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SUMÁRIO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO............................................................................................................... 3
Fazenda Pública em Juízo ...................................................................................................................... 4
Ação Popular ......................................................................................................................................... 4
DOUTRINA............................................................................................................................................. 4
Ação civil pública. ................................................................................................................................ 16
DOUTRINA........................................................................................................................................... 16
Mandado de segurança individual e coletivo. .................................................................................... 31
DOUTRINA........................................................................................................................................... 31
LEGISLAÇÃO E ENUNCIADOS DE SÚMULAS ........................................................................................ 44
JURISPRUDÊNCIA ................................................................................................................................ 45
QUESTÕES PARA RESOLUÇÃO ............................................................................................................ 49
QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................. 55
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Ação Popular
DOUTRINA
Legitimidade Ativa: basta ser considerado cidadão, nos termos da LAP. Segundo o
§3º, o requisito para propositura da ação é o título eleitoral.
Pessoa jurídica e ação popular: a pessoa jurídica não pode propor ação popular.
STF – Súmula 365: Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor
ação popular.
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§1º). Nesta hipótese, o português (estrangeiro) passa a gozar dos direitos inerentes aos
brasileiros, podendo alistar-se como eleitor e, assim, propor ação popular.
OBS: o condenado criminalmente tem seus direitos políticos suspensos, logo não
pode propor ação popular, pois não se enquadra no conceito de cidadão.
O MP pode atuar no polo ativo? o MP apenas atuará no polo ativo nos casos de
sucessão processual.
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Ação popular não pode atacar atos jurisdicionais: a ação popular não é meio
idôneo para atacar atos de conteúdo jurisdicional. Estes não possuem caráter
administrativo, estando excluídos do âmbito de incidência da ação popular, notadamente
porque se acham sujeitos a um sistema específico de impugnação, que por via recursal,
quer mediante ação rescisória (STF – AgR-Pet 2.018/SP). Excepcionalmente, contudo, é
possível ação popular para anular homologação de acordo judicial (Resp 906400).
A ação popular somente pode impugnar lei de efeitos concreto: a ação popular
não é sucedâneo de ADI, não sendo via processual adequada para a busca da declaração de
inconstitucionalidade de dispositivos de lei em abstrato (Resp 504.552/SC).
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organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que
interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
Note que não há prazo em dobro, seja em razão de haver litisconsortes com
diferentes procuradores ou pelo fato de a fazenda pública integrar o processo. Os
tribunais já vêm entendendo que os prazos previstos na LAP devem ser contados em dias
úteis, incidindo o art. 22, LAP e o art. 219, CPC. (0703079-18.2016.8.07.0000, TJDF)
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Sucessão processual: ocorre sucessão processual por parte do MP e do cidadão
colegitimado que continuam no processo iniciado por outrem, agora com legitimação ativa
superveniente decorrente de lei.
Regime de custas: tal norma deve ser interpretada com o art. 5º, LXIII, da CF/88.
A prova pericial poderá ser paga pelo réu, com inversão das custas e dos
honorários do perito, nos casos em que se mostrar adequada essa medida para permitir o
julgamento do mérito.
Finalidade da ação popular: anular os atos lesivos (e ilegais) aos bens tutelados.
Trata-se de pedido preponderantemente desconstitutivos.
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processuais devidas, inclusive os honorários periciais.
DOUTRINA
I - ao meio-ambiente;
II - ao consumidor;
VI - à ordem urbanística.
Ação Civil Pública X Ação Coletiva: nem toda ação civil pública pode ser
considerada uma ação coletiva. Segundo a doutrina, a ação coletiva é gênero. Nesse
sentido, se afirma que para que uma demanda possa ser considerada uma ação coletiva, o
pleito deverá conter 05 requisitos básicos:
Diante desse cenário, se a ação veicular uma pretensão individual não haverá ação
coletiva, mas uma ACP para tutela de um direito individual.
Por fim, para saber se se trata de ação coletiva, o importante não é nome dado a
ação, mas seu conteúdo (princípio da atipicidade).
ACP e Ação Popular: a LACP não afasta a possibilidade de se ajuizar ação popular,
contudo, eventualmente poderá haver litispendência. Na maioria dos casos, porém, haverá
conexão e não litispendência, pois uma das demandas terá objeto mais amplo (Resp
208.680/MG).
Como a LACP não trata das situações em que o dano é nacional ou regional, por
força do microssistema da tutela coletiva, o art. 2º deve ser aplicado em conjunto com o
art. 93, II, do CDC. (Resp 448.470/RS).
Competência para execução nas demandas individuais: o STJ decidiu que ações
individuais de liquidação e execução dos consumidores lesados poderão ser ajuizadas, a
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escolha do autor, em seu domicílio, no do réu e onde estiverem os bens ou no juízo da
ação ordinária. (CC 96.682)
Art. 4º Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei,
objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio público e social, ao
meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos
raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
I - o Ministério Público;
(…)
2. Com base no artigo 129, V, da Carta Magna, o MP tem legitimidade para propor
ação civil pública em defesa de comunidades indígenas (Resp 961263/SC)
7. O MP é parte legítima para ajuizar ACP em defesa dos interesses dos mutuários
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do SFH (Agrg no Resp 633.470/CE);
9. O MP tem legitimidade para propor ACP com o objetivo que cesse a atividade
tida por ilegal de, sem autorização do poder público, captar antecipadamente poupança
popular, ora disfarçada de financiamento para compra de linha telefônica (Resp
910.192/MG);
11. O MP tem legitimidade para propor ACP visando a cessação de jogos de Azar
(Resp 813.222/RS);
13. O MP tem legitimidade para propor ACP com o objetivo de manter curso de
ensino médio no período noturno de colégio custeado pela união (Resp 933.002/RJ);
16. O MP tem legitimidade para propor ACP contra resolução que impõe aos
graduados a obrigação de realizarem exame como condição prévia à obtenção do registro
profissional (Agrg no Resp 938.951/DF);
4. O MP não tem legitimidade para ajuizar ACP na qual busca a suposta defesa de
um pequeno grupo de pessoas – no caso, associados de um clube, numa óptica
predominantemente individual (Resp 1.109.335/SE).
II - a Defensoria Pública;
Defensoria pública: a Defensoria Pública – DP, foi incluída como legitimada para
ACP pela Lei 11.418/07. “A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação
civil pública que vise a promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que
sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas”, (RE 733433).
Pertinência temática: não precisa ter uma finalidade específica, bastando que
tenha um nexo compatível entre os fins institucionais. (Resp 132.063).
No momento em que a associação ajuíza a demanda, ela deverá juntar aos autos
autorização expressa dos associados para a propositura dessa ação e uma lista com os
nomes de todos as pessoas que estão associadas naquele momento. Caso procedente, o
título executivo irá beneficiar apenas os associados cujos nomes estão na lista de filiados
juntada com a petição inicial. (RE 573232/SC).
Caso ocorra dissolução da associação que ajuizou a ACP, não é possível a sua
substituição no polo ativo por outra associação ainda que os interesses discutidos na ação
coletiva sejam comuns a ambas.
Segundo o STJ, o art. 5º, § 3º, da Lei nº 7.347/85 não se aplica para o caso das
associações. Corrobora que a associação necessita de autorização expressa de seus
associados para ajuizar a ação coletiva. Somente o associado que autorizou expressamente
a propositura da ação é que poderá, posteriormente, executar, individualmente, a decisão
favorável obtida no processo coletivo (RE 573232/SC e REsp 1.405.697-MG).
Ilegitimidade
Associação não tem legitimidade para propor ACP visando a anulação de multas
de trânsito, já que não se trata de relação de consumo (Resp 727.092/RJ).
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Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação
cautelar:
(…)
Órgãos Públicos: de acordo com a LACP qualquer dos órgãos públicos legitimados
poderão celebrar TAC. Assim, apenas os órgãos públicos poderão celebrar o TAC, o que
exclui, portanto, a possibilidade de associações realizarem TAC.
TAC celebrado após sentença não implica perda do interesse de agir: o STJ
entendeu que, como o TAC celebrado pelas partes poderá ser modificado, não haveria
perda do interesse de agir, já que a proteção concedida por meio do provimento
jurisdicional é mais eficaz que a concedida via TAC.
Nulidade do TAC cujas obrigações não foram livremente pactuadas: o STJ julgou
nulo TAC celebrado sem que a requirida estivesse acompanhada por advogado. Assim, foi
considerado nulo o TAC, já que as obrigações não foram livremente pactuadas (Resp
802.060/RS).
Assinatura do TAC não obsta a instauração da ação penal: a assinatura do TAC
não obsta a instauração da ação penal, pois esse procedimento ocorre na esfera civil, que é
independente da penal (STJ, HC 82.911/MG).
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inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou
particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que
assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis.
Valor probatório relativo: as provas colhidas no ICP têm valor probatório relativo,
porque colhidas sem a observância do contraditório (Resp 849.841/MG).
Direito do advogado de ter acesso aos autos do inquérito civil: o STJ vem
aplicando de forma analógica a Súmula Vinculante 14, de modo a permitir que os
advogados dos investigados possam ter acesso as provas já constantes do inquérito (RMS
28.949/PR).
Distinção entre multa liminar e astreinte: o STJ entende que a multa diária
prevista no art. 11 não pode ser confundida com a multa liminar inserta no art. 12 do
mesmo diploma (Resp 156.291/SP).
Tutela de urgência: poderá ser obtida através de liminar, podendo ser pleiteada
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em ação cautelar (antes ou no curso de ACP) ou na própria ACP.
Efeito dos recursos: em regra, nas ações coletivas os recursos são recebidos
apenas no efeito devolutivo. Para obter efeito suspensivo a parte deverá requerer e
demonstrar o dano irreparável (Agrg no Resp 436. 647/RS).
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites
da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido
for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova.
Limites da competência territorial: o artigo 16 foi inserido pela Lei 9.494/97 para
restringir a eficácia subjetiva da coisa julgada em ação coletiva, impondo uma limitação
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territorial a essa eficácia, restrita ao âmbito da jurisdição do órgão prolator da decisão.
O simples fato de uma ACP ter sido julgada pelo STJ, em sede de recurso
especial, não é capaz de fazer os efeitos da ACP serem de âmbito nacional. (REsp
1.114.035-PR).
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Aplicação aos demais legitimados: embora o texto legal não se refira, a doutrina
entende que os demais legitimados também podem ser considerados litigantes de má-fé.
Outra parte considerável da doutrina, porém, não concorda com esse entendimento (José
dos Santos Carvalho Filho e Rodolfo Carmago Mancuso), entendendo que o art. 17
somente se aplica às associações.
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento
de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas, nem condenação da associação autora, salvo
comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas
processuais.
Aplicabilidade do art. 18 da LACP para ação civil pública movida por sindicato: O
STJ decidiu que esse art. 18 da Lei 7.347/85 é aplicável também para a ação civil pública
movida por SINDICATO na defesa de direitos individuais homogêneos da categoria que
representa (EREsp 1322166-PR).
OBS: não haverá remessa necessária (aplicação da regra da LAP) quando a ACP
tutelar interesses individuais homogêneos (REsp 1374232/ES).
DOUTRINA
Com relação às matérias jurídicas que podem ser debatidas pela via do MS, o STF
entende que matéria jurídica controvertida não impede o manejo de MS:
Art. 6º (…)
Art. 6º (…)
Assim, o ato que dá ensejo ao MS é o ato decisório ilegal ou abusivo, e não o mero
ato executório. Em se tratando de ato administrativo complexo – aquele cuja
manifestação de vontade se aperfeiçoa através da congregação de manifestação de
vontades de mais de um órgão administrativo -, tem-se por autoridade coatora aquela que
deve proferir a última decisão:
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procedimento.
Com relação a omissão Administrativa, não há prazo para impetração do MS, uma
vez que não há marco temporal de início da contagem.
Apesar disso, há casos de leis e atos normativos de efeito concreto, que possuem
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destinatários certos, é dizer, faltam-lhes o caráter de generalidade e abstração. Funcionam
como verdadeiros atos administrativos que atingem diretamente a esfera de direitos do
particular.
Ato de que caiba recurso administrativo. Não se exige o prévio esgotamento das
vias administrativas para a propositura do MS. O que se extrai do dispositivo é que o
cabimento de recurso administrativo com efeito suspensivo impede a produção de efeitos
do ato administrativo contestado.
Ato Judicial. O inciso II, do art. 5º, prevê a vedação do uso de MS em relação a
decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo. Esse também é o
entendimento do STF:
A súmula em questão foi editada com base na antiga lei o MS. A nova lei do MS
impede a utilizada dele em caso de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo. Esse dispositivo deve ser entendido de forma que o MS não será cabível
quando ao recurso puder ser atribuído efeito suspensivo. É que existem recursos sem
efeito suspensivo legal, mas que podem ter efeitos suspensivos obtidos por decisão
judicial.
ATENÇÃO! Ato Disciplinar. A antiga lei vedava a concessão de MS contra ato sancionador
disciplinar, salvo quando este fosse praticado por autoridade incompetente ou sem
observância de formalidade essencial. A nova lei foi omissa com relação a isso. Assim, a
doutrina vem entendendo pelo cabimento de MS contra decisões de caráter disciplinar.
Partes
Legitimidade Ativa. De acordo com a previsão do art. 1º da Lei 12.016/2009, o MS
pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica. Na verdade, o rol de legitimados
é mais amplo, pois o MS pode ser impetrado por qualquer sujeito de direito,
independentemente de personalidade jurídica.
Outro indicativo de que a autoridade coatora não é parte passiva: proposta a ação,
a autoridade coatora é notificada para prestar informações (Art. 7º, I). Esse documento não
precisa estar subscrito por advogado.
Não se trata de conferir à autoridade capacidade postulatória extraordinária. A
questão é que as informações não devem ser vistas como peça de defesa jurídica do ato,
mas meio de prova para exame do juízo. Como a própria lei determina, a autoridade
coatora informa. Assim, conclui-se que o demandado no MS é a pessoa jurídica de cujo
quadro pertença a autoridade coatora.
Para impetração do MS, o demandante deve indiciar quem praticou o ato ilegal ou
abusivo, a autoridade coatora. Ocorre que nem sempre a identificação do responsável pelo
ato é simples.
Por vezes, o impetrante indica a autoridade que não detém competência para a
providência mandamental pleiteada. Para disciplinar essa recorrente questão, a
jurisprudência do STF sedimentou a aplicação da Teoria da Encampação, cujo objetivo é
evitar a extinção de inúmeros MS inadequação da indicação da autoridade coatora, o que
deverá ocorrer por meio do preenchimento dos seguintes requisitos:
Ainda que a autoridade alegue sua ilegitimidade para figurar no polo passivo, caso 37
efetue a defesa do mérito do ato praticado, a teoria da encampação permite ao juiz julgar
o litígio. É preciso observar, ainda, a competência, recursal e originária. Ainda que
autoridade competente efetue a defesa do mérito do ato, caso isso altere a competência, o
mérito do MS não será examinado.
Com relação ao litisconsórcio passivo, entende-se que ele é cabível nos termos do
art. 24 da Lei do MS:
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litisconsorte passivo necessário, indicando endereço, recolher as custas para a prática do
ato, juntar contrafé.
Ministério Público. O MP atua no MS como fiscal da lei. A lei estabelece ainda que
com ou sem manifestação do MP, os autos serão conclusos para a sentença. O dispositivo
está de acordo com a jurisprudência do STJ, o qual entende que o parecer do MP não é
imprescindível, sendo suficiente sua intimação para se manifestar (RMS 20.817/MG).
Procedimento
a) Petição Inicial. Segue o CPC, deve haver a indicação do juízo a que é dirigida;
qualificação das partes; causa de pedir e pedido. É indispensável a juntada dos documentos
hábeis à demonstração do direito. Caso os documentos necessários à prova do direito
estejam em poder de terceiro (particular ou ente público), o impetrante deve informar ao
juízo para que seja expedido ofício ordenando a exibição do documento (Art. 6º, §1º). Se o
documento estiver em poder da própria autoridade coatora, a ordem de exibição será feita
na própria notificação (§2º).
O prazo para prestação das informações pela autoridade coatora é de 10 dias (Art.
7º, I). A contagem do prazo segue a sistemática regular do CPC, é dizer, conta-se da juntada
aos autos da notificação cumprida. Em relação a apresentação da defesa pela pessoa
jurídica, não há prazo expresso.
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presunção de veracidade em favor do impetrante, já que a presunção milita a favor do ato
administrativo.
Medida Liminar. A concessão de liminar está prevista no inciso III do art. 7º. Os
requisitos legais são:
I) fundamento relevante;
Art. 7º (…)
Quanto a produção dos efeitos da medida liminar, o §3º do artigo 7º prevê que
seu alcance poderá perdurar até a prolação da sentença, exceto se revogada ou cassada.
Nesse mesmo sentido entende o STF:
A liminar perde a sua eficácia com a prolação da sentença, pois esta decisão é
fundada em juízo de cognição exauriente.
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determinada conduta. A grande peculiaridade da sentença no MS está na ausência e
condenação em honorários advocatícios:
Art. 6º (…)
§ 6º. O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado
dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe
houver apreciado o mérito.
Esse entendimento é objeto de críticas pela doutrina, uma vez que não há razão
para a não aplicação das hipóteses de dispensa de reexame necessário ao MS. Quando o
legislador as definiu, entendeu que não havia interesse público suficiente para ensejar a
utilização desse instituto. Nesse contexto, o MS não passaria de um procedimento.
Art. 7º (…)
No mesmo sentido, a nova lei prevê o cabimento de agravo interno contra decisão
relator sobre a medida liminar em MS impetrado originalmente no Tribunal.
Quando ela for mandamental, a execução é feita nos mesmos moldes da execução
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de obrigação de fazer do CPC, pois se busca tutela específica de direito, a fruição plena “in
natura” do bem jurídico. Em outras situações, a sentença pode bastar para efetivar a
tutela. É o que ocorre nas tutelas desconstitutivas, onde se busca a anulação do ato
impugnado pelo impetrante.
Em relação aos valores englobados pela sentença no MS, seu pagamento se dará
sobre o regime geral, ou seja, mediante precatório ou RPV. (RE 889173 RG, Min. LUIZ FUX,
julgado em 07/08/2015)
Desistência. O impetrante pode desistir de mandado de segurança a qualquer
tempo, ainda que proferida decisão de mérito a ele favorável, e sem anuência da parte
contrária.
Lei n. 12.016/09:
Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do
processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento do mérito ou do pedido liminar.
(Redação dada pela Lei nº 13.676, de 2018)
Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo
ao órgão competente do tribunal que integre.
Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos respectivos recursos, quando não
publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do julgamento, o acórdão será substituído
pelas respectivas notas taquigráficas, independentemente de revisão.
Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe
recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a
ordem for denegada.
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não
impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos
patrimoniais.
Lei n. 4.717/09:
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades
referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem
autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas,
tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
(...)
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de
impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor,
desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal
ou dirigente.
Súmulas:
STJ – Súmula 622: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência 45
para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso
do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado
o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo
prescricional para a cobrança judicial.
JURISPRUDÊNCIA
• DECISUM (Decisão): Nos termos do enunciado da Súmula 628 do STJ, para que seja
caracterizada a Teoria da Encampação, não basta a manifestação a respeito do
mérito nas informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, é
essencial a existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou
informações e a que ordenou a prática do ato impugnado, assim como a ausência
de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal.
• DECISUM (Decisão): Os autores de ações individuais em cujos autos não foi dada
ciência do ajuizamento de ação coletiva e que não requereram a suspensão das
demandas individuais podem se beneficiar dos efeitos da coisa julgada formada na
ação coletiva.
# AÇÃO COLETIVA PROPOSTA POR ASSOCIAÇÃO: Para ser beneficiada pela sentença
favorável é necessário que a pessoa esteja filiada no momento da propositura e seja
residente no âmbito da jurisdição do órgão julgador. RE 612043/PR, 10/5/2017 –
lnformativo 864).
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• DECISUM (Decisão): A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação
coletiva, de rito ordinário, ajuizada por associação civil na defesa de interesses dos
associados, somente alcança os filiados, residentes no âmbito da jurisdição do
órgão julgador, que o fossem em momento anterior ou até a data da propositura da
demanda, constantes da relação jurídica juntada à inicial do processo de
conhecimento.
01 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Poá - SP Prova: VUNESP - 2019 -
Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico
a) O Ministério Público não tem legitimidade originária para propor ação popular, mas
pode assumir a defesa do ato impugnado ou de seus autores.
03 (VUNESP, PGE-SP 2018) A sentença proferida em sede de ação civil pública, que acolhe
integralmente o pedido do autor e autoriza a liberação de remédios de uso proibido por
órgãos administrativos fiscalizadores, todos potencialmente lesivos à saúde da
população, enseja:
b) apelação, cujo efeito suspensivo deve ser pleiteado diretamente no Tribunal, por meio
de medida cautelar autônoma e inominada.
d) apelação, com pedido de efeito suspensivo. Depois disso, a Fazenda de São Paulo deverá
protocolar, no Tribunal de Justiça, um pedido de análise imediata desse efeito suspensivo
pleiteado. Ao mesmo tempo, a Fazenda poderá pedir suspensão dos efeitos da sentença ao
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Presidente do Tribunal competente.
04 (VUNESP, PGE-SP 2018) Em relação aos diversos meios de solução de conflitos com a
Administração Pública, é correto afirmar que:
b) mesmo as controvérsias que somente possam ser resolvidas por atos ou concessão de
direitos sujeitos a autorização do Poder Legislativo estão incluídas na competência das
câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos.
05 (VUNESP, PGE-SP 2018) A Fazenda Pública, citada em sede de ação monitória, deixa,
propositadamente, de se manifestar, porque o valor e o tema expostos na inicial
encontram pleno amparo em orientação firmada em parecer administrativo vinculante.
O valor exigido nessa ação é superior a seiscentos salários-mínimos e a prova documental
apresentada pelo autor é constituída por depoimentos testemunhais escritos, colhidos
antes do processo, e por simples início de provas documentais que apenas sugerem,
indiretamente, a existência da dívida narrada na inicial. Nesse caso, ante a certidão do
cartório de que decorreu o prazo para manifestação da Fazenda, o juiz deve:
a) intimar o autor para que este indique as provas que deseja produzir, tendo em vista que
os direitos tutelados pela Fazenda não estão sujeitos à revelia.
b) intimar o autor, para que ele, mediante apresentação de planilha da dívida atualizada,
dê início ao cumprimento de sentença.
d) rejeitar o pedido do autor e intimar as partes dessa decisão, tendo em vista que não se
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admite, na monitória, prova testemunhal colhida antes do início do processo, mas apenas
prova documental.
e) intimar o autor para que ele tome ciência do início do reexame necessário.
06 (VUNESP, PGE-SP 2018) Da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que nega
seguimento a recurso especial sob o fundamento de que a decisão recorrida estaria de
acordo com o posicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, em julgamento
de tema afetado ao sistema de recursos repetitivos, quando, na verdade, esse paradigma
trata de assunto diverso daquele discutido no recurso especial mencionado, cabe,
segundo a lei processual:
b) inexigível a obrigação contida no título judicial que se formou, desde que a decisão do
Supremo tenha sido proferida em sede de controle difuso. Esse argumento pode ser
arguido na impugnação da Fazenda, durante o cumprimento de sentença, se a decisão que
se pretende rever ainda não transitou em julgado, e em ação anulatória, se já ocorreu o
trânsito.
c) inválido o título judicial que se formou, mesmo que a decisão tenha sido tomada em
controle difuso ou concentrado. Esse argumento pode ser arguido na impugnação, durante
a fase de cumprimento de sentença ou no processo de execução, mas não em ação
rescisória.
d) inexigível a obrigação contida no título judicial que se formou, desde que a decisão
tenha sido tomada em controle concentrado. Esse argumento pode ser utilizado na
impugnação da Fazenda, durante a fase de cumprimento de sentença, mas, se a decisão
que condenou a Fazenda transitou em julgado, não é cabível ação rescisória com esse
fundamento.
e) inexigível a obrigação contida no título judicial que se formou, mesmo que essa decisão
tenha sido tomada em controle concentrado ou difuso de constitucionalidade. Esse
argumento pode ser utilizado na impugnação da Fazenda, durante a fase de cumprimento 52
de sentença, se ainda não ocorreu o trânsito em julgado, ou em ação rescisória, se isso já
ocorreu.
08 (CESPE - 2018 - PGE-PE - Procurador do Estado) Observada a regra que determina que
o valor da causa não pode ultrapassar o limite de sessenta salários mínimos, o juizado
especial da fazenda pública possui competência para julgar:
a) ação civil pública para a tutela de direito difuso decorrente de dano ambiental simples.
b) ação que tenha como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidor
civil.
e) ação proposta por particular para reivindicar bem imóvel de autarquia estadual.
(III) De acordo com lei que disciplina o mandado de injunção, uma vez transitada em
julgado a decisão final, o relator poderá, monocraticamente, estender seus efeitos a
casos análogos.
(IV) O STJ entende que o sindicato possui legitimidade para ajuizar, na qualidade de
substituto processual, ação civil pública para a defesa de direitos individuais homogêneos
da categoria que ele representa.
b) A que concluir pela procedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição.
c) Para a que julgar a ação procedente caberá apelação, sem efeito suspensivo.
11. (FCC - PGM-SÃO LUIZ/2016) João impetrou, em primeiro grau de jurisdição, mandado
de segurança no âmbito do qual requereu a produção de prova testemunhal, deixando
de anexar, à petição inicial, prova documental de direito líquido e certo. O Juiz indeferiu
a petição inicial, por entender não estarem presentes os requisitos legais, julgando
extinto o processo sem resolução de mérito. Contra referido ato, João interpôs agravo de
instrumento, o qual não foi conhecido, por entender o Tribunal não se tratar do recurso
adequado. Ainda dentro do prazo decadencial, João impetrou novo mandado de
segurança, com o mesmo objeto, desta vez suprindo as falhas que levaram ao
indeferimento do mandado de segurança anterior. Entendendo haver urgência, além de
estarem presentes os requisitos legais, o Juiz deferiu liminar em favor de João. Contra
referida decisão, interpôs-se agravo de instrumento, ao qual não foi atribuído efeito
suspensivo. De acordo com a Lei nº 12.016/2009, que regulamenta o mandado de
segurança, é correto afirmar que:
a) não cabe recurso contra a liminar deferida em favor de João, mas, sim, novo mandado
de segurança.
b) seriam cabíveis embargos infringentes, e não agravo, contra a decisão que indeferiu a
petição inicial, se o mandado de segurança houvesse sido impetrado perante um dos
Tribunais.
c) João não poderia ter impetrado novo mandado de segurança, com o mesmo objeto,
ainda que dentro do prazo decadencial.
e) contra o ato que indefere a petição inicial do mandado de segurança é cabível recurso
de agravo de instrumento, o qual deveria ter sido conhecido pelo Tribunal.
c) coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa
julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de
seu mandado de segurança no prazo legal.
d) poderá ser impetrado contra decisão judicial transitada em julgado, para defesa de
direito líquido e certo, se não houver fundamento para a ação rescisória.
e) não poderá ser renovado, ainda que dentro do prazo decadencial, se houver decisão
denegatória anterior, apreciando lhe ou não mérito.
QUESTÃO 01 B
QUESTÃO 02 E
QUESTÃO 03 D
QUESTÃO 04 A
QUESTÃO 05 B
QUESTÃO 06 D
QUESTÃO 07 E
QUESTÃO 08 C
QUESTÃO 9 D
QUESTÃO 10 A
QUESTÃO 11 D
QUESTÃO 12 C
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QUESTÕES COMENTADAS
01 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Poá - SP Prova: VUNESP - 2019 -
Prefeitura de Poá - SP - Procurador Jurídico
a) O Ministério Público não tem legitimidade originária para propor ação popular, mas
pode assumir a defesa do ato impugnado ou de seus autores.
Comentários: ERRADO. Compete se for denegatória, se for decisão que concede o MS, o
recurso é o especial.
Comentários: ERRADO. Nesse caso deve-se interpor Agravo Interno para o próprio tribunal.
Comentários: CORRETA.
03 (VUNESP, PGE-SP 2018) A sentença proferida em sede de ação civil pública, que acolhe
integralmente o pedido do autor e autoriza a liberação de remédios de uso proibido por
órgãos administrativos fiscalizadores, todos potencialmente lesivos à saúde da
população, enseja
b) apelação, cujo efeito suspensivo deve ser pleiteado diretamente no Tribunal, por meio
de medida cautelar autônoma e inominada.
d) apelação, com pedido de efeito suspensivo. Depois disso, a Fazenda de São Paulo deverá
protocolar, no Tribunal de Justiça, um pedido de análise imediata desse efeito suspensivo
pleiteado. Ao mesmo tempo, a Fazenda poderá pedir suspensão dos efeitos da sentença ao
Presidente do Tribunal competente.
Gabarito: D
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em
decisão sujeita a agravo.
b) mesmo as controvérsias que somente possam ser resolvidas por atos ou concessão de
direitos sujeitos a autorização do Poder Legislativo estão incluídas na competência das
câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos.
Comentários: ERRADO, art. 32, §5º da Lei nº 13.140/15. Compreendem-se na competência das
câmaras de que trata o caput a prevenção e a a resolução de conflitos que envolvam equilíbrio
econômico-financeiro e de contratos celebrados pela administração com particulares.
Comentários: Art. 33, parágrafo único da Lei nº 13.140/15. A Advocacia Pública da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, onde houver, poderá instaurar, de ofício
ou mediante provocação, procedimento de mediação coletiva de conflitos relacionados à
prestação de serviços públicos.
a) intimar o autor para que este indique as provas que deseja produzir, tendo em vista que
os direitos tutelados pela Fazenda não estão sujeitos à revelia.
b) intimar o autor, para que ele, mediante apresentação de planilha da dívida atualizada,
dê início ao cumprimento de sentença.
d) rejeitar o pedido do autor e intimar as partes dessa decisão, tendo em vista que não se
admite, na monitória, prova testemunhal colhida antes do início do processo, mas apenas
prova documental.
e) intimar o autor para que ele tome ciência do início do reexame necessário.
Comentários: LETRA B.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença:
59
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público;
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada
em:
QUESTÃO 06 (VUNESP, PGE-SP 2018) Da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que
nega seguimento a recurso especial sob o fundamento de que a decisão recorrida estaria
de acordo com o posicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, em
julgamento de tema afetado ao sistema de recursos repetitivos, quando, na verdade,
esse paradigma trata de assunto diverso daquele discutido no recurso especial
mencionado, cabe, segundo a lei processual:
Comentários: ERRADA. Agravo interno. Art. 1.030, §2º, c.c. art. 1.021 do CPC. Sem
previsão legal.
Comentários: CORRETO.
Comentários: ERRADO. Não cabe agravo em recurso especial pois o art. 1.042 veta
expressamente nesse sentido.
a) inexistente o título judicial que se formou, desde que a decisão tenha sido tomada em
controle concentrado. Esse argumento pode ser arguido nos embargos da Fazenda,
durante a execução civil, se a decisão que se pretende rescindir ainda não transitou em
julgado.
b) inexigível a obrigação contida no título judicial que se formou, desde que a decisão do 60
Supremo tenha sido proferida em sede de controle difuso. Esse argumento pode ser
arguido na impugnação da Fazenda, durante o cumprimento de sentença, se a decisão que
se pretende rever ainda não transitou em julgado, e em ação anulatória, se já ocorreu o
trânsito.
c) inválido o título judicial que se formou, mesmo que a decisão tenha sido tomada em
controle difuso ou concentrado. Esse argumento pode ser arguido na impugnação, durante
a fase de cumprimento de sentença ou no processo de execução, mas não em ação
rescisória.
d) inexigível a obrigação contida no título judicial que se formou, desde que a decisão
tenha sido tomada em controle concentrado. Esse argumento pode ser utilizado na
impugnação da Fazenda, durante a fase de cumprimento de sentença, mas, se a decisão
que condenou a Fazenda transitou em julgado, não é cabível ação rescisória com esse
fundamento.
e) inexigível a obrigação contida no título judicial que se formou, mesmo que essa decisão
tenha sido tomada em controle concentrado ou difuso de constitucionalidade. Esse
argumento pode ser utilizado na impugnação da Fazenda, durante a fase de cumprimento
de sentença, se ainda não ocorreu o trânsito em julgado, ou em ação rescisória, se isso já
ocorreu.
Comentários: Letra E
CPC 2015
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 (15 dias) sem o pagamento voluntário,
inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1o deste artigo, considera-se também
inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato
normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em
aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal
como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade
concentrado ou difuso.
a) ação civil pública para a tutela de direito difuso decorrente de dano ambiental simples.
61
b) ação que tenha como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidor
civil.
e) ação proposta por particular para reivindicar bem imóvel de autarquia estadual.
Comentários: LETRA C
LEI 12.153/2009
III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a
servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.
(I) De acordo com o STJ, a sentença que julgar improcedente a ação de improbidade
administrativa se submeterá ao regime de reexame necessário, independentemente do
valor atribuído à causa.
CORRETO. Aplicação do Informativo 607, STJ: A sentença que concluir pela carência ou pela
improcedência de ação de improbidade administrativa está sujeita ao reexame necessário,
com base na aplicação subsidiária do art. 475 do CPC/73 e por aplicação analógica da
primeira parte do art. 19 da Lei n. 4.717/65.
ERRADO. Aplicação do art. 9º da Lei 4.717: Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der
motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos
no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante 62
do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita,
promover o prosseguimento da ação.
(III) De acordo com lei que disciplina o mandado de injunção, uma vez transitada em
julgado a decisão final, o relator poderá, monocraticamente, estender seus efeitos a casos
análogos.
CORRETO. Aplicação do art. 9º, §2º da Lei 13.300: Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva
limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. § 2º
Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos
por decisão monocrática do relator.
(IV) O STJ entende que o sindicato possui legitimidade para ajuizar, na qualidade de
substituto processual, ação civil pública para a defesa de direitos individuais homogêneos
da categoria que ele representa.
Gabarito: LETRA D.
Ação Popular
A) CORRETA - Art. 19, § 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e
suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério Público.
B) ERRADA - Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação
está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito
suspensivo.
C) ERRADA - Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação
está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada
pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.
63
D) ERRADA - Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes",
exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste
caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se
de nova prova.
E) ERRADO - Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar
a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas.
a) INCORRETA. Art. 7º. §1º - Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar
a liminar caberá AGRAVO DE INSTRUMENTO, observado o disposto na Lei no 5.869, de 11
de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
b) INCORRETA. Art. 10. §1º - Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá
APELAÇÃO e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber
originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão
competente do tribunal que integre.
c) INCORRETA. Art. 6º. §6º - O pedido de mandado de segurança PODERÁ SER RENOVADO
dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito.
d) CORRETA. Art 7º. §3º - Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada,
PERSISTIRÃO até a prolação da sentença.
e) INCORRETA. Art. 10. §1º - Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá
APELAÇÃO e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber
originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão
competente do tribunal que integre.
A) ERRADA. Dispõe o art. 23, da Lei nº 12.016/09, que "o direito de requerer mandado de
segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo
interessado, do ato impugnado". Este prazo é de decadência e não de prescrição, pois o
que se extingue é o direito de impetrar o mandado de segurança e não a pretensão
propriamente dita.
b) INCORRETA. Ao contrário do que se afirma, dispõe a súmula 269, do STF, que "o
mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança".
c) CORRETA. É o que dispõe o art. 22, §1º, da Lei nº 12.016/09: "O mandado de segurança
coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada
não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu
mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da
impetração da segurança coletiva". O prazo legal, conforme se nota, é o prazo de trinta
dias.
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d) INCORRETA. Ao contrário do que se afirma, esta constitui uma das hipóteses em que a
lei não admite a impetração de mandado de segurança, senão vejamos: "Art. 5º Não se
concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso
administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II - de decisão
judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - de decisão judicial transitada em
julgado".
e) INCORRETA. Dispõe o art. 6º, §6º, da Lei nº 12.016/09, que "o pedido de mandado de
segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não
lhe houver apreciado o mérito".