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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
REGIME JURÍDICO
1. Regime Jurídico da Administração
2. Regime Jurídico Administrativo
3. Poderes Administrativos
REGIME JURÍDICO
1.1. Suma divisio: divisão essencial do ordenamento jurídico em dois grandes regimes:
a. Regime Jurídico de Direito Privado: conjunto de normas e princípios jurídicos comuns voltados para
o atendimento de interesses privados, que são, em regra, disponíveis, admitindo renúncia, transação
e omissão, e não decorrem/dependem de prévia lei. Prepondera a autonomia da vontade. Estão nele
inseridos todas as empresas públicas, tanto de atividade econômica como de serviços públicos,
quanto as sociedades de economia mista, independentemente do objeto;
1. Todas as empresas públicas, tanto de atividade econômica, tal como a Caixa Econômica Federal,
como também aquelas prestadoras de serviços públicos, tal como os Correios, conforme art. 3º
da Lei 13.303/2016;
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CARREIRAS JURÍDICAS
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lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a
voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
§ 1o A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista
tem os deveres e as responsabilidades do acionista controlador,
estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e deverá
exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o
interesse público que justificou sua criação.
§ 2o Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia
mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários sujeita-se às
disposições da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
3. Em regra, fundações públicas serão de regime privado, como PROCON, Fundação Casa, etc.
1. Todos os órgãos da Administração direta são sempre de Direito Público (não existe órgão nem
de regime privado nem de regime misto);
2. Todas as autarquias, de todos os tipos, incluindo as comuns, tal como o INCRA e o INSS, e as
especiais, tal como a USP, Agências Reguladoras e o CADE (não existe autarquia nem de regime
misto nem, tampouco de regime privado);
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2. Regime jurídico Administrativo:
É o conjunto de normas e princípios jurídicos especiais da Administração de Direito Público voltados para o
atendimento de interesses públicos que irá constituir o conjunto de prerrogativas públicas especais e
sujeições públicas especiais. Há observância dos Princípios da Supremacia e da Indisponibilidade.
Esse regime administrativo constitui para a administração de direto público um conjunto de prerrogativas e
sujeições para o atendimento de interesses públicos.
As prerrogativas deste regime são decorrência do Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o
Privado. O ente administrativo de direito público gozará de um conjunto maior de poderes e faculdades de
agir para que o interesse público possa sempre prevalecer.
As sujeições deste regime são decorrência do Princípio da Indisponibilidade, que impõe para a Administração
de direito público maiores obrigações e deveres de agir.
Corrente moderna (filiada ao direito alemão): a instrumentalização das prerrogativas e sujeições decorre dos
princípios, e a materialização das prerrogativas e sujeições decorre dos poderes.
3. Poderes administrativos:
Na corrente clássica, as prerrogativas e sujeições eram instrumentalizadas através dos princípios e poderes
administrativos.
Na corrente moderna, filiada ao direito alemão, as prerrogativas e sujeições são instrumentalizadas a partir
dos princípios administrativos e materializadas através dos poderes administrativos.
3.1. Poderes próprios da Administração de Direito Público: são 04 os poderes clássicos e 03 os modernos:
a. Poderes clássicos:
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Judiciário: juízes desembargadores e ministros. Para exercer a jurisdição, todos os membros da
magistratura possuem as mesmas prerrogativas e sujeições. Logo, a magistratura é
horizontalizada. Não há hierarquia.
Para o exercício das competências e atribuições constitucionais, de suas funções típicas, tanto a
magistratura quanto os parlamentares estão organizados horizontalmente, sem hierarquia.
Relação de hierarquia: aquele que ocupa nível superior goza de maiores prerrogativas
administrativas, entre elas:
o O superior tem o poder de controle e revisão de ofício dos atos de seus
subordinados, podendo ainda anular aqueles que entender ilegais, e também
revogar aqueles que entender inoportunos ou inconvenientes para o interesse
público;
o O superior tem o poder de definir as ordens de funcionamento interno da
estrutura administrativa, tal como os atos ordinatórios. Exemplos: circulares,
avisos, portarias, etc.;
o O superior tem o poder de dar ordens hierárquicas sobre os subordinados;
Relação de subordinação: aquele que ocupa nível hierárquico inferior está submetido à
maiores sujeições, tal como o dever hierárquico de obediência.
2. Poder disciplinar: é uma decorrência da hierarquia, porem constitui poder próprio. Trata-se de
um poder-dever, pois o superior hierárquico tem o dever de agir de ofício ou por provocação para
investigar, apurar, infrações de seus subordinados e punir administrativamente aqueles que
foram condenados, sob pena de o superior responder por crimes de prevaricação,
condescendência criminosa, e ainda, punições administrativas por infração funcional e até
improbidade administrativa, quando a omissão for dolosa.
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3. Poder normativo: também chamado de “Poder regulamentar”.
Trata-se de poder extraordinário atípico conferido pela CF ao chefe do Executivo para editar
atos normativos, tal como Decretos e Regulamentos.
Como regra, o art. 84, inciso IV, CF, prevê que estes Decretos e regulamentos, decorrentes de
uma previa lei autorizadora, poderão ser editados livremente – são, portanto, Decretos e
regulamentos derivados de leis.
Caso tenha sido proposto ADIN contra a Lei da qual o regulamento ou Decreto deriva será
possível puxar para o mérito da ADIN a validade do decreto ou regulamento através da
“inconstitucionalidade por arrastamento”.
Excepcionalmente, o art. 84, IV, autoriza expedição de decretos autônomos que não
dependem de prévia lei autorizadora. Quando este decreto ou regulamento autônomo
colidir com a Constituição será inconstitucional e poderá ser atacado por ADIN.
4. Poder de policia: art. 5º confere conjunto de direitos individuais, e ao longo da CF dispõe que
estes direitos não podem ser invocados em prejuízo do interesse público que é supremo. É
preciso alcançar equilíbrio, e esse equilíbrio é alcançado pelo poder de polícia.
Segundo a Teoria da Convivência das Liberdades Públicas, atribuída a professora Ada Pelegrini
Grinover todos os direitos individuais devem ser exercídos sem prejudicar o interesse coletivo, e
com isso, a CF define a relativização dos direitos individuais, deixando claro que no Brasil não
existe direito individual absoluto.
Cabe à Administração de Direito Público exercer fiscalização preventiva para garantir essa
convivência das liberdades públicas através do “poder de polícia”.
Logo, poder de polícia é o poder de fiscalização geral da Administração pública sobre o exercício
dos direitos individuais.
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Quando a fiscalização for divisível e mensurável, caberá ao usuário remunerar o Estado pagando
taxa tributária do art. 77/CTN.
Quando a fiscalização não for nem divisível e nem mensurável (policia militar, bombeiros, etc.) o
usuário remunera de forma indireta pagando impostos.
A lei confere a competência para o poder de polícia exclusivamente para entes administrativos de
Direito Público.
o Coercitividade: o Estado pode empregar a sua força pública para fazer valer seu poder de
polícia, podendo ainda, aplicar sanções e punições, independentemente do Judiciário.
Poder extroverso:
Poder de autotutela:
Poder discricionário:
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