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DEFINIÇÃO DE DOGMÁTICA JURÍDICA

A palavra dogmática em seu sentido amplo significa um segmento da


teologia que estuda os dogmas - de acordo com Mesquita Júnior, 2015. []

Pois neste sentido, a função da dogmática é ensinar, doutrinar, expor,


direcionar, sistematizar os pontos fundamentais declarados como certos e
indiscutíveis (dogmas) de uma religião ou seita.

A dogmática jurídica possui uma posição isolada e tem como princípio


prefixado a norma jurídica.

Apresenta normas constituídas de interpretações próprias da realidade


que não devem ser questionadas, caso contrário, devem fazer sob os padrões
apresentados pelas próprias normas jurídicas (ADEODATO apud MESQUITA
JÚNIOR, 2015). Ou seja, a dogmática jurídica tem suas decisões acerca do
que ela própria considera como certo e indiscutível, não deixa margens para
determinações dentro de outros preceitos jurídicos que relacionem parâmetros
diferentes dos seus, mesmo porque a dogmática do direito tem parâmetros
próprios, impedindo outras intervenções.

São várias as funções da dogmática jurídica, mas todas elas em torno


de uma só, que é a de manter a estabilidade social, eliminando os conflitos e
tendo uma concepção particular de valor.

Para Mesquita Júnior (2015) após citar vários autores em seu artigo, ele
despoja da sua visão mais restrita do Direito, pois apesar dos autores que ele
menciona relatarem que a ciência dogmática “só adquirem o sentido autêntico
se referidos ao problema da justiça” (FERRAZ JÚNIOR, 1994), e que assim
escondem os elementos de valor, Mesquita não insere a justiça, ou outro
aspecto de valor no Direito, mas declara também que independente de sua
opção, a posição ligada à dogmática “tem forte objeção no meio jurídico e na
jusfilosofia” (MESQUITA JÚNIOR, 2015) e que esta exige novas técnicas e
complementações.

QUAIS SÃO AS TAREFAS DA DOGMÁTICA JURÍDICA?

A dogmática se encarrega, pois, de outorgar aos juízes, seja nos


casos fáceis ou nos casos difíceis e controvertidos, um catálogo de
argumentos e opiniões de distinta ordem, para que escolham a que
melhor lhes pareça e fundamentem dessa forma a decisão que desejam
tomar.

O que é Dogmático:

Os indivíduos dogmáticos, neste caso os que se incluem na doutrina do


dogmatismo, acreditam que a verdade absoluta e indiscutível é possível de ser
alcançada pelo homem, através da filosofia ou religião.

O que é Dogmático:

Dogmático é um adjetivo que qualifica alguém ou algo como seguidor de um


dogma; dogmatismo. Ou seja, um indivíduo que aceita determinada coisa
como verdade absoluta e não abre espaço para discussões.

A palavra dogmática é utilizada para caracterizar alguém que consegue


demonstrar algo de uma maneira autoritária; um sujeito dogmático.

Os indivíduos dogmáticos, neste caso os que se incluem na doutrina do


dogmatismo, acreditam que a verdade absoluta e indiscutível é possível de ser
alcançada pelo homem, através da filosofia ou religião.

As pessoas ou ideias dogmáticas estão principalmente presentes dentro


desses dois campos: a filosofia e a religião.

1. Na filosofia, o dogmático crê na contestação das verdades ditas como


absolutas. Platão e Aristóteles são alguns exemplos de filósofos
dogmáticos.
2. Já na religião, o dogmático é aquele que acredita piamente nas crenças
estabelecidas pelas escrituras sagradas de sua doutrina. A igreja
católica, o islamismo e o judaísmo são alguns exemplos de religiões que
possuem fortes dogmas.

O termo surgiu a partir do grego dogmatikós, que significa literalmente


"aquele que o que pensa é verdade".

DOGMÁTICO E ZETÉTICO

Enquanto que os conceitos dogmáticos determinam algo como


verdade absoluta e indiscutível, considerando o homem como capaz de
responder a todas as questões do mundo, o pensamento zetético parte do
principio das experimentações.

A zetética é formada por um campo de investigação, duvidando e


examinando várias vezes as diversas opiniões, que até não serem
comprovadas serem verdades (com conceitos matemáticos e filosóficos), são
consideradas apenas proposições.

A relevância do estudo acerca da Ciência do Direito e da Dogmática


Jurídica tem um caráter ímpar perante a doutrina, em virtude das divergências
existentes sobre determinados aspectos, que será exposto no decorrer deste
texto

A Dogmática Jurídica e a Ciência do Direito possuem o mesmo objeto de


estudo, ou seja, o Direito Positivo, mas apesar dessa coincidência entre
ambas, elas não se confundem, apesar dessa opinião não ser unânime. Diante
disso, é necessário analisar o significado da Ciência do Direito e da Dogmática
Jurídica, de forma simplificada, para que seja possível dirimir qualquer tipo de
dúvida sobre o assunto.
Importante transcrever a opinião de Japiassu sobre o tema em questão,
afirmando que “a ciência nem possa ser definida. Em geral, é mais conceituada
do que propriamente definida” (1975, p. 09).

Isso ocorre porque para conceituar é necessário que um determinado problema


seja formulado, bem como também é preciso demonstrar como isso ocorreu.[

Mas, apesar dessas dificuldades, inúmeros são os autores que


apresentam a definição de ciência.

Sobre o assunto, Japiassu (1975, p. 09) prossegue asseverando que “a


verdadeira ciência seria um conhecimento independente dos sistemas sociais e
econômicos,
Seria um conhecimento que, baseando-se no modelo fornecido pela
física, se impõe como uma espécie de ideal absoluto”.

Dessume-se que não há uma definição certa, objetiva, de ciência. O que


podemos afirmar é que a ciência pode ser considerada um método de procura
do saber, como forma de interpretação da realidade, bem como também a
busca de um conhecimento teórico.

Afirma-se ainda que não há uma ciência neutra, pura, pois o cientista
não consegue, de forma absoluta, durante um investigação, manter-se sem
qualquer influência, imune à sua subjetividade pessoal.

Hodiernamente, not reconhece que a ciência não existe mais, existindo


apenas “as ciências”, melhor dizendo, práticas científicas.

Seria hipocrisia acreditar que o cientista, como ser humano que é, fosse
dotado, absolutamente, de objetividade.

Através de alguns elementos epistemológicos, é possível entender mais


facilmente a processualidade da ciência, conforme os ensinamentos de Hilton
Japiassu, (1975, p. 26-27):
Nota - Epistemologia é o nome dado ao estudo do conhecimento e suas formas.
Tenta descobrir como o conhecimento é adquirido pelas pessoas a partir dos
princípios da crença, verdade e justificativa. Atualmente é compreendida como a
Teoria do Conhecimento, mas nem sempre foi assim

Considerada a ciência com sendo histórica, a verdade científica também


passa a ser um conceito histórico; sendo um produto humano, a ciência
participa das vicissitudes da ação social; para definir o que é científico não há
utilização de parâmetros ou critérios prévios que servem de medida absoluta
para qualquer atividade científica, utiliza-se o ponto de vista próprio direcionado
ao sujeito epistêmico; teoria sem erro é teoria dogmática, assim o erro tem seu
lado positivo, sendo essencial sua existência na formação de uma teoria, a
objetivação procede de uma eliminação de erros subjetivos; o critério mais
seguro de objetividade é a disposição crítica do cientista, pois a formulação de
um critério absoluto de verdade é impossível. A atividade científica é baseada
no pluralismo das concepções, e não numa concepção-modelo, parâmetro
universal de objetividade.
 
            A ciência do direito é a ciência stricto sensu. Para defini-la, será
utilizado o conceito de ciência, do ponto de vista objetivo e subjetivo. Assim,
objetivamente, é o conjunto de conhecimento, logicamente encadeados, para
formar um sistema coerente, com pretensão de verdade. Subjetivamente, é o
conhecimento de certas coisas por suas causas e leis. Daí, a ciência do direito
define-se como sendo a investigação metódica e racional do fenômeno jurídico
e a sistematização dos conhecimentos resultantes.
            A ciência do direito é conhecimento e não constituição do direito. Mas, a
jurisprudência tradicional tem opinião dominante de que a ciência jurídica pode
e deve elaborar o Direito.
            Dentro desse aspecto, duas correntes doutrinárias revelam visões
diferentes sobre a realidade do objeto jurídico: a positivista kelseniana e a
egológica de Cossio.
            Hans Kelsen, em sua obra Teoria Pura do Direito (1999, p. 79) afirma
ser “a norma jurídica o real objeto do direito, ficando a conduta humana com
um caráter de pressuposto material da norma, apenas configurando objeto de
estudo da ciência jurídica quando constitui relação jurídica previamente
prevista em norma.”
            Na concepção de Carlos Cossio (1964, p. 63) entende-se que:
(…) a ciência jurídica tem por escopo, e por conseqüente objeto, o estudo da
conduta humana em sua dimensão social, sendo a norma jurídica um meio
para a realização de tal estudo. Considerado o Direito um objeto cultural
egológico justamente por possuir em sua essência a conduta humana.
 
Analisando as teorias expostas, e, tomando como verdadeira a teoria pura do
direito, denota-se que o Direito tem um significado estrito às normas: direito-
norma, relevando ao segundo plano a conduta pela norma regulada.
Concedendo veracidade à teoria egológica, chega-se a uma posição de que o
direito está estritamente ligado à opção humana de escolha de seu
comportamento frente situações diversas que a ele se apresentam, seria um
direito-faculdade.
Para a teoria pura do direito, o que caracteriza a ciência do Direito é o
seu conteúdo. Não admitindo o sincretismo metodológico, a saber, a confusão
entre as outras ciências, identifica o seu objeto, por ser ela independente.
Kelsen não nega a conexão entre as outras ciências, mas orienta no sentido de
que para um estudo científico do Direito, é necessário circunscrever o objeto,
saneando tudo o que esteja compreendido neste objeto específico.
Cumpre ressaltar o problema da cientificidade do Direito. Em geral, entende-se
por ciência do direito, como sendo um sistema de conhecimentos sobre a
realidade jurídica, ou seja, uma atuação controlada de acordo com valores e
princípios específicos, e que se distinguiria por seu método e por seu objeto,
vista como uma atividade sistemática de interpretação normativa, visando uma
aplicação direta a um caso-concreto. Seria, portanto, a ciência do direito, uma
ciência imperativo-normativa. Surge então uma questão a saber: pode uma
ciência ser normativa?
Grande parte dos teóricos rejeita tal possibilidade, pois ciência, para
assim ser considerada, trata sempre de enunciados que constatam e informam
uma realidade.. sendo enunciados descritivos, enunciados do “ser”.
Kelsen, entretanto, mesmo defendendo o caráter do “dever-ser” do
direito, afirma-o como ciência, pois, diz ele, quando se fala em ciência
normativa não se quer contrapor a normatividade à descrição, e sim à
explicação.
Considerando-se também, o caráter multívoco do termo ciência, passa-
se a complicar a determinação da cientificidade ou não do Direito.
Entendendo “ciência” como obtenção de conhecimento através das
realidades existentes, não há porque se excluir o direito de seu âmbito de
abrangência. Por outro lado, se considerarmos a necessidade de um objeto
próprio e imutável para que se configura uma ciência, aí já se revelaria um
problema do Direito, pois seu objeto, seja ele normas ou condutas, não é
apenas por ele estudado, outras ciências também dele se utilizam em suas
especulações. Além do que, tanto as normas quanto a conduta humana são
dinâmicas, variam no tempo, de acordo com as circunstâncias.
A respeito da cientificidade do direito, analisando a questão, Luiz
Fernando Coelho (1997, p. 03) conclui que o saber jurídico não tem um
caráter científico, afirma que “em verdade constitui uma tecnologia a
serviço dos operadores do direito; e assim, a chamada ciência do direito
consiste numa retórica destinada a persuadir alguém a respeito de uma
verdade que é sempre subjetiva”.
Indeterminações afastadas, percebe-se a dificuldade de se imputar ao direito
um caráter de cientificidade, mas não se exclui a possibilidade de ser ele
realmente uma ciência.

O certo é que a expressão “ciência jurídica” é amplamente utilizada pelos


autores.

A ciência jurídica realça seu caráter normativo, de onde todo fato social
é estruturado normativamente, em que o formalismo centra seu objeto na
atividade sistemática de estudar as normas positivas reguladoras do “dever
ser” da sociedade em que participa.
Inclusive, Miguel Reale (1998, p. 17) destaca que “a Ciência do
Direito tem sido definida como ciência positivada no tempo e no espaço”.
A idéia de Ciência do Direito tem referencial histórico desde os antigos
Romanos, onde se fazia presente através da noção de "jurisprudência".
Posteriormente, essa noção de jurisprudência romana daria lugar a Dogmática
Jurídica, assim denominada, pois, sua proposta seria formular e sistematizar os
conceitos jurídicos, tornando o direito positivo um verdadeiro "dogma".
A Dogmática Jurídica aceita a norma vigente como ponto de partida
inatacável.
No estudo do direito, são disciplinas dogmáticas: direito constitucional,
civil, comercial, penal, tributário, processual, previdenciário, trabalhista, etc. As
citadas disciplinas são regidas pelo princípio da inegabilidade dos pontos de
partida (o dogma, a lei). O princípio da legalidade, inscrito na Constituição
Federal, é uma premissa desse gênero, posto que obriga o agente do direito a
pensar os problemas a partir da lei, conforme à lei, para além da lei, mas nunca
contra a lei. Assim, uma disciplina pode ser definida como dogmática na
medida em que considera certas premissas como vinculantes para o estudo
(ASSIS e POZZOLLI, 2005, p. 22).

Para a dogmática, o sistema de normas é um dado, o ponto de partida


de qualquer investigação, que os agentes do direito aceitam e não negam. O
sistema de normas constitui uma espécie de limitação, dentro do qual os
profissionais de direito podem explorar as diferentes combinações para a
determinação operacional de comportamentos jurídicos possíveis. Esta
limitação teórica pode conduzir a exageros, havendo quem faça do estudo do
direito um conhecimento muito restrito, legalista e cego para a realidade como
um fenômeno social
.Este tipo de estudo, fechado e formalista, é implementado na maioria
das faculdades de direito.
Por isso mesmo, há uma tendência que consiste em identificar a
Ciência do Direito com um tipo de produção técnica, destinada apenas a
atender às necessidades do profissional (o advogado, o promotor, o juiz, o
procurador, o delegado) no desempenho imediato de suas funções.
Sob o império dessa premissa, a maioria das faculdades de direito ficam
alienadas em relação à condução do processo de construção do próprio direito
positivo, posto que não promovem a produção científica nem a atualização dos
seus professores. Raras são as faculdades que se preocupam em promover: a)
eventos internacionais para divulgação de novas teorias; b) debates sobre os
conteúdos de projetos de lei; c) debates sobre outras alternativas ainda não
positivadas; d) debates sobre o real alcance e sentido das novas alternativas
positivadas; e) publicação de livros e artigos de seus professores e alunos; f)
inserção dos professores e alunos nas organizações da sociedade civil, etc
(ASSIS e POZZOLLI, 2005, p. 23). 

Muitos autores utilizam Dogmática Jurídica como sinônimo do


termo Teoria Geral do Direito, enquanto outros preferem distinguir os
referidos termos, identificando a Teoria Geral do Direito como exame das
estruturas formais e dos conceitos jurídicos fundamentais comuns a
todas as ordens jurídico-positivas cabendo a Dogmática descrever,
interpretar e sistematizar as normas de uma ordem jurídica vigente.

Enquanto a Teoria Geral do Direito quer estabelecer o objeto comum


dos diversos sistemas jurídicos, a ciência jurídica positiva ou a Dogmática
Jurídica concentra seus esforços de generalização e de sistematização sobre o
que podemos chamar de direito positivo nacional e histórico, isto é, as regras
emanadas do poder competente, em espaço e tempo determinados.

Tanto a Teoria Geral do Direito como a Dogmática Jurídica só se


ocupam do direito positivo. A Dogmática jurídica consiste na descrição das
regras jurídicas em vigor. Seu objeto é a regra positiva considerada como um
dado real. Veiculada pelo ensino jurídico, a dogmática dificulta assim, a
apreensão da dimensão histórico-crítica, afastando as demais dimensões do
direito.

Dessa forma, a dogmática passa a ter a mesma vida do direito, ao passo


que se cria uma injustificada antinomia entre teoria e prática jurídica,
completamente contrárias entre si, jamais se encontrando.

Para Escola Analítica do Direito, a Dogmática Jurídica, seria a análise da


própria linguagem da dogmática.
Os juristas procuraram justificar a epistemologia da Dogmática do
Direito adotando o modelo do positivismo jurídico, destacando a
exigência de neutralidade axiológica e objetividade do conhecimento
científico. Na concepção de Reale ( 1994, p. 34), em sua obra Filosofia do
Direito, “o cientista do direito já pressupõe a vigência de regras jurídicas.
O jurista, enquanto jurista, não pode dar uma definição do direito, porque,
no instante que o faz, já se coloca em momento logicamente anterior a
sua própria ciência.”

Em relação à neutralidade axiológica das ciências, Karl Popper difundiu


a idéia de que não existe ciência neutra. Para ele, a ciência não é uma
descrição isenta pois introduzimos nela valores constantemente.

Fica claro que a Teoria Geral do Direito possui grande proximidade com
a Dogmática Jurídica . É de se ressaltar que a Teoria Geral do Direito, em
outras épocas já foi prisioneira de dogmas ultrapassados, mas modernamente
apresenta uma proposta de visão global do fenômeno jurídico, reconstruindo
conceitos e institutos do direito. Assim, ela não deve excluir, por exemplo, a
Política, a Sociologia, a Economia, e principalmente a Deontologia e Filosofia,
reveladoras da idéia de justiça. Não existe conhecimento isolado, havendo uma
interdisciplinariedade do direito e outras ciências. Tal abordagem
interdisciplinar entraria em contraste, por exemplo, em relação as propostas de
Alf Ross e Hans Kelsen.
Ross compartilhava da idéia que apenas as ciências naturais
forneceriam o único modelo de cientificidade do conhecimento. Entendia
também que no âmbito de um discurso que pretendesse ser rigorosamente
científico as proposições não analíticas deveriam ser verificadas por
procedimento empírico. O conhecimento científico, por fim, forneceria uma
previsão dos eventos futuros que através de uma verificação empírica
poderiam ser verificados ou negados. O comportamento das autoridades
jurídicas confirmaria ou não a verdade ou falsidade das proposições teórico-
descritivas que constituiriam a linguagem da ciência jurídica, a exemplo de
quando uma proposição jurídica é acatada numa sentença judicial, ou seja,
quando é efetivamente aplicada pelos tribunais. Sua concepção é
evidentemente anti-filosófica.

É de se salientar que a Dogmática não exprime todas as dimensões do


Direito, como afirma o positivismo jurídico, não podendo afastar outras
abordagens complementares à apreensão de seu ser. Para alcançar uma
concepção totalizadora do direito, é necessária a visão da Filosofia e da
Sociologia do direito. Se não houver essa complementação, acarretará
problemas.
Conforme Vera Regina de Andrade, p. 18:
 
(…) na auto-imagem da Dogmática Jurídica ela se identifica com a idéia
de Ciência do Direito que, tendo por objeto o Direito Positivo vigente em um
dado tempo e espaço e por tarefa metódica a construção de um sistema de
conceitos elaborados a partir da interpretação do material normativo, segundo
procedimentos intelectuais de coerência interno, tem por finalidade ser útil à
lide, isto é, à aplicação do Direito. Trata-se de uma ciência de “dever
ser”(normativa), sistemática, descritiva, avalorativa (axiologicamente neutra) e
prática.
 
Finalmente, torna-se extremamente necessário encerrar esta
pesquisa transcrevendo um trecho da obra de Azevedo, com suas sábias
palavras:
 
Nunca será demais insistir, face à tendência obstinada e insidiosamente
contrária tantas vezes e por tantas formas historicamente perceptível no
pensamento jurídico, que a Dogmática Jurídica deve atentar para a moldura
social em que se realiza, para as necessidades, reclamos e objetivos humanos
em função de que precisamente deve cumprir-se sua tarefa. Há que se lutar
sem tréguas contra os excessos logicistas que desembocam no formalismo
jurídico, que pode ser caro aos juristas formados em sua viciosa atmosfera,
mas desservem o povo – destinatário final desse trabalho – que não
compreende, não se interessa e não leva desse sutil exercício intelectual que
teima em ignorá-lo (1989,p. 15).
 
Sim há divergências sobre o assunto, sendo a Ciência do Direito difícil
de ser definida e limitada, em razão dos termos Ciência e Direito apresentarem
muita equivocidade, mas é possível afirmar que o Direito é ciência. A
Dogmática Jurídica é espécie do gênero Ciência do Direito, tendo na atividade
interpretativa seu objeto por excelência, realizando esta prática através de
paradigmas teóricos, com o fim precípuo da segurança jurídica.
 
 
 
 

Há uma notável problemática ao delimitar o conceito de ideologia


segundo John Thompson. Pois, o método adotado pelo autor é a análise da
conjuntura das mudanças sociais, através do símbolo de dominação (usos
sociais das formas simbólicas); é possível encontrar a ideologia.

Não basta entender como é estabelecido as vias ideológicas que


a dominação pode perpetuar, o mais importante é saber sobre as relações de
dominação e como são sustentadas: as formas simbólicas, palavras, gestos e
relações são constitutivas no sentindo de mantedoras das relações de
poder[1]. 

No prefácio da obra: teoria pura do direito de Hans Kelsen; o


autor define sua intenção ao delimitar a concepção de pureza: 

Há mais de duas décadas que empreendi desenvolver


uma teoria jurídica pura, isto é, purificada de toda a
ideologia política e de todos os elementos de ciência
natural, uma teoria jurídica consciente da sua
especificidade porque consciente da legalidade específica
de seu objeto. (...) elevar a Jurisprudência (...) à altura de
uma genuína ciência, de uma ciência do espírito. (...)
aproximar tanto quanto possível os seus resultados do
ideal de toda ciência: objetividade e exatidão[2].   

Em outras palavras, a tentativa em despolitizar uma ciência


jurídica purificando de toda ideologia foi o empreendimento de Kelsen.
Contudo, uma ciência que se mostra (des) ideologizada requer uma atenção
maior.

Por conseguinte, a função do "dever ser" não pode ser outra,


senão interferir na realidade. E tal premissa leva para a conclusão de que por
detrás dessa purificação há uma fonte ideologizadora velada.

É exatamente na "neutralidade de valores", ou na valoração


amoral do ordenamento jurídico positivo que se encontra a instrumentalização
oculta da ideologia. Desta forma se prolifera, no que antes era, positivismo
puro; no fundo encontra-se um positivismo com várias lacunas e brechas
ideológicas suficientes para conduzir a obediência dos seus seguidores. Na
verdade, "seguidores" é mal colocado, uma vez que a não obediência de uma
norma do positivismo jurídico acarreta num ato ilícito. Em suma, não há opção
senão obedecer e rende-se a tal sistema:

O tratado desta função normativa se desenvolve


sobretudo na tentativa de precisar a relação entre esta
função e a de ordenar, e o desenvolve em três pontos.

Em primeiro lugar, o ato autorizado pode ser ordenado ou


não, enquanto o indivíduo ao qual é atribuído um poder
pode ou não ser obrigado a exercê-lo. Só no primeiro
caso o não exercício do poder constitui um ilícito. Kelsen
acrescenta dois exemplos opostos: o legislador ordinário
recebeu da constituição o poder de emanar normas
jurídicas, mas, em geral, não é obrigado a exercê-lo; o
juiz recebeu o poder de emanar normas individuais e, em
geral é obrigado a exercê-lo. Neste segundo caso se
trata, como todos podem ver da situação comumente
chamada "poder-dever". Em segundo lugar, a autorização
pode implicar um comando. Implica sempre quando se
trata de uma autorização para impor normas.

A norma que autoriza o pai a comandar o filho obriga


ao mesmo tempo o filho a obedecer ao pai. O mesmo
vale para a Constituição que atribui aos órgãos
legislativos o poder de emanar normas jurídicas que
vinculam os cidadãos: ela não só atribui um poder
aos órgãos, mas impõe uma obrigação aos cidadãos
de obedecer às leis impostas por meio daquele
poder.

Em consequência, a mesma norma tem duas funções,


enquanto se dirige em simultâneo a dois sujeitos:
respectivamente ao pai ou ao legislador a quem atribui o
poder, ao filho ou aos cidadãos a quem atribui uma
obrigação. Em terceiro lugar, enquanto comando se
observa ou se transgrede, a autorização (e também a
permissão) se aplica. A diferença está naquilo que uma
ordem pode ser cumprida ou transgredida, e ambos os
comportamentos têm consequências jurídicas.

O poder ou a permissão só podem ser aplicados. Não os


aplicar não implica nenhuma consequência jurídica, a
menos que se trate de um poder-dever, caso em que a
consequência jurídica está na não observância do dever.
A propósito da permissão, Kelsen diz mais claramente
que ela não pode ser nem cumprida nem violada, pois
dela só se pode fazer uso ou não.

Terry Eagleton demonstra algumas formas em perceber a


ideologia:
1 – Um corpo de ideias característico de um determinado grupo
ou classe social.

2 – Ideias falsas que ajudam a legitimar um poder político


dominante.

3 – Comunicação sistematicamente distorcida.

4 – Formas de pensamentos motivadas por interesses sociais.

5 – Veículo pelo qual os atores sociais compreendem seu mundo.

6 – Processo pelo qual a visão social é convertida em uma


realidade natural.

A ideologia considerada a “falsa consciência”, prepondera


silenciosamente nas codificações do sistema de neutralidade axiológica do qual
o positivismo tanto contribuiu

Para Zizek o método pelo qual o Estado implementa a


funcionalização é através dos AIE (Aparelhos ideológicos do Estado): o
exército, a polícia, os tribunais, os presídios, os ministérios, etc... Configurando
as espécies de AIE em familiar, jurídico, político, sindical, informação e
cultural[.

Através das suas próprias contradições os aparelhos ideológicos


do Estado se unificam num objetivo comum: beneficiar a classe dominante. Isto
através da diversificação em formas de deter o poder.

Segundo Zizek uma lacuna separa seu sentido público "oficial" da


sua verdadeira intenção; converter a percepção da realidade numa ideia
desfocada. A forma como a ideologia se comunica e se operacionaliza é
sistemática, inclusive menciona que o próprio Habermas já havia identificado
tal forma de comunicação:

A modalidade da crítica da ideologia que corresponde a essa noção (de


veracidade) é a leitura sintomal: o objetivo da crítica é discernir a
tendenciosidade não reconhecida do texto oficial, através de suas rupturas,
lacunas e lapsos;discernir, na "igualdade e liberdade", a igualdade e a
liberdade dos parceiros nas trocas do mercado, que, evidentemente,
privilegiam o proprietário dos meios de produção etc. Habermas, talvez o último
grande representante dessa tradição, mede a distorção e/ou a falsidade de
uma construção ideológica pelo pelo padrão de argumentação racional não
coercitiva que segundo ele é uma espécie de "ideal regulatório" inerente à
ordem simbólica como tal.

Pela ideologia há uma "naturalização" do indivíduo acreditar é


autêntico a ponto de “agir de acordo com suas ideias”, em outras palavras essa
autenticidade o transmite uma sensação de liberdade ao confiar nas ideias da
sua própria "consciência":; Já quando acredita veementemente nas instituições
do Estado ou melhor: na ideia da instituição e suas funções e prerrogativas:
"Se acredita na justiça, submete-se em discussão às normas do Direito e pode
até protestar quando elas são violadas, assinar petições, participar de
manifestações, etc[8]...". Na verdade, o indivíduo está participando de uma
deformação imaginária para preencher suas condições de existência. Levando-
o a crer que na possibilidade de fazer diferença na sistemática dos problemas
do mundo. Contudo, o indivíduo não consegue deduzir que está seguindo os
rituais e protocolos do próprio aparelhamento ideológico do Estado[9].

Se analisarmos as teorias de Kelsen (interpretação autêntica) e


Habermas (agir comunicativo) na perspectiva ideológica de Zizek. Podemos
concluir que de fato a purificação do ordenamento jurídico baseado na teoria
pura do Direito é uma falsa percepção da realidade na medida em a lacuna
ideológica serve de forma eficaz para implementar uma dominação velada;
sobretudo quando se trata em permitir somente um tipo de interpretação: a
autêntica - aquela em que o próprio ordenamento lhe dá sustentação e
legitimidade.

Já na teoria do agir comunicativo sob a crítica ideológica de Zizek,


podemos encontrar o aspecto ideológico dominante. Pois, no excesso de
diálogo e na pluralidade de valores do discurso (universalidade do discurso);
não garante, na verdade, que tal debate deixe de servir ao aparelhamento
ideológico do Estado. Afinal, o indivíduo crente de que carrega por si valores
originais da sua comunidade - ou do meio que se vive; na verdade pode estar
perpetuando a lógica da "naturalização" ideológica da classe dominante.

Para Tércio Sampaio Ferraz Jr; a mistura complexa entre


dogmática jurídica (refere-se aqui a teoria da interpretação autêntica de Kelsen
e o agir comunicativo de Habermas) e ideologia geram, na realidade, uma
intenção em despertar uma atitude de crença, ou motivar condutas de acordo
com a proposta teórica do Direito. Eis, então a forma como a ideologia é
desvendada dentro da dogmática jurídica: "O discurso dogmático, é nesse
caso, ficticiamente informativo e inovador, procurando simplesmente atiçar
perspectiva no receptor."

A atuação da ideológica no discurso dogmático é encontrada nos


próprios valores que dos dogmas se perfazem. A ideologia presta a função
organizacional dos valores, permitindo uma sistematização notável, a formação
de hierarquia, o que em última análise significa a possibilidade de acumular
interesses e de sua efetivação. A ideologia, inclusive é o calibrador legítimo da
interpretação. Se houver dúvida em uma determinada proposição, certamente,
prevalecerá aquela em que a ideologia indica.

A neutralização é um processo pelo qual os valores parecem perder


suas características intersubjetivas na medida em que dao a impressão de
valer independentemente de situações e contextos. Essa neutralização se
obtém através da ideologia. A ideologia é um termo equívoco, significando ora
falsa consciência, ora tomada de posição - filosófica, política, pessoal, etc. - ora
instrumento de análise crítica - teoria da ideologia - ora instrumento de
justificação - programa de ação. Em nossa concepção, funcionalizamos o
conceito. Admitindo-lo como um conceito axiológico, isso é, a linguagem
ideológica é também valorativa. Só que enquanto os valores em geral
constitutem critério de avaliação de ações, a valoração ideológica tem, por
objeto imediato os próprios valores, como uma qualidade pragmática diferente;
enquanto os valores são expressões abertas, reflexivas e instáveis, a valoração
ideológica é rígida e limitada[12].
Umas das advertências que Tércio Ferraz Jr insiste é: a ideologia
conquanto critério científico possibilita o encobrimento dos problemas e de
certos conflitos. Além de esconder problemas do próprio ordenamento jurídico,
a própria ideologia neutraliza a busca de soluções, comprometendo assim não
a capacidade do sistema de se auto-regular; mas do sistema estar aberto a
uma crítica.

Ao analisar a teoria de Kelsen - interpretação autêntica. E


Habermas - agir comunicativo, sob o critério crítico de Tércio Ferraz Jr: A
ideologia atua como elemento calibrador do próprio direito, como uma estrutura
de controle de comportamentos: um sistema em que cada agente age de certo
modo por que os demais estão legitimados a esperar dele tal comportamento".
Na teoria de Kelsen se concretiza como um ordenamento ideológico pois quem
detém a competência para vincular o direito; assim interpretar autenticamente.
É o que se espera de tal agente deste ordenamento jurídico. Tal análise,
remete-se inclusive a consideração de Zizek sobre os agentes ideológicos do
Estado. Neste caso, encaixa-se perfeitamente.

No tocante a teoria de Habermas - agir comunicativo. Caso


efetivado o agir comunicativo na extrema participação pluridimensional de
vários cidadãos em busca de um consenso racional. O que se espera de um
discurso antagônico da classe dominante é diferente do conceito da conclusão
deliberativa do "consenso racional". Pois o critério deste consenso fatalmente
será influenciado pela ideologia.

Ainda sobre "consenso racional", especificamente sobre o


conceito de racionalidade; Habermas, o autor de agir comunicativo, em outra
obra própria: técnica e ciência como ideologia. Desfragmenta a "racionalização"
de Max Weber. Assim como a ideologia, ela mentém objetivamente uma
dominação histórica por imperativos técnicos. A racionalidade da ciência e da
técnica (inclusive jurídica) é uma forma intrínseca de racionalidade
manipuladora, racionalidade de dominação[13]. A fundamentação para
tamanha sentença é de que a racionalidade de dominação é medida pela
manutenção de um sistema que permite o aumento das forças produtivas em
seu próprio benefício, inclusive em forma de legitimação: "A expressão
'sociedade tradicional' relaciona-se à circunstância de que o quadro
institucional repousa sobre a base legitimatória não questionada das
interpretações místicas, religiosas ou metafísicas[14] [...]".

Michel Foucault autor da obra microfísica do poder, reconhece a


racionalização da governabilidade. A racionalidade que o Estado utiliza
mecanismos básicos para a relação do poder através da noção ideológica. As
proposições ideológicas estão conectadas não no sentido de coisas aceitas
pelo que se considera verdade. Mas pelo efeito das proposições tidas como
verdade. Não importa seu teor verídico, o que importa são seus efeitos como
produtos/resultados de verdade. "A 'verdade' está circularmente ligada a
sistemas de poder, que a produzem e apoiam, e a efeitos de poder que ela
induz e que a reproduzem 'regime' de verdade[15]."

O objeto de toda ideologia é o poder. Para Foucault, o poder está


vinculado à estrutura social e jurídica. Em nome do sistema jurídico o poder é
exercido na forma da sua legalidade. De certa forma o poder concebido pode
ser considerado uma violência legalizada. O poder não é algo palpável, para
ser específico. O poder se encontra nas relações práticas – o seu
funcionamento se dá através da máquina social. Pode ser comparado como
uma rede disposição ou mecanismos a que nada ou ninguém escapa[16].

Microfísica do poder significa tanto um deslocamento do


espaço de análise quanto do nível em que esta se efetua.
Dois aspectos intimamente ligados, à medida que a
consideração do poder em suas extremidades, a atenção
a suas formas locais, a seus últimos lineamentos têm
como correlato a investigação dos procedimentos técnicos
do poder que realizam um controle detalhado, minucioso
do corpo - gestos, atitudes, comportamentos, hábitos e
discursos[17].

Um dos sintomas da dominação praticadas em nome do poder,


para Foucault é a "individualização" - quanto mais anônimo e funcional o
indivíduo mais fácil de manipular. O alcance de manipulação se dá pela
formulação das verdades subjetivas, através de técnicas de confissão, exame
de consciência e da direção espiritual[18]. A manipulação se dá em
adestramento do corpo, o aprendizado do gesto, a regulação do
comportamento, a normalização do prazer, a interpretação do discurso, com o
objeto de separar, distribuir, avaliar, hierarquizar, tudo isso faz com que pareça
pela primeira vez na história essa figura singular individualizada - o homem -
como produção de poder[19].

A ideologia em Foucault possui a função em neutralizar a ideia de


que através da ciência o sujeito vence as limitações - inclusive; suas condições
particulares de existência. A ideologia e o conhecimento possuem uma forma
perturbada e obscurecida onde todo conhecimento é condicionado por
conduções políticas. E todo saber político serve como "instrumento de
dominação, descaracterizando seu núcleo essencial, mas porque todo saber
tem sua gênese nas relações do poder[20]"

Em outras palavras a questão política não é "o erro, a ilusão, a


consciência alienada ou a ideologia; é a própria verdade[21]". E não se trata de
libertar a verdade de todo sistema de poder, mas de desvincular o poder da
verdade das formas de hegemonias sociais, econômicas e culturais. Este é o
caminho de libertar-se da dominação para o autor. A conclusão de Foucault
não é contra a ideologia, mas com aquilo que se é feito através dela:

O problema político essencial para o intelectual não é


criticar os conteúdos ideológicos que estariam ligados à
ciência ou fazer com que sua prática científica seja
acompanhada por uma ideologia justa: mas saber se é
possível constituir uma nova política da verdade. O
problema não é mudar a 'consciência' das pessoas, ou o
que elas têm na cabeça, mas o regime político
econômico, institucional de produção da verdade[22].

Referências:

BOBBIO, Norberto. Direito e poder. São Paulo. Unesp. 2008


FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. A função social da dogmática jurídica. São
Paulo: Atlas. 2015

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e terra. 2015

HABERMAS, Jurgen. Técnica e ciência como "ideologia". São Paulo: editora


Unesp. 2014

KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2003

OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro. Do formalismo no processo civil: proposta de


um formalismo-valorativo. 4 ed. rev. São Paulo: Saraiva. 2010

TERRY, Eagleton. Ideologia. Uma Introdução. São Paulo: Boitempo, 1997

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era


dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 2000,

ZIZEK, Slavoj. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto. 1996

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