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Alterações na Lei de Improbidade Administrativa
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Em 25 de outubro de 2021, foi publicada a Lei nº 14.230/2021, que promoveu profundas alterações na lei de improbidade administrativa (LIA), modificando
diversos dispositivos na Lei 8.429/92.
Hoje vamos conhecer as alterações da Lei de Improbidade Administrativa que merecem maior atenção, tendo em vista que certamente serão objeto de cobrança nos
próximos concursos públicos.
A redação anterior limitava a abrangência no tocante às entidades para cuja criação ou custeio o erário tenha concorrido ou concorra com mínimo 50% do
patrimônio ou da receita anual. A redução atual não prevê mais esse limite.
Ajuda
concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita § 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão
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25/08/2022 16:44 Alterações na Lei de Improbidade Administrativa
anual, serão punidos na forma desta lei.
sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual,
fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do
erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Entes Públicos
Portanto, para os fins da Lei de Improbidade Administrativa, podemos considerar como entes públicos:
2. Administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;
3. Entidade Privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou governamentais;
4. Entidade Privada para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual.
A Lei 8.429/92 e passou a declarar expressamente que a natureza da ação de improbidade é repressiva, sancionatória, destinada à aplicação de sanções de
caráter pessoal, não constituindo ação civil, devendo o controle de legalidade de políticas públicas e de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos ser
realizado por meio de ação civil pública.
Anteriormente, o rol dos artigos 9º, 10 e 11 eram meramente exemplificativos. Isso significa dizer que as condutas que importassem improbidade não estariam
exaustivamente dispostas na Lei.
A Lei 14.230/2021 modificou o caput do artigo 11 para determinar que os atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da
administração pública são apenas aqueles dispostos nos seus incisos, sendo agora um rol exaustivo.
Com isso, algumas condutas consideradas pela jurisprudência dos Tribunais Superiores como atentatórias aos princípios da administração pública, tecnicamente,
deixam de ser enquadradas como improbidade, como por exemplo:
No Informativo 577 o Superior Tribunal de Justiça estabeleceu que a tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública (AgRg no REsp 1200575/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/05/2016, DJe 16/05/2016).
STJ considera que atenta contra os princípios da administração pública conduta de professor da rede pública de ensino que, aproveitando-se dessa
condição, assedie sexualmente seus alunos. (STJ. 2ª Turma. REsp 1.255.120-SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 21/5/2013. Info 523).
Em caso de prefeito que pratica assédio moral contra servidor público, o STJ também considerou que a conduta se enquadrou no caput do art. 11 da Lei
8.429/92, em razão do evidente abuso de poder, desvio de finalidade e malferimento à impessoalidade, ao agir deliberadamente em prejuízo de alguém. (STJ.
2ª Turma. REsp 1286466/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 03/09/2013).
É necessário, portanto, aguardar o posicionamento do STJ acerca destas condutas; se irão continuar sendo consideradas como atos atentatórios aos princípios que
regem a Administração Pública, ou se o deixam de ser, por não estarem expressamente dispostas no rol do artigo 11 da Lei 8.429/92.
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Porém, a Lei 14.230/2021 revogou este artigo e incluiu a mencionada conduta no rol do artigo 10, de forma que a conduta passou a ser uma das espécies de
atos que causam lesão ao erário.
O Ministério Público, a partir da publicação da Lei 14.230/2021, tem o prazo de 1 ano (que vence em 25/10/2022), para manifestar interesse no prosseguimento da
ação em curso ajuizada pela Fazenda Pública. Neste período, o processo fica suspenso. Caso o Ministério Público não se manifeste, o processo será extinto sem
resolução do mérito.
– dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão.
Com a publicação da Lei 14.230/2021, o prazo prescricional foi aumentado para 8 anos, contados:
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