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INTRODUÇÃO
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“O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual. É sistemático
porque não se contenta em obter respostas para as questões colocadas,
mas exige que as próprias questões sejam válidas e, em segundo lugar, que
as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam
umas às outras, formem conjuntos coerentes de idéias e significações, sejam
provadas e demonstradas racionalmente.” (CHAUÍ, 2000 , p.13).
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Críticas contundentes ao dogmatismo jurídico arbitrário são relevantes
quando focam na dureza de suas visões frente a um fenômeno fundamentalmente
plural e polimorfo que é o direito. Conforme, NIVA, 2016 :
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3. A FALSA CONTRAPOSIÇÃO ENTRE DUAS VERTENTES:
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serão usadas em caso de falha da matriz jurídica primária. Ou seja, a zetética
jurídica aprimorando e refinando a dogmática.
Destarte, quando se fala de direito em sentido fechado, rígido e dogmático,
remete-se a lei positivada e todo seu juspositivismo kelseniano fincado no arbítrio
generalizante da sanção coercitiva estatal. Mas quando se trata da zetética, quer se
demonstrar a inter relação do Direito com a moral, a sociologia, a psicologia, a
ciência política e a filosofia dentro de um refletir holístico que teria nos princípios
jurídicos sua essencial expressão.
Toda essa reflexão pode desembocar ainda na clássica divisão do Direito
entre juspositivismo e jusnaturalismo, entre validade e justiça na norma jurídica. A
dogmática como decisão formal estaria dentro do campo de entendimento do
positivismo que abstrai da discussão qualquer atitude de valoração (que estaria por
certo no espaço da moral). A validade imperativa da lei está na sua neutralidade.
Em paralelo, a zetética estaria, então, ao lado do jusnaturalismo como corolário dos
valores de justiça e dos apegos à moral do direito como dever-ser. O grande filófoso
político Norberto Bobbio afirmou:
Dito isso, é inegável que a tradição jurídica brasileira tem laços mais
estreitos com o dogmatismo e o positivismo hierárquico kelseniano da tradição do
dvinda do direito germânico, porquanto caso fosse possível negar esse
civil law a
fato, todo a ordenamento jurídico estaria posto a baixo sem a supremacia da
Constituição Federal como norma suprema. Não obstante todo esse arcabouço
apresentado, observa-se novas tendências que vão de encontro à percepção
estática do dogmatismo formalista, verbi gratia o princípio da função social do
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contrato para o direito civil ou o próprio princípio do instrumentalidade das formas
para o processo civil, inegáveis mudança no sentido de um alargamento dos
meios exegéticos do direito rumo a visões mais sociológicas do fenômeno.
4. CONCLUSÃO:
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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COELHO, D., Zetética e Dogmática. Jusbrasil, 2017. Disponível em:
https://demersoncoelho.jusbrasil.com.br/artigos/510040630/zetetica-e-dogmatica
SECCO, Orlando de Almeida. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro.
Editora Lumen Juris. 2009.