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MAPA DE REVISÃO
BEATRIZ
POMPEO
CONSULTORIA
SUMÁRIO
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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
ÓRGÃOS PÚBLICOS
I ndependentes: ocupados pelos membros dos Poderes do Estado, bem como pelos membros do
Ministério Público e pelos membros dos Tribunais de Contas
A utônomos: dotados de autonomia administrativa, mas que não são independentes porque os
seus titulares não decidem com independência funcional. É o caso, por exemplo, de um Ministério
S ubalternos: Não decidem sobre questões estratégicas e de cúpula, mas meramente questões
rotineiras e de menor complexidade da administração
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DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
-Diluição das competências no âmbito de uma -Diluição de competências para melhor
mesma pessoa jurídica e que se materializa desempenho da atividade administrativa, com a
através da criação de órgãos públicos. criação de outra pessoa jurídica
-Controle hierárquico ou controle por -Controle por vinculação, finalístico ou tutela,
vinculação (é permanente e automático, não porque a entidade criada não é subordinada ao
depende de previsão em lei) ente que a criou. Esse controle é para verificar
se a entidade cumpre os fins para os quais foi
criada
- O art. 37º, XIX da CRFB estipula que a criação
de uma autarquia dependerá de lei e que a
criação de empresa pública, sociedade de
economia mista e de fundação dependerá de
uma autorização legislativa, ou seja, nesses
últimos três casos, a lei não vai criar, mas
somente autorizar a sua criação.
AUTARQUIAS
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Ainda sobre os conselhos, é CONSTITUCIONAL eles contratarem empregados pelo regime CLT (STF
ADC 36 2020)
É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exige prévia aprovação da Assembleia
Legislativa para nomeação de dirigente de autarquia e fundação pelo Governador.
FUNDAÇÃO PÚBLICA
É pessoa jurídica de direito público ou privado? Muitas discussões doutrinárias sobre o tema,
entretanto, prevalece o seguinte:
Pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, isso depende: da natureza do ato
constitutivo (se a lei cria: pessoa jurídica de direito público/ se a lei autoriza a criação: pessoa
jurídica de direito privado) tipo de atividade desempenhada pela fundação .
As fundações públicas de direito privado podem contratar pelo regime celetista
Podem ser criadas apenas diante de imperativos da segurança nacional e diante de relevante
interesse da coletividade, sendo uma intervenção excepcional e subsidiária, uma vez que a livre
iniciativa e a atividade econômica são de titularidade do particular.
Criação: autorização legislativa + inscrição dos atos constitutivos no registro competente
Estatais que exploram atividade econômica em regime de concorrência com os particulares: não
podem receber tratamento diferenciado
Estatais que prestam serviços públicos em regime de monopólio: historicamente, o STF tem
permitido que possuam as mesmas prerrogativas da Fazenda Pública
Bens: privados, SALVO se estiverem afetados à prestação de sérvio público, caso em que serão
considerados bens públicos
Não cabe MS contra ato de dirigente de estatal se for ato de gestão
Empresa pública: capital 100% público
Sociedade de economia mista: poder público detém a maioria do capital votante
A estatal, independentemente do seu objeto, estará sujeita ao controle do Tribunal de Contas,
desde que a medida não implique em interferência na gestão da empresa
As estatais Sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e às obrigações civis, tributárias, comerciais e trabalhistas
Não é correto dizer que não devem licitar! Seguem ditames de lei própria quanto à licitação.
Devem obediência ao teto constitucional no que tange à remuneração? Apenas se receberem $
público
É desnecessária, em regra, lei específica para inclusão de sociedade de economia mista ou de
empresa pública em programa de desestatização
Não precisa de autorização legislativa para alienar controle acionário de subsidiária.
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É desnecessária a autorização legislativa expressa para a criação de subsidiárias quando houver
autorização legislativa da criação de empresa pública ou sociedade de economia mista e nesta
constar permissão genérica da possibilidade de criação de subsidiárias. Assim, não se exige lei
específica para autorizar a criação de subsidiária.
Com base no paralelismo das formas, como não é exigida lei específica para criar a subsidiária,
também não é necessária lei específica para alienar o seu controle acionário.
Em palavras mais simples: como não se exige lei específica para criar, também não se exige lei
específica para “vender”.
STF. Plenário. ADPF 794/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/5/2021 (Info 1018).
Foro competente:
Empresa pública federal: Justiça Federal
Sociedade de economia mista federal: Justiça ESTADUAL (só terão foro na JF quando a União intervém
como assistente ou oponente, mas ATENÇÃO: essa lógica não se aplica ao MS. Se for MS contra ato de
dirigente de sociedade de economia mista federal, a competência será da JF)
AGÊNCIAS REGULADORAS
As agências reguladoras são autarquias de regime especial, que tem características capazes de
assegurar reforço na sua autonomia.
Elas possuem maior autonomia do que as demais entidades da administração pública.
Seus dirigentes possuem mandato fixo e a nomeação depende de aprovação e sabatina do Senado
Maior participação popular no processo decisório
Maior autonomia técnica: as leis que criam as agências têm o hábito de transferir a elas as
competências que poderão exercer, por meio de uma transferência aberta e ampla. São leis vagas,
chamadas de lei-quadro (do francês loi-cadre), porque elas somente possuem uma moldura
normativa e o seu conteúdo e sua densidade serão extraídos do ato da agência, que pode ser uma
resolução, uma portaria. Não ofende o princípio da legalidade, uma vez que o fundamento de
atuação da agência é a lei, e ela atua conforme a lei. Esse fenômeno recebe o nome de
deslegalização e nada mais é que o rebaixamento no tratamento hierárquico de uma matéria que
sai de um domínio legal e passa ao domínio infralegal.
Em regra, a imposição de sigilo a processos administrativos sancionadores, instaurados por agências
reguladoras contra concessionárias de serviço público, é incompatível com a Constituição
Agencia reguladora não pode determinar busca e apreensão em domicilio sem autorização judicial
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDA COM AGENCIA EXECUTIVA (autarquia ou fundação pública que
celebrou um contrato de gestão com a administração e que possui um plano de
reestruturação)
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CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Pessoa jurídica formada por entes da Federação para estabelecer relações de cooperação.
A finalidade pode ser qualquer atividade administrativa de interesse comum.
Pode ter personalidade jurídica de direito público (será considerado associação pública e terá
natureza jurídica de autarquia, integrando a Administração Indireta de todos os entes da federação)
ou então de direito privado, sem fins lucrativos.
Podem emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros
preços públicos pela prestação de serviços.
O que os consórcios podem fazer?
-Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e
subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
-Em consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de
declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público;
-Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação;
-Regime de pessoal: contratação depende de concurso, será o regime celetista.
ATENÇÃO: NÃO PODE haver consorcio entre a União e o Município diretamente (se o Estado a
que pertence aquele Município não está participando) e nem entre Estado e um Município de
outro Estado que não está participando.
CONVÊNIOS
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ENTIDADES TERCEIRO SETOR
Termo de parceria
Atuação em 6 áreas: ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, proteção ao meio ambiente,
cultura, saúde (não inclui assistência social)
Quem não pode se qualificar como OSCIP? Fundações públicas, sindicatos, organizações sociais,
cooperativas, instituições religiosas, sociedades comerciais...
OS (Organização Social)
Contrato de gestão
Fundações públicas não podem ser qualificadas como OSCIP’s, mas podem ser transformadas em
organizações sociais, caso em que deixam de integrar a administração indireta
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LICITAÇÕES E CONTRATOS LEI 14.133/21
-Contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de
dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de garantia
NÃO se aplica relacionadas a esses contratos;
-Contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria.
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Alienação de bens imóveis Alienação de bens móveis
1. Precisa de autorização legislativa, salvo: 1. Existência de interesse público
devidamente justificado
a) aquisição derivada de procedimento judicial
2. Avaliação do bem
ou dação em pagamento
3. Licitação na modalidade leilão (maior
2. Interesse público justificado lance), salvo quando é dispensada
3. Avaliação do bem
4. Licitação na modalidade leilão (maior lance),
exceto quando é dispensada
Obs.: Para a venda de bens imóveis, será concedido direito de preferência ao licitante que, submetendo-se
a todas as regras do edital, comprove a ocupação do imóvel objeto da licitação.
DIÁLOGO COMPETITIVO
25 dias úteis: prazo mínimo estabelecido pela Administração para que os que desejam
participar da licitação manifestem interesse.
60 dias úteis: prazo mínimo para que os licitantes pré selecionados apresentem suas
propostas, que deverão conter os elementos necessários para a realização do projeto.
Os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes deverão ser previstos em edital, e
serão admitidos todos os interessados que preencherem os requisitos objetivos
estabelecidos.
A Administração não poderá revelar a outros licitantes as soluções propostas ou as
informações sigilosas comunicadas por um licitante sem o seu consentimento;
O edital poderá prever a realização de fases sucessivas, caso em que cada fase poderá
restringir as soluções ou as propostas a serem discutidas.
Conduzido por comissão de contratação composta de pelo menos 3 servidores efetivos ou
empregados públicos dos quadros permanentes, admitida a contratação de assessoramento
técnico.
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INEXIGIBILIDADE DISPENSAVEL DISPENSADA
-Competição é inviável -Legislador autoriza que não -Legislador determina que não
seja realizada a licitação seja realizada a licitação
-Rol exemplificativo
-Rol taxativo -Rol taxativo
-Objetos diversos
-Natureza discricionária -Natureza vinculada
-Objetos diversos -Objeto é a alienação de bens
INEXIGIBILIDADE
Somente um fornecedor
Vedada preferência de marca
Comprovação mediante:
EXCLUSIVIDADE
• atestado de exclusividade
• contrato de exclusividade
• declaração do fabricante
• outro documento idôneo
Profissional de qualquer setor artístico
Diretamente ou empresário exclusivo
• permanente e contínua;
ARTISTA • nacional ou para estado específico;
• não pode ser para evento ou local específico
Notória especialização:
• profissional “conceituado”; trabalho dele é essencial e
SERV. TÉCNICOS
reconhecidamente adequado à plena satisfação do objeto do contrato
Vedada:
• publicidade e divulgação
• subcontratação
Procedimento auxiliar de contratação.
CREDENCIAMENTO
Não existe competição entre os credenciados.
AQUISIÇÃO/LOCAÇÃO Quando as características do imóvel tornam necessária sua escolha.
DE IMÓVEL Singularidade do imóvel.
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Sistema de registro de preços poderá, na forma de regulamento, ser utilizado nas hipóteses de
inexigibilidade e de dispensa de licitação para a aquisição de bens ou para a contratação de
serviços por mais de um órgão ou entidade”.
CREDENCIAMENTO
É um procedimento auxiliar
Se a administração quiser um leiloeiro oficial: deve selecionar por credenciamento ou pregão
É inexigível a licitação para objetos que podem ser contratados por meio do credenciamento
PRÉ-QUALIFICAÇÃO
Procedimento auxiliar
Seleciona previamente:
I - licitantes que reúnam condições de habilitação para participar de futura licitação ou de licitação
vinculada a programas de obras ou de serviços objetivamente definidos;
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vigência máxima de 15 (quinze) anos.
Declaração de inidoneidade:
ATENÇÃO:
Na nova lei, constatada irregularidade, a medida imediata a ser tomada não é a automática
anulação do contrato.
Primeiro, é necessário verificar a possibilidade de saneamento e se a invalidação é medida de
interesse público, uma vez que, mesmo irregular, o contrato poderá ser continuado se sua
anulação e consequente paralização da prestação do serviço não forem medidas de interesse
público, considerando, por exemplo, os riscos sociais, ambientais e a segurança da população local
É NULO e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras ou o
de prestação de serviços de pronto pagamento, assim entendidos aqueles de valor não superior a R$
10.000,00 (dez mil reais)
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ATOS ADMINISTRATIVOS
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO
Invalidação do ato administrativo por razões de Extinção do ato administrativo que viola a lei
conveniência ou oportunidade da vigente ao tempo de sua prática ou então
Administração. quando há vícios nos elementos de formação
dos atos.
É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 (dez) anos para anulação de atos
administrativos reputados inválidos pela Administração Pública estadual. (STF INFO 1012)
O prazo de 5 anos, previsto na Lei nº 9.784/99 consolidou-se como marco temporal geral nas
relações entre o Poder Público e particulares. Como exemplos, podemos citar o art. 1º do Decreto
nº 20.910/1932 e o art. 173 do CTN.
A maioria dos Estados-membros aplica o prazo quinquenal para anulação de atos administrativos,
seja por previsão em lei própria ou por aplicação analógica do art. 54 da Lei nº 9.784/99.
Logo, “não há fundamento constitucional que justifique a situação excepcional do Estado de São
Paulo, justamente o mais rico e certamente um dos mais eficientes da Federação, impondo-se o
tratamento igualitário nas relações Estado-cidadão”.
Somente são admitidas exceções ao princípio da isonomia quando houver fundamento razoável
baseado na necessidade de remediar um desequilíbrio específico entre as partes.
Fonte: obviamente, buscador do Dizer o Direito
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Súmula 473-STF: A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
CASSAÇÃO
É espécie do gênero anulação e consiste em invalidar um ato que nasceu regular, mas se tornou
irregular no momento de sua execução.
CADUCIDADE CONTRAPOSIÇÃO
O ato administrativo é invalidado em a extinção do ato administrativo decorre
face de uma norma jurídica posterior da edição de novo ato que produz efeito
que traz como consequência expressa ou contraposto.
tácita a impossibilidade de manutenção
do ato até então válido.
SANATÓRIA
Convalidação:
Objetiva confirmar o ato originário, no todo ou em parte, com efeitos retroativos.
Pode recair sobre atos já exauridos (porque tem efeitos retroativos)
Só cabe em atos anuláveis, com defeitos sanáveis. Como vícios na forma, na competência (quando
não for exclusiva) e no objeto, quando plúrimo
Confirmação:
o ato é mantido no ordenamento jurídico pela administração por razões de segurança jurídica.
Confirma-se o ato sem expurgar o vício.
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IMPROBIDADE
As condutas de improbidade devem ser necessariamente dolosas. Não existe mais improbidade
culposa.
Considera-se DOLO a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado, NÃO
BASTANDO a voluntariedade do agente.
O fato de alguém ser sócio ou diretor de uma pessoa jurídica que está sendo processada por
improbidade não conduz a sua responsabilização, que depende da comprovação de participação e
benefícios diretos.
ATENÇÃO:
Modalidade de improbidade que atenta contra os princípios: exige lesividade RELEVANTE para o
bem jurídico tutelado, mas independem do reconhecimento de lesão ao erário ou enriquecimento
ilícito.
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As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber incentivos
fiscais ou creditícios do poder público observarão o LIMITE MÁXIMO DE 20 (VINTE) ANOS.
Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá
DEDUZIR o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto
os mesmos fatos.
No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção LIMITAR-SE-Á
à aplicação de MULTA, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos,
quando for o caso, nos termos do caput deste artigo.
INDISPONIBILIDADE DE BENS
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A indisponibilidade recai apenas sobre bens que assegurem exclusivamente o integral
ressarcimento de dano ao erário. Não incide sobre os valores a serem eventualmente aplicados a
título de multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita.
A ordem de indisponibilidade de bens deverá PRIORIZAR veículos de via terrestre, bens imóveis,
bens móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e
empresárias, pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas
bancárias
É VEDADA a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos
depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta-corrente.
É VEDADA a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, SALVO se comprovado que
o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida
Onde será proposta a ação? No foro do local onde ocorrer o dano ou da PJ prejudicada. A
propositura da ação irá prevenir o juízo
Pode recair sobre bens de terceiros? Apenas quando comprovado a efetiva concorrência para os
atos de improbidade
Pode recair sobre pessoa jurídica? Apenas de houver instauração de incidente de desconsideração
de personalidade
A alteração legislativa excluiu dos legitimados à propositura a pessoa jurídica lesada, entretanto,
essa disposição foi declarada inconstitucional pelo STF
Para a celebração do acordo é necessário o ressarcimento do dano e a reversão à pessoa jurídica
lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes privados.
Momento: pode ser celebrado a todo momento, inclusive na fase recursal
Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de
Contas competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90
(noventa) dias.
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INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO:
OBS.: Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do prazo
previsto no caput deste artigo.
Competência para julgar ação de improbidade proposta por Município contra ex-prefeito que não prestou
contas de convênio federal. Nas ações de ressarcimento ao erário e improbidade administrativa ajuizadas
em face de eventuais irregularidades praticadas na utilização ou prestação de contas de valores
decorrentes de convênio federal, o simples fato de as verbas estarem sujeitas à prestação de contas
perante o Tribunal de Contas da União, por si só, não justifica a competência da Justiça Federal. (STJ INFO
724)
As Súmulas 208 e 209 do STJ provêm da 3ª Seção do STJ e versam hipóteses de fixação da
competência em matéria penal.
Súmula 208-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de
verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal
Súmula 209-STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba
transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
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Ministério Público e as pessoas jurídicas interessadas para a propositura da ação por ato de improbidade
administrativa e para a celebração de acordos de não persecução civil. (INFO 1066 STF)
Não deve existir obrigatoriedade de defesa judicial do agente público que cometeu ato de improbidade por
parte da Advocacia Pública, pois a sua predestinação constitucional, enquanto função essencial à Justiça,
identifica-se com a representação judicial e extrajudicial dos entes públicos. Contudo, permite-se essa
atuação em caráter extraordinário e desde que norma local assim disponha. (INFO 1066 STF)
A nova Lei 14.230/2021 aplica-se aos atos de improbidade administrativa culposos praticados na vigência
do texto anterior da lei, porém sem condenação transitada em julgado, em virtude da revogação expressa
do texto anterior; devendo o juízo competente analisar eventual dolo por parte do agente; (INFO 1065 STF)
O novo regime prescricional previsto na Lei 14.230/2021 é IRRETROATIVO, aplicando-se os novos marcos
temporais a partir da publicação da lei. (INFO 1065 STF)
A contratação de servidores públicos temporários sem concurso público, mas baseada em legislação local,
não configura a improbidade administrativa prevista no art. 11 da Lei nº 8.429/92, por estar ausente o
elemento subjetivo (dolo), necessário para a configuração do ato de improbidade violador dos princípios da
administração pública. (STJ INFO 736)
Mesmo que o juiz reconheça a prescrição das penas pela prática do ato de improbidade, a ação poderá
continuar para analisar o pedido de ressarcimento ao erário, não sendo necessária uma ação autônoma
apenas para discutir isso (INFO 710 STJ)
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JURIS EM TESES STJ
A aplicação da pena de demissão por improbidade administrativa não é exclusividade do Judiciário, sendo
passível a sua incidência no âmbito do processo administrativo disciplinar.
Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão em razão da prática de
improbidade administrativa, independentemente de prévia condenação, por autoridade judicial, à perda
da função pública.
Nas ações de improbidade administrativa, é indevido o ressarcimento ao erário de valores gastos com
contratações, ainda que ilegais, quando efetivamente houve contraprestação dos serviços, sob pena
de enriquecimento ilícito da Administração.
Caracterizada a improbidade administrativa por dano ao erário, a devolução dos valores é imperiosa e deve
vir acompanhada de pelo menos uma das sanções legais que visam a reprimir a conduta ímproba,
pois o ressarcimento não constitui penalidade propriamente dita, mas sim consequência imediata e
necessária do prejuízo causado.
O agente político eleito tem legitimidade ativa para ajuizar pedido de suspensão com o objetivo de sustar
efeitos de decisão que o afastou cautelarmente do cargo para apuração de atos de improbidade
administrativa.
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BENS PÚBLICOS
Inalienabilidade relativa: os que se encontram destinados a uma finalidade pública específica não
podem ser alienados. Os bens públicos dominicais podem ser objeto de alienação
Impenhorabilidade
Imprescritibilidade: são insuscetíveis de aquisição mediante usucapião
Não onerabilidade não podem ser como garantia em favor de terceiro.
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA
Intervenções impostas por atos normativos de caráter geral, os quais impõe obrigações positivas
ou negativas para proprietários indeterminado.
Pode incidir sobre móveis, imóveis, serviços, atividades.
Em regra, não gera direito à indenização
Se, quando o proprietário adquiriu o imóvel, já havia a restrição administrativa ele não poderá pedir
indenização, salvo se se tratar de negócio jurídico gratuito ou se for vulnerável econômico (INFO 493 STJ)
Imóvel do particular foi incluído em unidade de conservação. Houve, no caso, uma limitação
administrativa. Ele ajuizou ação de desapropriação indireta pedindo indenização. Mesmo não tendo havido
desapropriação indireta, mas sim mera limitação administrativa, o juiz deverá conhecer da ação e julgar
seu mérito. Devem ser observados os princípios da instrumentalidade das formas e da primazia da solução
integral do mérito. (INFO 662 STJ)
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SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
Autoriza o poder público a utilizar propriedade privada para a execução de serviços públicos.
Só incide sobre imóveis
É um direito real sobre coisa alheia – haverá o serviente (bem privado) e o dominante
(administração pública)
Na servidão, a administração pública não toma a propriedade, apenas a utiliza em conjunto com o
particular, independentemente de autorização deste
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Existira em caso de perigo público iminente.
Incide sobre bens móveis, imóveis, serviços, etc.
A indenização será posterior e se houver dano
Não pode recair sobre bens públicos de outro ente federativo em uma situação de normalidade
institucional (é possível em caso de estado de defesa ou estado de sítio)
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
Forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio
de apoio à execução de obras e serviços públicos.
TOMBAMENTO
proteger o patrimônio histórico e cultural. É instituído por processo administrativo. É uma restrição
parcial da propriedade, o poder publico condiciona o uso. Pode recair sobre bens móveis e imóveis,
mas não pode recair sobre bens incorpóreos
Obs.: bem público pode ser tombado e não existe necessidade de respeito a hierarquia federativa.
Ex.: município pode tombar bem do Estado
*Tombamento gera indenização? Apenas se trouxer encargos ao proprietário
*Tombamento não pode impedir o uso da propriedade pelo particular
DESAPROPRIAÇÃO
Intervenção supressiva (única forma de intervenção do Estado na propriedade que gera a perda da
propriedade).
É sempre indenizável.
A hierarquia federativa deve ser observada. O Município não pode desapropriar um bem da União,
por exemplo.
Não se confunde com confisco (confisco se fundamenta na pratica de uma atividade criminosa pelo
proprietário e não há indenização)
Bem público não pode ser usucapido, mas pode sofrer desapropriação, devendo ser respeitada a
hierarquia federativa
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É possível a desistência da desapropriação pela Administração Pública, a qualquer tempo, mesmo
após o trânsito em julgado, desde que ainda não tenha havido o pagamento integral do preço e o
imóvel possa ser devolvido sem alteração substancial que impeça que seja utilizado como antes.
Desapropriação indireta é o apossamento de bem de particular pelo poder público sem a correta
observância dos requisitos da declaração e indenização prévia.
O que a pessoa pode fazer caso tenha sofrido uma desapropriação indireta?
• Se o bem expropriado ainda não está sendo utilizado em nenhuma finalidade pública: pode ser
proposta uma ação possessória com o objetivo de que a pessoa mantenha ou retome a posse do
bem.
• Se o bem expropriado já está afetado a uma finalidade pública: considera-se que houve fato
consumado e somente restará ao particular ajuizar uma “ação de desapropriação indireta” a fim
de ser indenizado.
Há violação aos limites das matérias que podem ser discutidas em ação de desapropriação direta quando
se admite o debate - e até mesmo indenização - de área diferente da verdadeiramente expropriada, ainda
que vizinha (STJ INFO 738)
Súmula 69-STJ: Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão
na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.
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SERVIÇOS PÚBLICOS
Concessão Permissão
delegação, feita elo poder concedente, delegação, a título precário, mediante licitação,
mediante licitação, na modalidade concorrência da prestação de serviços públicos, feita pelo
ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou poder concedente à pessoa física ou jurídica
consórcio de empresas que demonstre que demonstre capacidade para seu
capacidade para seu desempenho, por sua conta desempenho, por sua conta e risco.
e risco e por prazo determinado
Em regra, serviço público não pode ser interrompido. Quais são as exceções?
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Sobre outro imóvel do usuário (só pode recair sobre o imóvel que originou o débito)
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho medidor
atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos princípios do contraditório e da
ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica,
mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado
correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior à constatação da fraude, contanto que
executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito
de a concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive
antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.412.433-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 25/04/2018 (recurso
repetitivo) (Info 634).
ATENÇÃO: quantas datas opcionais do vencimento do débito devem ser oferecidas pelas concessionárias?
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É possível cobrar um valor da concessionária de serviço público pelo fato de ela estar utilizando
faixas de domínio de uma rodovia?
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PPP (PARCERIA PÚBLICO – PRIVADA)
RESPONSABILIDADE CIVIL
E as condutas omissivas?
Há certa controvérsia
A doutrina entende pela adoção da teoria subjetiva: seria necessário comprovar a omissão (que o
serviço não foi prestado, que foi prestado de forma insuficiente ou então de forma tardia)
O STF e STJ possuem precedentes no sentido da adoção da teoria objetiva
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O hospital que deixa de fornecer o mínimo serviço de segurança, contribuindo de forma determinante e
específica para homicídio praticado em suas dependências, responde objetivamente pela conduta omissiva
(STJ INFO 740)
Reconhecida a responsabilidade estatal por acidente com evento morte em rodovia, é devida a indenização
por danos materiais aos filhos menores e ao cônjuge do de cujus (INFO 733)
Em regra, o Estado responde de forma objetiva pelos danos causados a profissional de imprensa ferido, por
policiais, durante cobertura jornalística de manifestação pública (INFO 1021 STF)
Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de
atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar.
Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos; exceção:
quando demonstrado nexo causal direto (INFO 993 STF)
Aplica-se igualmente ao estado o que previsto no art. 927, parágrafo único, do Código Civil, relativo à
responsabilidade civil objetiva por atividade naturalmente perigosa, irrelevante o fato de a conduta ser
comissiva ou omissiva. (INFO 674 STJ)
Para que o Município seja responsável por acidente em loja de fogos de artifício, é necessário comprovar
que ele violou dever jurídico específico de agir (concedeu licença sem as cautelas legais ou tinha
conhecimento de irregularidades que estavam sendo praticadas pelo particular) (INFO 969 STF)
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NEOCONSTITUCIONALISMO
MARCOS CARACTERÍSTICAS
Marco histórico: a formação do Estado Constituição como centro do ordenamento
Constitucional de Direito, cuja jurídico
consolidação se deu ao longo das décadas
finais do século XX; Força normativa da constituição
SENTIDOS DE CONSTITUIÇÃO
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CLASSIFICAÇÃO DA CFRB/88
Promulgada
ORIGEM
Participação do povo (direta ou indiretamente)
Analítica (prolixa)
EXTENSÃO Não cuida apenas dos temas indispensáveis ao Estado e ao povo. Possui inúmeras
normas de conteúdo que não necessariamente precisariam estar ali.
Formal
Todas as normas inseridas no texto da Constituição, (independentemente de
versarem ou não sobre temas tidos por constitucionais)
APROFUNDANDO...
FINALIDADE APROFUNDANDO...
Em contraponto a este modelo de constituição dirigente, existe a constituição
garantia:
Garantia: se preocupa em restringir o poder estatal, garantindo a não ingerência
do poder público na vida dos indivíduos. Valores de liberdades negativas. É um
documento que se preocupa em garantir os direitos já conquistados em face de
uma possível interferência do Estado
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JÁ CAIU - AOCP
Karl Loewenstein distinguiu as Constituições normativas, nominalistas e semânticas. Trata-se
do critério ONTOLÓGICO, que busca identificar a correspondência entre a realidade política
do Estado e o texto constitucional.
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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO RETROCESSO: o princípio da vedação ao retrocesso: impede que a
revogação de uma lei implique a perda de um direito consagrado. Assim, a lei revogadora deve ser
acompanhada de uma nova regulamentação da matéria, que não implique abolição do direito, sob pena
de ser inconstitucional.
“A eficácia vedativa do retrocesso propõe se possa exigir do Judiciário é a invalidade da revogação dos
enunciados que, regulamentando o comando constitucional, ensejaram a aplicação e a fruição dos
direitos fundamentais ou ainda os ampliaram, toda vez que tal revogação não seja acompanhada de
uma política substitutiva. Isto é: a invalidade, por inconstitucionalidade, ocorrerá quando se revogam as
disposições infraconstitucionais descritas deixando um vazio em seu lugar.” (Ana Paula Barcellos)
DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO RECEPÇÃO
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JÁ CAIU - AOCP (assertiva CORRETA): Ainda que exercido de forma ilegítima, o poder constituinte
originário será sempre o criador de uma nova constituição que estabeleça uma nova ordem
constitucional em um Estado.
JÁ CAIU - AOCP (assertiva INCORRETA): O poder constituinte originário é soberano e está acima da
vontade popular.
Não poderá ser objeto de deliberação proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma
federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e os direitos e
as garantias individuais.
CIRCUNSTANCIAIS
A constituição não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio, do estado de defesa e da
intervenção federal
FORMAIS
Limitação formal subjetiva Limitação formal objetiva
(vicio em relação ao legitimado). (vício na tramitação).
Quem são eles? Deliberação e votação ocorrerão:
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MANDADO DE SEGURANÇA
Súmula nº 625, STF: “Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de
segurança.”
Súmula nº 629, STF: “A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor
dos associados independe da autorização destes.”
Súmula nº 630, STF: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.”
Súmula nº 376, STJ: “Compete à turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de
juizado especial.”
Súmula nº 429, STF: “A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do
mandado de segurança contra omissão da autoridade.”
HABEAS CORPUS
Não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por
infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada (Súmula nº 693, STF);
Não cabe HC quando já extinta a pena privativa de liberdade (Súmula nº 695, STF);
Não cabe habeas corpus para questionar passaporte vacinal/sanitário (Info 726, STJ);
Não é cabível habeas corpus para impugnar ato normativo que fixa medidas restritivas para
prevenir a disseminação da covid-19
Para discussão sobre a correta fixação da competência e se existe conexão entre os crimes (Info
959, STF);
Em regra, contra decisão transitada em julgado (Info 892, STF);
Para discutir processo criminal envolvendo o art. 28 da Lei de Drogas (Info, 887, STF);
Para obter direito à visita íntima (Info 887, STF);
Para se discutir se houve dolo eventual ou culpa consciente em homicídio praticado na direção de
veículo automotor (Info 819, STF);
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Contra decisão judicial que determinou a suspensão de CNH ou do direito de dirigir
Para se questionar nulidade cujo tema não foi trazido antes do trânsito em julgado da ação
originária e tampouco antes do trânsito em julgado da revisão criminal (Info 837, STF);
Para excluir qualificadora que não era manifestamente improcedente (Info 711, STF);
Para discutir tipificação dos fatos (Info 702, STF);
Para rediscutir dosimetria da pena (HC 110152/MS, STF);
Para assegurar a preservação da relação de confidencialidade entre cliente e advogado;
Para requerimento de aditamento da denúncia a fim de incluir outro acusado;
Contra a perda de direitos políticos;
MANDADO DE INJUNÇÃO
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HABEAS DATA
Exige condicionamento administrativo: recusa das informações pela autoridade administrativa (Súmula nº
2, STJ)
NÃO CABE:
para que se tenha acesso a autos de processos administrativos (STF)
para obtenção de certidão pública (STJ)
para a obtenção de acesso aos critérios utilizados em correção de prova discursiva aplicada em
concursos públicos (STJ)
Jurisprudência
O servidor público que seja pai solo – de família em que não há a presença materna – faz jus à
licença maternidade e ao salário maternidade pelo prazo de 180 dias, da mesma forma em que
garantidos à mulher pela legislação de regência (Info 1054).
Polícia Federal pode recusar pedido de inscrição no curso de vigilante pelo fato de o indivíduo ter
praticado delito que envolve o emprego de violência contra a pessoa ou por ter demonstrado
comportamento agressivo incompatível com as funções do cargo (INFO 734)
Não há vedação para a fixação de piso salarial em múltiplos do salário mínimo, desde que inexistam
reajustes automáticos (INFO 1044)
O Estado não é obrigado a fornecer medicamento para utilização off label, salvo autorização da
ANVISA. (INFO 717)
Não viola a Constituição Federal a exclusão dos aprendizes do rol de beneficiados por piso salarial
regional. Caso concreto: Lei do Estado de São Paulo instituiu pisos salariais para os trabalhadores e,
em determinado artigo, afirmou que o piso salarial não se aplica para os contratos de
aprendizagem. Essa previsão é constitucional. (INFO 1035)
Os órgãos do SISBIN somente podem fornecer informações à ABIN quando comprovado o interesse
público e mediante decisão motivada para controle de legalidade pelo Poder Judiciário (INFO 1033)
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Se o hospital particular atender um paciente do SUS por força de decisão judicial ele deverá ser
ressarcido com base não na tabela do SUS nem com base nos valores de mercado; o ressarcimento
ocorrerá com base na tabela da ANS, aplicada por analogia (INFO 1032)
O princípio da reparação integral do dano, por si só, não justifica a imposição do ônus de publicar o
inteiro teor da sentença condenatória. Não é cabível a condenação de empresa jornalística à
publicação do resultado da demanda quando o ofendido não tenha pleiteado (INFO 706)
Não existe no Brasil a candidatura nata, ou seja, o direito de o titular do mandato eletivo ser,
obrigatoriamente, escolhido e registrado pelo partido como candidato à reeleição (INFO 1026)
Estado pode ser obrigado a fornecer medicamento não registrado na ANVISA, se a sua importação
estiver autorizada, ele se mostrar imprescindível ao tratamento e houver incapacidade financeira
do paciente (INFO 1022)
É possível condenar judicialmente Estado ou Município a investir na saúde os valores mínimos que
não foram aplicados em anos anteriores (INFO 1017)
É inconstitucional lei estadual que obriga que as escolas e bibliotecas públicas tenham um exemplar
da Bíblia (INFO 1012)
É inconstitucional lei estadual que proíba a Administração Pública de contratar empresa que tenha
tido empregado condenado por crime ou contravenção relacionados com a prática de atos
discriminatórios. (INFO 987)
Cabe reclamação contra decisão judicial que determina retirada de matéria jornalística de blog.
(INFO 983)*
É inconstitucional lei municipal que proíba a divulgação de material com referência a “ideologia de
gênero” nas escolas municipais. (INFO 980)*
O Estado não pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em determinados
horários. Isso seria uma imposição, o que é vedado pelo texto constitucional por configurar
censura. O Poder Público pode apenas recomendar os horários adequados. A classificação dos
programas é indicativa (e não obrigatória) (INFO 837)
Jornal poderá acessar dados sobre mortes registradas em ocorrências policiais. veículo de imprensa
jornalística possui direito líquido e certo de obter dados públicos sobre óbitos relacionados a
ocorrências policiais. (INFO 682)
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ALISTAMENTO ELEITORAL
Inalistáveis
SÃO INELEGÍVEIS
Analfabetos
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões
locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias ANTES
da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos.
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos
do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, SEM a utilização de propaganda gratuita no rádio e
na televisão
ATENÇÃO: a perda do mandato por infidelidade partidária NÃO se aplica aos cargos MAJORITÁRIOS. Os
cargos mencionados pelo dispositivo acima se submetem ao sistema proporcional.
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§ 7 Os partidos políticos devem aplicar no MÍNIMO 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário
na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres,
de acordo com os interesses intrapartidários.
Poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas.
Casa criadora próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das
respectivas Casas.
CPI deve terminar dentro da sessão legislativa, entretanto, se não acabar, poderá ser prorrogada
desde que não ultrapasse a legislatura
A instalação de uma CPI não se submete a um juízo discricionário seja do Presidente da casa
legislativa, seja do plenário da própria casa legislativa
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ARTIGOS + RELEVANTES
AUTORIZAR, por dois terços de seus membros, a PROCESSAR E JULGAR o Presidente e o Vice-
instauração de processo contra o Presidente e o Vice- Presidente da República nos crimes de
Presidente da República e os Ministros de Estado; responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e
os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica nos natureza conexos com aqueles;
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CONTAS DO PRESIDENTE
TCU aprecia e elabora parecer prévio, em 60 dias a contar do recebimento
CN julga anualmente
Câmara procede à tomada de contas se não apresentada ao CN em 60 dias após a abertura
da sessão legislativa
É permitida apenas uma reeleição (ou Não é possível a recondução dos Presidentes da
recondução) sucessiva ao mesmo cargo da mesa Câmara dos Deputados e do Senado Federal para
diretora de assembleia legislativa estadual, o mesmo cargo na eleição imediatamente
independentemente de os mandatos subsequente, dentro da mesma legislatura. Por
consecutivos se referirem à mesma legislatura. outro lado, é possível a reeleição dos Presidentes
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
(INFO 1030) em caso de nova legislatura.
(INFO 1003)
i) a eleição dos membros das mesas das assembleias legislativas estaduais deve observar o limite de uma
única reeleição ou recondução, limite cuja observância independe de os mandatos consecutivos referirem-
se à mesma legislatura;
ii) a vedação à reeleição ou recondução aplica-se somente para o mesmo cargo da mesa diretora, não
impedindo que membro da mesa anterior se mantenha no órgão de direção, desde que em cargo distinto;
e
iii) o limite de uma única reeleição ou recondução, acima veiculado, deve orientar a formação das mesas
das assembleias legislativas que foram eleitas após a publicação do acórdão da ADI 6.524, mantendo-se
inalterados os atos anteriores.
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IMUNIDADES PARLAMENTARES
Desde a expedição do diploma, apenas por crime Não há mais necessidade de prévia licença
inafiançável
O STF recebe a denúncia e comunica à casa
Os autos serão enviados em 24H à casa do respectiva, que decidirá em 45 dias sobre sustar o
parlamentar andamento da ação
Art. 53, par. 2º: Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24H à
Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Após a EC 35/2001 não há mais necessidade de prévia licença para abertura de processos contra
parlamentares. O que a Casa respectiva poderá fazer é sustar o andamento da ação, o que suspende a
prescrição enquanto durar o mandato.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da
ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo IMPRORROGÁVEL de 45 DIAS do
seu recebimento pela Mesa Diretora.
Quando inicia o foro por prerrogativa dos Congressistas? Após a DIPLOMAÇÃO (não é após a
posse!)
STF AP937: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício
do cargo e relacionados às funções desempenhadas.
E se o parlamentar federal, detentor do foro, estiver sendo processado no STF (o crime foi cometido
após a diplomação e tem relação com a função) e renunciar o mandato? Ou então o mandato
chegou a fim? Nesse caso, o marco para o fim do foro será o término da instrução.
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Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de
alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o
agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. (INFO
900 STF)
Crime cometido depois da diplomação (durante o Crime cometido depois da diplomação (durante o
exercício do cargo) e o delito está relacionado exercício do cargo) e o delito está relacionado
com as funções desempenhadas. com as funções desempenhadas.
A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se aplicando em caso
de eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar função pública.
Intervalo entre dois mandatos afasta foro por prerrogativa de função de prefeito em relação a fato
praticado no período anterior. Na hipótese em que o delito seja praticado em um mandato e o réu seja
reeleito para o mesmo cargo, a continuidade do foro por prerrogativa de função restringe-se às hipóteses
em que os diferentes mandatos sejam
exercidos em ordem sequencial e ininterrupta.
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PROCESSO LEGISLATIVO
Leis em matéria tributária: iniciativa geral. Qualquer parlamentar pode propor. A competência será
apenas do Presidente se for legislação tributária referente aos territórios.
É possível o Chefe do Poder Executivo promulgar a parte incontroversa de projeto de lei que não foi
vetada. Por outro lado, nada impede que o Presidente sancione ou vete esse projeto e, no mesmo
dia, edite uma medida provisória tratando sobre o mesmo tema.
Padece de inconstitucionalidade formal lei de iniciativa parlamentar que disponha sobre atribuições
de órgãos da Administração Pública (a iniciativa é do Presidente da República)
É possível a edição de medidas provisórias pelo governador (desde que haja previsão na CE), e pelo
prefeito (desde que haja previsão na Lei Orgânica)
Por meio meio de um decreto, o Prefeito disciplinou o fluxo de procedimentos relativos à fase
interna das licitações municipais e extinguiu dez cargos públicos vagos. Referido decreto É VÁLIDO
por observar os limites constitucionais da competência regulamentar do Chefe do Poder Executivo.
Não existe iniciativa popular para Emenda à Constituição Federal. Porém, em âmbito estadual, será
possível se previsto na Constituição do Estado.
MEDIDA PROVISÓRIA
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editada. A definição disso é, em regra, um juízo político, feito pelo PR e controlado pelo CN.
O judiciário somente poderá analisar se houver notório abuso/flagrante ilegalidade
MP não pode tratar sobre uma porrada de assuntos (direito penal, processo penal, processo
civil, nacionalidade, direitos políticos....), mas a MP pode sim tratar sobre direito civil! (isso é
sempre questionado em prova)
1. Não apreciação: o CN não se manifesta (prazo de 60+60) e ela perde sua eficácia
2. Rejeição expressa
3. Aprovação sem alteração: CN aprova e ela é promulgada pela MESA DO CONGRESSO
NACIONAL (não é o Presidente que promulga)
4. Aprovação com alteração: o CN pode suprimir ou adicionar emendas, DESDE QUE tenha
pertinência com o texto originário. Do contrário, isso será contrabando legislativo, o que é
vedado
Presidente da República;
Vice-Presidente;
STF julga nos crimes comuns Membros do Congresso Nacional;
Seus próprios Ministros; e
Procurador-Geral da República;
Ministros de Estado;
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
STF julga nos crimes comuns e de Tribunais Superiores;
responsabilidade Tribunal de Contas da União; e
Chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Presidente da República;
Vice-Presidente;
Membros do Congresso Nacional;
Seus próprios Ministros;
Procurador-Geral da República;
STF julga HC quando for paciente
Ministros de Estado;
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
Tribunais Superiores;
Tribunal de Contas da União; e
Chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Presidente da República;
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
STF julga MS ou HD contra atos Tribunal de Contas da União;
Procurador-Geral da República; e
Próprio Supremo Tribunal Federal.
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STF julga HC quando o coator for Tribunal Superior
Autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos
diretamente à
STF julga HC quando o coator ou jurisdição do Supremo Tribunal Federal;
paciente for Se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância.
STJ x quaisquer tribunais;
STF julga conflito de competência entre Tribunal Superior x Tribunal Superior;
Tribunais Superiores x qualquer outro tribunal.
Presidente da República;
Presidente do Congresso Nacional;
Presidente da Câmara dos Deputados;
STF julga MI quando a atribuição para a Presidente do Senado Federal;
edição da norma for do Mesas de uma dessas Casas;
Tribunal de Contas da União;
Um dos Tribunais Superiores; ou
Próprio Supremo Tribunal Federal.
Julgar válida lei local contestada em face de Julgar válido ato de governo local contestado em
lei federal face de lei federal.
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STJ julga em crime comum Governadores dos Estados e do Distrito Federal.
STJ julga em crime comum e de Desembargadores dos TJs dos Estados e do DF;
responsabilidade Tribunais de Contas dos Estados e do DF;
Tribunais Regionais Federais;
Tribunais Regionais Eleitorais;
Tribunais Regionais do Trabalho;
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios;
Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
STJ julga MS e HD contra ato Ministro de Estado;
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; ou
Próprio Tribunal.
STJ julga HC quando o coator for Tribunal sujeito à sua jurisdição;
Ministro de Estado; ou
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.
STJ julga HC quando o Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
coator/paciente for Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do DF;
Tribunais de Contas dos Estados e do DF;
Tribunais Regionais Federais;
Tribunais Regionais Eleitorais;
Tribunais Regionais do Trabalho;
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios;
Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
STJ julga conflito de Quaisquer tribunais;
competências entre Tribunal x juízes a ele não vinculados;
Juízes vinculados a tribunais diversos.
STJ julga MI Quando a atribuição da norma regulamentador for órgão,
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou
indireta
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Competência material:
Exclusivas: pertencem a União
Comuns: todos os entes federados
Em regra, iniciam com verbos
Competência legislativa:
Privativas: pertencem a União
Concorrentes: pertencem a Uniao e Estado
Na competência concorrente, a União estabelece normas gerais, o que não exclui a
competência suplementar dos Estados
Se não existir lei federal sobre as normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena
A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia (não é revogação)
da lei estadual, no que lhe for contrário.
Em regra, Municipios não detém competência concorrente
As competências privativas podem ser delegadas aos Estados, se preenchidos 3 requisitos:
1) delegação por Lei Complementar
2) assunto específico (a delegação não pode ser genérica e ampla)
3) isonomia (não pode delegar a apenas um Estado)
ARTIGOS RELEVANTES:
Art. 20 §1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental,
mar territorial ou zona econômica exclusiva, OU compensação financeira por essa exploração.
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Art. 21. Compete à União:
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para
pesquisa e uso agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos
para pesquisa e uso médicos;
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei.
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse
ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta
Constituição.
Art. 29. O Município reger-se-á por LEI ORGÂNICA, votada em DOIS TURNOS, com o interstício mínimo de
DEZ DIAS, e aprovada por DOIS TERÇOS dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes
preceitos (...)
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de CINCO
POR CENTO (5 %) da receita do Município;
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros,
através de manifestação de, pelo menos, CINCO POR CENTO (5%) do eleitorado;
§ 1 o A Câmara Municipal não gastará mais de SETENTA POR CENTO de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de DOIS TERÇOS (2/3) dos membros da Câmara Municipal.
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ESTADOS Instituir REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS e
MICRORREGIÕES (mediante Lei Complementar)
MUNICÍPIOS Criar, organizar e suprimir DISTRITOS
É inconstitucional, por invadir a competência municipal para legislar sobre assuntos de interesse
local (art. 30, I e V, da CF/88), lei estadual que concede, por período determinado, isenção das
tarifas de água e esgoto e de energia elétrica aos consumidores residenciais, industriais e
comerciais.
Não cabe às leis estaduais a interferência em contratos de concessão de serviços federal e
municipal, alterando condições que impactam na equação econômico-financeira. STF. Plenário. ADI
6912/MG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/8/2022 (Info 1063).
É inconstitucional lei estadual que fixe a obrigatoriedade de divulgação diária de fotos de crianças
desaparecidas em noticiários de TV e em jornais de estado-membro (INFO 1048 STF)
Lei estadual não pode proibir que os prestadores de serviço público de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário inscrevam os usuários inadimplentes no SPC/Serasa (STF INFO 1043)
É constitucional lei estadual que concede aos professores das redes públicas estadual e municipais
de ensino o benefício da meia-entrada nos estabelecimentos de lazer e entretenimento (INFO 1050
STF)
Lei federal não pode conceder anistia a policiais e bombeiros militares estaduais que praticaram
infrações disciplinares (STF INFO 1056)
É inconstitucional lei estadual que proíba operadoras de telefonia de oferecerem serviços de valor
adicionado (Info 1063 STF)
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É inconstitucional a Lei Distrital que atribui autonomia administrativa e financeira aos respectivos
órgãos policiais (STF ADI 6611)
OBS: quem organiza e mantém a PCDF é a União, apesar de ser subordinada ao Governador do DF
Lei estadual não pode prever paridade e integralidade para os policiais civis nem conceder a eles
adicional de final de carreira para que recebam aposentadoria em classe superior ao que estavam
na ativa. (STF INFO 998)
É inconstitucional lei do Distrito Federal que trate sobre a estrutura e o regime jurídico da Polícia
Civil do Distrito Federal (a competência para isso é da União). (STF INFO 3666)
É inconstitucional lei estadual que preveja que os serviços privados de educação são obrigados a
conceder, a seus clientes preexistentes, os mesmos benefícios de promoções posteriormente
realizadas. (INFO 1037 STF)
É inconstitucional lei estadual que obriga planos de saúde a atenderem os clientes com Covid-19
mesmo que eles estejam no período de carência contratual (STF INFO 1021)
É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo máximo para que os planos de saúde autorizem
solicitações de exames e procedimentos cirúrgicos. (STF INFO 1021)
É inconstitucional lei municipal que preveja que o Poder Executivo poderá conceder autorização
para que sejam explorados serviços de radiodifusão no Município. (STF INFO 947)
É formalmente inconstitucional lei estadual que proíba a atividade de delivery de gasolina e etanol;
isso porque a competência para legislar sobre energia é privativa da União. (INFO 1016 STF)
É constitucional norma estadual que determine que as prestadoras de serviço telefônico são
obrigadas a fornecer, sob pena de multa, os dados pessoais dos usuários de terminais utilizados
para passar trotes aos serviços de emergência. (INFO 1036 STF)
É constitucional lei estadual que limita ligações de telemarketing (INFO 1007 STF)
É constitucional lei estadual que obriga a empresa de telefonia celular a disponibilizar na internet
extrato detalhado das chamadas telefônicas e serviços utilizados nos planos pré-pagos. (INFO 1000
STF)
É constitucional legislação estadual que proíbe toda e qualquer atividade de comunicação comercial
dirigida às crianças nos estabelecimentos de educação básica. (STF INFO 1011)
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É constitucional lei estadual que transforma o cargo de datiloscopista da Polícia Civil em
perito papiloscopista. (INFO 964 STF)
Viola a CF/88 lei municipal que proíbe o transporte de animais vivos no Município. (INFO 919 STF)
Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa,
competindo exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento das contas anuais do chefe do
Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo. (INFO
834 STF)
Súmula Vinculante nº 49: “Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.”
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PARTE GERAL
-Tentativa
-Arrependimento posterior
-Estado de necessidade (quando razoável o sacrifício)
1/3 a 2/3
-Semi-imputabilidade
-Embriaguez por caso fortuito ou força maior
OBS.: sobre o crime continuado: esta ficção jurídica só vale para a aplicação da pena (será considerado
como um único crime). Para todas as demais situações (prescrição, representação), será considerado cada
um dos crimes de modo isolado.
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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE DELITO
MODELO NEOCLÁSSICO OU
MODELO CLÁSSICO MODELO FINALISTA
NEOKANTISTA
Fato típico: teoria causal Fato típico: teoria causal Fato típico: teoria finalista
naturalista da ação (ação naturalista da ação ainda é da ação (dolo e culpa
é destituída do conteúdo adotada + elementos migram da culpabilidade
da vontade) normativos e subjetivos para o fato típico. O dolo
passaram a integrar o tipo deixa de ser normativo e
passa a ser natural
abarcando apenas consciência
e vontade)
Culpabilidade: teoria
psicológico normativa da
culpabilidade.
Dolo normativo (dolo +
consciência da ilicitude) culpa,
imputabilidade e exigibilidade
de conduta diversa.
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ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO
Erro essencial/incriminador: recai sobre as Erro de proibição direto/erro sobre a
elementares do tipo (pode excluir o crime): consciência da ilicitude: o agente sabe o
O agente não sabe o que faz, se soubesse, que faz, mas não sabe que sua conduta é
não faria. proibida.
Ex.: caçador acaba matando seu amigo que, Ex.: holandês, em visita ao Brasil, carrega
na intenção de fazer uma brincadeira, se consigo “maconha” para consumo
vestiu de veado e aguardava pelo outro pessoal sem ter ideia de que sua conduta
em meio ao matagal. constitui crime, já que em seu país é
permitido.
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O que são DESCRIMINANTES PUTATIVAS?
São excludentes de ilicitude erroneamente imaginadas.
Qual a consequência jurídica? Depende da TEORIA DA CULPABILIDADE adotada:
TEORIA
DESCRIMINANTE PUTATIVA TEORIA LIMITADA
ESTRITA/EXTREMADA
Erro em relação aos
Erro de proibição
pressupostos fáticos que
Erro de tipo permissivo indireto ou erro de
legitima a atuação sob a permissão
excludente
Erro de proibição
Erro de proibição indireto
Erro sobre a existência indireto ou erro de
Erro permissivo
da excludente permissão
Erro de permissão
Erro de proibição
Erro de proibição indireto
Erro sobre os limites da indireto ou erro de
Erro permissivo
excludente permissão
Erro de permissão
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DOLO GLOBAL/UNITÁRIO DOLO GERAL/ERRO SUCESSIVO
O dolo global ou unitário é o dolo em que o ocorre quando o agente, supondo já ter
agente deve atuar baseado num plano alcançado um resultado por ele visado,
previamente elaborado que pratica nova ação que efetivamente o
envolve toda a cadeia de crimes. Caso esse provoca, representando hipótese de
elemento subjetivo não esteja presente, aberratio causae;
descaracteriza-se a continuidade, que cede
lugar à habitualidade delitiva ATENÇÃO: não se confunde com dolo
genérico (nomenclatura oriunda do sistema
clássico de delito)
Teoria objetivo-formal: Atos executórios são aqueles que iniciam a realização do núcleo do tipo.
Teoria objetivo-material → São atos executórios aqueles em que se inicia a prática do núcleo do
tipo, bem como os atos imediatamente anteriores, com base na visão de terceira pessoa alheia à
conduta criminosa.
Teoria objetivo-individual: Atos executórios são aqueles que, de acordo com o plano do agente,
realizam-se no período imediatamente anterior ao começo da execução típica.
O Código Penal adota, como regra, a teoria da equivalência dos antecedentes causais,
em que tudo aquilo que contribui para o resultado é causa deste, sendo complementada
pelo método de eliminação hipotética de Thyrém e pela análise do dolo e da culpa (se
baseia,
essencialmente, em uma noção de causalidade física).
A teoria da imputação objetiva surge na década de 70 não para substituir, mas para
COMPLEMENTAR (preste atenção, pois várias vezes as provas já tentaram confundir o
candidato dizendo que a teoria da imputação objetiva tinha a proposta de substituir a
teoria da equivalência) a teoria adotada pelo código. A teoria se baseia em critérios
valorativos/axiológicos, limitando a análise da causalidade ao tipo objetivo, sem a
56
necessidade de se valer da análise do dolo ou culpa.
Ausente a causalidade, não haverá imputação. Entretanto, quando presente a
causalidade, não se conclui automaticamente pela existência de imputação.
HAVERÁ imputação:
Não tem por intenção ampliar o conceito de autor, mas restringir, diferenciando autor de
partícipe.
Autor é a “figura central do concreto êxito da ação”
Somente se aplica aos crimes comissivos dolosos
Autoria por domínio da vontade: autoria mediata. Autor se vale de terceiro como um
instrumento.
Autoria por domínio funcional do fato: coautoria. Cumprimento de funções distribuídas entre os
coautores.
Autoria por domínio da ação: autoria direta. Autor realiza diretamente a ação.
Teoria do domínio da organização: aparato organizado de poder dissociado do direito, relação
hierárquica dentro da estrutura criminosa, fungibilidade dos executores, existência de uma
condicionante, uma pressão interna, que aumenta a probabilidade da ordem ser cumprida.
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PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Cabimento:
PPL não superior a 4 anos + crime sem violência ou grave ameaça
Crime culposo (independentemente da pena)
Réu não reincidente em crime doloso
Obs.: ao reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que recomendável e que a
reincidência não seja no mesmo crime
Cabimento:
PPL não superior a 2 (dois) anos
Condenado não reincidente em crime doloso;
Não seja indicada ou cabível a substituição por PRD
Condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício
PPL não superior a 4 anos (suspensão de 4 a 6 anos): quando o condenado for maior de 70
anos de idade, ou razões de saúde.
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LIVRAMENTO CONDICIONAL
Cabível:
PPL igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que cumprido:
ATENÇÃO: o PAC inseriu o requisito do não cometimento de falta grave (comprovado) nos últimos
12 meses como condição para o livramento
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA REVOGAÇÃO FACULTATIVA
Condenação irrecorrível a PPL por crime Deixar de cumprir qualquer das
cometido durante a vigência do obrigações constantes da sentença
benefício ou por crime anterior Condenação irrecorrível por crime ou
contravenção, a pena que não seja PPL
CONFISCO ALARGADO
Condenação pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como
produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio
do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito.
A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por
ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada.
Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os bens
cuja perda for decretada.
O réu também terá direito à atenuante mesmo que o órgão julgador não mencione expressamente a
confissão na decisão (STJ)
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A multirreincidência específica somada ao fato de o acusado estar em prisão domiciliar durante as
reiterações criminosas são circunstâncias que inviabilizam a aplicação do princípio da insignificância
(STJ)
Ameaçar a vítima na presença de seu filho menor de idade justifica a valoração negativa da
culpabilidade do agente (STJ)
O roubo em transporte coletivo vazio é circunstância concreta que não justifica a elevação da pena-
base (STJ)
É possível aplicar o princípio da insignificância para furto de bem avaliado em R$ 20,00 mesmo que o
agente tenha antecedentes criminais por crimes patrimoniais (STF)
Possibilidade de aplicar o regime inicial aberto ao condenado por furto, mesmo ele sendo
reincidente, desde que seja insignificante o bem subtraído (STF)
STF reconheceu que o valor econômico do bem furtado era muito pequeno, mas, como o réu era
reincidente, em vez de absolvê-lo aplicando o princípio da insignificância, o Tribunal utilizou esse
reconhecimento para conceder a pena restritiva de direitos (STF)
Condenação por fato posterior ao crime em julgamento não gera maus antecedentes (STJ)
Condenações transitadas em julgado e não utilizadas para reincidência somente podem ser
consideradas como maus antecedentes, não se admitindo sua utilização para desvalorar a
personalidade ou a conduta social do agente (STJ)
Havendo pluralidade de causas de aumento de pena e sendo apenas uma delas empregada na
terceira fase, as demais podem ser utilizadas nas demais etapas da dosimetria da pena (STJ)
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Não se aplica a agravante do art. 61, II, “h”, do CP ao furto praticado aleatoriamente em residência
sem a presença do morador idoso (STJ)
Admite-se o uso de informações processuais extraídas dos sítios eletrônicos dos tribunais, quando
completas, a fim de demonstrar a reincidência do réu (STF)
Se a prestação pecuniária prevista no art. 45, § 1º do CP for paga à vítima (o que é a prioridade),
esse valor deverá ser abatido da quantia fixada como reparação dos danos (art. 387, IV, do CPP)
(STJ)
A reincidência específica tratada no art. 44, § 3º, do Código Penal somente se aplica quando forem
idênticos, e não apenas de mesma espécie, os crimes praticados (STJ)
Juiz não deve decretar o arresto dos bens do condenado como forma de cumprimento forçado da
prestação pecuniária (pena restritiva de direitos) (STJ)
O cumprimento de pena imposta em outro processo, ainda que em regime aberto ou em prisão
domiciliar, impede o curso da prescrição executória (STJ)
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PARTE ESPECIAL
DISPOSITIVOS RECENTES
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de: (2022 Lei Henry
Borel)
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o
aumento de sua vulnerabilidade;
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro,
tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre
ela.
ATENÇÃO
Exemplo: o homicídio contra adolescente terá aumentada sua pena de 1/3 até a metade caso a
vítima seja pessoa com deficiência.
Gabarito: ERRADO.
Para que sofra esse aumento de pena, deve ser menor de 14 anos.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou com doenças degenerativas que
acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art.
22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
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Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material
para que o faça:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Antes o crime do art. 122 não incluía automutilação e era um crime condicionado a
ocorrência do resultado: somente se configurava se ocorresse morte ou lesão grave.
Hoje, é um crime formal.
Se resultar lesão grave ou gravíssima: será qualificado (mas ainda admitirá
suspensão condicional do processo porque a pena mínima é 1 ano)
Se resultar morte: será qualificado
LESÃO CORPORAL
A qualificadora prevista no art. 129, § 2º, IV, do Código Penal (deformidade permanente) abrange somente
lesões corporais que resultam em danos físicos (STJ)
O crime de remoção de órgãos qualificado pelo resultado morte, previsto no art. 14, § 4º, da Lei nº
9.434/97, não é de competência do Júri
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CRIMES CONTRA A HONRA
CALÚNIA
É a imputação de um fato falso definido como crime. Se for contravenção, será difamação.
Se consuma quando terceiros tomam conhecimento.
Chamar alguém de “ladrão” não é calúnia. É injúria. Calunia é um FATO.
Cabe exceção da verdade, salvo se refere a ação privada e o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível; se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.
Cabe retratação. A retratação extingue a punibilidade e independe da aceitação do ofendido.
DIFAMAÇÃO
INJÚRIA
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CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou
que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito
de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com o
fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do
dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
ATENÇÃO: Não precisa mais de violação a mecanismo de segurança para configurar o crime.
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão resulta prejuízo econômico.
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Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o
crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União,
Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos
FURTO
ATENÇÃO: nessa hipótese, o furto será hediondo. Vale lembrar que o roubo com emprego de
explosivo não é crime hediondo.
§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido
por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou
sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro
meio fraudulento análogo.
4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso:
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de
servidor mantido fora do território nacional;
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável.
JURISPRUDÊNCIA
Em relação à figura do furto privilegiado, o art. 155, § 2º, do Código Penal impõe a aplicação do
benefício penal na hipótese de adimplemento dos requisitos legais da primariedade e do pequeno
valor do bem furtado, assim considerado aquele inferior ao salário mínimo ao tempo do fato. Trata-
se, em verdade, de direito subjetivo do réu, não configurando mera faculdade do julgador a sua
concessão, embora o dispositivo legal empregue o verbo "poder".
STJ, HC 583.023/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 04/08/2020, DJe
10/08/2020.
A causa de aumento de pena do furto praticado em repouso noturno, se aplica nas hipóteses de
furto qualificado?
STJ 3ª seção: NÃO (2022)
STF 1ª turma: SIM (2020)
O talão de cheque e a folha avulsa de cheque (ainda que em branco) podem funcionar como objeto
material de furto, pois possuem valor econômico (STJ)
Em regra, é necessária perícia para comprovar a escalada no caso de furto qualificado (art. 155, §
4º, II, do CP). Excepcionalmente, a prova pericial será prescindível (dispensável) se houver nos autos
elementos aptos a comprovar a escalada de forma inconteste (STJ)
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ROUBO
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou
grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
Roubo impróprio somente admite violência própria. Se o agente subtrai os bens que estão numa
casa, sem ser percebido, e, logo após, dissemina um gás sonífero no ambiente fazendo com que as
pessoas durmam, não será roubo.
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou
proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
JURISPRUDÊNCIA
Nos casos em que se aplica a Lei nº 13.654/2018, é possível a valoração do emprego de arma
branca, no crime de roubo, como circunstância judicial desabonadora (STJ)
Agente pretendia praticar roubo e foi surpreendido após romper o cadeado e destruir a fechadura
da porta da casa da vítima; não se pode falar em tentativa de roubo (STJ)
Configura o crime de roubo (e não estelionato) a conduta do funcionário de uma empresa que
combina com outro indivíduo para que este simule que assalta o empregado com uma arma de fogo
e, dessa forma, leve o dinheiro da empresa (STF)
A dívida de corrida de táxi não pode ser considerada coisa alheia móvel para fins de configuração da
tipicidade dos delitos patrimoniais (STJ)
Súmula 582-STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego
de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao
agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
(teoria da amotio ou apprehensio)
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ESTELIONATO
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização
de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos
telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso, aumenta-se
de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido
fora do território nacional.
§ 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerável,
considerada a relevância do resultado gravoso.
ATENÇÃO: o fato da vítima ser idosa não torna, por si só, ação penal incondicionada. Idoso é maior
de 60 anos. O artigo fala em maior de 70 anos
JURISPRUDÊNCIA
Adulterar o sistema de medição da energia elétrica para pagar menos que o devido: estelionato
(não é furto mediante fraude) (STJ)
O delito de estelionato não será absorvido pelo de roubo na hipótese em que o agente, dias após
roubar um veículo e os objetos pessoais dos seus ocupantes, entre eles um talonário de cheques,
visando obter vantagem ilícita, preenche uma de suas folhas e, diretamente na agência bancária,
tenta sacar a quantia nela lançada. (STJ)
Súmula 554 STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da
denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
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OBS.: sendo assim, para que o pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos obste o
andamento da ação penal, deve ocorrer antes do recebimento da denúncia.
CRIMES LICITAÇÃO
Afastamento de licitante
Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento
de vantagem de qualquer tipo:
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 5 (cinco) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar em razão de vantagem
oferecida.
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§ 1º Consideram-se condição de contorno as informações e os levantamentos suficientes e necessários
para a definição da solução de projeto e dos respectivos preços pelo licitante, incluídos sondagens,
topografia, estudos de demanda, condições ambientais e demais elementos ambientais impactantes,
considerados requisitos mínimos ou obrigatórios em normas técnicas que orientam a elaboração de
projetos.
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício, direto ou indireto, próprio ou de outrem, aplica-
se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
Art. 337-P. A pena de multa cominada aos crimes previstos neste Capítulo seguirá a metodologia de
cálculo prevista neste Código e não poderá ser inferior a 2% (dois por cento) do valor do contrato licitado
ou celebrado com contratação direta.
ATENÇÃO:
Infração de menor potencial ofensivo: impedimento indevido.
Único crime em que há causa de aumento de pena: omissão grave de dado ou de informação
por projetista. A pena é aplicada em dobro se o crime for cometido para obter benefício
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra
autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único. A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até a metade se o processo envolver crime contra
a dignidade sexual.
Presente o dolo específico de satisfazer à lascívia, própria ou de terceiro, a prática de ato libidinoso
com menor de 14 anos configura o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP),
independentemente da ligeireza ou da superficialidade da conduta, não sendo possível a
desclassificação para o delito de importunação sexual (STJ)
A simulação de arma de fogo pode sim configurar a “grave ameaça”, para os fins do tipo do art. 213
do Código Penal (STJ)
O “cliente” da exploração sexual (art. 218-B do CP) pode ser punido sozinho, ou seja, mesmo que
não haja um proxeneta (STJ)
A irmã de vítima do crime de estupro de vulnerável responde por conduta omissiva imprópria se
assume o papel de garantidora (STJ)
ATENÇÃO: o parentesco de irmão, por si só, não torna a irmã penalmente responsável. A figura do
“garante” é constatada no caso concreto.
70
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Servidor público que se apropria dos salários que lhe foram pagos e não presta os serviços, não
comete peculato (STJ)
É incabível a causa de aumento do art. 327, § 2º, do CP pelo mero exercício do cargo, sendo
necessária a demonstração de uma imposição hierárquica ou de direção. (STJ)
Art. 327 (...) § 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público .
Comete o delito de desobediência o condutor do veículo que não cumpre a ordem de parada dada
pela autoridade em contexto de policiamento ostensivo para prevenção e repressão de crimes
(STJ)
Não comete crime o médico do SUS que cobra do paciente um valor pelo fato de utilizar, na
cirurgia, a sua máquina particular de videolaparoscopia (que não é oferecida na rede pública) (STJ)
O crime de exercício arbitrário das próprias razões é formal e consuma-se com o emprego do meio
arbitrário, ainda que o agente não consiga satisfazer a sua pretensão (STJ)
Pratica corrupção passiva o Deputado Federal que recebe vantagem indevida para interceder
junto a diretor da Petrobrás com o intuito de fazer com que a empresa faça acordo com empresa
privada e pague a ela determinadas quantias em atraso (STF)
Comete crime de desobediência o indivíduo que não atende a ordem dada pelo oficial de justiça
na ocasião do cumprimento de mandado de entrega de veículo (STF)
Pratica o crime de peculato-desvio o Governador que determina que os valores descontados dos
contracheques dos servidores para pagamento de empréstimo consignado não sejam repassados
ao banco, mas sim utilizados para quitação de dívidas do Estado (STJ)
Deputado Federal que recebe propina para apoiar permanência de diretor de estatal comete
crime de corrupção passiva (STF)
A causa de aumento prevista no § 2º do art. 327 do Código Penal não pode ser aplicada aos
dirigentes de autarquias (ex: a maioria dos Detrans) porque esse dispositivo menciona apenas
órgãos, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações. (STF)
71
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária SUPRIMIR ou REDUZIR tributo, ou contribuição social e
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - OMITIR informação, ou PRESTAR DECLARAÇÃO FALSA às autoridades fazendárias;
II - FRAUDAR a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer
natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - FALSIFICAR ou ALTERAR nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento
relativo à operação tributável;
IV - ELABORAR, DISTRIBUIR, FORNECER, EMITIR ou UTILIZAR documento que saiba ou deva saber falso ou
inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a
venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a
legislação.
SV 24: não se tipifica crime material contra a ordem tributária antes do lançamento
definitivo do tributo
ATENÇÃO
Hipóteses de mitigação da SV 24: embaraço a fiscalização tributária ou indícios da
prática de outros delitos, de natureza não fiscal.
O pagamento integral do débito tributário, A QUALQUER TEMPO, ATÉ MESMO APÓS O TRÂNSITO EM
JULGADO DA CONDENAÇÃO, é causa de extinção da punibilidade do agente (INFO 611 STJ).
Ainda que a reiteração criminosa impeça a aplicação do princípio da insignificância nos crimes tributários,
ela só se caracteriza se houver multiplicidade de procedimentos administrativos, ações penais ou
inquéritos policiais. Com esse entendimento, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu a ordem
em Habeas Corpus e absolveu sumariamente empresários que sonegaram ICMS por 12 meses
ininterruptos, mas foram alvo de apenas uma autuação fiscal. (STJ)
72
A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes de apropriação indébita previdenciária e de
sonegação de contribuição previdenciária será encaminhada ao ministério público depois de proferida a
decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. (STF)
Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito
tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). (STF)
OBS.: lembrando que esse valor se refere aos tributos federais. Em caso de tributo estadual ou municipal,
será definido em norma do respectivo ente federativo.
Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90, deve ser comprovado o dolo
específico. Entendimento que segue a posição do STF que exige dolo de apropriação: O contribuinte que
deixa de recolher, de forma contumaz e com dolo de apropriação, o ICMS cobrado do adquirente da
mercadoria ou serviço incide no tipo penal do art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90.
O momento consumativo do crime de formação de cartel deve ser analisado conforme o caso concreto,
sendo errônea a sua classificação como eventualmente permanente (Info 718).
NÃO CONFUNDA:
73
NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE
Os crimes devem ser praticados com elemento subjetivo especial além do dolo: Mero capricho ou
satisfação pessoal; Prejudicar outrem; Beneficiar a si mesmo.
Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou a testemunha de crimes violentos a procedimentos
desnecessários, repetitivos ou invasivos, que a leve a reviver, sem estrita necessidade:
I - a situação de violência; ou
II - outras situações potencialmente geradoras de sofrimento ou estigmatização:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 1º Se o agente público permitir que terceiro intimide a vítima de crimes violentos, gerando indevida
revitimização, aplica-se a pena aumentada de 2/3 (dois terços).
§ 2º Se o agente público intimidar a vítima de crimes violentos, gerando indevida revitimização, aplica-se a
pena em dobro.
74
LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO
A aptidão da denúncia relativa ao crime de lavagem de dinheiro não exige uma descrição exaustiva
e pormenorizada do suposto crime prévio (infração penal antecedente), bastando a presença
de indícios suficientes de que o objeto material da lavagem (bens, direitos ou valores) seja
proveniente, direta ou indiretamente, desta infração penal antecedente. (STJ)
Justa causa duplicada: justa causa não apenas em relação à lavagem, mas indícios suficientes do
crime antecedente
Lavagem estará configurada ainda que desconhecido ou isento de pena (culpabilidade) o autor, ou
extinta a punibilidade da infração penal antecedente.
O Brasil adota a teoria da acessoriedade limitada: a infração anterior deve ser típica e ilícita
O delito anterior pode ter sido cometido no exterior, desde que respeitado o principio da dupla
tipicidade
JURISPRUDÊNCIA
É possível que os crimes antecedentes sejam julgados em um processo e a acusação por lavagem seja
apreciada em outro processo desmembrado, mesmo que o MP esteja imputando a causa de aumento
descrita na parte final do § 4º do art. 1º da Lei 9.613/98. A reunião de processos em razão da conexão é
uma faculdade do Juiz, conforme interpretação a contrario sensu do art. 80 do CPP que possibilita a
separação de determinados processos. (STJ)
A eventual incidência da causa de aumento descrita na parte final do § 4º do art. 1º da Lei de Lavagem de
Dinheiro não constituiu empecilho para o juiz manter a separação dos feitos, nos termos do art. 80 do CPP.
(STJ)
Na autolavagem não ocorre a consunção entre a corrupção passiva e a lavagem de dinheiro (STJ)
A indisponibilidade de bens da Lei 9.613/98 pode atingir também bens de origem lícita, bens adquiridos
antes mesmo do crime e bens da pessoa jurídica ou mesmo de um familiar não denunciado, desde que haja
indícios de que houve confusão patrimonial (STJ)
75
CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO
Todos os crimes cometidos contra o sistema financeiro nacional que estiverem previstos na Lei n.º
7.492/1986 são de competência da justiça federal.
JURISPRUDÊNCIA
O delito do art.19 da lei 7.492/86, "obter mediante fraude financiamento em instituição financeira não
exige, para a sua configuração, efetivo ou potencial abalo ao Sistema Financeiro Nacional. (STJ)
A simulação de consórcio por meio de venda premiada, operada sem autorização do Banco Central do
Brasil, configura crime contra o sistema financeiro, tipificado pelo art. 16 da Lei nº 7.492/86, o que atrai a
competência da Justiça Federal.
A utilização de terceiros (“laranjas”) para aquisição de moeda estrangeira para outrem, ainda que tenham
anuído com as operações, se subsome à conduta tipificada no art. 21 da Lei nº 7.492/86. (STJ)
O bem jurídico resta violado com a dissimulação de esconder a real identidade do adquirente da moeda
estrangeira valendo-se da identidade, ainda que verdadeira, de terceiros. (STJ)
O agente pratica o crime de gestão temerária quando viola deveres impostos por normas jurídicas voltadas
aos administradores de instituições financeiras e que prevêem limites de risco aceitáveis. (STJ)
76
LEI DE INTERCEPTAÇÃO
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA CAPTAÇÃO AMBIENTAL
Prova não pode ser feita por outros meios Prova não pode ser feita por outros meios
disponíveis e igualmente eficazes
Infração punida com reclusão Infrações com pena máxima SUPERIOR a 4 anos
ou em infrações conexas
Prazo de duração: 15 dias, renováveis, caso Prazo de duração: 15 (quinze) dias, renovável por
comprovada a indispensabilidade decisão judicial por iguais períodos, se
comprovada a indispensabilidade do meio de
prova e quando presente atividade criminal
permanente, habitual ou continuada.
JURISPRUDÊNCIA
A conversão do conteúdo das interceptações telefônicas em formato escolhido pela defesa não é ônus
atribuído ao Estado (STJ)
Admite-se o uso da motivação per relationem para justificar a quebra do sigilo das comunicações
telefônicas. No entanto, as decisões que deferem a interceptação telefônica e respectiva prorrogação
devem prever, expressamente, os fundamentos da representação que deram suporte à decisão - o que
constituiria meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação reportada como
razão de decidir - sob pena de ausência de fundamento idôneo para deferir a medida cautelar. (STJ)
O artigo 2º da Lei 9.296/1996 não se aplica à obtenção de dados armazenados no celular. Não cabe
transportar a regra do artigo 2º da Lei nº 9.296/1996 – no que inadmitida a interceptação de comunicações
telefônicas quando a prova puder ser feita por outros meios disponíveis – à obtenção dos dados
armazenados em dispositivo de telefonia. (STF)
A existência de captação de áudio fora do período autorizado pelo juiz resulta na nulidade apenas da
gravação realizada no dia excedente. (STJ)
É ilegal a quebra do sigilo telefônico mediante a habilitação de chip da autoridade policial em substituição
ao do investigado titular da linha. A Lei nº 9.296/96 não autoriza a suspensão do serviço telefônico ou do
fluxo da comunicação telemática mantida pelo usuário, tampouco a substituição do investigado e titular da
linha por agente indicado pela autoridade policial. (STJ)
É dever do Estado a disponibilização da integralidade das conversas advindas nos autos de forma
emprestada, sendo inadmissível a seleção pelas autoridades de persecução de partes dos áudios
interceptados. (STJ)
77
ESTATUTO DESARMAMENTO
Pena aumentada
da metade
JURISPRUDÊNCIA
O crime de porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito, na modalidade transportar, admite
participação.
Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de fogo, em serviço ou
mesmo fora de serviço, independentemente do número de habitantes do Município.
Agente possui arma de fogo de uso permitido mas está com o registro vencido: irregularidade
administrativa. ENTRETANTO, essa lógica não se aplica se for uma arma de uso restrito ou então no caso de
porte, já que os elementares são diversas e a reprovabilidade mais intensa.
78
LEI DE DROGAS
Prazo conclusão IP
(podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido
justificado da autoridade de polícia judiciária)
DESTRUIÇÃO DE DROGAS
Plantação ilícita imediatamente destruídas pelo delegado, que recolherá quantidade suficiente
para exame pericial
Flagrante juiz recebe cópia do APF e, em 10 dias, certifica a regularidade formal do laudo
de constatação, determinando a destruição das drogas apreendidas, que
deverá ser executada em 15 dias.
Sem flagrante 30 dias. Lei não menciona necessidade de autorização judicial.
Transnacionalidade do delito;
Função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar,
guarda ou vigilância;
Dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais,
+ recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de
1/6 recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza,
de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção
A social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
Violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo
2/3 de intimidação difusa ou coletiva;
Entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
Envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
determinação;
Agente financiar ou custear a prática do crime.
79
ATENÇÃO:
O agente que comete o tráfico (art.33) em companhia de menor de idade, pratica o crime de
corrupção de menores? NÃO. O agente maior de idade responderá pelo art. 33 com a causa de
aumento de pena de 1/6 a 2/3
O agente que apenas financia o tráfico, mas não pratica nenhum dos verbos do art. 33, responderá
pelo crime de tráfico com a causa de aumento de pena? Não. Responderá apenas pelo art. 36
(crime de punição mais severa da lei)
Todos os crimes tipificados nesta lei são de perito abstrato? Não. O crime de conduzir embarcação
ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem é de
perigo CONCRETO.
Além do crime de porte de droga para consumo pessoal, algum outro tipo penal se insere na
competência do JECRIM? Sim. O crime de oferecer droga sem intuito de lucro para consumirem
juntos e o crime de prescrever culposamente drogas
Agente primário
TRÁFICO PRIVILEGIADO Bons antecedentes
-1/6 A 2/3 Não se dedica a atividades criminosas
Não integra organização criminosa
JURISPRUDÊNCIA
“a simples declaração do réu de ser dependente de drogas não obriga o juiz do processo a determinar a
realização do exame toxicológico, cabendo ao julgador aferir a real necessidade de sua realização para a
formação de sua convicção em cada caso concreto, dentro de sua discricionariedade regrada. Precedentes
desta Corte e do Col. STF.” (Acórdão HC 25796/RJ – Relator: Min. Jorge Scartezzini).
É possível que o Poder Judiciário conceda autorização para que a pessoa faça o cultivo de maconha com
objetivos medicinais?
5ª Turma do STJ (2021): NÃO. É incabível salvo-conduto para o cultivo da cannabis visando a extração do
óleo medicinal, ainda que na quantidade necessária para o controle da epilepsia, posto que a autorização
fica a cargo da análise do caso concreto pela ANVISA.
6ª Turma do STJ: SIM (2022). É possível a concessão de salvo-conduto para permitir que pessoas com
prescrição médica para o uso do canabidiol cultivem plantas de maconha e dela façam a extração do óleo.
Tráfico privilegiado não é equiparado a hediondo. Essa já era a compreensão da jurisprudência e foi
positivada na LEP com o pacote anticrime (STF)
Não incide a causa de aumento de pena do art. 40, III, da LD se o crime foi praticado nas proximidades de
escola fechada em razão da COVID-19.
80
A semi-imputabilidade (art. 46 da LD), por si só, não afasta o tráfico de drogas e o seu caráter hediondo, tal
como a forma privilegiada do § 4º do art. 33.
É possível a valoração da quantidade e natureza da droga apreendida, tanto para a fixação da pena-base
quanto para a modulação da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, neste
último caso ainda que sejam os únicos elementos aferidos, desde que não tenham sidos considerados na
primeira fase do cálculo da pena. (STJ)
O crime de associação para o tráfico (art. 35 - Lei 11.343/2006), mesmo formal ou de perigo, demanda os
elementos "estabilidade" e "permanência" do vínculo associativo, que devem ser demonstrados de forma
aceitável (razoável), ainda que não de forma rígida, para que se configure a societas sceleris e não um
simples concurso de pessoas, é dizer, uma associação passageira e eventual. (STJ)
Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo delito do art. 28 da Lei
nº 11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, para fins de reincidência. (STF)
Não é possível que o agente responda pela prática do crime do art. 34 da Lei 11.343/2006 quando a posse
dos instrumentos configura ato preparatório destinado ao consumo pessoal de entorpecente. Para que se
configure a lesão ao bem jurídico tutelado pelo art. 34 da Lei nº 11.343/2006, a ação de possuir maquinário
e/ou objetos deve ter o especial fim de fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas, visando ao
tráfico. (STJ)
A fração de aumento de pena pela transnacionalidade do delito de tráfico de drogas pode levar em
consideração a longa distância percorrida. (STF)
Compete ao Juízo Federal do endereço do destinatário da droga, importada via Correio, processar e julgar
o crime de tráfico internacional. (STJ)
CRIMES FALIMENTARES
Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação
extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações penais
descritas nesta Lei.
Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração, diretoria ou
gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
§ 1º Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na
sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar
antes pela reabilitação penal
ATENÇÃO: Único crime apenado com detenção: omissão de documentos contábeis obrigatórios
81
LEI DE EXECUÇÃO PENAL
ATENÇÃO: na LEP, a tentativa de falta disciplinar é punida com a mesma pena da consumada
82
Como será o banho de sol? 2 horas diárias
Grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos
do mesmo grupo criminoso
Como serão as entrevistas? sempre monitoradas...
EXCETO aquelas com seu defensor
Em instalações equipadas para impedir o contato físico e a
passagem de objetos SALVO expressa autorização judicial em
contrário
Como fica a correspondência? Fiscalização do conteúdo da correspondência
Como se dá a participação em Participação em audiências judiciais PREFERENCIALMENTE
audiências? por videoconferência
Garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do
preso
Quando existirem indícios de que o preso:
Em quais hipóteses o RDD será Exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa
obrigatoriamente cumprido ou milícia privada; ou que tenha atuação criminosa em 2 ou mais
em presídio federal? Estados
Quando o preso que está em RDD é líder de ORCRIM ou tem atuação em + de 1 Estado:
RDD poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 ano, existindo indícios de que o preso:
As sanções disciplinares são aplicadas pelo diretor do estabelecimento, salvo a inclusão no RDD,
que depende de decisão judicial
NÃO CONFUNDA
83
16% primário + crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
20% Reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
25% Primário + crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
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Se devidamente motivado pelo Juízo estadual o pedido de manutenção de preso, em presídio federal, não
cabe ao Magistrado federal exercer juízo de valor sobre a fundamentação apresentada, mas, apenas, aferir
a legalidade da medida. (INFO 751 STJ)
Nos termos do art. 126, § 2º, da LEP, a remição de pena pelo estudo somente é possível quando o curso for
oferecido por instituição devidamente autorizada ou conveniada com o Poder Público para esse fim (INFO
748 STJ)
O histórico prisional conturbado do apenado, somado ao crime praticado com violência ou grave ameaça
(uma condição legal do art. 83, parágrafo único, do CP), afasta a constatação inequívoca do requisito
subjetivo para a concessão do livramento condicional (INFO 735 STJ)
O indulto é instituto da execução penal, não se estendendo os benefícios da norma instituidora aos presos
cautelarmente com direito à detração penal (STJ INFO 736)
Sobrevindo condenação por pena privativa de liberdade no curso da execução de pena restritiva de
direitos, as penas serão objeto de unificação, com a reconversão da pena alternativa em privativa de
liberdade, ressalvada a possibilidade de cumprimento simultâneo aos apenados em regime aberto e
vedada a unificação automática nos casos em que a condenação substituída por pena alternativa é
superveniente. (STJ INFO 736)
Aplica-se o limite temporal previsto no art. 75 do Código Penal (40 anos) ao apenado em livramento
condicional (INFO 712 STJ)
A independência das instâncias deve ser mitigada quando, nos casos de inexistência material ou de
negativa de autoria, o mesmo fato for provado na esfera administrativa, mas não o for no processo
criminal. Assim, quando o único fato que motivou a penalidade administrativa resultou em absolvição no
âmbito criminal, ainda que por ausência de provas, a autonomia das esferas há que ceder espaço à
coerência que deve existir entre as decisões sancionatórias. (INFO 712 STJ)
Diante da omissão legislativa, impõe-se a analogia in bonam partem, para aplicação, inclusive retroativa, do
inciso V do artigo 112 da LEP (lapso temporal de 40%) ao condenado por crime hediondo ou equiparado
sem resultado morte reincidente não específico (INFO 1032 STF)
O reconhecimento de falta grave consistente na prática de fato definido como crime doloso no curso da
execução penal dispensa o trânsito em julgado da condenação criminal, desde que ocorra a apuração do
ilícito com as garantias constitucionais (INFO 1001 STF)
O requisito “não ter integrado organização criminosa” previsto no inciso V do § 3º do art. 112 da LEP
(progressão da mulher gestante, mãe/responsável por pessoa com deficiência), deve levar em
consideração a definição de organização criminosa da Lei nº 12.850/2013 (INFO 678 STJ)
Não é necessária a realização de PAD para aplicação de falta grave, desde que haja audiência de
justificação realizada com a participação da defesa e do MP (INFO 985 STF)
85
O descumprimento das condições impostas para o livramento condicional não pode ser invocado para
impedir a concessão do indulto, a título de não preenchimento do requisito subjetivo (INFO 670 STJ).
O art. 118, I da Lei de Execução Penal impõem a regressão de regime para o preso que cometer falta grave.
Para o Superior Tribunal de Justiça a regressão é obrigatória, pois “ a dicção do referido dispositivo é clara
ao prever a regressão de regime uma vez homologada a falta grave". (HC 405.531/RS, Rel. Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018, DJe 14/02/2018)
Infrações no contexto da lei maria da penha não se tornam TCO. Será instaurado IP.
Ainda existem crimes que são processados por ação penal publica condicionada, como a ameaça.
A retratação tem 2 peculiaridades: até o recebimento da denúncia (e não até o oferecimento como
ocorre nos demais crimes) + em audiência especialmente designada com tal finalidade, na presença
do juiz e ouvido o Ministério Público.
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da
mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será
imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24
(vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada,
devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.
86
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência,
não será concedida liberdade provisória ao preso.
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável no
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão
relacionada à partilha de bens.
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as medidas.
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.
ATENÇÃO: o delegado pode arbitrar fiança em infrações penais com pena não superior a 4 anos,
SALVO neste caso de descumprimento de medida protetiva de urgência, em que apenas o juiz
poderá conceder fiança.
ARMA DE FOGO:
87
JURISPRUDÊNCIA
A Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) é aplicável às mulheres trans em situação de violência doméstica
Não cabe o arbitramento de aluguel em desfavor da coproprietária vítima de violência doméstica, que, em
razão de medida protetiva de urgência decretada judicialmente, detém o uso e gozo exclusivo do imóvel de
cotitularidade do agressor (STJ)
Se foram imputados vários crimes ao acusado e dentre eles está o de lesão corporal contra a mulher no
contexto da violência doméstica, é possível que o juiz indefira a designação da audiência prevista no artigo
16 da Lei 11.340/2006 (audiência na qual é possível a retratação da ofendida) (STJ)
O crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência não é meio necessário ou usual para a
realização do delito de ameaça - que, com frequência, é praticado em contextos distintos da situação de
violência doméstica e familiar. (STJ)
Lei que impede nomeação de condenados pela Lei Maria da Penha é constitucional.
A posterior reconciliação entre a vítima e o agressor não é fundamento suficiente para afastar a
necessidade de fixação do valor mínimo previsto no art. 387, inciso IV, do CPP
É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do Juizados
Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nos casos em que a conduta imputada como
criminosa está vinculada à relação íntima de afeto que tiveram as partes.
Assim, é necessário apenas que a conduta delitiva imputada esteja vinculada à relação íntima de afeto
mantida entre as partes.
Não se pode decretar a preventiva do autor de contravenção penal, mesmo que ele tenha praticado o fato
no âmbito de violência doméstica e mesmo que tenha descumprido medida protetiva a ele imposta (STJ)
Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de
valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da
parte ofendida, ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução probatória.
Em caso de ameaça por redes sociais ou pelo Whatsapp, o juízo competente para deferir as medidas
protetivas é aquele no qual a mulher tomou conhecimento das intimidações.
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LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
Criança ou adolescente;
Transnacionalidade da organização.
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função,
emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8
(oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar
o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.
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ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA
Possíveis sanções premiais: perdão judicial; reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de
liberdade substituir a PPL por PRD ; se posterior à sentença: reduzir até metade da pena ou
progressão de regime mesmo que ausentes os requisitos objetivos
Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o
delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público,
poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda
que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial
O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser
suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as
medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.
Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta de acordo de colaboração
referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o colaborador: não for o
líder da organização criminosa ou for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste
artigo.
Juiz não participa das negociações
Previamente comunicada Indícios de infração + prova não pode Necessidade e indicação do alcance
ser obtida por outro meio das tarefas dos policiais, os nomes ou
Não depende de autorização judicial apelidos das pessoas investigadas e,
6 meses (prazo prorrogável, se quando possível, os dados de
comprovada necessidade) conexão ou cadastrais que permitam
a identificação dessas pessoas.
6 meses, prorrogáveis, desde que não
ultrapasse 720 dias
90
JURISPRUDÊNCIA
É ilícita a conduta do advogado que, sem justa causa, independentemente de provocação e na vigência de
mandato, grava clandestinamente suas comunicações com seus clientes com objetivo de delatá-los,
entregando às autoridades investigativas documentos de que dispõe em razão da profissão, em violação ao
dever de sigilo (INFO 751 STJ)
É justificada a redução da pena do réu colaborador em patamar um pouco inferior ao que havia sido
ajustado com o Ministério Público, tendo em vista que o acusado prestou declarações falsas perante o
plenário do júri (INFO 758 STJ)
Pessoa jurídica não possui capacidade para celebrar acordo de colaboração premiada, previsto na Lei nº
12.850/2013 (INFO 747 STJ)
O Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a INEXISTÊNCIA de conexão necessária entre o delito
de organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, permitindo a tramitação
concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos e atestando a não ocorrência,
em tais hipóteses, do vedado bis in idem.”
STF. Segunda Turma. Inquérito 3989 DF, Relator Ministro Edson Fachin, Julgado em 11/06/2019.
A imputação de dois crimes de organização criminosa ao agente não revela, por si só, a litispendência das
ações penais, se não ficar demonstrado o liame entre as condutas praticadas por ambas as organizações
criminosas
A mera circunstância de o agente ter sido denunciado em razão dos delitos descritos na Lei 12.850/2013
não justifica a imposição automática da prisão preventiva, devendo-se avaliar a presença de elementos
concretos, previstos no art. 312 do CPP
A homologação de acordo de colaboração, em regra, terá que se dar perante o juízo competente para
autorizar as medidas de produção de prova e para processar e julgar os fatos delituosos cometidos pelo
colaborador.
Cabe habeas corpus contra a decisão que não homologa ou que homologa apenas parcialmente o acordo
de colaboração premiada
A colaboração premiada, como meio de obtenção de prova, não constitui critério de determinação, de
modificação ou de concentração da competência
Crime de embaraçar investigação previsto na Lei do Crime Organizado não é restrito à fase do inquérito
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ECA
INTERNAÇÃO REMISSÃO
Não prazo determinado. Momento: antes de iniciado o procedimento
judicial
A manutenção deve ser reavaliada no máximo a
cada seis meses. Quem oferece: Ministério Público
Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de adolescente na prática de ato
infracional, a autoridade policial encaminhará ao representante do Ministério Público relatório das
investigações e demais documentos.
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INFILTRAÇÃO DE AGENTES
JURISPRUDÊNCIA
O interrogatório, na apuração de ato infracional, é o último ato da instrução. O direito de falar por último,
de ser interrogado após as testemunhas, deve ser observado no procedimento para apuração de ato
infracional. (STF)
Súmula 605-STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem
na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não
atingida a idade de 21 anos.
Mesmo que a genitália da criança ou adolescente não esteja desnuda, é possível enquadrar a imagem
como ‘cena de sexo explícito ou pornográfica’ para os fins do art. 241-E do ECA
Juiz não pode aumentar a pena-base do crime do art. 241-A do ECA alegando que a conduta social ou a
personalidade são desfavoráveis, sob o argumento de que o réu manifestou grande interesse por material
pornográfico
Se a infração penal envolveu dois adolescentes, o réu deverá ser condenado por dois crimes de corrupção
de menores (art. 244-B do ECA)
93
LEI HENRY BOREL
Foi publicada em 24/05/2022 e entrou em vigor 45 dias depois
Cria mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a
criança e o adolescente
É “tipo” uma Lei Maria da Penha aplicável a esse tipo de vítima
Não poderá ser aplicado a lei do JECRIM
Não poderá haver substituição da pena por cestas básicas e etc (como já ocorre na Lei Maria da
Penha)
III - garantir proteção policial, quando necessário, comunicados de imediato o Ministério Público e o Poder
Judiciário;
IV - fornecer transporte para a vítima e, quando necessário, para seu responsável ou acompanhante, para
serviço de acolhimento existente ou local seguro, quando houver risco à vida.
Art. 14. Verificada a ocorrência de ação ou omissão que implique a ameaça ou a prática de violência
doméstica e familiar, com a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da criança e
do adolescente, ou de seus familiares, o agressor será imediatamente afastado do lar, do domicílio ou do
local de convivência com a vítima:
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia.
§ 1º O Conselho Tutelar poderá representar às autoridades referidas nos incisos I, II e III do caput deste
artigo para requerer o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de convivência com a
vítima.
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da
medida aplicada, bem como dará ciência ao Ministério Público concomitantemente.
§ 3º Nos casos de risco à integridade física da vítima ou à efetividade da medida protetiva de urgência,
não será concedida liberdade provisória ao preso.
94
ATENÇÃO
Art. 16. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público, da autoridade policial, do Conselho Tutelar ou a pedido da pessoa que atue em favor da criança e
do adolescente.
§ 1º A autoridade policial poderá requisitar e o Conselho Tutelar requerer ao Ministério Público a
propositura de ação cautelar de antecipação de produção de prova nas causas que envolvam violência
contra a criança e o adolescente, observadas as disposições da Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.
Art. 25. Descumprir decisão judicial que defere medida protetiva de urgência prevista nesta Lei:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu a medida.
Art. 26. Deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de tratamento cruel ou
degradante ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra criança ou adolescente ou o
abandono de incapaz:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1º A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta morte.
§ 2º Aplica-se a pena em dobro se o crime é praticado por ascendente, parente consanguíneo até terceiro
grau, responsável legal, tutor, guardião, padrasto ou madrasta da vítima.
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JUIZ DAS GARANTIAS
Atualmente suspenso por deliberação do Min. Luis Fux
INQUÉRITO POLICIAL
Provocada ou de cognição mediata forma indireta, por algum ato de comunicação formal
INDICIAMENTO
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Pode desindiciar? Sim. Caso o delegado perceba que aquele sujeito que ele indicou não é o provável
autor do delito (por algum elemento de informação superveniente), ele fará o desindiciamento
Desindiciamento coacto: determinado judicialmente em HC impetrado contra indiciamento ilegal
Quem não pode ser indicado? Juiz, membro do MP
Parlamentar pode ser indiciado? Sim, com autorização do Tribunal competente para processo e
julgamento se o crime for relacionado ao exercício das funções
ADVOGADO E IP
SV 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência
de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
É necessária a presença do advogado durante o interrogatório em sede policial? Não. Entretanto,
caso o agente opte por estar acompanhado por seu advogado, a autoridade policial não poderá
impedir arbitrariamente.
O acesso do delegado depende de procuração? Não. Porém, decretado o sigilo, a procuração será
necessária
MINISTÉRIO PÚBLICO
MP pode investigar? Promotor não pode conduzir o IP, só o delegado pode. Entretanto, o STF
decidiu que o MP pode sim investigar, com base na teoria dos poderes implícitos (se a CF concedeu
ao MP a titularidade da ação penal pública, o ordenamento deve conferir prerrogativas para que ele
cumpra seu mister
Promotor que investiga é suspeito para oferecer denúncia? Não. Existe sumula nesse sentido até
(234 do STJ)
SÚMULA 444 STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a
pena-base
Tradicionalmente, a justa causa é analisada apenas sob a ótica retrospectiva, voltada para o passado, com
vista a quais elementos de informação foram obtidos na investigação preliminar já realizada. Todavia, a
justa causa também deve ser apreciada sob uma ótica prospectiva, com o olhar para o futuro, para a
instrução que será realizada, de modo que se afigura possível incremento probatório que possa levar ao
fortalecimento do estado de simples probabilidade em que o juiz se encontra quando do recebimento da
denúncia. (INFO 726 STJ)
97
PRAZOS
Art. 3 § 2º CPP Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por
até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada.
- DISPOSITIVO SUSPENSO POR DELIBERAÇÃO DO MIN. FUX
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição
Federal (agentes de segurança pública) figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos
policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada,
incluindo as situações dispostas no art. 23 do Código Penal (excludente de ilicitude), o indiciado poderá
constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do
procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito)
horas a contar do recebimento da citação.
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo
investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado
o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
indique defensor para a representação do investigado.
§ 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá
preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não estiver instalada, a União ou a
Unidade da Federação correspondente à respectiva competência territorial do procedimento instaurado
deverá disponibilizar profissional para acompanhamento e realização de todos os atos relacionados à
defesa administrativa do investigado.
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de manifestação
de que não existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com atribuição
para nele atuar, hipótese em que poderá ser indicado profissional que não integre os quadros próprios da
Administração.
§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos interesses dos
investigados nos procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do orçamento próprio da
instituição a que este esteja vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados.
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições
dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões
para a Garantia da Lei e da Ordem
98
DELEGADO ARQUIVA IP? NÃO
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução
penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes
condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos,
produto ou proveito do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima
cominada ao delito diminuída de 1 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da execução;
IV - pagar prestação pecuniária, a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da
execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes
aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que
proporcional e compatível com a infração penal imputada.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão
consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
99
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal
habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de
não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do
Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz
deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e
sua legalidade.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério
Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não
for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério
Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado
pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do
processo.
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo.
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção
de punibilidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o
investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.
100
JURISPRUDÊNCIA
O acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei nº 13.964/2019,
desde que não recebida a denúncia (INFO 683 STJ)
Compete ao CNMP dirimir conflitos de atribuições entre membros do MPF e de Ministérios Públicos
estaduais. (INFO 826 STF)
É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística. (INFO 652)
Não há ilicitude das provas por violação ao sigilo de dados bancários, em razão do
compartilhamento de dados de movimentações financeiras da própria instituição bancária ao
Ministério Público (INFO 731)
101
COMPETÊNCIA
Art. 70. (...) § 4º Nos crimes previstos no art. 171 Código Penal (ESTELIONATO), quando praticados
mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado
ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo
local do DOMICÍLIO DA VÍTIMA, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela
prevenção.
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a
jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
QUANDO A PREVENÇÃO
Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
FIRMA COMPETENCIA? residência do réu. Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á
pela prevenção.
Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais
juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver
antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este
relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa
102
Súmula nº 706, STF: ”É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por
prevenção.”
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante nº 45: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.”
Súmula nº 38, STJ: “Compete a Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o
processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da
União ou de suas entidades.”
ATENÇÃO: não é correto dizer que a Justiça Federal nunca julgará contravenção. Caso uma autoridade com
foro por prerrogativa na JF cometa uma contravenção, será julgado pela JF.
É possível que os crimes antecedentes sejam julgados em um processo e a acusação por lavagem
seja apreciada em outro processo desmembrado, mesmo que o MP esteja imputando a causa de
aumento descrita na parte final do § 4º do art. 1º da Lei 9.613/98 (STJ INFO 735)
É aplicável a teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no curso do inquérito policial
quando autorizadas por juízo aparentemente competente (INFO 733 STJ)
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de esbulho possessório de imóvel vinculado ao
Programa Minha Casa Minha Vida (INFO 700N STJ)
A colaboração premiada, como meio de obtenção de prova, não constitui critério de determinação,
de modificação ou de concentração da competência. (INFO 999 STJ)
103
Beneficiário do auxílio emergencial transferiu o dinheiro para a conta de terceiro que deveria sacar
a quantia e entregar ao beneficiário; compete à Justiça Estadual julgar a conduta do terceiro que
decidiu não mais entregar o valor (INFO 716 STJ)
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe
forem conexos. (INFO 933 STF)
Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não relacionados
com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça (INFO 708 STJ)
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral,
ainda que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral (INFO 1024
STF)
Compete à Justiça comum (Tribunal do Júri) o julgamento de homicídio praticado por militar contra
outro quando ambos estejam fora do serviço ou da função no momento do crime (INFO 667 STJ)
104
CADEIA DE CUSTÓDIA
O QUE É cadeia de custódia? É o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear
sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
Quando inicia a cadeia de custódia? O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de
crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
O QUE É vestígio? é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se
relaciona à infração penal.
105
Qual a consequência da quebra da cadeia de custódia?
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá
ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém,
no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a
fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o
pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos
menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 20
Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa,
calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a instauração de
inquérito.
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério
constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a
inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu,
prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor.
106
JURISPRUDÊNCIA
No âmbito da audiência de inquirição de testemunhas, a ausência de contato prévio entre o réu e seu
defensor dativo configura cerceamento de defesa (INFO 749 STJ)
O ato de dispensar uma sacola na rua ao notar a aproximação da guarnição, somado ao nervosismo
demonstrado e à denúncia anônima pretérita de que o acusado estava praticando o crime de tráfico de
drogas no local, indicam a existência de fundada suspeita de que o recipiente contivesse substâncias
entorpecentes e de que o réu estivesse na posse de mais objetos relacionados ao crime. (INFO 749 STJ)
As guardas municipais não possuem competência para patrulhar supostos pontos de tráfico de drogas,
realizar abordagens e revistas em indivíduos suspeitos da prática de tal crime ou ainda investigar denúncias
anônimas relacionadas ao tráfico e outros delitos cuja prática não atinja de maneira clara, direta e imediata
os bens, serviços e instalações municipais. (INFO 746 STJ)
É nula a condenação fundamentada em reconhecimento fotográfico que, além de ter sido realizado com
grande lapso temporal dos fatos, encontra-se em contradição com os depoimentos prestados pela vítima,
não sendo possível a sua convalidação em juízo. (STJ INFO 746)
Empresas que prestam serviços de aplicação na internet em território brasileiro devem necessariamente se
submeter ao ordenamento jurídico pátrio, independentemente da circunstância de possuírem filiais no
Brasil e/ou realizarem armazenamento em nuvem. (STJ INFO 750)
São lícitas as provas obtidas com a apreensão de bens não discriminados expressamente em mandado ou
na decisão judicial correspondente, mas vinculados ao objeto da investigação (STJ INFO 750)
A investigação policial originada de informações obtidas por inteligência policial e mediante diligências
prévias que redunda em acesso à residência do acusado configura exercício regular da atividade
investigativa promovida pelas autoridades policiais (INFO 738 STJ)
Mesmo que o reconhecimento pessoal não tenha observado as formalidades legais, não será o caso de
absolvição se a vítima relatou, nas fases inquisitorial e judicial, conhecer o réu, bem como o pai do
acusado, por serem vizinhos (INFO 739 STJ)
Se a vítima é capaz de individualizar o autor do fato, é desnecessário instaurar o procedimento do art. 226
do CPP (INFO 733 STJ)
A denúncia anônima acerca da ocorrência de tráfico de drogas acompanhada das diligências para a
constatação da veracidade das informações prévias podem caracterizar as fundadas razões para o ingresso
dos policiais na residência do investigado (INFO 734 STJ)
A mera alegação genérica de “atitude suspeita” é insuficiente para a licitude da busca pessoal (INFO 735
STJ)
Não há nulidade pelo fato de o juiz não aceitar o rol de testemunhas apresentado pela defesa fora da fase
estabelecida no art. 396-A do CPP (INFO 738 STJ)
107
Se a polícia entra na residência especificamente para efetuar uma prisão, ela não pode vasculhar
indistintamente o interior da casa porque isso seria “pescaria probatória”, com desvio de finalidade (INFO
731 STJ)
É inválido o reconhecimento pessoal realizado em desacordo com o modelo do art. 226 do CPP, o que
implica a impossibilidade de seu uso para lastrear juízo de certeza da autoria do crime, mesmo que de
forma suplementar (INFO 730 STJ)
Não é possível a quebra de sigilo de dados informáticos estáticos (registros de geolocalização) nos casos
em que haja a possibilidade de violação da intimidade e vida privada de pessoas não (INFO 730 STJ)
É ilegal a requisição, sem autorização judicial, de dados fiscais pelo Ministério Público (INFO 724 STJ)
NÃO CONFUNDA!
Uma coisa é órgão de fiscalização financeira, dentro de suas atribuições, identificar indícios de
crime e comunicar suas suspeitas aos órgãos de investigação para que, dentro da legalidade e
de suas atribuições, investiguem a procedência de tais suspeitas. Outra, é o órgão de
investigação, a polícia ou o Ministério Público, sem qualquer tipo de controle, alegando a
possibilidade de ocorrência de algum crime, solicitar ao COAF ou à Receita Federal informações
financeiras sigilosas detalhadas sobre determinada pessoa, física ou jurídica, sem a prévia
autorização judicial.
O MP pode requerer diretamente que a Apple, Google etc guardem os registros de acesso a aplicações de
internet ou registros de conexão de pessoas investigadas enquanto se aguarda pedido de quebra de sigilo
de dados (INFO 724 STJ)
É lícita a entrada de policiais, sem autorização judicial e sem o consentimento do hóspede, em quarto de
hotel, desde que presentes fundadas razões da ocorrência de flagrante delito (INFO 715 STJ)
108
PRISÕES
FLAGRANTE
AÇÃO CONTROLADA
Atenção:
Nas hipóteses em que a lei exige autorização judicial ou então apenas prévio aviso, caso ocorra
sem, haverá ilicitude? NÃO. A finalidade precípua da norma é resguardar o agente público contra
possíveis imputações de prevaricação, etc.
Apenas retardar o momento da prisão não é ação controlada. Para que receba essa denominação,
essa técnica deve ter por fim angariar + elementos de informação, identificar suspeitos, etc.
NÃO podem ser presos em flagrante Apenas podem ser presos em flagrante de crime
inafiançável
Menores de 18 anos Parlamentares Federais
Presidente da República Parlamentares Estaduais e Distritais
Diplomatas Magistrados
Agente que prestar integral socorro à vítima de Membros do MP
acidente de trânsito Advogado, no exercício da profissão
Agente que se apresentar à autoridade, após
cometimento de delito
Agente de infração de menor potencial ofensivo,
SALVO no caso de se recusar à comparecer ao
Juizado ou assinar
compromisso de comparecer ao Juizado
Agente de posse de drogas para consumo próprio
(Comprometendo-se ou não, à
comparecer ao Juizado)
109
IMEDIATAMENTE EM ATÉ 24H
A autoridade policial deve: A autoridade policial deve:
comunicar a prisão e o local onde se encontra o enviar o APF ao juiz competente, enviar cópia
preso ao Juiz, MP, família do preso ou pessoa por integral do APF a Defensoria Pública, caso o
ele indicada autuado não informe o nome de seu advogado
entregar nota de culpa ao preso
110
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Natureza jurídica: Direito Público Subjetivo
Apenas flagrante? Não. Em caso de prisão preventiva e prisão temporária também
Finalidades: verificar eventuais maus-tratos, aspectos de legalidade da prisão, necessidade e
adequação da prisão cautelar
Art. 310. § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada
ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem
medidas cautelares. (INSERIDO PELO PACOTE ANTICRIME)
A falta de audiência de custódia constitui irregularidade, não afastando a prisão preventiva, no caso de
estarem atendidos os requisitos do art. 312 do CPP e observados direitos e garantias versados na
Constituição Federal.
STF. 1ª Turma. HC 202260 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 30/08/2021.
A ausência de realização de audiência de custódia é irregularidade que não conduz à automática revogação
da prisão preventiva, cabendo ao juízo da causa promover análise acerca da presença dos requisitos
autorizadores da medida extrema.
STF. 2ª Turma. HC 198896 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 14/06/2021.
A conversão do flagrante em prisão preventiva torna superada a alegação de nulidade relativamente à falta
de audiência de custódia.
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 669.316/PR, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, julgado em 08/06/2021.
PRISÃO PREVENTIVA
Desde a ultima reforma processual, o juiz não poderia mais decretar a prisão de ofício no curso da
investigação, entretanto, subsistia a possibilidade da decretação no curso do processo. O “Pacote
Anticrime” eliminou de vez essa possibilidade. O juiz pode REVOGAR a prisão de ofício, decretá-la
não. (sistema acusatório)
CABIMENTO FUNDAMENTOS
Crimes dolosos punidos com PPL Periculum libertatis
máxima superior a 4 anos; Garantia da ordem pública
Reincidente; Garantia da ordem econômica
Crime envolver violência doméstica e Conveniência da instrução criminal
familiar contra a mulher, criança Assegurar a aplicação da lei penal
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa Perigo gerado pelo estado de liberdade
com deficiência, para garantir a do imputado
execução das medidas protetivas de Fummus comissi delicti:
urgência; Prova da existência do crime
Dúvida sobre a identidade civil da pessoa Indício suficiente de autoria
111
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e
existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
Art. 313. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a
necessidade de sua manutenção a cada 90 DIAS, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de
tornar a prisão ilegal.
JURISPRUDÊNCIA
Se o Ministério Público pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado a
decretar a prisão sob o argumento de que se trata de uma espécie de medida cautelar?
5ª Turma: NÃO (16/08/2022 INFO 746)
6ª Turma: SIM (15/02/2022 INFO 725)
Não há um limite máximo de tempo para a duração das medidas cautelares diversas da prisão (INFO 741
STJ)
A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das requeridas pelo
Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada como atuação ex
officio. Impor ou não cautelas pessoais, de fato, depende de prévia e indispensável provocação; contudo, a
escolha de qual delas melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de
forma diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério Público, de
modo a transformar o julgador em mero chancelador de manifestações do Parquet ou de transferir a este a
escolha do teor de uma decisão judicial. (INFO 735 STJ)
Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da prisão preventiva, a cada
90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do Código de Processo Penal. (INFO 731 STJ)
112
A apreensão de grande quantidade e variedade de drogas não impede a concessão da prisão domiciliar à
mãe de filho menor de 12 anos se não demonstrada situação excepcional de prática de delito com violência
ou grave ameaça ou contra seus filhos (art. 318-A do CPP) (INFO 733 STJ)
Em conclusão, o art. 316, parágrafo único, do CPP (revisão da preventiva a cada 90 dias) aplica-se:
a) até o final dos processos de conhecimento, onde há o encerramento da cognição plena pelo Tribunal de
segundo grau;
b) nos processos onde houver previsão de prerrogativa de foro.
Por outro lado, o art. 316, parágrafo único, do CPP não se aplica para as prisões cautelares decorrentes de
sentença condenatória de segunda instância ainda não transitada em julgado.
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de
Moraes, julgados em 8/3/2022 (Info 1046).
O tempo que o réu ficou submetido à medida cautelar de recolhimento domiciliar com tornozeleira pode
ser descontado da pena imposta na condenação (INFO 693 STJ)
Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no entanto, que, se logo
depois de decretar, a autoridade policial ou o MP requererem a prisão, o vício de ilegalidade que maculava
a custódia é suprido (INFO 691 STJ)
113
SENTENÇA
Mutatio Libelli Emendatio Libelli
Encerrada a instrução probatória, se entender O juiz, sem modificar a descrição do fato contida
cabível nova definição jurídica do fato, em na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe
conseqüência de prova existente nos autos de definição jurídica diversa, ainda que, em
elemento ou circunstância da infração penal não conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.
contida na acusação, o Ministério Público deverá
aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5
(cinco) dias, se em virtude desta houver sido
instaurado o processo em crime de ação pública,
reduzindo-se a termo o aditamento, quando
feito oralmente.
PROCEDIMENTO DO JÚRI
Desaforamento: deslocamento do julgamento do Tribunal do Júri para outra comarca distinta da comarca
que tramitou o processo.
LEGITIMADOS HIPÓTESES
-Interesse da ordem pública: distúrbios possíveis no local por
-Requerimento das partes: MP ou ocasião do julgamento;
réu; -Dúvida da imparcialidade dos jurados
-Representação do juiz ao -Preservar a segurança pessoal do réu;
Tribunal -Se não houver a marcação do júri após 6 meses, a contar do
trânsito em julgado da pronúncia, quando estiver
comprovado o excesso do serviço. (ouvidos o juiz presidente
e a parte contrária)
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou
a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do
querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o
desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos,
preferindo-se as mais próximas.
114
§ 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada.
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de
serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de
6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 712 do STF : é nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do
Tribunal do Júri sem audiência da defesa. Trata-se de princípio da ampla defesa, ou do contraditório.
STJ. 6a Turma. REsp 1373356-BA - O testemunho por ouvir dizer (hearsayrule), produzido somente na fase
inquisitorial, não serve como fundamento exclusivo da decisão de pronúncia, que submete o réu a
julgamento pelo Tribunal do Júri.
"o entendimento deste Tribunal Superior é de que a ausência do oferecimento das alegações finais, em
processos de competência do Tribunal do Júri, não acarreta nulidade, por constituir, a decisão de
pronúncia, mero juízo provisório quanto à autoria e à materialidade. Precedentes" (AgRg no HC
444.135/SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 10/03/2020, DJe
16/03/2020)
O desaforamento é medida excepcional, cabível apenas quando comprovada por fatos objetivos e
concretos a parcialidade do Conselho de Sentença. A simples presunção de que os jurados poderiam ter
sido influenciados por ampla divulgação do caso pela mídia e a mera suspeita acerca da parcialidade dos
jurados não justificam a adoção dessa medida excepcional. STJ. 5ª Turma. HC 492964-MS, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, julgado em 03/03/2020 (Info 668).
115
NULIDADES
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções
penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da
sentença final.
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada,
mediante ratificação dos atos processuais.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade
substancial ou na decisão da causa
JURISPRUDÊNCIA
Embora seja necessária a quesitação aos jurados sobre a incidência de minorantes, a escolha do quantum
de diminuição da pena cabe ao juiz sentenciante, e não ao júri (STJ INFO 748)
A necessidade de dupla intimação ocorre apenas com relação à sentença, não se estendendo aos acórdãos
proferidos em segundo grau. não há nulidade na falta de intimação pessoal do réu acerca do acórdão
proferido, ainda que a condenação apenas tenha ocorrido em segundo grau de jurisdição. A regra prevista
no art. 392 do CPP vale apenas para a sentença e não para o acórdão. STJ. 6ª Turma. HC 111393-RS
O executor do homicídio praticou o crime mediante emboscada; para que o mandante seja
responsabilizado por essa qualificadora, é necessário que os jurados sejam indagados se o mandante sabia
que o executor iria escolher esse meio para o homicídio (STJ INFO 748)
Apesar da alteração promovida pela Lei 13.964/2019 no art. 492 do CPP, é ilegal a execução provisória da
pena como decorrência automática da condenação proferida pelo Tribunal do Júri (STJ INFO 730)
116
RECURSOS
Contra decisão que recusa homologação de ANPP RESE
APELAÇÃO
*em caso de dúvida objetiva, é
Contra decisão que recusa homologação de cabível o princípio da
colaboração premiada fungibilidade
*existe precedente no sentido
de que cabe HC também
CPP: RESE
Recurso contra decisão que rejeita a
denúncia JECRIM: APELAÇÃO
RESE
Agravo em execução
Carta testemunhável
Cabe apelação da decisão do tribunal do júri quando a sentença do juiz presidente contrariar a lei
ou a decisão dos jurados. Nesse caso, o TRIBUNAL fará a retificação (não o juiz presidente)
ATENÇÃO: Segundo a orientação firmada por esta corte, é ADMISSÍVEL a utilização de medida cautelar
inonimada para atribuir efeito suspensivo a recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público
contra decisão que revogou a prisão preventiva.” STJ, Sexta Turma, RCD no HC 639912
117
O Estado precisa de $ para a concretização dos direitos fundamentais, entretanto, em regra, não pode
exercer atividade empresária.
Sendo assim, adotamos um modelo de Estado fiscal, em que o direito à propriedade é relativizado e nós
temos o dever fundamental de pagar tributos
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
De acordo com o CTN, temos 3 tributos APÓS a CFRB/88, o STF passou a entender que
(TEORIA TRIPARTIDA): existem 5 espécies de tributos (TEORIA
PENTAPARTIDA):
De acordo com o CTN, a natureza jurídica do tributo é definida em razão do fato gerador. Todavia, com o
advento da Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais assumiram o
status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos,
o que torna inaplicável a citada regra do CTN. Por isso, PRESTE ATENÇÃO se o examinador está cobrando a
literalidade do CTN ou essa posição doutrinária.
Senhores, no início dos estudos eu repetia e repetia esse termo “fato gerador “e não sabia que
raios isso significava, então, caso tributário não seja sua paixão, compreender esses institutos
pode facilitar as coisas. Bora lá...
118
MELHORIA
A hipótese de incidência é um tem como fato gerador a O Estado realizou uma obra
comportamento do sujeito prestação de um serviço pública e o imóvel do
passivo, sem que haja público específico e divisível particular sofreu valorização
contraprestação do Estado diferentemente do imposto,
Em regra, não pode ser na taxa há uma
vinculado a uma atividade contraprestação do Estado ao
específica sujeito passivo
Estados podem instituir taxa de polícia por expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de
fogo. (STF)
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Constituição Federal determina que certas atividades, rendas, bens ou pessoas não poderão sofrer
a incidência de tributos. (mais especificamente, impostos)
Os requisitos para o gozo de imunidade devem estar previstos em lei complementar. (STF)
As empresas públicas e as sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos essenciais, que
não distribuam lucros a acionistas privados nem ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são
beneficiárias da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição Federal,
independentemente de cobrança de tarifa como contraprestação do serviço. (STF)
A imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, “a”, da Constituição) impede que os entes públicos criem uns
para os outros obrigações relacionadas à cobrança de impostos, mas não veda a imposição de obrigações
acessórias. As obrigações acessórias sejam instituídas por meio de atos infralegais. (STF)
A OAB goza de imunidade tributária reciproca, mesmo não sendo autarquia. (STF)
119
As entidades religiosas podem se caracterizar como instituições de assistência social a fim de se
beneficiarem da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, ‘c’, da Constituição, que abrangerá não só os
impostos sobre o seu patrimônio, renda e serviços, mas também os impostos sobre a importação de bens
a serem utilizados na consecução de seus objetivos estatutários. (STF)
A imunidade assegurada pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição da República aos partidos políticos, inclusive
suas fundações, às entidades sindicais dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, que atendam aos requisitos da lei, alcança o IOF, inclusive o incidente sobre
aplicações financeiras. (STF)
Súmula Vinculante nº 57: “A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à
importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes
exclusivamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam
funcionalidades acessórias.”
NÃO CONFUNDA: maquinário para impressão de livros e serviços de distribuição de livros, jornais e
periódicos não goza de imunidade.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Para CRIAR tributo, precisa de LEI ou algo com força de lei (ex: medida provisória, quando admitido)
Regra geral: lei ordinária institui tributo. Nesses casos, também é possível a edição de medida
provisória (já que MP pode tratar de matéria tratada por lei ordinária)
120
-Dispõe sobre conflitos de competência tributária
- Regula as limitações constitucionais ao poder de tributar
LEI COMPLEMENTAR EM
- Estabelece normas gerais em matéria de legislação tributária
MATÉRIA TRIBUTÁRIA
- Estabelece critérios especiais de tributação, com o objetivo de
prevenir desequilíbrios da concorrência
ISONOMIA
O IPTU tem duas espécies de progressividade: em razão do valor do imóvel e em razão da função
social. PORÉM, nem sempre foi assim.
Antes da EC 29/2000, a CF permitia apenas a progressividade em razão da função social para o IPTU
(em razão do valor do imóvel não)
Antes de 2000, alguns municípios instituam alíquotas progressivas de IPTU sobre o valor do imóvel,
o que foi considerado inconstitucional pelo STF (Sumula 668 STF)
MAS, NÃO CONFUNDA:
Antes de 2000, algumas leis municipais estabeleciam a aplicação de alíquotas diferenciadas de IPTU,
com fins extrafiscais (pelo fato de ser ou não edificado, destinado ou não à residência). Isso foi
considerado constitucional pelo STF.
São constitucionais as leis municipais anteriores à Emenda Constitucional n° 29/2000, que
instituíram alíquotas diferenciadas de IPTU para imóveis edificados e não edificados, residenciais e
não residenciais.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
a lei que os instituiu ou aumentou
PRINCÍPIO DA NOVENTENA: antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou
121
A revogação de benefício fiscal deverá obedecer ao princípio da anterioridade tributária. Aplica-se o
princípio da anterioridade tributária, geral e nonagesimal, nas hipóteses de redução ou de supressão de
benefícios ou de incentivos fiscais, haja vista que tais situações configuram majoração indireta (STF)
NÃO CONFISCO
IMPOSTO DE RENDA
122
LANÇAMENTO
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria
de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir
tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o
lançamento.
Art. 149 (...) Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito
da Fazenda Pública.
123
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei
então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
O STJ possui o entendimento de que 'a obrigação acessória prevista no artigo 113, § 2º c/c 115, do CTN,
constitui dever instrumental, independente da obrigação principal, e subsiste, ainda que o tributo seja
declarado inconstitucional, principalmente para os fins de fiscalização da Administração Tributária'
A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas
não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante, para a verificação da existência do beneplácito
constitucional, a repercussão econômica do tributo envolvido.
• Se a entidade imune for contribuinte de direito: incide a imunidade subjetiva.
• Se a entidade imune for contribuinte de fato: não incide a imunidade subjetiva.
STF. Plenário. RE 608872/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22 e 23/2/2017
O parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva da contagem da prescrição,
uma vez que o contribuinte não anuiu.
124
Art. 159. A União entregará:
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados (IPI), 10% (dez por cento) aos
Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos
industrializados.
Estados são titulares do IR sobre rendimentos pagos diretamente por suas autarquias e fundações. (STF)
RESPONSABILIDADE
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis:
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
125
PROCESSO TRIBUTÁRIO
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário PRESCREVE EM 5 ANOS, CONTADOS DA DATA DA
SUA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA.
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor.
Súmula 314 do STJ. Ela dispõe, assim que, “em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,
suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente”.
A execução fiscal pode ser garantida por bens de terceiros? Sim, desde que a Fazenda aceite
A execução pode ser contra: o devedor, fiador, espólio, massa, o responsável, nos termos da lei, por
dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e os
sucessores a qualquer título.
Art. 25 Lei de Execução Fiscal - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da
Fazenda Pública será feita pessoalmente.
NORMAS GERAIS
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes,
assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo
116.
126
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não
tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
SÚMULAS
Súmula nº 69, STF: “A Constituição estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos
municipais.”
SV 31: É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre
operações de locação de bens móveis.
SV 32: O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
SV 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
Súmula 622-STJ: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição
do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou
com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o
pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial.
Súmula 614: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e
de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos
Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como
urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no
art. 32, § 1º, do CTN.
Sumula 668 STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional
29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função
social da propriedade urbana.
Súmula 625 STJ: O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo
prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da
execução de título judicial contra a Fazenda Pública
127
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para
fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de
reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº 14.064, de
2020)
128
O princípio da intranscendência da pena também se aplica para pessoas jurídicas; assim, se uma
empresa que está respondendo processo por crime ambiental for incorporada, sem nenhum indício
de fraude, haverá extinção da punibilidade. (STJ)
Construir uma casa em uma unidade de conservação: crime do art. 64 da Lei 9.605/98 (os delitos
dos arts. 40 e 48 ficam absorvidos). (STJ)
Se a ré pratica o crime de poluição qualificada e não toma providências para reparar o dano,
entende-se que continua praticando ato ilícito em virtude da sua omissão, devendo, portanto, ser
considerado que se trata de crime permanente. (STJ)
O delito previsto na primeira parte do art. 54 da Lei nº 9.605/98 possui natureza formal, sendo
suficiente a potencialidade de dano à saúde humana para configuração da conduta delitiva, não se
exigindo, portanto, a realização de perícia. Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis
tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade
de animais ou a destruição significativa da flora. Pena — reclusão, de um a quatro anos, e multa.
(STJ)
POLUIDOR-PAGADOR OU RESPONSABILIDADE
Deve o poluidor responder pelos custos sociais da degradação causada por sua atividade impactante,
devendo-se agregar esse valor no custo produtivo da atividade, para evitar que se privatizem os lucros e se
socializem os prejuízos.
USUÁRIO PAGADOR
As pessoas que utilizam recursos naturais devem pagar pela sua utilização, mesmo que não haja poluição.
Ex: uso da água.
Súmula 618, STJ: “A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental”.
129
NOVO CÓDIGO FLORESTAL
Súmula nº 623, do STJ: “As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível
cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor.”
Súmula nº 629, do STJ: “Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de
fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar.”
A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas SOMENTE PODERÁ SER
autorizada em caso de utilidade pública
utilidade pública
130
RESERVA LEGAL
Registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais
Não será considerado título para fins de reconhecimento de direito de propriedade ou posse
Art. 8º, § 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de
urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e
mitigação de acidentes em áreas urbanas.
Art. 26, § 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a utilização
de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressão.
131
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (SISNAMA)
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
132
PROTEÇÃO INTEGRAL
USO SUSTENTÁVEL
ATENÇÃO
A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral é considerada zona rural,
para os efeitos legais.
ÓRGÃOS SNUC
133
LEI COMPLEMENTAR 140/2011
Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por UM ÚNICO
ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.
§ 1o OS DEMAIS entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou
autorização, de maneira NÃO VINCULANTE, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento
ambiental.
Art. 14 § 3º O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, NÃO IMPLICA
emissão tácita NEM AUTORIZA a prática de ato que dela dependa ou decorra, MAS INSTAURA a
competência supletiva referida no art. 15
Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo
instituidor da unidade de conservação NÃO SERÁ APLICADO às Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do
Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores
ecológicos.
134
§ 2o - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados o licenciamento de
atividade com significativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando, quando possível, as
exigências.
FLORESTAS PÚBLICAS
Florestas públicas: florestas, naturais ou plantadas, localizadas nos diversos biomas brasileiros, em
bens sob o domínio da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal ou das entidades da
administração indireta;
Recursos florestais: elementos ou características de determinada floresta, potencial ou
efetivamente geradores de produtos ou serviços florestais;
Produtos florestais: produtos madeireiros e não madeireiros gerados pelo manejo florestal
sustentável;
Serviços florestais: turismo e outras ações ou benefícios decorrentes do manejo e conservação da
floresta, não caracterizados como produtos florestais;
Ciclo: período decorrido entre 2 (dois) momentos de colheita de produtos florestais numa mesma
área;
Manejo florestal sustentável: administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos,
sociais e ambientais
Concessão florestal: delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de praticar
manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo,
mediante licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do
respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco
e por prazo determinado;
ATENÇÃO:
135
Acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção ou constituição
de coleções;
Uso dos recursos hídricos acima do especificado como insignificante,
Exploração dos recursos minerais;
Exploração de recursos pesqueiros ou da fauna silvestre;
Comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de carbono em florestas naturais.
OBS.: No caso de reflorestamento de áreas degradadas ou convertidas para uso alternativo do solo, o
direito de comercializar créditos de carbono poderá ser incluído no objeto da concessão, nos termos de
regulamento.
NÃO CONFUNDA:
PORÉM...
ATENÇÃO: É atípica a conduta de realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, quando para fins
científicos, se não existirem recursos alternativos de pesquisa.
136
iii) direito a requerer a produção de informação ambiental não disponível para a Administração
(transparência reativa);
Tese C) O regime registral brasileiro admite a averbação de informações facultativas sobre o imóvel, de
interesse público, inclusive as ambientais;
Tese D) O Ministério Público pode requisitar diretamente ao oficial de registro competente a averbação
de informações alusivas a suas funções institucionais.
JURISPRUDÊNCIA
É inconstitucional lei estadual que legitime ocupações em solo urbano de área de preservação
permanente (APP) fora das situações previstas em normas gerais editadas pela União (STF)
É inconstitucional a revogação de Resolução do Conama que protegia o meio ambiente sem que ela
seja substituída ou atualizada por outra que também garanta proteção
Sob a vigência da Lei nº 4.771/65 (antigo Código Florestal), é lícita a queima da palha de cana-de-açúcar
em atividades agroindustriais, desde que devidamente autorizada pelo órgão ambiental competente e
com a observância da responsabilidade civil por eventuais danos de qualquer natureza causados ao
meio ambiente ou a terceiros. (STJ)
Não afronta a competência legislativa da União o dispositivo de constituição estadual que proíbe a caça
em seu respectivo território. (STF)
Para que haja a apreensão de veículo utilizado na prática de infração ambiental não é necessário que se
comprove que o bem era utilizado de forma específica, exclusiva ou habitual na prática de ilícitos
ambientais (STJ)
É inconstitucional lei estadual que institua dispensa e licenciamento simplificado ambiental para
atividades de lavra a céu aberto (STF)
A compensação de danos ambientais ocorridos em reserva legal em data anterior à vigência da Lei nº
12.651/2012 (Novo Código Florestal) não precisa ser feita na mesma microbacia, sendo suficiente que
137
ocorra no mesmo bioma do imóvel a ser compensado. (STJ)
O erro na concessão de licença ambiental não configura fato de terceiro capaz de interromper o nexo
causal na reparação por lesão ao meio ambiente (STJ)
É constitucional lei estadual que proíba a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e
testes de produtos cosméticos (STF)
Súmula 652 A responsabilidade civil da administração pública por danos ao meio ambiente, decorrente
de sua omissão no dever de fiscalização, é de caráter solidário, mas de execução subsidiária.
Súmula 467 Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da
Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental.
É de 3 (três) anos o prazo para a conclusão do processo administrativo, instaurado para se apurar a
infração administrativa (Tema 328 STJ)
138
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
MÍNIMO 7 membros
TSE TRE
Juízes dos tribunais eleitorais servirão por 2 ANOS e nunca por mais de 2 biênios consecutivos.
TSE TRE
TRIBUNAIS REGIONAIS
O número de membros não será reduzido, mas pode ser elevado até 9, por proposta
do TSE)
139
Infrações penais Membros TSE: STF
comuns e crimes de
responsabilidade
Membros TRE: STJ
TSE TRE
Registro e a cassação de registro de Registro e o cancelamento do registro
partidos políticos, dos seus diretórios dos diretórios estaduais e municipais de
nacionais e de candidatos à partidos políticos, bem
Presidência e vice-presidência da como de candidatos a Governador, Vice-
República; Governadores, e membro do Congresso
Nacional e das
Assembleias Legislativas;
140
Presidente e Vice-Presidente da dos votos deva ser feita
República, senadores e deputados pela mesa receptora;
federais, quando não o tiverem sido por
lei:
Apurar com os resultados parciais
APROVAR A DIVISÃO DOS ESTADOS EM enviados pelas juntas eleitorais, os
ZONAS eleitorais ou a criação de novas resultados finais das eleições de
zonas; Governador e Vice-Governador de
membros do Congresso Nacional e
Responder, sobre matéria eleitoral, às expedir os respectivos diplomas,
consultas que lhe forem feitas em remetendo dentro do prazo de 10 dias
tese por autoridade com após a diplomação, ao Tribunal
jurisdição, federal ou órgão nacional de Superior, cópia das atas de seus
partido político; trabalhos;
Súmula-TSE nº 33 Somente é cabível ação rescisória de decisões do TSE que versem sobre a incidência de
causa de inelegibilidade.
EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA
Presidente e Vice TSE
Membros do Congresso TRE
Governador e Vice TRE
Cargos municipais Juntas eleitorais
141
São irrecorríveis as decisões do TSE, São irrecorríveis as decisões do TRE,
salvo: salvo
ATENÇÃO:
JUÍZES ELEITORAIS
Cada zona eleitoral: 1 juiz de direito
Possibilidade de juiz de direito substituto exercer as funções de juiz eleitoral, mesmo antes de
adquirir a vitaliciedade.
142
- Dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores;
- Ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunicá-
los ao Tribunal Regional;
-Nomear, 60 dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 dias de
antecedência, os membros das mesas receptoras;
-Fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do
alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
-Comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos
delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções da
zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
- Ordenar o registro e cassação do registro dos - Expedir diploma aos eleitos para cargos
candidatos aos cargos eletivos municipais e municipais.
comunicá-los ao Tribunal Regional;
E se houver mais de uma junta eleitoral? A expedição do diploma caberá a que é presidida pelo juiz
eleitoral + antigo
JUNTAS ELEITORAIS
1 juiz de direito + 2 ou 4 cidadãos
Membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 dias antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional
Até 10 dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas serão
publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 dias, em petição
fundamentada, impugnar as indicações.
Obrigatória a nomeação de auxiliares quando houver + de 10 urnas a apurar
O presidente da Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as nomeações que houver
feito e divulgará a composição do órgão por edital publicado ou afixado, podendo qualquer partido
oferecer impugnação motivada no prazo de 3 dias.
-Apurar, no prazo de 10 dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
143
-Expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Súmula 368/STJ "Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar os pedidos de retificação de dados
cadastrais da Justiça Eleitoral".
Art. 71 par. 2 Código Eleitoral: No caso de ser algum cidadão maior de 18 anos privado temporária ou
definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa pena providenciará para que o fato
seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal Regional da circunscrição em que residir o réu.
Ac.-TSE, de 16.11.2016, nos ED-REspe nº 121: a cassação do diploma do titular da chapa também recai
sobre o vice, ainda que ele em nada tenha contribuído para o fato.
Súmula-TSE nº 38 Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, HÁ LITISCONSÓRCIO
PASSIVO NECESSÁRIO ENTRE O TITULAR E O RESPECTIVO VICE da chapa majoritária.
Súmula-TSE nº 40 O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à
cassação de diploma.
Súmula-TSE nº 41 Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas
por outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.
RECURSOS
Quando a lei no fixar prazo: 3 dias
Exceção:
EM REGRA, -Recurso ordinário
NÃO terão -Interposto contra decisão de juiz eleitoral ou TRE
efeito Que resulte em:
suspensivo cassação de registro
afastamento do titular
ou perda de mandato
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem os que versarem matéria referente ao registro
de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso de eleições municipais, e para o Tribunal
Superior no caso de eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada nas
respectivas Secretarias.
-Recursos parciais
-Matéria sobre registro de candidatos está excluída
-Interposto para TRE em caso de eleição municipal
-Interposto para TSE em caso de eleição estadual ou federal
-Serão julgados na medida em que derem entrada na secretaria
144
Cabível apenas:
-Casos de inelegibilidade superveniente
Obs.: deverá ocorrer até a data fixada para que os partidos políticos
e as coligações apresentem os seus requerimentos de registros de
Recurso candidatos
contra -Natureza constitucional
expedição de -Falta de condição de elegibilidade
diploma
Prazo: deverá ser interposto no prazo de 3 dias após o último dia
limite
fixado para a diplomação e será suspenso no período compreendido
entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, a partir do qual
retomará seu cômputo
Súmula 37/TSE: Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar recurso contra
expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais.
Súmula 32 TSE; É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao
regimento interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias.
Súmula 30/TSE: Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre
inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições federais ou
estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal).
Súmula 25 TSE: É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso
especial eleitoral
CRIMES ELEITORAIS
Pena mínima Agravação ou atenuação sem mencionar
(quando o código não estabelece) o quantum
Corrupção eleitoral:
Em se tratando de corrupção eleitoral, irrelevante é o período em que se deu a conduta típica, pois
a condição de candidato não é fundamental para a consumação do crime, que pode ocorrer em
qualquer tempo. Para a configuração deste tipo penal, basta que a vantagem oferecida esteja
vinculada à obtenção de votos
145
O tipo previsto no art. 299 do Código Eleitoral (corrupção eleitoral) somente se consuma quando o
eleitor envolvido não está com direitos políticos suspensos.
Ac.-TSE, de 18.10.2016, AgR-AI nº 3748: a promessa de cargo a correligionário em troca de voto não
configura o delito previsto neste artigo.
Necessidade do dolo específico para a configuração deste crime.
Art. 323. Divulgar, na propaganda eleitoral OU DURANTE PERÍODO DE CAMPANHA ELEITORAL, fatos que
sabe inverídicos (fake news), em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência
perante o eleitorado: (LEI 14192/21)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo inverídico acerca de
partidos ou candidatos. (LEI 14192/21)
Art. 326-B. Assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo
eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de
mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral
ou o desempenho de seu mandato eletivo. (LEI 14192/21)
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3, se o crime é cometido contra mulher: (LEI 14192/21)
I - gestante;(LEI 14192/21)
II - maior de 60 anos; (LEI 14192/21)
III - com deficiência (LEI 14192/21)
Art. 327. As penas cominadas nos artigos. 324, 325 e 326 (calunia, difamação e injúria), aumentam-se de
1/3 até metade, se qualquer dos crimes é cometido: (LEI 14192/21)
I - contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa.
IV - com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia; (LEI 14192/21)
V - por meio da internet ou de rede social ou com transmissão em tempo real(LEI 14192/21)
ATENÇÃO: os crimes de calunia, difamação e injúria do Código Eleitoral são de ação penal
pública incondicionada.
Falsificação doc. Particular para fins eleitorais: necessária a presença de potencial lesivo
Ac.-STF, de 10.4.2018, no AgR-Pet nº 6.986: doações eleitorais por meio de caixa dois podem
constituir crime eleitoral de falsidade ideológica.
146
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser
interposto no prazo de 10 dias.
COLIGAÇÃO FEDERAÇÃO
Constituída para disputar e vencer uma Constituída para atuar, no mínimo durante 4
determinada eleição majoritária (Presidente, anos, como se fosse uma única agremiação
Governador ou Prefeito). partidária.
Sua atuação se limita ao período eleitoral. Sua atuação ocorre não apenas no período
Depois da eleição, a coligação dissolvida. eleitoral, mas também durante o exercício do
mandato. A federação dura, no mínimo, 4 anos.
Não precisa ser nacional. É possível a existência
de coligações de âmbito nacional, estadual, A federação, necessariamente, terá
distrital ou municipal. abrangência nacional.
Não é possível a coligação para disputar Não existe essa restrição no caso da federação,
eleições proporcionais. que pode atuar tanto nas eleições
proporcionais como majoritárias.
Registro perante o juízo competente para o
registro de candidatura. Registro no TSE.
147
“Exaurido o prazo de vigência de um órgão partidário, ficam vedados a extinção automática do
órgão e o cancelamento de sua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).”.
LEI 9.504/97
Art. 9o Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva
circunscrição pelo prazo de 6 MESES e estar com a filiação deferida pelo partido no MESMO PRAZO.
PRAZO PARA PEDIDO DE REGISTRO: Lei nº 9.504/1997, art. 11, caput: prazo para pedido de registro: até às
19 horas do dia 15 de agosto do ano que se realizarem as eleições.
Registrados no:
TSE: candidatos a presidente e vice-presidente da República;
TRE: candidatos a senador, deputado federal, governador e vice-governador e deputado
estadual;
Juízos Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito e juiz de paz.
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas
do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições
Art. 16. Até 20 DIAS antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal
Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos candidatos às eleições
majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a que
concorrem.
§ 16. Os partidos podem comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral até o 1o (primeiro) dia útil do mês de
junho a renúncia ao FEFC, vedada a redistribuição desses recursos aos demais partidos
ATENÇÃO: Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 150
DIAS anteriores à data da eleição.
Sobre o alistamento:
Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de inscrição ou de transferência serão entregues até
30 dias antes da eleição.
Parágrafo único. A segunda via poderá ser entregue ao eleitor até a véspera do pleito.
148
Conceito
Ciência empírica (baseada na realidade) e interdisciplinar (que congrega ensinamentos
de sociologia, psicologia, filosofia, medicina e direito) que possui como objeto de estudo
o CRIME, O CRIMINOSO, A VÍTIMA E O CONTROLE SOCIAL.
A expressão criminologia significa estudo do crime, e foi criada em 1883 por Paul
Topinard, mas difundida internacionalmente por Raffaele Garofalo em seu livro
Criminologia, no ano de 1885.
Métodos da Criminologia
Experimental: analisa o mundo do ser, Indutivo: parte de uma característica
utilizando o empirismo (baseia-se na específica para fixar uma premissa maior.
experiência). Trabalha com casos concretos, específicos,
para extrair uma ideia geral.
Objetos da criminologia
Crime Criminoso Vítima Controle Social
Vítima
Historicamente colocada em segundo plano, pois o objetivo principal era a punição do
criminoso. Com o avanço dos estudos criminológicos, a vítima é revalorizada e passa a
ter papel de destaque, especialmente a partir da escola clássica. Ganha destaque
também após a 2ª Guerra Mundial, em virtude das atrocidades cometidas.
149
Funções da criminologia
Compreender cientificamente Intervir no delinquente Valorar os diferentes
o fenômeno criminal (prevenir e reprimir o modelos de resposta ao
crime com eficiência). fenômeno criminal.
Escola Clássica
a) Baseia-se nas ideias Iluministas do séc. XVIII
b) Principais autores: Beccaria, Carrara, Bentham, Feurbach (mnemônico para prova:
CBF)
c) Método abstrato e dedutivo
d) Crime é ente jurídico que decorre da violação de um direito
e) Criminoso é um ser livre que pratica o crime por escolha moral, alheia a fatores
externos. Livre arbítrio e determinismo.
f) Pena tem função retributiva e não deve ser cruel ou desumana.
150
Escola Positivista
a) Baseia-se nas ideias científicas dos séc. XIX e XX
b) Principais autores: Lombroso, Ferri e Garofalo (mnemônico para a prova: LFG)
c) Método empírico e indutivo
d) Crime é fato natural que decorre da vida em sociedade
e) Criminoso é um ser anormal sob as óticas biológica e psíquica (sem livre arbítrio).
Leva em conta o determinismo.
f) A pena tem função preventiva.
151
Robert Merton e Émile Durkhein.
Para Durkheim, anomia é a desintegração das normas sociais.
Entretanto, o crime é fenômeno normal, necessário e útil, desde
que não ultrapasse determinados índices.
Já Merton entende que a anomia seria um desajuste entre os
objetivos socialmente estabelecidos e os meios
Teoria da Anomia
institucionalizados disponíveis para alcançá-los. Nesse contexto o
indivíduo pode se adaptar ao padrão social assumindo uma das
seguintes posturas: conformidade, ritualismo, retraimento,
inovação e rebelião.
Albert Cohen.
Analisa os grupos que não aceitam as regras de convivência
sociais impostas e formam grupos subculturais. Tais grupos
Subcultura
traçam novos objetivos e ideais que se chocam com os já
delinquente
impostos pela sociedade, a exemplo das gangues de rua.
Edwin Sutherland.
Busca explicar o comportamento criminoso por meio de
mecanismos de aprendizagem, defendendo que o
Associação comportamento desviante pode ser aprendido com outras
Diferencial pessoas do mesmo modo como ocorre com os comportamentos
socialmente aceitáveis.
152
Minimalismo penal tutela de bens jurídicos relevantes, indispensáveis ao convívio
social. O direito penal deve ser a ultima ratio, utilizado apenas
quando os demais ramos não forem suficientes para trazer paz
social.
A principal vertente do minimalismo penal é o garantismo
penal.
153
Prevenção geral negativa Contraestimular potenciais criminosos
154
referência à lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, ou ainda a
qualquer pessoa que não segue ou contesta o padrão normativo
vigente. Teoria que visa ressaltar e colocar em discussão a
estigmatização, a criminalização e as diversas formas de rejeição
enfrentadas pela população queer no sistema penal, tanto no papel de
vítimas como no papel de agressoras. Tem como desafio provocar uma
mudança na criminologia, de modo que os estudiosos levem em
Criminologia consideração a orientação sexual e a identidade de gênero sem a
Queer influência da estigmatização. O objetivo deve ser explorar as diversas
circunstâncias que moldam as experiências do grupo queer, sem
rotulá-los como vítimas ou criminosos, a partir de um mero estereótipo
que as considera e define com base unicamente em sua conduta sexual
e identidade de gênero.
155
Leitura obrigatória: artigos 158 a 185 e 275 a 281 do CPP.
Principalmente Cadeia de Custódia (art. 158-A do CPP).
Lesão corporal grave: O inciso III do §1º do art. 129 do CP remete à debilidade
permanente de membro, sentido ou função. Sentido se refere aos cinco sentidos
humanos: tato, olfato, paladar, visão, audição.
Obs.: Pênis não é membro; é órgão. A debilidade permanente do pênis seria uma
debilidade permanente da função reprodutiva, da função erétil.
“A qualificadora “deformidade permanente” do crime de lesão corporal (art. 129, § 2º, IV, do
CP) não é afastada por posterior cirurgia estética reparadora que elimine ou minimize a
deformidade na vítima. Isso porque, o fato criminoso é valorado no momento de sua
consumação, não o afetando providências posteriores, notadamente quando não usuais (pelo
risco ou pelo custo, como cirurgia plástica ou de tratamentos prolongados, dolorosos ou
geradores do risco de vida) e promovidas a critério exclusivo da vítima.”
STJ. 6ª Turma. HC 306677-RJ, julgado em 19/5/2015 (Info 562).
“A lesão corporal que provoca na vítima a perda de dois dentes tem natureza grave (art. 129,
§ 1º, III, do CP), e não gravíssima (art. 129, § 2º, IV, do CP).
A perda de dois dentes pode até gerar uma debilidade permanente (§ 1º, III), ou seja, uma
dificuldade maior da mastigação, mas não configura deformidade permanente.”
STJ. 6ª Turma. REsp 1620158-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/9/2016 (Info 590).
156
Documentos médico‐legais
Diferença entre auto e laudo médico legal: os relatórios médico-legais são os
documentos resultantes da atuação do serviço médico-legal. Podem se apresentar na
forma de auto, quando ditado ao escrivão, ou laudo, elaborado pelo próprio perito.
O Relatório médico-legal é divido em 7 partes:
1) Preâmbulo: É uma introdução. Nele consta data, hora, local, nome,
qualificação do examinado, qualificação dos peritos.
2) Histórico: Relato dos fatos ocorridos, por informações colhidas do interessado
ou de terceiros.
3) Quesitos: São as perguntas que os técnicos irão responder, de forma
afirmativa ou negativa.
4) Descrição: É a parte mais importante do relatório. Visum et repertum (ver e
repetir). O perito deve traduzir em palavras as sensações que experimenta ao
realizar o exame.
5) Discussão: As lesões encontradas são analisadas cientificamente e comparadas
com os dados históricos, gerando a formulação de hipóteses.
6) Conclusão: O perito toma uma postura após o diagnóstico, juízo de valor.
7) Resposta aos quesitos: Tem como finalidade estabelecer a existência de um
fato típico ou não.
Parecer médico legal: consulta médico-legal que envolve divergência importante
sobre interpretação de determinada perícia. Não há DESCRIÇÃO. São partes do
parecer: preâmbulo, exposição, discussão e conclusão.
Atestado médico: informações prestadas por escrito a respeito de determinado fato
de interesse médico, bem como suas consequências.
Notificação: comunicação feita por profissional da saúde, em determinados casos,
compulsória, como ocorre na Lei de transplante de órgãos.
Identificação criminal
Fundamentos biológicos ou técnicos para um método ser aceitável e seguro:
1) Unicidade: determinado elemento seja especifico daquele indivíduo,
distinguindo-se dos demais.
2) Imutabilidade: as características precisam ser imutáveis, não se alterando com
o passar do tempo.
3) Perenidade: capacidade de determinados elementos resistirem à ação do
tempo, durando por toda a vida, e até após a morte, como por exemplo o
esqueleto.
4) Praticabilidade: o método deve ser prático, tanto na obtenção quanto no
registro.
5) Classificabilidade: deve haver metodologia no arquivamento, propiciando
rapidez e facilidade na busca dos registros.
157
SEÇÃO.
V 4
E 3
I 2
A 1
*Arco = 1, Presilha Interna = 2, Presilha Externa = 3 e Verticilo = 4.
Tanatologia
Sinais de morte:
1) Abióticos ou avitais negativos:
1.1) Imediatos/ morte aparente/ probabilidade:
Perda da consciência
Insensibilidade
Imobilidade
Abolição do tônus muscular
Cessação da circulação
1.2) Consecutivos/tardios/mediatos/certeza de morte:
Evaporação tegumentar (desidratação – mancha negra escleral de Sommer-
Larcher)
Resfriamento cadavérico (algor mortis): Temperatura retal diminui 0,5 graus
nas primeiras 3h da morte, depois diminui 1,5 graus por hora. Só vale para as
primeiras 12 a 15 horas da morte.
Hipóstase (livor mortis): se formam manchas esparsas com 2 a 3 horas da
morte; generalizam ou ficam difusas em 6 a 8 horas; fixam-se entre 6 a 12h e
são visíveis até a putrefação.
Rigidez cadavérica (rigor mortis): acidificação dos músculos por falta de
oxigenação. Lei de Nysten Sommer-Larcher: começa com 2h, se generaliza com
5 a 8 horas e vai até 24h após a morte, com o início da putrefação. Desaparece
com 36 a 48h.
Espasmo cadavérico
2) Transformativos
2.1) Destrutivos:
Autólise: destruição das células pela ação de suas próprias enzimas.
Putrefação: decomposição da matéria orgânica.
Maceração séptica: líquido contaminado. Ex.: afogamento.
Maceração asséptica: fetos retidos a partir do 5º mês de gestação. Sem
presença de germes no líquido amniótico.
2.2) Conservadores:
Mumificação: ocorre após o 2º ou 3º mês após a morte. Falta de umidade
é condição essencial. Pode ser provocado ou artificial (embalsamento),
geral ou local, espontâneo ou natural, superficial ou profunda.
Saponificação ou adipocera: transforma o tecido do corpo em substância
158
amarelo-acizentada, untuosa, mole ou quebradiça. Se dá em torno de 1, 2
ou 3 meses após a morte.
Corificação: dá ao cadáver aspecto semelhante ao couro.
Fases/períodos da putrefação:
Coloração ou cromática: surge entre 20 e 24 horas após a morte e pode durar
até 7 dias. Tem início com a mancha verde abdominal localizada na fossa ilíaca
direita.
Enfisema ou gasosa: inicia em média de 2 semanas e se torna máxima em 5 a 7
dias. Em razão dos gases produzidos no interior do cadáver, este adquire
aparência de agigantamento, com protusão da língua e inchaço dos genitais.
Circulação póstuma de Brouardel.
Coliquativa: dissolução do cadáver pela ação das bactérias e da fauna
cadavérica.
Esqueletização: redução do cadáver às suas partes ósseas.
Traumatologia
159
BALÍSTICA
Orifício de entrada Orifício de saída
Regular Dilacerado (irregular)
Invertido Evertido (bordas pra fora)
Proporcional ao projétil Desproporcional ao projétil (maior)
Com orlas e zonas Sem orlas e zonas
Trajeto: caminho percorrido pelo projétil no interior do corpo da vítima (trajetO = dentrO)
Trajetória: caminho percorrido pelo projétil da arma de fogo até a superfície atingida, ou seja, fora
do corpo (trajetóriA = forA).
Orlas ou Halos
Orlas de escoriação/contusão: causada pelo embate do projétil na rede de
capilares da pele, gerando uma pequena região equimótica (anel de Fisch).
Orla de enxugo: se forma porque o projétil ao atravessar o cano da arma, se cobre
de resíduos, como graxa, óleo de limpeza da arma, fuligem etc. quando o projétil
entra na pele ele se “limpa” essas impurezas, “enxuga-se” nas bordas da ferida.
Zona de chamuscamento: disparo efetuado próximo ao alvo, sendo a pele
queimada pela chama e calor que saem da boca do cano da arma. Até 5cm de
distância.
Zona de esfumaçamento: fumaça (grãos de pólvora combustas) decorrente do
disparo pode atingir o alvo e depositar-se ao redor do ferimento de entrada,
quando a distância for até 30cm.
Zona de tatuagem: causada pela dispersão de grãos de pólvora incombustas que
atuam como verdadeiros projéteis secundários, penetrando na pele e dando o
aspecto de uma tatuagem. Disparos realizados até 50cm do alvo.
Distância Zona de Zona de Zona de tatuagem
chamuscamento esfumaçamento
Até 5cm Sim Sim Não
De 5cm a 10cm Não Sim Sim
De 10cm a 30cm Não Sim Sim
Até 50cm Não Não Sim
Mais de 50cm Não Não Não
Câmara de mina ou Câmara de Hoffman: ocorre nos tiros encostados com plano
ósseo logo abaixo. Assim, os gases e as micropartículas não conseguem perfurar,
causando ferimento estrelado e de bordos evertidos, em razão do refluxo dos gases.
Sinal de Romanesi ou Romanese: embora o ferimento de saída não apresente, em
regra, orla de escoriação, quando o corpo atingido pelo disparo está encostado num
anteparo, o projétil, ao sair, em razão da resistência dos tegumentos, causará orla de
escoriação, também na saída.
160
Asfixiologia
Sinais externos:
Cianose da pele (cor arroxeada ou azulada)
Equimoses conjuntivas; espuma na boca (cogumelo de espuma); Pink teeth
Projeção da língua para fora da boca
Resfriamento lento do cadáver
Asfixias complexas:
Asfixias mistas:
161
Lesões por ações térmicas
Toxicomanias e Embriaguez
Fases da embriaguez:
Fase do macaco: o sujeito fica animado, falador, verborreico (falar demais);
Fase do Leão (médico legal): fase de agressividade irritabilidade, fase em que
pode cometer crimes.
Fase do porco: comatosa não há mais consciência.
Drogas:
Psicolépticas: DEPRESSORAS do SNC. Álcool, barbitúricos, opiáceos e
benzodiazepínicos. Mnemônico: BOBA.
Psicoanalépticas: ESTIMULANTES do SNC. Cocaína, anfetaminas, ecstasy, crack.
Psicodislépticas: PERTURBADORAS do SNC. Maconha, mescalina, cogumelo, LSD,
Ayauasca (santo daime).
Transtornos sexuais
Parafilias:
Anafrodisia: diminuição do desejo sexual do homem.
Bestialismo/zoofilia: satisfação sexual com animais.
Cromoinversão: preferência sexual por parceiro de cor diferente da própria.
Cronoinversão (gerontofilia): predileção de jovens por pessoas de idade
avançada.
Cropofilia: prazer sexual relacionado ao contato com fezes ou o ato de
defecação.
162
Dollismo: preferência sexual por bonecas ou manequins com conformação
humana.
Edipismo: tendência ao incesto, prática sexual entre parentes próximos.
Frigidez: diminuição do desejo sexual da mulher.
Frotteurismo: necessidade de esfregar os órgãos sexuais em outra pessoa.
Voyeurismo/mixoscopia: prazer sexual em assistir a relação de outrem.
Necrofilia: prática de atos sexuais com cadáveres.
Pedofilia: prática sexual com crianças.
Pigmalionismo: atração por estátuas.
Riparofilia: atração por mulheres sem higiene, fétidas, imundas. Também fazem
parte desta predileção dos riparofílicos as parceiras que se apresentem
menstruadas ou com infecções vaginais.
Onanismo: prática compulsiva de automasturbação manual masculina, também
chamada de quiromania.
163