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a. Sujeito passivo
b. Sujeito ativo
c. Ato danoso
d. Dolo ou culpa
O sujeito passivo
Refere-se a quem poderia ser alcançado pelos prejuízos causados pelo ato.
Presente no art. 1º da lei, o agente passivo pode ser a Administração Pública Direta
e Indireta, sendo da União, Estados, Municípios ou Distrito Federal, e até mesmo
uma empresa privada que esteja sob controle do Poder Público.
O sujeito ativo
Alude quem comete a prática do ato ilícito, ou se beneficie com ele, podendo ser
o próprio agente público, quem desempenha cargo, função ou emprego público, o
agente político, a exemplo o prefeito, o Deputado Federal, e até mesmo o terceiro,
ou seja, o sujeito que não possui vínculo com a Administração Pública, bastando
que este aja mancomunado com o servidor público.
Aqui, se faz a ressalva do Presidente da República e aos agentes contidos no art.
102, inciso I, alínea c, da Constituição Federal, pois conforme a Lei nº 1.079/50
estes serão julgados por crime de responsabilidade e não por improbidade.
O que vai de encontro com o entendimento de Di Pietro (2018, p.1114):
“Nenhuma razão existe para que os agentes políticos escapem à regra, até
porque, pela posição que ocupam, têm maior compromisso com a probidade
administrativa (...)”.
O ato danoso
Se caracterizam por atos, omissões ou condutas no qual se obtém alguma
vantagem em detrimento da Administração Pública. Podendo ser divididos em
três categorias ou conforme a separação de Di Pietro, em quatro modalidades:
1) O enriquecimento ilícito: constituído no art. 9º da referida lei, é proveito
econômico em detrimento à Administração, no qual o funcionário do poder
público usa a seu favor ou de um particular, podendo este participar ou não.
2) Atos que causem prejuízo ao erário: presente no art. 10 da mesma lei, trata-
se de uma ação ou omissão, no qual a administração perde recursos pecuniário
visto que o agente ímprobo age de forma culposa (não há intenção de fato de
causar o ocorrido) ou de forma dolosa (conhece os riscos e tem a intenção de
cometer).
3) Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou
Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário: incluído pela Lei
Complementar nº 157/16 o art. 10-A em relação ao Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza.
4) Atos que violem os princípios da administração pública: contido no art. 11
da mencionada lei, dispõe que o ato atente a qualquer dos princípios da
Administração, seja: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficiência. Ato este que pode não acarretar em dano e ainda sim, enquadra-se em
ato de improbidade.
Dolo ou culpa
Identifica-se no ato de improbidade se o sujeito age de forma dolosa ou culposa,
devendo ele apresentar uma conduta desleal. Ponto este que a jurisprudência
entende que apenas no art. 10 pode existir a forma culposa, uma vez que é o único
a trazer de forma expressa em seu dispositivo.
Certamente conclui-se que a cada caso concreto se enquadrará em um ou mais
tipo de ato de improbidade, podendo haver pluralidade de ação (de natureza civil,
criminal e administrativa), dito que pode haver concomitância entre elas para que
se busque satisfazer da melhor maneira possível o banimento a deslealdade das
condutas dos agentes à Administração Pública.
Referências:
ALMEIDA, Rafaella. O que é improbidade administrativa ? Disponível em:
<https://noticias.cers.com.br/noticia/o-que-e-improbidade-administrativa/>.
Acesso em 18/05/2021.
BASTOS, Agnaldo. Tudo sobre a Improbidade Administrativa. Advocacia dos
Concursos. Disponível em <https://concursos.adv.br/improbidade-
administrativa/>. Acessado em: 18/05/2021.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília, DF. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 12/05/2021.
BRASIL. Lei nº 8.429, de 2 de Junho de 1992. Dispõe sobre as sanções
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício
de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta
ou fundacional e dá outras providências. Disponível:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm>. Acesso em: 12/05/2021.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. Rio de Janeiro.
Editora Forense. 31. ed. rev. atual. e ampl., 2018.