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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
Centralização Administrativa
O Estado manifesta sua vontade por seus agentes públicos, que atuarão
normalmente em centros de competência denominados Órgãos Públicos. Toda
atividade decorrente da atuação do órgão público será atribuída à pessoa jurídica
a que está subordinado. Tal ocorrência se justifica pela ausência de
personalidade jurídica do órgão público. Assim, a chamada Administração Direta
é aquela exercida pelos componentes da federação através de seus órgãos e
agentes públicos, sem atribuição a outra entidade dotada de personalidade
jurídica distinta.
Desconcentração Administrativa
Consiste exatamente na distribuição entre os órgãos e agentes públicos das
funções estatais. O órgão público não tem personalidade jurídica,
conseqüentemente, mesmo com a distribuição de competência entre os diversos
órgãos e agentes, permanece a responsabilidade com a pessoa jurídica a que
estão subordinados. Ocorre, assim, uma distribuição interna de competência que
permanecem, no entanto, no corpo da administração.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Descentralização Administrativa
A Constituição Federal em seu art. 37 trata da Administração Direta e Indireta.
A chamada Administração Indireta nada mais é do que o desempenho da função
administrativa do Estado por pessoa distinta das que integram a Federação. São
entidades administrativas denominadas autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Exterioriza-se com a criação de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria, distinta do Estado, para desempenho de certas atividades, de natureza
econômica, típicas do Estado ou serviços públicos. Em razão da existência de
personalidade jurídica distinta da entidade estatal a que está vinculada, tais entes
são instrumentos de descentralização administrativa.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
Conceito:
Composição:
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Conceito:
Natureza da função:
Princípio da Especialidade
Tal princípio aponta a absoluta necessidade de ser consignada na lei a atividade
a ser exercida pela entidade a ser criada. Deve ser definido expressamente o
objeto de sua atuação.
Nenhuma dessas entidades pode ser instituída com finalidades genéricas, ou
seja, sem que defina na lei o objeto preciso de sua atuação. Só podem atuar, só
podem despender seus recursos nos estritos limites determinados pelos fins
específicos para os quais foram criadas.
Princípio do Controle
Também denominado princípio da tutela administrativa significa que a
Administração Direta deverá controlar as pessoas integrantes da
Administração Indireta. Tal controle tem natureza fiscalizatória e tais entidades
só podem atuar dentro de determinados parâmetros. Funda-se numa relação de
vinculação, através do qual toda pessoa da administração indireta é vinculada a
determinado órgão da respectiva administração direta.
CATEGORIAS
AUTARQUIAS
CONCEITO:
“Pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração indireta, criada por lei para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e
típicas do Estado.” (José dos Santos Carvalho Filho)
CARACTERÍSTICAS:
►Pessoa Jurídica de Direito Público
►Natureza meramente administrativa
INSTITUIÇÃO:
►Iniciativa: Chefe do Executivo
►Criação: lei ordinária específica
►Organização: Decreto do Chefe do Executivo
►Extinção: Princípio da Simetria das Formas – lei ordinária específica
OBJETO:
►Realizam atividades TÍPICAS do poder Público. Devem executar serviços
próprios do Estado, em condições idênticas às do Estado com privilégios e
passíveis do mesmo controle.
FORMA:
►Intra-estatal. Separado do Estado, mas ligado a ele.
PATRIMÔNIO:
►caracterizado como bens públicos, protegidos por todas as prerrogativas que o
ordenamento jurídico contempla.
Art. 98 CC/2002: “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.”
BEM PÚBLICO DE USO ESPECIAL porque é AFETADO.
PRERROGATIVAS GERAIS:
►ordenamento jurídico atribui a estas algumas características de direito público:
a) imunidade tributária
b) impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas
c) imprescritibilidade de seus bens
d) prescrição quinquenal – Art. 1º- C da Lei 9494/97 – Prescreverá em cinco anos o direito
de obter indenização de danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos.
PRERROGATIVA FISCAL:
► imunidade recíproca
Art.150. “ Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI. instituir impostos sobre:
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2°. A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.” (grifo nosso)
PRERROGATIVAS PROCESSUAIS:
►Próprias da Fazenda Pública. São 6 prerrogativas:
REGIME DE PESSOAL :
►Art. 39 da CR: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho
de política de
administração e remuneração de pessoal integrado por servidores designados pelos respectivos poderes.”
Com isso extingue-se a obrigatoriedade do Regime Jurídico Único pela EC 19/98
RESPONSABILIDADE CIVIL:
►Responsabilidade OBJETIVA, com previsão legal no art. 37, § 6º da CF.
EXEMPLOS AUTARQUIAS:
autarquias assistenciais: SUDENE , INCRA autarquias profissionais:
OAB, CREA, CRM autarquias previdenciárias: INSS
autarquias administrativas: INMETRO, BACEN
autarquias de controle: ANEEL, ANATEL, ANP
CONTROLE:
►Estão sujeitas ao controle da pessoa política que as criou e à qual estão
VINCULADAS. Tal controle é denominado SUPERVISÃO MINISTERIAL,
FINALÍSTICO ou de TUTELA.
Ex: AGÊNCIAS EXECUTIVAS (podem ser criadas como autarquia comum, autarquia
especial, e ainda como fundações) desde que celebrem CONTRATO DE GESTÃO ( art.
37 § 6º da CR) com o poder público.1
FUNDAÇÕES
Qual a natureza jurídica das fundações?
R: Há grande discussão doutrinária acerca dessa matéria. Esta é a entidade
administrativa que mais gera polêmica no mundo jurídico e parece longe a
pacificação da controvérsia, mas temos três correntes a serem expostas:
1
Decreto 2487/98: “art. 1º - As autarquias e as fundações integrantes da Administração Pública Federal
poderão, observadas as diretrizes do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, ser qualificadas
como Agências Executivas.”
§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva poderá(...), que verificará o
cumprimento (...) à qualificação dos seguintes requisitos:
a) Ter celebrado contrato de gestão (...);
1ª CORRENTE
Seus defensores são:
OSWALDO ARANHA BANDEIRA DE MELLO CELSO ANTONIO BANDEIRA DE
MELLO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO DIÓGENES GASPARINI
MARCOS JURUENA
e também defende tal posição o STF e o STJ
STF: “nem toda fundação instituída pelo Poder Público é fundação de direito
privado. As fundações, instituídas pelo Poder Público que assumem gestão de
serviço estatal e se submetem a regime administrativo previsto, nos Estados-
membros, por leis estaduais, são fundações de direito público, e, portanto,
pessoas jurídicas de direito público. Tais fundações são espécie do gênero
autarquia, aplicando-se a elas a vedação a que alude o § 2° do art. 99 da
Constituição Federal.”
2ª CORRENTE
Seus defensores: CAIO TÁCITO
MIGUEL SEABRA FAGUNDES SÉRGIO D´ANDREA FERREIRA
JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO
►Segundo esta corrente as fundações, mesmo instituídas pelo Poder Público,
têm sempre PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, por conta da
RECEPÇÃO do art. 5° do D-L 200/67.
3°CORRENTE
Seu defensor:
HELY LOPES MEIRELLES
►Segundo este as FUNDAÇÕES são sempre PESSOAS JURÍDICAS DE
DIREITO PÚBLICO, pois este entende que o Dec-lei 200/67 não foi
RECEPCIONADO pela CR/88.
LICITAÇÃO – obrigatória.
LICITAÇÃO – obrigatória.
Características comuns:
Pessoas jurídicas de Direito Privado
Criação e extinção por autorização legal
São autônomas administrativa e financeiramente.
Tem patrimônio próprio - mas são classificados como bens privados, sujeitos à
sua própria administração. Sendo bens privados, não são atribuídas a eles as
prerrogativas próprias dos bens públicos, como a imprescritibilidade,
impenhorabilidade, etc.
Operam em regime de iniciativa particular, na forma de seu estatuto.
Sujeitas ao regime aplicável às empresas privadas, inclusive quando aos direitos
e obrigações civis, comerciais, trabalhistas tributárias (art. 173 § 2º: “ As empresas
públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos
às do setor privado.”)
C/C
Art. 175. “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.”
Atos e Contratos - os atos jurídicos são de direito privado, mas quando exercem
funções delegadas hão de considerar-se atos administrativos.
Os contratos são de direito privado, mas estão sujeitos à lei 8666/93, sendo
também a licitação obrigatória.
2ª A forma jurídica
As S.E.M. devem ter a forma de sociedades anônimas.
As E.P. podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito,
portanto, a forma é livre.