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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Livro Eletrônico
GUSTAVO DEITOS

Professor de Cursos Preparatórios pra Concur-


sos Públicos. Coach especialista em Concursos
Públicos. Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª
Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Re-
gião. Outras aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª
Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST –
Analista Judiciário e 48° lugar – TRT da 24ª Re-
gião – Técnico Judiciário.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Organização da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos

Apresentação..............................................................................................4
Organização da Justiça do Trabalho: Composição, Funcionamento, Jurisdição e
Competência...............................................................................................7
1. Composição da Justiça do Trabalho.............................................................7
1.1. Supremo Tribunal Federal e a Justiça do Trabalho......................................8
1.2. Tribunal Superior do Trabalho (TST)....................................................... 11
1.3. Tribunais Regionais do Trabalho (TRT).................................................... 16
1.4. Juízes do Trabalho............................................................................... 19
2. Competências dos Órgãos da Justiça do Trabalho (Funcionamento)............... 22
2.1. Funcionamento das Varas do Trabalho.................................................... 22
2.2. Funcionamento do TST........................................................................ 26
3. Jurisdição da Justiça do Trabalho.............................................................. 37
3.1. Características da Jurisdição................................................................. 39
4. Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho................................................. 45
Exercícios................................................................................................. 57
Gabarito................................................................................................... 75
Gabarito Comentado.................................................................................. 76

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Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem!

Neste curso, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual

do trabalho, com o objetivo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o

substrato de conteúdo necessário para ter o melhor desempenho possível na prova.

Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você

possa tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de

estudo completo e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros

meios de estudo.

A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, indivi-

dualmente, avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios

de estudo ideais. Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF

e vídeos, ou somente com um ou outro meio.

Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio

de contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta

aula. De qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como

fonte de estudos de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online.

Tudo depende, unicamente, da preferência de cada aluno.

Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Proces-

sual do Trabalho: composição, funcionamento, jurisdição e competência dos

órgãos da Justiça do Trabalho.

 Obs.: Esta aula não trata das competências constitucionais da Justiça do Trabalho

(competência material). Agora, abordaremos a organização deste ramo do

Poder Judiciário e as competências dos órgãos e serviços auxiliares da Justi-

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ça do Trabalho, com foco predominantemente interno, além de importantes

considerações teóricas sobre a tutela jurisdicional. As competências mate-

riais (constitucionais) são objeto de outra aula de nosso curso.

A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abran-

ger todos os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda

mais solidificado. O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâ-

metros: complexidade do conteúdo e número de questões de concursos existentes.

Por resultado, o número de exercícios disponibilizados é determinado de modo que

seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente testado e fixado, mas sem que

haja uma repetição obsoleta.

Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida.

Considero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuida-

de da produção e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informa-

ções quanto à qualidade do material.

Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-

monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é

importantíssimo para nós. Se houver algum problema com a visualização de mapas

mentais (fonte, cor etc.), o problema possivelmente terá surgido em alguma fase

da edição, pelo que o professor não responde. Neste caso, você pode entrar em

contato com a central de atendimento responsável.

Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para

você e sua prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e considera-

ção ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.

Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim

por meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido

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possível. Será um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundi-

dade, e com o grande respeito que você merece.

Bons estudos!

Seja imparável!

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ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO: COMPOSIÇÃO,


FUNCIONAMENTO, JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
1. Composição da Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho é composta pelos órgãos referidos na Constituição Fede-

ral, os quais, por sua vez, são divididos internamente de acordo com competên-

cias específicas.

A estrutura básica da Justiça do Trabalho é tratada na Constituição Federal. A

estrutura interna dos órgãos da Justiça do Trabalho, por sua vez, é tratada nos re-

gimentos internos de cada órgão.

De acordo com o art. 111 da Constituição Federal, compõem a Justiça do

Trabalho os seguintes órgãos:

• TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – TST (Instância Superior)

• TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT (Segunda Instância)

• JUÍZES DO TRABALHO – que atuam em Varas do Trabalho (Primeira Instância)

Veja: a Constituição Federal não fala de “Varas do Trabalho”, mas, sim, de Juí-

zes do Trabalho. Na verdade, as Varas do Trabalho são os órgãos de lotação onde

atuam os Juízes do Trabalho e os servidores da respectiva Secretaria. Sobre as

Varas, estudaremos com maior profundidade em seguida.

A Constituição Federal também instituiu o Conselho Superior da Justiça do Tra-

balho, que não é um órgão jurisdicional, e sim um órgão administrativo, que

possui competências específicas para apoiar a gestão administrativa da Justiça do

Trabalho de primeira e segunda instância (Juízes do Trabalho e TRTs).

Portanto, organograma básico da Justiça do Trabalho no Brasil, compreendendo

os órgãos jurisdicionais com competência em matérias trabalhistas, é o seguinte:

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1.1. Supremo Tribunal Federal e a Justiça do Trabalho

Afinal de contas, por que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi incluído no orga-

nograma da Justiça do Trabalho? É porque o STF tem competência para processar

e julgar determinados recursos no processo do trabalho.

Esses recursos, todavia, não são estruturados pela CLT, mas sim pela própria

Constituição Federal: recurso ordinário constitucional (art. 102, inciso II, alínea

a, CF) e recurso extraordinário (art. 102, inciso III, CF).

De acordo com o art. 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, o STF

processará e julgará, em grau de recurso ordinário (chamado tecnicamente de

Recurso Ordinário Constitucional – ROC), o habeas corpus, o mandado de se-

gurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância

pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

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Se, por exemplo, um mandado de segurança for ajuizado diretamente no TST

(competência originária do TST), e o TST denegar a segurança pleiteada, caberá

ROC ao STF. O mesmo raciocínio vale para o habeas corpus, o habeas data e o

mandado de injunção.

Como dito, o STF poderá, também, processar e julgar Recursos Extraordiná-

rios (RExt) no processo do trabalho. O Recurso Extraordinário, de acordo com o

art. 102, inciso III, da Constituição Federal, terá cabimento nas causas decididas

em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

• a) contrariar dispositivo da Constituição;

• b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

• c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

• d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Perceba que o artigo fala em causas decididas em ÚNICA ou ÚLTIMA instân-

cia. Há dois excelentes exemplos no processo do trabalho, um de única e outro de

última instância.

Primeiro exemplo (única instância):

Na Justiça do Trabalho, as causas de valor não excedente a dois salários mínimos

seguem o rito sumário (de alçada). Nesse rito, não é cabível qualquer recurso,

salvo quando a decisão do juiz do trabalho contrariar a Constituição Federal (art.

2º, §§ 3º e 4º da Lei n. 5.584/70 cumulado com art. 851, § 1º, da CLT, que fala da

exclusividade da alçada das Varas no rito sumário). Nesse caso, sempre predomi-

nou o entendimento de que é cabível Recurso Extraordinário diretamente ao STF

(isso mesmo: um RExt, direto para o STF, contra decisão de juiz do traba-

lho de primeira instância!). O STF, no entanto, já sustentou, em alguns julga-

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dos, o não cabimento dessa hipótese recursal. Essa decisão não é uniformizada,

tampouco pacífica, razão pela qual a hipótese do recurso que mencionamos ainda

é considerada válida pela doutrina. Exemplo de acórdão do STF que aceitou essa

hipótese de recurso extraordinário: RE 140.169-9.

Segundo exemplo (última instância):

Suponha que você interpôs, em favor de seu cliente, recurso de revista ao TST, ao

qual não foi dado provimento, embora tenha sido conhecido. Você opõe embargos

de divergência à Subseção Especializada em Dissídios Individuais, os quais também

não são providos. Nesse caso, não haveria mais nenhuma hipótese legal ou regi-

mental de recurso. Portanto, se você entender que possui fundamentação suficien-

te que se enquadre em uma das hipóteses do art. 102, inciso III, da Constituição,

você poderá interpor Recurso Extraordinário ao STF (exemplo: decisões do TST

contrariam artigos da Constituição Federal).

A Súmula 505 do STF enuncia o seguinte:

Súmula 505 do STF


Salvo quando contrariarem a Constituição, não cabe recurso para o Supremo
Tribunal Federal, de quaisquer decisões da Justiça do Trabalho, inclusive dos
presidentes de seus tribunais.

Essa súmula ainda é cobrada em várias provas de concursos. Todavia, ela é an-

terior à Constituição Federal de 1988. Portanto, a maioria já se posiciona no sentido

de que ela está ultrapassada pelo novo texto constitucional. Dessa forma, aplicam-

-se as hipóteses do art. 102, inciso III, da Constituição.

Ponto doutrinário

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Carlos Henrique Bezerra Leite é um dos que entendem que a hipótese da alínea d,

do inciso III do art. 102 da CF seria inaplicável ao processo do trabalho, usando

como fundamento a Súmula 505 do STF, que restringe o cabimento dos Recursos

Extraordinários em processos trabalhistas a matérias constitucionais. Conforme

nossa explanação em aula, esse posicionamento pode ser vencido, tendo em vista

que a hipótese da referida alínea (julgar válida lei local contestada em face de lei

federal) foi acrescentada pela Emenda Constitucional n. 45 de 2004, sendo, por-

tanto, posterior à Súmula.

1.2. Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Primeiramente, tratarei das disposições da Constituição Federal referentes ao

TST. Em seguida, confira as disposições, com comentários individualizados:

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da
República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional
e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistra-
tura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

Neste artigo, há várias informações importantíssimas.

O TST é composto por 27 Ministros. Existe um método de memorização (de au-

toria desconhecida) do número de Ministros de cada Tribunal Superior no Brasil. No

caso do TST, o método diz que o TST é composto por “Trinta Sem Três - TST”, o

que logicamente corresponde a 27.

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Os 27 Ministros devem ser brasileiros, quer natos, quer naturalizados. Não há

diferença. Esses brasileiros devem ter:

• mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade

• notável saber jurídico

• reputação ilibada

Os Ministros do TST são nomeados pelo Presidente da República, que, no caso

de vaga integrante dos 4/5 reservados aos Desembargadores do Trabalho de car-

reira, escolherá um dentre três nomes integrantes de lista tríplice elaborada pelo

Tribunal Pleno do TST. O escolhido pelo Presidente da República será submetido

a sabatina no Senado Federal, que consiste numa sessão de questionamentos ao

sujeito escolhido, com o objetivo de aferir sua real aptidão para assumir o cargo de

Ministro do TST.

Já no caso de vaga integrante do 1/5 reservado aos membros de carreira do

MPT e da Advocacia, o procedimento será o seguinte: o MPT, ou o Conselho Federal

da OAB, elaborarão uma lista sêxtupla (seis nomes) e encaminhá-la-ão ao TST. O

TST, dentre os seis nomes, formará uma lista tríplice (três nomes) para enviar ao

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Presidente da República, o qual, por fim, escolherá um deles, em vinte dias, para

ser sabatinado no Senado Federal. Esse procedimento está previsto no art. 94 da

Constituição Federal.

Os Advogados e os membros do MPT, que ocuparão 1/5 das vagas de Ministro

(quinto constitucional), deverão ter 10 anos de efetiva atuação na carreira, no mínimo.

Veja, abaixo, mapa mental da escolha dos Ministros do TST:

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§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Atualmente, as competências de cada órgão do TST são tratadas pela Lei n.

7.701/88. Ademais, o Regimento Interno do TST traça os procedimentos internos

relativos a cada trâmite de sua responsabilidade.

Ponto doutrinário

Em alguns segmentos, o Regimento Interno do TST chega até mesmo a estabele-

cer competências, o que leva alguns doutrinadores a entenderem que o Regimento

Interno estaria invadindo matéria reservada à lei, pois, de acordo com o art. 22,

inciso I, da Constituição, somente a União, por meio do Congresso Nacional, pode

legislar sobre direito processual.

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§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:


I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Tra-
balho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o
ingresso e promoção na carreira;
II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da
lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do
Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas deci-
sões terão efeito vinculante.

A ENAMAT e o CSJT atuam junto ao TST. Segundo o Regimento Interno do TST,

também atuam junto a ele o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores

e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST) e a Ouvidoria, mas trare-

mos somente dois primeiros, que têm previsão constitucional.

O CSJT possui autonomia administrativa e regimento interno próprio. Contu-

do, o CSTJ não tem função jurisdicional, razão pela qual não julga ações e

nem recursos.

O CSJT é um órgão de natureza administrativa. Não julga ações, recursos ou quais-

quer incidentes de natureza judicial.

O CSJT exerce supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial

sobre os 24 TRTs e sobre as Varas do Trabalho. Portanto, o CSJT não supervi-

siona administrativamente o TST.

As decisões administrativas do CSJT, em especial aquelas que envolvem a fi-

xação de despesas, têm efeito vinculante sobre os TRTs e, consequentemente,

sobre as Varas do Trabalho. Um grande exemplo prático disso é o número de vagas

de servidores que o CSJT autoriza para preenchimento por parte de cada TRT. Se o

CSJT determinar que o TRT da 1ª Região poderá nomear 15 servidores no exercício

financeiro, o TRT da 1ª Região poderá nomear, somente, 15 servidores.

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O CSJT é órgão central desse sistema de controle em razão de ser responsável

pela busca do equilíbrio orçamentário e financeiro em toda a Justiça do Trabalho de

1º e 2º graus. Concentra-se no CSJT, portanto, essa competência, sem prejuízo do

controle interno de cada TRT.

O TST, por sua vez, tem sua organização administrativa, orçamentária, finan-

ceira e patrimonial supervisionada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente,


a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de
suas decisões.

A reclamação é uma ação própria, prevista nos artigos 988 e seguintes do CPC,

podendo ser ajuizada perante o TST pela parte interessada ou pelo Ministério Pú-

blico do Trabalho para:

• preservar a competência do TST

• garantir a autoridade das decisões do TST

• garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de

resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de compe-

tência pelo TST

1.3. Tribunais Regionais do Trabalho (TRT)

Trataremos, neste momento, das disposições constitucionais pertinentes aos

TRTs, com comentários individualizados.

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da Repú-
blica dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional
e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
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II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimen-


to, alternadamente.

Você pode perceber que, ao longo de textos legais e regimentais (inclusive em

artigos da própria Constituição), os membros dos TRTs são chamados de “Desem-

bargadores”. Esse nome facilita que o leitor associe os magistrados diretamente com

o TRT, que é um órgão de segunda instância, pois há muito tempo esse nome foi

associado aos magistrados de segunda instância, por causa dos Tribunais de Justiça.

No entanto, tecnicamente, os magistrados integrantes do TRT são juízes de

segunda instância. Tecnicamente, desembargadores só existem nos Tribunais de

Justiça da Justiça Estadual. No entanto, para facilitar o entendimento, usaremos

até mesmo em nossa aula o termo “desembargador”. Fica registrado, todavia, o

alerta técnico.

Os TRTs devem ter, no mínimo, sete membros. Na prática, cada TRT tem

uma quantidade diferente de desembargadores do trabalho. Isso significa

que nenhum regimento interno poderá prever menos de sete desembargadores.

Não confunda os limites de idade para membros do TRT com os limites para

membros do TST. No TRT, os limites são:

Quanto aos procedimentos para escolha dos juízes do trabalho de carreira e dos

membros do MPT ou advogado para compor vagas no TRT, você pode observar o

mesmo procedimento traçado no mapa mental do subtítulo do TST, desconsideran-

do a sabatina do Senado Federal, que, para nomeação de desembargador do TRT,

não ocorre.

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O Presidente da República, ao escolher um nome para Desembargador do TRT da

listra tríplice, nomeará o escolhido de imediato, sem sabatina.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização


de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da res-
pectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

Os TRTs têm o poder de levar a estrutura de Varas do Trabalho (juiz e servi-

dores) a lugares mais remotos e distantes da sede da Vara, para atender a juris-

dicionados dessas localidades, que por razões socioeconômicas e geográficas não

conseguem se deslocar até a Vara do Trabalho de sua jurisdição.

Essa atitude é mais comum por parte de TRTs situados em Estados com cidades

do interior muito isoladas, como Amazonas, por exemplo.

Com o deslocamento do juiz e de um ou mais servidores, será possível facilitar

a presença das partes em audiência e proporcionar a redução de reclamações tra-

balhistas a termo, por intermédio de servidor, em favor de trabalhadores desassis-

tidos de advogado.

Essas estruturas itinerantes só podem funcionar dentro do limite territorial da

jurisdição do TRT. Por exemplo, o TRT da 11ª Região (Amazonas e Roraima) não

pode enviar estrutura ao Estado do Mato Grosso, mas tão somente para Amazonas

e Roraima.

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, cons-


tituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo.

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Essa prática ainda não caiu nas graças dos TRTs, mas é possível que sejam

instalados prédios do TRT em cidades interioranas, com a presença de desem-

bargadores do trabalho, para facilitar o acesso das partes à justiça em grau de

recurso, inclusive.

Exemplo:

É possível que o TRT da 12ª Região (Santa Catarina), que tem sua estrutura sedia-

da no município de Florianópolis, instale Câmara Regional no município de Chape-

có, que se localiza no oeste do Estado, distante da capital, a fim de facilitar que as

pessoas domiciliadas no interior catarinense se aproximem do Tribunal.

1.4. Juízes do Trabalho

Para começarmos a falar do juiz do trabalho, é importante conhecermos o art.

116 da Constituição Federal: “Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida

por um juiz singular”.

Veja: a jurisdição trabalhista – a aplicação do direito – é encargo do juiz do

trabalho. A Vara do Trabalho é o órgão onde o juiz do trabalho, que exerce

a jurisdição, atua. É por esta razão que, entre os órgãos da Justiça do Trabalho, a

Constituição aponta os “Juízes do trabalho”, e não as Varas.

A jurisdição trabalhista de primeira instância passou a ser exercida por um juiz

singular a partir do ano de 1999, quando foi aprovada a Emenda Constitucional n. 24.

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Antes dessa Emenda, a jurisdição trabalhista de primeira instância era exer-

cida por Juntas de Conciliação e Julgamento, compostas por um Juiz Presidente

e por dois representantes classistas, um dos empregados e outro dos emprega-

dores. É por isso que muito artigos da CLT ainda fazem referência às Juntas e a

seus componentes.

Os juízes do trabalho são necessariamente togados, isto é, aprovados em con-

curso público de provas e títulos e que preenchem os requisitos para assumir o

cargo de juiz. Não há juízes leigos na Justiça do Trabalho (bacharéis em Direito

voluntariamente exercentes de jurisdição). O que pode haver, na Justiça do Traba-

lho, é a figura do conciliador do Centro de Conciliação da Justiça do Trabalho, que

é um servidor ocupante de função de confiança destinada à atuação na conciliação.

Aplicam-se aos juízes do trabalho, portanto, as garantias e as proibições cons-

titucionalmente previstas para os juízes de carreira.

As garantias (art. 95 da Constituição Federal) são:

• vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de

exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tri-

bunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial

transitada em julgado;

Antes de completar dois anos de efetivo exercício, o juiz do trabalho pode-

rá perder o cargo por deliberação do tribunal, consistente num procedimento com

contraditório e ampla defesa, devidamente motivado, que pode ter a perda do car-

go condicionada à aprovação por dois terços dos membros do tribunal, em escru-

tínio secreto (art. 27, § 6º, Lei Orgânica da Magistratura Nacional).

Após completar dois anos de efetivo exercício, o juiz do trabalho será vitalício,

e só poderá perder o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado.

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• inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

O juiz não pode ser removido arbitrariamente para outro lugar, sem um mo-

tivo adequado.

De acordo com o art. 93, inciso VIII, da Constituição, “o ato de remoção, dis-

ponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em

decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Na-

cional de Justiça, assegurada ampla defesa”.

Dessa forma, tanto o TRT quando o CNJ poderão, pelo voto da maioria abso-

luta de seus membros, remover um juiz do trabalho para outra localidade, colocá-

-lo em disponibilidade (sem trabalhar, mas recebendo) ou aposentá-lo compulsoria-

mente (como punição por certo ato). A remoção, disponibilidade ou aposentadoria

compulsória sempre deverão ter fundamento no interesse público, sob pena

de nulidade do ato que remover, pôr em disponibilidade ou impor aposentadoria.

• irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39,

§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

Os juízes do trabalho, de acordo com o art. 39, § 4º, da Constituição, re-

cebem subsídios, isto é, uma parcela remuneratória única, que impede o rece-

bimento de quaisquer outras parcelas remuneratórias (gratificações, adicionais

e vantagens em geral). O fato de o juiz receber por subsídio, no entanto, não

impede o recebimento de parcelas indenizatórias, como o auxílio-moradia

ou o auxílio-alimentação.

Quanto à garantia, o juiz do trabalho não pode ter seu subsídio reduzido sem

um motivo pertinente. Logo, alterações legislativas não poderão diminuí-lo, pois

isto poderia configurar coação indireta do Legislativo sobre o Judiciário. Além de

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aumento, o subsídio do juiz pode sofrer reajuste. A diminuição real, no entanto,

é inconstitucional.

Por fim, de acordo com o art. 112 da Constituição, “a lei criará varas da Justiça do

Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juí-

zes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

Há tempos, era possível que algumas localidades ficassem fora da jurisdição de

quaisquer Varas do Trabalho (ou Juntas, antes de 1999). Dessa maneira, o juiz de

direito da Justiça Estadual local assumia a jurisdição trabalhista, seguindo o proces-

so do trabalho, e contra suas decisões caberia recurso ordinário ao TRT competente

no território.

Hoje em dia, todavia, todas as localidades já integram a jurisdição de alguma

Vara do Trabalho. Contudo, caso alguma localidade, um dia, fique desprovida de

jurisdição trabalhista, tal regra suprirá o problema.

2. Competências dos Órgãos da Justiça do Trabalho


(Funcionamento)
A seguir, trabalharemos com as repartições de competências estabelecidas na

CLT, com relação aos órgãos da Justiça do Trabalho.

2.1. Funcionamento das Varas do Trabalho

As competências funcionais das Varas do Trabalho são estabelecidas nos arti-

gos 652 e 653 da CLT:

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:


a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de res-
cisão do contrato individual de trabalho;

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III – os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja


operário ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Ges-
tor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos [embargos à execução e embargos de declaração] opostos
às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) Revogado.
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competên-
cia da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de
salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da
Junta [Vara], a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a
reclamação também versar sobre outros assuntos.
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho]:
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessá-
rias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que
não atenderem a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais
Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir [cartas] precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribui-
ções que decorram da sua jurisdição.

Estes dois artigos abordam algumas hipóteses materiais de competência da

Justiça do Trabalho que são absorvidas pelo teor dos incisos do art. 114 da Cons-

tituição Federal, que são detalhadamente estudados na aula sobre as competên-

cias constitucionais.

Alguns itens desses artigos correspondem a funções horizontais e verticais.

• Como exemplos de função horizontal, temos as competências para sus-

peições e exceções de incompetência, julgar embargos à execução e embar-

gos de declaração e impor multas.

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• Já como exemplo de função vertical temos a competência para cumprir

atos ordenados pelos Tribunais (art. 653, b).

O rol de competências das Varas do Trabalho, no texto da CLT, não gera maiores

problemas. A maior importância no que se refere às competências estabelecidas na

CLT está em evitar confusões entre competências originárias dos Tribunais (como

dissídio coletivo) e as competências originárias das Varas.

Imagino que você não tenha dificuldades para assimilar, por exemplo, que o jul-

gamento de ações que envolvam o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) seja de

competência do juiz do trabalho de primeiro grau. O mesmo raciocínio vale para

dissídios sobre contratos de empreitada e homologações de acordos extrajudiciais.

É por isso que a maior importância, para fins de memorização, está nas competên-

cias dos tribunais.

2.1.1. Funcionamento dos TRTs

As competências funcionais dos TRTs constituem um elemento muito objetivo

e dogmático do conteúdo, e estão previstas nos artigos 678, 679 e 680 da CLT,

transcritos abaixo:

Há vários regimentos internos de tribunais que dividem as competências dos ór-

gãos internos de forma diferenciada, inclusive de maneira diversa da estabelecida

no texto da CLT.

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Ao estudar as competências do texto literal da CLT, você precisa saber que esta ta-

refa é necessária, primordialmente, para acertar questões de concurso que cobrem

as normas literais da CLT sobre repartição de competências.

Na prática, portanto, tenha em mente que os regimentos internos dos tribunais

podem dispor de maneira diversa, embora haja correntes doutrinárias apontando

a falta de competência dos tribunais para tanto, uma vez que a legislação sobre

direito processual compete privativamente à União (art. 22, inciso I, CF/88).

Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:


I – ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originariamente:
1) as revisões de sentenças normativas [dissídio coletivo de revisão];
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;
3) os mandados de segurança;
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e
Julgamento [inaplicável atualmente];
c) processar e julgar em última instância:
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do
Trabalho], dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de
seus próprios acórdãos;
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na
jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas;
d) julgar em única ou última instâncias:
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços
auxiliares e respectivos servidores;
2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus
membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
II – às Turmas:
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a;
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias
de recursos de sua alçada;
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e jul-
gar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno,
exceto no caso do item I, alínea “c”, inciso 1, deste artigo.

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Dicas
1) Quando a competência envolver dissídio coletivo,
ação rescisória, conflito de competência ou mandado
de segurança, a competência será do Tribunal Pleno
(de acordo com o texto da CLT).
2) Recursos ordinários, agravos de petição e agravos
de instrumento interpostos em face de sentenças de
primeiro grau são apreciadas pelas TURMAS.

Art. 679 - Aos Tribunais Regionais não divididos em Turmas, compete o julgamento
das matérias a que se refere o artigo anterior, exceto a de que trata o inciso I da alínea
c do Item I, como os conflitos de jurisdição entre Turmas.

Como hoje em dia todos os TRTs se dividem em turmas, a regra do art. 679

torna-se obsoleta. Caso um TRT resolva dissolver todas as suas Turmas, todas as

matérias competirão ao plenário do tribunal. É algo que, hoje, soa irreal.

Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas:


a) determinar às Juntas [Varas] e aos juízes de direito a realização dos atos processuais
e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões;
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;
d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros;
e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento
dos feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais re-
quisições;
g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que
decorram de sua Jurisdição.

2.2. Funcionamento do TST

O TST é subdividido em vários órgãos, que possuem competências específicas.

Abaixo, apresentarei organograma básico da estrutura interna do TST:

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 Obs.: O Tribunal Pleno e o Órgão Especial atuam lado a lado, na mesma escala

hierárquica, porque o Órgão Especial nada mais é do que uma extensão do

Tribunal Pleno, isto é, um órgão com competências delegadas do Tribunal

Pleno (o Órgão Especial é um “Pleninho”, a grosso modo). Essas com-

petências podem ser administrativas ou judiciais e são devidamente separa-

das no regimento interno do TST, como veremos a seguir.

Para facilitar seu estudo, citarei, abaixo, as competências de cada órgão interno

do TST, as quais já foram tratadas na aula sobre a Competência da Justiça

do Trabalho, no capítulo correspondente à competência de ordem funcional.

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2.2.1. Tribunal Pleno

Obs.:
 Tendo em vista que as provas de direito processual do trabalho não chegam ao

ponto de cobrar as competências expressas no Regimento Interno do TST – a

menos que ele seja mencionado no edital –, não as abordaremos de forma sis-

tematizada. Para fins de maior completude do material, apresentarei as regras

literais de competência dos órgãos internos do TST, para seu conhecimento.

Art. 75. Compete ao Tribunal Pleno:

I – eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal

Superior do Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete) Mi-

nistros para integrar o Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os membros do

Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magis-

trados do Trabalho (ENAMAT), o diretor e os membros do Centro de Formação e

Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CE-

FAST); os Ministros membros do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT)

e respectivos suplentes, os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o

Ministro Ouvidor e seu substituto;

II – dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal Supe-

rior do Trabalho, aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros da direção

e do Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de

Assessores e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST);

III – escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro

do Tribunal;

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IV – deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do

Tribunal Superior do Trabalho e o início do exercício;

V – determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro do Tribunal;

VI – opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive

processual, quando entender que deve manifestar-se oficialmente;

VII – estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uni-

forme, pelo voto de pelo menos 2/3 (dois terços) de seus membros, caso a mesma

matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo,

2/3 (dois terços) das turmas, em pelo menos 10 (dez) sessões diferentes em cada

uma delas, podendo, ainda, por maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros,

restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir

de sua publicação no Diário Oficial;

VIII – julgar os incidentes de assunção de competência e os incidentes de re-

cursos repetitivos, afetados ao órgão;

IX – decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do

Poder Público, quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas ou Turmas;

X – aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;

XI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua com-

petência e à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória

de tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumpri-

mento obrigatório, por ele proferida.

2.2.2.1. Órgão Especial

Art. 76. Compete ao Órgão Especial:

I – em matéria judiciária:

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a) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua compe-

tência, à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de

tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumpri-

mento obrigatório, por ele proferida;

b) julgar mandado de segurança impetrado contra atos do Presidente ou de

qualquer Ministro do Tribunal, ressalvada a competência das Seções Especializadas;

c) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do

Trabalho em mandado de segurança de interesse de magistrados e servidores da

Justiça do Trabalho;

d) julgar os recursos interpostos contra decisão em matéria de concurso para a

Magistratura do Trabalho;

e) julgar os recursos ordinários em agravos internos interpostos contra decisões

proferidas em reclamações correicionais ou em pedidos de providências que envol-

vam impugnação de cálculos de precatórios;

f) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em mandado

de segurança impetrado contra ato do Presidente de Tribunal Regional em precatório;

g) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em recla-

mações quando a competência para julgamento do recurso do processo principal

for a ele atribuída;

h) julgar os agravos internos interpostos contra decisões proferidas pelo Corre-

gedor-Geral da Justiça do Trabalho;

i) julgar os agravos internos interpostos contra decisões que denegam segui-

mento a recurso extraordinário por ausência de repercussão geral da questão cons-

titucional debatida;

j) deliberar sobre as demais matérias jurisdicionais não incluídas na competên-

cia dos outros órgãos do Tribunal.

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II – em matéria administrativa:

a) proceder à abertura e ao encerramento do semestre judiciário;

b) eleger os membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e

os das Comissões previstas neste Regimento, com observância, neste último caso,

do disposto nos §§ 1º e 3º de seu art. 53;

c) aprovar e emendar o Regulamento Geral da Secretaria do Tribunal Superior

do Trabalho, o Regimento da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, o Regula-

mento da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, os Estatutos da Escola Nacional

de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e do Centro

de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal Superior

do Trabalho (CEFAST), e o Regimento Interno do Conselho Superior da Justiça do

Trabalho (CSJT);

d) propor ao Poder Legislativo, após a deliberação do Conselho Superior da Justi-

ça do Trabalho (CSJT), a criação, extinção ou modificação de Tribunais Regionais do

Trabalho e Varas do Trabalho, assim como a alteração de jurisdição e de sede destes;

e) propor ao Poder Legislativo a criação, a extinção e a transformação de cargos

e funções públicas e a fixação dos respectivos vencimentos ou gratificações;

f) escolher, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos

seus membros, Desembargador de Tribunal Regional do Trabalho para substituir

temporariamente Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;

g) aprovar a lista dos admitidos na Ordem do Mérito Judiciário do

Trabalho;

h) aprovar a lotação das funções comissionadas do Quadro de Pessoal do Tribunal;

i) conceder licença, férias e outros afastamentos aos membros do Tribunal;

j) fixar e rever as diárias e as ajudas de custo do Presidente, dos Ministros e

servidores do Tribunal;

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l) designar as comissões temporárias para exame e elaboração de estudo sobre

matéria relevante, respeitada a competência das comissões permanentes;

m) aprovar as instruções de concurso para provimento dos cargos de Juiz do

Trabalho Substituto;

n) aprovar as instruções dos concursos para provimento dos cargos do Quadro

de Pessoal do Tribunal e homologar seu resultado final;

o) julgar os recursos de decisões ou atos do Presidente do Tribunal em ma-

téria administrativa;

p) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do Tra-

balho em processo administrativo disciplinar envolvendo Magistrado, estritamente

para controle da legalidade;

q) examinar as matérias encaminhadas pelo Conselho Superior da Justiça do

Trabalho (CSJT);

r) aprovar a proposta orçamentária da Justiça do Trabalho;

s) julgar os recursos ordinários interpostos contra agravos internos em que te-

nha sido apreciada decisão de Presidente de Tribunal Regional em precatório;

t) deliberar sobre as questões relevantes e atos normativos a que alude o art.

41, XXXIII e parágrafo único, deste Regimento.

2.2.2.2. Seção de Dissídios Coletivos (SDC)

Art. 77. À Seção Especializada em Dissídios Coletivos compete:

I – originariamente:

a) julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, de sua compe-

tência, ou rever suas próprias sentenças normativas, nos casos previstos em lei;

b) homologar as conciliações firmadas nos dissídios coletivos;

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c) julgar as ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;

d) julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;

e) julgar os agravos internos contra decisões não definitivas, proferidas pelo

Presidente do Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Espe-

cializada em Dissídios Coletivos;

f) julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais do Trabalho em

processos de dissídio coletivo;

g) processar e julgar as tutelas provisórias antecedentes ou incidentes nos pro-

cessos de dissídio coletivo;

h) processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder

a jurisdição de Tribunal Regional do Trabalho;

i) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua compe-

tência e à garantia da autoridade de suas decisões.

II – em última instância, julgar:

a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribu-

nais Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica;

b) os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribu-

nais Regionais do Trabalho em ações rescisórias, reclamações e mandados de

segurança pertinentes a dissídios coletivos e em ações anulatórias de acordos e

convenções coletivas;

c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida

em processo de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão

embargada estiver em consonância com precedente normativo do Tribunal Supe-

rior do Trabalho ou com súmula de sua jurisprudência predominante;

d) os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso

ordinário nos processos de sua competência.

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2.2.2.3. Seção de Dissídios Individuais (SDI)

Art. 78. À Seção Especializada em Dissídios Individuais, em composição plena

ou dividida em duas Subseções, compete:

I – em composição plena:

a) julgar, em caráter de urgência e com preferência na pauta, os processos nos

quais tenha sido estabelecida, na votação, divergência entre as Subseções I e II da

Seção Especializada em Dissídios Individuais, quanto à aplicação de dispositivo de

lei federal ou da Constituição da República;

b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua compe-

tência, à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de

tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumpri-

mento obrigatório, por ela proferida.

II – à Subseção I:

a) julgar os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas, ou

destas que divirjam de decisão da Seção de Dissídios Individuais, de súmula ou de

orientação jurisprudencial;

b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua compe-

tência, à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de

tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumpri-

mento obrigatório, por ela proferida;

c) julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada

em processos de sua competência ou decorrentes do juízo de admissibilidade da

Presidência de Turmas do Tribunal;

d) processar e julgar os incidentes de recursos repetitivos que lhe forem afetados;

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III – à Subseção II:

a) originariamente:

I – julgar as ações rescisórias propostas contra suas decisões, as da Subseção

I e as das Turmas do Tribunal;

II – julgar os mandados de segurança contra os atos praticados pelo Presidente

do Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em

Dissídios Individuais, nos processos de sua competência;

III – julgar os pedidos de concessão de tutelas provisórias e demais medidas

de urgência;

IV – julgar os habeas corpus;

V – processar e julgar os Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas sus-

citados nos processos de sua competência originária;

VI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua com-

petência, à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de

tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumpri-

mento obrigatório, por ela proferida.

b) em única instância:

I – julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada

em processos de sua competência;

II – julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais e os que en-

volvam Desembargadores dos Tribunais de Justiça, quando investidos da jurisdição

trabalhista, e Juízes do Trabalho em processos de dissídios individuais.

c) em última instância:

I – julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões dos

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Tribunais Regionais em processos de dissídio individual de sua competência

originária;

II – julgar os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de

recurso ordinário em processos de sua competência.

2.2.2.4. Turmas

Art. 79. Compete a cada uma das Turmas julgar:

I – as reclamações destinadas à preservação da sua competência e à garantia

da autoridade de suas decisões;

II – os recursos de revista interpostos contra decisão dos Tribunais

Regionais do Trabalho, nos casos previstos em lei;

III – os agravos de instrumento das decisões de Presidente de Tribunal Regional

que denegarem seguimento a recurso de revista;

IV – os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em

processos de sua competência;

V – os recursos ordinários em tutelas provisórias e as reclamações, quando a

competência para julgamento do recurso do processo principal for atribuída à Tur-

ma, bem como a tutela provisória requerida em procedimento antecedente de que

trata o art. 114 deste Regimento.

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3. Jurisdição da Justiça do Trabalho


A partir de agora, explicarei os principais pontos do que se estuda como “Ju-

risdição da Justiça do Trabalho”, com necessárias abordagens sobre os aspectos

teóricos da jurisdição civil, que abrange a trabalhista.

Jurisdição é uma terminologia derivada do latim, com a junção dos termos juris

(direito) e dicere (dizer). Jurisdição, semanticamente, consiste no ato de dizer

o direito. A partir do momento em que a jurisdição é exercida por um Estado

soberano, ela passa a consistir na função pela qual o Estado aplica a lei geral e

abstrata a todos os casos concretos que devam ser apreciados por órgãos e/ou

agentes do Estado.

Diante da moderna separação dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),

a jurisdição passa a servir como elemento essencial para a distinção da função do

Poder Judiciário: a função jurisdicional.

A jurisdição trabalhista consiste no direito dito dentro dos limites de compe-

tência do art. 114 da Constituição Federal, e é exercida por juiz do trabalho, em

primeira instância, por Tribunal Regional, em segunda instância, e pelo TST, na ins-

tância superior. Caso a matéria trabalhista tenha índole constitucional reconhecida,

o STF poderá exercer a jurisdição trabalhista.

A modificação da jurisdição de primeira instância pode decorrer da cria-

ção e/ou da extinção de Varas do Trabalho ou de Tribunais Regionais. Tal

criação/extinção decorre exclusivamente da lei. Essa mesma lei terá o encargo

de definir qual é a abrangência jurisdicional dessa Vara, caso seja criada, ou à

qual território de jurisdição será submetida determinada localidade que, antes, era

abrangida por Vara extinta.

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O TST exerce jurisdição em todo o território nacional. Já os TRTs têm jurisdição

espalhada pelos Estados da Federação. Há quatro TRTs que abrangem mais de um

Estado, e um Estado abrangido por dois TRTs. Vejamos:

• TRT da 1ª Região: Rio de Janeiro

• TRT da 2ª Região: São Paulo (capital e baixada santista)

• TRT da 3ª Região: Minas Gerais

• TRT da 4ª Região: Rio Grande do Sul

• TRT da 5ª Região: Bahia

• TRT da 6ª Região: Pernambuco

• TRT da 7ª Região: Ceará

• TRT da 8ª Região: Pará e Amapá

• TRT da 9ª Região: Paraná

• TRT da 10ª Região: Distrito Federal e Tocantins

• TRT da 11ª Região: Amazonas e Roraima

• TRT da 12ª Região: Santa Catarina

• TRT da 13ª Região: Paraíba

• TRT da 14ª Região: Rondônia e Acre

• TRT da 15ª Região: São Paulo (Campinas e interior)

• TRT da 16ª Região: Maranhão

• TRT da 17ª Região: Espírito Santo

• TRT da 18ª Região: Goiás

• TRT da 19ª Região: Alagoas

• TRT da 20ª Região: Sergipe

• TRT da 21ª Região: Rio Grande do Norte

• TRT da 22ª Região: Piauí

• TRT da 23ª Região: Mato Grosso

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• TRT da 24ª Região: Mato Grosso do Sul

3.1. Características da Jurisdição

A jurisdição estatal possui diversas características essenciais à sua configura-

ção. Além de muito importantes para a compreensão do conteúdo, tais caracterís-

ticas aparecem, esporadicamente, como elementos relevantes para a interpretação

de questões objetivas de prova. A seguir, apresentarei as características nominal-

mente destacadas na doutrina e reconhecidas pelas bancas.

Inércia

A jurisdição não é aplicada aos casos concretos se os sujeitos interessados não pro-

vocarem o Poder Judiciário para tanto. Em termos propriamente ditos, a jurisdição é

inerte. O ato de “dizer o direito”, por parte do Estado-juiz, só será praticado se os su-

jeitos interessados no conflito solicitarem ao Estado-juiz que a lide seja resolvida.

Alia-se a esta característica, teoricamente, o princípio dispositivo (ou princípio

da demanda), segundo o qual o juiz não pode decidir questões senão mediante

provocação das partes (art. 2º do CPC).

Substitutividade

O Estado-juiz, ao aplicar o direito aos casos concretos, substitui as próprias par-

tes no papel de tutelar o direito envolvido no conflito.

No direito natural, as próprias partes tutelam seus direitos, à base das pró-

prias forças. Isso é o que se conhece por autotutela. A fim de que os bens

jurídicos não sejam autotutelados pelos sujeitos, e de modo que seja evitado o

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retrocesso ao estado de barbárie, o Estado substitui os sujeitos no papel de

tutelar os direitos envolvidos.

Como condição necessária para que a substituição das partes seja exercida pelo

Estado-juiz com justiça, deve o órgão judicial ser imparcial: não deve o Estado-

-juiz conservar tendências de cunho institucional ou pessoal que possam beneficiar

uma ou outra parte do conflito. O direito deve ser aplicado ao caso concreto com o

máximo de imparcialidade possível, sem que sejam observadas as pessoas envol-

vidas, mas, sim, o direito envolvido e a norma jurídica aplicável.

Indelegabilidade

O Poder Judiciário não pode delegar – atribuir a outrem – a função jurisdicional

(de aplicar o direito ao caso concreto). Esta função é privativa dos órgãos do Poder

Judiciário, e a atribuição dessa função, de forma típica, a outros Poderes configura-

ria violação ao princípio da separação dos poderes (art. 2º da Constituição Federal).

Ademais, a atribuição da função jurisdicional a terceiros também poderia confi-

gurar ofensa ao princípio do juiz natural.

Embora a característica da indelegabilidade seja consagrada e tida como regra

geral no ordenamento jurídico, o direito processual brasileiro permite a existência

da arbitragem.

A fim de evitar que o problema seja carregado por muito tempo, e com o propó-

sito de tirar do juiz o popular “poder da caneta”, as partes podem procurar formas

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extrajudiciais de solução do problema, lançando mão de concessões recíprocas

até que cada parte consiga a parcela mais favorável para si, respeitando as limi-

tações da outra parte. Desse propósito, decorre o surgimento das ferramentas

alternativas de resolução de conflitos, dentre as quais figura a arbitragem.

As formas alternativas de solução de conflitos aparecem com o propósito de

proporcionar às partes maior celeridade na resolução do problema. A judicialização

da causa, no fundo, não é o que as partes querem. O que elas querem, intimamen-

te, é a resolução do problema havido entre elas da forma mais favorável possível.

De acordo com Maurício Godinho Delgado, a arbitragem é “o tipo procedimental

de solução de conflitos mediante o qual a decisão, lançada em um laudo arbitral,

efetiva-se por um terceiro árbitro, estranho à relação entre os sujeitos em contro-

vérsia e, em geral, por eles escolhido (grifo do autor)”.

A arbitragem, no Brasil, é estruturada na Lei n. 9.307/96 (Lei de Arbitra-

gem). O art. 1º desta lei afirma que a arbitragem se dirige a dirimir conflitos

relativos a “direitos patrimoniais disponíveis”, e é aí que surgem as maiores

discussões doutrinárias sobre a aplicabilidade da arbitragem no direito do trabalho,

porque os direitos trabalhistas são, teoricamente, indisponíveis.

De acordo com os arts. 13 e 14 da Lei de Arbitragem, pode ser árbitro qual-

quer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes, e que não recaiam em

nenhuma causa de suspeição ou impedimento dentre aquelas mesmas previstas

para os juízes no CPC.

As partes podem, também, em vez de nomear uma só pessoa como árbitro,

nomear várias pessoas, constituindo um Tribunal Arbitral.

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Conforme o art. 19 da Lei de Arbitragem, considera-se instituída a arbitragem

quando aceita a nomeação pelo árbitro, se for único, ou por todos, se forem vários

(tribunal arbitral).

O árbitro proferirá sua sentença arbitral no prazo dado pelas partes ou, não ha-

vendo prazo estipulado, no prazo de seis meses (art. 23 da Lei de Arbitragem). A

sentença arbitral deve ter os mesmos requisitos da sentença judicial: relatório, fun-

damentação e dispositivo, além de indicação da data e do lugar da prolação (art. 26).

Na prática, existem instituições incumbidas estatutariamente de exercer a ativi-

dade de arbitragem. Nessas instituições, são matriculadas pessoas aptas a exercer

a arbitragem. Essas instituições existem para tornar mais acessível a opção pela ar-

bitragem. Não significa que sem elas a arbitragem não possa ser operacionalizada.

Definitividade

O exercício da jurisdição, por parte do Poder Judiciário, tem a prerrogativa de tor-

nar definitivas as decisões por ele tomadas. Os atos jurisdicionais, depois do término

das possibilidades de impugnação, tornam-se imutáveis e definitivos, não podendo

ser rediscutidos em sede de processos administrativos e, ainda, processos judiciais,

exceto nos casos especiais legalmente justificáveis (como no caso de ação rescisória,

ação anulatória ou ação revisional, nas respectivas hipóteses de cabimento).

Inafastabilidade

O exercício da atividade jurisdicional é inafastável. Não há objeto jurídico que

seja imune ao poder jurisdicional do Estado. A característica da inafastabilidade

possui duas óticas:

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• 1) A lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário nenhuma ameaça

ou lesão a direito (art. 5º, inciso XXXV, da Constituição). Esta, inclusive, é

uma parte da essência do princípio do acesso à justiça.

• 2) O juiz não pode deixar de julgar um conflito alegando existência de lacu-

na no ordenamento jurídico: ele deverá valer-se de alguma ferramenta de

integração do direito (fontes formais acessórias ou fontes não formais),

como analogia e princípios gerais do direito, para julgar o caso concreto posto

à sua análise.

Improrrogabilidade

Se a jurisdição for exercida por quem não a possui, ou por órgão judiciário in-

competente para exercê-la em certo caso, a jurisdição não será estendida ao su-

jeito que dela se valeu irregularmente. A irregularidade permanecerá, mesmo que

tenha se mantido por longo tempo.

Imperatividade

As decisões proferidas pelo Poder Judiciário têm poder coativo/coercitivo sobre

os sujeitos envolvidos (jurisdicionados). Os termos das decisões judiciais, portanto,

obrigam os jurisdicionados.

O cumprimento da decisão judicial deve ser acatado pelos sujeitos envolvidos,

sob pena de aplicação de todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamen-

tais ou sub-rogatórias que o Judiciário puder adotar no contexto (multa, busca e

apreensão, inscrição em dívida ativa etc.). Eventual inobservância da decisão judi-

cial somente poderá ocorrer nos limites das possibilidades de impugnação (recurso

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ou anulação, por exemplo), ou nas hipóteses de obtenção de efeito suspensivo das

decisões (suspensão da eficácia da decisão), nos termos da lei.

Além dessas características, é importantíssimo assimilar que a jurisdição so-

mente poderá ser exercida por agente público investido de jurisdição. Para in-

vestir-se de jurisdição, deve o agente preencher todos os requisitos legais/norma-

tivos para exercer as atribuições da magistratura.

Em se tratando de juízes togados, é necessária a aprovação em concurso pú-

blico de provas e títulos, além do preenchimento de eventuais requisitos especiais

para magistrados de tribunais de segunda instância ou instância superior (idade,

tempo de exercício na advocacia ou Ministério Público, idoneidade moral e reputa-

ção ilibada etc.).

Quanto aos juízes leigos, não aprovados em concurso público (atuantes em Jui-

zados Especiais), é necessário o preenchimento dos requisitos legais para a assun-

ção desse cargo (bacharel em direito, cinco anos de experiência na advocacia etc.).

 Obs.: A Justiça do Trabalho NÃO TEM juízes leigos. Todos os sujeitos investidos

de jurisdição na Justiça do Trabalho são juízes togados.

A jurisdição, ainda, pode ser contenciosa ou voluntária. Abaixo, apresento a

diferenciação básica entre estas duas espécies.

• JURISDIÇÃO CONTENCIOSA: O Estado visa à composição de litígios por

meio de um processo autêntico, no qual exista uma lide (conflito) a ser re-

solvida, com a presença das partes (autor e réu) e aplicação das regras

processuais de ônus probatório, revelia e confissão. Nessa modalidade juris-

dicional, a decisão judicial pode produzir coisa julgada formal e material.

– É o caso das ações trabalhistas em geral.

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• JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: O Estado participa como mero administrador

de interesses privados, dando validade a negócios jurídicos por meio de um

procedimento judicial. Neste caso, não existe lide (conflito) e nem partes

(autor e réu), mas apenas interessados (requerentes). Nesta modalidade juris-

dicional, a decisão judicial pode produzir tão somente coisa julgada formal.

– É o caso do novo procedimento de homologação de acordo extrajudi-

cial (arts. 855-B a 855-E da CLT), criado pela Reforma Trabalhista.

Coisa julgada material é a força impositiva que torna imutável e indiscutível

a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. A decisão judicial, neste estágio, já

ganha força de lei (art. 503, caput).

Coisa julgada formal restringe-se à impossibilidade de manifestação, sobre a

causa, no mesmo processo, em razão de este ter sido extinto. Neste caso, o mérito

da ação (alegações do autor e do réu, ou dos requerentes, se de jurisdição volun-

tária) não é apreciado.

DICA
A coisa julgada formal não impede o ajuizamento de
nova ação acerca da mesma causa;
A coisa julgada material IMPEDE o ajuizamento de
nova ação sobre a mesma causa.

4. Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho


A CLT dá diretrizes, em capítulo específico, aos serviços auxiliares da Justiça do

Trabalho, tratando sobre seus servidores e os critérios para sua atuação, com es-

pecial enfoque nas atribuições específicas de alguns deles.

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Com o objetivo de ampliar a didática, tratarei desses serviços em forma de co-

mentários individualizados aos artigos da CLT que tratam sobre o tema, com pon-

tuais e necessárias considerações.

CAPÍTULO VI
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
SEÇÃO I
DA SECRETARIA DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO
Art. 710 - Cada Junta terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o Pre-
sidente designar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos venci-
mentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei.

A redação deste artigo encontra-se desatualizada, em razão da extinção das

Juntas de Conciliação e Julgamento para que se desse lugar às atuais Varas do Tra-

balho, onde funciona um juiz do trabalho, singularmente.

Como mencionamos brevemente no início da aula, as Varas do Trabalho são re-

partições onde atuam os juízes do trabalho e os servidores da Secretaria. A Secre-

taria, por sua vez, deve ter um chefe, que a CLT denomina “Secretário”, ocupante

de uma função gratificada.

Atualmente, esses “Secretários” são os chamados Diretores de Secretaria,

ocupantes não de funções gratificadas, mas, sim, de cargos em comissão acumu-

lados por servidores ocupantes de cargos efetivos. Explico de forma mais detalhada:

O cargo em comissão de Diretor de Secretaria só pode ser ocupado por um

servidor que já ocupe cargo efetivo na Vara do Trabalho. Esse servidor é

escolhido pelo Juiz do Trabalho Titular da Vara do Trabalho (referido neste artigo

como “Presidente”). Portanto, o juiz não pode escolher alguém de fora para ser

Diretor de Secretaria.

A escolha deverá recair sobre algum dos servidores ocupantes de cargos efeti-

vos na Vara, devendo esse servidor ser, preferencialmente, bacharel em Direito. A

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escolha de alguém não formado em Direito para ser Diretor de Secretaria só deve

ser tomada se for absolutamente impossível optar por alguém com esse requisito.

O servidor escolhido para ser Diretor de Secretaria receberá, além dos vencimentos

de seu cargo efetivo, a contraprestação decorrente do cargo em comissão de Diretor.

Art. 711 - Compete à secretaria das Juntas:


a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e
outros papéis que lhe forem encaminhados;
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;
c) o registro das decisões;
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respec-
tivos processos, cuja consulta lhes facilitará;
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;
f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da
secretaria;
h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Jun-
ta, para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.

Este artigo trata de atribuições de todos os servidores da Secretaria da Vara

do Trabalho.

Perceba que todas as atribuições mencionadas nos incisos são ligadas ao im-

pulso dos processos. Tais atribuições são exercidas normalmente quando as partes

requerem alguma diligência ou logo após o juiz proferir algum despacho, decisão

ou sentença.

Quando não decorrentes de pedidos ou de decisões judiciais, tais atribuições

consistem em necessidades de organização dos processos, para esclarecer diligên-

cias realizadas (como a alínea g, por exemplo).

Art. 712 - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação e Jul-
gamento:
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço;
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades superiores;

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c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam


ser por ele despachados e assinados;
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação
será submetida;
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais;
f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e
a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores;
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;
h) subscrever as certidões e os termos processuais;
i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam
ter conhecimento, assinando as respectivas notificações;
j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta.

Este artigo trata de competências específicas do Diretor de Secretaria.

Essas atribuições têm natureza de movimentação processual, também, assim

como as atribuições dos demais servidores. Suas diferenças estão no grau de res-

ponsabilidade e na ligação direta com a atividade-fim da Vara do Trabalho, como,

por exemplo, a redução a termo das reclamações trabalhistas verbais.

Na prática, os atos mencionados neste artigo são elaborados pelos servidores

comuns, mas subscritos pelo Diretor de Secretaria ao final.

Você pode estar preocupado, perguntando-se: “como conseguirei memorizar as

competências da Secretaria e do Secretário (Diretor)?”. Acalme-se: apresentarei

uma técnica válida de memorização.

As competências da Secretaria iniciam-se, na lei, sem um verbo.

Exemplos:

“o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos

e outros papéis que lhe forem encaminhados.”

“a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos res-

pectivos processos, cuja consulta lhes facilitará”

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Elas iniciam com artigo (o, a, os, as) e, em seguida, há um substantivo (recebimen-

to, informação, etc.).

Já as competências do Diretor de Secretaria (secretário) iniciam-se, na lei, com

verbo de ação.

Exemplos:

“superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço.”

“promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução,

e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores”

Palavras como “promover” e “superintender” são verbos de ação. Logo, são com-

petências do Diretor de Secretaria, conforme o texto da lei.

Parágrafo único. Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos,
dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias
quantos os do excesso.

Este parágrafo único, na prática, não é observado. Ademais, sua constitucio-

nalidade é duvidosa, pois o servidor acabaria perdendo a remuneração do dia de

trabalho por não ter atendido a um prazo específico.

Hoje em dia, existem mecanismos mais adequados para penalizar o servidor

(advertência, suspensão, demissão etc.). Essas penas disciplinares resultam de pro-

cesso administrativo em que se asseguram contraditório e ampla defesa e levam em

conta, sempre, a gravidade do ato e os danos que dela provierem ao serviço público.

É por isso que este parágrafo único é de duvidosa constitucionalidade, pois

representa violação ao princípio da proporcionalidade, eis que não se baseia em

nenhum parâmetro de gravidade e de prejuízo. Indiretamente, representa ofensa à

regra da irredutibilidade de vencimentos.

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SEÇÃO II
DOS DISTRIBUIDORES
Art. 713 - Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação e Julga-
mento haverá um distribuidor.

A figura do distribuidor, hoje, é muitas vezes substituída por comandos automáti-

cos do sistema do processo judicial eletrônico. Afinal de contas, o que é distribuição?

A distribuição é necessária em localidades que tiverem mais de uma Vara do

Trabalho. A cidade de Chapecó (SC), por exemplo, tem quatro Varas do Trabalho.

Logo, à medida que as reclamações trabalhistas são ajuizadas, é necessário que os

processos sejam distribuídos entre as quatro Varas.

Nas localidades onde existir uma única Vara do Trabalho, não existirá a figura da

distribuição, nem do distribuidor.

Passadas essas considerações, voltemos a tratar do distribuidor. Hoje em dia, no

PJ-e (Processo Judicial Eletrônico), a distribuição ocorre de forma automática pelo

sistema. Somente em alguns órgãos específicos do Judiciário brasileiro existe um

servidor incumbido de distribuir, manualmente, os processos para cada Vara por

intermédio do PJ-e.

Art. 714 - Compete ao distribuidor:


a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos
feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados;
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído;
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos
nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética;
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de
informações sobre os feitos distribuídos;
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes
das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados
poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões.

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Em razão da atualização da forma como tramitam os processos judiciais, essas

atribuições são praticamente obsoletas, ou seja, sem aplicabilidade real.

Se, mesmo assim, a banca resolver criar uma questão cobrando a literalidade

dessas atribuições, tentando misturá-las com atribuições da Secretaria e do Secre-

tário, fique tranquilo: abaixo, mostrarei uma técnica simples de não confundir as

atribuições do distribuidor nem com as da secretaria, nem com as do secretário.

No texto da CLT, as competências do distribuidor começam com um artigo

(o, a, os, as) e, em seu corpo, existe alguma palavra do tipo “distribuição”

e “distribuído”. Exemplos:

“o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído.”

“a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presi-

dentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte,

cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão mencio-

nados em certidões.”

“a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pe-

los nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética.”

Art. 715 - Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre
os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao
mesmo Presidente diretamente subordinados.

Abordarei esse ponto com um exemplo prático.

Exemplo prático:

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No foro de Chapecó (SC), onde existem quatro Varas, o distribuidor é designa-

do pelo Presidente do TRT da 12ª Região (TRT-SC). O Presidente do TRT deve

pautar sua escolha dentre servidores de quaisquer das quatro Varas de Chape-

có, ou dentre servidores lotados no Tribunal que estejam em exercício, por algum

motivo, no território de jurisdição de Chapecó. Todos esses servidores, para serem

opções de escolha do Presidente do TRT, devem ser subordinados a ele. Portanto,

se houver em alguma das Varas de Chapecó um servidor pertencente ao quadro de

outro TRT (ali lotado para atender a alguma necessidade temporária do TRT-SC),

esse servidor não poderá ser escolhido como distribuidor, pois não é subordinado

ao Presidente do TRT-SC.

SEÇÃO III
DO CARTÓRIO DOS JUÍZOS DE DIREITO
Art. 716 - Os cartórios dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do
Trabalho, têm, para esse fim, as mesmas atribuições e obrigações conferidas na Seção
I às secretarias das Juntas de Conciliação e Julgamento.
Parágrafo único. Nos Juízos em que houver mais de um cartório, far-se-á entre eles a
distribuição alternada e sucessiva das reclamações.

Comentário a este artigo ocorrerá de forma conjunta com o art. 717, a seguir.

Art. 717 - Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do
Trabalho, competem especialmente as atribuições e obrigações dos secretários das Jun-
tas; e aos demais funcionários dos cartórios, as que couberem nas respectivas funções,
dentre as que competem às secretarias das Juntas, enumeradas no art. 711.

Esses dois artigos aplicam-se quando alguma localidade não é abrangida por

jurisdição de algum juiz do trabalho, caso em que o juiz de direito da localidade

terá competência em matéria trabalhista, sendo suas decisões recorríveis para o

TRT, como vimos anteriormente.

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Na Justiça Estadual, pode haver foros com mais de um órgão judiciário. Nesse

caso, as reclamações trabalhistas são sujeitas a distribuição entre esses órgãos,

para que não fiquem concentradas em um só.

Os “escrivães” dos cartórios da Justiça Estadual Comum equivalem aos Diretores

de Secretaria das Varas do Trabalho, exercendo as mesmas atribuições que a este

competem legalmente (art. 712). Os demais servidores do cartório representam figura

equiparada à Secretaria da Vara do Trabalho, exercendo essas atribuições (art. 711).

SEÇÃO IV
DAS SECRETARIAS DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Art. 718 - Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcionário
designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei.

Comentário a este artigo ocorrerá de forma conjunta com o art. 720, a seguir.

Art. 719 - Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas
no art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:
a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos
respectivos relatores;
b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para
consulta dos interessados.
Parágrafo único. No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as
demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.

Comentário a este artigo ocorrerá de forma conjunta com o art. 720, a seguir.

Art. 720 - Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas atribuições
conferidas no art. 712 aos secretários das Juntas, além das que lhes forem fixadas no
regimento interno dos Conselhos.

A utilidade prática desse artigo também é obsoleta atualmente, pois, nos TRTs,

geralmente existem Secretarias para cada Turma, para o Órgão Especial, para o Tri-

bunal Pleno, para o Corregedor, para a Presidência, para cada Desembargador etc.

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Dessa forma, não existe uma única secretaria no TRT, como sugere o artigo.

Essas secretarias são criadas pelos Regimentos Internos de cada TRT.

As atribuições dos servidores e do Diretor de cada uma dessas secretarias do

TRT, no entanto, serão iguais, no que couber, às atribuições das secretarias das Va-

ras do Trabalho, com as modificações pertinentes às peculiaridades de um tribunal.

Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça
do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de
Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem come-
tidos pelos respectivos Presidentes.
§ 1º Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial
de Justiça Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento, salvo
quando da existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico, destina-
do à distribuição de mandados judiciais.
§ 2º Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágra-
fo anterior, a atribuição para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou
Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, após o decurso
de 9 (nove) dias, sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitan-
do-se o serventuário às penalidades da lei.
§ 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento do ato,
o prazo previsto no art. 888.
§ 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer
Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das
decisões desses Tribunais.
§ 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, o Pre-
sidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer serventuário.

Os OJAFs (Oficiais de Justiça Avaliadores Federais) são os servidores competen-

tes para executar os atos da execução trabalhista, como lançar restrições de trans-

ferência a bens, efetuar bloqueios de valores, efetuar penhoras de bens, registrar

indisponibilidade de bens, dentre outros atos eminentemente executórios.

Além desses atos, embora o presente artigo nada fale, os OJAFs cumprem man-

dados expedidos na fase de conhecimento, nos casos em que a intimação por

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Correio não se mostra possível (art. 774 da CLT: possibilidade de notificação ser

feita pessoalmente).

Os OJAFs cumprem determinações executórias tanto dos juízes da Vara quanto

do Presidente do TRT, quando houver necessidade de realização de ato de execução

na Vara em benefício de processo que tramita no Tribunal.

Os atos em geral devem ser cumpridos pelos OJAFs no prazo de 9 dias (man-

dados, constrições, registros etc.). Passado esse prazo, o ato deverá ser repassado

para outro OJAF, respondendo o oficial omisso por falta disciplinar, caso verificada

a falta de motivos para o atraso.

Especificamente quando o ato a ser cumprido for avaliação de bens, o prazo que

o OJAF terá será de 10 dias.

Para te ajudar a não confundir esses dois prazos, apresento as seguintes

ilustrações:

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Exemplo prático

Em determinada Vara do Trabalho, existem três OJAFs: João, Márcio e Cláudio.

João está em férias. Márcio pediu exoneração por ter passado em outro concurso e

Cláudio faleceu no mesmo dia. Nesse caso, os atos da execução e os demais atos

de competência dos OJAFs deverão ser incumbidos a qualquer outro servidor da

Vara do Trabalho, escolhido pelo Juiz do Trabalho Titular da Vara.

Pela letra da lei, o servidor escolhido pode ser qualquer um, seja Técnico Judi-

ciário, seja Analista Judiciário. Todavia, como o OJAF integra a carreira de Analista

Judiciário, é mais razoável entender que esse artigo deve ser interpretado em

conformidade com o art. 4º, § 1º, da Lei n. 11.416/2006:

Os ocupantes do cargo de Analista Judiciário - Área Judiciária cujas atribuições estejam


relacionadas com a execução de mandados e atos processuais de natureza externa,
na forma estabelecida pela legislação processual civil, penal, trabalhista e demais leis
especiais, serão enquadrados na especialidade de Oficial de Justiça Avaliador Federal.

Nesse sentido, as funções do OJAF só poderiam ser atribuídas a um Analista

Judiciário.

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EXERCÍCIOS
Questão 1    (2017/FGV/TRT - 12ª REGIÃO-SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Iolanda é oficial de justiça no TRT de uma

determinada região e, por conta do acúmulo de serviço, está com uma grande

quantidade de mandados de citação para cumprir. Convicta de que não conseguiria

realizar o serviço no tempo adequado, Iolanda resolveu pedir ajuda a um técnico

judiciário amigo seu que atua em uma Vara do Trabalho. Para tanto, repassou para

o técnico em questão metade dos mandados que estavam em seu poder, para que

ele os cumprisse e informasse o resultado, de modo que Iolanda certificasse pos-

teriormente.

Diante do caso apresentado e conforme mandamento legal, é correto afirmar que:

a) a oficial de justiça está equivocada, já que todos os mandados de citação deve-

riam ser cumpridos pessoalmente por ela;

b) a atitude de Iolanda está correta, pois o mandado estará sendo cumprido por

um servidor que também tem fé pública;

c) caso se admita que a oficial possa dividir o serviço com outro servidor, a remu-

neração correspondente deverá ser creditada a ele;

d) o que verdadeiramente importa para o serviço público é que o trabalho seja

realizado, e não a forma pela qual isso ocorra;

e) não há ilegalidade na solução conferida por Iolanda, porque o cumprimento do

mandado pode ser delegado a um oficial ad hoc.

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Questão 2    (2018/INSTITUTO AOCP/TRT - 1ª REGIÃO-RJ/TÉCNICO JUDICIÁ-

RIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Tendo como base a estrutura, a organização e a

competência (EC 45/2004) da Justiça do Trabalho, assinale a alternativa correta.

a) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações que envolvam crimes

contra a organização do trabalho, como o trabalho escravo.

b) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhi-

dos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco

anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da

República após aprovação de 2/3 (dois terços) do Senado Federal.

c) O Tribunal Superior do Trabalho é composto por um quinto dentre advogados

com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério

Público do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício, indicados em

lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

d) A lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

e) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,

recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da

República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

Questão 3    (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Conforme normas contidas na Consolidação

das Leis do Trabalho sobre os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, incluindo

os distribuidores e os oficiais de justiça, é INCORRETO afirmar que

a) não compete à Secretaria das Varas a contagem das custas devidas pelas par-

tes, nos respectivos processos, mas sim ao órgão distribuidor.

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b) compete especialmente aos chefes de secretaria das Varas promover o rápido

andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realiza-

ção dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores.

c) compete ao distribuidor a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e su-

cessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados

pelos interessados.

d) os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional, dentre os

funcionários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e

ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

e) é facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qual-

quer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de exe-

cução das decisões desses Tribunais.

Questão 4    (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Dentre os serviços auxiliares da Justiça do

Trabalho descritos na Consolidação das Leis do Trabalho há o órgão denominado

distribuidor nas localidades em que exista mais de uma Vara do Trabalho. A desig-

nação dos distribuidores se dará pelo

a) Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre os funcionários do Tribunal

Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados

ao mesmo Presidente.

b) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas

do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao Juiz

mais antigo de cada comarca.

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c) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas

do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e

diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

d) Juiz Titular mais antigo do Fórum, dentre os funcionários das Varas do Trabalho

existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados a este Juiz.

e) Juiz Diretor do Fórum dentre os funcionários das Varas do Trabalho existentes na

mesma localidade, e diretamente subordinados ao Presidente do Tribunal Regional

do Trabalho.

Questão 5    (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA: JUDI-

CIÁRIA) A Constituição Federal expressamente prevê regras que organizam a estru-

tura da Justiça do Trabalho, e tratam da sua competência. Conforme tal regramento,

a) os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da car-

reira, que comporão o Tribunal Superior do Trabalho serão indicados pelos próprios

Regionais, alternativamente, e escolhidos pelo Congresso Nacional.

b) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realiza-

ção de audiência e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais

da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distri-

to Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não

forem instituídas, atribuir sua jurisdição a Vara do Trabalho mais próxima.

d) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato ques-

tionado envolver matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho serão jul-

gados e processados na Justiça Federal, por se tratar de remédios jurídicos de

natureza constitucional.

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e) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,

que serão recrutados na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribu-

nal Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessen-

ta e cinco anos.

Questão 6    (2011/VUNESP/CREMESP/ADVOGADO) Em relação ao Tribunal Supe-

rior do Trabalho e nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que

a) o TST compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos

com mais de trinta e cinco e menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente

da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

b) na composição do TST, haverá um quinto dentre advogados com mais de dez

anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho

com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais

Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo Presi-

dente da República.

c) funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação

e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, e o Conselho Superior da Justiça do

Trabalho funcionará junto ao CNJ – Conselho Nacional de Justiça.

d) cabe à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Tra-

balho regulamentar os cursos oficiais para o ingresso na carreira, não podendo ser

critério para promoção.

e) cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho exercer, na forma da lei, a

supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Tra-

balho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões

terão efeito vinculante.

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Questão 7    (2012/QUADRIX/CRP 9ª REGIÃO-GO E TO/ANALISTA ADMINISTRA-

TIVO) São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) As Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito; o Tribunal Su-

perior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, e os cartórios trabalhistas.

b) Os Juízes do Trabalho; o Tribunal Superior do Trabalho; e os Tribunais Regionais

do Trabalho.

c) Os Juízos de Direito; o Tribunal Superior do Trabalho; o Supremo Tribunal Fede-

ral; e os Tribunais Regionais do Trabalho.

d) O Tribunal Superior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, os cartórios

trabalhistas; e as organizações sindicais.

e) As Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juizes do Trabalho; o Tribunal Su-

perior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, e os cartórios trabalhistas.

Questão 8    (2016/FCC/TRT/14ª REGIÃO-RO E AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA

ADMINISTRATIVA) A Constituição da República Federativa do Brasil dispõe sobre a

organização dos Poderes do Estado, com capítulo próprio sobre o Poder Judiciário.

De acordo com tais normas, são órgãos da Justiça do Trabalho:

a) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de Conci-

liação e Julgamento.

b) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do Trabalho.

c) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho.

d) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Tra-

balho atuando em Varas do Trabalho.

e) Supremo Tribunal do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Regional

Federal e Varas do Trabalho.

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Questão 9    (2016/FCC/TRT/23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Conforme previsão constitucional, a Justiça

do Trabalho é um órgão do Poder Judiciário. A respeito da sua organização, da ju-

risdição e da competência,

a) a maior corte é o Tribunal Superior do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição

nacional, composto por trinta e três ministros, sendo 2/3 dentre desembargadores

dos Tribunais Regionais e 1/3 dentre advogados e Ministério Público do Trabalho.

b) cada estado membro deverá ter, pelo menos, um Tribunal Regional do Trabalho,

composto de, no mínimo, 08 desembargadores da própria região que formarão 3/5

da corte, além de 1/5 da advocacia e 1/5 do Ministério Público do Trabalho.

c) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar de forma descentralizada,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar pleno acesso do jurisdicionado

à justiça em todas as fases do processo.

d) nas Varas do Trabalho a jurisdição será exercida por um juiz singular togado,

auxiliado por dois representantes dos sindicatos das categorias profissional e eco-

nômica, coma participação de um membro do Ministério Público do Trabalho.


e) o Conselho Superior da Justiça do Trabalho é o órgão máximo do sistema, mas

não funciona junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe exercer apenas

a supervisão administrativa da Justiça do Trabalho, com decisões de caráter con-

sultivo e não vinculante.

Questão 10    (2016/FCC/TRT/23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) Em consonância com os ditames constitucionais quanto à organização

e competência da Justiça do Trabalho,

a) o Tribunal Superior do Trabalho será composto por juízes dos Tribunais Regio-

nais, oriundos da magistratura, indicados pelo colégio de Presidentes e Corregedo-

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res dos Tribunais Regionais, além de 1/5 oriundo da advocacia e Ministério Público

do Trabalho e 1/5 indicados pelas confederações sindicais.

b) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes Federais, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional Federal.

c) são órgãos da Justiça do Trabalho as Comissões de Conciliação Prévia, as Varas

do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.

d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de 27 Ministros, escolhidos dentre

brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Re-

pública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

e) a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho e

o Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionarão junto ao Conselho Nacional

de Justiça, vinculado ao Supremo Tribunal Federal.

Questão 11    (2015/FCC/TRT/9ª REGIÃO/PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu Título VIII, apresenta uma

série de normas que disciplina a organização, funcionamento e competência da

Justiça do Trabalho e dos seus serviços auxiliares. Em consonância com tais dispo-

sitivos, é INCORRETO afirmar:

a) Os distribuidores são designados pelo Juiz Diretor do Foro, dentre os funcio-

nários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, ficando

diretamente subordinados ao Corregedor ou Vice Administrativo do Tribunal.

b) A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações en-

tre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão

de Obra − OGMO, decorrentes da relação de trabalho.

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c) O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele poden-

do eximir-se, salvo motivo justificado.

d) Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, os Juí-

zos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a juris-

dição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.

e) Compete à Secretaria da Vara a informação, às partes interessadas e seus pro-

curadores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará, e

a abertura de vista dos processos às partes na própria Secretaria.

Questão 12    (2009/CESPE/OAB) Considere que, em determinado município, uma

reclamação trabalhista tramite perante vara cível, dada a inexistência, na localida-

de, de vara do trabalho e dada a falta de jurisdição das existentes no estado. Nessa

situação, caso venha a ser instalada uma vara trabalhista nessa localidade, a ação

deve

a) continuar sendo processada e julgada junto à justiça comum em razão do prin-

cípio da perpetuatio jurisdictionis, independentemente da fase em que esteja.

b) ser remetida à vara do trabalho, seja qual for a fase em que esteja, para que lá

continue sendo processada e julgada, sendo esse novo juízo o competente, inclusi-

ve, para executar as sentenças já proferidas pela justiça estadual.

c) ser remetida à vara do trabalho apenas se ainda não tiver sido prolatada a sen-

tença, cabendo à justiça comum executar a sentença proferida.

d) continuar no âmbito da competência da justiça comum, caso ainda não tenha

sido prolatada a sentença, cabendo à vara do trabalho a execução da decisão.

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Questão 13    (2015/FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) Sobre organização e competência da Justiça do Trabalho, conforme

ditames insculpidos na Constituição Federal do Brasil é correto afirmar:

a) Os Juizados Especiais Acidentários Trabalhistas, as Varas do Trabalho, os Tribu-

nais Regionais do Trabalho, os Tribunais Arbitrais Coletivos do Trabalho e o Tribunal

Superior do Trabalho são órgãos da Justiça do Trabalho.

b) O Tribunal Superior do Trabalho será composto de dezessete Ministros, toga-

dos e vitalícios, dos quais treze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais

do Trabalho, dois dentre advogados e dois dentre membros do Ministério Público

do Trabalho.

c) O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará junto ao Tribunal Supe-

rior do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,

orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segun-

do graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

d) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho,

não funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho por se tratar de órgão admi-

nistrativo e consultivo, sem funções jurisdicionais, cabendo-lhe apenas regulamen-

tar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

e) A competência da Justiça do Trabalho não abrange nenhum dos entes ou orga-

nismos de direito público externo, ainda que se trate de relação de emprego, visto

que em razão da pessoa litigante a competência será da Justiça Federal Comum.

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Questão 14    (2015/FCC/TRT/3ª REGIÃO-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Quanto à organização da Justiça do Trabalho,

o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de

a) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta

e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da Re-

pública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto

dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e mem-

bros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,

sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da

magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

b) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados

com mais de 30 (trinta) e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente

da República após aprovação pela maioria simples do Senado Federal, sendo um

terço dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exer-

cício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos

da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

c) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados

com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 75 (setenta e cinco) anos, nomeados

pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Fe-

deral e da Câmara dos Deputados, sendo um terço dentre advogados com mais de

cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Tra-

balho com mais de cinco anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes

dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados

pelos Tribunais Regionais.

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d) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trin-

ta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da

República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da Câmara

dos Deputados, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efe-

tiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais

de dez anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Re-

gionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio

Tribunal Superior.

e) 20 (vinte) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de 30 (trinta)

e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da República após apro-

vação pela maioria simples do Senado Federal, sendo metade dentre advogados

com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério

Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, e a outra metade

dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de car-

reira, indicados pelos Tribunais Regionais.

Questão 15    (2015/FCC/TRT/3ª REGIÃO-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) Em relação às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho,

a) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

b) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, não podendo, nas comarcas não abran-

gidas por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o res-

pectivo Tribunal Regional do Trabalho.

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c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo

Tribunal de Justiça.

d) há, atualmente, no Brasil, 22 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um em

cada Estado, exceto no Estado de São Paulo que possui dois Tribunais Regionais

do Trabalho.

e) compete aos Tribunais Regionais do Trabalho, julgar os recursos ordinários in-

terpostos em face das decisões das Varas e também, originariamente, as ações

envolvendo relação de trabalho.

Questão 16    (2014/FCC/PREFEITURA DE CUIABÁ/MT/PROCURADOR MUNICI-

PAL) Sobre a organização e estrutura da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangi-

das por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes federais, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional Federal.

b) Constitucionalmente, são órgãos da Justiça do Trabalho: Tribunal Superior do

Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes Federais.

c) O Tribunal Superior do Trabalho é composto por 11 Ministros, escolhidos dentre

brasileiros com mais de 35 e menos de 60 anos, nomeados pelo Presidente da Re-

pública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

d) As varas do trabalho serão criadas por lei complementar.

e) A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

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Questão 17    (2013/FCC/TRT/5ª REGIÃO-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR) Em relação ao Oficial de Justiça Avaliador da Justiça do

Trabalho, é correto afirmar que

a) incumbe ao mesmo a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados

das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhe forem come-

tidos pelos respectivos Presidentes.

b) é facultado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho cometer a qualquer

Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões de qual-

quer Tribunal.

c) na falta ou impedimento do mesmo, o Juiz deverá requisitar outro Oficial ao Tri-

bunal Regional do Trabalho.

d) no caso de avaliação, o mesmo terá o prazo de vinte dias para cumprimento do ato.

e) funcionarão perante as Varas do Trabalho, não cabendo aos Tribunais Regio-

nais do Trabalho a criação de órgão específico destinado a distribuição de man-

dados judiciais.

Questão 18    (2013/FCC/TRT/18ª REGIÃO-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) A Consolidação das Leis do Trabalho disciplina os serviços auxiliares da

Justiça do Trabalho, prevendo que

a) o Juiz da Vara do Trabalho, na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Ofi-

cial de Justiça Avaliador, deverá requisitar ao advogado da parte interessada ou a

agente policial militar a realização do ato.

b) haverá um distribuidor em todas as localidades incluindo aquelas que possuam

apenas uma Vara do Trabalho.

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c) os distribuidores serão designados e diretamente subordinados ao Juiz Diretor

do Fórum, escolhidos entre os funcionários das Varas do Trabalho de qualquer lo-

calidade da circunscrição do Tribunal.

d) o prazo previsto para o cumprimento do ato de avaliação pelo Oficial de Justiça

Avaliador será de 05 dias, contados da data da sua nomeação.

e) compete à Secretaria das Varas do Trabalho a contagem das custas devidas pe-

las partes, nos respectivos processos.

Questão 19    (2012/CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Julgue o item que se

segue, relativo à organização e competência da justiça do trabalho e ao processo

do trabalho.

São órgãos da justiça do trabalho: o TST, os tribunais regionais do trabalho, os juí-

zes do trabalho e os juizados especiais trabalhistas.

Questão 20    (2018/FCC/TRT/6ª REGIÃO-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) Conforme previsão constitucional, o Tribunal Superior do Trabalho

será composto por,

a) 17 ministros, com mais de 35 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre ad-

vogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi-

nistério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

b) 27 ministros, com mais de 35 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre ad-

vogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi-

nistério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

c) 11 ministros, com mais de 30 anos e menos de 70 anos, sendo 1/3 dentre ad-

vogados com mais de 5 anos de efetiva atividade profissional e membros do Minis-

tério Público do Trabalho com mais de 5 anos de efetivo exercício.

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d) 27 ministros, com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre ad-

vogados com mais de 5 anos de efetiva atividade profissional e membros do Minis-

tério Público do Trabalho com mais de 5 anos de efetivo exercício.

e) 27 ministros, com mais de 35 anos e menos de 70 anos, sendo 1/3 dentre ad-

vogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi-

nistério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

Questão 21    (2018/CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA) A res-

peito da jurisdição, julgue o item que se segue.

Entre os princípios que regem a jurisdição, o da investidura é aquele que determina

que o juiz exerça a atividade judicante dentro de um limite espacial sujeito à sobe-

rania do Estado.

Questão 22    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

A jurisdição é divisível.

Questão 23    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

Jurisdição consiste na função estatal de compor litígios e de declarar e realizar

o direito.

Questão 24    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

São inerentes à jurisdição os princípios do juiz natural, da improrrogabilidade e

da indelegabilidade.

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Questão 25    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pú-

blica participar de interesses privados.

Questão 26    (2017/CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE GESTÃO/JULGAMENTO) Com

relação à jurisdição e ao poder jurisdicional, julgue o próximo item.

A jurisdição não pode ser considerada uma função unitária, em razão da diversida-

de de instâncias, juízos, competências e áreas do direito.

Questão 27    (2019/NC-UFPR/TJ-PR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-

GISTROS) O Estado democrático de direito é caracterizado pela distribuição de

suas funções ou poderes e pelo respeito à Constituição Federal. Sobre a função

jurisdicional do Estado, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A jurisdição é atividade estatal revestida de imperatividade, e é exercida por

agente imparcial.

b) As decisões dos órgãos jurisdicionais têm aptidão para se tornarem indiscutí-

veis, mas são passíveis de revisão pelas demais funções estatais.

c) Embora dotada de imperatividade, a jurisdição não é o único meio de solução de

conflitos reconhecido pelo Estado, podendo o jurisdicionado optar por outros meios,

como, por exemplo, a autocomposição.

d) Embora as formas de atuação da jurisdição possam ser divididas, como função

exercida pelo Poder Judiciário a jurisdição é una.

e) Pelo princípio da inércia, em regra a jurisdição deverá ser provocada. Depois de

instaurada a demanda, o processo se desenvolve por impulso oficial.

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Questão 28    (2018/TRF/3ª REGIÃO/BANCA DO ÓRGÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTI-

TUTO) Sobre a jurisdição é CORRETO afirmar que:

a) Ela é invariavelmente uma atividade estatal a cargo do Poder Judiciário.

b) Seu escopo social é a pacificação mediante a eliminação dos conflitos.

c) Seu escopo jurídico abrange a descoberta da verdade e a formação da coisa

julgada material.

d) Ela é sempre uma atividade voltada à atuação do direito objetivo em concreto.

Questão 29    (INÉDITA/2019) No que tange à participação do Supremo Tribunal

Federal no direito processual do trabalho, julgue o item subsequente, à luz da ju-

risprudência consolidada.

Com exceção das hipóteses de contrariedade à Constituição Federal ou de interpreta-

ção divergente de lei federal, não cabe recurso para o Supremo Tribunal Federal, de

quaisquer decisões da Justiça do Trabalho, inclusive dos presidentes de seus tribunais.

Questão 30    (INÉDITA/2019) A respeito da Escola Nacional de Formação e Aper-

feiçoamento de Magistrados do Trabalho, julgue o item subsequente:

Compete à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Tra-

balho regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira da

magistratura do trabalho.

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GABARITO
1. a 25. C

2. d 26. E

3. a 27. b

4. c 28. b

5. b 29. E

6. e 30. C

7. b

8. d

9. c

10. d

11. a

12. b

13. c

14. a

15. a

16. e

17. a

18. e

19. E

20. b

21. E

22. E

23. C

24. C

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (2017/FGV/TRT - 12ª REGIÃO-SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Iolanda é oficial de justiça no TRT de uma de-

terminada região e, por conta do acúmulo de serviço, está com uma grande quanti-

dade de mandados de citação para cumprir. Convicta de que não conseguiria realizar

o serviço no tempo adequado, Iolanda resolveu pedir ajuda a um técnico judiciário

amigo seu que atua em uma Vara do Trabalho. Para tanto, repassou para o técnico

em questão metade dos mandados que estavam em seu poder, para que ele os cum-

prisse e informasse o resultado, de modo que Iolanda certificasse posteriormente.

Diante do caso apresentado e conforme mandamento legal, é correto afirmar que:

a) a oficial de justiça está equivocada, já que todos os mandados de citação deve-

riam ser cumpridos pessoalmente por ela;

b) a atitude de Iolanda está correta, pois o mandado estará sendo cumprido por

um servidor que também tem fé pública;

c) caso se admita que a oficial possa dividir o serviço com outro servidor, a remu-

neração correspondente deverá ser creditada a ele;

d) o que verdadeiramente importa para o serviço público é que o trabalho seja

realizado, e não a forma pela qual isso ocorra;

e) não há ilegalidade na solução conferida por Iolanda, porque o cumprimento do

mandado pode ser delegado a um oficial ad hoc.

Letra a.

O trabalho do oficial de justiça só poderá ser atribuído a outro servidor se for im-

possível que o oficial cumpra pessoalmente, por circunstâncias absolutas e objeti-

vas. O art. 721, § 5º, da CLT condiciona esse repasse de atribuições à falta ou ao

impedimento do oficial de justiça.

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Questão 2    (2018/INSTITUTO AOCP/TRT - 1ª REGIÃO-RJ/TÉCNICO JUDICIÁ-

RIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Tendo como base a estrutura, a organização e a

competência (EC 45/2004) da Justiça do Trabalho, assinale a alternativa correta.

a) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações que envolvam crimes

contra a organização do trabalho, como o trabalho escravo.

b) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhi-

dos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco

anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da

República após aprovação de 2/3 (dois terços) do Senado Federal.

c) O Tribunal Superior do Trabalho é composto por um quinto dentre advogados

com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério

Público do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício, indicados em

lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

d) A lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

e) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,

recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da

República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

Letra d.

a) Errado. Crimes contra a organização do trabalho são julgados pela Justiça Fe-

deral. A Justiça do Trabalho não possui competência em matéria criminal, como

estudamos na aula sobre as competências.

b) Errado. Todos os elementos da alternativa estão corretos, exceto o quórum exi-

gido para aprovação pelo Senado Federal, que na verdade é de maioria absoluta,

e não tal quórum qualificado.

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c) Errado. Todos os elementos da alternativa estão corretos, exceto o tempo de

efetivo exercício exigido dos advogados e dos membros do MPT para entrarem pelo

quinto constitucional, que na verdade é de dez anos.

d) Certo. Informação em conformidade com o art. 112 da CF.

e) Errado. Todos os elementos da alternativa estão corretos, exceto o número mí-

nimo de juízes de cada TRT, que é de sete.

Questão 3    (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Conforme normas contidas na Consolidação

das Leis do Trabalho sobre os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, incluindo

os distribuidores e os oficiais de justiça, é INCORRETO afirmar que

a) não compete à Secretaria das Varas a contagem das custas devidas pelas par-

tes, nos respectivos processos, mas sim ao órgão distribuidor.

b) compete especialmente aos chefes de secretaria das Varas promover o rápido

andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realiza-

ção dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores.

c) compete ao distribuidor a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e su-

cessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados

pelos interessados.

d) os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional, dentre os

funcionários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e

ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

e) é facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qual-

quer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de exe-

cução das decisões desses Tribunais.

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Letra a.

a) Certo, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Veja: a competência ini-

cia-se com artigo (a), que é seguido por substantivo (contagem). Logo, tal compe-

tência é da Secretaria (art. 711, f, CLT).

b) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. A competência inicia-se

por verbo de ação. Logo, pertence ao chefe (diretor) de secretaria (art. 712, f, CLT).

c) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Tal competência consta

do art. 714, a, CLT.

d) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Esta é exatamente a

regra do art. 715 da CLT, e minudenciada em aula.

e) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Regra pertinente ao art.

721, § 4º, da CLT.

Questão 4    (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Dentre os serviços auxiliares da Justiça do

Trabalho descritos na Consolidação das Leis do Trabalho há o órgão denominado

distribuidor nas localidades em que exista mais de uma Vara do Trabalho. A desig-

nação dos distribuidores se dará pelo

a) Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre os funcionários do Tribunal

Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados

ao mesmo Presidente.

b) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas

do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao Juiz

mais antigo de cada comarca.

c) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas

do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e

diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

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d) Juiz Titular mais antigo do Fórum, dentre os funcionários das Varas do Trabalho

existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados a este Juiz.

e) Juiz Diretor do Fórum dentre os funcionários das Varas do Trabalho existentes na

mesma localidade, e diretamente subordinados ao Presidente do Tribunal Regional

do Trabalho.

Letra c.

Conforme o art. 715 da CLT,

os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os


funcionários das Juntas (Varas) e do Tribunal Regional, existentes na mesma localida-
de, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

Questão 5    (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA: JUDI-

CIÁRIA) A Constituição Federal expressamente prevê regras que organizam a estru-

tura da Justiça do Trabalho, e tratam da sua competência. Conforme tal regramento,

a) os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da car-

reira, que comporão o Tribunal Superior do Trabalho serão indicados pelos próprios

Regionais, alternativamente, e escolhidos pelo Congresso Nacional.

b) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realiza-

ção de audiência e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais

da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distri-

to Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não

forem instituídas, atribuir sua jurisdição a Vara do Trabalho mais próxima.

d) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questiona-

do envolver matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho serão julgados e proces-

sados na Justiça Federal, por se tratar de remédios jurídicos de natureza constitucional.

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e) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,

que serão recrutados na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal

Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos.

Letra b.

a) Errado. A indicação desses juízes de TRT é feita pelo TST, e a escolha será feita

pelo Presidente da República, dentre os nomes constantes da lista tríplice, após

sabatina do Senado Federal, por maioria absoluta.

b) Certo. Informação em conformidade com a regra do art. 115, § 1º, da Consti-

tuição Federal.

c) Errado. Não há necessidade de existir um TRT em cada Estado. Como vimos

na aula, há Estados que não possuem TRT próprio e neles é aplicada jurisdição de

TRT com sede em outro Estado (como o TRT da 8ª Região, por exemplo). Ademais,

onde não existir jurisdição de Vara do Trabalho, os sujeitos de direito serão subme-

tidos à jurisdição do juiz de direito da localidade, com recurso da decisão final para

o TRT com abrangência territorial no local.

d) Errado. Tais competências materiais pertencem à Justiça do Trabalho (art. 114,

IV, CF).

e) Errado. A composição mínima do TRT é de sete juízes, e a autoridade nomeante

é o Presidente da República (art. 115, caput, CF).

Questão 6    (2011/VUNESP/CREMESP/ADVOGADO) Em relação ao Tribunal Supe-

rior do Trabalho e nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que

a) o TST compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos

com mais de trinta e cinco e menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente

da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

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b) na composição do TST, haverá um quinto dentre advogados com mais de dez

anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho

com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais

Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo Presi-

dente da República.

c) funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação

e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, e o Conselho Superior da Justiça do

Trabalho funcionará junto ao CNJ – Conselho Nacional de Justiça.

d) cabe à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Tra-

balho regulamentar os cursos oficiais para o ingresso na carreira, não podendo ser

critério para promoção.

e) cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho exercer, na forma da lei, a

supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Tra-

balho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões

terão efeito vinculante.

Letra e.

a) Errado. Não há necessidade de que sejam brasileiros natos, podendo ser natu-

ralizados, pois a Constituição Federal não impõe essa restrição. Ademais, o limite

máximo de idade é de 60 anos.

b) Errado. A indicação é feita, na verdade, pelo TST.

c) Errado. O CSJT funcionará, sim, junto ao TST, assim como a ENAMAT.

d) Errado. Pode ser, sim, critério para promoção (art. 111-A. § 2º, I, parte final).

e) Certo. Informação em conformidade com a regra do art. 111-A. § 2º, II.

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Questão 7    (2012/QUADRIX/CRP 9ª REGIÃO-GO E TO/ANALISTA ADMINISTRA-

TIVO) São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) As Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito; o Tribunal Su-

perior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, e os cartórios trabalhistas.

b) Os Juízes do Trabalho; o Tribunal Superior do Trabalho; e os Tribunais Regionais

do Trabalho.

c) Os Juízos de Direito; o Tribunal Superior do Trabalho; o Supremo Tribunal Fede-

ral; e os Tribunais Regionais do Trabalho.

d) O Tribunal Superior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, os cartórios

trabalhistas; e as organizações sindicais.

e) As Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juizes do Trabalho; o Tribunal Su-

perior do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, e os cartórios trabalhistas.

Letra b.

Essa questão envolve, principalmente, três informações relevantes. Primeiro, o co-

nhecimento do rol do art. 111 da Constituição, já atualizado com a exclusão das

Juntas. Segundo, que as Juntas não mais existem. Terceiro, que é o juiz do trabalho

quem tem status de órgão da Justiça do Trabalho, e não a Vara.

Questão 8    (2016/FCC/TRT/14ª REGIÃO-RO E AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA

ADMINISTRATIVA) A Constituição da República Federativa do Brasil dispõe sobre a

organização dos Poderes do Estado, com capítulo próprio sobre o Poder Judiciário.

De acordo com tais normas, são órgãos da Justiça do Trabalho:

a) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de Conci-

liação e Julgamento.

b) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do Trabalho.

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c) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho.

d) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Tra-

balho atuando em Varas do Trabalho.

e) Supremo Tribunal do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Regional

Federal e Varas do Trabalho.

Letra d.

Assim como a questão anterior, essa questão envolve, principalmente, três infor-

mações relevantes. Primeiro, o conhecimento do rol do art. 111 da Constitui-

ção, já atualizado com a exclusão das Juntas. Segundo, que as Juntas não mais

existem. Terceiro, que é o juiz do trabalho quem tem status de órgão da Justiça

do Trabalho, e não a Vara. Esta última informação é especialmente destacada no

gabarito: o juiz, que atua na Vara, é o órgão.

Questão 9    (2016/FCC/TRT/23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Conforme previsão constitucional, a Justiça

do Trabalho é um órgão do Poder Judiciário. A respeito da sua organização, da ju-

risdição e da competência,

a) a maior corte é o Tribunal Superior do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição

nacional, composto por trinta e três ministros, sendo 2/3 dentre desembargadores

dos Tribunais Regionais e 1/3 dentre advogados e Ministério Público do Trabalho.

b) cada estado membro deverá ter, pelo menos, um Tribunal Regional do Trabalho,

composto de, no mínimo, 08 desembargadores da própria região que formarão 3/5

da corte, além de 1/5 da advocacia e 1/5 do Ministério Público do Trabalho.

c) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar de forma descentralizada,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar pleno acesso do jurisdicionado

à justiça em todas as fases do processo.

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d) nas Varas do Trabalho a jurisdição será exercida por um juiz singular togado,

auxiliado por dois representantes dos sindicatos das categorias profissional e eco-

nômica, coma participação de um membro do Ministério Público do Trabalho.

e) o Conselho Superior da Justiça do Trabalho é o órgão máximo do sistema, mas

não funciona junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe exercer apenas

a supervisão administrativa da Justiça do Trabalho, com decisões de caráter con-

sultivo e não vinculante.

Letra c.

a) Errado. Os erros estão na composição do TST, que, na verdade, é de 27 minis-

tros, divididos da seguinte forma: 4/5 para juízes oriundos de TRT, da magistra-

tura de carreira, e 1/5 para advogados e membros do MPT em atividade há pelo

menos 10 anos.

b) Errado. O mínimo de desembargadores do trabalho em cada TRT é de sete,

divididos da mesma forma que o TST: 4/5 para juízes do trabalho de carreira e 1/5

para advogados e membros do MPT em atividade há pelo menos 10 anos.

c) Certo. Informação em conformidade com a regra do art. 115, § 2º, da CF.

d) Errado. Não há, desde a extinção das Juntas, a representação classista na

Justiça do Trabalho. Portanto, as Varas do Trabalho são compostas por um juiz do

trabalho singular.

e) Errado. Conforme o art. 111-A, § 2º, II, funciona junto ao TST o Conselho

Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão

administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de

primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão

efeito vinculante (apenas).

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Questão 10    (2016/FCC/TRT/23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) Em consonância com os ditames constitucionais quanto à organização

e competência da Justiça do Trabalho,

a) o Tribunal Superior do Trabalho será composto por juízes dos Tribunais Regio-

nais, oriundos da magistratura, indicados pelo colégio de Presidentes e Corregedo-

res dos Tribunais Regionais, além de 1/5 oriundo da advocacia e Ministério Público

do Trabalho e 1/5 indicados pelas confederações sindicais.

b) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes Federais, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional Federal.

c) são órgãos da Justiça do Trabalho as Comissões de Conciliação Prévia, as Varas

do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.

d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de 27 Ministros, escolhidos dentre

brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Re-

pública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

e) a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho e

o Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionarão junto ao Conselho Nacional

de Justiça, vinculado ao Supremo Tribunal Federal.

Letra d.

a) Errado. Os juízes de TRT destinados a integrar o TST são indicados pelo próprio

TST, e os ministros do TST são divididos da seguinte forma: 4/5 para juízes oriun-

dos de TRT, da magistratura de carreira, e 1/5 para advogados e membros do MPT

em atividade há pelo menos 10 anos.

b) Errado. Na verdade, a atribuição seria dos juízes de direito, com recurso para

o respectivo TRT.

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c) Errado. Primeiro, as Varas não são órgão da Justiça do Trabalho, e sim os juízes.

Segundo, as CCP não são órgãos da Justiça do Trabalho: são órgãos das empresas,

que podem criá-las, na forma da CLT.

d) Certo. Informações da alternativa em perfeita conformidade com o art. 111-A,

caput, da CF.

e) Errado. A ENAMAT e o CSJT funcionam junto ao TST, e a ele são administrati-

vamente vinculados (não necessariamente subordinados).

Questão 11    (2015/FCC/TRT/9ª REGIÃO/PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu Título VIII, apresenta uma
série de normas que disciplina a organização, funcionamento e competência da

Justiça do Trabalho e dos seus serviços auxiliares. Em consonância com tais dispo-

sitivos, é INCORRETO afirmar:

a) Os distribuidores são designados pelo Juiz Diretor do Foro, dentre os funcio-

nários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, ficando

diretamente subordinados ao Corregedor ou Vice Administrativo do Tribunal.

b) A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações en-


tre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão

de Obra − OGMO, decorrentes da relação de trabalho.

c) O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele poden-

do eximir-se, salvo motivo justificado.

d) Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, os Juí-

zos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a juris-

dição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.

e) Compete à Secretaria da Vara a informação, às partes interessadas e seus pro-

curadores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará, e

a abertura de vista dos processos às partes na própria Secretaria.

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Letra a.

a) Certo, pois a questão pede pela alternativa incorreta. A regra aplicável é a do

art. 715 da CLT, devendo tais funcionários estar subordinados ao Presidente do

mesmo TRT. Ainda, a designação é feita pelo Presidente do TRT.

b) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Competência em confor-

midade com o art. 643, § 3º, da CLT.

c) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Regra do art. 645 da CLT.

d) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Esta é a regra também

constante do art. 112 da CF, além de estar no art. 668 da CLT.

e) Errado, pois a questão pede pela alternativa incorreta. Veja: a competência

inicia-se com artigo seguido de substantivo (macete exposto em aula). Logo, a

competência é da Secretaria.

Questão 12    (2009/CESPE/OAB) Considere que, em determinado município, uma

reclamação trabalhista tramite perante vara cível, dada a inexistência, na localida-

de, de vara do trabalho e dada a falta de jurisdição das existentes no estado. Nessa

situação, caso venha a ser instalada uma vara trabalhista nessa localidade, a ação

deve

a) continuar sendo processada e julgada junto à justiça comum em razão do prin-

cípio da perpetuatio jurisdictionis, independentemente da fase em que esteja.

b) ser remetida à vara do trabalho, seja qual for a fase em que esteja, para que lá

continue sendo processada e julgada, sendo esse novo juízo o competente, inclusi-

ve, para executar as sentenças já proferidas pela justiça estadual.

c) ser remetida à vara do trabalho apenas se ainda não tiver sido prolatada a sen-

tença, cabendo à justiça comum executar a sentença proferida.

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d) continuar no âmbito da competência da justiça comum, caso ainda não tenha

sido prolatada a sentença, cabendo à vara do trabalho a execução da decisão.

Letra b.

O juiz de direito da localidade só fica investido da jurisdição trabalhista enquanto

não há Vara do Trabalho que a abranja. Dessa forma, o juiz de direito apenas “tapa

um buraco”. Havendo juiz do trabalho na localidade, todos os processos trabalhis-

tas são remetidos a ele, independentemente da fase em que se encontrem. Claro,

os transitados em julgado não poderão ser desarquivados sem motivo suscitado

pelas partes, em atenção à coisa julgada. Ademais, conforme o art. 43 do atual

CPC, “determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da

petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito

ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem

a competência absoluta.”. Até hoje, portanto, a regra é a mesma.

Questão 13    (2015/FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) Sobre organização e competência da Justiça do Trabalho, conforme

ditames insculpidos na Constituição Federal do Brasil é correto afirmar:

a) Os Juizados Especiais Acidentários Trabalhistas, as Varas do Trabalho, os Tribu-

nais Regionais do Trabalho, os Tribunais Arbitrais Coletivos do Trabalho e o Tribunal

Superior do Trabalho são órgãos da Justiça do Trabalho.

b) O Tribunal Superior do Trabalho será composto de dezessete Ministros, togados e

vitalícios, dos quais treze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Traba-

lho, dois dentre advogados e dois dentre membros do Ministério Público do Trabalho.

c) O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará junto ao Tribunal Supe-

rior do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,

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orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segun-

do graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

d) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho,

não funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho por se tratar de órgão admi-

nistrativo e consultivo, sem funções jurisdicionais, cabendo-lhe apenas regulamen-

tar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

e) A competência da Justiça do Trabalho não abrange nenhum dos entes ou orga-

nismos de direito público externo, ainda que se trate de relação de emprego, visto

que em razão da pessoa litigante a competência será da Justiça Federal Comum.

Letra c.

a) Errado. Os órgãos da Justiça do Trabalho estão no rol do art. 111 da CF, e nele

não estão parte dos órgãos criados pela banca nessa alternativa.

b) Errado. Os erros estão na composição do TST, que, na verdade, é de 27 minis-

tros, divididos da seguinte forma: 4/5 para juízes oriundos de TRT, da magistra-

tura de carreira, e 1/5 para advogados e membros do MPT em atividade há pelo

menos 10 anos.

c) Certo. Informação em consonância com o art. 111-A, § 2º, inciso II.

d) Errado. A ENAMAT de fato funciona junto ao TST.

e) Errado. A Justiça do Trabalho pode, sim, exercer jurisdição sobre entes de

direito público externo (art. 114, I, CF). Veja mais sobre isso na aula sobre as

competências.

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Questão 14    (2015/FCC/TRT/3ª REGIÃO-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Quanto à organização da Justiça do Trabalho,

o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de

a) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta

e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da Re-

pública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto

dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e mem-

bros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,

sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da

magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

b) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados

com mais de 30 (trinta) e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente

da República após aprovação pela maioria simples do Senado Federal, sendo um

terço dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exer-

cício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos

da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

c) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados

com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 75 (setenta e cinco) anos, nomeados

pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Fe-

deral e da Câmara dos Deputados, sendo um terço dentre advogados com mais de

cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Tra-

balho com mais de cinco anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes

dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados

pelos Tribunais Regionais.

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d) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e

cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da Repúbli-

ca após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da Câmara dos Depu-

tados, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de

efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho

oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

e) 20 (vinte) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de 30 (trinta)

e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da República após apro-

vação pela maioria simples do Senado Federal, sendo metade dentre advogados

com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério

Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, e a outra metade

dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de car-

reira, indicados pelos Tribunais Regionais.

Letra a.

Tais elementos, especialmente quanto à composição, estão todos no art. 111-A da

CF, em seu caput e em seus incisos.

Questão 15    (2015/FCC/TRT/3ª REGIÃO-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) Em relação às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho,

a) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

b) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, não podendo, nas comarcas não abran-

gidas por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o res-

pectivo Tribunal Regional do Trabalho.

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c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo

Tribunal de Justiça.

d) há, atualmente, no Brasil, 22 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um em cada

Estado, exceto no Estado de São Paulo que possui dois Tribunais Regionais do Trabalho.

e) compete aos Tribunais Regionais do Trabalho, julgar os recursos ordinários in-

terpostos em face das decisões das Varas e também, originariamente, as ações

envolvendo relação de trabalho.

Letra a.

a) Certo. É exatamente a regra do art. 112 da CF.

b) Errado. Na verdade, deve ser observada a regra do art. 112 da CF (podendo,

sim, atribuir-se aos juízes de direito, com recurso ao TRT).

c) Errado. Vide comentário à letra b.

d) Errado. Há, na verdade, 24 TRTs. Nem todos os Estados possuem o seu próprio.

São Paulo, de fato, possui dois. Remeto ao Título 3 da aula, onde estudamos os

TRTs existentes no Brasil.

e) Errado. O termo “originariamente” torna a alternativa errada, pois a competên-

cia originária, em regra, é do juiz do trabalho. Somente em casos especiais indica-

dos em lei a competência será originária do Tribunal.

Questão 16    (2014/FCC/PREFEITURA DE CUIABÁ/MT/PROCURADOR MUNICI-

PAL) Sobre a organização e estrutura da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangi-

das por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes federais, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional Federal.

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b) Constitucionalmente, são órgãos da Justiça do Trabalho: Tribunal Superior do

Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes Federais.

c) O Tribunal Superior do Trabalho é composto por 11 Ministros, escolhidos dentre

brasileiros com mais de 35 e menos de 60 anos, nomeados pelo Presidente da Re-

pública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

d) As varas do trabalho serão criadas por lei complementar.

e) A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

Letra e.

a) Errado. De acordo com o at. 112 da CF, “a lei criará varas da Justiça do Traba-

lho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes

de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

b) Errado. Na verdade, são órgãos da Justiça do Trabalho: Tribunal Superior do

Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do Trabalho (art. 111, CF).

c) Errado. A composição é de 27 ministros, com mais de 35 e menos de 65 anos.

As demais informações estão corretas.

d) Errado. Não há necessidade de ser por lei complementar. Só haverá essa ne-

cessidade quando a Constituição Federal determinar expressamente o termo “lei

complementar”. O art. 112 da CF fala apenas em “lei”, que pode ser de natureza

técnica ordinária.

e) Certo. Informação em consonância com a regra do art. 112 da CF.

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Questão 17    (2013/FCC/TRT/5ª REGIÃO-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR) Em relação ao Oficial de Justiça Avaliador da Justiça do

Trabalho, é correto afirmar que

a) incumbe ao mesmo a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados

das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhe forem come-

tidos pelos respectivos Presidentes.

b) é facultado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho cometer a qualquer

Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões de qual-

quer Tribunal.

c) na falta ou impedimento do mesmo, o Juiz deverá requisitar outro Oficial ao Tri-

bunal Regional do Trabalho.

d) no caso de avaliação, o mesmo terá o prazo de vinte dias para cumprimento do ato.

e) funcionarão perante as Varas do Trabalho, não cabendo aos Tribunais Regio-

nais do Trabalho a criação de órgão específico destinado a distribuição de man-

dados judiciais.

Letra a.

a) Certo. Informação em conformidade com a regra do art. 721, caput, da CLT.

b) Errado. Tal faculdade, pela lei, é conferida somente ao Presidente do TRT (art.

721, § 4º, CLT).

c) Errado. A falta ou impedimento de OJAF na localidade permitirá que o encargo

seja atribuído a qualquer serventuário (art. 721, § 5º).

d) Errado. A avaliação poderá ser feita em 10 dias (art. 721, § 3º, cumulado com

art. 888, todos da CLT).

e) Errado. De acordo com o art. 721, § 1º, o TRT, querendo, poderá ter órgão

destinado à atividade de oficiais de justiça.

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Questão 18    (2013/FCC/TRT/18ª REGIÃO-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-

DICIÁRIA) A Consolidação das Leis do Trabalho disciplina os serviços auxiliares da

Justiça do Trabalho, prevendo que

a) o Juiz da Vara do Trabalho, na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Ofi-

cial de Justiça Avaliador, deverá requisitar ao advogado da parte interessada ou a

agente policial militar a realização do ato.

b) haverá um distribuidor em todas as localidades incluindo aquelas que possuam

apenas uma Vara do Trabalho.

c) os distribuidores serão designados e diretamente subordinados ao Juiz Diretor

do Fórum, escolhidos entre os funcionários das Varas do Trabalho de qualquer lo-

calidade da circunscrição do Tribunal.

d) o prazo previsto para o cumprimento do ato de avaliação pelo Oficial de Justiça

Avaliador será de 05 dias, contados da data da sua nomeação.

e) compete à Secretaria das Varas do Trabalho a contagem das custas devidas pe-

las partes, nos respectivos processos.

Letra e.

a) Errado. A falta ou impedimento de OJAF na localidade permitirá que o encargo

seja atribuído a qualquer serventuário (art. 721, § 5º).

b) Errado. Se houver apenas uma Vara no local, o distribuidor não terá lugar. So-

mente há distribuidor onde há mais de uma Vara do Trabalho.

c) Errado. Conforme o art. 715 da CLT, “Os distribuidores são designados pelo

Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal

Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente

subordinados”.

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d) Errado. A avaliação poderá ser feita em 10 dias (art. 721, § 3º, cumulado com

art. 888, todos da CLT).

e) Certo. Veja: a competência inicia-se com artigo seguido de substantivo (macete

exposto em aula). Logo, a competência é da Secretaria.

Questão 19    (2012/CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Julgue o item que se

segue, relativo à organização e competência da justiça do trabalho e ao processo

do trabalho.

São órgãos da justiça do trabalho: o TST, os tribunais regionais do trabalho, os juí-

zes do trabalho e os juizados especiais trabalhistas.

Errado.

Os órgãos estão no art. 111 da CF, e são exatamente estes, com exceção desses

“juizados”, que não existem.

Questão 20    (2018/FCC/TRT/6ª REGIÃO-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) Conforme previsão constitucional, o Tribunal Superior do Trabalho

será composto por,

a) 17 ministros, com mais de 35 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre ad-

vogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi-

nistério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

b) 27 ministros, com mais de 35 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre ad-

vogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi-

nistério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

c) 11 ministros, com mais de 30 anos e menos de 70 anos, sendo 1/3 dentre ad-

vogados com mais de 5 anos de efetiva atividade profissional e membros do Minis-

tério Público do Trabalho com mais de 5 anos de efetivo exercício.

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d) 27 ministros, com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre ad-

vogados com mais de 5 anos de efetiva atividade profissional e membros do Minis-

tério Público do Trabalho com mais de 5 anos de efetivo exercício.

e) 27 ministros, com mais de 35 anos e menos de 70 anos, sendo 1/3 dentre ad-

vogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi-

nistério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

Letra b.

Os elementos objetivos da alternativa b estão, integralmente, em consonância com

o caput e os incisos do art. 111-A da Constituição Federal (idades, quórum de par-

ticipação da advocacia e do MPT e tempo de exercício deles na profissão).

Questão 21    (2018/CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA) A res-

peito da jurisdição, julgue o item que se segue.

Entre os princípios que regem a jurisdição, o da investidura é aquele que determina

que o juiz exerça a atividade judicante dentro de um limite espacial sujeito à sobe-

rania do Estado.

Errado.

Na verdade, o princípio da investidura determina que o agente estatal aplicador da

atividade jurisdicional deve cumprir todos os requisitos legais e constitucio-

nais para investir-se no cargo: aprovação em concurso público para juízes de

carreira, idade e tempo de atividade profissional para membros do quinto consti-

tucional etc.

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Questão 22    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

A jurisdição é divisível.

Errado.

Uma das características da jurisdição é a indivisibilidade: somente o Estado pode

exercê-la, por meio de seus órgãos judiciários (Poder Judiciário), e ninguém mais.

Na verdade, a possibilidade de divisão refere-se à competência: os órgãos inte-

grantes do Judiciário repartem (dividem) as competências, mas não a jurisdição.

Questão 23    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

Jurisdição consiste na função estatal de compor litígios e de declarar e realizar o

direito.

Certo.

T
 rata-se do conceito básico de jurisdição, muito semelhante ao trazido nesta aula: so-

lucionar conflitos e aplicar o direito ao caso concreto, reconhecendo sua pertinência.

Questão 24    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

São inerentes à jurisdição os princípios do juiz natural, da improrrogabilidade e


da indelegabilidade.

Certo.

As características de improrrogabilidade e da indelegabilidade foram abordadas

nesta aula. Ademais, o princípio do juiz natural tem total relação com a atividade

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jurisdicional: trata-se da necessidade de que o juiz legalmente competente, ou pre-

vento, aprecie a demanda e aplique o direito, sendo proibidos órgãos de exceção.

Questão 25    (2017/CESPE/TRF/1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-

NISTRATIVA) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.

Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pú-

blica participar de interesses privados.

Certo.

Trata-se da característica basilar e principal da jurisdição voluntária: o interesse

das partes é privado e comum a ambas, e o Poder Judiciário atua de forma essen-

cialmente administrativa, limitando-se à homologação do pactuado.

Questão 26    (2017/CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE GESTÃO/JULGAMENTO) Com

relação à jurisdição e ao poder jurisdicional, julgue o próximo item.

A jurisdição não pode ser considerada uma função unitária, em razão da diversida-

de de instâncias, juízos, competências e áreas do direito.

Errado.

A jurisdição é, sim, una (indivisível). Uma das características da jurisdição é a

indivisibilidade: somente o Estado pode exercê-la, por meio de seus órgãos judi-

ciários (Poder Judiciário), e ninguém mais. Na verdade, a possibilidade de divisão

refere-se à competência: os órgãos integrantes do Judiciário repartem (dividem)

as competências (funcionais, materiais, territoriais etc.), mas não a jurisdição.

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Questão 27    (2019/NC-UFPR/TJ-PR/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-

GISTROS) O Estado democrático de direito é caracterizado pela distribuição de

suas funções ou poderes e pelo respeito à Constituição Federal. Sobre a função

jurisdicional do Estado, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A jurisdição é atividade estatal revestida de imperatividade, e é exercida por

agente imparcial.

b) As decisões dos órgãos jurisdicionais têm aptidão para se tornarem indiscutí-

veis, mas são passíveis de revisão pelas demais funções estatais.

c) Embora dotada de imperatividade, a jurisdição não é o único meio de solução de

conflitos reconhecido pelo Estado, podendo o jurisdicionado optar por outros meios,

como, por exemplo, a autocomposição.

d) Embora as formas de atuação da jurisdição possam ser divididas, como função

exercida pelo Poder Judiciário a jurisdição é una.

e) Pelo princípio da inércia, em regra a jurisdição deverá ser provocada. Depois de

instaurada a demanda, o processo se desenvolve por impulso oficial.

Letra b.

a) Errado. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta alternativa repro-

duz corretamente a noção teórica da característica da definitividade. Ademais,

como decorrência de outras características, como a da substitutividade, o juiz

deve ser imparcial.

b) Certo. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta alternativa afronta a

noção de imperatividade, que é uma das características essenciais da função ju-

risdicional: outros órgãos não podem negar força às decisões judiciais.

c) Errado. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta alternativa é correta

pelo fato de não ignorar a autocomposição, que é uma forma de tutela jurídica

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não jurisdicional, ao lado das ferramentas alternativas de solução de conflitos,

como a arbitragem.

d
 ) Errado. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta alternativa está correta:

a função jurisdicional pode ser exercida de forma dividida em variados ramos (Jus-

tiça Estadual, Federal, do Trabalho etc.). De qualquer forma, a função jurisdicional

pertence a uma única fonte imperativa: o Estado (República Federativa do Brasil).

e) Errado. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta alternativa reproduz

de forma perfeita a característica da inércia, corroborada pela norma principioló-

gica do art. 2º do CPC.

Questão 28    (2018/TRF/3ª REGIÃO/BANCA DO ÓRGÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTI-

TUTO) Sobre a jurisdição é CORRETO afirmar que:

a) Ela é invariavelmente uma atividade estatal a cargo do Poder Judiciário.

b) Seu escopo social é a pacificação mediante a eliminação dos conflitos.

c) Seu escopo jurídico abrange a descoberta da verdade e a formação da coisa

julgada material.

d) Ela é sempre uma atividade voltada à atuação do direito objetivo em concreto.

Letra b.

a) Errado. Esta alternativa levou em conta a possibilidade de exercício de ativi-

dade jurisdicional por outros poderes, de forma atípica ou excepcional, como no

caso de julgamento de processo de impeachment pelo Poder Legislativo. Portanto,

a atividade de “dizer o direito” não é invariavelmente pertencente ao Judiciário: ela

pode ser exercida mediante outras óticas por outros Poderes.

b) Certo. A eliminação/redução de conflitos é a causa da pacificação social, e o

atingimento desta causa necessita da atividade jurisdicional (aplicação do direito

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ao caso concreto, evitando-se conflitos de homem a homem, como num estado

de barbárie).

c) Errado. A descoberta da verdade não se insere como escopo (elementar) da

jurisdição. Tal descoberta pode, ou não ocorrer no campo das provas apresentadas,

mas é perfeitamente possível o exercício de jurisdição sem a efetiva descoberta

da verdade real. Esta é, até mesmo, a regra geral na prática processual. Ademais,

também é possível o exercício de jurisdição sem formação de coisa julgada mate-

rial. Utilizemos o exemplo da jurisdição voluntária: ela não forma coisa julgada

material, mas, somente, coisa julgada formal.

d) Errado. Nem sempre o exercício da jurisdição será pautado na aplicação da lei

ao caso concreto. É muito frequente – e até incentivada pelo CPC – a realização de

conciliações em processos. Veja: havendo conciliação, o direito objetivo (abstrato)

não será imposto às partes por um agente investido de jurisdição (juiz). Esta si-

tuação já é suficiente para desconstituirmos a credibilidade do advérbio “sempre”,

desta alternativa.

Questão 29    (INÉDITA/2019) No que tange à participação do Supremo Tribunal

Federal no direito processual do trabalho, julgue o item subsequente, à luz da ju-

risprudência consolidada.

Com exceção das hipóteses de contrariedade à Constituição Federal ou de inter-

pretação divergente de lei federal, não cabe recurso para o Supremo Tribunal Fe-

deral, de quaisquer decisões da Justiça do Trabalho, inclusive dos presidentes de

seus tribunais.

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Errado.

De acordo com o entendimento fixado na Súmula 505 do STF, somente em caso

de afronta à Constituição é que cabe recurso extraordinário das decisões da Jus-

tiça do Trabalho. Confira sua redação: “Salvo quando contrariarem a Constitui-

ção, não cabe recurso para o Supremo Tribunal Federal, de quaisquer decisões da

Justiça do Trabalho, inclusive dos presidentes de seus tribunais.”.

Questão 30    (INÉDITA/2019) A respeito da Escola Nacional de Formação e Aper-

feiçoamento de Magistrados do Trabalho, julgue o item subsequente:

Compete à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Tra-

balho regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira da

magistratura do trabalho.

Certo.

T
 al incumbência é determinada à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados do Trabalho pelo art. 111-A, § 2º, inciso I, da CF/88, em igualdade literal.

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