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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Noções da Prova da OAB..............................................................................................................................................5
1. Análise do Edital Direcionado para a 2ª Fase..............................................................................................5
2. O Que Preciso Estudar com Mais Cautela?. ................................................................................................14
3. Como Posso Exercitar para a 2ª Fase?..........................................................................................................15
4. Quais os Assuntos Mais Cobrados na 2ª Fase?.......................................................................................15
5. Qual a Proposta dos Próximos Livros?........................................................................................................39
6. Quais as Dicas Aptas para o Meu Sucesso?..............................................................................................39
Notícias Recentes do TST Interessantes para as Provas......................................................................40
7. Como É a Prova da 2ª Fase da OAB?...............................................................................................................51
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
Apresentação
Olá, futuro (a) advogado (a)!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente, sou Juíza do Tra-
balho no TRT 7ª Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol”, e faço
parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa
para ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances
da legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar,
seja porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc.
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi aprova-
do na 1ª fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar mais um pou-
co com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houver compromisso e empenho.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você
surpreenda a banca examinadora e não o contrário.
Nesse ponto, este material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada
em elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de Direito do Trabalho num formato
diferente.
E acredite: saber Direito do Trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de Direito do Trabalho, buscando
sua sonhada aprovação na OAB, com a sua carteirinha vermelha para estrear nos Tribunais em
todo o Brasil, não é? Colocarei questões de bancas de concursos anteriores, bem como criarei
questões inéditas para que você fique preparado para as surpresas do examinador.
Sobre a OAB, vou fazer, neste primeiro livro, o RAIO X para você: de todas as temáticas do
edital, tem-se as matérias mais importantes na sequência de cobrança nas provas.
Fique atento também com a necessidade de estudar a CLT de forma atualizada, bem como
o texto constitucional. Sempre estude com legislação atualizada, pois, geralmente, as provas
cobram as novidades legislativas.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obri-
gatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca-tex-
to, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
Por gentileza, se você curtir esta aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Os materiais que possuírem conteúdo proibido não poderão ser utilizados durante a prova prá-
tico-profissional, sendo garantida ao fiscal advogado a autonomia de requisitar os materiais de
consulta para nova vistoria minuciosa durante todo o tempo de realização do Exame. O exami-
nando que, durante a aplicação das provas, estiver portando e/ou utilizando material proibido,
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Noções da Prova da OAB
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ou se utilizar de qualquer expediente que vise burlar as regras deste edital, especialmente as
concernentes aos materiais de consulta, terá suas provas anuladas e será automaticamente
eliminado do Exame.
A prova prático processual corresponde à redação de peça profissional, valendo 5,00 (cin-
co) pontos, acerca de tema da área jurídica de opção do examinando e do seu correspondente
direito processual.
Além disso, há as quatro questões. O (a) candidato (a) deve elaborar as respostas das 4
(quatro) questões discursivas, sob a forma de situações-problema, valendo, no máximo, 1,25
(um e vinte e cinco) pontos cada, relativas à área de opção do examinando e do seu correspon-
dente direito processual, indicada quando da sua inscrição.
Não assine na prova! Não ponha seu nome em nenhum lugar da prova! O caderno de textos de-
finitivos da prova prático-profissional não poderá ser assinado, rubricado e/ou conter qualquer
palavra e/ou marca que o identifique em outro local que não o apropriado (capa do caderno),
sob pena de ser anulado. Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço des-
tinado à transcrição dos textos definitivos acarretará a anulação da prova prático-profissional
e a eliminação do examinando. Ao texto que contenha outra assinatura, será atribuída nota 0
(zero), por se tratar de identificação do examinando em local indevido.
O que fazer?
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Sim. Para a redação da peça profissional, o examinando deverá formular texto com a exten-
são máxima definida na capa do caderno de textos definitivos; para a redação das respostas
das questões discursivas, a extensão máxima do texto será de 30 (trinta) linhas para cada
questão. Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de texto que for
escrito fora do local apropriado ou que ultrapassar a extensão máxima permitida.
Nas respostas das questões, deve apontar qual item está respondendo. Na redação das
respostas das questões discursivas, o examinando deverá indicar, obrigatoriamente, a qual
item do enunciado se refere cada parte de sua resposta (“A”, “B”, “C” etc.), sob pena de receber
nota zero. O examinando que indicar somente uma alternativa (“A” OU “B” OU “C” OU etc.) na
sua resposta e não assinalar a alternativa subsequente, terá corrigida somente a que estiver
indicada expressamente no caderno de respostas.
Será considerado aprovado o examinando que obtiver NPPP igual ou superior a 6,00 (seis)
pontos na prova prático-profissional, vedado o arredondamento.
Nos casos de propositura de peça inadequada para a solução do problema proposto, con-
siderando para este fim peça que não esteja exclusivamente em conformidade com a solução
técnica indicada no padrão de resposta da prova, ou de apresentação de resposta incoerente
com situação proposta ou de ausência de texto, o examinando receberá nota ZERO na redação
da peça profissional ou na questão.
A indicação correta da peça prática é verificada no nomen iuris da peça concomitantemente
com o correto e completo fundamento legal usado para justificar tecnicamente a escolha feita.
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Melhor nem levar para o local de prova: será eliminado do Exame o examinando que, du-
rante a realização das provas, for surpreendido portando aparelhos eletrônicos, tais como bipe,
walkman, agenda eletrônica, notebook, netbook, palmtop, receptor, gravador, telefone celular,
máquina fotográfica, protetor auricular, MP3, MP4, controle de alarme de carro, pendrive, fones
de ouvido, Ipad, Ipod, Iphone etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou
quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc., e ainda lápis, lapiseira,
borracha e/ou corretivo de qualquer espécie.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
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Até porque o tempo é escasso na medida em que muitos estão entregando o TCC nas
disciplinas de estágio na faculdade e até mesmo possuem um emprego. Logo, é importante
saber o que revisar.
Assim, sugere-se a leitura paulatina da doutrina dos temas mais cobrados para que você
possa ir para a prova com conhecimento mais profundo que te proporcione mais facilidade
para desenvolver as respostas pretendidas nas questões.
Nesse formato, analisar as respostas das provas anteriores com seus respectivos comen-
tários auxilia muito para entender o “raciocínio” da banca, pois confere um norte acerca do que
é relevante para fins de responder e de elaborar a peça processual, otimizando o seu tempo e
seu êxito.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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EXAME PEÇA
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018 CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA UNIFICADA)
Num primeiro momento, o candidato deve acertar qual a peça processual cabível no caso
concreto para que possa desenvolver o raciocínio em relação aos pontos que devem ser enfren-
tados no decorrer da peça. É importante entender como é o direcionamento, os pressupostos
processuais e legais e sempre deixar o CPC perto, haja vista que é aplicado subsidiariamente
ao processo do trabalho.
Resolvida a peça processual, o candidato passa a enfrentar as perguntas das questões
subjetivas. Nesse ponto, as respostas devem ser conforme o cronograma de perguntas. Exem-
plo: a) b) c). Não faça uma resposta única, mas responda de forma gradativa em cada item que
a prova questionar.
Não perca tempo transcrevendo artigos legais ou súmulas, pois em nada acrescentam em
sua nota e te fará ter prejuízo no relógio. O tempo é curto e deve ser otimizado, bem aproveitado.
Logo, o que se exige do candidato é que faça as devidas referências. É muito importante que
você faça as referências constitucionais também, conforme já demos as dicas anteriormente.
Sobre as questões, é importante ter um raio X das matérias que foram cobradas nos últi-
mos concursos. Por isso irei listar abaixo os assuntos do edital que foram cobrados nos oito
últimos certames da OAB:
EXAME ASSUNTOS
RESCISÃO INDIRETA, ARQUIVAMENTO, SUBSTITUIÇÃO NA
AUDIÊNCIA, ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE,
2022 EXECUÇÃO TRABALHISTA, EMBARGOS DE TERCEIRO NO PROCESSO
DO TRABALHO – USO DO MANDADO DE SEGURANÇA NA ÁREA
TRABALHISTA
2021 TELETRABALHO, RECURSOS, HORAS EXTRAS, RITO SUMARÍSSIMO
REMUNERAÇÃO, DESCONTOS SALARIAIS, GARANTIA PROVISÓRIA NO
2020 EMPREGO, REINTEGRAÇÃO, INTERVALOS INTRAJORNADA, SALÁRIOS
IN NATURA
DISPENSA POR JUSTA CAUSA, PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE,
REMUNERAÇÃO, PERÍCIA, HONORÁRIOS, DIFERENÇA SALARIAL,
2019
ACORDO COLETIVO E CONVENÇÃO COLETIVA, INQUÉRITO PARA
APURAÇÃO DE FALTA GRAVE
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EXAME ASSUNTOS
HORAS EXTRAS, PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PDV),
2019 TRANSFERÊNCIA, ALTERAÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO,
RECURSOS, RITO SUMARÍSSIMO
HORAS EXTRAS, BANCÁRIO, ADICIONAL DE PERICULOSIDADE,
2019 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA, EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
TERRITORIAL, PODER DISCIPLINAR, CONVENÇÃO COLETIVA,
ARQUIVAMENTO, AERONAUTA, HORAS EXTRAS, ÔNUS DA PROVA,
2018
PREPOSTO, JUSTA CAUSA, INEXIBILIDADE DE EXPERIÊNCIA NA CLT
PRESCRIÇÃO, PEREMPÇÃO, USO DE UNIFORMES, HORAS EXTRAS,
2018
EXECUÇÃO, AGRAVO DE PETIÇÃO, AGRAVO DE INSTRUMENTO
Sobre o aprofundamento das doutrinas, torna-se importante analisar os temas que foram
cobrados nos últimos anos. Também sugiro a leitura das súmulas e comentários abaixo para
fins de dar uma revisão geral e turbinar os seus estudos.
• Súmula n. 07:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 07: FÉRIAS - A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno
será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação
ou, se for o caso, na da extinção do contrato.
As férias devem ser gozadas no período concessivo, ou seja, após 12 meses de labor (pe-
ríodo aquisitivo). Se não forem concedidas no prazo concessivo, o trabalhador faz jus às férias
dobradas. Com base nisso, quando do recebimento do valor das férias dobradas, deve ser con-
siderada a base de cálculo quando do momento da extinção do contrato de trabalho.
EXEMPLO
Se Alessandro tinha gozo de férias quando seu salário era R$1.200,00, mas teve aumento sala-
rial e no fim do contrato o seu salário passou a ser R$1.300,00, a base de cálculo a ser consi-
derada deve ser R$1.300,00 para fins de pagamento das férias dobradas com o terço consti-
tucional.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 171 do TST: FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO.
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de
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Importante registrar que existem várias outras súmulas do TST em relação a esta temática.
Além disso, importante guardar o entendimento de outro entendimento sumulado:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 450 do TST: É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, inclu-
ído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na
época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo
diploma legal.
O PULO DO GATO
Registre-se importante súmula do TST sobre o direito ao recebimento de férias proporcionais
em todas as modalidades, salvo quando da dispensa por justa causa:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 261 do TST: FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSÃO. CONTRATO
VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO. O empregado que se demite antes de complementar
12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais.
• Súmula n. 14:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 14 do TST: CULPA RECÍPROCA - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão
do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por
cento) do valor do aviso-prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
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EXEMPLO
Rubi foi demitida por culpa recíproca da empresa México Viagens Ltda. Nesse caso, Rubi rece-
berá metade do valor das verbas rescisórias e a empresa arcará com 20% dos valores do FGTS
devidos. Se Rubi trabalhava à noite, receberá seu adicional noturno na integralidade.
• Súmula n. 29:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 29 do TST: TRANSFERÊNCIA Empregado transferido, por ato unilateral do
empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial
correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.
Nesse caso, estamos tratando além das despesas com vale transporte, mas qualquer des-
pesa de locomoção, como gastos extras de combustível. É o caso de saída do trabalhador da
capital para uma região metropolitana mais distante 20 km, por exemplo. Nesse caso, o des-
locamento e os gastos decorrentes devem ser indenizados pelo empregador, pois ele assume
os riscos do empreendimento.
• Súmula n. 43:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 43 do TST: TRANSFERÊNCIA: Presume-se abusiva a transferência de que trata
o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 44 do TST: AVISO-PRÉVIO - A cessação da atividade da empresa, com o paga-
mento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado
ao aviso-prévio.
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presa e, com isso, o pagamento do aviso-prévio, pois o empregado não deu causa ao fim do
empreendimento e ao término da rescisão do contrato de trabalho. Com base nisso, é devido,
sim, o pagamento do aviso-prévio.
• Súmula n. 47:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 47 do TST: INSALUBRIDADE - O trabalho executado em condições insalubres,
em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do
respectivo adicional.
• Súmula n. 51:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 51 do TST: NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO
REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT. I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alte-
rem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamen-
tos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às
regras do sistema do outro.
Nesse caso, trata-se da segurança e direito adquirido que prevê as vantagens para quem
era empregado na época da existência do regulamento. Isso porque, em se tratando de fonte
autônoma, somente os que estavam sob a égide do regulamento podem alegar. O caso do inci-
so II lembra muito a teoria do conglobamento adotada no Brasil em que a escolha por um dos
regulamentos é opção do empregado, que vai escolher a norma que lhe parecer mais benéfica
no todo, acolhendo em sua integralidade nos termos do regulamento que optou.
• Súmula n. 55:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 55 do TST: FINANCEIRAS: As empresas de crédito, financiamento ou investi-
mento, também denominadas financeiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancá-
rios para os efeitos do art. 224 da CLT.
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No caso acima, estamos falando da jornada do trabalho. Lembre-se do artigo 224 da CLT:
Art. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Eco-
nômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazen-
do um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
§ 1º A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre sete e vinte
e duas horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de quinze minutos para
alimentação.
§ 2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência,
fiscalização, chefia e equivalentes ou que desempenhem outros cargos de confiança desde que o
valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo.
O PULO DO GATO
Não confunda o teor dessa súmula que acabamos de estudar com o teor da Súmula n. 117 do
TST que estipula:
JURISPRUDÊNCIA
Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os empregados de estabeleci-
mento de crédito pertencente a categorias profissionais diferenciadas.
O PULO DO GATO
Sobre o pagamento de horas extras dos bancários, deve-se observar o teor da Súmula n. 124
do TST, também acerca do divisor, que é justamente a base de cálculo para divisão dos dias tra-
balhados de acordo com a carga horária. Veja a Súmula n. 124 do TST, nos seguintes termos:
JURISPRUDÊNCIA
I – o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será:
a) 180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art.
224 da CLT;
b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do
art. 224 da CLT.
• Súmula n. 60:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 60 do TST: ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGA-
ÇÃO EM HORÁRIO DIURNO. I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
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EXEMPLO
Se Rubi trabalha das 00:00 até 8h, entende-se que o adicional noturno é devido em toda a inte-
gralidade da jornada, pois aqui a jornada se iniciou no horário noturno.
EXEMPLO
Maribel trabalha na jornada das 18h às 00:00. Nesse caso, Maribel só terá adicional noturno
das 22h às 00:00, pois sua jornada não se iniciou no período noturno.
• Súmula n. 73:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 73 do TST: DESPEDIDA. JUSTA CAUSA. A ocorrência de justa causa, salvo a de
abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso-prévio dado pelo empregador, retira
do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória.
EXEMPLO
Caetano está no aviso-prévio e é demitido por justa causa pela modalidade de abandono de
emprego. Ele receberá suas verbas indenizatórias.
Outro exemplo:
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Noções da Prova da OAB
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EXEMPLO
Se Caetano está cumprindo aviso-prévio e é demitido por justa causa pela modalidade de
improbidade, por exemplo, ele não receberá suas verbas indenizatórias.
• Súmula n. 77:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 77 do TST: PUNIÇÃO - Nula é a punição de empregado se não precedida de
inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.
Para a dispensa por justa causa, não é preciso que o trabalhador se submeta a um inquérito
ou sindicância. Na verdade, é preciso ter previsão na própria esfera normativa do empregador,
pois não se trata de previsão legal. Nesse ponto, o trabalhador só terá direito a essa sindicân-
cia quando a norma regular previr. Seria um aspecto mais protetivo do trabalhador.
• Súmula n. 80:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 80 do TST: INSALUBRIDADE - A eliminação da insalubridade mediante forne-
cimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo
exclui a percepção do respectivo adicional.
O PULO DO GATO
É preciso estudar a súmula acima com outra do TST, principalmente porque não é somente a
entrega de EPI que elide o pagamento e a sujeição ao adicional de insalubridade. O EPI deve
efetivamente ser eficaz. Nesse sentido, destaque-se a súmula a seguir:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 289 do TST: INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE
PROTEÇÃO. EFEITO. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador
não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas
que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao
uso efetivo do equipamento pelo empregado.
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• Súmula n. 85:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 85 do TST: COMPENSAÇÃO DE JORNADA: I - A compensação de jornada de
trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção
coletiva. II - O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver
norma coletiva em sentido contrário. III - O mero não atendimento das exigências legais
para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não
implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não
dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV - A
prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jor-
nada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser
pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá
ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. V - As disposições con-
tidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de
horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva. VI - Não é válido acordo
de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma cole-
tiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma
do art. 60 da CLT.
Tanto a compensação de horas como o banco de horas são formas de manter a jornada
do trabalhador sem abusos. Pode-se pagar horas extras ou, simplesmente, conceder folgas
ao trabalhador. Quando se faz o pagamento de horas, o empregador arcará com o percentu-
al de 50%, no mínimo, sobre o valor da hora normal. Se não faz o pagamento, deve efetuar a
respectiva concessão de folgas para compensar pelo excesso de jornada em determinado (s)
dia (s). Compensação de horas é diferente de banco de horas. Neste último caso, só pode ser
feito via negociação coletiva. No caso de compensação de horas, admite-se acordo individual
ou coletivo de forma escrita. Quando se trata de ambiente insalubre, é preciso que o regime de
compensação seja feito mediante permissão da autoridade competente.
• Súmula n. 91:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 91 do TST: SALÁRIO COMPLESSIVO. Nula é a cláusula contratual que fixa deter-
minada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais
ou contratuais do trabalhador.
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• Súmula n. 129:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 129 do TST: CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO. A prestação de
serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada
de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo
ajuste em contrário.
• Súmula n. 132:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 132 do TST: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO. I - O adicional de
periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas
extras. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições
de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as
mencionadas horas.
Trata-se aqui do efeito da gravitação jurídica, ou seja, o valor do adicional, seja de periculo-
sidade ou de insalubridade, terá o efeito do pagamento do principal, mas também dos reflexos,
inclusive, das horas extras. Esse pagamento de adicional só será devido quando o trabalhador
estiver sujeito às condições adversas. No sobreaviso, como o obreiro está em casa aguar-
dando ordens, não se submete às condições hostis e, por isso, não é devido o pagamento do
aludido adicional. Destaca-se, ainda, a importância de outro teor sumulado:
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Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 364 do TST: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PER-
MANENTE E INTERMITENTE. I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado
exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se às condições de
risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado
o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. II - Não é
válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de peri-
culosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de expo-
sição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).
Por fim, é importante, sobre o tema, o teor da Súmula n. 447 do TST em que se preceitua:
JURISPRUDÊNCIA
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no
momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adi-
cional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 16
do MTE.
O PULO DO GATO
Com idêntico raciocínio, anote-se o entendimento sumulado:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 139 do TST: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Enquanto percebido, o adicional
de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais.
O PULO DO GATO
Outro ponto específico da Súmula do TST é o seguinte:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 361 do TST: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO
INTERMITENTE (mantida). O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma
intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma
integral, porque a Lei n. 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionali-
dade em relação ao seu pagamento.
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Noções da Prova da OAB
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• Súmula n. 159:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 159 do TST: SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO
CARGO. I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual,
inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salá-
rio igual ao do antecessor.
EXEMPLO
Lola substituirá seu chefe Leandro que ganha R$6.000,00. No caso de férias de Leandro, Lola
terá direito ao salário de R$6.000,00. No entanto, se Leandro pede demissão e Lola assume
o cargo de chefia definitivamente, não há obrigação do empregador manter o salário de
R$6.000,00. A justificativa aqui é porque o caráter definitivo depende de um conjunto de condi-
ções subjetivas e objetivas para início de carreira do substituído.
• Súmula n. 212:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 212 do TST: DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA. O ônus de provar o término
do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção
favorável ao empregado.
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• Súmula n. 244:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA: I - O desconhecimento
do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade (art. 10, II, “b” do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante
só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrá-
rio, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de
estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no
art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo
na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
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Noções da Prova da OAB
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a dispensa sem justa causa. No seu entendimento, o conceito de estabilidade diz respeito à
impossibilidade de terminação do contrato de trabalho por ato imotivado do empregador, “não
afastando que o contrato termine por outras causas, em que há manifestação de vontade do
empregado, como no caso do pedido de demissão ou nos contratos por prazo determinado
e no contrato de trabalho temporário”. Nesses casos, segundo o relator, “a manifestação de
vontade do empregado já ocorreu no início do contrato”. O ministro ressaltou, ainda, que a tese
fixada pelo STF, em sistemática de repercussão geral, deve ser aplicada pelos demais órgãos
do Poder Judiciário. A decisão foi unânime.
O PULO DO GATO
A decisão do STF é clara ao eleger dois pressupostos da estabilidade da gestante: a anteriori-
dade da gravidez à terminação do contrato e a dispensa sem justa causa. O conceito de estabi-
lidade diz respeito à impossibilidade de terminação do contrato de trabalho por ato imotivado
do empregador.
• Súmula n. 265:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 265 do TST: ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO.
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. A transferência para o período diurno de trabalho implica
a perda do direito ao adicional noturno.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 276 do TST: AVISO-PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO. O direito ao aviso-
-prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime
o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos
serviços obtido novo emprego.
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Noções da Prova da OAB
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missão, deve fornecer o aviso-prévio ao seu empregador, salvo se comprovar que obteve novo
emprego. Assim, o aviso-prévio é direito das duas partes na relação, porém é renunciável quan-
do se trata do empregador. Além disso, é relativo, pois, se houver aquisição de novo emprego,
tem-se a situação peculiar de dispensa da obrigação do aviso-prévio. Destaca-se ainda outro
entendimento sumulado relevante para as provas:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 305 do TST: FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA
SOBRE O AVISO-PRÉVIO. O pagamento relativo ao período de aviso-prévio, trabalhado ou
não, está sujeito a contribuição para o FGTS.
• Súmula n. 291:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 291 do TST: HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. A
supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habi-
tualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indeniza-
ção correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente,
para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima
da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos
12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da
supressão.
No caso de horas extras, se houver habitualidade no seu recebimento, gera uma expecta-
tiva ao trabalhador dos valores a mais continuamente. Com isso, entende-se como habituali-
dade o período de, no mínimo, um ano recebendo horas extras continuamente. Sendo assim, o
empregador até pode retirar a jornada extraordinária, mas precisa pagar uma indenização ao
obreiro que compreende o valor referente a 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcial-
mente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima
da jornada normal. Destaca-se, ainda, que as horas extras geram reflexos sobre todas as ver-
bas do contrato de emprego.
• Súmula n. 331:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 331 do TST: CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE. I - A con-
tratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo direta-
mente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei n. 6.019,
de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta,
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Noções da Prova da OAB
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não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador
a contratação de serviços de vigilância (Lei n. 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador,
desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das
obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiá-
ria do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integran-
tes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obri-
gações da Lei n. 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A alu-
dida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária
do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes
ao período da prestação laboral.
Essa súmula será objeto de nova análise do TST, diante do atual entendimento do STF: O
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a Lei da Terceirização (Lei n.
13.429/2017), que permitiu a terceirização de atividades-fim das empresas urbanas. Por maio-
ria de votos, foram julgadas improcedentes cinco Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs
5685, 5686, 5687, 5695 e 5735) que questionavam as mudanças nas regras de terceirização
de trabalho temporário introduzidas pela lei. O julgamento foi realizado na sessão virtual en-
cerrada no dia 15/6/2020. Segundo o ministro relator, Gilmar Mendes, num cenário de etapas
produtivas cada vez mais complexo, agravado pelo desenvolvimento da tecnologia e pela cres-
cente especialização dos agentes econômicos, torna-se praticamente impossível definir, sem
ingerência do arbítrio e da discricionariedade, quais atividades seriam meio e quais seriam
fim. Ele considera que a modernização das relações trabalhistas é necessária para aumentar a
oferta de emprego e assegurar os direitos constitucionais, como a garantia contra despedida
arbitrária, o seguro-desemprego, o fundo de garantia do tempo de serviço e o salário mínimo,
entre outros. “A rigor, o artigo 7º da Constituição não tem vida própria, depende do seu suporte
fático: o trabalho”, afirmou. “Sem trabalho, não há falar-se em direito ou garantia trabalhista.
Sem trabalho, a Constituição Social não passará de uma carta de intenções”. Na terceirização,
a regra é a responsabilização subsidiária. Somente em situações de fraude, é que seria possí-
vel a responsabilização solidária.
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Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
A regra na terceirização é a responsabilidade subsidiária. O STF entende como lícita a terceiri-
zação em atividade-fim e atividade-meio.
• Súmula n. 338:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 338 do TST: JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. I - É ônus
do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode
ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho,
ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III
- Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são invá-
lidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que
passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
O PULO DO GATO
Existe outro importante sumulado para as provas de concurso:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 366 do TST: CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE
ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem com-
putadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultra-
passado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a
jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as
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Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
• Súmula n. 339:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 339 do TST: CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988. I - O suplente
da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, “a”, do ADCT a partir da pro-
mulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não
constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que
somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento,
não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a inde-
nização do período estabilitário.
JURISPRUDÊNCIA
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração
em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT.
O PULO DO GATO
Observar para as provas a Súmula n. 369 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. I - É assegurada a estabilidade pro-
visória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candi-
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Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
datura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º,
da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do
contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de
1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3º, da CLT a sete diri-
gentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada
eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade perti-
nente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo
extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão
para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de diri-
gente sindical durante o período de aviso-prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura
a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis
do Trabalho.
• Súmula n. 354:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 354 do TST: GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES. As gorjetas,
cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos
clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as
parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
• Súmula n. 363:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 363 do TST: CONTRATO NULO. EFEITOS. A contratação de servidor público,
após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respec-
tivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação
pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salá-
rio mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
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Noções da Prova da OAB
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Por essa súmula, prestigia-se a exigência constitucional do concurso público e, com isso,
é importante a realização de concursos públicos. Nesse caso, havendo burla a tal preceito, o
trabalhador só fará jus ao pagamento pelas horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do
salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS (salário mais FGTS). Veja que
esse valor do FGTS não inclui a multa de 40% do FGTS. Nenhum outro benefício é devido a
esse trabalhador, como, por exemplo, férias, 13º salário etc.
• Súmula n. 367:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 367 do TST: UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍ-
CULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. I - A habitação, a energia elétrica e
veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a reali-
zação do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utili-
zado pelo empregado também em atividades particulares. II - O cigarro não se considera
salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.
O enunciado sumulado está em conformidade com a CLT, principalmente, sobre o que não
compõe o salário, como a habitação, energia elétrica e o veículo. Neste último caso, pode ser
usado para fins de trabalho ou fins particulares. Além disso, há as proibições legais que não
podem ser toleradas como o cigarro, drogas ilícitas e bebidas alcoólicas.
• Súmula n. 372:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 372 do TST: GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES.
I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empre-
gador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratifica-
ção tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no
exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação.
Sobre essa súmula, é importante conhecer o atual entendimento do TST sobre a matéria
em relação ao RR-1029-08.2018.5.06.0020:
28/02/20 – A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou o Banco do Brasil
S.A. a incorporar à remuneração de uma empregada a gratificação de função recebida por ela.
Apesar de a Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017) impedir a incorporação da parcela, a
bancária completou mais de 10 anos no exercício do cargo de confiança antes da vigência da
lei. Nessa circunstância, a Turma aplicou a Súmula n. 372 do TST, que assegura a integração
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Noções da Prova da OAB
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• Súmula n. 378:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 378 do TST: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118
DA LEI N. 8.213/1991. I - É constitucional o artigo 118 da Lei n. 8.213/1991 que assegura
o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-
-doença ao empregado acidentado. II - São pressupostos para a concessão da estabili-
dade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença aci-
dentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação
de causalidade com a execução do contrato de emprego. III – O empregado submetido
a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego
decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei n. 8.213/1991.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
• Súmula n. 390:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 390 do TST: ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO
DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA
PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL. I - O servidor público cele-
tista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade
prevista no art. 41 da CF/1988. II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade
de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é
garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Noções da Prova da OAB
Maria Rafaela
I – As sociedades de economia mista que atuam em regime de monopólio ou que são responsáveis
pela execução de políticas públicas e as empresas públicas têm a obrigação de motivar, em ato
formal, a demissão de seus empregados.
II – As sociedades de economia mista que exploram atividade econômica apenas em regime de
concorrência podem dispensar seus empregados sem motivação em ato formal, ressalvada a pos-
sibilidade de controle jurisdicional do ato, se verificada ilegalidade ou abuso de poder.
• Súmula n. 440:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 440 do TST: AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVA-
LIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À
MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA. Assegura-se o direito
à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao
empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença
acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
• Súmula n. 443:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 443 do TST: DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO POR-
TADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO.
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra
doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito
à reintegração no emprego.
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Noções da Prova da OAB
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JURISPRUDÊNCIA
O estigma é fardo de natureza social que opera gerando desigualdades desarrazoadas,
preconceituosas e, portanto, juridicamente vedadas (...). A moléstia deve oferecer risco
de contágio e deve apresentar manifestação externa que gere aversão ou que marque o
homem de forma negativa e indelével.
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Noções da Prova da OAB
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ler a CLT
conferir os gabaritos
apresentados pela banca para
verificar o que é mais pontuado
na correção
OAB 2ª FASE ler as súmulas e
orientações jurisprudências
do TST
resolver as provas passadas
• Acidente
O espólio é o conjunto de bens que integra o patrimônio deixado pela pessoa falecida. No
caso, a reclamação trabalhista foi ajuizada em junho de 2013, um ano após a morte do moto-
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Noções da Prova da OAB
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rista em acidente de trabalho, com pedido de indenização por danos morais aos seus herdei-
ros. Solteiro, com 28 anos e sem filhos, o empregado tinha os pais e um irmão e, segundo sua
mãe, inventariante, sua renda ajudava no sustento da família.
• Indenização
• Personalíssimos
• Comorbidade
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Noções da Prova da OAB
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a COVID-19. Embora a tivesse liberado num primeiro momento, o banco exigiu que voltasse a
trabalhar na agência.
Ainda de acordo com seu relato, ela manifestara à chefia o medo de voltar às atividades
presenciais, mas o único retorno que recebeu do banco foi a carta de demissão, em mar-
ço de 2020.
• Reintegração
• Mandado de segurança
• Comprovação
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Noções da Prova da OAB
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• Entenda o caso
• “Psicoterror”
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) condenou a empresa por assédio mo-
ral, por considerar que, durante toda a relação de trabalho, a empregada estivera submetida
a uma pressão extraordinária, se comparada aos colegas, num quadro de “psicoterror”. Na
decisão, o TRT menciona expressamente as provas testemunhais que confirmaram a pressão.
Desse modo, a Plasútil foi condenada ao pagamento de R$ 15 mil, a título de indenização por
dano moral.
• Matéria de fato
O relator do recurso de revista da indústria, ministro Evandro Valadão, assinalou que a em-
presa não pretendia uma nova apreciação jurídica dos fatos registrados na decisão do TRT, mas
uma nova valoração dos elementos constantes do processo. “O TRT é soberano na análise dos
fatos e das provas, e a decisão do Tribunal mineiro observou circunstâncias que levaram à con-
denação da empresa, atestando que a empregada era vítima de desmedida pressão”, afirmou.
No seu voto, acolhido à unanimidade pela Turma, o relator registrou que não há, na decisão
do TRT, nenhuma dúvida sobre a longa duração das condições caracterizadoras do assédio
moral, que eram comuns e reiteradas. Para alcançar conclusão em sentido contrário, seria
necessário rever os fatos e as provas, conduta vedada em recurso de revista pela Súmula n.
126 do TST.
A decisão foi unânime.
(GL/CF)
Processo: RR-10373-96.2016.5.03.0139
4) Recusa de transferência de cidade não afasta direito de bancária gestante à estabilidade.
29/04/22 – A recusa de uma bancária do HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo, de Santa
Rita do Passa Quatro (SP), a ser transferida para outra cidade não impede seu direito à estabi-
lidade garantida à empregada gestante. A decisão é da Segunda Turma do Tribunal Superior
do Trabalho, que reconheceu o direito à garantia provisória de emprego e condenou o banco
ao pagamento de salários e demais parcelas desde a dispensa até cinco meses após o nasci-
mento da criança.
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• Gravidez
• Renúncia
O juízo da 8ª Vara do Trabalho de Porto Ferreira rejeitou a reintegração, mas deferiu a inde-
nização substitutiva. Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP)
reformou a sentença, por entender que a bancária havia renunciado à garantia de emprego ao
recusar a proposta de transferência, em declaração de próprio punho. Segundo o TRT, ela havia
recebido o aviso-prévio, homologado a rescisão e “em nenhum momento, procurou o banco
para apontar a posterior gravidez que acarretaria o direito ao retorno ao emprego”.
• Proteção
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• Demissão
• Mandado de segurança
• Plano de saúde
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empresa”, avaliou. Nesse contexto, o TRT assinalou que o ônus de provar que a despedida teria
decorrido de outros motivos seria da empresa.
• Requisitos
• Ação trabalhista
O caso tem origem em reclamação trabalhista ajuizada em 2005 por um fiscal de salão
da Assemp Assessoria de Empresas Ltda. que prestava serviços para a Mobilitá. Ele esperava
receber verbas trabalhistas não pagas pela Assemp, com a condenação solidária da Mobilitá.
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• Surpresa
Tempos depois, a Casa e Vídeo foi notificada pelo juízo da 41ª Vara do Trabalho do Rio de
Janeiro, com mandado de citação à execução, para a quitação dos débitos trabalhistas do fis-
cal. Na época, a empresa se disse surpresa com a citação e sustentou que não tinha nenhuma
ligação com a executada.
• Sucessão
Entre outros argumentos, a Casa e Vídeo disse que o plano de recuperação judicial fora
aprovado pela Assembleia-Geral de Credores e que o juízo da 5ª Vara Empresarial do Rio de Ja-
neiro, nos autos da recuperação judicial, havia afastado a existência de sucessão de empresas.
De acordo com o artigo 60, parágrafo único, da Lei de Falências (Lei n. 11.101/2005), o
objeto de alienação (no caso, a Mobilitá) estará livre de qualquer ônus, e não haverá sucessão
do arrematante nas obrigações do devedor. Com base nesse dispositivo, a Casa e Vídeo sus-
tentou que não estaria obrigada a arcar com os débitos trabalhistas da devedora.
• Grupo econômico
Todavia, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), o artigo da lei não se
aplicava ao caso, por não ter havido formação de grupo econômico vertical, quando uma ou
mais empresas estão sob direção, controle ou administração de outra. De acordo com o TRT,
consta do próprio plano de recuperação judicial o controle, pela Casa e Vídeo Rio de Janeiro,
da operação de lojas localizadas no estado, entre elas a Mobilitá.
• Fraude
O TRT avaliou que a Mobilitá, sociedade empresária em recuperação, fora vendida para
o próprio grupo, isto é, o grupo “vendeu pra si mesmo”. Assim, afastar a responsabilidade do
comprador em relação ao passivo da empresa alienada “é abrir a guarda para a fraude, e corre-
-se o risco de admitir que a sociedade em recuperação judicial que compra a unidade produtiva
‘lave’ o patrimônio da empresa devedora e, assim, ninguém pague os débitos”.
• Agravo
Diante da decisão, a Casa e Vídeo interpôs agravo ao TST, alegando que o TRT não teria se
manifestado sobre a sucessão de empresas e a formação do grupo econômico à luz do plano
de recuperação judicial da Mobilitá, da sua aprovação pela Assembleia-Geral de Credores e de
sua homologação judicial.
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• Prestação jurisdicional
• Filmagem
O empregado trabalhava como desossador e foi demitido em julho de 2018 depois de ter
postado um vídeo nas redes sociais filmado por um colega durante o trabalho, cuja legenda
dizia: “olha como nóis trata o boi em Rondônia”, e marcava a cidade de Vilhena.
• Bom histórico
• Proibição explícita
Em defesa, a JBS apresentou documento assinado pelo trabalhador, do qual consta proibi-
ção explícita de copiar, enviar, fotocopiar ou utilizar qualquer meio de mídia de gravação para
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• Falta grave
O juízo da Vara do Trabalho de Vilhena afastou a justa causa. “Não foi o empregado quem
fez a filmagem, como também não está comprovado que foi a seu pedido”, diz a sentença.
Já para o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (RO), ficou configurada a falta grave,
conforme regulamento da empresa, que proíbe filmagem e uso de celular para postar imagens
da linha de produção nas redes sociais. “Além do acordo entre as partes acerca da não divulga-
ção de fatos relacionados à empresa, por proteção da própria indústria, o uso de equipamentos
de celular não é compatível com a segurança do trabalho”, registrou o TRT.
• Fatos e provas
• Cuidados intensos
A ação foi ajuizada por uma técnica em farmácia, admitida em 2015 pelo regime da CLT,
após aprovação em concurso público e lotada em um hospital universitário de Fortaleza (CE).
Mãe de uma menina diagnosticada com paralisia cerebral, transtorno do espectro autista (TEA)
grave e epilepsia, ela requereu administrativamente, em 2019, a redução de sua carga horária,
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com base no fato de que a filha necessita de cuidados e vigilância intensos e tem tratamentos
constantes com médicos, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional e fisioterapeutas.
• Redução de jornada
Com a rejeição do pedido pela empregadora, ela acionou a Justiça, requerendo a redução
da jornada semanal de 36 horas para 28 horas, sem prejuízo da remuneração, enquanto perdu-
rar a necessidade de acompanhamento da filha.
Em sua defesa, a empresa pública sustentou que não há norma jurídica que ampare a
pretensão de redução da carga horária, com ou sem diminuição salarial, para empregados
regidos pela CLT.
• Analogia
• Proteção do Estado
• Situação idêntica
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Noções da Prova da OAB
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O PULO DO GATO
A 2ª fase compreende: uma Peça Profissional e quatro questões escritas discursivas.
A prova prático processual corresponde à redação de peça profissional, valendo 5,00 (cin-
co) pontos, acerca de tema da área jurídica de opção do examinando e do seu correspondente
direito processual entre as peças que já abordamos neste livro.
Além disso, há as quatro questões subjetivas. O (a) candidato (a) deve elaborar as respos-
tas das 4 (quatro) questões discursivas sob a forma de situações-problema, apontando os
pontos importantes de cada questão (assuntos temas) para fins de pontuação.
O texto da peça profissional e as respostas das questões discursivas serão avaliados quan-
to à adequação ao problema apresentado, ao domínio do raciocínio jurídico, à fundamenta-
ção e sua consistência, à capacidade de interpretação e exposição e à técnica profissional
demonstrada, sendo que a mera transcrição de dispositivos legais, desprovida do raciocínio
jurídico, não ensejará pontuação.
As questões da prova prático-profissional poderão ser formuladas de modo que, necessa-
riamente, a resposta reflita a jurisprudência pacificada dos Tribunais Superiores.
Então suas respostas devem ser direcionadas às súmulas e orientações jurisprudenciais.
Por isso que registrei acima os comentários das súmulas mais importantes para você já ter
uma noção bacana para a sua prova subjetiva.
É importante saber qual peça processual a questão aborda e, quanto às questões subjeti-
vas, apontar os dispositivos legais, constitucionais e jurisprudenciais.
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Noções da Prova da OAB
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Também é importante ter uma noção do manuseio do CPC, tendo em vista que se aplica
subsidiariamente ao processo do trabalho. Não há necessidade de transcrição. Logo, foco e te
espero nos próximos livros.
UM ÚLTIMO PEDIDO: Se você gostou deste material, dê um feedback positivo no Fórum do
aluno. Se você tiver dúvidas ou sugestões, faça também suas manifestações que serão muito
bem-vindas para aprimorarmos os materiais de aula. Um grande abraço, boa sorte e espero
ter ajudado na sua travessia por dias melhores! Até a próxima! Rafaela.
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