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CONCEITOS INICIAIS E REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

1
O estado é composto por 3 elementos indissociáveis.

São eles:

 POVO: Elemento humano
 TERRITÓRIO: Elemento físico
 GOVERNO SOBERANO: Elemento condutor do estado
É o famoso PO TE GO

Fontes primárias:

 Lei
 Súmula Vinculante

Secundárias:

 Doutrina
 Jurisprudência
 Costumes
 Princípios

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Uma das facetas do princípio da legalidade, a reserva de lei para reger determinadas
matérias nem sempre implica necessidade absoluta de lei ordinária, pois, mesmo em
áreas de aplicação rigorosa do princípio, como o direito tributário, admite-se, por exemplo,
instituição de tributo por medida provisória. 

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ENTES DA ADMINISTRAÇÃO
1
As fundações públicas de direito privado, por sua natureza jurídica, via de regra,
não podem desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império

2
Já as fundações públicas PJ. DIR. PRIVADO: se sujeitam a um:

 Regime híbrido, ou seja, são em partes reguladas por normas de direito privado
e em parte reguladas por normas de direito público.
 Em decorrência disso, só adquirem personalidade jurídica com a inscrição
dos seus atos constitutivos no registro público competente.
 Não podem desempenhar atos que exijam o poder de império.
 Não têm poder normativo.
 Não estão sujeitas ao regime de precatórios,.
 Não podem ser sujeitos ativos tributários.
 seus bens não se enquadram como bens públicos.
 Não têm a prerrogativa de cobrar suas dívidas mediante o processo especial
de execução judicial estabelecido na Lei 6.830/1980

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As fundações públicas PJ DIR. PÚBLICO: são uma

 espécie de autarquia, sendo estendidos os mesmos poderes, privilégios e


restrições que as das autarquias. (isto é, sujeitam-se ao regime jurídico de
direito público.)

características

 Pode-se mencionar a presunção de veracidade e a executoriedade dos seus


atos administrativos.
 Traz consigo o poder de império próprio do poder público.
 É de se destacar também o poder de polícia a dar suporte à execução de seus
atos, em tudo idênticos aos atos administrativos.

4
 É permitida a criação de autarquias por medida provisória, se houver urgência em
descentralizar o poder estatal e formalizar atividades administrativas em caráter emergencial. 

5
As agências reguladoras não estão restringidas à criação e atuação na esfera federal;
podem ser criadas na estrutura administrativa dos Estados e Municípios, com
competência para atuação mais limitada do que as entidades federais.

6
Lei n.º 11.107/2005
Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público
mediante contrato de rateio

7
Uma autarquia territorial exerce poderes e deveres de administração similares aos de
entes federados, porém se distingue destes por não ser entidade política.
*
Autonomia política é o poder de fazer as suas próprias leis, e tal capacidade é inerente
apenas aos entes federativos (União, Estados, Municípios e DF).

Os Territórios Federais não são entidades federativas. São autarquias territoriais


integrantes da União (CF - art. 18, § 2º), sem autonomia política (embora tenham
autonomia administrativa).

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De acordo com Di Pietro, Descentralização territorial ou geográfica é a que se
verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de
personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade administrativa
genérica.

Características:

1. Personalidade jurídica de direito público;


2. Capacidade de autoadministração;
3. Delimitação geográfica;
4. Capacidade genérica, ou seja, para exercer a totalidade ou a maior parte dos
encargos públicos de interesse da coletividade;
5. Não tem autonomia política.

9
Administração Indireta: Lembra do T.A.F

 Técnica
 Administrativa
 Financeira

Administração Direta: Lembra do P.A.F

 Política
 Administrativa
 Financeira

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Em síntese, pode -se afirmar que as Autarquias são pessoas jurídicas de direito
público interno, pertencentes à Administração Pública Indireta, criadas por lei
específica para o exercício de atividades típicas da Administração Pública.
"Como entidade, a autarquia tem personalidade jurídica diversa do ente que a criou.
Em outras palavras, a autarquia é uma pessoa jurídica diferente do ente político que
a criou." (Prof. Daud, Estratégia Concursos.)

Características:

1. Pessoas jurídicas de direito público interno;


2. São pessoas jurídicas;
3. Criadas por lei específica.
4. Dotadas de autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial;
5. Seus bens são públicos
6. Tem imunidade tributária;
7.  Responsabilidade objetiva e direta.

1. 11
A vedação de constituição de empresa pública com finalidade genérica está em
consonância com o princípio da especialidade.

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O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que
conste, na lei de criação da entidade, a atividade a ser exercida de modo
descentralizado

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Como regra geral, os órgãos não possuem capacidade processual (justamente pelo
fato de serem despersonalizados). Porém, órgãos de natureza constitucional podem
impetrar Mandado de Segurança na defesa de suas competências (quando violadas
por outro órgão). Essa possibilidade abrange os órgãos independentes e
autônomos como a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, o Senado
Federal, o STF, o TCU, entre outros (e seus correspondentes no Estado e Município). 

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Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração púbica com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
que não envolvam a transferência de recursos financeiros.
2. Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela administração pública, que envolvam a transferência de
recursos financeiros.
3. Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas
pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de
recursos financeiros.

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REGRA GERAL: poder de polícia só pode ser delegado para PJ DE DIR PÚBLICO.
EXCEÇÃO 1: as fases de CONSENTIMENTO e FISCALIZAÇÃO podem ser
delegadas para PJ DE DIR PRIVADO (INCLUSIVE PARTICULARES).

EXCEÇÃO 2: a fase de SANÇÃO pode ser delegada para EMP e SEM desde que POR
LEI, EXCLUSIVAMENTE PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO E EM
REGIME NÃO CONCORRENCIAL

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É a natureza de que se reveste a entidade, e não a sua finalidade, que a classifica como
integrante da administração indireta.
*
Sutilmente, o Cespe quis saber se o Brasil adota o critério formal ou o critério
material para definir o que faz parte da Administração Pública.

No Brasil, adotamos o critério formal => é administração pública aquilo que a


legislação diz que é.

Ou seja, o que importa é sua natureza (forma) e não sua finalidade (critério material)

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PODERES ADMINISTRATIVOS
1
A razoabilidade e a proporcionalidade mantêm relações com o devido processo legal.

2
Os poderes da administração pública, por serem inerentes à atividade administrativa, são
irrenunciáveis. 
3
REGRA GERAL: poder de polícia só pode ser delegado para PJ DE DIR PÚBLICO.

EXCEÇÃO 1: as fases de CONSENTIMENTO e FISCALIZAÇÃO podem ser delegadas


para PJ DE DIR PRIVADO (INCLUSIVE PARTICULARES).

EXCEÇÃO 2 STF: a fase de SANÇÃO pode ser delegada para EMP e SEM desde que
POR LEI, EXCLUSIVAMENTE PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO E EM REGIME
NÃO CONCORRENCIAL

4
A discricionariedade para a prática de determinado ato administrativo pode decorrer de
disposição expressa ou de omissão de norma legal.

5
ATOS ADMINISTRATIVOS:
1
Ato complEXO; lembra do sEXO, que é a manifestação de vontade de 2 ou mais órgãos
praticando um único ato

2
Ato COMPOSTO = Manifestação de vontade de um único órgão, mas depende da
verificação de outro para se tornar exequível. Ato principal + Ato Complementar. 01
Vontade + 01 Órgão + 01 Órgão Distinto.

Exemplo: autorização que depende de visto.

Ato COMPLEXO = Vontade de 02 órgãos para formação do ato. 01 Vontade + 02 ou


mais Órgãos

Exemplo: aposentadoria de servidor estatutário, portarias conjuntas.

3
Como decorrência natural do princípio da legalidade, presume-se a legitimidade de todos
os atos administrativos; por outro lado, o atributo da imperatividade (ou coercibilidade),
além de nem sempre se fazer presente, tem perdido, nos tempos atuais, espaço para a
consensualidade. 

4
Presunção de legitimidade

Presume-se que são praticados com observância das normas legais pertinentes em


decorrência do princípio da legalidade da Administração.

Presunção de veracidade

Refere-se aos fatos alegados e afirmados pela Administração para a prática do ato, os


quais são tidos e havidos como verdadeiros.

Imperatividade

É o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou


execução, independentemente da anuência de terceiro. Esse atributo não está presente
em todos os atos, visto que alguns deles (v.g., os atos enunciativos, os negociais) o
dispensam, por desnecessário à sua operatividade, uma vez que os efeitos jurídicos do ato
dependem exclusivamente do interesse do particular na sua utilização.

Consensualidade

A Administração, nesse modelo de conduta, procuraria negociar, debater, com os


administrados. Um exemplo de como isso tem se tornado mais comum é o seguinte artigo
do CPC que impõe a criação de câmaras de conciliação no âmbito administrativo.

5
DECRETO Nº 83.937 art 6º - O ato de delegar pressupõe a autoridade para subdelegar,
ficando revogadas as disposições em contrário constantes de decretos, regulamentos ou
atos normativos em vigor no âmbito da Administração Direta e Indireta
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A Lei nº 9784/1999 não traz expressamente em seu texto os pressupostos para o ato
administrativo; a Lei apenas cita, em alguns momentos, alguns elementos, mas em
nenhum momento os caracterizando como pressupostos, diferentemente da Lei 4.717/65,
à qual se reporta a doutrina administrativista ao tratar dos pressupostos do ato. Esta sim, o
faz de forma expressa.

7
(CESPE) Segundo a doutrina, no que se refere à exequibilidade, ato
administrativo consumado é aquele que já exauriu seus efeitos e se tornou definitivo, não
sendo passível de impugnação na via administrativa nem na judicial.

Atos que a Administração Pública não pode revogar:

V C PODE DÁ? Não, pois é irrevogável!

V – Vinculados;

C – Consumados;

PO - Procedimento administrativo;

DE - Declaratório/Enunciativos;

DÁ - Direitos Adquiridos

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ATOS NORMATIVOS: regulamento, decreto, regimento e resoluções;

ATOS ENUNCIATIVOS: Pareceres; Certidões; Atestados.

ATOS ORDINÁRIOS: Instruções, Avisos, Portarias, Ofícios, Ordens de serviços ou


Memorando.

ATOS NEGOCIAIS: Autorização, Licença, Permissão.

ATOS PUNITIVOS: Multa; Interdição; Destruição de coisas; Afastamento temporário do


cargo ou função pública

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ATENÇÃO! Para não confundir caducidade em ato adm e em concessão

 Caducidade do ato administrativo: extinção por lei superveniente que impede a


manutenção do ato inicialmente válido.
 Caducidade da concessão: rescisão unilateral da avença por motivo de
inadimplemento da empresa concessionária.

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--- >Vícios sanáveis: Competência e forma.

--- >Vícios insanáveis: motivo, objeto e finalidade.


I) A ratificação e a confirmação: podem ser consideradas espécies de convalidação.

>ratificação: Se a autoridade que convalida o ato é a mesma que o praticou.

>confirmação: será feita por autoridade superior do ato

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Não confundir vício de Forma x Motivo

Quando o ato deixa de observar os requisitos de sua formação - Vício de forma.

Quando o ato possui motivos Inexistentes ou Inadequados - Vício de motivo

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COMPETÊNCIA PARA APLICAR PENALIDADES DISCIPLINARES (LEI 8.112/90)

Demissão, cassação de aposentadoria e cassação de disponibilidade de servidor

 Presidente da República
 Presidentes das Casas do Poder Legislativo
 Presidentes dos Tribunais Federais
 Procurador-Geral da República

Suspensão superior a 30 dias ---> Autoridades administrativas de hierarquia


imediatamente inferior àquelas mencionadas acima.

Advertência ou suspensão de até 30 dias ---> Chefe da repartição e outras autoridades


na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos.

Destituição de cargo em comissão ---> Autoridade que houver feito a nomeação

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A convalidação NÃO é um ato administrativo discricionário

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