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Aula 1
Outras vozes:
1c – Sim, é um direito humano, a corrupção é indissociável a baixa qualidade dos
direitos sociais, quanto maior a corrupção menor o IDH. Não se trata de fenômeno
cultural, mas universal, que existe em algumas regiões maior impunidade outras
menor.
- A elevação da anticorrupção a uma violação direta aos direitos humanos, daria maior
efetividade ao seu combate.
- Convenções a combate corrupção – Professor Landolfo defende que devem ter
mesmo status de DH
- CIDH – 2018 – a luta contra corrupção está ligada a efetivação dos direitos humanos.
Resolução 01/2017 CIDH.
PANORAMA INTERNACIONAL
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Convenção de Mérida
- Assinada por 140 países, a mais completa, principalmente contra lavagem de capitais
– propõe aos Estados-partes prever sanções civis, administrativas e penais.
- A aplicação da Convenção dispensa ocorrência de dano ou prejuízo patrimonial ao
Estado
PANORAMA NACIONAL
- CF/88 – art. 5º LXXIII (ação popular), art. 14 §9 (inelegibilidades por LC), art. 15, inciso
V, art. 37 §4º (improbidade ao legislador ordinário, para que imponha quais são as
situações de improbidade, estabelecer as penalidades), art. 85 inciso V, art. 127 e 129
CF (Ministério Público).
- Lei da Ação Popular (4717/65); LACP, LIA, Licitações, LRF (LC 101/2000), Leis eleitorais,
leis penais, LAI (Lei 12527/2011), Lei do CADE (lei 12529/2011), Lei 12813/2013, Lei
Anticorrupção Empresarial (Lei 12846/2013).
- Microssistema de Combate à Corrupção – normas nacionais e internacionais.
Pós reforma: Desvio de conduta praticado pelo agente público, no exercício das
funções, devidamente tipificado em lei, com vistas a obter vantagem patrimonial
indevida (art. 9), gerar prejuízo ao erário (art. 10) ou obter proveio indevido, para si ou
para outrem, em ofensa aos princípios da administração pública – art. 11.
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Praticamente hoje impossível desassociar improbidade e desonestidade. Houve um
retrocesso na lei de improbidade.
contribuições parafiscais/tributárias. ✔
OAB? Não pode. (STF - ADI 3620; STJ - 1ª Seção, EResp nº 463.258 - SC) X
Sindicatos – não podem também, com a reforma trabalhista não tem mais sequer
contribuição obrigatória – não tem natureza tributária. X
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Consórcios públicos? • Associações públicas (PJDPublico): autarquia interfederativa –
sim, pode ser sujeito passivo.
Associações estatais (PJDPrivado): erário > 50% criação ou custeio
Partidos Políticos – recebem fundo partidário que é composto na maior parte por
receita pública – art. 38 Lei 9096/95 – então, enseja aplicação de improbidade –
sujeitos passivos. ✔
Sujeito ATIVO
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
referidas no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
IMPORTANTE:
Art. 2º (...) Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às
sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a
administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de
parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente.
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- Note-se que esses entes privados que recebem recursos públicos por meio de
convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de
cooperação ou ajuste administrativo equivalente assumem uma função bivalente no
domínio da Lei 8.429/1992: ora podem figurar como sujeito passivo, ora podem
figurar como sujeito ativo de um ato de improbidade administrativa.
Terceiro:
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de
improbidade. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
- Norma de extensão pessoal – no que couber, porque algumas são só para agentes
públicos – quem só se beneficiou, não responde mais – exemplo, esposa que sabe que
o marido é corrupto, e usufrui do dinheiro para comprar suas coisas – ela não é punida
por improbidade, mas poderá ter que devolver os valores.
Art. 3º (...)
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito
privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa
jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em
que responderão nos limites da sua participação.
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade
administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de
que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013
✔ Aplicação subsidiária da LIA às pessoas jurídicas – se já está na LACE, não posso punir
novamente pela LIA.
- Embora haja um avanço, não se sabe qual o regime de responsabilização da PJ – dá
para recorrer a LACE – mas lá eles só se perfazem com ações humanas.
Responsabilização objetiva por ato de outrem.
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b) conduta realizada no interesse ou em benefício da pessoa jurídica, exclusivo ou não
(art. 2º da LAE): trata-se de pressuposto semelhante ao da responsabilização
administrativa, civil e penal pessoa jurídica por atividades lesivas ao meio ambiente. É
necessário demonstrar que o ato de improbidade administrativa visava atender aos
interesses da pessoa jurídica ou lhe trazer algum benefício, ainda que não exclusivos;
c) existência de algum vínculo entre a pessoa física que induziu ou concorreu para a
prática do ato de improbidade e a pessoa jurídica beneficiada: note-se que a LIA, em
seus artigos 2º e 3º, ao admitir a responsabilização das pessoas jurídicas, não exige que
o ato tenha sido praticado por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de
seu órgão colegiado, no que se difere da Lei n. 9.605/1998, que traz tal exigência em
seu
artigo 3º, para as hipóteses de responsabilização administrativa, civil e penal das
pessoas jurídicas pela prática de infrações ambientais. Tal regramento torna possível a
punição da pessoa jurídica no domínio da Lei 8.429/1992, independentemente da
responsabilização de seu representante legal ou contratual. Lei n. 9.605/1993, art. 3º:
Art. 3º §1º. – não havia antes da reforma – interpretação deve ser sistemática – não
preciso comprovar um benefício direto para punição, se não seria antisonômico. Logo,
não precisa provar que teve benefício direto. Interpretacao sistêmica, somente
comprovar que concorreu dolosamente
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Aula 2
Landolfo defende que não precisa um dolo específico de má-fé, basta voluntariedade e
consciência.
STJ, contudo, em um caso que era necessário o dolo específico - RESP 1926832/TO –
dolo específico para caracterizar improbidade administrativa.
Professor entende errado, essa teoria sequer é encampada para o direito penal.
Professor disse que é uma doutrina minoritária. Que o correto é um dolo geral.
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- Não precisa ser benefício econômico, a lei não dispõe isso, basta qualquer benefício.
- Art 11 §2º - alguns doutrinadores estão fazendo uma interpretação literal, afirmando
que todos artigos precisam do dolo específico. Não é a melhor doutrina, a
interpretação deve ser sistemática. Aliás, a Convenção de Mérida, que inspira essa
análise, só no artigo 19 dispõe de um dolo específico, finalidade especial. A exemplo do
enriquecimento ilícito na convenção de Mérida, não precisa dolo espefícico.