sendo vedada, de acordo

com o STF, qualquer estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito

indisponível.

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d) Os referidos honorários serão partilhados entre Leandro e a pessoa jurídica em-

pregadora, de acordo com o STF, sendo vedada qualquer estipulação contratual em

contrário, por se tratar de honorários sucumbenciais.

Questão 26    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2021) A sociedade de advogados “A e B Advogados” está sediada no Rio

de Janeiro. Entretanto, em razão das circunstâncias de mercado dos seus clientes,

verificou que seria necessário ao bom desempenho das suas atividades profissio-

nais constituir uma filial em São Paulo.

No que se refere ao ato de constituição da filial e a atuação dos sócios, assinale a

afirmativa correta.

a) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e ar-

quivado no Conselho Seccional de São Paulo, ficando todos seus sócios obrigados à

inscrição suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo.

b) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e

arquivado no Conselho Seccional de São Paulo, ficando obrigados à inscrição su-

plementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que

habitualmente exercerem a profissão naquela localidade, considerando-se habitua-

lidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.

c) ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e ar-

quivado no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando obrigados à inscrição

suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que

habitualmente exercerem a profissão naquela localidade, considerando-se habitua-

lidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.

d) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e ar-

quivado no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando todos seus sócios obriga-

dos à inscrição suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo.

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GABARITO
1. d 25. b

2. d 26. a

3. c

4. c

5. b

6. a

7. a

8. a

9. d

10. c

11. a

12. c

13. c

14. b

15. b

16. b

17. b

18. a

19. c

20. a

21. d

22. b

23. d

24. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Os sócios An-

tônio, Daniel e Marcos constituíram a sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advoga-

dos Associados, com sede em São Paulo e filial em Brasília. Após desentendimentos

entre eles, Antônio constitui sociedade unipessoal de advocacia, com sede no Rio

de Janeiro. Marcos, por sua vez, retira-se da sociedade Antônio, Daniel & Marcos

Advogados Associados.

Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) Daniel não está obrigado a manter inscrição suplementar em Brasília, já que a

sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados tem sede em São Paulo.

b) Antônio deverá retirar-se da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados,

já que não pode integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma

sociedade unipessoal de advocacia.

c) Mesmo após Marcos se retirar da sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advoga-

dos Associados permanece o impedimento para que ele e Antônio representem em

juízo clientes com interesses opostos.

d) Caso Antônio também se retire da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Asso-

ciados, a sociedade deverá passar a ser denominada Daniel Sociedade Individual

de Advocacia.

Letra d.

De acordo com o artigo 15 do Estatuto da OAB, os advogados podem se reunir em

sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir socie-

dade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no

Regulamento Geral da OAB.

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Ademais, a denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obri-

gatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a

expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. o Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados

em áreas de outro Conselho Seccional, ficando os sócios obrigados à inscrição

suplementar, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia (art.

15, § 5º, do Estatuto). Sendo assim, Daniel está obrigado a manter sua inscrição

suplementar na sede da filial: Brasília.

b) Errada. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advo-

gados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,

simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de

advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conse-

lho Seccional (art. 15, § 4º, do Estatuto). Portanto, tendo em vista que Antônio

constituiu sociedade unipessoal de advocacia com sede no Rio de Janeiro, não se

aplica a vedação mencionada.

c) Errada. Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional, ou reuni-

dos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar,

em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo 15,

§ 6º c/c artigo 19, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Como Marcos se retirou

da sociedade não é aplicável o impedimento aqui mencionado.

Questão 2    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) A sociedade

Antônio, Breno, Caio & Diego Advogados Associados é integrada, exclusivamente,

pelos sócios Antônio, Breno, Caio e Diego, todos advogados regularmente inscri-

tos na OAB. Em um determinado momento, Antônio vem a falecer. Breno passa a

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exercer mandato de vereador, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora

da Câmara Municipal ou seus substitutos legais. Caio passa a exercer, em caráter

temporário, função de direção em empresa concessionária de serviço público.

Considerando esses acontecimentos, assinale a afirmativa correta.

a) O nome de Antônio poderá permanecer na razão social da sociedade após o seu

falecimento, ainda que tal possibilidade não esteja prevista em seu ato constitutivo.

b) Breno deverá licenciar-se durante o período em que exercer o mandato de ve-

reador, devendo essa informação ser averbada no registro da sociedade.

c) Caio deverá deixar a sociedade, por ter passado a exercer atividade incompatí-

vel com a advocacia.

d) Com o falecimento de Antônio, se Breno e Caio deixarem a sociedade e nenhum

outro sócio ingressar nela, Diego poderá continuar suas atividades, caso em que

passará a ser titular de sociedade unipessoal de advocacia.

Letra d.

De acordo com o artigo 15 do Estatuto da OAB, os advogados podem se reunir em

sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir socie-

dade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no

Regulamento Geral da OAB.

Sendo assim, considerando que dos sócios restou apenas Diego, nada impede que

este continue suas atividades sozinho, como titular de sociedade unipessoal de ad-

vocacia.

Comentando as demais alternativas:

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a) Errada. Pode permanecer na razão social da sociedade o nome do sócio fale-

cido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo (art. 16, § 1º,

do Estatuto).

b) Errada. De fato, deverá licenciar-se o advogado que passar a exercer, em ca-

ráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia (art. 12 do

Estatuto). TODAVIA, o comando da questão é bem claro ao afirmar que Breno ocu-

pará o cargo de vereador sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora

da Câmara Municipal ou seus substitutos legais. Desse modo, como veremos na

nossa próxima aula, os parlamentares que não integram as Mesas Diretoras

não exercem atividade incompatível, apenas estão IMPEDIDOS de exercer

a advocacia (artigo 30, inciso II, do Estatuto da OAB). Sendo assim, a atividade

de vereador de Breno não é atividade incompatível, mas sim, mero impedimento.

Dessa forma, não há o que se falar em licença do advogado.

c) Errada. Nos termos do artigo 12 do Estatuto, LICENCIA-SE o profissional que:

assim o requerer, por motivo justificado; quando passar a exercer, em caráter

temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; ou quan-

do sofrer doença mental considerada curável (art. 12). Considerando que Caio pas-

sará a exercer, em caráter temporário, função de direção em empresa concessioná-

ria de serviço público, atividade incompatível de acordo com o artigo 28, inciso III,

do Estatuto, irá licenciar-se, não sendo necessário que deixe a sociedade.

Questão 3    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2018) Ricardo Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e

constituem a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados, para

exercício conjunto da profissão. A sociedade consolida-se como referência de atu-

ação em determinado ramo do Direito. Anos depois, Carlos Santos falece e seus

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ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade. Sobre a manutenção

do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com o Estatuto e com o

Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta.


a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros.
b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido.
c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da socieda-
de ou na alteração contratual em vigor.
d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração
contratual em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo
Conselho da respectiva Seccional.

Letra c.
A denominação das sociedades não é de livre escolha dos advogados sócios, já
que o Estatuto prevê que a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de,
pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o
de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo, nos
termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
No caso, a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados poderá
manter o sobrenome de Carlos Santos na razão social, desde que prevista tal pos-

sibilidade no ato constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor.

RAZÃO SOCIAL

Nome de um dos advogados;

Nome de sócio falecido requisito: previ-

são no contrato social.

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Comentando as demais alternativas:

a) Errada. A manutenção do sobrenome de Carlos Santos na razão social da so-

ciedade independe da autorização dos herdeiros, sendo necessário apenas que tal

possibilidade esteja prevista expressamente no ato constitutivo ou na alteração

contratual em vigor, nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.

b) Errada. É possível que o nome de sócio falecido continue a constar na razão

social da sociedade.

d) Errada. Não é necessária autorização do conselho da respectiva seccional, uma

vez que a única exigência é a previsão no ato constitutivo ou na alteração contratual

em vigor da sociedade, independentemente, ainda, da autorização dos herdeiros.

Questão 4    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2018) O advogado Pasquale integra a sociedade de advogados X, jun-

tamente com três sócios. Todavia, as suas funções na aludida sociedade apenas

ocupam parte de sua carga horária semanal disponível. Por isso, a fim de ocupar o

tempo livre, o advogado estuda duas propostas: de um lado, pensa em criar, pa-

ralelamente, uma sociedade unipessoal de advocacia; de outro, estuda aceitar a

oferta, proposta pela sociedade de advogados Y, de integrar seus quadros.

Considerando que todas as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na mesma

área territorial de um Conselho Seccional da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X

e a sociedade de advogados Y. Todavia, não é autorizado que integre simultanea-

mente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

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b) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados

X e a sociedade unipessoal de advocacia. Todavia, não é autorizado que integre

simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y.

c) Não é permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advo-

gados X e a sociedade de advogados Y. Tampouco é autorizado que integre simul-

taneamente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

d) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X

e a sociedade de advogados Y. Também é autorizado que integre simultaneamente

a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

Letra c.

A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional,

já que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscri-

ção suplementar nos conselhos seccionais respectivos quando a intervenção judi-

cial exceder de cinco causas por ano (art. 10, § 2º).

O Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de ou-

tro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser averba-

do no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar,

ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia,

obrigados à inscrição suplementar, nos termos do art. 15, § 5º.

Todavia, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advoga-

dos, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,

simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal

de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho

Seccional, de acordo com o artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.

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Desse modo, não é permitido que o advogado Pasquale integre simultaneamente a

sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y, nem mesmo que integre,

simultaneamente, a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advo-

cacia, tendo em vista que todas as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na

mesma área territorial de um Conselho Seccional da OAB.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. Não é possível que o advogado integre mais de uma sociedade de ad-

vogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Sec-

cional, nos termos do artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.

b) Errada. Não é possível que o advogado integre simultaneamente a sociedade de

advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma

área territorial do respectivo Conselho Seccional, nos termos do artigo 15, § 4º, do

Estatuto da OAB.

d) Errada. Não é possível que o advogado integre mais de uma sociedade de advo-

gados e também não é possível que integre, simultaneamente, uma sociedade de

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advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma

área territorial do respectivo Conselho Seccional, nos termos do artigo 15, § 4º, do

Estatuto da OAB.

Questão 5    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2017) Os advogados Raimundo da Silva, Severino da Silva e Juscelino

da Silva constituíram sociedade simples de prestação de serviços de advocacia,

denominada Silva Advogados, com o registro aprovado dos seus atos constitutivos

no Conselho Seccional da OAB pertinente ao local da sede. Severino figura como

sócio-gerente. Além dos três advogados, não há outros sócios ou associados. Con-

siderando a situação narrada e a disciplina do Regulamento Geral do Estatuto da

Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas

podem ser praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino, sendo vedada a prática

de atos por Silva Advogados, uma vez que as atividades necessárias ao desem-

penho da advocacia devem ser exercidas individualmente, ainda que revertam à

sociedade os proveitos.

b) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica podem ser

praticados por Silva Advogados; porém, os atos privativos de advogado devem ser

praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino.

c) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica e os atos

privativos de advogado podem ser praticados por Silva Advogados.

d) Os atos destinados à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas devem

ser praticados por Severino, sendo vedada a prática de atos por Silva Advogados,

uma vez que as atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem ser

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exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os proveitos. Os atos

também não podem ser praticados pelos demais sócios, já que Severino figura

como sócio-gerente.

Letra b.

De acordo com o Regulamento Geral da OAB, as atividades profissionais pri-

vativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à

sociedade os honorários respectivos (art. 37, § 1º).

Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos ad-

vogados e indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, do Estatuto da

OAB). De modo que a sociedade não substitui os advogados.

Apesar disso, segundo o artigo 42 do Regulamento Geral:

Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos
indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado.

Portanto, os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica

podem ser praticados por Silva Advogados, mas os atos privativos de advogado

devem ser praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. É permitida a prática de atos indispensáveis à satisfação das finalidades

da pessoa jurídica por parte da sociedade de advogados, sendo vedada apenas a

prática de atos privativos de advogado, que devem ser praticados individualmente,

ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos, nos termos do art. 37,

§ 1º e 42, do Regulamento Geral da OAB.

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c) Errada. Os atos privativos de advogado devem ser praticados individualmente,

ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos, nos termos do art. 37,

§ 1º, do Regulamento Geral da OAB.

d) Errada. É permitida a prática de atos indispensáveis à satisfação das finalidades

da pessoa jurídica por parte da sociedade de advogados. Por sua vez, os atos privati-

vos de advogado devem ser praticados individualmente pelos advogados integrantes

da sociedade, nos termos do art. 37, § § 1º e 42, do Regulamento Geral da OAB.

Questão 6    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2017) Miguel, advogado, sempre exerceu a atividade sozinho. Não

obstante, passou a pesquisar sobre a possibilidade de constituir, individualmente,

pessoa jurídica para a prestação de seus serviços de advocacia.

Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante registro dos

seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver

sede, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘So-

ciedade Individual de Advocacia’.

b) Miguel não poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, uma vez que o orde-

namento jurídico brasileiro não admite a figura da sociedade unipessoal, ressalvados

apenas os casos de unipessoalidade temporária e da chamada subsidiária integral.

c) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos

seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB, com denominação formada

pelo nome do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.

d) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos

seus atos constitutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com denominação

formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.

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Letra a.

Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços

de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disci-

plinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB (art. 15, caput).

O Estatuto da OAB foi recentemente modificado pela Lei n. 13.247/2016 e uma das

grandes novidades trazidas foi a possibilidade de constituir sociedade unipessoal de

advocacia. Como o próprio nome revela, essa pessoa jurídica é composta por um

único advogado.

Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advogados,

ambas seguem os mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da Ordem, obser-

vadas suas especificações. Desse modo, a sociedade unipessoal de advocacia

adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos cons-

titutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede

(art. 15, § 1º).

Ademais, a denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados,

já que o Estatuto prevê algumas regras a serem observadas, dentre elas, a de que

a denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente

formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Socie-

dade Individual de Advocacia’ (art. 16, § 4º, do Estatuto da OAB).

Sendo assim, Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante re-

gistro dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base

territorial tiver sede, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da

expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.

Comentando as demais alternativas:

b
 ) Errada. A possibilidade de instituir sociedade unipessoal de advocacia é recente

no ordenamento jurídico brasileiro, foi por meio da Lei n. 13.247/2016 que o Estatuto

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da Ordem foi alterado. De qualquer modo, não há o que se falar em casos de uni-

pessoalidade temporária e da chamada subsidiária integral.

c) Errada. Apesar da similitude entre a sociedade unipessoal de advocacia e a em-

presa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), prevista no artigo 44, inciso

VI, do Código Civil, você deve lembrar que a possibilidade de constituir EIRELI não

modificou as sociedades de advogados, que continuavam exigindo a presença de

dois ou mais inscritos, uma vez que as regras do Direito Civil, nesse campo, não

são aplicáveis aos advogados. Para tanto, foi necessária a previsão da sociedade

unipessoal de advocacia no Estatuto da Ordem, que assim como todos os demais

institutos da OAB deve ser entendida como sociedade sui generis.

d) Errada. Como já mencionei, as regras que regem as sociedades de advogados,

sejam elas na forma de sociedade simples de prestação de serviços de advoca-

cia ou de sociedade unipessoal de advocacia, são as disciplinadas no Estatuto da

OAB e no Regulamento Geral da OAB, nos termos do art. 15, caput, do Estatuto

da Ordem. Assim, apesar da similitude entre elas, o advogado não pode instituir

empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) para prestar serviços de

advocacia. Além disso, o registro da sociedade unipessoal de advocacia deverá ser

feito no Conselho Seccional do local de sua sede.

Questão 7    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2015) O banco Dólar é réu em diversos processos de natureza consu-

merista, todos com idênticos fundamentos de Direito, pulverizados pelo território

nacional. Considerando a grande quantidade de feitos e sua abrangência territorial,

a instituição financeira decidiu contratar a sociedade de advogados X para sua de-

fesa em juízo, pois esta possui filial em diversos estados da Federação. Diante da

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consulta formulada pelo banco, alguns advogados, sócios integrantes da filial situ-

ada no Rio Grande do Sul, realizaram mapeamento dos processos em trâmite em

face da pessoa jurídica. Assim, observaram que esta mesma filial já atua em um

dos processos em favor do autor da demanda.

Tendo em vista tal situação, assinale a opção correta.

a) Os advogados deverão recusar, por meio de qualquer sócio do escritório ou filial,

a atuação da sociedade de advogados na defesa do banco, pois os advogados só-

cios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clien-

tes de interesses opostos.

b) Os advogados deverão identificar quem são os sócios do escritório que atuam

na causa, pois estes não poderão realizar a defesa técnica do banco em quaisquer

dos processos em trâmite, sendo autorizada, porém, a atuação dos demais sócios

da sociedade de advogados, de qualquer filial.

c) Os advogados deverão recusar a defesa do banco pela filial da sociedade de ad-

vogados no Rio Grande do Sul e indicar as outras filiais para atuação nos feitos, pois

todos os sócios da filial ficam impedidos de representar em juízo a instituição finan-

ceira, em razão de já haver atuação em favor de cliente com interesses opostos.

d) Os advogados deverão informar ao banco que há atuação de advogados daquela

filial em um dos processos em favor do autor da demanda, a fim de que a instituição

financeira decida se deseja, efetivamente, que a sua defesa técnica seja realizada pela

sociedade de advogados, garantindo, assim, o consentimento informado do cliente.

Letra a.

Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem

como em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma

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sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação

recíproca, NÃO PODEM REPRESENTAR, em juízo ou fora dele, clientes de in-

teresses opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética

e Disciplina da OAB.

Dessa forma, os advogados deverão recusar, por meio de qualquer sócio do escri-

tório ou filial, a atuação da sociedade de advogados na defesa do banco.

Comentando as demais alternativas:

b) Errada. Inócuo seria tentar identificar os advogados que atuam ou não na causa

em favor do banco, sendo que a sociedade restaria dividida na demanda. Assim,

todos os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem re-

presentar clientes de interesses opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo

19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. Independentemente da existência de demandas nos locais em que se

localizem as filiais da sociedade, todos os advogados sócios de uma mesma socie-

dade profissional não podem representar clientes de interesses opostos, nos ter-

mos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

d) Errada. Não cabe ao banco optar pela atuação ou não da sociedade, mas, sim,

à sociedade, que deve recusar a atuação da sociedade de advogados na defesa do

banco.

Questão 8    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2015) Os advogados Márcio, Bruno e Jorge, inscritos nas Seccionais

do Paraná e de Santa Catarina da Ordem dos Advogados resolveram constituir de-

terminada sociedade civil de advogados, para atuação na área tributária. A sede

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da sociedade estava localizada em Curitiba. Como os três sócios estavam inscritos

na Seccional de Santa Catarina, eles requereram o registro da sociedade também

nessa Seccional. Márcio, por outro lado, já fazendo parte da sociedade com Bruno

e Jorge, requereu, juntamente com seu irmão, igualmente advogado, o registro de

outra sociedade de advogados também na Seccional do Paraná, esta com especia-

lização na área tributária. As sociedades não são filiais.

Sobre a hipótese descrita é correto afirmar que a sociedade de advogados de Már-

cio, Bruno e Jorge

a) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede

na Seccional do Paraná. Márcio não poderá requerer inscrição em outra sociedade

de advogados no Paraná.

b) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede

na Seccional do Paraná. Márcio poderá requerer inscrição em outra sociedade de

advogados no Paraná.

c) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados

que dela fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio não poderá

requerer inscrição em outra sociedade de advogados no Paraná.

d) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados

que dela fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio poderá re-

querer inscrição em outra sociedade de advogados no Paraná.

Letra a.

Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem

personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no

Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º).

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A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional,

tendo em vista que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realiza-

ção de inscrição suplementar nos conselhos seccionais respectivos.

Entretanto, é requisito para a constituição de filial o registro dos atos constituti-

vos no Conselho Seccional em cuja base territorial for estabelecida a sede, além da

averbação no registro da sociedade e não apenas a existência de inscrição su-

plementar dos sócios em outro Conselho Seccional. Você deve lembrar que, caso

a filial seja criada, os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia,

ficam obrigados à inscrição suplementar (art. 15, § 1º e 5º, do Estatuto da OAB).

Ademais, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advo-

gados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,

simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal

de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Con-

selho Seccional, de acordo com o artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.

Desse modo, a sociedade de advogados de Márcio, Bruno e Jorge não poderá ser

registrada na Seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede na Seccional do

Paraná, independentemente da existência de inscrição suplementar dos advoga-

dos. E, também, Márcio não poderá requerer inscrição em outra sociedade de ad-

vogados no Paraná.

Comentando as demais alternativas:

b
 ) Errada. É vedada a participação do advogado em mais de uma sociedade de ad-

vogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccio-

nal, nos termos do artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.

c
 ) Errada. É necessário que os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de

advocacia, efetuem inscrição suplementar no Conselho Seccional da filial. Todavia, é

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requisito para a constituição de filial o registro dos atos constitutivos no Conselho

Seccional em cuja base territorial for estabelecida a sede, além da averbação no

registro da sociedade, nos termos do art. 15, § § 1º e 5º, do Estatuto da OAB.

d) Errada. A mera inscrição dos sócios em outro Conselho Seccional não enseja a

instituição de filial. Ainda, é vedada a participação do advogado em mais de uma

sociedade de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo

Conselho Seccional, nos termos do art. 15, § § 1º e 5º, do Estatuto da OAB.

Questão 9    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2015) Gabriela é sócia de uma sociedade de advogados, tendo, no exer-

cício de suas atividades profissionais, representado judicialmente Júlia. Entretanto,

Gabriela, agindo com culpa, deixou de praticar ato imprescindível à defesa de Júlia

em processo judicial, acarretando-lhe danos materiais e morais.

Em uma eventual demanda proposta por Júlia, a fim de ver ressarcidos os danos

sofridos, deve-se considerar que

a) Gabriela e a sociedade de advogados não podem ser responsabilizadas civilmente

pelos danos, pois, no exercício profissional, o advogado apenas responde pelos atos

que pratica mediante dolo, compreendido por meio do binômio consciência e vontade.

b) a sociedade de advogados não pode ser responsabilizada civilmente pelos atos

ou omissões praticados pessoalmente por Gabriela. Assim, apenas a advogada res-

ponderá pela sua omissão decorrente de culpa, no âmbito da responsabilidade civil

e disciplinar.

c) Gabriela e a sociedade de advogados responderão civilmente pela omissão de-

corrente de culpa, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar da advogada, cui-

dando-se de hipótese de responsabilidade civil solidária entre ambas.

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d) Gabriela e a sociedade de advogados podem ser responsabilizadas civilmente

pela omissão decorrente de culpa. A responsabilidade civil de Gabriela será subsi-

diária à da sociedade e ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua res-

ponsabilidade disciplinar.

Letra d.

O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com

dolo ou culpa, conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB. De outra parte, a socie-

dade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia res-

pondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de

dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das

sanções disciplinares (art. 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral).

Por isso, Gabriela e a sociedade a qual integra podem ser responsabilizadas civil-

mente pela omissão decorrente de culpa. A responsabilidade civil de Gabriela será

subsidiária à da sociedade e ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua

responsabilidade disciplinar.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. Nos termos do artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável

pelos atos que praticar no exercício da profissão com dolo ou culpa.

b) Errada. A sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de

advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hi-

póteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem

prejuízo das sanções disciplinares (art. 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regu-

lamento Geral).

c) Errada. A responsabilidade da advogada será subsidiária e ilimitada, por força

do art. 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral da OAB.

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Questão 10    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2014) Fred, jovem advogado, é contratado para prestar serviços na empresa

BBO Ltda., que possui uma assessoria jurídica composta por cinco profissionais do

Direito, orientados por uma gerência jurídica. Após cinco meses de intensa ativi-

dade, é concitado a formular parecer sobre determinado tema jurídico de interesse

da empresa, tarefa que realiza, sendo seu entendimento subscrito pela gerência.

Após dez meses do referido evento, o tema é reapresentado por um dos diretores

da empresa, que, em viagem realizada para outro estado, havia consultado um

outro advogado. Diante dos novos argumentos, o gerente determina que Fred, o

advogado parecerista, mesmo sem ter mudado de opinião, apresente petição inicial

em confronto com o entendimento anteriormente preconizado.

No caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado.

a) deve submeter-se à determinação da gerência jurídica.

b) deve apresentar seu parecer ao conjunto de advogados para decisão.

c) pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior.

d) pode opor-se e postular assessoria da OAB.

Letra c.

O Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, ainda que vin-

culado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por con-

trato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de departamento

jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela

sua liberdade e independência, sendo legítima a recusa, pelo advogado, do

patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concer-

nente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que tenha

manifestado (art. 4º, CED-OAB), como é o caso do advogado Fred.

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Comentando as demais alternativas:

a) Errada. A existência de vínculo entre o advogado e o cliente ou constituinte,

seja ela qual for, não afeta a liberdade de atuação do profissional.

b) Errada. É legítima a recusa pelo advogado de manifestação, no âmbito consul-

tivo, de pretensão concernente a direito que contrarie orientação que tenha mani-

festado, nos termos do art. 4º, CED-OAB.

d) Errada. Não há o que se falar em assessoria prestada pela OAB em favor do

advogado Fred.

Questão 11    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2014) Os advogados X de Souza, Y dos Santos e Z de Andrade requereram

o registro de sociedade de advogados denominada Souza, Santos e Andrade So-

ciedade de Advogados. Tempos depois, X de Souza vem a falecer, mas os demais

sócios decidem manter na sociedade o nome do advogado falecido.

Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

a) É possível manter o nome do sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade

no ato constitutivo da sociedade.

b) É possível manter o nome do sócio falecido, independentemente de previsão no

ato constitutivo da sociedade.

c) É absolutamente vedada a manutenção do nome do sócio falecido na razão so-

cial da sociedade.

d) É possível manter, pelo prazo máximo de seis meses, o nome do sócio falecido.

Letra a.

A denominação das sociedades não é de livre escolha dos advogados sócios, já

que o Estatuto prevê que a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de,

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pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o

de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo, nos

termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.

No caso, a sociedade Souza, Santos e Andrade Sociedade de Advogados poderá

manter o sobrenome de X de Souza na razão social, desde que prevista tal possibi-

lidade no ato constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor.

RAZÃO SOCIAL

Nome de um dos advogados;

Nome de sócio falecido requisito:

previsão no contrato social.

Comentando as demais alternativas:

b) Errada. É requisito para a manutenção do nome de sócio falecido na razão so-

cial da sociedade a expressa previsão de autorização nesse sentido no ato consti-

tutivo, nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.

c) Errada. Pelo contrário, é autorizada a manutenção, preenchidos os requisitos

legais.

d) Errada. O Estatuto não delimita um prazo para manutenção do nome do faleci-

do na razão social da sociedade.

Questão 12    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2013) Os advogados Roberto e Alfredo, integrantes da sociedade Roberto &

Alfredo Advogados Associados, há muito atuavam em causas trabalhistas em fa-

vor da sociedade empresária “X”. A certa altura, o advogado Armando ingressou

na sociedade de advogados. Armando, no entanto, já representava os interesses

de ex-empregado da sociedade empresária “X”. Em razão disso, Armando não foi

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constituído para atuar nas causas do escritório envolvendo a sociedade empresária

“X”, continuando, assim, a atuar em favor do ex-empregado. Por outro lado, Rober-

to e Alfredo não foram constituídos para advogar pelo ex-empregado.

A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

a) Roberto, Alfredo e Armando agiram correta e eticamente, pois dividiram os

clientes, de forma que nenhum deles advogasse, ao mesmo tempo, para clientes

com interesses opostos.

b) Roberto, Alfredo e Armando não agiram corretamente, pois, em causas traba-

lhistas, os advogados de partes com interesses opostos não podem ter qualquer

tipo de relação profissional ou pessoal.

c) Roberto, Alfredo e Armando não agiram correta e eticamente, pois os advoga-

dos sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar, em juízo,

clientes com interesses opostos.

d) Roberto, Alfredo e Armando não poderiam ter constituído a sociedade em ques-

tão, ainda que Armando deixasse de atuar na causa em favor do ex-empregado.

Letra c.

Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem

como em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma

sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recí-

proca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses

opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina

da OAB.

Portanto, os advogados Roberto, Alfredo e Armando não agiram correta e eticamente.

Comentando as demais alternativas:

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a) Errada. A divisão dos clientes não torna a conduta dos advogados ética, já que

a sociedade restaria dividida na demanda e, inevitavelmente, representaria inte-

resses opostos.

b) Errada. A vedação imposta pelo Estatuto da OAB não está limitada às causas

trabalhistas, sendo aplicável a todas as demandas, judiciais ou extrajudiciais, nos

termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

d) Errada. Se Armando deixasse de atuar na causa em favor do ex-empregado da

sociedade em questão, deixaria de existir o conflito de interesse.

Questão 13    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2013) O escritório Hércules Advogados Associados foi fundado no início do

século XX, tendo destacada atuação em várias áreas do Direito. O sócio-fundador

faleceu no limiar do século XXI e os sócios remanescentes manifestaram o desejo

de manter o nome do advogado falecido na razão social da sociedade.

A partir da hipótese sugerida, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Ad-

vogados do Brasil, assinale a afirmativa correta.

a) Falecendo o advogado sócio, determina-se a sua exclusão dos registros da so-

ciedade incluindo a razão social do escritório.

b) Permite-se a manutenção do sócio-fundador nos registros do escritório, me-

diante autorização especial do plenário da Seccional.

c) Havendo previsão no ato constitutivo da sociedade de advogados, pode perma-

necer o nome do sócio falecido na razão social.

d) Existindo acordo entre o escritório de advocacia, os clientes e a Seccional da Or-

dem dos Advogados do Brasil, é permitida a manutenção do nome do sócio falecido.

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Letra c.

A denominação das sociedades não é de livre escolha dos advogados sócios, já que

o Estatuto prevê que a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo

menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de

sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo, nos

termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.

Sendo assim, a sociedade Hércules Advogados Associados poderá manter o sobre-

nome do sócio-fundador na razão social, desde que prevista tal possibilidade no ato

constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor.

RAZÃO SOCIAL

Nome de um dos advogados;

Nome de sócio falecido requisito:

previsão no contrato social.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. Todas as alterações no contrato social ou na estrutura da sociedade de-

verão ser averbadas no registro da sociedade perante o Conselho Seccional. Con-

tudo, o nome do sócio falecido não precisa ser excluído da razão social, salvo se o

ato constitutivo não autorizar sua manutenção.

b) Errada. Não cabe ao Plenário do Conselho Seccional decidir pela manutenção do

sócio-fundador nos registros do escritório, tendo em vista que a própria sociedade

poderá dispor sobre o tema em seu ato constitutivo: o contrato social.

d) Errada. Não há o que se falar em acordo entre o escritório de advocacia, seus

clientes e o Conselho Seccional. É imprescindível apenas a previsão no contrato

social, nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.

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Questão 14    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IX - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2012) O advogado João, regularmente contratado para defender os interesses

de José em Juízo, realiza a defesa regular em primeiro grau, mas não apresenta

recurso de apelação contra sentença que julgou improcedente o pedido, mesmo

havendo sólida fundamentação para modificar o decidido. O prejuízo causado ao

cliente foi de R$ 10.000,00, parcialmente coberto por seguro realizado pela socie-

dade de advogados integrada por João.

Consoante as regras estatutárias, os prejuízos causados ao cliente acarretam a

responsabilidade pessoal do sócio advogado de forma

a) limitada à responsabilidade decorrente de contrato de seguro.

b) ilimitada, mas subsidiária em relação à sociedade.

c) limitada e principal, sendo a da sociedade subsidiária.

d) ilimitada e vinculada ao resultado do processo disciplinar instaurado.

Letra b.

O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com

dolo ou culpa, conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB. De outra parte, a socie-

dade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia res-

pondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de

dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das

sanções disciplinares, de acordo com o artigo 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do

Regulamento Geral.

Por isso, advogado João e a sociedade a qual integra podem ser responsabilizadas

civilmente pela omissão decorrente de culpa. A responsabilidade civil de João será

subsidiária à da sociedade e ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua

responsabilidade disciplinar.

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Comentando as demais alternativas:

a) Errada. A responsabilidade de João, no caso, será subsidiária à da sociedade e

ilimitada.

c) Errada. A sociedade é a responsável principal, e a responsabilidade de João, no

caso, será subsidiária.

d) Errada. Como mencionei na aula passada, a jurisdição disciplinar, que tem

natureza administrativa, é independente das esferas criminal e civil. Portanto,

a jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou

contravenção, as autoridades competentes devem ser comunicadas, de modo que

poderá ocorrer a dupla punição do advogado, nos termos do artigo 71 do Estatuto

da OAB.

Questão 15    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VII - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2012) Lara é sócia de determinada sociedade de advogados com sede no

Rio de Janeiro e filial em São Paulo. Foi convidada a Integrar, cumulativamente e

também como sócia, os quadros de outra sociedade de advogados, esta com sede

em São Paulo e sem filiais. Aceitou o convite e rapidamente providenciou sua inscri-

ção suplementar na OAB/SP, tendo em vista que passaria a exercer habitualmente

a profissão nesse estado.

a) Lara agiu corretamente, pois, considerando-se que passaria a atuar em mais do

que cinco causas por ano em São Paulo, era necessário que promovesse sua inscri-

ção suplementar nesse estado.

b) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma

sociedade de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo

Conselho Seccional.

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c) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma

sociedade de advogados dentro do território nacional.

d) Lara agiu corretamente e sequer era necessário que promovesse sua inscrição

suplementar, pois passaria a exercer a profissão em São Paulo na qualidade de

sócia e não de advogada empregada da sociedade em questão.

Letra b.

A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional,

já que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de

inscrição suplementar nos conselhos seccionais respectivos. Ademais, o Esta-

tuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de

outro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser

averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se

instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advoca-

cia, obrigados à inscrição suplementar, nos termos do art. 15, § 5º, do Esta-

tuto da OAB.

Todavia, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de ad-

vogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou in-

tegrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade

unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respec-

tivo Conselho Seccional, de acordo com o artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.

Desse modo, não é permitido que a advogada Lara integre simultaneamente duas

sociedades de advogados que possuem sede em São Paulo, ou seja, na mesma

área territorial de um Conselho Seccional da OAB.

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Comentando as demais alternativas:


a
 ) Errada. De fato, é obrigatória a realização de inscrição suplementar no Conselho
Seccional da filial (São Paulo), como fez Laura, o que não pode ocorrer é a partici-
pação em mais de uma sociedade de advogados na mesma área territorial de um
Conselho Seccional.
c
 ) Errada. De acordo com o artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988,
é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualifica-
ções profissionais que a lei estabelecer. No caso, o Estatuto da OAB prevê uma série
de requisitos para a inscrição do profissional nos quadros da Ordem (art. 8º). Uma
vez preenchidos os requisitos legais para inscrição como advogado da Ordem, o
profissional tem liberdade para atuar em todo o território nacional. A única limitação
é que o profissional não integre mais de uma sociedade de advogados com sede ou
filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
d) Errada. É vedado que o advogado integre mais de uma sociedade de advogados

com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. Além

disso, é obrigatória a realização de inscrição suplementar no Conselho Seccional da

filial (São Paulo).

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Questão 16    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2012) Mévio é advogado empregado de empresa de grande porte atuando

como diretor jurídico e tendo vários colegas vinculados à sua direção. Instado por

um dos diretores, escala um dos seus advogados para atuar em processo judicial

litigioso, no interesse de uma das filhas do referido diretor. À luz das normas esta-

tutárias, é correto afirmar que

a) a defesa dos interesses dos familiares dos dirigentes da empresa está ínsita na

atuação profissional do advogado empregado.

b) a atuação do advogado empregado nesses casos pode ocorrer voluntariamente,

sem relação com o seu emprego.

c) a relação de emprego retira do advogado sua independência profissional, pois

deve defender os interesses do patrão.

d) em casos de dedicação exclusiva, a jornada de trabalho máxima do advogado

será de quatro horas diárias e de vinte horas semanais.

Letra b.

A relação estabelecida entre o advogado empregado e o cliente empregador está

restrita ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não

está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos em-

pregadores fora da relação de emprego, de acordo com o artigo 18, parágrafo

único, do Estatuto da OAB.

Entretanto, nada impede que Mévio atue, de forma voluntária e sem relação com

o emprego, no interesse de uma das filhas do referido diretor da empresa em que

é empregado.

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Comentando as demais alternativas:

a
 ) Errada. Apesar do vínculo estabelecido entre o advogado empregado e seu clien-

te empregador, não é obrigação do advogado prestar serviços profissionais de inte-

resse pessoal dos empregadores que não estejam adstritos à relação de emprego.

c) Errada. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos fáti-

co-jurídicos estabelecidos para a constituição da relação de trabalho comum, tra-

zidos na Consolidação das Leis do Trabalho. Porém, a existência de subordinação

não prejudica o direito do advogado à liberdade de atuação e à isenção técnica,

que é inerente ao exercício da advocacia, uma vez que o advogado deve seguir

suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender os interesses dos

seus clientes, nos termos do artigo 18 do Estatuto da OAB.

d) Errada. Se adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar previsto

expressamente no contrato individual de trabalho, a jornada de trabalho deverá ob-

servar o limite de oito horas diárias, nos termos do artigo 12 do Regulamento Geral

da OAB.

Questão 17    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2012) No concernente à Sociedade de Advogados, é correto afirmar, à luz

do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina da OAB, que

a) pode se organizar de forma mercantil, com registro na Junta Comercial.

b) está vinculada às regras de ética e disciplina dos advogados

c) seus sócios estão imunes ao controle disciplinar da OAB.

d) seus componentes podem, isoladamente, representar clientes com interesses

conflitantes.

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Letra b.

Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de servi-

ços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma

disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, de acordo com

o artigo 15, caput, do Estatuto, aplicando-se, de qualquer modo, as regras de-

ontológicas do Código de Ética e Disciplina da Ordem, no que couber (art.

15, § 2º).

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. Tendo em vista o múnus público da atividade da advocacia, a socie-

dade de advogados não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no

Código Civil, já que, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil, é identificada

como entidade de classe sui generis. O Estatuto da OAB veda a constituição de

sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade

empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estra-

nhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de

advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar,

nos termos do art. 16.

Além do mais, tanto o registro da sociedade de advogados quanto o da sociedade

unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado

dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial

tiver sede (art. 15, § 1º), sendo vedado o registro, nos cartórios de registro civil

de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre ou-

tras finalidades, a atividade de advocacia, de acordo com o artigo 16, § 3º.

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c) Errada. De acordo com o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é res-

ponsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. E,

por sua vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual

de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas

hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem

prejuízo das sanções disciplinares, nos termos do artigo 17 do Estatuto da OAB c/c

art. 40 do Regulamento Geral da OAB.

d) Errada. Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e

cliente, bem como em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma

mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para coopera-

ção recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses

opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina

da OAB.

Questão 18    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IV - EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2011) Os advogados Pedro e João desejam estabelecer sociedade de

advogados com o fito de regularizar o controle dos seus fluxos de honorários e

otimizar despesas. Estabelecem contrato e requerem o seu registro no órgão com-

petente. À luz da legislação aplicável aos advogados, é correto afirmar que

a) é possível a participação de advogados em sociedades sediadas em áreas ter-

ritoriais de seccionais diversas.

b) o Código de Ética não se aplica individualmente aos profissionais que compõem

sociedade de advogados.

c) podem existir sociedades mistas de advogados e contadores.

d) a procuração é sempre coletiva quando atuante sociedade de advogados.

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Letra a.

A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional,

já que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscri-

ção suplementar nos conselhos seccionais respectivos.

O Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de


outro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser aver-
bado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar,
ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obriga-
dos à inscrição suplementar, nos termos do art. 15, § 5º, do Estatuto da OAB.
Todavia, o que não pode ocorrer é que advogado integre mais de uma socie-
dade de advogados, constitua mais de uma sociedade unipessoal de advocacia,
ou integre, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma socieda-
de unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do res-
pectivo Conselho Seccional, de acordo com o artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.

Comentando as demais alternativas:


b) Errada. De acordo com o artigo 15, § 2º, do Estatuto da OAB, os advogados
podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou

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constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da


OAB e no Regulamento Geral da OAB, aplicando-se, de qualquer modo, as regras

deontológicas do Código de Ética e Disciplina da Ordem, no que couber.

c) Errada. O objeto social da sociedade de advogados consistirá, exclusivamente,

no exercício da advocacia, podendo especificar o ramo do direito a que a sociedade

se dedicará, ou seja, o desempenho da atividade de advocacia não pode estar as-

sociado a outra atividade.

d) Errada. As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas indi-

vidualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos (art. 37, §

1º, do Regulamento Geral da OAB. Desse modo, as procurações devem ser outor-

gadas individualmente aos advogados, com a indicação da sociedade de que façam

parte (art. 15, § 3º, do Estatuto da OAB).

Questão 19    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/II - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2010) Michel, Philippe e Lígia, bacharéis em Direito recém-formados e colegas

de bancos universitários, comprometem-se a empreender a atividade advocatícia

de forma conjunta logo após a aprovação no Exame de Ordem. Para gáudio dos

bacharéis, todos são aprovados no certame e obtém sua inscrição no Quadro de

Advogados da OAB.

Assim, alugam sala compatível em local próximo ao prédio do Fórum do município

onde pretendem exercer sua nobre função. De início, as causas são individuais, por

indicação de amigos e parentes. Logo, no entanto, diante do sucesso profissional

alcançado, são contatados por sociedades empresárias ansiosas pela prestação de

serviços profissionais advocatícios de qualidade. Uma exigência, no entanto, é rea-

lizada: a prestação deve ocorrer por meio de sociedade de advogados.

No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis

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a) a sociedade de advogados é de natureza empresarial.

b) os advogados sócios da sociedade de advogados respondem limitadamente por

danos causados aos clientes.

c) o registro da sociedade de advogados é realizado no Conselho Seccional da OAB

onde a mesma mantiver sede.

d) não é possível associação com advogados, sem vínculo de emprego, para par-

ticipação nos resultados.

Letra c.

As sociedades de advogados adquirem personalidade jurídica com o registro apro-

vado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja

base territorial tiver sede, em conformidade com o artigo 15, § 1º, do Estatuto

da OAB.

De acordo com o artigo 16, § 3º, é proibido o registro, nos cartórios de registro

civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre

outras finalidades, a atividade de advocacia.

Comentando as demais alternativas:

 a ) Errada. O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advoga-

dos que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que

adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advo-

cacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia

pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar, nos

termos do art. 16, considerando o múnus público da atividade da advocacia é

identificada como sociedade sui generis.

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b) Errada. De acordo com o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsá-

vel pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. E, por sua

vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advoca-

cia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses

de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo

das sanções disciplinares, nos termos do artigo 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40

do Regulamento Geral da OAB.

d) Errada. A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de em-

prego, para participação nos resultados, desde que os contratos firmados sejam

averbados no registro da sociedade de advogados, nos termos do artigo 39 do Re-

gulamento Geral da OAB.

Questão 20    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/I - EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2010) Assinale a opção correta acerca da situação do advogado como empre-

gado, de acordo com as disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB.

a) O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais

de interesse pessoal, fora da relação de emprego.

b) Nas causas em que for parte empregador de direito privado, os honorários de

sucumbência serão devidos a ele, empregador, e não, aos advogados empregados.

c) Considera-se jornada de trabalho o período em que o advogado esteja à dispo-

sição do empregador, aguardando ou executando ordens no âmbito do escritório,

não sendo consideradas as horas trabalhadas em atividades externas.

d) A relação de emprego, no que se refere ao advogado, não retira a isenção téc-

nica inerente à advocacia, mas reduz a independência profissional, visto que o ad-

vogado deve atuar de acordo com as orientações de seus superiores hierárquicos.

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Letra a.

A relação estabelecida entre o advogado empregado e o cliente empregador está

restrita ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não

está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos em-

pregadores fora da relação de emprego, de acordo com o artigo 18, parágrafo úni-

co, do Estatuto da OAB.

Comentando as demais alternativas:

b) Errada. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este repre-

sentada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.

Caso os honorários de sucumbência sejam percebidos por advogado empregado de

sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele e a empregadora (art.

21, caput e parágrafo único, do Estatuto da OAB). Os honorários de sucumbência,

por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da

relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, as-

sim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, constituindo-se

em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do

serviço jurídico da empresa ou por seus representantes, nos termos do artigo 14

do Regulamento Geral da OAB.

c) Errada. Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado es-

tiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escri-

tório ou em atividades externas, nos termos do artigo 20, § 1º, do Estatuto da OAB.

d) Errada. O Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, ain-

da que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por

contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de departa-

mento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar

pela sua liberdade e independência (art. 4º, CED-OAB).

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Questão 21    (CESPE/EXAME DE ORDEM OAB - 2/2009) Com relação ao advogado

empregado, assinale a opção correta.

a) Considere que Marcos, advogado empregado do banco X, tenha recebido or-

dem para elaborar parecer favorável em um contrato manifestamente ilegal. Nesse

caso, por ser empregado do banco, ele não possui independência profissional para

fazer, por convicção, parecer contrário ao referido contrato.

b) O advogado empregado, no exercício da profissão, não pode ter regime de tra-

balho superior a trinta horas semanais, independentemente de acordo coletivo ou

de contrato de dedicação exclusiva.

c) Considere que Fabiana, advogada da empresa SW, tenha ganhado processo

para seu empregador. Nessa situação, caso haja honorários de sucumbência, estes

devem ser repassados à empresa, haja vista que Fabiana já é remunerada para

defender os interesses da empresa SW.

d) Considere que Daniel, advogado empregado do banco Z, tenha sido chamado à

sala do diretor-presidente e lá recebido ordem para fazer contestação do processo

de separação desse diretor-presidente. Nessa situação, Daniel não está obrigado

a prestar seus serviços profissionais, visto que a causa é de interesse pessoal do

diretor-presidente, sem relação com o contrato de trabalho.

Letra d.

A relação estabelecida entre o advogado empregado e o cliente empregador

está restrita ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empre-

gado não está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pes-

soal dos empregadores fora da relação de emprego, de acordo com o artigo 18,

parágrafo único, do Estatuto da OAB.

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Portanto, Daniel poderá recursar-se a elaborar contestação do processo de separa-

ção do diretor-presidente do banco Z.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos fáti-

co-jurídicos estabelecidos para a constituição da relação de trabalho comum, tra-

zidos na Consolidação das Leis do Trabalho. Porém, a existência de subordinação

não prejudica o direito do advogado à liberdade de atuação e à isenção técnica, que

é inerente ao exercício da advocacia, uma vez que o advogado deve seguir suas

convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender os interesses dos seus

clientes, nos termos do artigo 18 do Estatuto da OAB. Ainda, o Código de Ética e

Disciplina da OAB determina que o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou

constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação perma-

nente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de órgão de

assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independên-

cia (art. 4º, CED-OAB).

b) Errada. A jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo ou con-

venção coletiva, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e

a de vinte horas semanais, nos termos do artigo 20, caput e § 1º, do Estatuto da

OAB. Além disso, poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve

estar previsto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a jorna-

da de trabalho observar o limite de oito horas diárias (art. 20, caput, do Estatuto

da OAB c/c art. 12 do Regulamento Geral da OAB).

c) Errada. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por esse repre-

sentada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.

(art. 21, caput, do Estatuto da OAB). Os honorários de sucumbência, por decorre-

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rem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de

emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser consi-

derados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, constituindo-se em fundo co-

mum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico

da empresa ou por seus representantes, nos termos do artigo 14 do Regulamento

Geral da OAB.

Questão 22    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2019) A Sociedade de Advogados X pretende associar-se aos advogados João

e Maria, que não a integrariam como sócios, mas teriam participação nos honorá-

rios a serem recebidos.

Sobre a pretensão da Sociedade de Advogados X, de acordo com o disposto no Re-

gulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no regis-

tro da Sociedade de Advogados. A associação pretendida deverá implicar necessa-

riamente vínculo empregatício.

b) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no re-

gistro da Sociedade de Advogados. A associação pretendida não implicará vínculo

empregatício.

c) É autorizada, independentemente de averbação no registro da Sociedade. A

associação pretendida não implicará vínculo empregatício.

d) Não é autorizada, pois os advogados João e Maria passariam a integrar a Socie-

dade X como sócios, mediante alteração no registro da sociedade.

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Letra b.

De acordo com o art. 39 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, a sociedade

pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação

nos resultados, desde que os contratos firmados sejam averbados no registro da

sociedade de advogados.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. A sociedade pode associar-se com advogados sem que a associação

implique em vínculo empregatício.

c) Errada. A associação é permitida desde que os contratos firmados sejam aver-

bados no registro da sociedade de advogados.

d) Errada. A associação é permitida e não representa implica em vínculo empre-

gatício.

Questão 23    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2018) O advogado Sebastião é empregado de certa sociedade limitada,

competindo-lhe, entre outras atividades da advocacia, atuar nos processos judi-

ciais em que a pessoa jurídica é parte. Em certa demanda, na qual foram julgados

procedentes os pedidos formulados pela sociedade, foram fixados honorários de

sucumbência em seu favor.

Considerando o caso narrado e o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da

Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão conside-

rados para efeitos trabalhistas, embora não sejam considerados para efeitos pre-

videnciários.

b) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão conside-

rados para efeitos trabalhistas e para efeitos previdenciários.

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c) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão

considerados para efeitos trabalhistas, embora sejam considerados para efeitos

previdenciários.

d) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão

considerados para efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários.

Letra d.

Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante

principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimen-

tar (Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal Federal).

Os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para

executar a sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos na con-

denação (art. 23 do Estatuto da OAB).

Desse modo, de acordo com o art. 14 do Regulamento Geral da OAB, os honorá-

rios de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia

e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remu-

neração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou

previdenciários.

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. Os honorários não integram o salário ou a remuneração e NÃO podem

ser considerados para efeitos trabalhistas nem mesmo previdenciários.

b) Errada. NÃO integram a remuneração de Sebastião e NÃO serão considerados

para efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários.

c) Errada. Os honorários não integram o salário ou a remuneração e não podem

ser considerados para efeitos trabalhistas NEM MESMO previdenciários.

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Questão 24    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2018) Enzo, regularmente inscrito junto à OAB, foi contratado como empre-

gado de determinada sociedade limitada, a fim de exercer atividades privativas de

advogado. Foi celebrado, por escrito, contrato individual de trabalho, o qual estabe-

lece que Enzo se sujeitará a regime de dedicação exclusiva. A jornada de trabalho

acordada de Enzo é de oito horas diárias. Frequentemente, porém, é combinado

que Enzo não compareça à sede da empresa pela manhã, durante a qual deve ficar,

por três horas, “de plantão”, ou seja, à disposição do empregador, aguardando or-

dens. Nesses dias, posteriormente, no período da tarde, dirige-se à sede, a fim de

exercer atividades no local, pelo período contínuo de seis horas.

Considerando o caso narrado e a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB, bem

como do seu Regulamento Geral, assinale a afirmativa correta.

a) É vedada a pactuação de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas como

extraordinárias as horas diárias excedentes a quatro horas contínuas, incluindo-se

as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa, bem como as horas que ele per-

manece em sede externa, executando tarefas ou meramente aguardando ordens

do empregador.

b) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remu-

neradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas diá-

rias, o que inclui as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetivamente

executando atividades externas ordenadas pelo empregador. As horas em que Enzo

apenas aguarda as ordens fora da sede são consideradas somente para efeito de

compensação de horas.

c) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remu-

neradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas di-

árias, o que inclui tanto as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa como as

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horas em que ele permanece em sede externa, executando tarefas ou meramente

aguardando ordens do empregador.

d) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remu-

neradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de nove horas

diárias, o que inclui as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetiva-

mente executando atividades externas ordenadas pelo empregador. As horas em

que Enzo apenas aguarda as ordens fora da sede são consideradas somente para

efeito de compensação de horas.

Letra c.

De acordo com o artigo 20 do Estatuto da OAB c/c artigo 12 do Regulamento Geral,

é permitida a adoção do regime de dedicação exclusiva, que deve estar previs-

to expressamente no contrato individual de trabalho, observando-se quanto a

jornada de trabalho o limite de oito horas diárias.

Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as

horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias (art.

12, parágrafo único, do Regulamento Geral da OAB).

Ainda, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver

à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu es-

critório ou em atividades externas (art. 20, § 1º, do Estatuto da OAB).

Comentando as demais alternativas:

a) Errada. É permitida a adoção do regime de dedicação exclusiva, sendo que de-

verão ser remuneradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de

OITO horas diárias.

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b) Errada. As horas em que Enzo apenas aguarda as ordens fora da sede também

são consideradas no período de trabalho.

d) Errada. Deverão ser remuneradas como extraordinárias as horas que excede-

rem a jornada de OITO horas diárias. Ainda, as horas em que Enzo apenas aguarda

as ordens fora da sede também são consideradas no período de trabalho.

Questão 25    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) Leandro é advogado empregado de uma sociedade anônima, tendo

atuado sozinho em demanda proposta em 2014, na qual tal pessoa jurídica foi

vencedora, tendo o magistrado condenado a parte adversa ao pagamento de ho-

norários de sucumbência.

Com base no disposto no Estatuto da OAB e no entendimento adotado pelo Supre-

mo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) Os referidos honorários pertencem à pessoa jurídica empregadora, uma vez

que tal verba sucumbencial destina-se a recompor o patrimônio jurídico da parte

vencedora na demanda.

b) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, mas é possível, de acordo

com o STF, haver estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito dis-

ponível do advogado.

c) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, sendo vedada, de acordo

com o STF, qualquer estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito

indisponível.

d) Os referidos honorários serão partilhados entre Leandro e a pessoa jurídica em-

pregadora, de acordo com o STF, sendo vedada qualquer estipulação contratual em

contrário, por se tratar de honorários sucumbenciais.

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Letra b.

Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante

principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimen-

tar (Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal Federal).

Os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para

executar a sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos na con-

denação (art. 23 do Estatuto da OAB).

Desse modo, de acordo com o art. 14 do Regulamento Geral da OAB, os honorá-

rios de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia

e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remu-

neração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou

previdenciários.

Ademais, como vimos na nossa aula, o Supremo Tribunal Federal ao julgar a ADI

n. 1194 estabeleceu que o art. 21 e o parágrafo único da Lei n. 8.906/1994 deve

ser interpretado no sentido da preservação da liberdade contratual quanto à

destinação dos honorários de sucumbência fixados judicialmente. Sendo assim, é

possível a estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito disponível do

advogado.

Questão 26    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2021) A sociedade de advogados “A e B Advogados” está sediada no Rio

de Janeiro. Entretanto, em razão das circunstâncias de mercado dos seus clientes,

verificou que seria necessário ao bom desempenho das suas atividades profissio-

nais constituir uma filial em São Paulo.

No que se refere ao ato de constituição da filial e a atuação dos sócios, assinale a

afirmativa correta.

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a) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e ar-

quivado no Conselho Seccional de São Paulo, ficando todos seus sócios obrigados à

inscrição suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo.

b) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e

arquivado no Conselho Seccional de São Paulo, ficando obrigados à inscrição su-

plementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que

habitualmente exercerem a profissão naquela localidade, considerando-se habitua-

lidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.

c) ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e ar-

quivado no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando obrigados à inscrição

suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que

habitualmente exercerem a profissão naquela localidade, considerando-se habitua-

lidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.

d) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e ar-

quivado no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando todos seus sócios obriga-

dos à inscrição suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo.

Letra a.

O artigo 15, § 5º, do Estatuto da OAB, autoriza a criação de filiais e a atuação dos

advogados em áreas de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de cons-

tituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no

Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da

sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.

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