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. 3 Agentes públicos. 3.1 Legislação pertinente. 3.1.1 Lei nº 8.112, de 1990 e suas alterações. 3.1.

2
Disposições constitucionais aplicáveis. 3.2 Disposições doutrinárias. 3.2.1 Conceito. 3.2.2 Espécies. 3.2.3
Cargo, emprego e função pública. 3.3 Carreira de policial rodoviário federal. 3.3.1 Lei nº 9.654, de 1998 e
suas alterações (carreira de PRF). 3.3.2 Lei nº 12.855, de 2013 (indenização fronteiras). 3.3.3 Lei nº 13.712,
de 2018 (indenização PRF). 3.3.4 Decreto nº 8.282, de 2014 (carreira de PRF). 4 Poderes administrativos.
4.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 4.2 Uso e abuso do poder. 5 Licitação. 5.1 Princípios.
5.2 Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. 5.3 Modalidades. 5.4 Tipos. 5.5 Procedimento. 6 Controle
da Administração Pública. 6.1 Controle exercido pela Administração Pública. 6.2 Controle judicial. 6.3
Controle legislativo. 7 Responsabilidade civil do Estado. 7.1 Responsabilidade civil do Estado no direito
brasileiro. 7.1.1 Responsabilidade por ato comissivo do Estado. 7.1.2 Responsabilidade por omissão do
Estado. 7.2 Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado. 7.3 Causas excludentes e
atenuantes da responsabilidade do Estado. 8 Regime jurídico-administrativo. 8.1 Conceito. 8.2 Princípios
expressos e implícitos da Administração Pública.

DIREITO ADMINISTRATIVO

1 Noções de organização administrativa:

1.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração


Descentralização - entidade.
Desconcentração - órgão.
Quando na questão houver relação entre descentralização com órgão
está errado.

DesCOncentração ➜ Cria Órgãos (sem personalidade jurídica)


(CESPE) Desconcentração administrativa é a distribuição de competências entre órgãos de uma
mesma pessoa jurídica.
DesCEntralização ➜ Cria Entidades (com personalidade jurídica)
(CESPE) Significativa distinção entre a descentralização e a desconcentração está no fato de que
a primeira pressupõe a transferência de atribuições entre pessoas jurídicas distintas, ao passo
que a segunda se refere a uma única pessoa jurídica. (CERTO)
Lembrando:
Outorga (descentralização por serviço) ➜ transfere a titularidade e o serviço
Delegação (descentralização por colaboração) ➜ só transfere a prestação do serviço

A descentralização representa a transferência da atividade administrativa para


outra pessoa, física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal (ex.:
descentralização de atividades para entidades da Administração Indireta —
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas —
e para particulares — concessionários e permissionários de serviços públicos).

* Desconcentração: distribuição interna de atividades dentro de uma mesma pessoa


jurídica. O resultado desse fenômeno é a criação de centros de competências,
denominados órgãos públicos, dentro da mesma estrutura hierárquica.

1.2 Administração direta e indireta.

Administração direta

Administração centralizada.
Conjunto de órgãos ligados diretamente às pessoas politicas
Exemplos: Presidência da Republica, ministérios e órgãos subordinados.
Governos, prefeituras, secretarias, legislativo, etc.

É o conjunto de órgãos que integram AS PESSOAS POLÍTICAS OU FEDERATIVAS (união,


estados, distrito federal e municípios), com competência para o exercício das atividades
administrativas do estado de forma centralizada.

A ADMINISTRAÇÃO DIRETA É FORMADA: pela estrutura da presidência da


república, incluindo a casa civil, e pelos ministérios e seus órgãos subordinados.

A Casa Civil é um órgão do Poder Executivo federal Diretamente Ligado À


Estrutura Da Presidência Da República.

Administração Indireta
Administração descentralizada 
Pessoas jurídicas SEM autonomia política.
Personalidade jurídica própria.
Criação e extinção condicionada a previsão legal.
Finalidade específica (princ. especialidade).
Ausência de subordinação, mas sujeita a tutela controle finalístico.
Dever de licitar e fazer concurso público.
Mnemônico (Administração Indireta):
FASE: Fundações públicas, Autarquias, Sociedades de Economia Mista
e Empresas Públicas.(F.A.S.E)

É composta pelas ENTIDADES ADMINISTRATIVAS, que possuem


personalidade jurídica própria e são responsáveis por executar atividades
administrativas de forma descentralizada.

Não possuem autonomia política e estão vinculadas à Administração Direta.


Administração indireta, têm o objetivo de desempenhar atividades
administrativas de forma descentralizada.

1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

ENTIDADES - POSSUEM PERSONAIDADE JURÍDICA;


São de direito público: autarquias e fundações públicas de direito público. 


São de direito privado: fundações públicas de direito privado, sociedades de economia
mista e empresas públicas.

Autarquias e fundações públicas de direito público são CRIADAS DIRETAMENTE POR LEI
ESPECÍFICA.

As demais entidades, as de direito privado (empresas públicas, as


sociedades de economia mista e as fundações públicas de direito
privado), são criadas pelo registro de seu ato constitutivo, Após
Receberem Autorização Legislativa.

Os consórcios públicos constituídos na forma de associação pública (direito público)


integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados.

As entidades da administração indireta TEM ALGUMAS características EM


COMUM:
1. Personalidade jurídica própria, patrimônio e receita próprios e autonomia
técnica, administrativa e financeira;

2. Criação e extinção condicionada à previsão legal (lei cria ou autoriza a criação);

3. Finalidade específica, definida pela lei de criação;


4. Não estão subordinadas à Administração Direta, mas estão sujeitas a controle
FINALÍSTICO.

AUTARQUIAS

Autarquia-O serviço AUTÔNOMO, criado por lei, COM PERSONALIDADE JURÍDICA,


PATRIMÔNIO E RECEITA PRÓPRIOS, para executar atividades típicas da administração
pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
Descentralizada

SÃO CHAMADAS DE SERVIÇO PÚBLICO PERSONALIZADO !!

CRIAÇÃO E EXTINÇÃO

Tanto a CRIAÇÃO, quanto a EXTINÇÃO das autarquias DEVEM OCORRER POR MEIO
DE LEI ESPECÍFICA;

Na esfera federal, a lei para a criação ou extinção das autarquias é de INICIATIVA


PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA;
Caberá aos GOVERNADORES E PREFEITOS a iniciativa de lei para a criação ou extinção
de autarquia

As autarquias devem executar serviços públicos de natureza social e atividades


administrativas, excluindo-se os serviços e atividades de cunho econômico e mercantil.

Os agentes das AUTARQUIAS, assim como TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS,


sujeitam-se a regras como:
1. Exigência de concurso público
2. Proibição para acumulação
3. Teto remuneratório
4. Direito à estabilidade
5. Regras de regime especial de aposentadoria;

A nomeação dos dirigentes das autarquias cabe PRIVATIVAMENTE AO PRESIDENTE


DA REPÚBLICA, e essa competência se aplica, por simetria, aos GOVERNADORES E
PREFEITOS

A NATUREZA DOS BENS DAS AUTARQUIAS É A DE BENS PÚBLICOS POR ISSO :

1. SÃO IMPENHORÁVEIS (não podem ser objeto de penhora);


2. IMPRESCRITÍVEIS (não podem ser adquiridos por meio de usucapião);
3. E AS RESTRIÇÕES QUANTO À ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS (que se
submetem a regras específicas).

PRERROGATIVAS DAS AUTARQUIAS:


1. Impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas;
2. Imprescritibilidade de seus bens: Não podem ser adquiridos por terceiros por meio de
usucapião;
3. Prescrição quinquenal: as dívidas e os direitos em favor de terceiros contra as
autarquias prescrevem em cinco anos;
4. Créditos sujeitos à execução fiscal: possibilidade de inscrever os seus créditos em
dívida ativa e realizar a respectiva cobrança por meio de execução fiscal
5. Principais situações processuais específicas: prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais e estão sujeitas ao duplo grau, de jurisdição obrigatório;
6. Imunidade tributária recíproca;

A responsabilidade civil do estado SERÁ OBJETIVA, pois independe de dolo ou culpa e a


teoria aplicável será a teoria do risco administrativo.
AS AUTARQUIAS RESPONDEM OBJETIVAMENTE pelos danos que os seus agentes
públicos causarem a terceiros.

Os conselhos regionais e federais de fiscalização de profissão, com exceção da OAB, são


autarquias federais (conhecidas como autarquias corporativas ou profissionais);

AUTARQUIAS SOB REGIME ESPECIAL

A natureza de autarquia especial conferida à agência é caracterizada por independência


administrativa, ausência de subordinação hierárquica, MANDATO FIXO E ESTABILIDADE
DE SEUS DIRIGENTES e autonomia financeira.

AGÊNCIAS REGULADORAS E AGÊNCIAS EXECUTIVAS

Atualmente a Administração Federal possui agências com papel tipicamente de poder de


polícia; Percebe-se, portanto, que atualmente as agências reguladoras
atuam em um campo mais amplo que os serviços públicos.

AGÊNCIA REGULADORA em sentido estrito, “agência reguladora é


entidade da administração indireta, em regra autarquia de regime
especial, com a função de regular a matéria que se insere em sua
esfera de competência, outorgada por lei”.

Uma autarquia será considerada uma agência reguladora, em sentido estrito, quando OS
SEUS MEMBROS POSSUÍREM MANDATO FIXO (principal caractrerística)e, ao mesmo
tempo, POSSUÍREM COMPETÊNCIAS REGULATÓRIOS EM UM SETOR ESPECÍFICO
(telecomunicações, petróleo, cinema, etc.).

IMPORTANTÍSSIMO

Portanto, as agências reguladoras são autarquias sob regime especial, integrantes da


Administração indireta, criadas por lei, dotadas de autonomia financeira e orçamentária,
organizadas em colegiado cujos membros detém mandato fixo, com a finalidade de regular e
fiscalizar as atividades de prestação de serviços públicos. Não estão subordinadas a nenhum
outro órgão público, sofrendo apenas a supervisão ministerial da área em que atuam.

Se submetem ao controle externo realizado pelos tribunais de contas

Agências executivas

AGÊNCIA EXECUTIVA: É qualificação dada à autarquia ou fundação que tenha


celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha
vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos. Não se trata de entidade instituída
com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou
fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação
de agência executiva, podendo perdê-la, se deixar de atender aos requisitos. (**)

Busca-se, com o contrato de gestão e, por conseguinte, com a qualificação, AUMENTAR A


EFICIÊNCIA DAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS.

REQUISITOS:

I-Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em


andamento;

II-Ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. § 1º A


qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República;

Os contratos de gestão das agências executivas devem ser celebrados com periodicidade
mínima de um ano

Os conselhos profissionais, tais como o Conselho Federal de Medicina ou o


Conselho Federal de Educação Física, possuem natureza autárquica e, portanto,
a sua personalidade jurídica é de direito público.

De acordo com a CF/88, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos


órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público.

Empresas públicas e sociedades de economia mista Conceito

São EMPRESAS estatais que se dividem em Empresas Públicas e Sociedade de


economia mista.

Empresa pública (ep): “são pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO, integrantes


da administração INDIRETA DO ESTADO, criadas por AUTORIZAÇÃO
LEGAL, sob QUALQUER FORMA JURÍDICA ADEQUADA A SUA
FINALIDADE, para que o governo exerça ATIVIDADES GERAIS DE
CARÁTER ECONÔMICO OU, EM CERTAS SITUAÇÕES, EXECUTE A
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS”.
Ex: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT; a Caixa Econômica Federal
BNDES;

Sociedade de economia mista (sem): “são pessoas jurídicas de DIREITO


PRIVADO, integrantes da administração INDIRETA do estado, criadas por
AUTORIZAÇÃO LEGAL, sob a forma de SOCIEDADES ANÔNIMAS, cujo
controle acionário pertença ao poder público, tendo por objetivo, como regra, a
EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES GERAIS DE CARÁTER ECONÔMICO E,
EM ALGUMAS OCASIÕES, A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS”.
Como exemplos, podemos mencionar o Banco do Brasil S.A.; o Banco da Amazônia;
a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás.

2 1.2 Criação e extinção

Criação: EMPRESA PÚBLICA E DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


deve ser autorizada por lei específica para ser criada e após a edição da lei
autorizativa, será elaborado o ato constitutivo, cujo registro no órgão
competente significará o início da personalidade jurídica da entidade.

A extinção: as EP e das SEM, NÃO EXIGE LEI ESPECÍFICA. Basta uma


AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA GENÉRICA, prevista em lei que veicule
programa de desestatização.

Somente será exigida autorização legislativa específica quando a própria lei que
autorizou a criação exigir que a extinção dependerá de autorização legislativa
específica.

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias


das entidades mencionadas no inciso anterior,assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada;

A transferência do controle de subsidiárias e controladas NÃO EXIGE


AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA e poderá ser operacionalizada SEM
PROCESSO DE LICITAÇÃO PÚBLICA, desde que GARANTIDA A
COMPETITIVIDADE ENTRE OS POTENCIAIS INTERESSADOS E
OBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONSTANTES do art. 37 da constituição da república.

A alienação do controle acionário de EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES


DE ECONOMIA MISTA exige autorização legislativa e licitação podendo a
autorização ser genérica.
4 1.3 Atividades desenvolvidas

De forma simples, as empresas PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA


MISTA PODEM DESENVOLVER DOIS TIPOS DE ATIVIDADE:

a) Explorar atividade econômica;


b) Prestar serviço público.

7 1.4 Controle e supervisão ministerial Responsabilidade civil

Submetem-se à tutela do ente instituidor, por intermédio do ministério do


setor correspondente, da mesma forma como ocorre com as autarquias e
fundações. Por exemplo: a Petrobrás está vinculada ao ministério do setor
correspondente.
Não existe hierarquia entre as empresas estatais e o ente instituidor.
As EP e as SEM ficam sujeitas a fiscalização do Tribunal de Contas !!

1.5 Responsabilidade civil

Se a estatal for PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS, a responsabilidade


civil será regida pelo DIREITO PÚBLICO, A ENTIDADE RESPONDERÁ
OBJETIVAMENTE pelos danos causados a terceiros por seus agentes públicos.

Se a estatal for EXPLORADORA DE ATIVIDADE ECONÔMICA, a


responsabilidade civil será regida PELO DIREITO PRIVADO.

10 1.6 Regime
jurídico

Em qualquer situação, as empresas públicas e as sociedades de economia mista


possuem natureza jurídica de direito privado.

O regime jurídico dessas entidades será sempre híbrido, em algumas situações


com predomínio de regras de direito privado e em outras com predomínio do direito
público. O que vai dizer é a natureza da atividade exercida se Prestadora de
serviço público Direito público se Exploradora de atividade econômica Direito
privado.
FALÊNCIA

Falência, INDEPENDENTEMENTE DA ATIVIDADE QUE DESEMPENHAM,


as empresas públicas e as sociedades de economia mista não se sujeitam ao
regime falimentar.
1.6.4 Regime de pessoal

O regime de pessoal das empresas públicas e sociedades de economia mista é o


de emprego público. Tal regime é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), e o vínculo é formado por intermédio de um contrato de trabalho
(relação bilateral)
Depende de aprovação em concurso público !!
Não possuem direito à estabilidade
Porém a dispensa de um funcionário de EP ou SEM deve ser motivada !!!
TODAS AS EMPRESAS ESTATAIS passassem a seguir as suas disposições
relativas às licitações e contratações

10 1.7 Diferenças entre EP e SEM

As diferenças entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista


resumem-se em três:

a) forma jurídica:

As sociedades de economia mista devem, obrigatoriamente, ter a forma de


SOCIEDADE ANÔNIMA (S/A)

As empresas públicas podem ser formadas sob QUALQUER FORMA


ADMITIDA EM DIREITO.
]

b) composição do capital:

AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA admitem a participação de capital


público e de capital privado, enquanto as EMPRESAS PÚBLICAS só admitem
capital público.

c) foro processual (somente para as entidades federais):


.

Para sociedades de economia mista que prestam serviço público, os bens afetados
diretamente à prestação do serviço público gozam dos mesmos atributos dos bens
públicos.

descentralização por outorga, também conhecida como descentralização por


serviços, funcional ou técnica. Ocorre a criação, mediante lei, de uma pessoa
jurídica de direito público a qual receberá a titularidade e a execução de
determinados serviços públicos.

Conforme a Lei 13.303/2016 as empresas estatais estão dispensadas de seguir as


disposições sobre licitações e contratações  nas seguintes situações:

Art. 28, § 3º, inc.I:

a) comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas


estatais, de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus
respectivos objetos sociais.  

Os dirigentes são submetidos a um regime especial, regido pela Lei 13.306/2016,


pela legislação comercial e pelo estatuto da entidade.

somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de


empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Ver a classificação em autônomos e superiores e as demais na hora da revisão;

Os órgãos autônomos se situam logo abaixo dos independentes. São exemplos os


ministérios, no âmbito federal.

Os órgãos independentes situam-se no topo da estrutura organizacional do estado,


não se subordinam a nenhum outro órgão, bem como têm suas competências
fixadas diretamente pela Constituição Federal .
Ex: STF - Câmara, Senado, Presidência da República.

Os órgãos superiores são os que possuem certa autonomia no tocante a questões


técnicas - entretanto possuem subordinação a outro órgão. Posicionam-se abaixo
dos órgãos autônomos e acima dos subalternos.

Nos órgãos subalternos há a predominância de ações de execução - tais órgãos


possuem um reduzidíssimo poder decisório. 

São entidades políticas: a União, os estados, o


Distrito Federal e os municípios.

As entidades políticas possuem capacidade de:


auto-organização,
autogoverno e
autoadministração, possuindo, portanto, autonomia
plena.

autogoverno: é a competência que os Estados-membros possuem


para organizar os seus Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
locais

auto-organização (e autolegislação): representa a


capacidade de legislar.

Autoadministração: Representa a capacidade dos entes


políticos para prestarem os serviços de saúde, educação, assistência
social, etc
As entidades administrativas são criadas pelas entidades
políticas para desempenhar determinado serviço daqueles que lhes
foram outorgadas pela Constituição Federal.

São entidades administrativas:


Fundações públicas;
As autarquias;
Sociedades de economia mista ;
Empresas públicas;
Que juntas formam a chamada Administração indireta ou
descentralizada.
Somente as entidades políticas possuem autonomia
política.

descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce


atribuições próprias que não decorrem do ente central. É a situação
dos Estados-membros da federação e dos Municípios, que recebem
atribuições da Constituição Federal

O Estado é o titular dos serviços públicos, por expressa


determinação constitucional ou legal. Ademais, o Estado pode se
encarregar da prestação, o Estado será simultaneamente o titular e o
executor do serviço.

O Brasil que adota a teoria do órgão (ou da


imputação): Por essa teoria, a pessoa jurídica manifesta
sua vontade por meio de órgãos, de modo que quando os agentes
que os compõem manifestam a sua vontade, é como se o próprio
Estado o fizesse.

1 DEVERES E PODERES ADMINISTRATIVOS

É o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos


agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins

Poder dever de Agir

Pela omissão ilegal, o agente público pode ser responsabilizado nas esferas penal,
civil e administrativa.

Os três principais deveres do administrador público:

1. Dever de eficiência
2. Dever de probidade: Administração atue de maneira ética e honesta.
3. Dever de prestar contas.
.

2 PODERES ADMINISTRATIVOS
2.2 Poder hierárquico

A hierarquia é a relação de subordinação existente entre os vários órgãos e


agentes administrativos, com a distribuição de funções e a gradação de autoridade
de cada um.

O poder hierárquico se manifesta no exercício da função administrativa.


.

A DELEGAÇÃO ocorre quando se CONFERE A UM TERCEIRO atribuições que


originalmente competiam ao delegante.
É um ato discricionário, temporário e revogável a qualquer momento, não se
admite a delegação de atos de natureza POLÍTICA

Avocar é chamar para si funções que originalmente foram atribuídas a um


subordinado
.
.

O poder disciplinar se aplica:


Somente aos servidores públicos ou aos particulares que estejam ligados por
algum vínculo jurídico específico à Administração.
.

A aplicação da SANÇÃO é manifestação do PODER DISCIPLINAR, sendo este


uma derivação do poder hierárquico (no que se refere aos servidores).

A avocação é o ato de autoridade hierarquicamente superior de atrair para si


parcela de competência de seu subordinado. A avocação depende de relação de
hierarquia e, portanto, ocorre exclusivamente no sentido vertical. Constitui
instituto eminentemente EXCEPCIONAL e, por conseguinte, também
TRANSITÓRIO.

O ato de EDITAR ATOS NORMATIVOS (resoluções, portarias, instruções),


com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados, constitui
manifestação do poder hierárquico.

O poder disciplinar é em parte DISCRICIONÁRIO e em parte VINCULADO. É


vinculado quanto ao dever de apurar e de punir (se houver infração). Porém,
será discricionário quanto ao enquadramento da conduta e quanto ao conteúdo
da sanção.

Poder discricionário: Poder da administração pública de avaliar a conveniência


e a oportunidade de seus atos.

Quando a aplicação da sanção refere-se aos particulares em geral, dentro do


exercício da limitação e do condicionamento de direitos em prol da coletividade,
aí estaremos DIANTE DO PODER DE POLÍCIA. É justamente o caso da
aplicação de uma multa de trânsito (poder de polícia).
**

A reserva do possível aplica-se justamente quando o Estado deixa de cumprir


um dever legal em virtude da limitação de seus recursos.

Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública para a


edição de normas complementares à lei, permitindo a sua fiel execução.

A avocação só é possível em caráter EXCEPCIONAL, por MOTIVOS


RELEVANTES, DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS e por TEMPO
DETERMINADO.
O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora dos limites das suas
competências, invadindo a competência de outros agentes ou praticando
atividades que não lhe foram conferidas por lei.

ABUSO DE PODER = Este estará configurado sempre que o ato ultrapassar os


limites da competência do agente (excesso de poder) ou se desviar do interesse
público ou de sua finalidade específica (desvio de poder).

PODER REGULAMENTAR = objetivo de regulamentar aquilo que já está na


lei, disciplinando a sua fiel execução.

Regulamentos autorizados surgem quando o legislador intencionalmente deixou


a lacuna e autorizou que o Poder Executivo disciplinasse as questões técnicas
sobre o assunto.

O dever de obediência do subordinado NÃO O OBRIGA A CUMPRIR AS


ORDENS MANIFESTAMENTE ILEGAIS (aquelas que ao senso comum se
evidenciam contrárias à lei) emanadas de seu superior hierárquico.

PODER DE POLICIA

Poder de polícia é a “prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza


a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da
propriedade em favor do interesse da coletividade”.

O poder de polícia administrativa se norteia no princípio da supremacia do


interesse público sobre o privado.
.

.
.

.
.

Se o agente NÃO tem COMPETÊNCIA = excesso de poder.

Se o agente pratica o ato é praticado com uma FINALIDADE DIVERSA do


interesse público ou do seu fim específico definido em lei =o desvio de poder.

A atividade de polícia é “em regra” repressiva, mas admite casos em que ela será
preventiva, como nas tarefas de inteligência dos órgãos policiais.

A polícia administrativa também será preventiva “em regra”, pois admite o


caráter repressivo, em alguns casos, como na aplicação de sanções

A POLÍCIA JUDICIÁRIA prepara uma atividade jurisdicional penal, mas são


servidores do executivo.

O PODER DE POLÍCIA = limita direitos individuais em razão do interesse


público;

O ALVARÁ DE LICENÇA e o ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO concedidos pela


administração pública constituem meio de atuação do poder DE POLÍCIA.

As fases de consentimento, de fiscalização e de sanção podem ser delegadas a


entidades de direito privado, prestadoras de serviços públicos em regime não
concorrencial, como as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

O poder de polícia administrativo não se refere a infrações penais

É possível delegar o poder de polícia, em todas as suas fases, para as entidades


administrativas de direito público. Além disso, é possível realizar a delegação das
fases de consentimento, fiscalização e sanção para as entidades administrativas
de direito privado, desde que sejam prestadoras de serviços públicos e atuem em
regime não concorrencial.

Também devemos considerar como correto o fato de que a polícia administrativa


realiza uma atividade predominantemente preventiva (ordens, notificações,
licenças, autorizações, etc.).

A DEMISSÃO DE SERVIDOR é feita por meio do poder disciplinar, que


decorre do poder hierárquico.

Polícia administrativa:
1. Trata dos bens
2. Direitos e
3. Atividades
Que serão RESTRITAS ou CONDICIONADAS em prol do interesse coletivo;

É constitucional a delegação do poder de polícia, POR MEIO DE LEI, as


pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO integrantes da ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA INDIRETA de capital social MAJORITARIAMENTE PÚBLICO que
prestem EXCLUSIVAMENTE SERVIÇO PÚBLICO de atuação própria do
estado e EM REGIME NÃO CONCORRENCIAL.

São atributos do poder de polícia: A discricionariedade, a autoexecutoriedade e


a coercibilidade – DAC.

O poder disciplinar é a faculdade que a administração pública tem de punir seus


agentes públicos e os particulares com vínculo com o poder público

A polícia administrativa incide sobre bens, direitos e atividades, ao passo que, a


polícia judiciária atua sobre as pessoas, individualmente ou indiscriminadamente.

O PODER DISCRICIONÁRIO, QUE TRATA DO JUÍZO DE CONVENIÊNCIA


E OPORTUNIDADE.
As multas de polícia NÃO gozam de autoexecutoriedade

A competência para rever atos de subordinados decorre do poder hierárquico,


permite que o superior hierárquico ANULE OU REVOGUE os atos de seus
subordinados.

Denomina-se originário o poder de polícia que abrange leis e atos administrativos


provenientes de pessoas políticas da Federação – o poder de polícia originário é
aquele desempenhado diretamente pelas entidades políticas (União, estados,
Distrito Federal e municípios)

O Poder Regulamentar é espécie do Poder Normativo, que é exercido pelo Chefe


do Poder Executivo, através dos decretos regulamentares ou autônomos.

Resoluções e portarias NÃO PODEM criar normas estabelecedoras de


limitações administrativas gerais. Isso porque a imposição de limitações deve ser
feita, via de regra, através de lei (reserva legal).

A coercibilidade, que é a característica que torna o ato obrigatório


independentemente da vontade do administrado.

Para Carvalho Filho, o poder regulamentar é a prerrogativa conferida à


Administração Pública de editar atos gerais para complementar as leis e
permitir a sua efetiva aplicação. Portanto, pode ser exercido POR QUALQUER
AUTORIDADE, por meio de qualquer ato geral.

Os poderes administrativos são irrenunciáveis, pois decorrem da lei e, como tal,


são indisponíveis pelo agente público.

O poder regulamentar NÃO POSSUI ORIGINARIEDADE, pois não pode


inovar na ordem jurídica, limitando-se a explicitar e complementar as leis
existentes.

Considere que a aplicação de penalidades decorre do poder disciplinar e não do


poder hierárquico.

No exercício da função LEGISLATIVA E JURISDICIONAL TÍPICA, não existe


hierarquia.

Delegação do Poder de Polícia


Entidades de DIREITO PÚBLICO --------> é possível em todas as fases(ordem,
consentimento, fiscalização e sanção)

Direito privado integrante da adm, indireta -------> é possível em relação


CONSENTIMENTO, FISCALIZAÇÃO, SANÇÃO desde que sejam prestadoras
de serviço público em regime não concorrencial

Direito Privado não integrantes da Adm------> Não podem receber o Poder de


polícia

O poder regulamentar segundo José dos Santos Carvalho Filho, é o poder de


editar atos gerais para complementar as leis e permitir sua efetiva aplicação.
cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios.

O instituto da verdade sabida(Aquela que o réu confessou e todos sabem) não é


aplicável no ordenamento jurídico brasileiro, isso porque atenta contra o direito
fundamental do CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA

É totalmente possível que a própria Administração reconheça a nulidade de ato


administrativo praticado em abuso de poder.

2 Ato administrativo

2.1 Conceito

Atos administrativos São Os Meios Utilizados Pela Administração Pública Para


Manifestar A Vontade Do Estado, impondo obrigações, criando direitos, aplicando
penalidades, etc.

ATO JURÍDICO é a manifestação unilateral humana voluntária que possui uma


finalidade imediata – ou direta – de produzir determinada alteração no mundo
jurídico.

FATO JURÍDICO EM SENTIDO AMPLO – É todo acontecimento que possui


algum significado para o direito.

2.2 requisitos

2.3 atributos

AUTOEXECUTORIEDADE, que é a capacidade da administração de, por meios próprios,


executar as suas decisões, independentemente de ordem judicial.
2.4 classificação

2.5 Espécies

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