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Projeto 80/20 Receita Federal

Auditor Fiscal e Analista


Tributário
Direito Administrativo
Prof. Gustavo Brígido
Administração pública: princípios básicos.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
Poderes administrativos: poder hierárquico, poder
disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia, uso e
abuso do poder.
Atributos dos Atos Administrativos Atributos do Poder de Polícia

Presunção de Legitimidade Discricionariedade

Auto-executoriedade Auto-executoriedade

Tipicidade Coercibilidade

Imperatividade
CICLOS DE POLÍCIA DELEGABILIDADE

1º - ORDEM DE POLÍCIA NÃO

2º - CONSENTIMENTO DE POLÍCIA SIM

3º - FISCLAIZAÇÃO ADMINISTRATIVA SIM

4º - SANÇÃO DE POLÍCIA NÃO


Tese: STF: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente
serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial”.
PODERES ADMINISTRATIVOS DICA 1 DICA 2

VINCULADO IRREVOGÁVEL ALVARÁ DE LICENÇA

DISCRICIONÁRIO REVOGÁVEL ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO

HIERÁRQUICO SUBORDINAÇÃO CONTROLE INTERNO

NORMATIVO DECRETOS REGULEMENTARES ATOS SECUNDÁRIOS

DISCIPLINAR PUNITIVO EM REGRA, VINCULADO

POLÍCIA ADMINISTRATIVA TAXAS DAC


Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos;
anulação, revogação e convalidação;
discricionariedade e vinculação.
Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos,
quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.
Organização administrativa: administração direta e
indireta; centralizada e descentralizada; autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista.
Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Consórcios públicos (Lei nº 11.107/2005)
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a
realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de
direito privado.
§ 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também
façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os
Municípios consorciados.
§ 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos
princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.
§ 4º Aplicam-se aos convênios de cooperação, no que couber, as disposições
desta Lei relativas aos consórcios públicos. (Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a
vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação
civil.
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra
a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
§ 2º O consórcio público, com personalidade jurídica de direito público ou
privado, observará as normas de direito público no que concerne à realização de
licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão de
pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. (Redação dada pela Lei
nº 13.822, de 2019)
Órgãos públicos: conceito, natureza e classificação.
Classificação dos órgãos quanto à posição estatal:
a) Independentes: São os Poderes do Estado. P.ex.: Presidência da República,
Assembleias legislativas.
b) Autônomos: Possuem autonomia administrativa, técnica e financeira. P.ex.:
Ministérios, Secretarias, AGU.
c) Superiores: Detêm poder de direção em relação aos assuntos de sua
competência. P.ex.: Departamento de Polícia Federal, procuradorias jurídicas.
d) Subalternos: Possuem atribuições de mera execução. P.ex.: zeladoria, RH.
Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos.
Art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda
constitucional nº 106, de 2020)
Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Civis da União e alterações):
disposições preliminares; provimento, vacância, remoção,
redistribuição e substituição; direitos e vantagens:
vencimento e remuneração, vantagens, férias, licenças,
afastamentos, direito de petição; regime disciplinar:
deveres e proibições, acumulação, responsabilidades,
penalidades; processo administrativo disciplinar.
Processo administrativo (Lei nº 9.784/1999)
DA DECISÃO COORDENADA
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões
administrativas que exijam a participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou
entidades poderão ser tomadas mediante decisão coordenada, sempre
que: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
I - for justificável pela relevância da matéria; e (Incluído pela Lei nº
14.210, de 2021)
II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo
administrativo decisório. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de
natureza interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada
com a finalidade de simplificar o processo administrativo mediante participação
concomitante de todas as autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis
pela instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a
compatibilidade do procedimento e de sua formalização com a legislação
pertinente. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
§ 5º A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da
eficiência e da transparência, com utilização, sempre que necessário, da
simplificação do procedimento e da concentração das instâncias
decisórias. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
§ 6º Não se aplica a decisão coordenada aos processos
administrativos: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
I - de licitação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
II - relacionados ao poder sancionador; ou (Incluído pela Lei nº 14.210, de
2021)
III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos. (Incluído
pela Lei nº 14.210, de 2021)
Controle e responsabilização da administração:
controle administrativo; controle judicial; controle
legislativo.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e


valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
SÚMULA VINCULANTE 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.
Prazo para revisão de aposentadoria de servidor é de cinco anos da chegada do ato
de concessão à Corte de Contas 19 02 2020
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira
(19), decidiu que o prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos
tribunais de contas é de cinco anos, contados da data de chegada do ato de concessão
do direito ao respectivo tribunal de contas. Por maioria de votos, o Supremo negou
provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 636553, com repercussão geral
reconhecida.
O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de
Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do
processo à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança
jurídica e da confiança legítima”.
Responsabilidade extracontratual do Estado.
Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos 14 09
2020
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, só é caracterizada a
responsabilidade civil objetiva do Estado (artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição
Federal) quando for demonstrado o nexo causal entre o momento da fuga e o delito. A
decisão foi proferida no Recurso Extraordinário (RE) 608880, com repercussão geral
(Tema 362), que servirá orientará a resolução de casos semelhantes sobrestados em
outras instâncias. O julgamento foi realizado na sessão virtual encerrada em 4/9.
Tese: “Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado
por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada”.
Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992)
Suspensão dos Multa Proibição de contratar/Receber
direitos políticos benefícios

EI 8---10 3 x Acréscimo 10 anos


LE 5---8 2 x Dano 5 anos
AP 3---5 100 x Remun 3 anos
EI Até 14 anos Equival. Ao acréscimo Até 14 anos

LE Até 12 anos Equival. Ao Dano Até 12 anos


AP - Até 24 x Remuneração Até 4 anos
Nova Lei de Licitações e Contratos da Administração
Pública (Lei nº 14.133/2021)
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de
licitações e contratos administrativos pertinentes a licitação e contratação para as Administrações
obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
Municípios. I - os órgãos dos Poderes Legislativo e
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal
Lei, além dos órgãos da administração direta, os e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios,
fundos especiais, as autarquias, as fundações quando no desempenho de função administrativa;
públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas II - os fundos especiais e as demais entidades
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito controladas direta ou indiretamente pela
Federal e Municípios. Administração Pública.
§ 1º Não são abrangidas por esta Lei as
empresas públicas, as sociedades de economia mista
e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de
30 de junho de 2016, ressalvado o disposto no art.
178 desta Lei.
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados
observância do princípio constitucional da os princípios da legalidade, da impessoalidade,
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa da moralidade, da publicidade, da eficiência, do
para a administração e a promoção do interesse público, da probidade administrativa,
desenvolvimento nacional sustentável e será da igualdade, do planejamento, da
processada e julgada em estrita conformidade transparência, da eficácia, da segregação de
funções, da motivação, da vinculação ao edital,
com os princípios básicos da legalidade, da
do julgamento objetivo, da segurança jurídica,
impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da razoabilidade, da competitividade, da
da publicidade, da probidade administrativa,
proporcionalidade, da celeridade, da
da vinculação ao instrumento convocatório, do economicidade e do desenvolvimento nacional
julgamento objetivo e dos que lhes são sustentável, assim como as disposições do
correlatos. Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942
(Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro).
FASES DA LICITAÇÃO
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 17. O processo de licitação observará as
seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
§ 1º A fase referida no inciso V docaputdeste artigo
poderá, mediante ato motivado com explicitação dos
benefícios decorrentes, anteceder as fases referidas nos
incisos III e IV docaputdeste artigo, desde que
expressamente previsto no edital de licitação.
Art. 6º. XLII - diálogo competitivo: modalidade de licitação para
contratação de obras, serviços e compras em que a Administração Pública
realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios
objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de
atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final
após o encerramento dos diálogos;
Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a
Administração:
I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:
a) inovação tecnológica ou técnica;
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a
adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão
suficiente pela Administração;
II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que
possam satisfazer suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos:
a) a solução técnica mais adequada;
b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;
c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
DOS CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 45. § 1o Para os efeitos deste artigo, Art. 33. O julgamento das propostas será
constituem tipos de licitação, exceto na modalidade realizado de acordo com os seguintes critérios:
concurso: I - menor preço;
I - a de menor preço - quando o critério de
seleção da proposta mais vantajosa para a II - maior desconto;
Administração determinar que será vencedor o III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
licitante que apresentar a proposta de acordo com IV - técnica e preço;
as especificações do edital ou convite e ofertar o
menor preço; V - maior lance, no caso de leilão;
II - a de melhor técnica; VI - maior retorno econômico.
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos
de alienação de bens ou concessão de direito real
de uso.
Art. 39. O julgamento por maior retorno econômico, utilizado exclusivamente
para a celebração de contrato de eficiência, considerará a maior economia para
a Administração, e a remuneração deverá ser fixada em percentual que incidirá
de forma proporcional à economia efetivamente obtida na execução do
contrato.
Serviços públicos. Conceito, pressupostos constitucionais, regime jurídico,
princípios do serviço público, usuário, titularidade. Delegação de serviço
público: autorização, permissão e concessão.
DELEGAÇÃO FORMALIZAÇÃO
CONCESSÃO COMUM LEI CONTRATO ADMINISTRATIVO /
8987/1995 CONCORRÊNCIA / DIÁLOGO
COMPETITIVO
CONCESSÃO ESPECIAL LEI CONTRATO ADMINISTRATIVO /
11.079/2004 CONCORRÊNCIA / DIÁLOGO
COMPETITIVO
PERMISSÃO LEI 8987/1995 CONTRATO DE ADESÃO /
LICITAÇÃO
AUTORIZAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO
Lei 8987/1995. Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao
pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no
respectivo contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência,
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a
sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de
emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá
iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.
Art. 35. Extingue-se a concessão por:
I - advento do termo contratual;
II - encampação;
III - caducidade;
IV - rescisão;
V - anulação; e
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou
incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder
concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público,
mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na
forma do artigo anterior.
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do
poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das
sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as
normas convencionadas entre as partes.
LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004.

Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro
público ao parceiro privado.

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta
ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);

I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação dada pela Lei nº 13.529,
de 2017)

II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a
execução de obra pública.
Bens públicos: regime jurídico, classificação,
administração, aquisição e alienação, utilização por
terceiros: autorização de uso, permissão de uso,
concessão de uso, concessão de direito real de uso e
cessão de uso.
CC. Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem.
Intervenção do Estado na propriedade:
desapropriação, servidão administrativa,
tombamento, requisição administrativa, ocupação
temporária, limitação administrativa.
Desapropriação Tipo Indenização
Art. 5º. XXIV, CRFB/88 Necessidade ou Justa, prévia e em
utilidade dinheiro
pública/Interesse Social

Art. 182, CRFB/88 Política Urbana Títulos da Dívida Pública

Art. 184, CRFB/88 Reforma Agrária Títulos da Dívida Agrária

Art. 243, CRFB/88 Expropriação Sem indenização


FORMA DE INTERVENÇÃO TIPO
DESAPROPRIAÇAO SUPRESSIVA
SERVIDÃO RESTRITIVA
ADMINISTRATIVA
LIMITAÇÃO RESTRITIVA
ADMINISTRATIVA
REQUISIÇÃO RESTRITIVA
ADMINISTRATIVA
TOMBAMENTO RESTRITIVA
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA RESTRITIVA
Terceiro Setor: Entes paraestatais.
LEI Nº 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014.

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração
pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação,
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a
execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de
trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em
acordos de cooperação.
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:

VII - termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a
transferência de recursos financeiros;
VIII - termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a
transferência de recursos financeiros; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
VIII-A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos
financeiros; (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)
Lei Geral de Proteção a Dados (Lei nº 13.709/2018).
LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios
digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com
o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de interesse nacional e
devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos:
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e
o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.

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