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DALMO AZEVEDO
SUMÁRIO
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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. DALMO AZEVEDO
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Antes de falarmos diretamente sobre o assunto Organização da Administração Pública, faz-
se necessário entender primeiro o conceito próprio de Administração Pública. Então, VAMOS AO
ESTUDO!!!
1 – CONCEITO
Algumas informações importantes devem ser tratadas para estudarmos de forma correta a
Administração Pública. Indireta.
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Vale salientar aqui que somente a AUTARQUIA é classificada como Pessoa Jurídica de Direi-
to Público. Os outros entes são de Direito Privado, apesar de respeitarem regras do Direito Público.
Por isso dizemos que possuem Natureza Jurídica HÍBRIDA.
Outro detalhe interessante é quanto a CRIAÇÃO dos entes. AUTARQUIAS são criadas dire-
tamente por Lei Específica. O s outros entes são criados através de AUTORIZAÇÃO.
Por fim, o ato constitutivo das AUTARQUIAS é a própria lei que a criou. Já as FUNDAÇÕES
PÚBLICAS precisam de uma Lei Complementar para determinar suas ações e estabelecerem início
de seu funcionamento. SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS precisam regis-
trar seus atos na JUNTA COMERCIAL antes de começarem a existir de fato.
Para finalizar, é necessário estabelecer uma distinção entre as Sociedades de Economia
Mista e as Empresas Públicas, que, até aqui, possuem a MESMA formalização dentro de todos os
aspectos observados nos parágrafos anteriores.
Sociedade de Economia Mista: Seu capital deve ser de pelo menos 50% + 1 ação do Poder
Público, devendo possuir Controle Acionário. Só pode ser constituída na forma de Socieda-
de Anônima.
Empresa Pública: Seu capital de constituição deve ser 100% público. Pode ser constituída
sob qualquer forma societária, inclusive Sociedade Anônima.
Ambas podem ser constituídas nas formas dos artigos 173 e 175 da CF. No caso de constituição
pela formalidade do Artigo 173, serão Exploradoras de Atividade Econômica. No caso de consti-
tuição pela formalidade do artigo 175, serão Prestadoras de Serviço Público.
Com a edição da Lei 13.303/2016, as Empresas Estatais (SEM e EP) passaram a ter uma re-
gulamentação especial, com regras específicas de organização e funcionamento. Podemos des-
tacar como principais pontos dessa lei:
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V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político-
administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a pró-
pria empresa ou sociedade.
§ 3o A vedação prevista no inciso I do § 2o estende-se também aos parentes consanguíneos ou
afins até o terceiro grau das pessoas nele mencionadas.
Hipóteses específicas de licitação dispensada (art. 28, §3º), dispensável (art. 29) e inexigível
(art. 30) – Destaque para os valores para licitação dispensável que foram alterados, sendo
R$100 mil para obras e serviços de engenharia e R$50 mil para demais serviços e compras;
Princípios (art. 31);
Orçamento com estimativa de preços em regra deve ser sigiloso, somente podendo ser di-
vulgado mediante justificativa ou quando o julgamento for por maior desconto (art. 34);
Prazos para divulgação do edital conforme o critério de julgamento empregado (art. 39);
Inversão das fases de julgamento e habilitação (art. 51);
Modos de disputa aberto, com possibilidade de apresentação de lances, ou fechado, sem
lances (art. 52);
Critérios de julgamento: menor preço, maior desconto, melhor combinação de técnica e
preço, melhor técnica, melhor conteúdo artístico, maior oferta de preço, maior retorno eco-
nômico e melhor destinação de bens alienados (art. 54);
Negociação com o primeiro colocado para obtenção de condições mais vantajosas, podendo
ser extensível aos demais licitantes quando o preço do primeiro colocado, mesmo após a
negociação, permanecer acima do orçamento estimado (art. 57);
Fase recursal única, como regra (art. 59);
Duração dos contratos, como regra, de cinco anos, admitidas determinadas exceções (art.
71);
Alteração dos contratos apenas por acordo entre as partes, ou seja, não pode haver altera-
ção unilateral pela estatal (art. 72);
O contratado pode (não é obrigado) aceitar alterações dos quantitativos, como regra, até
25% para acréscimos ou supressões (art. 81);
Regimes de contratação integrada ou semi-integrada (art. 42).
3.2 – AUTARQUIAS
Art. 5º,I DL 200/67 “Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”
Exemplos de Autarquias: INSS, BANCO CENTRAL.
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Comum ou Ordinária: São as autarquias naturais, que apresentam todas as características básicas
do conceito legal de autarquia;
Fundações Públicas de Direito Público (Autarquia Fundacional): Fundações instituídas pelo Poder
Público que assumem a gestão de serviço estatal e se submetem a regime administrativo previsto,
nos Estados-membros, por leis estaduais. Exemplo: Fundação Banco do Brasil.
Agências Reguladoras (Em Regime Especial): Agência reguladora é uma Pessoa Jurídica de Direito
Público Interno cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da eco-
nomia de um país. Exemplos: ANVISA, ANEEL, ANAC, EMBRATUR.
Territórios Federais (Autarquias Territoriais): Não existem atualmente territórios no brasil.
Conselhos de Classe: Apesar do previsto no art. 58 da Lei 9.649/98 (Conselhos de Classe teriam
natureza de Pessoas Jurídicas de Direito Privado), o STF em julgamento da ADIN 1717 determinou
como inconstitucional tal determinação. Com isso, Conselhos de Classe voltaram a se caracterizar
como Autarquias. Exemplos: OAB, CRA, CRM.
Prazos Processuais: Art. 183.CPC/15 A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as
suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Remessa Necessária: Art. 496. CPC/15 Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na
causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito pú-
blico;
Imunidade Tributária Recíproca de Impostos: Art. 150. CF/88 Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finali-
dades essenciais ou às delas decorrentes.
Bens Autárquicos: Considerados bens públicos, com todas as suas prerrogativas (Inalienabilidade,
Impenhorabilidade, Impossibilidade de Oneração e Imprescritíveis). Esse assunto será estudado em
capítulo específico.
Regime de Precatório: Art. 100. CF/88 Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a
designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos
para este fim.
Art. 5º,IV DL 200/67 Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de di-
reito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvol-
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vimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e fun-
cionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
4 – AGÊNCIAS EXECUTIVAS
São técnicas administrativas utilizadas pela Administração Pública, seja ela Direta ou indire-
ta. Vamos a elas:
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7 – TEORIA DO ÓRGÃO
8 – AGENTES PÚBLICOS
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9 – TERCEIRO SETOR
Também chamados Entes de Cooperação ou Entes Paraestatais, são Pessoas Jurídicas de
Direito Privado que não fazem parte da Administração Pública, mas cooperam na consecução de
alguns fins públicos.
São eles:
PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
Legalidade Administrativa: O Administrador Público só poderá fazer aquilo que a lei MANDA
ou AUTORIZA.
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PODERES ADMINISTRATIVOS
1 – PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A legislação oferece para a Administração Pública competências (poderes-deveres). São
atribuições vinculadas a obrigações. São os chamados poderes relacionais.
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Poder Vinculado: A Administração não tem opção, deve seguir a ordem na forma recebida.
Poder Hierárquico: Encontrado dentro da mesma Pessoa Jurídica. Pode ocorrer de duas
formas:
Delegação: A competência do superior é transferida temporariamente para um su-
bordinado.
Poder Normativo: Poder indelegável e privativo dos chefes do executivo para expedir de-
cretos e regulamentos com objetivo de dar fiel execução a lei.
Poder de Polícia: Art. 78, CTN - Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependen-
tes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à proprie-
dade e aos direitos individuais ou coletivos.
Pode ser Administrativa (Prevenção e Normatização) e Judiciária (Repressão de infrações).
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SERVIÇOS PÚBLICOS
1 – CONCEITO
Fundamentado pela Constituição Federal, em seu artigo 175, faz parte da Ordem Econômi-
ca e Financeira da Federação.
Art. 175 - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Faz-se necessário esclarecer que Poder Público, como chamado na Constituição, é sinônimo
de Administração Pública, ok?
Quando prestado por Administração Pública Direta ou Indireta, a Prestação é DIRETA.
Quando por delegação, Prestação INDIRETA.
2 – CARACTERÍSTICAS
3 – ATIVIDADES PÚBLICAS
4 – ELEMENTOS DEFINIDORES
Gerais (Uti Universi): Tem natureza indivisível, prestado a toda coletividade, indeterminan-
do assim os usuários de sua prestação. Custeados pelo Estado, através de receitas advindas
de impostos.
Individuais (Uti Singuli): Natureza divisível, prestado a um usuário determinável, custeados
mediante cobrança de taxas ou tarifas proporcionais ao consumo individual do serviço.
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Próprios (Exclusivos):
Delegáveis: Prestados pelo Estado diretamente, através da Centralização, ou por
delegação (Concessão, Permissão ou Autorização), através da Descentralização.
Indelegáveis: Somente prestado por Centralização ou por Pessoa Jurídica de Direito
Público da Administração Indireta.
Delegação Obrigatória: Apesar de exclusivos do Estado, sua delegação é obrigató-
ria, sua prestação não pode ser apenas do Estado diretamente. Ela deve oferecer
sua delegação a interessados. Ex: Serviços de Comunicação.
Impróprios (Não-Exclusivos): Serviços que o particular poderá, por conta própria, prestar
em paralelo ao Estado, mediante fiscalização do Estado. Ex: Educação, Saúde. São chama-
dos Serviços de Utilidade Pública.
Essenciais: Deve ser garantido pelo Estado, que não poderá exercê-lo com intuito de lucro.
Úteis: Prestações úteis ou convenientes a sociedade, apesar de não serem essenciais.
Administrativos: Refere-se às atividades internas da Administração Pública, que beneficiam
indiretamente a sociedade.
Sociais: Diretamente relacionados aos Direitos Fundamentais Sociais, não podendo ser de-
legados a particulares, mas livremente exercidos por eles.
Econômicos: Relacionados a atividades econômicas, podendo ser realizadas com o intuito
de lucro. Delegável a particular.
6 – COMPETÊNCIAS
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Isonomia: Além do tratamento igual que deve ser dado a todos que se encontram em
igualdade na prestação, abrange toda ação positiva do Estado para igualar também os que
se encontram em situação desigual. Ex: A Lei 8987 determina que as concessionárias de-
vem oferecer, no mínimo, 6 datas de vencimento para pagamento de serviços.
Responsabilidade Civil:
Responsabilidade de Concessionárias (Concessão Comum) é OBJETIVA perante o usuário e
terceiros não usuários, segundo o STF.
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iniciar um Processo Administrativo para apuração das irregularidades. O Processo não po-
derá ter duração superior a 180 dias. Após o período de apuração, caso não seja apurada ir-
regularidade, o Estado através de decreto extinguirá a intervenção. Caso a irregularidade
seja comprovada, será feita extinção da concessão por CADUCIDADE.
Ocupação Temporária de Bens: No caso de possível descontinuidade da prestação pela
concessionária, poderá ocorrer a OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA DE BENS. O Estado, para garan-
tir a continuação da prestação do serviço, ocupa os bens da concessionária. Ao final da
ocupação, os bens são devolvidos e, caso durante o período de ocupação tenha ocorrido
algum dano aos bens, o Estado pagará indenização.
Aplicação de Penalidades: Possibilidade de penalizar com Advertência, Proibição de contra-
tar com o poder público, Declaração de inidoneidade e Multa.
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ATOS ADMINISTRATIVOS
1 – CONCEITO
Ato administrativo é uma manifestação unilateral de vontade do Estado que gera um ato
jurídico, capaz de CONSTITUIR, EXTINGUIR, RESGUARDAR OU DECLARAR direitos, bem como IM-
POR OBRIGAÇÕES INTERNAMENTE OU AOS PARTICULARES.
Importante salientar que, quando o Estado realiza atos regido predominantemente pelo
direito privado, este está agindo por ATO DA ADMINISTRAÇÃO, e não por um ATO ADMINISTRATI-
VO. Quando atua sem manifestação de sua vontade, está produzindo uma ATO MATERIAL (FATO
ADMINISTRATIVO). Quando pratica atos em exercício da função política, são ATOS POLÍTICOS.
Vale ressaltar também que o SILÊNCIO DO ESTADO também pode ser considerado uma
forma de manifestação de vontade.
2 – ELEMENTOS
Competência: Poder conferido por Lei a um agente para o desempenho de suas atividades.
É um elemento IRRENUNCIÁVEL, mas em certas situações pode ser DELEGADO ou AVOCA-
DO. Competência para um ato administrativo é IMPRESCRITÍVEL. EXTRAPOLAR COMPETÊN-
CIA SIGNIFICA EXCESSO DE PODER.
Finalidade: Todo ato administrativo tem como finalidade o INTERESSE PÚBLICO. Ato admi-
nistrativo que busca finalidade diversa da prevista em lei configura DESVIO DE FINALIDADE.
Forma: De regra, atos administrativos são FORMAIS, ou seja, devem respeitar procedimen-
tos pré-determinados em lei.
Motivo: Previsão legal que fundamenta a produção do ato. Todo ato depende de um moti-
vo, mas nem todo ato requer a motivação explícita, somente aqueles previstos em lei. Pode
ser utilizado um parecer anterior como base para anulação de um ato (MOTIVAÇÃO
ALIUNDE).
Objeto: Pode se confundir com o conteúdo do ato. O objeto é a própria declaração cons-
tante no ato.
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Quanto a Formação:
Simples: A perfeição do ato depende da manifestação de um único órgão;
Complexo: Depende da manifestação de dois órgãos independentes com vontades
similares;
Composto: Depende da manifestação de uma vontade principal e outra acessória,
com vínculo de dependência.
Quanto a Abrangência:
Geral: O ato atinge uma coletividade indeterminada, enquadradas em uma situação
fática descrita pelo ato;
Individual: Tem por objeto indivíduos específicos.
Súmula Vinculante nº 3 - Nos processos perante o Tribunal de
Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado,
excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão
inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Quanto ao Conteúdo:
Normativos: Expedem normas gerais dentro dos limites da lei – Decorre do Poder
Normativo. São exemplos: regulamento, decreto, regimento e resolução;
Ordinatórios: Praticados para ordenação interna da atividade pública – decorre do
Poder Hierárquico. São exemplos: instruções, avisos, ofícios, portarias, ordens de
serviço ou memorandos;
Enunciativos: Atestam fatos ou emitem opinião. São exemplos: certidões, atestados
e pareceres;
Punitivos: Aplicação de sanção ou penalidade. São exemplos: multa administrativa,
interdição administrativa, destruição de coisas e afastamento temporário de cargo
ou função pública;
Negociais: Concedem requerimentos do particular. São exemplos: licença, autoriza-
ção e permissão.
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Atos administrativos podem ser extintos de forma natural (advento do termo ou cumprimen-
to do objeto), por desaparecimento de coisa ou pessoa, por renúncia ou por retirada. Vamos ana-
lisar as possiblidades de retirada do ato administrativo.
Súmula 473 do STF “a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveni-
ência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apre-
ciação judicial”.
Anulação: Contra ato ILEGAL praticado pela Administração. Vício encontrado em um ato
praticado vai gerar a efetiva anulação, que deve ser manifestado pela própria Administra-
ção ou por atuação impulsionada do Poder Judiciário. Anulação de ato retroagirá ao mo-
mento de sua exteriorização.
Revogação: Contra ato LEGAL praticado Administração. Por conveniência ou oportunidade,
a Administração considera necessário revogar, retirar da existência, o ato anteriormente
praticado. Atenção: Revogação NÃO PODE OCORRER por força de decisão do Poder Judiciá-
rio. Revogação de ato não retroagirá ao momento da exteriorização do ato.
Cassação: Descumprimento de requisitos que permitam a manutenção do ato. O ato se
torna ilegal durante a execução. Em sua origem, era um ato legal.
Caducidade: Ato se torna ilegal durante a execução em virtude do surgimento de uma nova
legislação.
Contraposição / Derrubada: Prática de ato novo retira ato anterior.
Quando nos deparamos com um ato administrativo viciado, devemos classificar o tipo de
vício encontrado, conforme estabelecido na lei 9.784/99. Tal vício pode ser:
Sanável: O ato anulável pode ser corrigido. Ocorre em vícios de Competência e Forma.
Insanável: Os atos são nulos de origem. Ocorre nos casos de vícios de Finalidade, Motivo e
Objeto.
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Para que um vício seja considerado sanável, é necessário observarmos alguns requisitos para
sua convalidação. O ato só pode ser sanado quando eivado de um vício causado por BOA-FÉ, NÃO
PODE GERAR PREJUÍZO A ADMINISTRAÇÃO NEM A TERCEIRO e deve existir INTERESSE DA ADMI-
NISTRAÇÃO EM SANÁ-LO.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1 – CONCEITO DE CONTRATOS
Contrato, em geral é um acordo de vontade firmado entre pessoas capazes, com objeto líci-
to, possível, determinado ou determinável, com forma prescrita ou não-defesa em lei.
Quando falamos em contratos, devemos observar certas características que o definem:
o Negócio Jurídico;
o Versa sobre autonomia de vontades;
o Apresenta interesses opostos;
o Subordinação entre as partes;
o Legalidade;
o Força das obrigações das convenções.
De posse dessas informações, podemos estabelecer melhor o que são os contratos da adminis-
tração.
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3 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Contratos Administrativos são todos os negócios jurídicos firmados com a própria Adminis-
tração Pública como Pessoa Jurídica de Direito Público, para defesa de interesse público, com con-
dições previamente estabelecidas.
Regime Jurídico de Direito Público, sob regime de prerrogativas e sujeições.
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Consórcio Público: Contrato administrativo multilateral, pois existem várias partes envolvi-
das com interesses comuns. Só pode ser firmado por entidades federativas. Além disso, há
uma personificação no contrato, quando as entidades federativas criam uma nova Pessoa
Jurídica para gerirem o consórcio.
Parceria Público-Privada: Contrato administrativo com repartição objetiva dos riscos entre
o parceiro privado (particular) e o parceiro público (Estado). É uma concessão com duração
entre 5 e 35 anos, tendo como valor mínimo de objeto vinte milhões de reais administrada
por uma Pessoa Jurídica de Propósito Específico - Pessoa Jurídica não incorporada na Ad-
ministração Pública cuja maioria do capital votante ficará na mão da iniciativa privada.
BENS PÚBLICOS
1 – CONCEITO
Art. 98. CC São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Apesar do previsto no Art. 98 do Código Civil, devemos entender bens públicos como aque-
les que, mesmo sendo privados, estejam atrelados à execução de um serviço público.
2 – CLASSIFICAÇÃO
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Podemos classificar bens de uso especial em: DIRETO – compõem a máquina administrativa (car-
ro, prédio) e INDIRETO – conservado pelo Estado, com finalidade pública específica (terras indí-
genas).
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como obje-
to de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
3 – AFETAÇÃO X DESAFETAÇÃO
4 – PRERROGATIVAS
Impenhorabilidade: Bens públicos não admitem constrição judicial. Mesmo sendo um bem
dominical (ou dominial), sendo bem público não poderá sofrer procedimento de penhora.
Imprescritibilidade: O bem público não poderá sofrer usucapião, não poderá ser adquirido
pelo decurso do tempo.
Súmula 340 STF - Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais
bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
Não Onerabilidade: Os bens não poderão ser submetidos a bens reais de garantia (penhor,
hipoteca, anticrese). O Estado não poderá dar como garantia real de um débito um bem
público.
Inalienabilidade Relativa ou Alienabilidade Condicionada: Bem público só poderá ser alie-
nado se respeitado o estabelecido em lei.
Art. 100. CC Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, en-
quanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. CC Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 17. Lei 8.666/93 A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes
normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, depen-
derá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos se-
guintes casos:
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes
casos:
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2 - DEFINIÇÃO
3 – ELEMENTOS ESSENCIAIS
Dano: Deve ser efetivo, e não virtual. É necessária a ocorrência efetiva do dano para possi-
bilidade de proposição de ação de indenização. Pode ensejar indenização por dano material
ou moral, cabendo cumulação.
Conduta do Agente Público: A configuração da responsabilidade do Estado somente se da-
rá se o dano efetivo tiver sido resultado de uma ação ou omissão de um agente público na
qualidade de agente, ou seja, atuando em nome do Estado. Não há exigência de demons-
tração de dolo ou culpo por parte do agente.
Nexo Causal: A demonstração do relacionamento direto entre a conduta e o dano, forman-
do o vínculo necessário para configuração do poder de ação.
Súmula 37 STJ
São cumuláveis as indenizações por dano material e dano
moral oriundos do mesmo fato.
Vale destacar nesse momento que, diferente da Responsabilidade Civil Privada, a Responsabili-
dade Civil Pública não exige demonstração de ilicitude ou subjetividade.
Importante ressaltar também que, no caso de conduta comissiva do agente a Responsabili-
dade Civil será OBJETIVA. No caso de conduta omissiva( exceto situação referente a Teoria do Risco
Criado, que será estudada a seguir), será SUBJETIVA, pois a omissão deverá ser comprovada para
afirmação do nexo causal.
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4 – TEORIAS APLICÁVEIS
INTERVENÇÃO DO ESTADO
NA PROPRIEDADE PRIVADA
1 - DEFINIÇÃO
2 – INTERVENÇÃO SUPRESSIVA
2.1 - DESAPROPRIAÇÃO
Art. 5§ XXIV CF - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utili-
dade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalva-
dos os casos previstos nesta Constituição;
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções soci-
ais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
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§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imó-
vel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títu-
los da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas cultu-
ras ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e rever-
terá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Art. 2º § 2o DL 3.365/41 - Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territó-
rios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer
caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.
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Fase Executória: Necessariamente deve ocorrer dentro do prazo legal. A declaração caduca
em: 5 anos quando declaração for de necessidade ou utilidade pública e 2 anos se for por
interesse social. Caso o prazo não seja respeitado, nova declaração só poderá ocorrer de-
pois do prazo de carência de 1 ano. A execução da desapropriação poderá ser realizada por
qualquer ente federado ou até por entes da administração indireta, consórcios públicos ou
concessionárias de serviços públicos.
2.1.10 – RETROCESSÃO
3 – INTERVENÇÃO RESTRITIVA
Restrição de caráter geral, atingindo uma quantidade indeterminada de bens. Não é passí-
vel de indenização, salvo comprovação de prejuízo específico. Possui efeito ex nunc.
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Restrição de caráter específico, sendo um direito real que recai sobre o imóvel. O prédio
privado será serviente ao serviço público, que será o dominante. Ocorre indenização prévia. Pode
ser instituída por acordo, decisão judicial ou lei.
Art. 5§ XXV CF - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de pro-
priedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Diferente da requisição administrativa, aqui não há perigo iminente. Pode ocorrer em casos
em que, por exemplo, o Estado utiliza terrenos vizinhos para manter maquinário e equipamento
relacionado a uma obra em realização. Ou quando o Estado utiliza uma propriedade para instalação
de zona eleitoral durante pleito eleitoral.
Tem caráter provisório e haverá indenização prévia.
3.5 – TOMBAMENTO
Institui restrições sobre determinado bem com o fim de preservar o seu patrimônio históri-
co, artístico e cultural. Incide sobre bens corpóreos, materiais. No caso de bem incorpóreo a prote-
ção se dá através de registro ambiental e não tombamento. Pode ocorrer tombamento por qual-
quer ente federado, inclusive o tombamento pode ocorrer por mais de uma vez. Ex: Tombado pelo
Estado e pelo Município.
Decorre do ato de tombamento:
Obrigação de Fazer: Conservação;
Obrigação de Não Fazer: Não destruir e nem modificar;
Obrigação de Suportar: Fiscalização do Estado.
Todo servidor público terá sua função regida por um Estatuo. No caso dos FEDERAIS, a Lei
8.112/90 será a responsável por esse controle.
Antes de mais nada, se faz necessário entender o termo REGIME JURÍDICO ÚNICO.
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Uma breve história: Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, através do art.
39, ficou estabelecido que União, Estados, Distrito Federal e Municípios deveriam adotar um re-
gime jurídico único, ou seja, determinar a regência de seus servidores (abrangidos por sua jurisdi-
ção) através da regime de Direito Público ou de Direito Privado.
Em 1990, com a edição da Lei 8.112, a União se decidiu pelo regime estatutário. Porém,
alguns servidores da União naquele momento eram regidos pela CLT. Para resolver esse conflito,
a Lei 8.112 trouxe em seu art. 243 §1º a conversão destes para servidores públicos.
Art. 243. § 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por
esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.
Porém, com a Emenda Constitucional 19 de 1998, o caput do artigo 39 foi alterado, extin-
guindo assim o Regime Jurídico Único. Surgiu a possibilidade de seleção entre os regimes de tra-
balho. Para não “enrolar” demais a situação, foi editada a Lei 9.962/00 pela União, regendo a
situação dos CELETISTAS que trabalhavam para a União.
Bagunça armada, bagunça resolvida. Em 2007, o STF decidiu pela perda da eficácia do
artigo 39 da CF, retomando a interpretação do artigo primitivo como atual. Pronto, voltamos a
viver sobre a chancela do Estatuto.
Coisa de maluco né, mas determinante para começarmos nosso trabalho.
Para ocupação de um cargo público, tal cargo deve ser provido a alguém. Para isso, o Esta-
tuto do Servidor determinou, de forma TAXATTIVA, as formas de acesso ao cargo. Vamos a elas.
Tais formas de provimento seguem uma classificação bem simples. Provimento Originário
e Provimento Derivado, sendo a NOMEAÇÃO a única forma reconhecida como de provimento ori-
ginário.
Necessário se faz estabelecer aqui uma interessante distinção entre as situações de acesso
ao cargo público.
Efetiva Comissionada
Acesso ao cargo somente me- Acesso mediante livre nomeação
diante Concurso Público e livre exoneração.
Garante Estabilidade ao Não existirá estabilidade nem análise de
Servidor após aprovação desempenho através de Estágio.
em Estágio Probatório
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2.1 – NOMEAÇÃO
Ato administrativo de convocação de um aprovado em concurso anterior para assunção de
cargo público. A nomeação é apenas um chamamento ao acesso ao cargo. Para efetivo acesso,
deve-se observar a seguinte sequência.
NOMEAÇÃO
POSSE
EXERCÍCIO
IPC!!!! Da data da nomeação até a posse, o prazo será de 30 dias. Caso não seja respeitado esse
prazo, o ato de nomeação se tornará sem efeito.
IPC2!!! Da data da posse para o exercício efetivo do cargo, o prazo será de 15 dias. Caso não seja
respeitado esse prazo, o servidor será exonerado do cargo.
Requisitos para posse:
Declaração de Bens e Valores;
Atestado Médico oficial;
Caso seja necessário, a posse pode ser feita mediante Procuração Específica.
No caso de exercício, só poderá ser realizado pelo próprio servidor, por ser um instituto
personalíssimo.
Art. 41 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
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2.2 – PROMOÇÃO
Não está regulada, apesar de prevista, pela Lei 8.112. Sua definição é doutrinária.
Promoção é a troca de nível ou classe DENTRO DO MESMO CARGO. De acordo com a lei
que cria o cargo dentro da Instituição, fica estabelecida a progressão funcional dentro da carreira.
Aí entra a promoção.
2.3 - READAPTAÇÃO
Ocorre quando o servidor sofre uma limitação, temporária ou definitiva, em suas faculda-
des físicas ou mentais. Após o período de licença para tratamento médico (de no máximo 24 me-
ses), o servidor deverá retornar ao serviço. Dependendo do grau da lesão sofrida, o servidor poderá
ser aposentado por invalidez ou readaptado em outra função de remuneração e requisitos compa-
tíveis com a original.
2.4 - REVERSÃO
2.5 – REINTEGRAÇÃO
É o retorno do servidor estável através da anulação de uma demissão injusta por via judici-
al.
IPC!!! No caso de imputação de infração que gere ações tanto na esfera administrativa quanto na
criminal, caso o servidor seja ABSOLVIDO na esfera criminal por NEGATIVA DE AUTORIA ou INE-
XISTÊNCIA DE FATO a demissão gerada pelo PAD será automaticamente anulada, obrigando a
reintegração do servidor. Caso seja absolvido por FALTA DE PROVAS, não existirá a reintegração.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição cri-
minal que negue a existência do fato ou sua autoria.
2.6 - APROVEITAMENTO
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Pode ocorrer em duas situações: inabilitação em estágio probatório ou por conta do retor-
no do reintegrado.
IX – falecimento.
4 – FORMAS DE DESLOCAMENTO
São formas de movimentação de servidor que não geram nem provimento nem vacância de
cargo público.
4.1 – REMOÇÃO
Art. 36. Lei 8.112 Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mes-
mo quadro, com ou sem mudança de sede.
4.2 - REDISTRIBUIÇÃO
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbi-
to do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia aprecia-
ção do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
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II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou enti-
dade.
4.3 – SUBSTITUIÇÃO
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo
de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, pre-
viamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 1.º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o
exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, im-
pedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá
optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
§ 2.º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou
de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular,
superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que
excederem o referido período.
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organiza-
das em nível de assessoria.
5 – SISTEMA REMUNERATÓRIO
5.2 – PROVENTO
5.3 – SUBSÍDIO
Parcela única percebida pelo servidor em conta de seu cargo. Pode ser percebido de forma
obrigatória (carreira pré-determinada na Constituição Federal) e facultativo (cargos instituídos em
carreira).
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5.4 – VANTAGENS
Art. 49 Lei 8.112. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condi-
ções indicados em lei.
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de conces-
são de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico funda-
mento.
5.4.1 – INDENIZAÇÕES
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no
interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter
permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge
ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede.
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar
as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
dispuser em regulamento.
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização
de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições pró-
prias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
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Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as
seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
II - gratificação natalina;
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
Gratificação Adicionais
Periculosidade, Insalubrida-
Função de Confiança de, Atividades Penosas
Natalina Adicional Noturno
Certificação por Encargos
de Cursos e Concursos Férias
6 – LICENÇAS
Sem remuneração;
Não conta como efetivo exercício;
Prazo indeterminado.
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Licença remunerada;
Conta como efetivo exercício.
7 – CONCESSÕES
8 – RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
O servidor público sempre terá sua responsabilidade analisada de forma SUBJETIVA, de-
terminando dolo ou culpa de seus atos. Assim, o servidor em atuação poderá responder não so-
mente na esfera administrativa mas, de acordo com os resultados de seu ato, responderá também
nas esferas cível e criminal.
Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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Lei 8.112/90
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si.
No caso de ato que cause prejuízo ao erário, o servidor terá um prazo de 30 dias para res-
sarcir os cofres públicos, podendo em negociação parcelar a devolução, com valor da parcela no
mínimo de 10% do valor da remuneração, do provento ou da pensão do servidor. No caso de rece-
bimento de pagamento indevido, paga-se em uma única parcela. Se o servidor estiver em débito no
momento da demissão, terá um prazo de 60 dias para pagar a dívida. Caso não pague, entrará na
dívida ativa.
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9 – PENALIDADES
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do
art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamenta-
ção ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
II - suspensão;
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência
e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demis-
são, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recu-
sar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser conver-
tida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não hou-
ver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na
atividade, falta punível com a demissão.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos
IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo
de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou
destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
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Penalidade Competente
Presidente da República
Presidente das Casas Legislativas
Presidente dos Tribunais Federais
Demissão Procurador Geral da República
Suspensão mais de 30 dias Autoridades inferiores das acima
Chefe da repartição e outras, na forma do regulamento ou
Suspensão até 30 dias regimento
Chefe da repartição e outras, na forma do regulamento ou
regimento
Destituição de cargo Autoridade que realizou a nomeação
Divide-se em:
LICITAÇÃO
A partir deste capítulo trataremos da Lei 8.666/93, que trata sobre o processo de licitação
estabelecido como obrigatório nas contratações administrativas pela Constituição Federal.
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Art. 37 XXI CF - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condi-
ções a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
1 – CONCEITO
A maior intenção da licitação sempre será identificar o fornecedor mais saudável econômi-
ca e tecnicamente, determinando assim a proposta mais VANTAJOSA dentre as apresentadas.
Licitar significa seguir uma sequência lógica de procedimentos. Primeiro deve-se estabele-
cer o objeto a ser contratado. Depois, deve-se estimar o valor da obra, serviço ou do bem a ser
licitado mediante pesquisa de mercado. Ainda, deve-se verificar se há previsão de recursos orça-
mentários para pagamento da despesa e se esta se encontrará em conformidade com a Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal. Assim, fica simples estabelecer qual a modalidade de licitação a ser utilizada,
sabendo que o pregão sempre será observado com prioridade especial quando o objeto tratar de
bens ou serviços comuns estabelecidos no Decreto 3.555/02.
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Art. 3º § 3º - A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu pro-
cedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Prazo do Modalidade
Edital
Concurso
Concorrência, no caso de regime de empreitada integral ou licitação do
45 dias tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”.
30 dias Concorrência, nos casos não especificados acima
Tomada de Preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou
“técnica e preço”.
15 dias Tomada de Preços, nos casos não especificados acima.
3 – MODALIDADES DE LICITAÇÃO
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Art. 22 § 3º - Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu ob-
jeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade ad-
ministrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá
aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com an-
tecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Concurso: Trabalho técnico, científico, artístico. Edital mínimo de 45 dias. Interessa deter-
minar a natureza do objeto, mas não o valor do contrato. Forma-se uma comissão especial
(servidores ou não) para determinar o vencedor.
Leilão: Quaisquer interessados, venda para maior lance, no caso de bens móveis inservíveis,
produtos apreendidos legalmente ou penhorados ou bem imóveis da Administração Públi-
ca (art. 19, III). O leilão só poderá ser utilizado até o limite do valor de R$650.000,00. Acima
desse valor, se torna obrigatório utilizar a modalidade concorrência.
Art. 22 § 5º - Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou supe-
rior ao valor da avaliação.
Pregão (Lei 10.520/02): Funciona para qualquer valor, pouco complexa, aceita lances ver-
bais, não conta o vulto do contrato. Os bens devem ser comuns, simples ou rotineiros.
Sempre busca o menor preço.
4 – DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
A própria Lei 8.666 estabelece momentos de exceção, em que a licitação deixará de ser
obrigada. A licitação será dispensada quando a própria lei determina não ser necessário fazer. Lici-
tação dispensável é caso de discricionariedade do Estado. Pode ser DESERTA (não aparecem inte-
ressados) ou FRACASSADA (aparecem interessados, mas todos são inabilitados ou desclassificados).
Veremos melhor mais adiante.
Inexigibilidade ocorrerá sempre que a licitação tornar a competição inviável. Vamos ver
melhor os dois casos.
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XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aé-
reas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aero-
portos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramen-
to, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e
desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23 desta Lei:
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio
logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada
idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento
de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras
e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art.
23;
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário,
permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e
controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado.
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no
âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a
transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida.
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração
indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de
consórcio público ou em convênio de cooperação
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas for-
madas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde
pública.
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativa-
mente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente desig-
nada pela autoridade máxima do órgão.
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças
Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao
preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força.
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a
prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de
dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes.
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema
Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da
direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção
tecnológica.
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de cisternas ou ou-
tras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde
produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar
órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão,
desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrati-
va e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecno-
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logia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e
que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço con-
tratado seja compatível com o praticado no mercado.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devida-
mente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades
autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia
e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer
esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso
de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas
habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
administração pública;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976,
mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se
tal atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso
de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros qua-
drados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por
órgãos ou entidades da administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na
Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e qui-
nhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais;
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e
conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
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c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtu-
de de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utiliza-
ção previsível por quem deles dispõe.
Por ser uma lei de caráter FEDERAL, apenas vincula a União aos seus dispositivos. Grande
parte dessa lei tratará diretamente das situações referentes ao ATO ADMINISTRATIVO, que estu-
damos anteriormente.
Essa lei atuará com a Administração Direta (União) e com a Administração Indireta (Autar-
quias Federais, Fundações Públicas Federais, Sociedades de Economia Mista Federal e Empresas
Públicas Federais), além dos Poderes Legislativo e Judiciário quando atuando com função atípica de
administração.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciá-
rio da União, quando no desempenho de função administrativa.
2 – PRINCÍPIOS
A lei 9.784 conterá muitos princípios já vistos. Só precisaremos estabelecer uma pequena
distinção para qualquer prova: quais são explicitados pela lei e quais estão implícitos nas tratativas
da lei. Vejamos:
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Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamen-
tos jurídicos, quando:
Informalismo: Não se segue uma forma específica, apenas nos casos previstos em lei.
Art. 2º
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
Oficialidade: Impulso Oficial. Dado início ao Processo, ele deverá ir até o final.
Art. 2ºA Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse pú-
blico e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito; (LEGALIDADE)
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competên-
cias, salvo autorização em lei; (IMPESSOALIDADE E INTERESSE PÚBLICO)
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
(IMPESSOALIDADE)
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; (MORALIDADE)
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constitui-
ção; (PUBLICIDADE)
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; (RAZOABILIDADE E PRO-
PORCIONALIDADE)
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; (MOTIVAÇÃO)
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; (SEGURANÇA
JURÍDICA)
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos
direitos dos administrados; (SEGURANÇA JURÍDICA)
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e
à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
(CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA)
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; (GRATUIDADE)
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; (OFICIA-
LIDADE)
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pú-
blico a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. (SEGURANÇA JURÍDICA)
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3 – DIREITOS E DEVERES
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que
lhe sejam assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter
vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de considera-
ção pelo órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por
força de lei.
Súmula Vinculante 5. A falta de defesa técnica por
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende
a Constituição.
Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato nor-
mativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos
em que figure como parte ou interessado
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental;
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irre-
versível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por
radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medici-
na especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.
4 – VEDAÇÃO DE DELEGAÇÃO
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei ex-
pressamente a exigir.
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realiza-
ção e a assinatura da autoridade responsável.
§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de auten-
ticidade.
§ 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.
§ 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas.
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Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve
ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - identificação do interessado ou de quem o represente;
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
8 – INTIMAÇÃO
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a inti-
mação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
§ 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de compare-
cimento.
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimen-
to, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
§ 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intima-
ção deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o com-
parecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autori-
dade competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para
efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimi-
zade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes
e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito sus-
pensivo.
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10 – DECISÃO PROCESSUAL
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrati-
vos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até
trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso ad-
ministrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo
máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante justi-
ficativa explícita.
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no
prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.
Súmula Vinculante 21. É inconstitucional a exigência de
§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
administrativa contraria enunciado da sú- admissibilidade
mula vinculante, caberá à autoridade pro- de recurso administrativo.
latora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à
autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo
disposição legal diversa.
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
(LEI 8.429/92)
Atendendo ao estabelecido no §4º do Art. 37 de nossa Constituição Federal, que reza “Os
atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da fun-
ção pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”, a Lei 8.429/92 foi criada de forma a regulamentar a
norma constitucional. Portanto, essa Lei tratará diretamente da questão IMPROBIDADE ADMINIS-
TRATIVA daí o motivo de sua total relevância para provas de Concursos Públicos.
1 – CONCEITOS
A Lei 8.429/92 determina, em seus primeiros parágrafos, quais agentes podem cometer
crime de Improbidade Administrativa. Conforme ensinamento do Prof. Hely Lopes Meirelles, agen-
tes públicos podem se classificar em:
Agentes Administrativos: Todas as pessoas físicas que exercem função pública a título de
profissão, de forma remunerada e sujeitos à hierarquia funcional do órgão ou entidade em
que estão lotados. Ex: Servidores Públicos, Empregados Públicos e Contratados Temporá-
rios.
Agentes Políticos: Todas as pessoas físicas cujas competências são definidas na própria
Constituição Federal e que gozam de independência funcional em seu exercício. Ex: Chefes
do Poder Executivo e seus auxiliares, Membros do Poder Legislativo, Magistrados, Mem-
bros do MP, Membros dos Tribunais de Contas.
Agentes Delegados: Pessoas físicas que exercem função pública por sua conta e risco em
nome próprio. Em regra, mediante delegação de poderes feita pelo Poder Público. Ex: Titu-
lar de Registro de Tabelionato, Leiloeiros, Concessionários e Permissionários.
Agentes Honoríficos: São aqueles que exercem função pública a título de “múnus público”,
em regra de forma voluntária sem vínculo com a Administração. Ex: Jurados, Mesários,
Conscritos.
Agentes Credenciados: Pessoas físicas investidas em certas funções públicas para desem-
penhar uma tarefa determinada ou para representar o Poder Público em evento ou soleni-
dade. Ex: Jurista que defende a Administração, Professor de Direito Internacional investido
na função de representar o Brasil em evento na ONU.
Lei 8.429/92
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados
contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício,
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de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se,
nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qual-
quer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente
público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qual-
quer forma direta ou indireta.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
CF/88
Art. 7º XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
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I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômi-
ca, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do
agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem
móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor
de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natu-
reza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o
trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a
prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra ativi-
dade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa so-
bre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida,
qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art.
1º desta lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física
ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das
atribuições do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer
natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,
providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acer-
vo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entida-
des mencionadas no art. 1° desta lei.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão,
dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos
bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no
art. 1º desta lei;
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II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das
entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao
de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia
insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com
entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do
patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a
sua aplicação irregular;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta
lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio
da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem
observar as formalidades previstas na lei.
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa
física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias
firmadas pela administração pública com entidades privadas;
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular
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XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou
manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de compe-
tência;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em
segredo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial,
teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas
pela administração pública com entidades privadas.
3 – DAS PENAS
Neste capítulo da Lei, observamos a forma de penalização daqueles que incorrem em atos tipificados
com ilícitos na atividade administrativa. Vale ressaltar a grande mudança ocorrida com o advento da Lei
12.120/09, que tornou as sanções dessa lei independentes, não sendo mais necessário observamos penaliza-
ção penal, civil ou administrativa para utilizarmos os “mandos” do artigo 12. Agora, as penalidades são im-
postas de forma ISOLADA ou ACUMULADA.
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica,
está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isola-
da ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento
integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos,
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
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II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de
cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração
percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majori-
tário, pelo prazo de três anos.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8
(oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
4 – DA DECLARAÇÃO DE BENS
Serão estabelecidas as regras referentes ao sistema de Declaração de Bens por parte da-
quele que assume a figuração de agente público.
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens
e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra
espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá
os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício
do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabí-
veis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a
prestar falsa.
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§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia
da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer nature-
za, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .
Lei 4.717/65
Art. 6º § 3º A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto
de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor,
desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal
ou dirigente.
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja ins-
taurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representan-
te, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que,
em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos
disciplinares.
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas
da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar
representante para acompanhar o procedimento administrativo.
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à
procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agen-
te ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Pro-
cesso Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e
aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
Vale salientar aqui que, por conta da Lei 7.347/85, a AÇÃO DE IMPROBIDADE terá por natu-
reza ser uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídi-
ca interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarci-
mento do patrimônio público.
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§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o dispos-
to no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965.
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da
lei, sob pena de nulidade.
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência
do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas
provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Pro-
cesso Civil.
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo
de quinze dias.
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se
convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via elei-
ta.
Recepção Citação
Petição Notificação (Contestação)
Inicial (Manifestação)
Não-Recepção Arquivamento
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o
processo sem julgamento do mérito.
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art.
221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal.
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente tributante que
figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar
nº 116, de 31 de julho de 2003.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havi-
dos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa
jurídica prejudicada pelo ilícito.
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiá-
rio, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos
materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
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Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julga-
do da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do
agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se
fizer necessária à instrução processual.
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Con-
tas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de
autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, po-
derá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
7 – DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confian-
ça;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a
bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas
entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.
Lei 8.112/90
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade e destituição de cargo em comissão;
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