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A lei exige a demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da
função pública, sendo necessária a indicação das normas constitucionais, legais
ou infralegais violadas.
A lei fala em lesividade relevante ao bem jurídico tutelado, ou seja, não é
qualquer violação de princípio que caracteriza improbidade administrativa.
Independem, todavia, do reconhecimento da produção de danos ao erário e de
enriquecimento ilícito dos agentes públicos (aqui a modalidade é ofensa a
princípios, portanto bastante óbvia a redação legal).
IMPORTANTE: Não caracteriza improbidade administrativa a mera nomeação
ou indicação política por parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo
necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente.
Revogado o art. O art. 10-A foi revogado, mas realocado no inciso XII do artigo 10 da LIA, cujo
10-A, mas incluída texto é o seguinte: conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário
a hipótese no contrário ao disposto no caput e §1º do art. 8º-A da LC 116/2003.
inciso XII do art. A nova redação suprimiu a expressão qualquer ação ou omissão existente na
10. redação anterior, reforçando, a nosso ver, o dolo específico exigido na conduta
do agente público para a configuração do ato de improbidade administrativa.
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colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas.
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Estabelece ordem de preferência: primeiro os veículos automotores de via
terrestre, depois imóveis, móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves,
ações e quotas de sociedades simples e empresárias, pedras e metais
preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias.
É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta)
salários mínimos depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações
financeiras ou em conta corrente.
É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se
comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida.
Sanções O prazo máximo de suspensão dos direitos políticos chega aos 14 anos.
A multa civil passa a ter como critérios o montante do acréscimo patrimonial
(no art. 9º), o valor do dano (nos casos do art. 10), e até 24 vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente nas hipóteses do art. 11 (violação de
princípios).
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1. Ajuizamento da ação;
2. Publicação da sentença condenatória;
3. Publicação da decisão ou acórdão que confirma sentença condenatória ou
reforma sentença de improcedência;
4. Publicação de decisão ou acórdão do STJ que confirma acórdão condenatório
ou reforma acórdão de improcedência;
5. Publicação de decisão ou acórdão do STF que confirma acórdão condenatório
ou reforma acórdão de improcedência;
NOVIDADE:
Interrompida a prescrição, esta volta a correr do dia da interrupção, e pela
metade: 4 anos.
O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério Público, deverá, de ofício ou
a requerimento da parte interessada, reconhecer a prescrição intercorrente da
pretensão sancionadora e decretá-la de imediato, caso, entre os marcos
interruptivos, transcorra o prazo de 4 anos.
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corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o
processo, depois de esgotado o prazo de suspensão.
A prescrição deverá ser reconhecida de ofício ou a requerimento do interessado,
depois de ouvido o Ministério Público.
Prazo do Inquérito O inquérito civil apuratório do ato de improbidade será concluído no prazo de
Civil 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por
igual período, mediante ato fundamentado submetido à revisão da instância
competente do órgão ministerial.
Ministério Público* O MP passa a ter exclusiva titularidade para propor a ação de improbidade
*A legitimidade administrativa*.
exclusiva está
suspensa por No prazo de 1 (um) ano da publicação da Lei 14.230/2021, ou seja, a partir de
força de decisão 26 de outubro de 2021, o Ministério Público manifestará interesse no
monocrática na prosseguimento das ações por improbidade administrativa em curso ajuizadas
ADI 7042 MC/DF. pela Fazenda Pública, inclusive as que estiverem em grau de recurso. Durante
esse prazo essas ações ficam suspensas (pelo menos até que se manifeste).
Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz,
todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano
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irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição (art. 314
do CPC).
Não assumindo as ações em curso, os processos serão extintos sem resolução
do mérito.
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Exclui a punição aos sócios, cotistas, diretores e colabores de pessoa jurídica
de direito privado, salvo se comprovadamente participarem e tiverem benefícios
diretos do ato ímprobo, caso em que responderão nos limites de sua
participação;
Não se aplica a LIA às pessoas jurídicas caso o ato de improbidade seja
sancionado como lesivo à administração pública nos termos da Lei nº
12.846/2013 (responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira).
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de herdeiros e limite do valor da herança ou patrimônio transferidos. A regra aplica-se ainda
sucessores aos casos de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão
societária.
Nos casos de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será
restrita à obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite do
patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções
decorrentes de atos ou fatos ocorridos antes da data da fusão ou
incorporação, exceto nos casos de simulação ou evidente intuito de fraude,
devidamente comprovados.
Previsão genérica:
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Art. 17, § 21. Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento.
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prática de improbidade administrativa se o réu demonstrar incapacidade
financeira de saldá-lo de imediato (art. 18, §4º).
Unificação de A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará
sanções eventuais sanções aplicadas com outras já impostas em outros processos,
tendo em vista a eventual continuidade de ilícito ou a prática de diversas
ilicitudes, observadas as seguintes regras (Art. 18-A):
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada,
aumentada de 1/3 (um terço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao
réu (regra do concurso material benéfico em improbidade administrativa);
II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará
as sanções. Ainda assim a suspensão de direitos políticos e a proibição de
contratar ou de receber incentivos fiscais ou creditícios do poder público
observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos.
(I) concedeu interpretação conforme a Constituição Federal ao caput e §§ 6º-A, 10-C e 14, do
artigo 17 da Lei nº 8.429/92, com a redação dada pela Lei nº14.230/2021, no sentido da existência
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de legitimidade ativa concorrente entre o Ministério Público e as pessoas jurídicas interessadas
para a propositura da ação por ato de improbidade administrativa;
(II) suspendeu os efeitos do § 20, do artigo 17 da Lei nº 8.429/92, com a redação dada pela Lei
nº 14.230/2021, em relação a ambas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (7042 e 7043);
(III) suspendeu os efeitos do artigo 3º da Lei nº14.230/2021.
Essa liminar foi concedida ad referendum do Pleno do STF, isto é, deve ser submetida ao
plenário, e os efeitos duram até a decisão final de mérito, acaso ratificada pelos demais Ministros.
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2) É possível o enquadramento de estagiário no conceito de agente público para fins
de responsabilização por ato de improbidade administrativa.
4) O Ministério Público possui legitimidade para propor ação civil pública por
improbidade administrativa contra dirigentes das entidades que compõem os chamados
serviços sociais autônomos - Sistema S*.
*Terceiro Setor. Paraestatais.
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6) O afastamento cautelar de agente público durante a apuração dos atos de
improbidade administrativa se legitima como medida excepcional se configurado risco à
instrução processual, não é, portanto, lícito invocar relevância, hierarquia ou posição do
cargo para a imposição da medida.
Art. 20 da Lei n. 8.429/1992.
10) Eventual ressarcimento ou restituição dos bens à administração pública não afasta
a prática de ato de improbidade administrativa, pois tal recomposição não implica anistia
ou exclusão deste ato.
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