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Ementa:
Art. 37, § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
A ação de improbidade é uma ação do tipo cível. Dessa forma, pode ser que o agente
venha a responder por uma ação na esfera penal, isso se também tiver praticado um crime
junto a um ato de improbidade.
Vale lembrar que as instâncias são independentes entre si. Assim, a esfera administrativa
não se comunica com a esfera cível.
Dispõe a Lei de Improbidade Administrativa:
Obs.: ou seja, para que o agente efetivamente seja punido, deve ser comprovado um dolo
específico. O dolo genérico não gera a possibilidade da condenação do agente públi-
co nos termos dessa lei. Vale lembrar que o dolo específico é a vontade consciente do
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agente em realizar a conduta típica. Antes das últimas alterações promovidas na Lei
de Improbidade Administrativa, existia a possibilidade de que o agente fosse conde-
nado por culpa em uma ação de improbidade. Todavia, hoje isso não é mais possível.
Obs.: vale lembrar que esses princípios constitucionais do direito administrativo sanciona-
dor são: o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa, a celeridade e, na
visão do STF, a razoabilidade e a proporcionalidade.
Obs.: é importante destacar que a Lei n. 8.429/1992 é uma lei nacional e, portanto, é apli-
cada em todo o território nacional e em todos os poderes. Além disso, também se
aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista.
§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio
de entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes
públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei
os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarci-
mento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
(Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
15m § 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei,
baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente
prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário. (Incluído
pela Lei n. 14.230, de 2021)
Obs.: a doutrina chama essa situação prevista no § 8º (acima) de “apagão das canetas”.
Trata-se do receio de agir, ainda que buscando a boa administração. Nesse caso, o
agente público pretende evitar riscos. Também é chamado de “direito do medo”. Em
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Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor pú-
blico e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei n.
14.230, de 2021)
Obs.: percebe-se que o conceito de agente público para fins de improbidade é bastante
amplo. Assim, todos os que estiverem envolvidos na função pública podem ser o
autor do ato de improbidade. Tal situação alcança até mesmo o particular que estiver
administrando coisa pública.
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções previstas
nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio,
contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste admi-
nistrativo equivalente. (Incluído pela Lei n. 14.230, de 2021)
Obs.: ou seja, para fins da Lei n. 8.429/1992, o particular que estiver gerindo recurso públi-
co é também considerado agente público.
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade. (Redação
dada pela Lei n. 14.230, de 2021)
Obs.: dessa forma, o terceiro que induziu ou concorreu para a prática do ato de improbida-
de também responderá pelo tipo penal a que responde o agente público.
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Obs.: vale lembrar que a Lei n. 12.846/2013 trata da responsabilidade das pessoas jurídi-
cas no caso de atos praticados contra a Administração Pública. O objetivo do § 2º
(acima) é evitar o chamado bis in idem.
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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