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RODRIGO CARDOSO
Rodrigo Cardoso é graduado em Direito pela Universidade Católica
de Brasília e especialista em Direito Administrativo e Constitucional.
Ministra aulas de Direito Administrativo. Servidor do Tribunal Regional
do Trabalho da 10ª Região. Coautor do livro Direito Administrativo
Simplificado – 6ª Edição. Palestrante.
LEI N. 8.429/1992
COMENTADA ARTIGO POR ARTIGO
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
MINISTÉRIO PÚBLICO – PE
Olá, Aprovado(a)!
Estou aqui para contribuir com sua aprovação no concurso do Ministério Público
po, pois, nesse momento, o tempo é o que temos de mais precioso. Se você ainda
hoje sou servidor do TRT 10ª Região – órgão em que adoro trabalhar. Hoje, já não
faço concurso como antes fazia, dedico meu tempo exclusivamente para o direito
administrativo. Minha missão agora é aprovar você. Cursei Direito na UCB e fiz es-
Iremos trabalhar com a Lei n. 8.429/92 (LIA). É certo que o examinador irá
abordar essa Lei em sua prova, pois o MP é parte legítima para propor ação de Im-
probidade Administrativa.
É sua chance de se tornar servidor do MP-PE. Posso garantir para você que, no
MP, você terá ótima remuneração e condições de trabalho. Com foco, planejamento
e dedicação, sua vaga estará garantida. Confie em você, vai dar tudo certo!
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Cerca de 80% das questões realizadas pela banca FCC abordam o texto de Lei.
Por esse motivo, é necessária a transcrição de alguns artigos durante nosso estudo.
inseri várias jurisprudências sobre o assunto. Quero que você chegue com conteú-
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INTRODUÇÃO
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do
Comentário
Agora vamos entender quem pode ser o sujeito passivo do ato de improbidade, ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do
órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja con-
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de im-
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nefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para
cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cin-
Comentário
Sei que você entendeu, mas vamos memorizar para a prova: qualquer pessoa que
Se for um órgão ou entidade da administração direta, não tem como errar, pois eles
fazem parte do Estado. Entretanto, a pessoa jurídica sem fins lucrativos que receber
ser vítima do ato de improbidade. Onde tiver dinheiro público, e esse recurso for des-
Vamos exemplificar: considere que a União custeia em 80% os gastos de uma ONG
caso, se houver algum desvio de recurso na parcela pública ou dos valores doados,
Atenção!
Para facilitar, você vai lembrar em sua prova que, onde houver dinheiro (bem) pú-
blico e o recurso publico for administrado de maneira indevida (for desviado, mal
ção direta ou indireta) ou sendo gerido pelo particular (ex: ONG, OS, Fundação etc).
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Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
Comentário
Sujeito ativo é aquele que pratica o ato de improbidade, concorre para sua prática
1) os agentes públicos, que são definidos pela referida lei como sendo todo aquele
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nome-
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades que recebam subvenção, bene-
Qualquer pessoa que estiver administrando recurso (bem) público poderá ser sujei-
to ativo do ato de improbidade. Desse modo, qualquer pessoa que estiver gerindo a
Exemplificando: considere que a União faça convênio com instituição sem fins lu-
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Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mes-
mo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de impro-
Comentário
O terceiro que, “mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prá-
tica do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indi-
reta” (art. 3° da Lei n. 8.429/92). A doutrina classifica como sendo ato de impro-
bidade imprópria.
dor membro de comissão de licitação, seja favorecido para realizar o contrato. Nesse
Comentário
Temos a noção comum de que os agentes públicos devem ser honestos e éticos.
Vale dizer que tais comportamentos estão previstos em lei (moralidade objetiva).
trativa. Não basta o administrador ser apenas moral, ele deve atender também aos
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Comentário
o recurso público pertence a todos nós. Perceba que o prejuízo poderá ocorrer por
ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente público. Para entender melhor o artigo
No “dolo”, desde o início, o agente quer causar resultado contrário às normas. Dolo
resultado ilícito.
valor para contratar obra superfaturada. Nesse caso, o agente teve a intenção de
dolo do agente, pois ele teve a intenção de praticar a ilegalidade. Agora, considere
que determinado agente faça transferência de dinheiro público a uma ONG que está
em débito com o erário, sendo que a lei não autoriza a destinação de recurso público
nessa condição. O agente não teve a intenção de causar prejuízo ao erário, mas, por
conduta culposa, pois não houve a intenção do agente em praticar o ato ilícito.
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Comentário
Comentário
Comentário
nizar o Estado até o limite do valor da herança. Note que o herdeiro não responderá
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to Ilícito
Comentário
se vai ou não haver dano ao erário, isso significa que o autor da conduta ímproba
tenha vantagens sem que haja lesão aos cofres públicos. Tem-se, como exemplo,
I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
ção ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
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de tal vantagem;
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro ser-
função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolu-
mento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido
durante a atividade;
XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
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Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, des-
Comentário
dano ao erário. Entendemos que o dano ao erário não alcança apenas o patrimônio
Essa modalidade admite dolo ou culpa, pois pode ser que o agente, por culpa (im-
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
cionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regu-
III – doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
trimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a pres-
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lamento;
XI – liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou in-
qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades pre-
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XVII – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
2014) (Vigência)
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; (In-
cluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
des privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qual-
quer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014,
XXI – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entida-
des privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
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Comentário
O artigo visa punir o agente que dispensar ou aplicar de forma irregular benefício
da Administração Pública
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os prin-
Comentário
portanto, cometida com base no art. 11 pode não provocar lesão patrimonial às pes-
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terceiros. É o caso em que o agente retarda a prática de ato de ofício (art. 11, II)”.
culpa).
I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele pre-
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e
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–– RECEBER
–– PERCEBER
–– UTILIZAR
–– ADQUIRIR
–– ACEITAR
–– INCORPORAR
–– USAR
–– FACILITAR
–– PERMITIR
–– DOAR
–– REALIZAR
–– CONCEDER
–– ORDENAR
–– AGIR
–– LIBERAR
–– CELEBRAR
–– PRATICAR
–– RETARDAR
–– REVELAR
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–– NEGAR
–– DEIXAR
–– DESCUMPRIR
Das Penas
acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei n. 12.120, de 2009).
blica, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma-
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pa-
gamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de
multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proi-
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direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei, o juiz levará em conta
a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
Proibição de
contratar com a
Suspensão dos Administração ou
Multa civil
direitos políticos receber benefícios
ou incentivos fiscais
ou creditícios
Atos de improbidade que
Até 3 vezes o
importam enriquecimento
8 a 10 anos. valor do acréscimo 10 anos.
ilícito (art. 9°).
patrimonial.
► Ocorre apenas por dolo.
Atos de improbidade que Até 2 vezes o
causam prejuízo ao erário valor do dano.
5 a 8 anos. 5 anos.
(art. 10).
► Ocorre por dolo ou culpa.
Atos de improbidade Até cem vezes
que atentam contra os o valor da
princípios da Administração 3 a 5 anos. remuneração 3 anos.
Pública (art. 11). percebida pelo
► Ocorre apenas por dolo. agente.
Dos Atos de Improbidade
Multa civil de até
Administrativa Decorrentes
3 (três) vezes o
de Concessão ou Aplicação
5 a 8 anos. valor do benefício
Indevida de Benefício
financeiro ou
Financeiro ou Tributário
tributário concedido.
(art. 10-A).
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Da Declaração de Bens
tação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a
Comentário
No momento da posse, você deverá apresentar declaração dos bens que compõem
seu patrimônio. Se você ainda não declara Imposto de Renda, apenas faça a indi-
cação por meio de declaração dos bens que compõem seu patrimônio, como, por
juge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência
Comentário
órgão ao qual trabalha, ou, então, autorizar que o próprio órgão acesse sua declara-
ção perante a Receita Federal. Isso é necessário, pois o inciso VII do art. 9º estabe-
lece que constitui ato de improbidade que gera enriquecimento ilícito: adquirir, para
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§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-
juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar decla-
petente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato
de improbidade.
Comentário
bidade. Tudo se inicia no órgão que tenha sido vítima do ato de improbidade. Já
Considere que você fique sabendo que um vizinho está enriquecendo de forma
ilícita, desviando dinheiro público do órgão em que trabalha. Ainda por cima, você
tem provas de que ele adquiriu alguns imóveis com custo muito superior à remune-
ração recebida (evolução patrimonial superior à que possui). Nessa situação hipo-
tética, você poderá representar ao órgão no qual ele exerce suas funções. Recebida
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A lei exige que a representação deverá ser escrita ou reduzida a termo, ou seja,
quanto algum servidor digita o que for falado. A apresentação deverá ser assinada e
tes as formalidades exigidas acima. No entanto, a rejeição não impede que seja
aceitar sua representação ou julgá-la improcedente, você poderá fazer outra repre-
não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
diata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será proces-
sada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de
mentos disciplinares.
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nistrativo.
Comentário
existência do processo administrativo que visa apurar possível prática de ato de im-
Comentário
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tivo que visa apurar possível prática de ato de improbidade. O Ministério Público ou
O sequestro dos bens é uma medida cautelar para evitar que o indiciado ven-
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério
medida cautelar.
Comentário
A ação principal será instruída com documentos ou justificação que contenham indí-
Estando a inicial (ação principal) em devida forma, o juiz mandará autuá-la e orde-
nará a notificação do requerido para oferecer manifestação por escrito, que poderá
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ação ou da inadequação da via eleita. Assim, o juiz tem o prazo de trinta dias para
ou rejeitar a ação.
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser
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Comentário
estando o juiz convencido de indícios de ato de improbidade, será o réu citado para
apresentar contestação. Daqui para frente, a ação será processada conforme o Có-
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou de-
são dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente
Comentário
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Comentário
A sentença deverá transitar em julgado (aquela que não cabe mais recurso) para o
processual.
Comentário
determinar seu afastamento por prazo estabelecido na própria decisão – a Lei não
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Comentário
independe da efetiva ocorrência de dano ao erário. Desse modo, pode ser que o
ato venha a gerar enriquecimento ilícito ao agente público e não cause prejuízo
direto ao erário. Vamos exemplificar para ficar mais claro: sabemos que a decisão
decidir determinado processo com urgência, sendo que pela ordem cronológica
seria decido daqui a seis meses. É certo que não ocorreu prejuízo ao erário (perda
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei po-
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nares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de
tação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta
Comentário
bidade não for proposta em determinado prazo, não será processada segundo a
Lei n. 8.429/92, ou seja, não terá seus direitos políticos suspensos, não receberá
o RE 852475, com repercussão geral. Isso significa que, ocorrendo ato de impro-
Primeiro, o artigo faz referência ao ímprobo que tiver relação transitória com o Es-
vínculo com a Administração. Considere que um agente público que exerce cargo
10/03/2012, ele tenha sido exonerado do cargo. A ação de improbidade poderá ser
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proposta em até cinco anos da data da exoneração, ou seja, até 10/03/2017. Não
sendo proposta até a referida data, ocorre a prescrição, que representa a perda do
direito de ação – não será mais processado segunda a Lei n. 8.429/92, mas a ação
de ressarcimento é imprescritível.
Depois, o artigo faz referência ao ocupante de cargo efetivo ou emprego. Nesse caso,
qual o servidor é vinculado, tendo como base a prescrição da demissão. Assim, a Lei
n. 8.429/92 não estabeleceu um prazo fixo, mas fez menção ao prazo de prescrição
Chegamos ao fim do curso da Lei n. 8.429/1992. Espero que você tenha enten-
dido todos os propósitos e que acerte todas as questões da prova sobre a LIA. O
próximo passo é resolver os exercícios que seguem. Força sempre! Confie em você,
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QUESTÕES DE CONCURSO
e chefe de determinado setor do Tribunal, está construindo uma bela casa de campo
para desfrutar momentos de lazer com sua família. Assim, em um determinado final
além disso, levou dois servidores, a ele subordinados, para auxiliar os demais pedrei-
ros na obra. Em razão do ato ímprobo praticado, o Ministério Público ingressou com
dos fatos narrados e desde que preenchidos os demais requisitos legais previstos
na Lei n. 8.429/1992,
conduta.
gunda conduta.
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d) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos que causam
prejuízo ao erário.
condutas.
Comentário
Letra b.
O dolo é dispensável apenas no segundo caso, pois ato de improbidade que causa
prejuízo ao erário (art. 10, VII) pode ocorrer por dolo ou culpa. Já no segundo caso,
que representa ato de improbidade que frustra a licitude de concurso público (art.
nou que fosse processada pelo rito sumário, por ser ação simples, que não deman-
do ocorrido nas duas ações e nos termos da Lei n. 8.429/1992, a postura dos juízes
não seja parte Autora, deverá obrigatoriamente intervir no feito; no segundo, por-
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processual decorre da lei, isto é, não pode ser adotado por escolha do magistrado.
Comentário
Letra c.
pela qual foi processado por improbidade administrativa. Nos termos da Lei n.
de improbidade administrativa
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ímprobo.
Comentário
Letra d.
Onofre praticou ato de improbidade que importa enriquecimento ilícito. Nessa mo-
minado Tribunal Regional do Trabalho, sendo uma de suas atribuições inserir e atua-
lizar informações processuais em base de dados. Ocorre que um dos processos sob
um desafeto seu, razão pela qual retardou, indevidamente, a prática do ato de ofício.
Nos termos da Lei n. 8.429/1992, caso preenchidos os demais requisitos legais para
a configuração do ato ímprobo, Wagner estará sujeito, dentre outras, à cominação de
c) multa civil de até duzentas vezes o valor da remuneração percebida por Wagner.
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Comentário
Letra d.
vezes, utilizou-se dos serviços do motorista do Tribunal para fins particulares. As-
aos finais de semana, mudanças de residência, levar e buscar seus filhos à escola,
fazer pagamentos em bancos etc. Em razão dos fatos narrados, João foi processado
a) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de três anos.
d) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de cinco anos.
Comentário
Letra c.
João praticou ato de improbidade que importa enriquecimento ilícito, logo terá seus
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tica: Beatriz, servidora pública do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, está sendo
processada pela prática de ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito. Cumpre
por não figurar no rol de agentes públicos sujeitos às sanções da Lei de Improbida-
de Administrativa.
Comentário
Letra c.
Mesmo não tendo causado prejuízo ao erário, a servidora terá que pagar multa civil
de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial. Por esse motivo, a medida de
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vidor público do TRE-SP e, no exercício de suas atribuições, concorreu para que determi-
para que reste configurado o ato ímprobo, é necessário, dentre outros requisitos,
a) conduta culposa.
Comentário
Letra a.
agente.
tética: Cristiana, Diretora de uma autarquia federal, foi condenada, em primeira ins-
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Nos termos da Lei n. 8.429/1992, para que seja afastada a caracterização do ato
a) dolo.
b) prejuízo ao erário.
c) enriquecimento ilícito.
d) culpa
Comentário
Letra a.
O ato praticado pela diretora é configurado como ato de improbidade que atenta
contra Vinícius argumentando que, embora não seja agente público, beneficiou-se,
probidade Administrativa
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d) não se aplicam a Vinícius, haja vista que o benefício indireto não justifica a in-
e) não se aplicam a Vinícius, pois apenas o particular que induzir ou concorrer para
Comentário
Letra a.
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JURISPRUDÊNCIAS RELEVANTES
Público, mantendo com ele vínculo contratual, os notários e registradores são su-
veis no art. 10 da LIA, que censura os atos de improbidade por dano ao erário.
rar como sujeito ativo dos atos de improbidade na condição de terceira beneficiária.
agente público, não há como o particular figurar sozinho como réu em Ação de Im-
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nos casos dos arts. 9º e 11 – que coíbem o enriquecimento ilícito e o atentado aos
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ministrativa nos casos em que as condutas não se realizam por motivos alheios ao
nalidade alguma, pois a Constituição indicou apenas uma relação mínima de sanções.
tem incidência sobre os agentes aposentados, haja vista não estar prevista na LIA.
extra petita quando o juiz acrescenta à condenação do responsável pelo ato de im-
13 STF, AI 556727 AgR/SP: Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado
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sufragada na ADI 2797/DF ao revelar que “inexiste foro por prerrogativa de função
DJe 1º/02/2011).
primeiro, para fins de contagem prescricional, pelo simples fato de o vínculo entre
106871/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em 27/03/2012, DJe
11/04/2012.
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res de mandatos eletivos. Ex-deputado não tem direito a foro especial por prer-
3421 AgR/MA, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, julgado em 25/06/2009, DJe
04/06/2010;[10]
20 STF: O Supremo Tribunal Federal admitiu sua competência para julgar ação
QO/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. P/ acórdão Min. Menezes Direito, Tribunal
decidiu que “inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade ad-
ministrativa.” (AI 556727 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado
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