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Disciplina: Direito Administrativo.

Professor: Marcelo Sobral.


PAPA CONCURSOS |DIREITO ADMINISTRATIVO| PROF. MARCELO SOBRAL

AGENTES PÚBLICOS
Conceito Di Pietro: Agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da
Administração Indireta.

Conceito Hely: São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função
estatal.

Cargo, emprego e função.

Cargo: segundo o art. 3º da Lei 8.112/90, é “o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na


estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor”. Os cargos existem no regime estatutário, ou seja,
aquele previsto no estatuto da respectiva pessoa federativa. Os cargos estão presentes na administração direta,
autárquica e fundacional. Não encontramos cargos públicos nas pessoas jurídicas de direito privado integrantes da
Administração Indireta (tais como empresas públicas e sociedade de economia mista).

Os cargos são criados por lei. Entretanto, caso estejam vagos, podem ser extintos por decreto, conforme
previsto na Constituição Federal:

CRFB/88
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

A todo cargo corresponde uma função pública. Ou seja, todo ocupante de cargo público exerce função pública.
Temos três tipos de cargos:

a) cargos vitalícios: são três: 1 – Magistrados (art. 95, I). 2 – Membros do Ministério Público (art. 128, §5º, I,
“a”). 3 – Membros dos Tribunais de Contas (art. 73, §3º). Vitaliciedade significa que o agente público somente pode
perder seu cargo em uma hipótese: mediante sentença judicial transitada em julgado. Vejamos a regra do art. 95, I:

CRFB/88
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda
do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença
judicial transitada em julgado;

b) cargos efetivos: são a imensa maioria. Aqui o servidor adquire a famosa estabilidade, tão sonhada por todos
aqueles que almejam ingressar na Administração Pública. Possuir estabilidade significa que o servidor público
somente pode perder o cargo em quatro hipóteses, previstas no art. 41, §1º e 169, §4º, ambos da Constituição.

CRFB/88
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
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§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes
providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o
cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

c) cargos em comissão: nos dizeres de José dos Santos Carvalho Filho, “Os cargos em comissão, ao contrário
dos tipos anteriores, são de ocupação transitória. Seus titulares são nomeados em função da relação de confiança
que existe entre eles e a autoridade nomeante. Por isso é que na prática alguns os denominam de cargos de confiança.
A natureza desses cargos impede que os titulares adquiram estabilidade. Por outro lado, assim como a nomeação para
ocupá-los dispensa a aprovação prévia em concurso público, a exoneração do titular é despida de qualquer formalidade
especial e fica a exclusivo critério da autoridade nomeante. Por essa razão é que são considerados de livre nomeação
e exoneração (art. 37, II, CF)”.

Importante salientar aqui a regra do art. 37, V, CRFB/88, abaixo transcrito:

CRFB/88
Art. 37.
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Ou seja, as funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
enquanto os cargos em comissão admitem pessoas estranhas aos quadros da Administração Pública.

Emprego: Para Di Pietro, emprego público possui o mesmo conceito de cargo público, ou seja, também é um
conjunto de atribuições. A diferença está no vínculo entre o seu ocupante e o Estado. Enquanto no cargo público o
vínculo é estatutário (no caso da União, o estatuto é a Lei 8.112/90), no emprego público o vínculo é contratual (CLT
– Consolidação das Leis do Trabalho).

Os empregos públicos são encontrados normalmente nas empresas públicas e nas sociedades de economia
mista. Isto por ordem constitucional, já que a Lei Maior diz que estas pessoas estão sujeitas ao mesmo regime
trabalhista das pessoas privadas. Vejamos:

CRFB/88
Art. 173.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, dispondo sobre:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

No âmbito federal, com a restauração da redação original do Art. 39 da CRFB/88 (STF, ADI 2135, agosto/2007),
não é possível contratar empregados públicos para trabalhar na administração direta, autárquica e fundacional. Este
tipo de vínculo foi viabilizado com a publicação da EC19/98, que extinguiu a exigência de regime jurídico único. Os que
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foram contratados para ocupar empregos públicos, entre 1998 e 2007, por enquanto, permanecem, até sabermos o
resultado do julgamento da ADI 2135.

Função: nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho, “a função pública é a atividade em si mesma, ou seja,
função é sinônimo de atribuição e corresponde às inúmeras tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados
pelos servidores públicos”. Neste sentido, todo ocupante de cargo ou emprego público exercem uma função pública,
mas a recíproca não é verdadeira. Posso exercer uma função pública sem estar investido num cargo ou emprego
público. Por exemplo, o agente honorífico, na figura do jurado. Também no caso das contratações com fundamento
no art. 37, IX, CRFB/88 (necessidade temporária de excepcional interesse público).

Classificação (Hely Lopes Meirelles).

Agentes políticos: componentes do Governo nos primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos
ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais. Atuam
com plena liberdade funcional, desempenhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias,
estabelecidas na Constituição e em leis especiais. Não são funcionários públicos em sentido estrito, nem se sujeitam
ao regime estatutário comum. Têm normas específicas para sua escolha, investidura, conduta e processo por crimes
funcionais e de responsabilidade, que lhes são privativos. Ex: Chefes do Executivo e seus auxiliares diretos; membros
do Legislativo, membros do Judiciário; membros do Ministério Público; membros dos Tribunais de Contas e
representantes diplomáticos.

No mesmo sentido o STF, entendendo que os Magistrados são agentes políticos:

EMENTA: (...) Os magistrados enquadram-se na espécie agente político, investidos para o


exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no
desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação específica.(...)

RE 228.977/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Néri da Silveira, julgado em 05.03.2002.

Agentes administrativos: exercem atividade pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos à


hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente ao qual pertencem. São os ocupantes de cargos,
empregos e funções públicos na Administração Direta e Indireta. Como espécies temos:

a) Servidores públicos: agentes sujeitos ao regime estatutário (de natureza legal). São os titulares de cargos
públicos de provimento efetivo e de provimento em comissão.

b) Empregados públicos: agentes sujeitos ao regime da CLT (de natureza contratual). São os ocupantes de
empregos públicos.

C) Temporários: contratados por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional
interesse público (Art. 37, IX, CF/88). Não possuem cargo nem emprego públicos. Exercem função pública remunerada
temporária. Seu regime é o jurídico-administrativo, e não trabalhista.

Agentes honoríficos: cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestarem, transitoriamente,


determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade, ou de sua notória
capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração.
Ex: jurado e mesário eleitoral. Não são funcionários públicos, mas momentaneamente exercem uma função pública.
Sobre estes agentes eventuais do Poder Público não incidem as proibições constitucionais de acumulação de cargos,
funções ou empregos (art. 37, XVI e XVII, CF/88) porque a sua vinculação com o Estado é sempre transitória e a título
de colaboração cívica, sem caráter empregatício. Somente para fins penais é que esses agentes são equiparados a
funcionários públicos (art. 327 CP).

Agentes delegados: particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou
serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a
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permanente fiscalização do delegante. Ex: concessionários e permissionários de serviços públicos, leiloeiros e


tradutores públicos.

Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da Administração para representá-la em


determinado ato ou praticar certa atividade específica. Ex: cientista brasileiro representante do Brasil em convenção
científica internacional.

Classificação (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).

Agentes políticos: ideia ligada à de governo e à de função política. São aqueles que exercem atividades de
governo através de mandato, para o qual são eleitos. Não basta o agente estar previsto na Constituição; deve exercer
função de governo. Logo, entram aqui os Chefes do Executivo e seus auxiliares diretos e os Membros do Legislativo.

Servidores Públicos: a mesma classificação do Hely em relação aos agentes administrativos. Logo, entram aqui
os servidores estatutários, os empregados públicos e os servidores temporários

Militares: Os militares abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas - Marinha, Exército
e Aeronáutica (art. 142, caput, e §3º, da Constituição) - e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos
Estados, Distrito Federal e dos Territórios (art. 42), com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante
remuneração paga pelos cofres públicos.

Particulares em colaboração com o Poder Público:

a) delegação do Poder Público, como se dá com os empregados das empresas concessionárias e


permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os
leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos; eles exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo
empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebe não é paga pelos cofres públicos
mas pelos terceiros usuários do serviço.

b) requisição, nomeação ou designação para o exercício de funções públicas relevantes; é o que se dá com os
jurados, os convocados para prestação de serviço militar obrigatório ou eleitoral, os comissários de menores, os
integrantes de comissões, grupos de trabalho etc.; também não tem vínculo empregatício e, em geral, não recebem
remuneração.

c) gestores de negócios que, espontaneamente, assumem determinada função pública em momento de


emergência, como epidemia, incêndio, enchente etc.

Agentes de fato

Carvalho Filho: "A doutrina refere-se a um grupo de agentes que, mesmo sem ter uma investidura normal e
regular, executam uma função pública em nome do Estado. São os denominados agentes de fato, nomenclatura
empregada para distingui-los dos agentes de direito. O ponto marcante dos agentes de fato é que o desempenho da
função pública deriva de situação excepcional, sem prévio enquadramento legal, mas suscetível de ocorrência no
âmbito da Administração, dada a grande variedade de casos que se originam da dinâmica social. Podem ser agrupados
em duas categorias:

1. os agentes necessários; e

2. os agentes putativos.

Agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam atividades em situações excepcionais, como,
por exemplo, as de emergência, em colaboração com o Poder Público e como se fossem agentes de direito. Agentes
putativos são os que desempenham uma atividade pública na presunção de que há legitimidade, embora não tenha
havido investidura dentro do procedimento legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do servidor que pratica
inúmeros atos de administração, tendo sido investido sem aprovação em concurso público. 9 Não é fácil, logicamente,
identificar os efeitos produzidos por atos de agentes de fato. Antes de mais nada, é preciso examinar caso a caso as
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situações que se apresentem. Como regra, pode dizer-se que os atos de agentes necessários são confirmados pelo
Poder Público, entendendo-se que a excepcionalidade da situação e o interesse público a que se dirigiu o agente têm
idoneidade para suprir os requisitos de direito. Em relação aos agentes putativos, podem ser questionados alguns atos
praticados internamente na Administração, mas externamente devem ser convalidados, para evitar que terceiros de
boa-fé sejam prejudicados pela falta de investidura legítima. Fala-se aqui na aplicação da teoria da aparência,
significando que para o terceiro há uma fundada suposição deque o agente é de direito. 10 Acresce, ainda, que, se o
agente exerceu as funções dentro da Administração, tem ele direito à percepção da remuneração, mesmo se ilegítima
a investidura, não estando obrigado a devolver os respectivos valores; a não ser assim, a Administração se beneficiaria
de enriquecimento sem causa.

Note-se, porém, que o agente de fato jamais poderá usurpar a competência funcional dos agentes públicos em
geral, já que este tipo de usurpação da função pública constitui crime previsto no art. 328 do Código Penal".

Di Pietro: "A função de fato ocorre quando a pessoa que pratica o ato está irregularmente investida no cargo,
emprego ou função, mas a sua situação tem toda aparência de legalidade. Exemplos: falta de requisito legal para
investidura, como certificado de sanidade vencido; inexistência de formação universitária para função que a exige,
idade inferior ao mínimo legal; o mesmo ocorre quando o servidor está suspenso do cargo, ou exerce fu nções depois
de vencido o prazo de sua contratação, ou continua em exercício após a idade-limite para aposentadoria compulsória.

Ao contrário do ato praticado por usurpador de função, que a maioria dos autores considera como inexistente, o ato
praticado por funcionário de fato é considerado válido, precisamente pela aparência de legalidade de que se reveste;
cuida-se de proteger a boa-fé do administrado".

Normas Constitucionais

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos
em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;
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X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados
ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos
pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
de pessoal do serviço público;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para
fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,
pelo poder público;

(...)

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias,
que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e
142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo,
as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
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§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal
fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o
disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições
e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,
enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.

§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou
função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou
o referido tempo de contribuição.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será
aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no
ente federativo de origem.

Art. 39.

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e


Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de


confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)

(...)

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;


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III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
01 – (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: SEFAZ-ES Prova: FGV - 2021 - SEFAZ-ES - Auditor Fiscal da
Receita Estadual – Tarde) João, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, completou 75 anos e
foi aposentado compulsoriamente. Tendo em vista sua vasta experiência profissional na área em que atua,
no dia seguinte à publicação de sua aposentadoria no Diário Oficial, João foi convidado pelo Secretário
Estadual para exercer um cargo em comissão, de maneira a cumprir exatamente as mesmas funções de
assessoramento que exercia antes de se aposentar. Não havendo impedimentos de ordem
infraconstitucional no caso concreto, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, João

A) não pode ser nomeado para cargo em comissão após 75 anos de idade, assim como para qualquer outro
tipo de cargo ou emprego público, por expressa vedação constitucional.

B) não pode ser nomeado para cargo em comissão que lhe foi oferecido, por ofensa reflexa à vedação
constitucional mediante fraude.

C) não pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois precisa cumprir quarentena
de três anos para o exercício de qualquer outra função pública, exceto cargo eletivo.

D) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, devendo ser reconhecida a
continuidade de vínculo efetivo com a Administração, para fins de recebimento de verbas remuneratórias e
gratificações de produtividade, em atenção aos princípios da eficiência e da isonomia.

E) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois os servidores ocupantes de
cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória, não havendo
que se falar em continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração.

02 – (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil
Substituto) João se inscreveu em concurso público para provimento de certo cargo efetivo na área da
segurança pública no Estado Alfa. Após ser aprovado na prova objetiva, João recebeu um comunicado da
entidade organizadora do concurso informando-lhe que seria realizado um exame psicotécnico, de caráter
eliminatório. Tendo em vista que não havia previsão em lei nem no edital do concurso para tal exame
psicotécnico, João impetrou mandado de segurança impugnando a realização do exame.

De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a pretensão de João:

A) não merece prosperar, pois há discricionariedade do Estado Alfa para definir quais concursos públicos
devem exigir exame psicotécnico, de acordo com a natureza do cargo;

B) não merece prosperar, pois há discricionariedade da entidade organizadora para definir quais concursos
públicos devem exigir exame psicotécnico, conforme a natureza do cargo;

C) não merece prosperar, desde que todos os candidatos sejam submetidos ao mesmo exame psicotécnico,
de maneira a atender aos princípios da isonomia e competitividade;
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D) merece prosperar pois haveria necessidade de prévia previsão em lei e previsão no edital com a devida
publicidade dos critérios objetivos fixados e possibilidade de recurso;

E) merece prosperar, pois haveria necessidade de prévia previsão no edital do exame psicotécnico
independentemente de previsão em lei.

03 – (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil
Substituto) A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado Alfa foi alterada pela Assembleia Legislativa, de
maneira que foi inserido um artigo dispondo que é vedado ao servidor público ocupante de cargo efetivo ou
comissionado servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil. De acordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a norma mencionada é:

A) constitucional, porque existe presunção de ofensa aos princípios expressos da administração pública da
impessoalidade e da moralidade;

B) constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula vinculante
que veda o nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos;

C) constitucional, porque cada Estado da Federação tem autonomia para ampliar livremente as hipóteses
de nepotismo previstas em súmula vinculante;

D) inconstitucional, porque os ocupantes de cargos efetivos ou comissionados no âmbito da polícia civil são
considerados agentes políticos e, por isso, não incide a súmula vinculante que proíbe o nepotismo;

E) inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do nepotismo
não têm como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso público.

04 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Técnico do Ministério
Público – Administrativa) João, servidor público estadual estável ocupante de cargo efetivo, foi demitido
após processo administrativo disciplinar. Quatro anos depois, sua demissão foi invalidada por sentença
judicial transitada em julgado. De acordo com a Constituição da República de 1988, João será reintegrado
e José, servidor estadual estável que estava ocupando a vaga de João no momento de sua reintegração,
será:

A) colocado em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de contribuição, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo;

B) exonerado, em razão de extinção superveniente do cargo público então provido pelo servidor, com direito
a indenização;

C) reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço;

D) readaptado em outro cargo similar, com redução ou cometimento de encargos diversos daqueles que o
funcionário estava exercendo;

E) aproveitado em cargo de natureza e vencimento hierarquicamente superiores ao anteriormente ocupado,


com direito a indenização.

05 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério
Público – Processual) Pedro, membro do Ministério Público do Estado Alfa, decidiu se inscrever em
concurso público de provas e títulos para o provimento do cargo efetivo WW, afeto ao exercício do magistério
em universidade federal.

Considerando que Pedro também exercia o magistério em uma universidade estadual, é correto afirmar que
ele:
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A) poderá tomar posse no cargo efetivo WW, por expressa autorização constitucional;

B) só poderá tomar posse no cargo efetivo WW caso seja posto em disponibilidade no Ministério Público;

C) não poderá tomar posse no cargo efetivo WW, enquanto não for exonerado do outro cargo afeto ao
magistério;

D) só poderá acumular o cargo efetivo WW caso os horários sejam compatíveis, observado o teto
remuneratório;

E) poderá tomar posse no cargo efetivo WW, mas terá que optar pela remuneração de um dos cargos de
magistério.

06 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área
Judiciária) Maria exerce a função de confiança de Diretora do Departamento de Engenharia e Arquitetura
de determinado Tribunal de Justiça.

De acordo com as disposições constitucionais sobre a administração pública e os agentes públicos, é correto
afirmar que Maria:

A) é necessariamente servidora pública ocupante de cargo efetivo;

B) é necessariamente pessoa não concursada ocupante de cargo de livre nomeação e exoneração;

C) é necessariamente servidora pública ocupante de cargo em comissão;

D) pode ser pessoa não concursada ocupante de cargo de livre nomeação ou servidora ocupante de cargo
efetivo;

E) pode ser pessoa não concursada ocupante de cargo de livre nomeação ou servidora contratada
temporariamente.

07 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área
Judiciária) João foi aprovado em concurso público para o cargo efetivo de Analista Financeiro da Secretaria
Estadual de Fazenda, obtendo classificação dentro do número de vagas oferecidas no edital do certame. Ao
final do prazo de validade do concurso, por não ter sido convocado, João ingressou com medida judicial
pleiteando sua nomeação e posse.

De acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, o pleito de João:

A) não merece prosperar, pois o candidato aprovado em concurso público, ainda que dentro do número de
vagas ofertadas no edital, possui apenas expectativa de direito à nomeação, em razão do princípio da
discricionariedade;

B) não merece prosperar, pois João deveria ter comprovado que foi preterido por outro candidato aprovado
fora do número de vagas ou que a ordem de classificação do concurso foi burlada;

C) não merece prosperar, pois João deveria ter comprovado que foi preterido em razão da nomeação, a
título precário, de pessoa contratada sem prévio concurso público para desempenhar as mesmas funções
de Analista Financeiro;

D) merece prosperar, pois João possui direito subjetivo à nomeação, cuja necessidade é presumida a partir
da previsão editalícia do número de vagas, em respeito aos princípios da boa-fé e segurança jurídica;

E) merece prosperar, pois João possui direito líquido e certo à nomeação, cuja necessidade é presumida
em relação a todos os candidatos aprovados no concurso, inclusive além do número de vagas.
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08 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de
Salvador - BA - Especialista em Políticas Públicas) Prefeito de determinado município do Estado da
Bahia nomeou sua esposa, médica de notório conhecimento e atuação exemplar, para exercer o cargo de
Secretária Municipal de Saúde. No caso em tela, com as informações apresentadas acima, a princípio, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,

A) não é possível afirmar que houve flagrante violação ao princípio da impessoalidade pela prática de
nepotismo, pois o cargo de secretário municipal possui natureza política.

B) não é lícito o ato administrativo de nomeação, pois houve flagrante violação ao princípio da moralidade
pela prática de nepotismo.

C) é possível afirmar que houve flagrante ato de improbidade administrativa, por violação aos princípios da
eficiência e legalidade.

D) é possível afirmar que houve flagrante crime eleitoral pela prática de ato expressamente proibido pelo
texto constitucional que viola a impessoalidade.

E) é possível afirmar que houve flagrante falta disciplinar pela prática de ato punível com a sanção funcional
de afastamento cautelar da função pública.

09 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de
Salvador - BA - Guarda Civil Municipal) João, servidor público ocupante do cargo de provimento efetivo
de engenheiro de radiação, desejava realizar um novo concurso público, de modo a vir a ocupar dois cargos
de provimento efetivo, caso houvesse compatibilidade de horários.

À luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.

A) João não pode ocupar outro cargo de provimento efetivo.

B) João somente pode vir a ocupar um cargo de professor.

C) João somente pode vir a ocupar um cargo técnico.

D) João pode vir a ocupar um cargo de professor ou de técnico.

E) João pode vir a ocupar um cargo na área de saúde.

10 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico)
Maria, servidora pública, foi aposentada por invalidez. Ocorre que, um ano depois, após se submeter a um
tratamento específico, foi totalmente curada, o que a levou a pleitear o retorno ao serviço ativo.

Para que Maria possa retornar ao serviço ativo, deve ocorrer:

A) a sua reversão;

B) a sua reintegração;

C) a sua readaptação;

D) a sua transferência;

E) o seu aproveitamento.

11 – (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Médio de
Defensoria Pública) Professores municipais ocupantes de cargo efetivo da rede pública de educação
realizaram greve, pelo período de duas semanas, pleiteando aumento salarial. Após o retorno às atividades,
o Município propôs aos grevistas a compensação, por acordo, dos dias de paralisação. Um grupo de
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professores grevistas procurou assistência jurídica na Defensoria Pública, indagando sobre a conveniência
de aceitarem o acordo.

Tendo em vista que a greve não foi provocada por conduta ilícita do Poder Público, o Defensor Público, com
base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, orientou os professores a:

A) aceitarem o acordo de compensação, pois é cabível a compensação dos dias de paralisação decorrentes
do exercício do direito de greve pelos servidores públicos por meio de acordo, sob pena de imediata
demissão dos servidores grevistas;

B) aceitarem o acordo de compensação, pois a administração pública deve proceder ao desconto dos dias
de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da
suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo;

C) aceitarem o acordo de compensação, pois é cabível a compensação dos dias de paralisação decorrentes
do exercício do direito de greve pelos servidores públicos por meio de acordo, haja vista que o direito de
greve não se estende ao serviço público;

D) não aceitarem o acordo de compensação, pois a administração pública não pode proceder ao desconto
dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos,
independentemente da greve não ter sido provocada por conduta ilícita do Poder Público;

E) não aceitarem o acordo de compensação, pois, apesar de a administração pública dever descontar os
dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da
suspensão do vínculo funcional que dela decorre, não é permitida a compensação por meio de acordo.

12 – (Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: FGV - 2018 - Câmara de Salvador
- BA - Analista Legislativo Municipal - Mesa Diretora (Ouvidoria)) João, servidor público municipal,
ocupando o cargo de provimento efetivo de auxiliar de escritório, após anos de estudo, logrou êxito em ser
aprovado em concurso público de provas e títulos para o cargo público federal de auxiliar de almoxarife. Ao
comparecer à repartição federal, requereu que fosse reconhecido o seu direito a acumular os cargos
públicos, bem como que o tempo de contribuição previdenciária municipal fosse computado no plano federal.

À luz da sistemática constitucional, o requerimento de João deve ser:

A) acolhido, pois ele pode acumular os cargos em razão da aprovação em concurso público, bem como
contar o tempo de contribuição previdenciária em outro ente federativo;

B) parcialmente rejeitado, pois ele pode acumular os cargos, mas não contar o tempo de contribuição
previdenciária em outro ente federativo;

C) parcialmente rejeitado, pois ele somente poderia contar o tempo de contribuição previdenciária no cargo
municipal no período em que acumulasse o cargo federal;

D) parcialmente rejeitado, pois ele não pode acumular os cargos, mas pode contar o tempo de contribuição
previdenciária em outro ente federativo;

E) rejeitado, pois não é possível acumular cargo público ou contar o tempo de contribuição previdenciária
em outro ente federativo.

13 – (Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: FGV - 2018 - Câmara de Salvador
- BA - Analista Legislativo Municipal - Mesa Diretora (Ouvidoria)) Determinada Câmara Municipal criou
cinco cargos em comissão de Assessor Administrativo de Ouvidoria, para exercício de funções meramente
técnicas e burocráticas, sem caráter de direção, chefia ou assessoramento. Todos os cargos foram providos
por pessoas não concursadas, mediante livre nomeação do Presidente da Câmara.

A conduta do chefe do parlamento municipal é:


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A) constitucional, pois os cargos em comissão são criados por lei e declarados de livre nomeação e
exoneração pelo Presidente da Câmara;

B) constitucional, pois deve haver relação de confiança entre o Presidente da Câmara e os agentes públicos
lotados nas ouvidorias, por sua natureza sigilosa e correicional;

C) inconstitucional, pois deveriam ter sido nomeados servidores públicos efetivos e estáveis de carreira para
exercício daqueles cargos em comissão na ouvidoria;

D) inconstitucional, pois atividades meramente técnicas e burocráticas não podem ser desempenhadas por
ocupantes de cargos em comissão, e sim por agentes que exerçam função de confiança;

E) inconstitucional, pois os cargos em comissão e funções de confiança destinam-se apenas às atribuições


de direção, chefia e assessoramento.

14 – (Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO) Relacione as formas de provimento de cargo público às suas
respectivas definições.

1. Nomeação 2. Reintegração 3. Readaptação 4. Reversão

( ) é o reingresso do servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentes os motivos


determinantes de sua aposentadoria por invalidez.

( ) é forma original de provimento de cargo público e sendo este cargo de carreira depende de prévia
habilitação e aprovação em concurso público.

( ) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com suas limitações


físicas ou mentais, conforme verificado por autoridade médica.

( ) é a investidura do servidor em cargo por este anteriormente ocupado ou no resultante de sua


transformação, quando invalidada sua demissão.

Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.

A) 3, 2, 1 e 4.

B) 2, 3, 4 e 1.

C) 4, 2, 1 e 3.

D) 1, 2, 4 e 3.

E) 4, 1, 3 e 2.

15 – (Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: FGV - 2018 - Câmara de Salvador
- BA - Analista Legislativo Municipal – Cerimonial) João, servidor público estável ocupante de cargo
efetivo no Município de Salvador, acaba de se eleger Vereador no mesmo Município. De acordo com as
normas constitucionais aplicáveis:

A) independentemente de haver compatibilidade de horários, João deverá se afastar do cargo efetivo, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração;

B) independentemente de haver compatibilidade de horários, João deverá se afastar do cargo efetivo,


auferindo a remuneração pelo cargo eletivo;

C) se houver compatibilidade de horários, João poderá acumular os dois cargos, mas perceberá apenas a
remuneração de um dos cargos, facultando-lhe a escolha;
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D) se houver compatibilidade de horários, João perceberá as vantagens de seu cargo efetivo, sem prejuízo
da remuneração do cargo eletivo;

E) se houver compatibilidade de horários, João poderá acumular os dois cargos, mas perceberá apenas a
remuneração do cargo eletivo.

16 – (Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Provas: FGV - 2018 - AL-RO - Consultor Legislativo -
Assessoramento em Orçamentos) Priscila de Souza prestou concurso para o cargo público de agente de
fiscalização de transportes. O edital referia a existência de duas vagas e ela foi aprovada na 3ª colocação.
Ocorre que, ainda durante o prazo do certame, os dois primeiros colocados desistiram do concurso, por
meio de termo expresso lavrado em cartório.

Priscila pretende ser nomeada para o cargo, que permanece aberto na estrutura administrativa, mas a
Administração Pública se opõe, registrando que grande parte das funções previstas para o cargo de agente
de fiscalização foi transferida para a Agência de Regulação dos Serviços Públicos, que faz parte da mesma
estrutura administrativa, não havendo mais interesse público no preenchimento do cargo.

Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

A) A Administração Pública tem o dever de perseguir o interesse público, pelo que Priscila não tem direito à
nomeação.

B) A Administração Pública tem o poder discricionário de efetivar ou não a nomeação. Entretanto, se esta
ocorrer, deve obedecer à ordem de aprovação no certame.

C) Priscila tem mera expectativa de direito à nomeação, visto que não foi aprovada dentro do número de
vagas.

D) Priscila tem direito subjetivo a ser nomeada, ante a desistência dos dois primeiros colocados, estando
vigente o prazo do certame, obedecida a ordem de classificação.

E) Como houve o remanejamento das principais funções de agente de fiscalização de transportes, não há
mais direito à nomeação.

17 – (Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova: FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério
Público - Área Jurídica) João tomou posse no cargo de agente administrativo, de provimento efetivo, após
regular aprovação em concurso público de provas. Como o seu objetivo era o de alcançar a estabilidade no
cargo, procurou um advogado e solicitou informações a respeito dos requisitos a serem preenchidos para
que tal venha a ocorrer. À luz da narrativa acima e dos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica, o
advogado respondeu corretamente que João

A) somente poderia adquirir a estabilidade caso tivesse sido aprovado em concurso público de provas e
títulos.

B) irá adquirir estabilidade após três anos de efetivo exercício e parecer favorável da comissão de avaliação.

C) irá adquirir estabilidade após dois anos de efetivo exercício e parecer favorável da comissão de avaliação.

D) irá adquirir estabilidade após o decurso de três anos de efetivo exercício, somente.

E) irá adquirir estabilidade após o decurso de dois anos de efetivo exercício, somente.

18 – (Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TJ-AL) Em matéria de remuneração de servidores públicos, a
Constituição da República de 1988 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal asseguram que:

A) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário devem ser iguais ou superiores
aos pagos pelo Poder Executivo;
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B) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias é permitida, para o efeito de


remuneração de pessoal do serviço público;

C) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados, para fins
de concessão de acréscimos ulteriores;

D) não cabe ao Poder Legislativo interferir, de qualquer forma, na fixação ou alteração do subsídio de
membros do Poder Judiciário, garantida a revisão geral anual;

E) não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos, sob o fundamento de isonomia.

19 – (Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: SEPOG - RO Prova: FGV - 2017 - SEPOG - RO - Técnico em
Políticas Públicas e Gestão Governamental) Os agentes públicos – agentes administrativos –
representam a grande maioria dos agentes e subdividem-se em no mínimo três categorias, a saber:

A) agentes honoríficos, empregados públicos e servidores temporários.

B) servidores públicos, empregados públicos e servidores temporários.

C) servidores comissionados, empregados públicos e servidores temporários.

D) agentes comissionados, empregados públicos e servidores temporários.

E) agentes de confiança, empregados públicos e servidores temporários.

20 – (Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: ALERJ Prova: FGV - 2017 - ALERJ – Procurador) Antônio, servidor
público estável ocupante de cargo efetivo da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, foi
demitido após processo administrativo disciplinar. Passados seis meses da aplicação da sanção disciplinar,
Antônio reuniu novas provas que firmaram de forma incontestável sua inocência em relação aos fatos que
deram azo à sua condenação e levaram à invalidação de sua demissão, administrativamente.

Instado a exarar parecer sobre a reintegração do servidor, o Procurador da ALERJ opina, de acordo com a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, pelo:

A) indeferimento da reintegração, pois tal forma de provimento derivado de cargo público somente pode ser
determinada por meio de decisão judicial;

B) indeferimento da reintegração, diante da formação da coisa julgada material administrativa no momento


em que o processo administrativo disciplinar originário transitou em julgado para as partes;

C) deferimento da reintegração do servidor, mediante sua reinvestidura no cargo anteriormente ocupado,


com ressarcimento de todas as vantagens;

D) deferimento da reintegração do servidor, mediante sua reinvestidura no cargo anteriormente ocupado,


com efeitos ex nunc, ou seja, sem ressarcimento de vantagens pretéritas;

E) deferimento da reintegração do servidor, mediante sua colocação em disponibilidade para ser aproveitado
no primeiro cargo que vagar com atribuições e remuneração compatíveis com seu cargo originário, sem
ressarcimento de vantagens pretéritas.

GABARITO

01 – E; 02 – D; 03 – E; 04 – C; 05 – C; 06 – A; 07 – D; 08 – A; 09 – B; 10 – A; 11 – B; 12 – D; 13 – E; 14 –
E; 15 – D; 16 – D; 17 – B; 18 – E; 19 – B; 20 – C.

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