Auditor de Controle Externo TCE-ES 1) O QUE É CARGO PÚBLICO?
“Cargos são as mais simples e indivisíveis unidades de
competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de Direito Pública e criadas por lei, salvo quando concernentes aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam por resolução, da Câmara ou do Senado, conforme se trate de serviços de uma ou de outras destas Casas”.
Celso Antônio Bandeira de Mello
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Lei 8112/1990. Estatuto do servidor público federal
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os
brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
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Cargo público demanda: • Aprovação por meio de lei (ou resolução no Legislativo). • Denominação própria. • Atribuições e Responsabilidades. • Número certo. • Carga horária. • Remuneração. • Provimento efetivo ou comissão.
TAIS REQUISITOS AFASTAM A LEGITIMIDADE DA
CRIAÇÃO DE CARGOS POR TABELA. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 1.1) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Art. 37, caput da Constituição da República. “Submissão do Estado à Lei. Administração pública só pode ser exercida na conformidade da Lei. Todos os seus agentes, desde o Presidente da República até o mais modesto dos servidores deve ser cumpridor das normas gerais aprovadas pelo Legislativo. Celso Antônio Bandeira de Mello Diferente do art. 5, II da Constituição da República. “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo EFEITOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: a) Só pode executar aquilo que a Lei estritamente autoriza; b) Só pode executar as atribuições que a Lei criadora do cargo estabelece; • Assim, além de uma exigência para criação do próprio cargo, a definição das atribuições na Lei resguarda o servidor quanto a extensão da sua responsabilidade. • Da mesma forma, as atribuições dão legitimidade aos atos administrativos praticados pelo servidor público no exercício das suas funções, sob pena de invalidade, conforme teoria do ato administrativo.
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TEORIA DO ATO ADMINISTRATIVO: ATO ADMINISTRATIVO: FORMA PERANTE A QUAL A ADMINISTRAÇÃO EXPRIME A SUA VONTADE. • Elementos essenciais do ato administrativo são aqueles sem os quais o ato administrativo não existe.
COMPETÊNCIA FINALIDADE FORMA
MOTIVO OBJETO
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COMPETÊNCIA: É o poder atribuído ao agente mediante lei, para prática do ato, ou seja é o responsável por praticar o ato.
OBS: uma vez que o agente não tenha competência para
prática do ato, por exemplo, auto de infração, este é nulo, por falta da competência e legitimidade, ou seja, um nada jurídico.
Se o agente está na administração pública ocupando cargo de
pedreiro, não pode lavrar um auto de infração referente a débitos tributários, ante a falta de legitimidade e competência. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo ACÓRDÃO TC 849/2017 No caso em tela, inclusive, embora não se possa afirmar com veemência que o exercício do cargo comissionado criado esteja em desacordo com o que estabelece a Constituição no que se refere à designação de funções de chefia, direção e assessoramento, entendo que do ponto de vista jurídico- interpretativo a redação do dispositivo legal, ora analisado, o torna materialmente inconstitucional, em razão de sua vagueza e de sua inexatidão em relação à especificação das atribuições inerentes ao ocupante do cargo de Procurador Adjunto. (Acórdão TC 849/2017. Relator: Conselheiro Sergio Borges. Tribunal Pleno. Processo: 7254/2015). VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO Lei 8112/1990 Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. OUTROS: JOÃO NEIVA (Lei 3036/2018 – art. 191, VII). VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo OBS: Um ordem para exercer atribuições distintas do seu cargo não seria manifestamente ilegal? [...] ATO PRATICADO POR DELEGADO DE POLÍCIA. ESCOLTA HOSPITALAR DE PRESOS. ATRIBUIÇÃO PRÓPRIA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS. DETERMINAÇÃO DE DESEMPENHO POR AGENTES DE POLÍCIA. DESVIO DE FUNÇÃO. ORDEM MANIFESTAMENTE ILEGAL. EXTRAPOLAÇÃO DO PODER REGULAMENTAR. [...] 2. É ilegal o ato administrativo que estende aos Agentes de Polícia a responsabilidade, ainda que momentânea, de escolta de presos, atribuição própria dos Agentes Penitenciários (Policiais de Custódia), por caracterizar nítido desvio de função. (TJDF 071226137201780700018 DF 0712261-37.2017.8.07.0018, Relator: JOSAPHA FRANCISCO DOS SANTOS, Data do Julgamento: 19/09/2018, Publicado no PJe em 01/10/2018). VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE – LEI 13869/2019
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação,
inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
SERÁ QUE NÃO SE ENQUADRARIA A ATUAÇÃO SEM
ATRIBUIÇÃO LEGAL, EM CLARO DESVIO DE FUNÇÃO, NUMA AÇÃO DE FISCALIZAÇÃO?
Cada vez mais importante seguir as atribuições do cargo.
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PROVIMENTO - Art. 37 CF. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Cargos de Fiscalização só podem ser ocupadas por servidores efetivos, porque o Poder de Polícia é indelegável. Excepcionalmente se observa processo seletivo para alguns cargos de fiscalização, o que, aparentemente não condiz com o comando constitucional. Quem exerce cargo em comissão não pode atuar como fiscal, deve exercer as atividades do cargo comissionado, referente a chefia, direção ou assessoramento. Cargo comissionado com atribuições distintas as de chefia, direção ou assessoramento é inconstitucional. Fiscal efetivo com função gratificada pode continuar fiscalizando. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo QUEM SÃO OS AGENTES DE FISCALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL?
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2) CARREIRAS DE FISCALIZAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Principais características do Poder de Polícia. a) é inerente à administração pública e se reparte entre todos os níveis de governo (União, Estados e Municípios). Trata-se de uma atividade discricionária reconhecida ao governo, uma prerrogativa do direito público, não podendo ser substabelecida, ou seja, o poder de polícia é sempre exercido pela administração pública e jamais delegada a terceiros. b) tem por fundamento o interesse público e deve ser estabelecido sempre com essa finalidade. Em termos tributários, a lei enumera os objetivos de interesse público: segurança, higiene, ordem, costumes, disciplina da produção e do mercado, exercício de atividades dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, tranquilidade pública, respeito à propriedade e respeito aos direitos individuais ou coletivos. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo c) manifesta-se quando o Poder Público age limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, mediante o regulamento da prática de ato ou abstenção de fato. Como somente por lei é que se pode impor limitações a direitos, fácil concluir de que o poder de polícia tem de ser constituído através de lei formal. Todo poder de polícia tem por requisito a autorização legal, podendo, então, manifestar-se por meio de atos regulamentadores da lei (decreto, regulamento etc.), submetendo os indivíduos às respectivas normas.
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No dizer de Celso Antônio Bandeira de Mello: "Através da Constituição e das leis os cidadãos recebem uma série de direitos. Cumpre, todavia, que o seu exercício seja compatível com o bem-estar social. Em suma, é necessário que o uso da liberdade e da propriedade esteja entrosado com a utilidade coletiva, de tal modo que não implique uma barreira capaz de obstar à realização dos objetivos públicos". Administração Pública: a) Estabelece regras e vedações; b) Visa compatibilizar normas e o interesse do bem estar social. c) Utiliza poder para avaliar a compatibilização do interesse público com o privado. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo ONDE ESTÁ A COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO? • Constituição Federal Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
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QUAL O PODER DE POLÍCIA EXERCÍDO? I – planejar o uso e a ocupação do solo; II – estabelecer normas de construção, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano; III – regular o funcionamento de estabelecimentos comerciais, obedecendo às limitações urbanísticas convenientes à ordenação do seu território; IV – regular a utilização dos logradouros públicos; V – regular o trânsito, o transporte público, determinando, inclusive, os itinerários e pontos de estacionamento e de paradas dos transportes coletivos; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo VI – disciplinar os serviços de carga e descarga de mercadorias e controlar a capacidade de peso dos veículos que circulam na área pública municipal; VII – sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais; VIII – regular o depósito de lixo domiciliar e industrial, fixando normas de coleta e transporte, inclusive dos resíduos nocivos à saúde; IX – ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários de funcionamento; X – regular os serviços funerários e de cemitérios; XI – regular os meios de proteção e de defesa da saúde pública; XII – regular o uso de propagandas, cartazes e anúncios; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo XIII – regular o comércio e depósito de animais, inclusive a circulação destes nas vias públicas; XIV – regular os serviços de mercados públicos, feiras e abatedouros; XV – controlar o uso e o comércio de produtos comestíveis e de higiene; XVI – regular o uso e o comércio de produtos perigosos ou nocivos à saúde; XVII – regular a proteção do meio ambiente e o controle da poluição em geral; XVIII – regular a proteção das florestas e a conservação da natureza; XIX – regular a proteção das praias, rios e lagos; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 2.1) CARREIRAS ESPECÍFICAS DE FISCALIZAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA Controlam a autoridade do Poder Público em confronto com a liberdade individual; O exercício pleno de direitos pelo cidadão em face da incumbência da administração condicionar o exercício dos direitos relacionados ao bem-estar coletivo. As atribuições das carreiras de fiscalização de polícia exigem atuação para resguardar os interesses individuais em face dos interesse da Administração Pública.
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Na visão de Roberto Tauil, existem as seguintes frentes de fiscalização de poder de polícia nos municípios: I – Fiscalização Sanitária; II – Fiscalização de Meio Ambiente; III – Fiscalização de Obras de Construção Civil e outras; IV – Fiscalização de Posturas Municipais. OBS: HÁ QUEM SUSTENTE QUE A FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO TAMBÉM FAZ PARTE. VAMOS TRABALHAR ESSAS 4 ATVIDADES CONSIDERANDO O EXERCICÍO DE FORMA AUTÔNOMA. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Fiscalização Sanitária – Atribuições do cargo de Fiscal I - inspeção e fiscalização sanitária; II - lavratura de auto de infração sanitária; III - instauração de processo administrativo sanitário; IV - interdição cautelar de estabelecimento; V - interdição e apreensão cautelar de produtos; VI - fazer cumprir as penalidades aplicadas pelas autoridades sanitárias competentes nos processos administrativos sanitários; e VII - outras atividades estabelecidas para esse fim. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Fiscalização Ambiental – Atribuições do cargo de Fiscal
I - Exercer a fiscalização específica nos termos da legislação
ambiental municipal e demais legislação ambiental pertinente;
II - Fornecer informações e emitir pareceres técnicos
pertinentes aos processos de licenciamento; III - promover a fiscalização das atividades licenciadas ou em processo de licenciamento e desenvolver tarefas de controle e de monitoramento ambiental; IV - promover a apuração de denúncias e exercer a fiscalização sistemática do meio ambiente no município; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo V - trazer ao conhecimento do ente ou órgão responsável qualquer agressão ao meio ambiente, independentemente de denúncia; VI - emitir laudos de vistoria, autos de constatação, notificação, embargos, ordens de suspensão de atividades, autos de infração e multas, em cumprimento da legislação ambiental municipal e demais legislação pertinente; VII - promover a apreensão de equipamentos, materiais e produtos extraídos, produzidos, transportados, armazenados, instalados ou comercializados em desacordo com a legislação ambiental;
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VIII - executar perícias dentro de suas atribuições profissionais, realizar inspeções conjuntas com equipes técnicas de outras instituições ligadas a preservação e uso sustentável dos recursos naturais; IX - exercer o poder de polícia ambiental e em especial aplicar as sanções administrativas previstas na legislação ambiental municipal
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Fiscalização OBRAS – Atribuições do cargo de Fiscal I - Fiscalizar as obras públicas e particulares, concluídas ou em andamento, abrangendo também demolições, terraplenagens, parcelamento do solo, a colocação de tapumes, andaimes, telas, plataformas de proteção e as condições de segurança das edificações; II - Fiscalizar o cumprimento do Código de Obras e Edificações, do Plano Diretor Participativo e da Lei Municipal de Parcelamento do Solo; III - Emitir notificações, lavrar autos de infração e expedir multas aos infratores da legislação urbanística municipal; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo IV - Reprimir o exercício de atividades desenvolvidas em desacordo com as normas estabelecidas na legislação urbanística municipal, as edificações clandestinas, a formação de favelas e os agrupamentos semelhantes que venham a ocorrer no âmbito do Município; V - Realizar vistoria para a expedição de “Habite-se” das edificações novas ou reformadas; VI - Definir a numeração das edificações, a pedido do interessado; VII - Elaborar relatório de fiscalização, bem como autos de infração; VIII - Orientar as pessoas e os profissionais quanto ao cumprimento da legislação;
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Fiscalização POSTURAS – Atribuições do cargo de Fiscal I – Autorização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais etc.; II – Regular o uso e a manutenção dos logradouros públicos; III – Autorizar e fiscalizar propagandas, placas e anúncios nas áreas públicas e frontais aos imóveis; IV – Controle dos mercados públicos, feiras e abatedouros; V – Autorização e funcionamento de eventos, shows, parques de diversões, circos etc. VI – Fiscalizar o cumprimento do Código de Posturas. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo OBSERVA-SE QUE: • Nenhum fiscal de poder de polícia tem atribuição para lançar ou cobrar tributo; • Prestam serviço de poder de polícia, o que constitui fato gerador de possíveis taxas, dependendo da legislação; • Os fiscais de poder de polícia praticam, portanto, o fato gerador e não praticam o lançamento dos tributos. • As carreiras de fiscalização de poder de polícia podem ser aglomeradas ou especializadas: A) Fiscal sanitário e do meio ambiente; B) Fiscal de Obras e Posturas. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Principais distorções que normalmente ocorrem, conforme Roberto Tauil, são: I – Fiscais de poder de polícia fiscalizando tributos (principalmente as taxas); II – Fiscais de poder de polícia reprimindo vendedores ambulantes não autorizados; III – Fiscais de poder de polícia interditando estabelecimentos por fato da pagamento de tributos; IV – Fiscais de poder de polícia reprimindo arruaças, vandalismos, invasões e ocupações indevidas de prédios públicos e privados. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Outras observações conforme Roberto Tauil: I - A repressão aos ambulantes não cadastrados e ao transporte não permitido, o ordenamento de passeatas, desfiles e shows nas áreas públicas são atividades pertinentes a guarda municipal (em proteção ao patrimônio público) e aos policiais militares. II - O controle de trânsito nas vias públicas é de competência da Guarda Municipal, ou da Polícia Militar, e não de agentes fiscais de posturas.
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III - Lançar e cobrar tributos são competências das autoridades fazendárias. A fiscalização e cobrança de tributos competem aos Agentes Fiscais Fazendários ou Tributários, inclusive as taxas. IV) Alvará de Funcionamento não é taxa; é uma licença a ser concedida pelo órgão responsável de poder de polícia. O Alvará, portanto, não é de alçada fazendária, mas as taxas decorrentes do poder de polícia, estas sim, devem ser lançadas, cobradas e fiscalizadas pelos Fiscais de Tributos. OBS: o que define as atribuições e as responsabilidades dos fiscais de poder de polícia e aquilo que será executado no exercício do cargo é a lei que cria este. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 3) CARREIRA DE FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA Art. 37. Constituição da República XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo “SERVIDORES DE CARREIRA ESPECÍFICA” • Servidores efetivos, vedado o exercício terceirizado, comissionado ou mesmo de carreiras diversas. • Existência de carreira específica com normatização prevendo as atribuições desses servidores. • Atribuições exclusivamente tributárias, não devendo confundir-se com fiscalização de posturas, ambiental, urbanismo, obras, etc.
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RESOLUÇÃO ATRICON nº 6/2016 Aprova as Diretrizes de Controle Externo Atricon 3210/2016, relacionadas à temática “Receita e renúncia de receita”
16.11 Se a Administração Tributária, atividade essencial ao
funcionamento do Estado, é exercida por servidores de carreira específica, tem recursos prioritários para a realização de suas atividades e atua de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais com outros entes, na forma da lei ou convênio (inc. XXII, art. 37, CF);
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Resolução TCE-RS 987/13: a define como a atividade de caráter permanente, organizados em carreira específica, com atuação exclusiva nas competências da Administração Tributária: a) administrar, planejar, normatizar, executar e controlar as atividades de fiscalização tributária visando a efetiva arrecadação e a justiça tributária; b) decidir nos procedimentos que criem, modifiquem, suspendam, extingam ou excluam créditos tributários, tais como pedidos de cancelamento, reconhecimento de imunidade, não-incidência ou isenção, ou, ainda, pedidos de moratória e de parcelamento de créditos tributários; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo c) acompanhar a formulação da política econômico-tributária e opinar conclusivamente sobre benefícios tributários ou benefícios financeiros e creditícios que envolvam compensações ou outro tipo de contrapartida tributária; d) consolidar e divulgar a legislação tributária; e) acompanhar e controlar as transferências intergovernamentais no âmbito de sua competência.
QUE CARREIRA ESPECÍFICA É ESSA QUE FALA NA
CONSTITUIÇÃO?
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CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES – CBO Fiscal de Tributos Municipal Descrição Sumária: Fiscalizam o cumprimento da legislação tributária; constituem o crédito tributário mediante lançamento; controlam a arrecadação e promovem a cobrança de tributos, aplicando penalidades; analisam e tomam decisões sobre processos administrativo-fiscais; controlam a circulação de bens, mercadorias e serviços; atendem e orientam contribuintes e, ainda, planejam, coordenam e dirigem órgãos da administração tributária.
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Fiscal de Tributos Municipal – atividades: A) Fiscalizar o cumprimento da legislação tributária; B) Constituir o crédito tributário; C) Controlar a arrecadação de tributos D) Efetuar o controle de bens, mercadorias e serviços; E) Analisar processos administrativos fiscais; F) Organizar o sistema de informações cadastrais; G) Realizar diligências; H) Atender o contribuinte; I) Demonstrar competências pessoais. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Fiscal de Tributos Municipal – atividades ISS: Propor atualização da Legislação Municipal com base na LC 116/2003, LC 123/2006, Decreto Lei 406/1964, CTN. Atribuições da Fiscalização: a) Enquadramento por tipo de ISS de novos contribuintes ou alterações cadastrais; b) Análise e crítica dos relatórios de lançamento por tipo de ISS (autônomos, sociedades, empresas); c) Análise dos relatórios de retenção de ISS na fonte. d) Atendimento aos contribuintes: liberação de documentos fiscais, cálculo de imposto, solução de questões; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo e) Atender contadores de prestadores de serviço; f) Análise, autorização de concessão de parcelamento de débitos fiscais; g) Procedimentos de fiscalização externa; h) Procedimentos de diligência interna; i) Procedimentos Fiscais Administrativos. Orientar a gestão quanto as diretrizes; Atuar no fomento a propagação e uniformização do conhecimento no município. Favorecer tecnicamente a homologação do imposto. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Orientar as diretrizes do planejamento da fiscalização; Propor estratégias para especializar a fiscalização, a fim de tornar mais eficiente a apuração dos fatos geradores. • Divisão por atividades; • Divisão por bairros; • Outras formas de especialização. Análise de projetos de Lei propostos ou em tramitação sob ponto de vista técnico. Manifestar-se sobre possíveis atos de improbidade administrativa dos gestores, assim como analisar aspectos sobre a renúncia de receitas. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo O papel do Fiscal de Tributos no ITBI: Atuando no cálculo do valor, quando o mesmo não é lançado automaticamente, despachando processos e dando pareceres sobre questões correlatas. O ITBI é um imposto de variações de procedimentos, necessitando de um Fiscal treinado para conduzi-lo. São normais os casos de separações conjugais, o cálculo do chamado imposto de reposição, imunidades, cisões e incorporações de empresas, e tantos outros casos que necessitam a atuação de um Fiscal devidamente preparado para resolvê-los.
Roberto Tauil
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REPRESENTAÇÃO – FUNÇÃO DE AVALIADOR DE IMÓVEIS PARA CÁLCULO DO ITBI – ATIVIDADE TÍPICA DE FISCALIZAÇÃO – EXCLUSIVA DE SERVIDOR PÚBLICO EFETIVO DA CARREIRA DE FISCAL DE TRIBUTOS – ILEGALIDADE DE OUTORGA COMO FUNÇÃO DE CONFIANÇA – INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI MUNICIPAL – DETERMINAÇÃO DE ANULAÇÃO DOS ATOS DE DESIGNAÇÃO – MODULAÇÃO DOS EFEITOS – FORMAR PREJULGADO – PROCCEDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO – DETERMINAÇÃO – PRAZO: 180 DIAS. ACÓRDÃO 394-2018 Plenário TCE - ES
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O papel do Fiscal de Tributos na Quota Parte do ICMS: Compete a esse Fiscal a classificação das pessoas jurídicas inscritas no cadastro de atividades econômicas, devendo, por esse motivo, trabalhar localizado bem próximo do setor de Cadastro. Essa classificação é de primordial importância, não devendo, portanto, ser atribuída aos funcionários administrativos do cadastro, cuja responsabilidade de função não alcança esse grau de conhecimento. Uma falha de classificação pode excluir do relatório de prestadores de serviço uma empresa de forte potencial em ISS.
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Ou uma indústria ser classificada em “outras atividades”, não sendo incluída no relatório do IPM. A codificação tanto serve para cobrança da Taxa de Licença de Funcionamento, quando existe, mas também nas análises gerenciais para fins de ISS, ou de IPM. Durante o período das entregas das Declarações o serviço realmente cresce, havendo a necessidade de criar um grupo de Fiscais Tributários encarregados de verificar os documentos perante as empresas contribuintes do ICMS. Realizado o serviço, dissolve-se o grupo, mas o Fiscal encarregado permanece em função na referida área. Roberto Tauil VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo O papel do Fiscal de Tributos nas Taxas: O trabalho do Fiscal compreende a auditagem a posteriori do fato ocorrido, chegando às suas mãos relatórios minuciosos da arrecadação de cada taxa, pelos quais o Fiscal analisará o cumprimento da legislação tributária, incluindo base de cálculo e valor pago. Neste mister, relatórios de segurança e de cruzamento de informações devem ser elaborados, oferecendo ao Fiscal condição de apurar a correção da receita efetuada, ou se está ocorrendo falhas de arrecadação.
Roberto Tauil
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O papel do Fiscal de Tributos no IPTU: Um Fiscal Tributário só deve se ocupar de cálculos tributários. Da mesma forma, deveria se ocupar de fiscalizar tributos gerados por obras. As atribuições do Fiscal Tributário no IPTU são internas sem necessidades de atuações de campo. Ele deve estar assessorado por um grupo de funcionários de atendimento e pessoal encarregado do cadastro imobiliário. O uso de aplicativos informatizados é imprescindível, com sistemas de segurança bem elaborados. Dependendo do tamanho do município, o Fiscal Tributário de IPTU deve subordinar-se diretamente ao Secretário, ou ao Subsecretário da área. Roberto Tauil VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Vamos destrinchar as atuações da Fiscalização nas Obras e sobre Imóveis: • Questões técnicas sobre construção não cabe ao Fiscal Tributário. Mas sim o Fiscal de Obras. • O Fiscal de Obras não deve se preocupar com os tributos gerador pela obra, mas sim o Fiscal Tributário. • O Fiscal de Obras analisa a planta de construção, constata se há irregularidades, ou não, vistoria o local, faz medições e lança no processo informações sobre as tipicidades da construção. Essas informações são transferidas ao Cadastro Imobiliário e através delas é calculado o valor venal do imóvel e, consequentemente, o valor do IPTU. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo • A atuação do Fiscal de Obras gera taxas, que devem ser verificadas e calculadas pelo Fiscal Tributário, assim como identificar se há incidência de ISS na obra. • Quando há divergência quanto as características do imóvel para aferir o valor venal, não é o Fiscal Tributário que faz diligências no imóvel para tirar eventuais dúvidas, mas sim o Fiscal de Obras.
Roberto Tauil
VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo
CONSEGUE VISLUMBRAR AS DIFERENÇAS MAIS CLARAS ENTRE O FISCAL DE PODER DE POLÍCIA E O FISCAL TRIBUTÁRIO? VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Percebe-se que o Fiscal de Poder de Polícia participa ativamente do fato gerador. É a sua prestação de serviço que caracteriza necessariamente a obrigação de pagar o tributo. O fiscal tributário quase sempre atua após a ocorrência do fato gerador. Ele não faz parte da relação jurídica tributária de constituição do crédito e se preocupa tão somente em verificar a regularidade dos lançamentos, os respectivos cálculos, se os valores cobrados são corretos. Fiscal Tributário e Fiscal de Poder de Polícia tem atribuições completamente distintas e não podem ser condensadas no mesmo cargo, sob pena de descaracterizar a carreira específica. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Forma de Ingresso do Fiscal Tributário: • Acórdão TC 1027/2016 – SOMENTE POR CONCURSO PÚBLICO Há situações que não é possível, de maneira nenhuma, a contratação temporária, como é o caso das carreiras de estado. Essas carreiras ainda não foram definidas expressamente pelo ordenamento jurídico, mas são aquelas em que o servidor público atua tomando decisões, interpretando a lei, aplicando sanções. É o caso, por exemplo, dos auditores fiscais, dos guardas de trânsito etc. (Processo: 7254/2008 Data da sessão: 26/10/2016 Relator: Domingos Augusto Taufner). VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo • Processo TC 5922/2015 Decisão 4013/2015 Conceder medida cautelar para determinar a suspensão do Processo Seletivo Simplificado 004/2015 em relação ao cargo de Agente Fiscal de Rendas, na fase em que se encontrar, e, caso já concluído o procedimento, que a autoridade responsável promova a imediata suspensão dos efeitos das nomeações eventualmente realizadas, sob pena de aplicação de multa pecuniária ao responsável, por descumprimento, nos termos do artigo 135, inciso IV, da Lei Complementar nº 621/2012.
VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo
Formação em nível superior. Conforme Roberto Tauil: “A exigência de nível superior é perfeitamente normal no concurso público para provimento no cargo de auditor fiscal, sem, no entanto, aplicar restrições a determinadas carreiras, pois o objetivo é o grau de conhecimento e não a sua especialização. Tanto faz que o concursado possua formação em ciências exatas, ciências sociais ou humanas, ou até mesmo em ciências da saúde. No exercício do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, por exemplo, temos servidores de diversos níveis educacionais, como Administradores, Contadores, Bacharéis em Direito, Engenheiros, Dentistas, Economistas, Médicos, Analistas em Computação etc”. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Formação em nível superior: Receita Federal – qualquer nível superior; Receita Estadual – qualquer área superior;
OBS: Tanto a União, quanto o Estado do Espírito Santo não
especificam formação, bastando ser curso de nível superior. Entretanto, nada impede que a lei instituidora do cargo escolha alguma formação específica para fins de ingresso na administração municipal.
VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo
2. 1.
E NAQUELES MUNICÍPIOS ONDE JÁ EXISTA UMA
CARREIRA ESPECÍFICA DE NÍVEL MÉDIO? “A reestruturação convergente de carreiras análogas não contraria o art. 37, inc. II, da Constituição da República. Logo, a Lei Complementar potiguar n. 372/2008, ao manter exatamente a mesma estrutura de cargos e atribuições, é constitucional. A norma questionada autoriza a possibilidade de serem equiparadas as remunerações dos servidores auxiliares técnicos e assistentes em administração judiciária, aprovados em concurso público para o qual se exigiu diploma de nível médio, ao sistema remuneratório dos servidores aprovados em concurso para cargo de nível superior” (ADI 4303 – STF). VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 2. 1.
Quando não houver alteração das atribuições e da
nomenclatura do cargo, mas tão somente sua reestruturação com alteração quanto a exigência de formação, não ocorrerá provimento derivado do cargo. Portanto, a prática é constitucional. Assim, quando as atribuições coincidem não há, na verdade, que se falar em provimento derivado. No caso os cargos de Auxiliar Técnico e Assistente Administrativo Judiciário, outrora com exigência de nível médio, passou a exigir mediante lei, nível superior sem qualquer alteração nas atribuições, mas tão somente no padrão de vencimento. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 2. 1.
Roberto Tauil debate a questão da criação e adequação
dos cargos de Fiscalização Tributária: A) Criação de novo cargo, com novas atribuições, e manutenção do anterior sem alterações. Neste caso, se o novo cargo estabelece novas atribuições aos seus servidores, dá a entender que o Município passa a ter dois cargos de carreira independentes. O anterior provido com seus servidores e o novo a ser ocupado mediante concurso público.
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2. 1.
B) Criação de novo cargo, com novas atribuições, e extinção
do anterior. Neste caso, o procedimento é idêntico ao item A. Em vista da extinção do cargo anterior, os seus servidores lá permanecerão até o tempo de seus afastamentos naturais.
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2. 1.
C) Criação de novo cargo, com as mesmas atribuições do
anterior, e manutenção deste. Neste caso, se o novo cargo estabelece as mesmas funções que eram exercidas (e perfeitamente identificadas na lei) pelo cargo anterior, entendo que os servidores ocupantes do cargo anterior têm pleno direito de equiparação salarial com os servidores do novo cargo, sendo, porém, vedada a ascensão ao novo. Permanecem atuando na antiga classificação, mas com todos os direitos de vencimentos, inclusive produtividade, se houver, idênticos ao novo cargo.
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2. 1.
D) Criação de novo cargo, com as mesmas atribuições do
anterior, e extinção deste. Neste caso, entendo que o procedimento é idêntico ao item C. Em vista da extinção do cargo anterior, os seus servidores lá permanecerão até o tempo de seus afastamentos naturais.
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Remuneração: • A teoria da priorização de recursos pressupõe uma remuneração compatível com a importância do cargo, dada a especialização e relevância, visando: Continuidade do serviço público; Usufruto dos investimentos realizados em face dos servidores efetivos.
EXISTE UMA MÉDIA OU UM PADRÃO MÍNIMO SALÁRIAL?
• Proposta: Remuneração com produtividade – município com pouca disponibilidade para remuneração atrativa. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo PRODUTIVIDADE POR PONTOS – proposta Tauil Art. 2º - O Adicional de produtividade para fins de pagamento, fica fixado, mensalmente, em até 1000 (um mil) pontos. Art. 3º - O Adicional de Produtividade terá seu valor apurado mediante a computação dos pontos atribuídos às tarefas e atividades constante do anexo I, II, III e IV desta lei e será assim calculado: I - até 200 (duzentos) pontos - 0,10 (dez centésimos) do valor atual da Unidade Fiscal do Município, por ponto; II - de 201 (duzentos e um) a 400 (quatrocentos) pontos - 0,12 (doze centésimos) do valor atual da Unidade Fiscal do Município, por ponto; III - de 401 (quatrocentos e um) a 600 (seiscentos) pontos - 0,14 (quatorze centésimos) do valor atual da Unidade Fiscal do Município, por ponto; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo IV - de 601 (seiscentos e um) a 800 (quatrocentos) pontos - 0,14 (quatorze centésimos) do valor atual da Unidade Fiscal do Município, por ponto; e V - de 801 (oitocentos e um) a 1000 (mil) pontos - 0,18 (dezoito centésimos) do valor atual da Unidade Fiscal do Município, por ponto. Parágrafo Único - O Fiscais de Tributos terão os valores decorrentes da aplicação da tabela mencionada neste artigo, acrescido de 10% (dez por cento) no mês em que se verificar arrecadação tributária própria, equivalente a 310.000 Unidades Fiscais do Município e 20% (vinte por cento) quando a arrecadação atingir a 410.000 Unidades Fiscais do Município, não cumulativos, a ser pago no mês subseqüente ao da apuração. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo - ANEXO I - NATUREZA DO SERVIÇO 1 Diligências Pontuação 1.1 Quando se exaure em si mesma, conduzindo ou não a um serviço de levantamento fiscal 10.00 1.2 Ordem de fiscalização não cumprida, por embaraço à fiscalização, com diligência 10.00 1.3 Ordem de fiscalização cumprida com Termo de Conclusão 10.00 1.4 Ordem de fiscalização com embaraço devidamente notificada à chefia da fiscalização, por endereço 10.00 1.5 Diligência devidamente notificada à chefia da fiscalização na pesquisa de fraudes, por endereço 10.00. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 2 - Levantamento Fiscal Pontuação 2.1 Fiscalização cumprida, por contribuinte (homologação) 2.1.1 Por fração proporcional até 11 meses ( pontuação referente ao mês analisado) 04.20 2.1.2 Um 01 completo 50.00 2.1.3 Até 02 anos completos 55.00 2.1.4 Até 03 anos completos 60.00 2.1.5 Até 04 anos completos 65.00 2.1.6 Acima de 04 anos completos 70.00 2.1.7 Em apuração de fraude, acréscimo fixo 10.00 VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Nota: Os pontos compreendidos nos itens acima não são cumulativos 2.2 Apuração, proposição e/ou lavratura de Auto de Infração 2.2.1 De obrigação principal 2.2.1.1 ISSQN próprio por mês 10.00 2.2.1.2 ISSQN fonte, por mês e por profissionais 10.00 2.2.1.3 Taxas de poder de polícia, por exercício 05.00 2.2.1.4 IPTU próprio, por exercício 05.00 2.2.1.5 ITBI por transmissão com base no valor venal cadastrado 05.00 2.2.1.6 ITBI por transmissão, com base no valor venal determinado por métodos de engenharia de avaliação 10.00 2.2.2 De obrigação acessória 2.2.2.1 Por auto lavrado 05.00 VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 3 Da documentação fiscal e do processo Pontuação 3.1 Verificação em livros fiscais instituídos pela municipalidade 05.00 3.2 Verificação em livros contábeis em geral 05.00 3.3 Verificação em documentos auxiliares no levantamento fiscal, na falta dos livros acima e/ou das notas fiscais, por exercício 05.00 3.4 Inscrição “ex-officio”, por declaração 20.00 3.5 Baixa ou cancelamento “ex-officio”, por declaração 05.00 3.6 Informação em proposta fundamentada em consultas, ou requerimentos, de qualquer natureza (exceto defesa de Auto de Infração), por protocolado 10.00 3.7 Manifestação em defesa de Auto de Infração, por protocolado 20.00 3.8 Laudo e parecer fundamentado em consultas e requerimento, por protocolado, ou processo judicial 25.00 VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 4 Da fiscalização especial Pontuação 4.1 Externa 4.1.1 Fiscalização especial, com dedicação exclusiva, por determinação das chefias ou do diretor do departamento, por dia (jornada integral) 50.00 4.1.2 Fiscalizações noturnas, em feriados ou finais de semana (exceto shows), quando a natureza da atividade exigir e com a devida convocação pela chefia ou pelo diretor do departamento, por diligência 75.00 4.1.3 Fiscalização sob regime especial, com dedicação de tempo integral, em prejuízo das demais fiscalizações, previamente autorizada pela chefia da fiscalização (não cumulativa ao item 2 deste anexo), por dia (jornada integral) 50.00
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4.1.4 Fiscalização de shows e outros eventos realizados no período noturno, feriados ou finais de semana 4.1.4.1 Serviço concluído com apuração da receita SEM contagem dos ingressos, por show e por Fiscal na ação 75.00 4.1.4.2 Serviço concluído com apuração da receita COM contagem dos ingressos, por show e por Fiscal na ação 100.00 4.1.5 Fiscalização concluída de prestador de serviços não inscrito 4.1.5.1 Por fração proporcional, até 11 meses 70.00 4.1.5.2 Até 01 ano completo 80.00 4.1.5.3 Até 02 anos completos 85.00 4.1.5.4 Até 03 anos completos 90.00 4.1.5.5 Até 04 anos completos 95.00 4.1.5.6 Com mais de 04 anos completos 100.00 VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 4.2 Interna 4.2.1 Plantão fiscal - em cumprimento da escala normal ou por convocação de chefias, por dia (jornada integral) 50.00 4.2.2 Convocação pelas chefias ou pelo diretor do departamento, para serviços especiais internos de qualquer natureza, dedicação exclusiva, por dia (jornada integral) 50.00 4.2.3 Atuação como monitor em programas de treinamento com dedicação exclusiva, por dia (jornada integral) 50.00 4.2.4 Participação em cursos de treinamento ou aperfeiçoamento de pessoal, em dedicação exclusiva, por dia (jornada integral) 50.00
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RE 835291 – Relator Ministro Ricardo Lewandowisk • Discute a produtividade fiscal no Estado de Rondônia para o cargo de auditor fiscal de tributos estaduais, técnico tributário e auxiliar de serviços fiscais em efetivo exercício. • Remuneração seria de 40% do valor correspondente ao arrecadado ou compensado a título de multa imposta no auto de infração. • Sustenta-se a impossibilidade de vinculação da arrecadação de impostos com base no art. 167 da Constituição. • Viola os princípios da legalidade e da moralidade porque os recursos deveriam ser repassados integralmente para o caixa único do Estado. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo • Fere o princípio da impessoalidade porque os cargos em questão são os únicos que tem direito a tal gratificação na administração pública, considerando a mesma como privilégio, em face dos demais servidores. • Impessoalidade também objetiva coibir a prática de atos que visem a atingir fins pessoais, impondo, assim, a observância das finalidades públicas. Veda portanto, atos e decisões administrativas motivadas por represálias, favorecimentos, vínculos de amizade, nepotismo, dentre outro sentimentos pessoais desvinculados dos fins coletivos. • Fere a legalidade e a moralidade porque o montante arrecadado deveria ser revertido integralmente para a conta única do governo. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Federação Nacional dos Auditores Fiscais, sustenta: • O auditor não pode inventar infrações fiscais a seu bel prazer. A atividade obedece a planejamento e regulamentos específicos e, quando existente o suporte fático, o auditor tem o dever (não a faculdade) de lavrar auto de infração, que obedece a uma série de etapas administrativas, antes de se fixar a multa pela autoridade competente. • Multa não é tributo, tampouco gera equiparação remuneratória e não se enquadra como imposto para fins de vedação da Constituição Federal.
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PRODUTIVIDADE POR METAS – Projeto GIAT, Francisco Ramos Mangieri – Livro Administração Tributária Municipal Art. 1º - Fica criada a Gratificação por Incremento da Arrecadação Tributária – GIAT. Art. 2º. A gratificação prevista no artigo anterior cumpre o mandamento inserto no art. 37, XXII, da Constituição Federal de 1988, e tem por meta incentivar e aprimorar as atividades de lançamento e arrecadação tributária, inibir a evasão fiscal, reprimir a fraude contra o Fisco e estimular o crescimento real e sustentável da receita tributária. § 1º. A GIAT levará em conta o efetivo incremento da arrecadação tributária do Município, constituindo vantagem pecuniária aos servidores lotados na Secretaria de Economia e Finanças do Município de Bauru. § 2º. O incremento real da receita tributária municipal será verificado a partir da comparação da receita acumulada no exercício com o mesmo período do ano anterior. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Art. 3º. Todos os servidores técnicos lotados na Secretaria de Economia e Finanças, receberão a gratificação nos termos seguintes: I - acima 2% (dois por cento) até 4,5% (quatro e meio por cento) de incremento, a gratificação será o equivalente a 20% (vinte e cinco por cento) dos proventos integrais de cada servidor, recebidos no mês anterior; II - acima de 4,5% (quatro e meio por cento) até 7% (sete por cento) de incremento, a gratificação será o equivalente a 40% (quarenta por cento) dos proventos integrais de cada servidor, recebidos no mês anterior; III - acima de 7% (sete por cento) até 10,5% (dez e meio por cento) de incremento, a gratificação será o equivalente a 60% (sessenta por cento) dos proventos integrais de cada servidor, recebidos no mês anterior; IV - acima de 10,5 % (dez e meio por cento), a gratificação será o equivalente a 80% (oitenta por cento) dos proventos integrais de cada servidor, recebidos no mês anterior. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Autonomia e independência do Fiscal Tributário. • As atividades de fiscalização devem ser exercidas longe da influência e interferência política; • Autonomia, mas responsabilidade, na escolha da metodologia de trabalho, estabelecendo programas e escopos de execução de trabalho. • Postura imparcial, isenta, livre de interferências externas; • A solicitação de diligências por parte da Administração, assim como o estabelecimento de diretrizes da gestão, não comprometem a autonomia e a independência do fiscal. • Existe subordinação, mas autonomia e independência técnica. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Pré Julgado 43 TCE-ES: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - ASSESSORIA - RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS 1.1 Pela possibilidade jurídica da contratação de assessoria ou consultoria de empresa privada para prestação de serviços visando à recuperação de créditos, vez que tais serviços não se encontram dentro das competências exclusivas da Administração Pública, cabendo a elaboração de estudos e pesquisas de maneira prévia à realização da contratação, para que, com fundamentos em tais elementos, possa ser verificada a possibilidade de contratação direta por inexigibilidade ou a necessidade de seguir o regular procedimento licitatório, nos termos da Lei nº 8.666/93; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo 1.2 Considerar plenamente possível a contratação pela Administração Pública com a remuneração paga pelos serviços efetivamente prestados sobre o êxito alcançado, devendo os valores serem fixados em percentual proporcional ao esforço e ao risco suportado pela empresa contratada, respeitando os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e modicidade, somente sendo possível a realização do pagamento após comprovada a realização efetiva dos serviços contratados, qual seja, com o ingresso dos valores nos cofres públicos;
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1.3 Pela aplicabilidade, com eficácia geral, da Orientação Técnica nº 01/1997, com fundamento no princípio da segurança jurídica e da confiança legítima, vez que a própria Corte de Contas emprestou eficácia normativa geral ao entendimento fixado pela orientação técnica, não sendo lícito negar eficácia aos seus preceitos, a fim de penalizar os jurisdicionados que agiram conforme os preceitos fixados por este instrumento normativo. PUBLICAÇÃO: ACÓRDÃO TC 1420/2018-PLENÁRIO, DOEL - TCEES EM 29.10.2018; PREJULGADO nº 43, DOEL - TCEES 02.04.2019
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Considerações do Inteiro Teor do Pré Julgado 43. • A competência tributária é política e indelegável (art. 7º, caput, CTN), não se confundindo com a capacidade tributária ativa, que é “administrativa e delegável”. • Vê-se, portanto, que a transferência ou o compartilhamento das funções de arrecadar e fiscalizar tributos a outra pessoa jurídica de direito público não constitui delegação da competência tributária para sua instituição, esta sim indelegável.
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• Vedada apenas a delegação da competência referente à constituição do crédito tributário por meio do lançamento, pois nos termos do artigo 142 do CTN, tal função compete privativamente (exclusivamente) a autoridade administrativa, • De outro modo, não há vedação legal para delegação das demais funções atinentes a capacidade tributária ativa, sendo plenamente possível que ocorra a sua delegação mesmo que para as pessoas de direito privado e, ainda, que eventualmente tenha contato com dados sigilosos, obviamente está sujeito o contratado à cláusula de confidencialidade, não podendo sob nenhum aspecto divulgar tais informações.
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• Note-se que a própria área técnica na definição proposta quanto aos serviços de revisão das DOT’s, classificou o serviço como sendo apenas uma “atividade de auxílio aos Estados”, o que denota não se tratar de serviço típico e exclusivo da Administração, sendo plenamente passíveis de serem executados por pessoas privadas, diversamente da maneira como propôs a área técnica que, apesar de considerá-lo como atividade de auxílio, afirmou ser de titularidade exclusiva do Estado.
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ADI 5611/2016 • Ajuizada pela Confederação Brasileira dos Servidores Públicos em face da Lei Complementar 832/2016 do Estado do Espírito Santo que tirou a exclusividade dos ocupantes da carreira de auditor fiscal de ocupar os cargos de chefia na Secretaria da Fazenda Estadual. • Debate: Administração Tributária Municipal pode ter servidor comissionado ou somente função gratificada para servidor efetivo?
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Roberto Tauil é contra a cargo comissionado na fiscalização. • Cargo comissionado não pode ter atribuição para fiscalizar; • Assim, caso fosse comissionado, o chefe da fiscalização teria menos poder que o fiscal propriamente dito, uma vez que atribuição de chefia não permite a atuação de atos de fiscalização, mas somente chefia, direção e assessoramento; • Interessante seria função de confiança para servidor efetivo que amplia as atribuições e responsabilidades do cargo efetivo. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Existe algum cargo na ADM TRIBUTÁRIA além dos Fiscais Tributários e dos possíveis cargos em comissão? • É possível e recomendável que se criem cargos de natureza administrativa para apoio a arrecadação e fiscalização: gestão e manutenção dos cadastros mobiliário e imobiliário, parcelamentos, procedimentos administrativos, restituição, registro no sistema de gerenciamento, cancelamento de débitos, compensações, coleta e processamento de informações. Francisco Ramos Mangieri.
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Cargos distintos da fiscalização podem constituir tributos? Realizar lançamentos? • Segundo Francisco Ramos Mangieri a jurisprudência pátria ainda não se manifestou sobre o tema. Conquanto, não há qualquer dispositivo que restrinja o lançamento aos Fiscais Tributários com exclusividade. • Assim, é possível nos tributos de ofício que a legislação municipal delegue a responsabilidade a outro agente público que não fiscal tributário, nem sempre o lançamento é materializado por uma auto de infração. • Assim, seria possível que o chefe do setor responsável pelo IPTU, taxas e ISS fixo, fizesse a cobrança por sua responsabilidade desde que a lei estabeleça tal atribuição. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo Assim, apesar de serem carreiras de fiscalização, cada uma possui uma especificidade. A natureza do conteúdo do trabalho é distinta e a exigência para formação e afinidade também. No caso da fiscalização tributária, exigiu-se carreira específica o que não permite conciliação com outro seguimento de fiscalização de poder de polícia. O desvio de função do fiscal tributário, contraria a priorização de recursos ao setor que possui precedência sobre os demais. Atuação fora das atribuições legais pode ensejar responsabilidade por excesso de poder. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo REFERÊNCIAS MANGIERI, Francisco Ramos. Administração Tributária Municipal. Eficiência e Iteligência Fiscal. Livraria do Advogado Editora: Porto Alegre, 2015. ______. Manual do Fiscal Tributário Municipal. Editora Tributo Municipal: Bauru-SP, 2019. TAIUL , Roberto A. A Estrutura da Secretaria Municipal Fazendário-Financeira. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br/novo/finmun/0039.pdf. Acesso em 22/04/2017. ______. ATOS ADMINISTRATIVOS FISCAIS MUNICIPAIS. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo ______. A CARREIRA DE FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. UM MODELO DE LEI DE PRODUTIVIDADE PARA FISCAIS MUNICIPAIS. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. AS DENOMINAÇÕES DOS AGENTES FISCAIS DOS MUNICÍPIOS. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. FISCAL TRIBUTÁRIO E FISCAL DE PODER DE POLÍCIA. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//.
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______. FISCALIZAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. O Poder de Polícia e a Fiscalização Municipal. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. O PROFISSIONALISMO NO SERVIÇO PÚBLICO. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. A PROMOÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//. ______. POSTURAS MUNICIPAIS E PODER DE POLÍCIA. Disponível em: http://www.consultormunicipal.adv.br//.
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BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; VINICIUS BERGAMINI DEL PUPO - Auditor de Controle Externo V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
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VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
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