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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

CONTEÚDO

1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência.


2. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal
Superior do Trabalho.
3. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do
Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça
avaliadores.
4. Dos Peritos Judiciais: responsabilidade pelos honorários periciais, Gratuidade de
Justiça.
5. Do Ministério Público do Trabalho: organização e competência.
6. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista
(aplicação subsidiária do CPC).
7. Prescrição e decadência. Prescrição intercorrente.
8. Dos atos, termos e prazos processuais.
9. Da distribuição.
10. Do valor da causa no Processo do Trabalho;
11. Das custas e emolumentos. Custas e emolumentos para a Fazenda Pública.
Hipóteses de isenção.
12. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação
processuais.
13. Da representação da massa falida e das empresas em Recuperação judicial.
14. Do litisconsórcio no Processo do Trabalho; da assistência judiciária; dos
honorários de advogado: sucumbenciais e honorários contratados.
15. Das nulidades e das exceções: hipóteses ensejadoras, prazo e forma de arguição.
16. Da responsabilidade por Dano Processual.
17. Dos conflitos de jurisdição/competência.
18. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das
partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. Das provas.
19. Da decisão e sua eficácia.
20. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação
escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar.
21. Do procedimento ordinário e sumaríssimo.
22. Dos procedimentos especiais: inquérito para
23. apuração de falta grave, ação rescisória e mandado de segurança.
24. Da ação civil pública.
25. Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica.
26. Da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento.
27. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa.
28. Da execução: execução provisória e definitiva; execução por prestações
sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida.
29. Da citação, do depósito da condenação e da nomeação de bens. Garantias na
execução. Seguro-fiança e seguro garantia; do mandado e da penhora; dos bens
penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei nº
8.009/1990).

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30. Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de
terceiros.
31. Da praça e leilão; da arrematação; das custas na execução.
32. Dos recursos no processo do trabalho. Normas atinentes ao Processo Judicial
Eletrônico; Lei nº 13.467 de 2017 (Reforma Trabalhista);
33. Da Política Judiciária de Tratamento Adequado das Disputas de Interesse na
Justiça do Trabalho (Resoluções CSJT nºs 174/2016 e 288/2021);
34. Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST em matéria de Direito
Processual do Trabalho; Instruções Normativas e Atos em Geral do TST em
matéria de Direito Processual do Trabalho.
35. Súmulas Vinculantes do Supremo Tribunal Federal relativas ao Direito
Processual do Trabalho. Lei nº 6.858/80. Lei nº 5.584/70.

Unidade 1:
1. Organização da justiça do trabalho
2. Competência da justiça do trabalho
3. Ministério público do trabalho
4. Reclamação trabalhista
4.1. Partes e procuradores

Unidade 2:
4.2. Custa processuais
4.3. Isenções e justiça gratuita

Unidade 3:
5. Reclamação trabalhista – a petição inicial
5.1. Fase de conhecimento
5.2. Fase de instrução
5.3. Fase recursal
5.4. Fase de execução

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28/07/22 – ciclo 01

1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência.


2. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal
Superior do Trabalho.
3. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do
Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça
avaliadores.

1. DA JUSTIÇA DO TRABALHO: ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA.

TST: órgão de cúpula da justiça do trabalho. Se for direito fundamental


pode recorrer ao STF.

TRT’s: 1ª fase recursal (2ª instância) - 1ª instância para algumas causas


Causas de competência originaria do TRT

Varas do trabalho: 1ª instância da justiça do trabalho

Onde se ajuíza as RT.

I. TST
1. Composição
i. 27 ministros EC 96/16
ii. Idade: maior que 35 e menor que 65 anos de idade. “Para entrada no TST”.
iii. Escolhidos pelo presidente da república com sabatina do senado federal.
iv. Quadro constitutivos de 27 ministros:
a. 4/5  magistrado de carreira. “Concurso de provas e título, promoção e merecimento.
Passam por sabatina igualmente. Vindo do TRT onde ingressou nos 4/5”.
b. 1/5  OAB e ministério público do trabalho. QUINTO CONSTITUCIONAL.
“Advogados ou membros do ministério público do trabalho com mais de 10 anos de
exercícios”.
 Quando abre vaga, o órgão (OAB ou MTP) é comunicado: elaboração de lista
sêxtupla; “Analisa os advogados mais conhecidos e faz a lista com 6 nomes”.
 Lista sêxtupla enviada ao TST: ele transforma em lista tríplice;
 Lista tríplice enviada ao presidente da república: escolhe um nome - 20 dias;
 Sabatina pelo senado federal.

2. Seções do TST
i. ENAMAT: escola nacional de formação e aperfeiçoamento dos magistrados da
justiça do trabalho
a. Tem função de promover cursos oficiais de atualização (para ingresso e promoção
na carreira).

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ii. CSJT: conselho superior da justiça do trabalho “Restrito a justiça trabalhista comparado
ao CNJ”.
a. Função de exercer a supervisão da justiça do trabalho na 1ª e 2ª instâncias;
b. Supervisão “Dentro dos órgãos respectivos”.
 Administrativo
 Financeiro
 Orçamentário
 Patrimônio
c. Decisões do CSJT tem efeito vinculante 9. “O efeito vinculante que faz parecer com o
CNJ não tem função correcional”.
d. Formação: 11 membros
 3  presidente, vice presidente e corregedor do TST
 3 ministros eleitos pelo pleno. “Pleno corresponde pela totalidade dos 27 ministros”.
 5  presidentes de TRT – um de cada região do país.

3. Estrutura interna do TST: Órgãos


i. Pleno  27 ministros; “Presença de maioria absoluta metade mais um. Então 14
ministros”.
ii. Órgão especial  17 ministros; “Não julga recurso nenhum, trata questões de ministros”.
iii. SDI plena (seção de dissidio individual)  21 ministros; “Julga dissídios individuais”.
a. SBDI – 1  14 ministros; “Uniformiza a jurisprudência”.
b. SBDI – 2 (subseção de dissidio individual)  10 ministros; “Julgar questões internas”
iv. SDC (seção de dissidio coletivo)  9 ministros; “Julga dissídios coletivos”;
v. Turmas  8 turmas de 3 ministros.
OBS.: Presidente, vice presidente e corregedor não integram as turmas, mas integram
todos os órgãos. “Por isso que a quantidade nas turmas resulta em 24”.
OBS.: Para cada um funcionar precisa da maioria absoluta (metade mais um)

4. Corregedoria na justiça do trabalho – Art. 109, CLT


i. Inspeção nos TRT’s.
ii. Decidir reclamações contra atos atentatórios da boa ordem processual no TRT’s.
iii. Fiscalização, disciplina e orientação administrativa
a. Dos TRT’s.
b. Juízes
c. Serviços judiciários

21/08/18 – aula 02

II. TRT
1. Composição “Em regra cada estado tem seu TRT”.
i. Mínimo: 7 desembargadores – recrutados quando possível na região e escolhidos
pelo presidente da república. “Pode ter mais que 7 desembargadores. Se na região não
tiver juiz suficiente se convoca de outras regiões”.
ii. Idade entre 30 e 65 anos para investidura no cargo
iii. Proporção: “Escolhidos alternadamente em cada proporção. Mesmo procedimento do TST”.
a. 4/5 magistratura de carreira

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 Antiguidade
 Merecimento
b. 1/5 Quinto constitucional
 OAB – advogados trabalhistas
 MPT - procuradores

2. Funcionamento “Instaurar sessão. Por exemplo 10 desembargadores, absoluto deve ter 6 sendo
maioria simples são 4”.
i. Para instaurar a sessão: presença de no mínimo da maioria absoluta – metade da
composição plena mais um. “Composição plena, são todos os desembargadores”.
ii. Para deliberação
a. Regra: maioria simples – maioria dos presentes
b. Ações que versem sobre inconstitucionalidade: maioria absoluta – do pleno
c. Atuação do presidente do tribunal “Não vota a não ser se for para quórum de maioria
absoluta”.
 Sessão judicial
 Regra: não vota
 Exceção: empate e ações de constitucionalidade
 Sessão administrativa
 Regra: vota – com voto de qualidade. “Voto de qualidade e voto que vale dobrado”.

3. Ato administrativo do próprio TRT “Não precisa ser por lei”.


i. Mudança de sede
ii. Mudar jurisdição da vara.

4. Estrutura interna
i. Turmas – depende da quantidade de desembargadores de cada tribunal
ii. Pleno – julga o que as turmas julgam normalmente.

5. Competência
i. Competências das turmas
a. Julgar recursos provenientes das varas do trabalho. “Possuem 8 dias para interpor
para ser recursos. Pois nas varas os trabalhadores fazer a reclamação trabalhistas”.
 Recurso ordinário – contra decisão de 1º grau
 Agravo de petição – contra atos de execução
 Agravo de instrumento – diferente do civil, tem a função de destrancar recursos
para ser julgado.
b. Impor multas quem impõe são as próprias turmas.

ii. Competências do pleno “1º julgador”.


a. Competência originária “Julgado em primeiro momento pelo próprio pleno”.
 Dissidio coletivo: já começa no próprio TRT.
 Revisão de sentença normativa “Proveniente do dissidio coletivo”.
 Extensão da decisão num dissidio coletivo “Para outras categorias”.
 Mandato de segurança contra ato de juiz do trabalho – da vara ou do TRT. “Contra
ministro é julgado no próprio TST e contra autoridade fiscalizatória é feito na própria vara”.
b. Competência recursal
 Recursos das multas impostas por uma turma.

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III. Varas do trabalho
1. Criação por lei
1ª instância da justiça do trabalho. Lei federal, pois são órgãos da justiça do trabalho
do TST. Nas regiões onde não tem vara do trabalho, se ajuíza numa estancia civil –
justiça comum. O juiz de direito atua como se fosse juiz do trabalho. “Já julgamento em
instancia superiores se dá no próprio ramo do trabalho”.

2. Ação trabalhista
Em regra, onde inicia a ação trabalhista, com exceção das ações de competências
originaria de tribunal. O contrato de empreitada não é julgado pela justiça do trabalho.
“Contrato de empreitada é um contrato de obra. Empreiteiro é operário ou artífice que é um
pequeno operário. Contrato de trabalho não se confunde com um contrato de empreitada, este é
um contrato de direito civil, consumo”.

3. Competências
i. Impor multas e penalidades relativas aos atos de sua competência;
ii. Ações entre portuários, trabalhador avulso, e as operadoras do porto e OGMO
(órgão gestor de mão de obra);
a. Cobra-se com base na CLT, por expressa determinação constitucional.
iii. Preferências para julgamentos: “Das ações que chegam na vara”.
a. Salário
b. Falência “Se decretado a falência os créditos trabalhistas tem prioridade”.
iv. Julgar suspeição arguida contra seus membros
a. Art. 146 NCPC § 1º
 Alegação de suspeição: 15 dias do conhecimento do fato
 Dirigida ao juiz do processo
 Se reconhecer: remete os autos aos substitutos
 Se não reconhecer: apresenta razões em 15 dias e remete ao tribunal

28/08/18 – aula 03

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO


I. Ações de causa de pedir
Ações que tenham causa de pedir voltada à relação de trabalho. “Não apenas em
reação a emprego, mas tudo em relação de trabalho”.

II. Dano moral decorrente da relação trabalhista (EC. Nº 45/04) “dano moral decorrente
de acidente de trabalho.
1. Espécies
i. Trabalhador X empregador  competência da justiça do trabalho
ii. Trabalhador X INSS  competência da justiça estadual “Por mera determinação da lei”.
iii. INSS X empregador  competência da justiça federal “cai na regra geral. É uma ação
regressiva não se discute mais fatos. Por exemplo de valores pagos indevidamente”.

2. Abrangência do Dano moral


i. individual. “Pode um trabalhador entrar individualmente mesmo cumulados com ações
coletivas”.
ii. coletivo: via de regra é o FAT “Fundo de amparo ao trabalhador. Não foi sentido apenas
por um trabalhador e sim por toda a classe”.

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3. Dano moral contratual
i. pré-contratual - fere uma promessa de emprego certa. “Difícil de proar o fato”.
ii. Pós-contratual – elabora-se uma lista com nomes de ex. trabalhadores. “Repassa a
lista para outras empresas”.

4. Distribuição de competência
i. Matéria: contrato de trabalho justiça do trabalho, eleitoral – justiça eleitoral etc.
ii. Pessoa: união - justiça federal, pessoa xxxxx
iii. Função – relação a hierarquia;
iv. Lugar – a regra é a do local de prestação de serviço;
v. Valor da causa – não possui relevância, não se aplica. Determina o procedimento:
ordinário sumaríssimo ou sumário.

OBS.: i, ii e iii  Possui natureza absoluta. Pode ser requerida a qualquer momento.

OBS.: iv, v  natureza relativa: deve ser arguida no 1º momento do processo, em


defesa escrito ou oralmente, no caso da primeira audiência. “Caso contrário acontece a
prorrogação de competência”.

III. Ações que envolvam o meio ambiente de trabalho


1. Conceito
Conjunto de condições internas do local de trabalho e sua relação com a saúde dos
trabalhadores. “Seja privado ou estatutários”.
Súmula 736, STF: inclusive no ambiente de trabalhadores estatutários.
Ajuizada pelo MPT contra o estado de Piauí para cumprimento de normas de saúde
e segurança dos trabalhadores no âmbito do IML do Piauí.

2. Justiça do trabalho e competência criminal


Não possui competência em relação a área penal. “Se um crime acontecer em um
ambiente de trabalho entoa o crime não é de competência da justiça do trabalho, contudo”.
O juiz do trabalho pode dar voz de prisão nas situações: flagrante delito, falso
testemunho, desacato. “Qualquer pessoa pode dar voz de prisão”.

3. FGTS
i. Lide para correção monetária entre trabalhador e CEF. Súmula 249, STJ 
competência justiça federal. “Apenas para questões financeiras de correção de FGTS”.
ii. Liberação de alvará para movimentação de saque  competência da justiça
trabalho.

4. Atleta de futebol
Não precisa passar pela justiça desportiva. Obrigatória quando se tratar de ações
que analisem a disciplina do jogador. “No caso de discutir questões sem ser de disciplina, por
exemplo verbas e contratos”.

5. Contribuição previdência – imposto de renda

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Justiça do trabalho pode determinar o recolhimento, mas não cabe a execução
forçada. “É realizada pelo INSS”.
Não cabe RT contra empregadores ‘apenas’ para condenar aos depósitos de
contribuições previdenciárias não realizadas durante o contrato de trabalho. Art. 114, VIII
 justiça do trabalho só determina contribuições previdenciárias das sentenças que
proferir.

6. Ações contra o sindicato


Qualquer ação contra o sindicato quer seja, empregador sindicato, empresa
sindicato.

IV.Súmulas importantes relativas à competência da justiça do trabalho


1. Sumula 10, STJ: instalada a vara do trabalho cessa a competência do juiz de direito em
matéria trabalhista, inclusive para execução de sentenças por ele proferidas
2. Súmula vinculante 23, STF: ações possessórias na justiça do trabalho.
i. Reivindicação de imóvel dado como salário utilidade. “Em roupas material de limpeza etc.
Até 30%.
ii. Retenção de instrumentos pelo empregador. “Ferramentas e equipamentos do trabalhador
retida pelo empregador”.
iii. Ações de interdito proibitório para viabilizar acesso as agências bancarias. É ligada ao
exercício de greve. “Os donos do banco entram para proteger o local de trabalho. Isso é feito
contra os bancários em greve”.

V. Competência territorial
1. Regra local para prestação de serviços. “Competência relativa e admite prorrogação de
competência”.
2. Exceções:
i. Agente/viajante comercial: competência da agência/filial a que está subordinada o
trabalhador. “local onde esta o contrato de trabalho do empregado”.
ii. Brasileiro contratado para prestar serviço no exterior. Pode entrar tanto pela justiça
do país ou do Brasil. “Este é contratado no brasil para atuar fora”.
iii. Empregado que não tem local fixo de prestação de serviço. Ex.: circense, feirante
etc.

04/09/18 – aula 04
PROVA

11/09/18 – aula 05

UNIDADE II

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO LC 75/93 – art. 83ª 115

I. Órgãos
1. Instituições:
i. PGT – O procurador não é o cargo topo pois ele é indicado

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ii. Sub PGT – Este é o cargo topo pois é por concurso e merecimento
iii. PRT – Procurador regional do trabalho – após pode-se tornar subprocurador geral
iv. PT – Procurador do trabalho “após pode tornar-se procurador regional”
v. Colégio de procuradores do trabalho – Totalidade, é o pleno dos procuradores
vi. Corregedoria do MTP -
vii. Conselho superior do MPT -
viii. Câmara de coordenação e revisão do MPT –

2. Principais competências dos órgãos


i. PGT:
a. Dar posse aos membros do MPT
b. Elaborar a proposta orçamentária
c. Homologar resultado de concurso da carreira
ii. Procuradoria
a. Possuem as mesmas funções
b. Fiscalizar e atura com o MP.
iii. Colégio de procuradores do trabalho –
a. Elaborar lista sêxtupla para composição do TST/TRT quinto constitucional
iv. Corregedoria do MTP -
v. Conselho superior do MPT “Como se fosse o CNJ do trabalho”.
a. Exercer o poder normativo no âmbito do MPT
b. Elaborar lista tríplice para corregedor geral
c. Decidir sobre remoção ou disponibilidade de membro do MPT por interesse público.
vi. Câmara de coordenação e revisão do MPT “Coordena as ações dos procuradores”.
a. Decidir conflito de atribuição entre órgãos do MPT
b. Coordenar as funções do MPT
vii. Corregedor
a. Acompanhar estagio comprobatório dos membros do MPT
b. Propor ao conselho superior exoneração de membros que não cumpriram
condições do estágio probatório.

II. Competências do MPT


1. Promover a ACP (ação civil pública) no âmbito da justiça do trabalho para defesa de
interesses coletivos. “Principalmente com normas de segurança e saúde e formaliza um TAC –
termo de ajuste de conduta, após isso ação civil pública. Produz indenizações por danos morais
coletivos e a multa é destinada ao FAT – fundo de amparo ao trabalhador”.

2. Propor ações para declarar a nulidade de clausula de contrato/ACT/CCT, quando violar


liberdades ou direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores.

3. Propor ação para defesa de menores incapazes e índios decorrentes da relação de


trabalho. “Ex. dentro de uma CCT quando o MPT verificar direitos infringidos ele age. No novo
código só por erros formais (requisitos essenciais, legitimidade partes etc.) e não materiais (o
direito em si)”.

4. Recorrer das decisões da justiça do trabalho quando for parte ou fiscal da lei. “Igual ao
caso do INSS e imposto de renda”.

5. Pedir revisão dos enunciados de sumulas do TST. “

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6. Intervir obrigatoriamente nos feitos de 2º e 3º quando for parte: “2º TRT e 3º TST. ”
i. Pessoa jurídica de direito publico
ii. Estado estrangeiro
iii. Organismo internacional

III. PGT
1. Introdução
i. Não faz parte da carreira do MPT. Nomeados pela PGR – chefe do MP da união. “A
carreira vai até o sub procurador”.
ii. Mandato de 2 anos prorrogado por igual período.
iii. Investidura: mais que 35 anos de idade e mais que 5 anos de carreira.

18/09/18 – aula 06

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA – fase de instrução

I. Partes
1. Reclamante e reclamado “Polo passivo e polo ativo”.

2. Capacidade de ser parte


Inerente as pessoas (natural e jurídica. Qualquer pessoa e independente da
capacidade civil.

3. Capacidade processual
Absolutamente capazes. Possuem capacidade de estar em juízo sem
representação ou assistência.

4. Representante X assistência
Absolutamente incapazes X Relativamente incapaz
Só o representante assina X Tanto a parte quanto o assistente assinam.

II. Influência na petição inicial


1. Capacidade postulatória: a emancipação repercute na capacidade.
2. Proteção do trabalho do menor: a emancipação não repercute na proteção.
3. Proteção conferida pelo ECA: exemplo prescrição, trabalho noturno.
4. Capacidade postulatória – Jus Postulandi na justiça do trabalho.
Geralmente conferida aos advogados. Porem na justiça do trabalho ela atinge o
reclamante.
i. Súmula 425, TST: Jus postulandi na justiça do trabalho art. 791, CLT
a. Alcança
 Vara “Reclamação trabalhista”.
 TRT “Recurso ordinário”.
b. Não alcança
 TST
 Ação rescisória
 Ação cautelar
 Mandato de segurança

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III. Procuradores
1. Procuração ad judicia
i. Mandato escrito: tradicional / assinado
ii. Mandato tácito: aparece na audiência com advogado
iii. Mandato apud acta: constitui advogado na audiência.

2. Regra geral
A procuração é ad judicia – poderes gerais.
i. Não pode receber/dar quitação;
ii. Não pode assinar:
a. declaração de hipossuficiência;
b. Renunciar direito;
c. Desistir da ação.

3. Procuração com poderes especiais Art. 105, NCPC


i. Deve ser expressamente delimitada/estabelecida

4. Características gerais
i. Data: não é requisito essencial OJ SDI-1 371 “Ausência de data de outorga dos poderes
não caracteriza irregularidade de representação”.
ii. Mandato com prazo determinado: é coberto para advogado atuar “Súmula 395, I, TST”.
iii. Validade: são validos para os atos praticados pelo substabelecimento ainda que não
haja poderes expressos para substabelecer - súmula 395, III, TST.
iv. Não cabe estabelecimento antes do advogado receber a procuração – súmula 395,
IV, TST.

OBS.: exceção: não cabe substabelecimento no caso de mandato tácito – OJ SDI-1


200.

IV. Representação de pessoa jurídica no processo do trabalho


1. Pessoa jurídica de direito privado
i. Representantes
ii. Diretores
iii. Prepostos/gerente com conhecimento dos fatos
OBS.: a súmula 377, TST foi cancelada o preposto precisa ser empregado da empresa.

OBS.: o Art. 843, §3º CLT passou a vigência na reforma do trabalho.

2. Pessoa jurídica de direito privado


i. São representados pela União, Estados, municípios e DF: procuradores – sumula
436, TST estes não precisam Junta procuração;

25/09/18 – aula 07

CUSTAS PROCESSUAIS

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I. Valor das custas processuais Art. 789 CLT “Não se confunde com honorários e
sucumbência”.
1. Base de cálculo
i. Valor: 2%
ii. Do valor da condenação/acordos: calculado as custas em cima da condenação ou
acordo. “se tiver valor no processo”.

2. Do valor da causa, em caso de: “se não tiver valor então é calculado em cima da causa”.
i. Sentença ilíquida
ii. Extinção sem julgamento de mérito
iii. Improcedência “Não tem valor de condenação”.
iv. Procedência, em ação declaratória ou constitutiva “Exemplo reconhecimento de vinculo,
que não pede nenhuma verba. Ação constitutiva exemplo gestante pede reintegração ao
trabalho”.

3. Valores mínimos e máximos


i. Mínimos: R$ 10,64
ii. Máximo: 4x teto dos benefícios do RGPS. “O teto é R$ 5.200,00Regime geral da
previdência social, em torno de 20 mil”.

4. Momento do pagamento das custas


i. Pelo vencido, após o trânsito em julgado da sentença “Após o transito em julgado se
paga”.
ii. Se houver recurso, devem ser recolhidas pelo recorrente no prazo de recurso;
“recolher é pagar a guia. Se não for da justiça gratuita. E nem isenta. O recorrente recolhe
mesmo se este for o vencedor. Se os dois quiserem recorrer então o vencido paga.
Geralmente a empresa. Aqui se paga custas processuais mais o preparo do recurso”.
iii. No caso de acordo, se nada for deliberado a respeito, as custas são divididas entre
as partes. “O acordo é pressuposto processual, que o juiz deve perguntar antes da inicial ou
antes da sentença”.

OBS.: tramite do processo:


RT  notificação  audiência (depoimentos provas etc.)  sentença trabalhista 
recurso ordinário (8dias)  transita em julgado. “Recurso ordinário é a apelação em
Processo civil”.

OBS.: o reclamado se for vencido em algum dos pedidos já é o vencido na relação. pois
existe ai uma parte que perdeu e uma parte que ganhou. “Acontece devido ao princípio da
proteção”.

5. Custas na execução
São de responsabilidade sempre do executado e pagas ao final. Ao contrario que
ocorre com o RO, as custas não são recolhidas no prazo do embargo à execução ou do
agravo de petição. “Executado leia-se devedor”.
Se for feito um acordo durante a fase de execução, as custas continuam sendo de
responsabilidade do executado. “Mesmo que faça acordo das partes”.
Em resumo, custas na execução são sempre do executado ou devedor.

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II. Isenção e justiça gratuita
1. Antes da reforma trabalhista: qualquer juiz de ofício ou a requerimento a quem
declarasse que não tinha condição de pagar. “Condição anterior a reforma”.

2. Na reforma trabalhista: qualquer juiz de oficio ou a requerimento a quem recebe salário


de até 40% do teto do RGPS (R$ 2000,00), ou a quem comprovar que não tem
condições de pagar devido a custo com alimentos especiais ou remédios. “Requerimento
das partes demonstrando de alguma maneira”.

III. Isenção de custas

1. Institutos isentos
i. Beneficiários da justiça gratuita: Situações anterior para ser considerado beneficiário.
ii. Fazenda pública: União, Estados, DF, municípios e autarquias e fundações públicas:
A fazenda pública é isenta do pagamento de custas, mas há o dever de reembolso.
iii. MPT

2. Dever de reembolso
i. Só alcança a fazenda pública. Ex.: empregado X município: neste caso devolve,
pois é exceção devido a instituto ser isento.
ii. Sentença totalmente improcedente: parte vencida é o empregado.
iii. Caso peça recurso ordinário em 8 dias este deve recolher as custas: juntar
comprovante de recolhimento das custas e o preparo do recurso.
iv. Se o TRT promover acordão então ele deve ser reembolsado.

OBS.: tramite do processo com recurso e acórdão contra um município.


RT  notificação  audiência (depoimentos provas etc.)  sentença trabalhista 
improcedente (parte vencida autor, parte vencedora reclamado)  recurso ordinário
(8dias) para TRT  acórdão  modifica a sentença totalmente procedente (parte
vencida reclamado, parte vencedora autor)  transita em julgado. “
02/10/18 – aula 08

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA - A petição inicial

I. Petição inicial
1. Introdução
Distribuída a ação, forma-se o processo e torna-se prevento o juízo. “O valor da
causa não é critério de distribuição de competência. Se não pedir a competência territorial então
se prorroga a competência para tornar o juízo que não era competente para executar a ação. O
local de prestação de serviço é o local padrão para RT. A distribuição era efetuada por um
servidor do tribunal, com o novo código a distribuição é de competência do advogado do autor”.

RT  Notificação (citação + intimação)  audiência trabalhista (UNA)

2. Requisitos da petição inicial (art. 840, CLT)


i. Designação do juízo; “Endereçamento”.
ii. Qualificação das partes;
iii. Breve exposição dos fatos; “Causa de pedir”.

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iv. Pedido: certo, determinado, com indicação do valor – mediato ou imediato; “Requisito
essencial e regra geral”.
v. Data;
vi. Assinatura: reclamante ou do seu representante

OBS.: de acordo com a lei 13.467/17, o valor é requisito exordial

3. Aditamento da inicial X Emenda da inicial


Iniciativa do autor E emenda é provocada por faltar
requisitos
Possibilidade de alterar o pedido ou Busca corrigir os vícios sanáveis da
causa de pedir petição “Aplica-se subsidiariamente o
processo civil”.
Até a notificação o aditamento é livre. Art. 321 CPC, caso falte um dos
“Refere-se a intimação do reclamado”. requisitos, o juiz abre prazo de 15 dias
para que o autor emende ou complete a
inicial
Depois de citado réu, precisa de Vale o princípio da cooperação “O juiz
anuência do reclamado quando percebe falta de requisito, manda
sanar”.

II. Indeferimento da petição inicial


1. Introdução
Quando não se providenciar, nos 15 dias, a emenda da petição inicial
determinada pelo juiz. “Entendimento do CPC 2015 para dar celeridade processual atingindo o
princípio da economia processual”.
Quando se tratar de um vício insanável (art. 330, CPC). “

OBS.: Indeferimento X inépcia

2. Casos:
i. Petição inepta
a. Falta pedido / causa de pedir
b. Pedido indeterminado “Falta valor”.
c. Pedidos incompatíveis
ii. Parte manifestamente ilegítima. “Quando um estatutário entra na justiça do trabalho e não
na comum onde deveria ser”.
iii. Autor carecer de interesse processual. “Não for empregado da empresa por exemplo”.

3. Enunciado nº 105 da 2ª jornada de direito material e processual do trabalho. “Direito do


autor e princípio da cooperação”.
i. Direito autoral a emenda
ii. Juiz deve oportunizar a emenda e não imediatamente sentenciar sem julgamento do
mérito
iii. Deve ser oportunizado o julgamento do mérito de sua ação
iv. Além disso, pelo princípio da cooperação, o juiz deve indicar precisamente o que se
deve ser corrigido ou completado (art. 321, CPC C/C súmula 263, TST)

4. Tipos de indeferimento

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i. Total: sentença (decisão final) – julgamento sem analise de mérito. “Pois tem status de
sentença. Nesse caso já pode recorrer de imediato. A apelação é chamada de recurso
ordinário”.
a. É possível juízo de retratação do juiz 5 dias.
b. Recorrível mediante recurso ordinário RO. “Prazo de 8 dias”
c. Réu citado para apresentar contrarrazões CRRO. “Prazo de 8 dias”.

OBS.: Não há condenação em honorários. “Pois o processo não correu normalmente, a


petição foi indeferida já no inicio do processo”.

ii. Parcial: decisão interlocutória – em regra não é recorrível de imediato na justiça do


trabalho. “Deve esperar a instrução processual. Sentencia sobre aquilo que foi definido – é
uma decisão intermediária. Recorre depois da sentença de mérito”.
a. Em regra não é recorrível de imediato
b. Reclamante deve aguardar a sentença de mérito para, só depois, recorrer da
decisão.
c. Meio de recurso ordinário.

5. Exemplos:
 O funcionário pede horas extras e insalubridade.
O funcionário não trabalhava num lugar insalubre. O juiz indefere sobre a
insalubridade mas continua sobre as horas extras. Então é uma decisão parcial e
interlocutória, havendo outra decisão final depois. O funcionário pede recurso
posterior depois da sentença de mérito. Recurso sobre horas extras e da decisão
interlocutória se for o caso.

 O funcionário pede horas extras de uma empresa que não tabalhava.


O juiz indefere totalmente a petição inicial, cabendo ao empregado recorrer
imediatamente pois teve uma sentença.

III. Desistência da ação (art. 841 §3º)


1. Unilateral
i. Quando não depende de concordância dos reclamados
ii. Ate ser oferecida a contestação

2. Bilateral
i. Quando depende da anuência do reclamado
ii. Havendo a concordância, pode desistir até a sentença

09/10/18 – aula 09

IV.Notificação
Citação mais intimação. Dado em 48 horas da reclamação trabalhista. “. É a primeira
vez que o réu será acionado. A essência é a mesma da citação em processo civil, mas aqui tem
caráter de intimar também. O prazo é para emissão. Não é obrigatório entrega em 48 horas”.

1. Entrega
i. Regra geral: Via postal “Por correios se não devolver em 48 subentende que o réu
recebeu a intimação”.

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ii. Outras opções
a. Via oficial “Por oficial de justiça”.
b. Via edital “Diário oficial da união por exemplo”.

2. Entrega via oficial


i. Por oficial de justiça
a. Quando o reclamado for a fazenda pública; “Estados, união, municípios etc.”.
b. Quando o reclamado criar embargos ao recebimento da notificação;
c. Modo de intimação utilizado na execução. “Exclusivo na execução”.

V. Período após a notificação e antes audiência UNA


5 dias da notificação “Do recebimento da notificação e a data efetiva da audiência. Exemplo
quando o oficial de justiça entrega dia 11 a notificação a audiência só poderá ser no mínimo dia 16”.

1. Prazo para preparação da defesa.

2. Prazo para eventual alegação de incompetência territorial. “Exceção de incompetência


territorial. Anteriormente era na audiência una. É um tipo de defesa do réu, mas não um recurso
e não apresentado em audiência. Antes vinha como preliminar de mérito, a reforma alterou”.
i. 5 dias para alegar eventual incompetência.
ii. Peça apartada. Nome da peça de interposição.
iii. Efeito: suspende a audiência “Pois normalmente entraria em audiência”.
iv. Reclamante intimado para se manifestar em 5 dias “Reclamante é quem entrou com a
RT, que pode apresentar as razões: morar em outra cidade dificuldade locomoção etc.”.
v. Decisão do juiz, ele pode:
a. Rejeitar: vai para audiência UNA “Continua o processo normalmente. Marca-se nova
data para audiência UNA”.

b. Acatar “Envia para a competência adequada”.


 Remete para mesmo TRT e outra vara “. Força de decisão interlocutória e
irrecorrível de imediato pelo reclamante da RT”.
 Remete para outro TRT “A decisão é recorrível por recurso ordinário para o TRT da
região”.

OBS.: A decisão interlocutória não é agravada por instrumento em processo de


trabalho. “É diferente do processo civil. O agravo de instrumento em processo trabalhista serve
para levar o processo para outro juízo, serve para destravar o processo preso em um juízo”.

VI.Fase de instrução - Audiência UNA


Tudo é realizado em uma audiência. O juiz pode dar a audiência em outros dias. Pode
também dar a sentença em outro dia. Se possui uma tolerância de 15 min para o juiz. Para
a parte não existe tolerância.

1. Trâmite. Audiência pública em regra.


i. Período das audiências: dias úteis 8: as 18 horas. Máximo 5 horas de audiência. “
ii. Pregão “É o primeiro ato da audiência”.
a. Autor falta: arquivamento e paga as custas “Se houver falta com motivo deve ser
justificada. Pagando as custas pode entrar com a ação posteriormente”.

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b. Réu falta: revelia – confissão ficta “A revelia não encerra o processo, mas sentencia
sem defesa do réu”.
iii. Qualificação das partes “Segundo ato é a entrega dos documentos das partes”.
a. Presença obrigatória das partes ou representantes
 Autor  sindicato/funcionário mesma função “O sindicato pode representar o autor
com procuração”.
 Réu  gerente/diretor/sócio ou pelo preposto “O preposto não precisa ser
empregado da empresa”.
 Os advogados se constituídos dos mesmos “Não é obrigatório”.
iv. 1ª tentativa de conciliação “Comum para o direito, economia processual”.
v. Defesa “Via regra é feita pela contestação e pode interpor a reconvenção, quando existe
pedidos do reclamado, o reclamante tem os mesmos prazos para a defesa da reconvenção”.
a. Contestação “Se não contestar preclui o direito”.
b. Reconvenção “Não existe outro momento para isto”.
vi. Depoimentos “A ordem é sempre autor e depois réu”.
a. Reclamante
b. Reclamado
c. Testemunha do autor
d. Testemunha do réu
vii. Razoes finais “Dez minutos pra cada parte”.
viii. 2ª tentativa de conciliação “A ausência da tentativa pode anular a audiência”.
ix. Sentença “Daqui já abre o prazo recursal de 8 dias. Se a sentença for posterior então abre o
prazo recursal de 8 dias a partir da notificação da sentença”.

OBS.: se a audiência não for dada em uma sessão, então não tem revelia na segunda.
Mas tem confissão ficta.

16/10/18 – aula 10

VII. Defesas do réu

Contestação: Defesa processual da petição inicial “São respostas do réu para impugnar o
que está na inicial”.
Reconvenção: natureza de ação – contra-ataque “Nem sempre acontece pois é um contra-
ataque do réu pedindo contra o autor”.

1. Fundamentos
i. Princípio do devido processo legal “Tem que se seguir o rito chamando o Estado juiz a
triangular etc.
ii. Princípio da impugnação especifica “O reclamado tem que impugnar ponto a ponto da
inicial, sob pena de não poder depois de não entrar no mérito posteriormente”
iii. Princípio da eventualidade “Pode impugnar qualquer ponto mesmo que seus fundamentos
se contradigam. Ex. um pedido de vínculo de emprego e retirada de justa causa. O primeiro
ponto é alegado que o empregado não teria vínculo, mas que se o juiz reconhecer o vínculo
que seja a demissão por justa causa”.

2. Aspectos gerais
i. A defesa pode ser escrita ou oral 20 min “Ainda se acontecer de não ter defesa escrita o
juiz pode dar um prazo para juntar defesa escrita dependendo dos motivos – uns dias”.

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ii. A defesa escrita, após a unificação do PJE deve estar inserida até o momento da
audiência “A lei permite até a audiência, maior benefício ao empregado e as partes”.
iii. Apesar do disposto na resolução 185/2017 do CSJT “48 horas antes da audiência, mas
se a parte inserir um dia antes o juiz considera”.

OBS.: Caso haja acordo, toda a relação de trabalho é pacificada, não restando pedidos
para ações posteriores.

3. Contestação
i. Defesas processuais “Preliminar de mérito”.
a. Relacionadas à ação – ao processo. São preliminares de mérito
b. Art. 337 CPC/2015 “Subsidiariamente usa-se o CPC, sanar todas as questões que podem
prejudicar o mérito”.
 Nulidade de citação;
 Incompetência absoluta ou relativa; “Pode ser a incompetência territorial apresentada
antes”.
Incorreção do valor da causa; “Todas devem acompanhar o valor da causa”.

 Inépcia da inicial;
 Coisa julgada;
 Falta de interesse processual etc.
ii. Defesas do mérito
a. Defende-se tudo que está na inicial
b. Rebate-se todos os pontos
c. Rebate-se inclusive pontos controversos

OBS.: sobre pena de não poder mais alegar em outro momento

4. Reconvenção “Ação contra o autor – contra-ataque, não é bem uma defesa”.


i. Apresentada no mesmo processo “Não é um novo processo. Não se entra com uma
reconvenção se não existir um processo distribuído pelo autor”.
ii. Princípio da economia processual
iii. Princípio da celeridade “Vem acompanhada pela contestação”.
iv. Autor pode se manifestar. Se defender após a análise da reconvenção.
v. O juiz pode suspender a audiência e conceder prazo para que o autor se manifeste.
“Limite de 15 dias que seria o prazo para reconvir”.

23/10/18 – aula 11
PROVA

30/10/18 – aula 12

UNIDADE III

 Processo do trabalho:
RT  notificação  audiência

 Audiência

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Pregão  1ª tentativa de conciliação  Defesa  provas  
 razões finais  2ª tentativa de conciliação  Sentença

SENTENÇA Art. 832, CLT

I. Requisitos
1. Relatório: parte histórica do processo “O que ocorreu até aqui no processo”.

2. Fundamentações:
i. Razões de decidir – questões de fato e de direito
ii. Razões que precisam ser motivadas art. 93, IX, CF “De fato e direito”

3. Dispositivo
i. Principal requisito da sentença “O artigo que ele fez dar a sentença”.
ii. Resultados das questões suscitadas

II. Requisitos acessórios “Se for uma já sai com prazos e valores”.
1. Determinar prazo e condições para cumprimento da decisão – no caso de pedido
procedente;

2. Mencionar as custas a serem pagas pela parte vencida;

3. Indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou acordo


homologado. “natureza jurídica tem natureza salarial ou indenizatória”.
III. Classificação
1. Sentença meramente declaratória
i. Existência, inexistência, modo de ser determinada relação jurídica “Ação pedindo
reconhecimento de vínculo”.
ii. Autenticidade, falsidade de um documento “Declara a autenticidade dos documentos”.

2. sentença constitutiva “Pode ser junto com a declaratória”.


i. Modifica, extingue determinada relação jurídica “pedido de reintegração de uma
gestante, pede indenização compensatória/condenatória ou de reintegração”.

3. sentença condenatória
i. Pagamento de quantia certa “Muito comum no processo do trabalho junto com a
declaratória”.

4. Sentença mandamental
i. Reclamado é forçado a cumprir ordem judicial por meio de técnicas de execução
indireta. Ex. multa diária. “Execução direta é quando indica o pagamento da condenação”.

IV.Princípio da congruência
O provimento jurisdicional está atrelado ao que foi pleiteado “O juiz está atrelado aos
pedidos”.

1. Decisão

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i. extra petita: juiz inventa. “Inventa algo novo que não foi pedido. Pede-se horas extras e
insalubridade. O juiz da também o adicional noturno, que não foi pedido e não poderia ser
julgado”.
ii. ultra petita: juiz exagera “os pedidos existiam nesse caso. ex o reclamante pede R$
5000,00 e o juiz dá R$ 9.000,00 que não poderia ser dado”.
iii. citra petita: juiz esquece “Ex. adicional hora extra, insalubridade e adicional noturno, o juiz
deixa de lado o adicional noturno”.

V. Publicação e intimação
1. Art. 852, CLT: se for proferida na própria audiência, as partes já saem intimadas.
“Audiência una”.

2. Súmula 197, TST: se for designada audiência de julgamento, incumbe a parte


comparecer para tomar conhecimento da decisão. É considerado intimado na sentença,
mesmo se ausente nessa audiência. “Se a audiência for dividida”.

VI.Ata de julgamento
1. Deve ser juntada ao processo no prazo de 48 horas, contado da audiência. “Considera que
as partes são intimadas na audiência mesmo e conta prazo normalmente”.

2. Se não for juntada nesse prazo, a parte deve ser intimada, só iniciando o prazo recursal
após a intimação sumula 30 TST. “Não se considera que elas forem intimadas na própria
audiência e marca a intimação da sentença”.

PROCEDIMENTOS – RITOS PROCESSUAIS

I. Sumaríssimo “Quando precisa de tutela rápida ele é muito utilizado. Causas de pedir quando não
se precisa provar tanto”.

1. Aplicável às causas que não excedem 40 vezes o salário mínimo vigente; “Vigente da data
de ajuizamento da ação mesmo que o valor mude durante o processo”.

2. Procedimento que se aplica apenas aos dissídios individuais. Não se aplica nos dissídios
coletivos nem em ação civil pública; “São para dissídios simples e rápidos”.

3. Pedido deve ser certo, determinado e com indicação de valor; “Líquido, tem que explicar
cada hora extra por exemplo”.

4. E vedada notificação por edital; “A regra é a via postal, se não conseguir via oficial de justiça”.

5. Não pode ser utilizado pela fazenda pública; “Se mover ação contra a fazenda pública deve
ser rito ordinário”.

6. A audiência deve ser una; “Para todos os ritos”.

7. Máximo 2 testemunhas para cada parte. “Pois não precisa se provar tanto, não é necessário
tanta perícia”.

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II. Sumário

1. Também chamado de dissídio de alçada “Dissídios mais baratos”.

2. aplicável nas causas que não excedam 2 salários mínimos; “10% das ações estão no limite
por isso que foi integrado ao sumaríssimo”.

3. procedimento não muito utilizado, pois foi absorvido pelo sumaríssimo. “entrou em
desuso”.

III. Ordinário

1. Procedimento comum “A audiência pode ser dividida e recai nas regras elencados aqui”.

OBS.: o sumaríssimo apresenta estas características extras. No mais o restante do


procedimento é igual ao ordinário.

06/11/18 – aula 13

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

I. Meios de impugnação

1. Ações autônomas de impugnação


a. surge nova relação processual
b. ex. ação rescisória, anulatória

2. sucedâneos recursais
a. providências corretivas;
b. correções de erro em matérias “Correção de erros ortográficos etc.”.

3. conceitos de recursos
i. Remédio voluntário;
ii. Dentro do mesmo processo;
iii. Que visa:
a. reformar
b. invalidar
c. integrar
d. esclarecer a decisão judicial que se impugna

II. Características recursais

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1. remédio voluntário: manifestação do poder de ação “A parte recorre se quiser. O juiz não
pode interpor recurso de oficio”.

2. Dentro da mesma relação processual: volta-se a analisar a decisão judicial dentro do


mesmo processo. “Os recursos são interpostos dentro do mesmo processo”.

3. Enseja:
i. Reformar a decisão: corrigir vício de conteúdo “Recurso ordinário”.
ii. Invalidar – anular a decisão: corrigir vicio “Recurso ordinário”.
iii. Esclarecer a decisão “Embargo de declaração”.
iv. Integrar a decisão (suprimir lacunas) “Embargo de declaração”.

III. Classificação “Existem outras classificações”.

1. Quanto ao objeto imediato do recurso


i. Recursos de natureza ordinária “Quando possível rediscutir o que quiser: fato e direito”.
Visa a tutela do direito subjetivo, rediscussão ampla da matéria, seja, de direito
ou de fato. “Recurso ordinário, agravo de petição, embargo de declaração, agravo de
instrumento”.
ii. Recurso de natureza extraordinária “Rediscute apenas direito, aplicação do direito ao
caso”.
visa a tutela do direito objetivo, rediscussão da questão de direito. Não se
reanalisa fatos nem provas. “Recurso revista para o TST. Recurso extraordinário
propriamente dito para matérias constitucionais, não é um recurso propriamente trabalhista”.

2. quanto à extensão da matéria impugnada


i. Recurso total
ii. Recurso parcial

IV.Princípios recursais

1. Princípio do duplo grau de jurisdição.


Possibilidade de reexame da decisão, buscando outra opinião sobre a decisão. “

2. Princípio da taxatividade. “Considerados o que a lei determina como recursos”.

3. Princípio da voluntariedade “Remédio voluntário”.

4. Princípio da proibição da Deformatio in pejus. “Mesmo fundamento do processual penal, não


pode modificar para prejudicar o autor, a não ser que os dois recorram. Ex. quando só o
reclamante - empregado recorre sobre vários pontos o juiz não pode retirar decisões já positivas,
se a empresa recorre junto aí a questão é outra”.

5. Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutória. “Não utiliza o agravo de


instrumento para recorrer de imediato, salvo exceção de incompetência territorial. Na justiça do
trabalho não se recorre de imediato, diferente do processo civil que se agrava de imediato”.
Decisão interlocutória: todo procedimento judicial de natureza decisória que não se
enquadre no conceito de sentença. “Toda decisão que não analisa o mérito é interlocutória”.

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6. Princípio da primazia da decisão de mérito
possibilidade de saneamento, emenda para que o mérito venha a ser analisado.
“Surgiu com CPC 2015, deve fazer de tudo para que se tenha o mérito”.

V. Pressupostos recursais

1. Intrínsecos “Ligado ao poder de recorrer”.


i. Cabimento: para analisar o cabimento, há dois requisitos que devem ser
preenchidos:
a. Recorribilidade: se o ato impugnado é recorrível; “Decisão interlocutória é irrecorrível
de imediato. Despachos são irrecorríveis. Atos que são proferidos por sentença de mérito
ou terminativos, pois não recorre sobre despachos e decisão interlocutórias”.
b. Adequação: se o recurso utilizado é o mais adequado. “Verificar o recurso mais
adequado ao objetivo a atingir”.
ii. Legitimidade: para recorrer da parte interessada – art. 996 CPC/15:
a. Partes. “Empregado ou empregador”
b. Terceiro prejudicado. “Um terceiro que foi envolvido com uma penhora”.
c. MP – como parte ou como fiscal. “O Estado não pode não pode se manifestar pela
autarquia. OJ 237 SDI – 1, TST”.
iii. Interesse de recorrer: haverá interesse recursal: “Diferente de ter legitimidade, pois um
vencedor não pode recorrer dos seus pedidos – sentença totalmente procedente”.
a. Da parte vencida; “Parte sucumbente".
b. Do terceiro prejudicado com a decisão. “O mesmo caso da legitimidade só que para
recorrer”.
iv. Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do exercício do direito do poder de
recorrer: “Se prescreveu ou transitou em julgado”.
a. Aceitação; “Quando aceita a decisão e começa a cumprir a condenação”.
b. Renúncia; “Tácita ou expressamente para recusar o prazo recursal”.
c. Desistência. “Tinha direito de recorrer mais não entrou em tempo hábil para manejar o
recurso, no caso entra com o recurso e desiste”.

13/11/18 – aula 14

2. Extrínsecos “Ligado ao modo de exercer o poder de recorrer”.


i. Tempestividade: em regra, há uniformidade nos prazos processuais trabalhistas.
Regra 8 dias. “Se ele foi interposto no prazo correto. Se passar do prazo chama-se
preclusão”.
a. Recurso ordinário art. 895, CLT;
b. Recurso revista lei 5.584/70, art. 6º;
c. Agravo de petição art. 897, CLT;
d. Agravo de instrumento Art. 897, CLT;
e. Agravo interno IN 39/16, TST; “IN - instrução normativa”
f. Exceção: embargo de declaração e embargos à exceção - são 5 dias.
ii. Representação “Se estava representado com advogado no TRT”.
iii. Deve ser regular e sem vícios. Decorre de existência de mandato nos autos ou que,
em caso de mandato apud acta (comparecer com o advogado na audiência), junte
com o recurso a ata da audiência em que o advogado comparecer. OJ 286, SDI – 1,

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TST. “A orientação é inserir o mandato nos autos. Mesmo se tendo a jus postulandi pode
escolher um advogado para representar a parte”.
iv. Preparo: não cumprido o preparo, gera a deserção do recurso – recurso deserto.
“Custas com o deposito recursal. Para cada recurso tem o modo adequado de preparo”.
a. Custas “Pagas pela parte vencida”.

OBS.: No caso de recolhimento insuficiente dos custos ou do depósito, antes de


declarar a deserção, o juiz concede prazo de 5 dias para complementar e comprovar.
OJ 140, SDI – 1, TST. “O juiz abre o prazo para complementar o preparo e o recurso tenha o
mérito julgado”.

b. Depósito recursal “Se uma parte quiser recorrer então deve recolher as custas”.
 Obrigatório quando há condenação em pecúnia, a fim de garantir execução
futura, se for o caso. “quando a sentença for condenatória, os outros tipos não são
exigíveis”.
 Realizado em conta vinculada ao juízo, por meio de guia de deposito judicial.
“Não mais em FGTS que era antes da reforma”.
 Correção monetária: o valor é corrigido pelos mesmos índices da caderneta de
poupança. “Pela reforma trabalhista”.
 Valor do depósito: valor da condenação, observando o teto máximo para cada
recurso. Ex.: RO  teto R$ 9.189,00.
 Art. 899, § 9º, CLT
 Depósito recursal pela metade para:
o Entidades sem fins lucrativos
o Empregador doméstico
o Micro empreendedor individual
o Microempresa
o Empresa de pequeno porte
 Não se exige depósito recursal:
 Embargo de declaração
 Agravo de petição
 Agravo interno
 Isenção do deposito recursal – para qualquer recurso. “Por não ser taxa judiciária,
garante a execução do recurso. Antes o empregado era isento do recurso”.
 Beneficiários da justiça gratuita. “Não teria problema”.
 Entidades filantrópicas
 Empresas em recuperação judicial.

OBS.: quanto ao empregado pagar o deposito recursal. Quando a causa for


parcialmente procedente. Ainda se está resolvendo sobre o caso. Sobre o dever de
pagar pelo valor a recorrer. Ex.: o empregado entra com valor de causa 100 mil ganha
70 mil e recorre pelos 30 mil.

v. Regularidade formal “Não é exigido regularidade específica e realizada por simples


petição”.
a. Necessário fundamentação;
b. Não é necessária uma estrutura adequada.

20/11/18 – aula 15

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RECURSOS EM ESPÉCIE

I. Recurso ordinário “Modificar ou anular”.

1. Art. 895, CLT


Interposto de sentença proferida por juiz singular ou tribunal em ações de
competência originária. “São ações que não começam na vara e sim no próprio tribunal”.

2. prazo
8 dias da ciência da sentença. Se a sentença for proferida em audiência e o juiz
juntar a sentença nos autos em até 48 horas, a contagem do prazo inicia na própria
audiência. “Se passa mais de 48 então é a partir da ciência da sentença”.

3. valor da causa
O valor da causa pode ser sanável. O pedido deve ser certo e determinável. Mas o
processo não seria extinto pois o juiz poderia pedir para emendar. “Em rito sumaríssimo
como tem teto de 40 salários mínimos, então deve-se ter o valor da causa para poder se encaixar
no pedido certo”.

4. interposição do recurso ordinário – pressupostos e preparo necessários


i. Recolhimento de custas;
ii. Depósito recursal; “Se tiver havido condenação em pecúnia”
iii. Interposto por simples petição dirigida ao juiz que proferiu a decisão impugnada,
pedindo que seja recebido e remetido ao órgão Ad Quem; “Ad quem é o órgão superior.
Simples petição não tem formalidade mas tem fundamento”.

5. A Petição deve conter


i. Razões para fundamentar a pretensão; “Impugnação especifica e não genérica”.
ii. Impugnação específica dos pontos da sentença “Razões fáticas e jurídicas de cada
ponto da sentença”.
iii. Requerimento de novo julgamento. “Só pede que a decisão seja reformada ou anulada,
as razoes do recurso”.

6. Efeito devolutivo
i. tem efeito devolutivo amplo, pois devolve ao órgão ad quem a apreciação dos
fundamentos da inicial e da defesa, bem como de toda a instrução processual.
“Devolver aquilo que não seria mais analisado, pois já foi julgado e resolvido. Interpõe do juiz
A quo e vai ser julgada ao ad quem. O juiz A Quo só analisa os pressupostos necessários e
envia ao Ad Quem”.

7. Características gerais
i. Art. 933 CPC/15 – juiz não pode proferir decisão surpresa. Surgindo fato novo
(superveniente à primeira decisão) as partes devem ser intimadas para se
manifestarem em 5 dias. “Princípio novo do processo civil, ex.: fato novo depois da decisão
de primeiro o juiz abre prazo para as partes se manifestarem”.
ii. Se a RO for interposta contra decisão sem julgamento de mérito, o TRT pode julgar a
lide de imediato, se a causa versar sobre questão de direito e estiver em condições
de imediato julgamento. “Teoria da causa madura, princípio da economia, e da celeridade
processual. O TRT já pode analisar de plano se as questões forem apenas de direito com
condições de imediato julgamento. Pode fazer sem perícias etc”.

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II. Recurso de revista “Interposto depois do RO”.
1. Conceito
Cabível para rediscutir decisões proferidas pelo TRT. É remetido ao TST apenas o
ponto impugnado. “Apenas questões de direito, não se reanalisa prova. Nem se discute fatos”.

2. Finalidade
Unificar as decisões proferidas pelos TRT’s em relação a matéria de direito. “Não há
possibilidade de rediscutir provas”.

3. prazo: 8 dias a partir da publicação do acórdão.

4. Requisitos de admissibilidade
i. Gerais:
a. Tempestividade; “Prazo”.
b. preparo
c. sucumbência “Diz que a razão de recorrer deve ser de um sucumbente”.
d. Representação. “Precisa de advogado”.

ii. Específicos
a. A decisão impugnada por via do recurso deve estar em conflito com decisões de
outros TRT’s ou do TST. “Conflito entre decisões”.
b. A decisão deve ter sido proferida: “Em procedimento ordinário pode usar quaisquer
pontos abaixo”.
 Com violação literal de lei federal;
 Com afronta direita a CF; “Em procedimento sumaríssimo pode ser usado”.
 Contrariando súmula de jurisprudência uniforme do TST; “Em procedimento
sumaríssimo pode ser usado”.
 Contrariando súmula vinculante do STF; “Em procedimento sumaríssimo pode ser
usado”.
 Dando interpretação diversa à lei federal que foi dada por outro TRT ou pelo
TST. “quando interpretada lei federal diversamente por tribunais”.

5. Prequestionamento Art. 896, § 1º - A, I, CLT


A decisão impugnada deve conter a tese adotada pelo julgador. Caso não esteja, a
parte interessada deve opor embargo de declaração para que o juiz deixe claro ou se
pronuncie, sob pena de preclusão. O recurso de revista é baseado em divergência
jurisprudencial ou violação a um dispositivo. “Visa rediscutir divergências de tribunais. Então
deve conter decisões anteriores. Se não estiver deve embargar para que o juiz o faça”.

6. Transcendência Art. 896 – A


A primeira coisa que se analisa no RR é se a causa é de interesse geral, ou seja, se
transcende o mero interesse individual das partes. “Devem demonstrar uma repercussão de
interesse comum – coletividade”.
i. indicadores de transcendência “Indicadores que existem relevância de ordem geral”.
a. econômica: elevado valor da causa;
b. política: desrespeito à instância trabalhista;
c. social: postulação de direito social assegurado;
d. jurídica: criar entendimento sobre a legislação impugnada.

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7. procedimento
i. interposto no TRT em até 8 dias contados da publicação do acórdão; “No TRT onde
o processo está”.
ii. expor razões do pedido mais a fundamentação jurídica, com a demonstração dos
dispositivos em análise; “Se quer tratar de conflito deve contrapor os dispositivos”.
iii. Sendo admitido, o recorrido é intimado para oferecer contrarrazões em até 8 dias;
“Nesse momento que o processo sobe para o TST”.
iv. O processo é remetido ao TST; “Quando acaba o prazo do recorrido se manifestar”.
v. Sorteio para uma das turmas com indicação do relator e revisor; “o relator dar sua
posição primeiramente”.
vi. Relator emite voto, o revisor se manifesta e depois marca-se o julgamento da
turma.

III. Agravo de instrumento


1. Função
Destrancar o recurso e remetê-lo ao órgão superior.

TRT

Agravo de instr.
VT
1º juízo de admissibilidade

Sentença RO

OBS.: Procedimento xxxxxx “Inserir procedimento acima”

26/11/18 – aula 16
FORUM CIENTÍFICO

04/12/18 – aula 17

EXECUÇÃO TRABALHISTA

I. Introdução
Antes do início do processo de execução, deve ser feita a liquidação. “Não é um
processo novo”.

II. Conceito

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Fase que se inicia quando o devedor não cumpre espontaneamente a obrigação
contida no título executivo judicial decisões passadas em julgado, acordos não cumpridos.
“depois que transita em julgado é judicial, quando é extrajudicial o processo correu fora da justiça –
autônomo e pode apenas liquidar na esfera judicial”.
Quando se tem um titulo executivo extrajudicial, inicia-se um processo autônomo. Ex.:
TAC firmados com MPT, laudo arbitral derivado de autuação do MPT, cheque e nota
promissória emitida em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza
trabalhista. “O Tac vira um título executivo extrajudicial quando não cumprido. O próprio MPT tem
capacidade de ajustar o termo de conduta ou pode pedir a especialistas”.

III. Liquidação
Procedimento incidental, situado entre o processo de conhecimento e de execução
com o objetivo de tornar líquido o crédito. “Necessita de valor certo e liquido”.

1. Etapas da liquidação
i. Apuração;
ii. juros de mora;
iii. atualização monetária e contribuições previdenciárias.

2. Legitimidade
i. Credor;
ii. Devedor;
iii. oficio pelo juiz. “O juiz não pode impor nada ao processo, mas na liquidação ele pode
intervir”.

3. Espécie de liquidação
i. Cálculo: operações aritméticas. “Mais comum”.
ii. Arbitramento: conhecimento técnicos e específicos para fixação do valor.
iii. Artigos: por cognição do juízo, por meio de alegações e provas de fatos novos.
“Obrigatoriamente de oficio por juiz, pois precisa de fatos novos”.

4. Atualização monetária
Valores corrigidos monetariamente. “Sempre por caderneta de poupança”.

5. Impugnação à conta de liquidação


Elaborada a conta (liquida), o juízo abre às partes o prazo comum de 8 dias para
impugnar fundamentadamente com indicações dos itens e valores, sob pena de reclusão.
“O juiz abre prazo para as duas partes, pois a liquidação pode ter sido elaborada errada pela
secretaria da vara ou da turma (se for no TRT) do trabalho”.

6. Princípios da execução “Não são parecidos com o do processo pois tem a ver com o título”.
i. Do título: deve ser certo possível e exigível. “
ii. Efetividade: rápida concretização do direito reconhecido no título.
iii. Promoção de oficio: cabe ao juiz promoção, de ofício, da execução das contribuições
previdenciárias e também do credito, quando a parte não estiver representado por
advogado. “O juiz não pode iniciar a execução com a parte com advogado. Só a liquidação
em todo caso”.
iv. Natureza real da execução: recai o patrimônio do devedor.

7. Competência

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i. Do título executivo judicial: do órgão em que foi iniciada a fase de conhecimento.
“vara do trabalho na prestação do serviço se foi este o caso”.
ii. Do titulo executivo extrajudicial: do órgão que teria a competência no processo de
conhecimento.
iii. No caso de falência; o juiz trabalhista tem competência ate a liquidação, depois
deve-se habilitar o crédito no juízo universal da falência. “Devido a ordem de
pagamento de credores – falência direito empresarial”.

8. Execução provisória
Inicia antes do fim da fase de conhecimento. É permitida até a penhora, vedada a
expropriação do bem. “Só a fim de garantir a execução efetiva no futuro, só a penhora não a
expropriação”.

9. Procedimento da execução
i. Petição inicial do exequente. Art. 798, CPC. “
ii. É expedido mandato de citação por oficial de justiça, nele constando ordem para
pagar dívida ou nomear bens à penhora – 48 horas, sob pena de serem penhorado
bens para garantir a execução.
iii. Se o executado for procurado por duas vezes e não for encontrado, é feita a citação
por edital publicado no diário do Estado;
iv. Se o executado ficar inerte, extingue-se seu direito de nomear bens, neste caso o
oficial que irá nomear os bens necessários para pagamento da dívida;
v. Atualmente, juiz utiliza convênios eletrônicos (BACEN-JUD, RENAJUD e INFO-JUD)
para a busca dos bens, antes da realização da penhora;
a. A penhora deve obedecer a gradação legal (art. 835, CPC); “subsidiariamente usa-
se o CPC de 2015”.
vi. Penhora: das 6h as 20h, por oficial; “Diferencia das audiências trabalhistas que é das 8h
ás 18h”.
vii. Autor de penhora:
a. Indicação do dia hora e local.
b. Nomes do credor/devedor.
c. Descrição dos bens
d. Nomeação dos depositários dos bens
e. Avaliação dos bens
viii. Bens impenhoráveis “Outros bens que não seja a pequena propriedade rural, são
relativamente impenhoráveis”.
a. Absoluta: pequena propriedade rural produtiva.
b. Relativa: art. 833, CPC. “Em regra não são penhoráveis, mas podem ser dependendo
do caso”.

IV.Embargos à execução

1. Finalidade: descontruir o título executivo judicial ou extrajudicial. “Não ataca a sentença”.

2. Suspende a execução. “Pois quer discutir o título e não quer que ele seja pago no momento”.

3. Prazo: 5 dias – com todos os pressupostos.

4. Procedimento
i. Recebidos os embargos, juiz abre prazo para outra parte se manifestar – 5 dias.

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ii. Se necessário, juiz pode designar audiência. “A tendência é que o juiz profira a sentença
em 5 dias”.
iii. Não possui preparo. “É o único que não precisa do preparo”.

11/12/18 – aula 18
PROVA

18/12/18 – aula 19
FINAIS

aula 20
????

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