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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3

2. CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE UMA AUTARQUIA 3

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS AUTARQUIAS 4

4. REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS4

5. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL 5

6. AGÊNCIAS REGULADORAS 6

7. AGÊNCIAS EXECUTIVAS 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8
1. INTRODUÇÃO

É de extrema importância iniciarmos a explanação sobre Autarquia falando como


esses serviços por ela oferecida contribuem com a sociedade. É nas áreas sociais e cientifico
que podemos sentir o quão sua atuação é benéfica. Nessa perspectiva as Autarquias
proporcionam atividades técnica especializada como por exemplo o tratamento de água
potável para ser utilizado no consumo humano, sem que haja risco de estar contaminada por
bactérias.

Partindo desse pressuposto o Decreto – Lei nº 200/1967 define autarquia como:


“serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios
para executar atividades típicas de Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”

2. CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE UMA AUTARQUIA

Para contextualizarmos a criação das autarquias é necessário adentrar na reorganização


estrutural da administração pública do Brasil promulgada pelo decreto 200/1967. De um lado
temos administração direta que por hora não é objeto deste trabalho e de outro temos a
administração indireta onde encontra-se a autarquia. Sua criação ou extinção como bem
especifica o art. 37, da Constituição Federal que diz “- somente por lei específica poderá ser
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).”

A criação e a extinção de autarquias federais se dá por iniciativa privada juntamente


com presidente da república, essa regra também se aplica para os distritos federais Estados e
municípios onde caberá aos governadores e prefeitos a iniciativa de criação ou extinção de
uma autarquia, dentro da esfera de governo de cada um.

Conforme disposto no artigo:

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer


membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Na hipótese de uma autarquia no poder judiciário ou legislativo caberá a iniciativa da
lei caberá ao chefe do poder.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS AUTARQUIAS

As autarquias são criadas visando descentralizar o serviço público, e com essa


descentralização a administração pública poder conseguir desenvolver e ofertar serviços
públicos mais ágeis, de maior eficiência e com menor custo em benefício da sociedade.

As atividades desenvolvidas pela autarquia são de naturezas típicas da Administração


Pública e em prol da sociedade, elas podem ser de diversas espécies, como a previdência
social, os serviços de água e esgoto, serviços financeiros, auditorias, serviços de
regulamentação, conselhos de classes profissionais, e etc.

As autarquias têm como objetivos a atividades administrativas ou de cunho social, sem


nenhum interesse econômico ou mercantil. Não possuem titularidade e nem competência
política, pois não tem competência para exercer funções legislativas e nem jurídicas.

Temos como exemplos de atividade econômica o INSS (Instituto Nacional de Seguro


Social), IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e o
INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria), como pode ver são órgão que
tem um cunho social e de fiscalização, sem interesse econômico ou mercantil.

4. REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS

A Administração Pública Indireta possui personalidade jurídica e patrimônios


próprios, consistindo em pessoa jurídica distinta da pessoa instituidora. Ademais, todas essas
Entidades são dotadas de autonomia administrativa, com poder de autoadministração.

Estas Entidades possuem as mesmas prerrogativas administrativas da Administração


Direta, como exemplo: expedem atos administrativos, revestidos de todos os atributos dos
demais atos praticados pela Administração Direta, além de terem o dever de licitar para celebrar
contratos, concessões e permissões, precisando ainda celebrar contratos administrativos, regidos
pela Lei de Licitação e Contratos.

A Lei 8.112/1990 – que institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União
deixa claro que suas normas se aplicam às “autarquias, inclusive as em regime especial” e às
fundações públicas federais. Assim, devem promover concurso público para admissão de
pessoal; contratar pessoal pelo regime estatutário, em virtude da natureza de suas atividades não
serem meramente econômicas e sim atividade típica de Administração.

Os bens das autarquias são públicos e portanto, impenhoráveis, inalienáveis,


imprescritíveis, possuem imunidade de impostos sobre patrimônio, renda e serviços, quanto a
atividades vinculadas às finalidades essenciais da pessoa e desde que não haja contraprestação
ou pagamento de preços ou tarifas para o exercício. Por serem pessoas jurídicas de direito
público sujeitam-se a todas as normas de contabilidade pública, como por exemplo a Lei de
Responsabilidade Fiscal

5. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL

Tem o sentido de pessoa jurídica de direito público, integrante da administração indireta,


criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e
típicas do Estado. São essenciais à formação das autarquias, os elementos relativos à
personalidade jurídica, à forma de instituição e ao objeto.

Quanto ao regime jurídico, as autarquias podem ser: a) autarquias comuns (ou de regime
comum): estas sujeitas à disciplina jurídica sem qualquer especificidade; b) autarquias especiais
(ou de regime especial): estas regidas por disciplinas legais específicas, cuja característica seria
a de atribuir prerrogativas especiais e diferenciadas a certas autarquias. Um Exemplo de
Autarquia Especial é o Banco Central, que tem autonomia para conduzir assuntos monetários no
Brasil.

São elementos das autarquias de regime especial:

Poder normativo técnico - indica que essas autarquias recebem das leis delegação para editar
normas técnicas, complementares de caráter geral retratando poder regulamentar mais amplo,
porquanto tais normas se introduzem no ordenamento jurídico como direito novo.

Autonomia decisória - significa que os conflitos administrativos, inclusive os que envolvem as


entidades sob seu controle, se desencadeiam e se dirimem através dos próprios órgãos da
autarquia. No caso de irresignação contra decisão administrativa final, firmada pela instância
máxima da entidade, deve o interessado buscar no judiciário a satisfação de seu interesse.

Independência administrativa - assim se entende o fato de que alguns de seus dirigentes são
nomeados para prazo determinado fixado na lei, não ficando à mercê de critério político do
ministério supervisor e nem da prática da descontinuidade administrativa. Assim eles têm
estabilidade em seus cargos, sobretudo porque são nomeados pelo presidente da república, mas
sua investidura depende de aprovação do Senado Federal.

Autonomia econômico-financeira - demonstra que essas autarquias têm recursos próprios e


recebem dotações orçamentárias para gestão por seus próprios órgãos, visando ao fim que a lei
as destinou.

6. AGÊNCIAS REGULADORAS

São autarquias de regime especial, instituídas em razão do fim do monopólio estatal e


são responsáveis pela regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos, atividades
e bens transferidos ao setor privado. O regime especial caracteriza-se por três elementos:

• Maior estabilidade e independência em relação ao ente que as criou;

• Investidura especial sendo os dirigentes nomeados pela Presidência da República,


mas depende de prévia aprovação pelo Senado Federal (art. 84, XIV e 52, III, ‘f” da
CF/88;

• Mandato a prazo certo, exercendo-o em mandatos fixos. a duração do mandato não


pode ultrapassar a legislatura do Presidente.

Instituídas sob a forma de autarquias de regime especial, são agências destinadas a


regulamentar, controlar e fiscalizar a execução de serviços públicos transferidos para o setor
privado por intermédio de concessões, permissões etc. Exemplos de Agências Reguladoras
Federais: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e Agência Nacional do Petróleo ANP (MANUAL DA SECOM).

Obedecem às normas da Lei 8.666/93, entretanto podendo optar por modalidades


especificas como o pregão e a consulta (ADI 1668).

7. AGÊNCIAS EXECUTIVAS

São autarquias que por iniciativa da Administração Direta. Quer dizer que são pessoas
jurídicas de direito público que podem celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir
custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. No qual o seu objetivo
principal é a execução de atividades administrativas. Nelas há uma autonomia financeira e
administrativa ainda maior. Serão celebrados para tais contratos de gestão das agências
executivas com periodicidade mínima de um ano e publicado pelo Ministério Superior, no
prazo máximo de quinze dias de suas celebração, revisão ou renovação, na integra, no Diário
Oficial da União - Lei 9.649/98.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm>.

BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 - Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>.

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967. Dispõe sobre a organização da


Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras
providências. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1960-1969/decreto-
lei-200-25-fevereiro-1967-376033-publicacaooriginal-1-pe.html.

MANUAL DE COMUNICAÇÃO DA SECOM. Agências Reguladoras. Disponível em:


<https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao >

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