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PODERES DO ESTADO

Cada Poder exerce uma função típica, mas desempenha outras funções de forma atípica.

 Poder Executivo: desempenha de forma típica a função de administrar e de forma atípica a função de
legislar através de medida provisória (art. 62 CF).
 Poder Legislativo: desempenha de forma típica a função de legislar e de forma atípica as funções de
administrar, através do processo licitatório para compras e alienações (art. 37 XXI CF), e julgar,
correspondente ao julgamento dos crimes de responsabilidade do Presidente, Vice, Ministros de Estado e
Comandantes da Marinha, Exercito e Aeronáutica (art. 52 I CF).
 Poder Judiciário: desempenha de forma típica a função de julgar e de forma atípica as funções de
administrar, através do processo licitatório para compras e alienações (art. 37 XXI CF), e legislar,
correspondente à elaboração do seu regimento interno.

Converte a lei em ato concreto, não inovando o ordenamento jurídico;


É uma função direta porque independe de provocação;
Função de Administrar Não produz coisa julgada;
É revisível pelo Poder Judiciário.

Elabora leis;
Tem como função normativa estabelecer normas gerais e produzir
Função de Legislar inovações primárias no mundo jurídico.

Aplica a lei aos litigantes;


Não produz inovações primárias no mundo jurídico;
Função de Julgar É uma função indireta, pois depende de provocação;
Produz situação impossível de ser mudada (intangibilidade ou
imutabilidade), que é a coisa julgada.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Tem a responsabilidade profissional pela execução do ato administrativo. Não pratica atos de governo, e sim, é o
instrumento de que dispõe o Estado para colocar em prática as opções politicas do governo. A Administração Pública
pode ser conceituada como uma atividade neutra, ou seja, sem cunho politico, mas com responsabilidade técnica e
legal pela execução. Os Órgãos da Administração tem poder de decisão somente sobre as atribuições que lhes
competem.

 Sentido Subjetivo, Formal ou Orgânico:


Nesse sentido a Administração Pública representa a estrutura estatal, composta por agentes, entidades e
órgãos, sendo admitida por alguns autores como sinônimo de Estado. Deve ser grafada com iniciais em
maiúsculo.
o Entidades: pessoas jurídicas.
- Entidades Politicas: Administração Direta.
Órgão da Administração Pública Direta não possuem personalidade jurídica e são hierarquicamente
subordinados aos órgãos superiores.
União:
Estados:
DF:
Municípios:
- Entidades Administrativas: Administração Indireta.
Autarquias:
Fundações:
Sociedades de Economia Mista:
Empresas Públicas:
o Órgãos: estão incorporados às entidades.
o *Agentes Públicos (nem todos os doutrinadores consideram os agentes públicos parte do sentido
subjetivo):

 Sentido Objetivo, Material ou Funcional:


Deve ser entendida como a atividade administrativa exercida pelo Estado, ou ainda, função de administrar. A
administração pública nesse sentido tem de ser grafada com iniciais minúsculas.
o Serviço Público:
o Policia Administrativa (Poder de Policia):
o Fomento:
o Intervenção:
- na propriedade;
- no domínio econômico.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Organização Administrativa é a estrutura de pessoas, entidades e órgão que irão desempenhar as funções
administrativas. Essa organização se dará, via de regra, por lei e excepcionalmente por decreto ou normas inferiores.

Teoria do Órgão ou da Imputação


Considerando que pessoas jurídicas não tem existência concreta, é preciso que pessoas físicas as
representem. Essas pessoas físicas serão investidas de poder jurídico e formarão e exteriorizarão a vontade
da pessoa jurídica que elas compõem, formando uma relação orgânica.
Nessa ideia foram criados órgãos públicos, compostos de pessoas físicas, de modo que, quando os agentes
que compõem o órgão (pessoas físicas) manifestam a sua vontade, é a própria vontade do Estado que está
sendo manifesta através deles. Nesse sentido, o órgão é parte do corpo da entidade e por isso as suas
manifestações de vontade são considerados como sendo da respectiva entidade.
Esse “poder” dado aos agentes públicos decorre de determinação de lei.

Forma Centralizada de prestação da função administrativa


Chama-se de forma centralizada quando a atividade é exercida pelo próprio Estado. Nessa forma a prestação é feita
pela Administração Direta que é composta pelas pessoas politicas: União, Estados, DF e Municípios. Esses entes têm
como atributos a presunção de legitimidade, auto-executoriedade e coercibilidade. Recebem tratamento de Fazenda
Pública, tendo assim seus bens protegidos (impenhoráveis, imprescritíveis e não podem ser alvo de oneração).
Para que os entes federativos possam exercer suas atribuições de forma responsável e eficiente é preciso organizar e
distribuir internamente as competências, a isso se da o nome de desconcentração administrativa. Entretanto,
buscando uma maior eficiência no exercício da função pública, o Estado poderá criar pessoas jurídicas auxiliares
transferindo a elas responsabilidades anteriormente de sua competência, caracterizando assim a descentralização
administrativa.
 Desconcentração:
Cria órgãos sem personalidade jurídica, que são hierarquicamente inferiores aos entes que os criaram.
Órgãos podem ser criados a partir de entidades politicas ou administrativas.

 Descentralização:
Cria entidades componentes da Administração Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista), com personalidade jurídica. Na descentralização não há vinculo hierárquico
entre a Administração Central e o ente recém-criado, existindo apenas o poder de controle e fiscalização por
parte do criador. Entidades são criadas a partir de pessoas politicas.
o Descentralização por Serviço, Funcional ou Técnica: ocorre quando um ente da Administração Direta
cria uma pessoa jurídica de direito publico ou privado e, mediante previsão em lei, transfere a ela a
titularidade do serviço. Essa modalidade de descentralização é chamada de descentralização por
outorga.
o Descentralização por Colaboração: ocorre quando um ente da Administração Direta transfere à
entidade de direito privado já existente, por meio de contrato ou ato unilateral, unicamente a
execução da prestação do serviço. Essa modalidade de descentralização é chamada de
descentralização por delegação.
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AGENTE PÚBLICO

É um conceito amplo que abrange todos os sujeitos que exercem função pública, independente do vinculo jurídico
que tenham para com o Estado (nomeação, contratação, designação ou convocação). Todos aqueles que praticam
atos no exercício da função pública estão sujeitos ao controle via remédios constitucionais (mandato de segurança,
mandato de injunção, ação popular e outras ações de controle).
O Estado será responsável pelos danos causados por seus agentes aos particulares, no exercício da função pública
(responsabilidade civil do Estado). No entanto, de forma regressiva, o Estado buscará o ressarcimento ao erário por
parte do agente causador do dano, nos casos em que couber.

 Agentes Políticos:
Essa categoria é composta por: lideres do Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos), do Poder
Legislativo (Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores) e Membros do Tribunal de Contas.
Classificam-se também como agentes políticos – por meio de SV do STF – os Membros do Poder Judiciário e
MP. Também são agentes políticos os cargos de confiança de natureza politica (Ministros de Estado,
Secretários e Chefes de Gabinete). Todos são regidos pelo regime estatutário.
O vinculo jurídico desses agentes é, em regra, de natureza politica.
 Militar:
Os militares do âmbito federal – Forças Armadas –, integrantes da União, são regulamentados pelo art. 142
CF. Já os militares estaduais e municipais são regulamentados pelo art. 42 da CF. Ambos gozam de normas
regulamentares especificas a carreira.
 Servidor Público:
É o conjunto de agentes que atuam tanto na Administração Pública Direta quanto na Administração Pública
Indireta. A relação de trabalho com o Estado é de natureza profissional, de caráter não eventual e sob
vínculo de dependência com a Administração Pública. São integrados através de cargo ou emprego público.
o Servidor Público Estatutário: dotado em cargo público efetivo ou em comissão (de natureza
administrativa), baseado no regime legal ou estatutário (Lei 8.112/90). Atuam na Administração
Pública de Direito Público (Administração Direta e entes do gênero Autarquia).
Garantias exclusivas aos servidores estatutários:
a) Tem direito a estabilidade no cargo, após estagio probatório;
b) Tem um regime próprio de previdência social;
c) Direito a reintegração; e
d) Direito à disponibilidade remunerada.
o Empregado Público: dotado de emprego público, baseado no regime contratual ou celetista (CLT e
lei 9.962/00). Atua nas fundações de direito privado, sociedades de economia mista e empresas
públicas.
Não adquirem estabilidade e o ato de demissão desses trabalhadores não necessita de motivação.
Equiparam-se aos servidores públicos estatutários nos seguintes aspectos:
a) O preenchimento do emprego público é feito via concurso público, salvo cargos em
comissão;
b) Submetem-se a regime de não acumulação de emprego público, salvo exceções;
c) Estão limitados ao teto remuneratório, salvo se a empresa não for subsidiada pelo Estado;
d) Respondem por improbidade administrativa;
e) São considerados funcionários públicos para fins penais;
f) Submetem-se a remédios constitucionais.
Empregados públicos não atingem a estabilidade, salvo os funcionários dos Correios e Telégrafos.
o Temporário: atua em função pública. Não é regido nem por estatuto nem pela CLT, sua relação de
trabalho é regida por contrato com prazo determinado.
 Particulares em Colaboração com o Poder Público:
São particulares que exercem função pública sem perderem a qualidade de particulares, ainda que em
caráter ocasional ou temporário, com ou sem remuneração, independente do tipo de vinculo jurídico.
o Agente Honorífico: cidadão convocado pelo Estado.
o Agente Delegado: concessionária, permissionária ou autorizatária.
o Agente Credenciado: representa o poder público.

** Nepotismo:
Está previsto na lei 8.112/90 art. 117, VIII que é proibido manter sob sua chefia, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até 2º grau civil, sob pena de advertência.
A SV nº 13 do STF, proíbe a presença de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o 3º grau, para exercer cargo em comissão ou função de confiança, para Administração Direta e Indireta em
qualquer dos Poderes. Mas está restrição é válida apenas para cargos de confiança de natureza administrativa, para
cargos de natureza politica não é proibida a nomeação de parentes.
O nepotismo foi tratado pelo STF como matéria constitucional por violar quatro princípios expressos na CF, são eles:
princípio da moralidade, da eficiência, da impessoalidade e da isonomia.
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ÓRGÃOS PÚBLICOS

Órgão Público tem uma conceituação legal estabelecida na lei 9.784/99 art. 1 §2, I: “Órgão é a unidade de atuação
integrante da Administração Pública Direta e da Administração Pública Indireta”.
É criado a partir do processo de desconcentração das pessoas jurídicas de direito público, com o preceito de tornar
mais eficiente o serviço prestado pelo ente. A decisão de criar um órgão público não é uma decisão administrativa,
dependo de previsão legal. A lei que cria o órgão público, também estabelece sobre sua estrutura organizacional,
fixa competências a esse órgão e impõe limites às pessoas físicas pertencentes a ele.
Órgãos fazem parte do ente que os criou, portanto são hierarquicamente inferiores a esse ente, podendo assim
sofre autotutela pelo seu criador.

Característica:
 Órgão público não tem personalidade jurídica, portanto não estão sujeitos a direitos e obrigações. Por está
razão, os atos praticados pelo órgão são imputados ao ente a que ele pertence (Responsabilidade Civil do
Estado). Também não podem celebrar contratos (salvo contratos de gestão), isso cabe às pessoas jurídicas
através de seus agentes;
 Órgão é criado e extinto por lei (sentido formal), mas a sua competência é de ato administrativo.
 Integram a estrutura de uma pessoa jurídica;
 São resultados do fenômeno da desconcentração;
 Alguns possuem autonomia gerencial, orçamentaria e financeira;
 Expressam a vontade da entidade que integram, o órgão e o agente atuam para manifestar a vontade do
Estado (Teoria do Órgão);
 Não possuem patrimônio próprio;
 Podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de gestão com outros órgãos ou com pessoas
jurídicas, desde que tenham metas de desempenho fixadas e prazo de duração definido (art. 37 §8, CF).
 Não tem capacidade de representar em juízo a pessoa jurídica que integram, para esta representação são
criados órgãos específicos com essa finalidade:
o Esfera Federal: Advocacia Geral da União – AGU;
o Esfera Estadual: Procuradoria Geral do Estado – PGE;
o Esfera Municipal: Procuradoria Geral do Município – PGM.
 Alguns têm capacidade processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais. Essa capacidade é
característica exclusiva dos órgãos independentes, o qual é fornecido personalidade judiciária, tornando
esses órgãos capazes de fazer parte de uma relação processual, na qualidade de autor, réu, assistente ou
oponente; mas apenas para defendeu suas prerrogativas. Isso torna esse órgãos passíveis de mandatos de
segurança.

Classificação dos Órgãos


** Helly Lopes
 Quanto à posição estatal:
o Órgão independente: estão no topo da pirâmide governamental, submisso apenas a CF e sujeito ao
controle de um poder sobre outro. São órgãos independentes os órgãos que representam os três
Poderes, MP e TCU, das três esferas de governo (União, Estados e Municípios). Tem autonomia
administrativa, financeira e técnica.
o Órgão autônomo: faz parte da cúpula da Administração, caracterizando-se como órgãos diretivos.
Submisso aos órgãos independentes. Tem autonomia administrativa, financeira e técnica. São órgãos
autônomos: Ministérios, Secretarias, Procuradorias, de todas as esferas de governo.
o Órgão superior: submisso a órgão independente ou a órgão autônomo. Exercem função de
planejamento, direção ou controle dos assuntos de sua competência especifica. Tem apenas
autonomia técnica.
o Órgão subalterno: submisso a órgão independente ou órgão autônomo ou a órgão superior. São os
órgão de execução, não tem nenhuma autonomia.
 Quanto à estrutura:
o Simples: formado por um único centro de competência, independentemente do numero de cargos e
agentes presentes no órgão.
o Composto: são órgãos que sofreram desconcentração e, portanto, congregam na sua estrutura
outros órgãos menores.
 Quanto à atuação funcional:
o Singular: o poder de decisão está concentrado num único agente público;
o Colegiado: o poder de decisão está concentrado na ação conjunta de seus agentes principais.

** Silvia Di Pietro
 Quanto à posição estatal: igual ao Helly.
 Quanto à estrutura: igual ao Helly.
 Quanto à composição:
o Singular: composto por uma só pessoa.
o Coletivo: composto por varias pessoas.
 Quanto à esfera de ação:
o Centrais: exercem suas funções em todo território da competência do órgão.
o Locais: exercem suas funções em parte do território.
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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Características da Administração Indireta


 Possuem personalidade jurídica própria, portanto podem ser sujeitas a deveres e obrigações, sendo,
consequentemente, responsáveis pelos seus atos;
 Podem ser pessoas jurídicas de direito público ou privado;
 Capacidade de autoadministração, são entes dotados de autonomia administrativa, técnica e financeira;
 Autonomia sobre a atividade que lhe foi transferida;
 Não possuem capacidade de autogoverno (elegibilidade dos seus membros), autoconstituição nem
autolegislação.
 É resultado do fenômeno da descentralização por outorga;
 Para viabilizar sua responsabilidade e por serem entes personalizados, possuem patrimônio próprio, que é
transferido pelo ente responsável pela sua criação.
 Possuem receitas e orçamentos próprios, independentemente de como será obtida a receita (transferência
da Administração Direta, mediante participação no orçamento ou resultado de suas próprias atividades) o
ente terá liberdade para dispô-la como julgar necessário, respeitando regras legais.

Criação de Entidades Administrativas


Art. 37, XIX, CF - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo
à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

Autarquias e Fundações Públicas de Direito Público são criadas por lei, ou seja, adquirem sua personalidade jurídica
a partir da lei. Já para as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e as Fundações de Direito Privado a lei
apenas autoriza a criação do ente, que obterão personalidade jurídica após ato do Poder Executivo, mediante
registro em Cartório de Registros, se tiver natureza civil ou na Junta Comercial, quando possuir natureza comercial.
O processo de criação ou autorização dos entes da Administração Indireta será feito por lei ordinária, assim cada
uma delas terá sua lei própria, dispondo sobre a atribuição e finalidade do ente criado.
Fundações Públicas tanto de Direito Público quanto Privado tem um adendo, sua área de atuação, assim como sua
finalidade, serão definidas por lei complementar. Essa lei irá nortear a atuação de todas as fundações, não sendo
necessária uma lei complementar para cada fundação.

Subsidiárias
Art. 37, XX, CF - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada;

As subsidiárias se dividem em: subsidiária integral, quando a entidade-matriz detém a totalidade do capital da
subsidiária e subsidiária controlada, quando a entidade-matriz detém apenas o controle societário. Em qualquer dos
casos a subsidiária tem personalidade jurídica própria, enquadrando-se como “pessoa jurídica controlada
indiretamente pelo Poder Público”.
Apesar da estrutura criada entre o ente controlador e uma subsidiária ser próprio de empresas exercente de
atividade econômica, nada impede que o legislador conceda a criação de subsidiárias a Autarquias ou Fundações
Públicas.
Não é necessária uma lei para criar cada subsidiária, a autorização referente ao inciso XX de artigo 37 pode ser dada
na própria lei que criou (ou autorizou a criação) do ente administrativo.

Conceito
 Autarquia: é a pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado.
 Fundação Pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito público ou privado, presta atividade
atípica do Poder Público, mas de interesse coletivo, e não tem fins lucrativos. É sempre merecedora de
amparo estatal.
 Sociedade de Economia Mista: é o instrumento de ação do Estado, dotado de personalidade de direito
privado. Constituída sobre a forma de sociedade anônima, cujas ações, com direito a voto, pertencem, em
sua maioria, ao ente politico ou administrativo, mas admite participação acionária de particulares. Tem
como finalidade prestar serviço público ou exercer atividade econômica.
 Empresa Pública: é o instrumento de ação do Estado, dotado de personalidade de direito privado. É
constituída sobre quaisquer das formas admitidas em direito, com capital formado unicamente por recursos
públicos, da Administração Direta ou Indireta. Tem como finalidade prestar serviço público ou exercer
atividade econômica.

Nenhum ente da Administração Indireta será criado para obter fins lucrativos, isso não impossibilita que o façam,
mas o interesse precípuo da sua criação deve ser atender o interesse público. Isso é valido mesmo quando se trata
de entes criados para explorar atividade econômica (Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista). Nessa
hipótese a constituição restringe a criação aos casos de segurança nacional e relevante interesse coletivo, como
trata o art. 173, CF.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Regime de Pessoal
 Autarquia e Fundação Pública de Direito Público
A partir da CF/88, ficou instituído que o regime de pessoal para aqueles que atuam em autarquias é o
mesmo aplicável aos entes da Administração Direta que as criou. Eles são considerados agentes públicos da
categoria servidor público. A decisão sobre qual regime de pessoal o ente politico assumiria era
discricionária, mas deveria ser escolhido um regime único, no qual prevaleceu o regime estatutário. A partir
da EC 19/98 a exigência de regime único foi abolida, podendo assim os entes públicos – políticos e
administrativos – misturarem os dois regimes (estatutário e celetista). Em 2007 o art. da EC 19/98 foi
revogado pelo STF, através de medida cautelar. Assim, os servidores que ingressarem na Administração
Direta e na Administração Indireta, desde que em Autarquias e Fundações de Direito Público, a partir de
2007, assumiram o regime estatutário. Mas os empregados públicos que ingressaram nesses entes públicos,
de 1998 a 2007, norteados pelo regime celetista, continuarão filiados a este regime.
Portanto, nos entes políticos, nas autarquias e fundações de direito público, pode haver empregados
públicos (celetistas) e servidores públicos (estatutários). Mas, atualmente, a contratação só poderá ser feita
por um único regime, estatutário, para União, Estados, Autarquias e Fundações e celetista para a maioria dos
Municípios.
 Fundação Pública de Direito Privado
Seus agentes são caracterizados empregados públicos, sendo regidos pelo regime celetista. Assemelham-se
aos servidores públicos no que tange ao teto remuneratório, à acumulação de cargos, à responsabilidade
penal e à improbidade administrativa. Seus agentes também estão sujeitos a remédios constitucionais.
 Empresas Estatais
As pessoas que trabalham nas empresas estatais são agentes públicos, classificados como servidores estatais
de ente governamental de direito privado. Para esses servidores a duas regras: uma aplicável aos seus
dirigentes e outra aplicável ao restante do quadro de pessoal.
Os dirigentes são investidos em decorrência de providência governamental, exercidas em nome da
supervisão ministerial. Assim, eles acumulam dupla função, além de serem agentes da empresa estatal, são
representantes da entidade que supervisionam. Portanto, não são regidos pela CLT, salvo se já tiverem
vinculo empregatício anterior baseado nesse regime. Aos dirigentes dessas entidades cabe interposição de
remédios constitucionais, mas só estarão sujeitas a esse controle os atos expedidos para o cumprimento de
normas de direito público, como licitações, por exemplo.
Os demais agentes serão regidos pela CLT. Mas se equiparam aos servidores públicos quanto ao ingresso
através de concurso público (exceto nas exploradoras de atividade econômica, na qual é permitida, também,
a contratação direta em alguns casos). Submetem-se a teto remuneratório, salvo se a empresa não receber
recurso a Administração Direta para pagamento do seu pessoal. E também estão incluídos na restrição de
não acumulação de cargos.
Os atos praticados por seus agentes estão sujeitos a remédio constitucional, e os agentes, a lei de
improbidade administrativa.
Quanto a estabilidade, o TST não dá direito a estabilidade aos agentes de empresas estatais.

Processo de Licitação
 Autarquia, Fundação Pública de Direito Público e Privado
Estão sujeitas as mesmas regras de licitação indicadas à Administração Direta, como dispõe o art. 22, XXI e
art. 37, XXI.
 Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
Empresas Estatais, enquanto prestadoras de serviço público, estão sujeitas as mesmas regras de licitação
indicadas à Administração Direta, como dispõe o art. 22, XXI e art. 37, XXI.
As Empresas Estatais exploradoras de atividade econômica não vão se basear, integralmente, na lei
8.666/93, pois esta têm procedimentos muito rigorosos que inviabilizariam a competitividade das empresas
no mercado. Assim, essas Estatais terão um regime simplificado para realizar suas licitações e contratos.
Esse regime simplificado ainda não foi criado, por em quanto, as Empresas Estatais estão se baseando no
pressuposto jurídico da inexigibilidade do dever de licitar. Esse pressuposto estabelece que a licitação deve
proteger o interesse público, portanto, se a licitação prejudicar a atividade-fim das empresas públicas ou
sociedades de economia mista, que estão atuando em pró do interesse coletivo, também estarão
prejudicando o interesse público.
As sociedades de economia mista como a PETROBRAS e a Eletrobras tem seu próprio regime simplificado,
estabelecido em lei e autorizado por decreto presidencial. A constitucionalidade deste regime é discutida
pelo STF, já que o regime simplificado deve ser uma lei única para todas as Estatais exploradoras de
atividade econômica. Mas, enquanto o STF não se posiciona, o regime da PETROBRAS e Eletrobras é valido.

Foro Processual
Art. 109, CF
 Autarquia e Fundações Públicas de Direito Público:
Os casos em que há interesse de autarquias federais serão julgados pela Justiça Federal, incluindo mandato
de segurança contra seus agentes. A autarquia deverá ser representada por Procurador de carreira e não por
advogados autônomos. Já os casos referentes a autarquias estaduais ou municipais serão julgados na Justiça
Comum.
Autarquias que tenham empregados públicos (regime celetista), quando a matéria do processo for
trabalhista, deverão ser atendidas por Tribunais Trabalhistas. Já, quando a matéria trabalhista for referente a
um servidor público, o processo deverá ser atendido por Tribunal Federal ou Estadual, conforme a esfera da
Autarquia.
 Fundações Públicas de Direito Privado
Terão suas matérias, que não sejam de cunho trabalhista ou eleitoral, julgadas na Justiça Comum.
 Sociedade de Economia Mista:
Independente da esfera de governo em que atue, se a matéria for referente à justiça comum, esta nunca
será julgada em tribunal federal.
 Empresa Pública:
Empresas públicas federais, em processos de matéria comum, são julgadas por tribunal federal.

Privilégios
 Autarquia e Fundações de Direito Público:
o Imunidade de Impostos:
Autarquias tem uma imunidade condicionada, é vedada a instituição de impostos sobre o
patrimônio, a renda e os serviços das autarquias, mas desde que vinculados as suas finalidades
essenciais ou que dela recorram, os demais bens não têm isenção (art. 150, §2 da CF).
Essa garantia afasta a cobrança de impostos e não dos demais tributos como taxas e contribuições.
o Prescrição:
Autarquias gozam do mesmo tratamento de Fazenda Pública, portanto o prazo prescricional de uma
ação contra uma autarquia é de 5 anos.
Ações regressivas impostas pela autarquia a seus agentes a fim de repor prejuízo ao erário são
imprescritíveis.
o Impenhorabilidade e Imprescritibilidade:
Bens autárquicos são considerados bens públicos, portanto impenhoráveis e imprescritíveis, não
podem ser alvos de sequestro ou arresto, nem objeto de usucapião.
Quanto à alienabilidade, tem a chamada “alienabilidade condicionada”. Significa que, como regra,
são inalienáveis, mas essa não é uma regra absoluta, preenchidos requisitos como; retirada de sua
destinação pública, demonstração de interesse público, autorização legislativa e licitação; os bens
autárquicos poderão ser alienados.
o Prazo Dilatado:
Autarquias, assim como a Fazenda Pública, gozam de prazo em quadruplo para contestar e em
dobro para recorrer. Essa regra não é aplicável a ações regidas por leis especiais, como mandato de
segurança e ação civil pública.
o **Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório:
 Fundação de direito privado
o Imunidade de Impostos:
o Impenhorabilidade e Imprescritibilidade:
Desde que indispensáveis à prestação de serviço público.
 Empresas Estatais prestadoras de serviços
o Imunidade de Impostos:
o Impenhorabilidade e Imprescritibilidade:
Desde que o bem seja vinculado à atividade essencial ou dela decorrente.
 Empresas Estatais exploradoras de atividade econômica
o Não tem privilégios, pois devem assemelhar-se o máximo possível ao regime privado.
Responsabilidade Civil do Estado
 Autarquias e Fundações Públicas de Direito Público e Privado:
Seguem a responsabilidade civil do Estado (art. 37, §6, CF), ou seja, respondem de forma objetiva pelos atos
de seus agentes. A responsabilidade inicial é do ente da Administração Indireta, devendo este arcar com os
prejuízos. Mas se o ente criado não tiver condições de sanar a divida o ente politico que o criou arcará com o
ônus.
 Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista:
A responsabilidade civil depende da finalidade da empresa estatal.
o Prestadora de Serviço Público:
Esta terá uma responsabilidade objetiva (art. 37, §6) para com usuários ou terceiros, tendo
responsabilidade subjetiva somente quando acontecem condutas omissivas. Devido ao fato de
empresas estatais não serem titularem de poderes públicos o Estado responde subsidiariamente
pelos danos causados por ela, ou seja, primeiro responde a empresa, se esta não tiver patrimônio
suficiente o Estado será acionado.
o Exploradora de Atividade Econômica:
As empresas exploradoras de atividade econômica, quanto às responsabilidades contratuais e
extracontratuais, estão sobre a mesma disciplina aplicável as empresas privadas (responsabilidade
subjetiva), portanto o Estado não responde subsidiariamente por seus atos.
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AUTARQUIA

Em sua relação com terceiros, as autarquias equivalem-se a pessoas jurídicas da Administração Direta. Seus atos são
atos administrativos, e como tal devem obedecer a todos os seus requisitos (competência, forma, motivo, objetivo e
finalidade).
 Características Próprias
Autarquias gozam de presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade, o que significa que
seus atos são legais, legítimos e verdadeiros. Também se aplicam as Autarquias o principio da autotutela
(capacidade de rever seus próprios atos; invalidando-os ou revogando-os).
 Débitos Judiciais:
Devido ao fato de não poderem ter seus bens penhorados, as autarquias pagam seus débitos mediante
precatório, conforme ordem cronológica. A ordem de pagamento deverá vir do Presidente do Tribunal, de
acordo com a disponibilidade de caixa para esse fim.

FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Tanto as fundações públicas de direito público quanto às de direito privado são criadas para exercerem atividades
atípicas do Estado, listadas no Titulo VIII da CF. São elas: seguridade social, educação, cultura, desporto, ciências e
tecnologia, comunicação social, meio ambiente, assistência à família, à criança, ao adolescente, ao jovem e ao idoso
e assistência ao índio.
Para se definir se uma fundação pública é de direito público ou privado deve-se analisar o regime jurídico que criou a
Fundação:
 Fundações Públicas de Direito Público:
São criadas por lei, portanto fazem parte do gênero autarquia (pois as autarquias são as únicas entidades da
Administração Indireta criadas por lei). São chamadas de fundações autárquicas ou autarquias fundacionais.
 Fundações Públicas de Direto Privado:
São autorizadas por lei, também chamadas de fundações governamentais. Apesar de terem personalidade
privada, seu regime não é inteiramente privado, pois estão sujeitas a fiscalização financeira e orçamentária e
também ao controle interno e externo (assim como todas as instituições que recebem dotações
governamentais). Nesse diapasão, fundações governamentais tem um regime conhecido por “regime
hibrido”, assim como empresas públicas e sociedades de economia mista.
A Administração pode, em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, alterar ou revogar a
lei que autorizou a criação da fundação governamental. Isso não pode ser feito com fundações privadas
instituídas por particulares.
Não estão sujeitas à fiscalização do Ministério Público, como acontece com fundações privadas instituídas
por particulares, já que se submetem ao controle mais rigoroso do Tribunal de Contas.
Quanto à receita, elas podem receber dotação orçamentária.

EMPRESAS ESTATAIS

 Empresas Públicas
São formadas, unicamente, por capital público, oriundo da Administração Direta, Indireta ou de ambos
simultaneamente. Assim, uma empresa pública pode ter suas ações divididas, desde que 100% do capital dos
acionistas seja público, mesmo que estes sejam entes de direito privado (outras empresas públicas). O
capital das empresas públicas sempre será fechado, ou seja, não aberto à bolsa de valores.
Empresas públicas podem ser criadas em qualquer das esferas de governo (União, Estados, DF e Municípios).

 Sociedade de Economia Mista

Deve, obrigatoriamente, ter a maioria das suas ações com direito a voto (50% +1) pertencente à
Administração Pública Direta ou Indireta. É composta por capital público e privado, podendo este ser aberto
ou fechado. Nada impede que um ente da Administração Pública de Direito Privado seja proprietário do
capital público da sociedade de economia mista.

Finalidade:
Admitem prestação de serviço público (art. 175, CF) ou exploração de atividade econômica (art. 173, CF). Em ambos
os casos, não serão titulares de poderes públicos, apenas exercerão o função pública em nome da Administração.
 Exploração de Atividade Econômica:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos
administradores.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica,
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a as punições compatíveis com sua
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a
economia popular.

 Prestação de Serviço Público:


Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.

O artigo trata as Empresas Estatais que prestam serviço público como concessionárias. O entendimento
doutrinário é diferente, o conceito de concessionária caracteriza-se por um concurso de capitais particulares
na formação do capital da empresa ou sociedade, ou ainda, quando trata de capitais públicos proveniente de
órbita governamental diversa da órbita governamental da pessoa que possui a competência constitucional
para prestá-lo.
Desse modo, empresas públicas formadas exclusivamente por capital da União ou por capital da
Administração Indireta Federal, quando os serviços forem de sua órbita de competência, não serão
consideradas concessionárias.

Regime Jurídico
Empresas Governamentais tem o que chamamos de regime hibrido. Quando prestadoras de serviço público, o
regime das empresas se assemelha mais ao regime público, já quando exploradoras de atividade econômica, o
regime é semelhante ao regime privado, para evitar a concorrência desleal.
O art. 173, §1, II, trata que as empresas públicas e sociedades de economia mista, no que tange a direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias, ficam a sujeição do regime jurídico das empresas privadas. O
inciso III do mesmo artigo trata da obrigatoriedade de licitação para contratação de obras, serviços, compras e
alienações, característica exclusiva do regime jurídico público. Confirmando assim as características de regime
hibrido.

AGENCIAS REGULADORAS

As agencias reguladoras são autarquias em regime especial, responsáveis pela regulamentação, controle e
fiscalização dos serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor privado. Portanto, o controle exercido por
elas é feito sobre a atividade executada pelas empresas do setor, independente das empresas serem públicas ou
privadas.
Elas têm todas as prerrogativas e características referentes a uma autarquia comum, mas em alguns pontos
apresentam um caráter especifico; como na investidura de seus dirigentes, que necessitam, além da nomeação pelo
Presidente, fato comum a todas as autarquias, de prévia aprovação pelo Senado Federal, assim recebendo o nome
de investidura especial (lei 9.986/00).
 Dirigentes das Agencias Reguladoras:
o Nomeados pelo regime de investidura especial;
o Tem garantia de mandato fixo: significa que no período estabelecido pela lei da agencia os
dirigentes terão estabilidade no cargo. O prazo de permanecia no mandato não poderá ultrapassar a
legislatura do Presidente (4 anos), não sendo coincidentes os mandatos;
o Somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado
ou de processo administrativo disciplinar.
o Período de quarentena: é o tempo que o ex-dirigente ficará impedido de exercer qualquer atividade
ou prestar serviço relacionado ao setor regulado pela respectiva agencia. Esse período será regulado
pela lei da agencia, se não for especificado na lei, o prazo será de quarto meses.

Essas autarquias vêm assumindo papel de poder concedente na concessão, permissão e autorização de serviços
ligados a sua área de atuação, papel esse executado, ate então, de forma exclusiva por entes políticos. Elas não
podem legislar, mas seus atos normativos tem força de ordenamento primário, portanto estão sujeitos a controle
de constitucionalidade.
Admite-se a criação dessas agencias no âmbito estadual e municipal, desde que respeitando a distribuição
constitucional de competência.
Quanto ao regime de pessoal é o mesmo aplicado às autarquias, salientando a contratação de temporários, que
deverá ser feita em caráter de exceção e com prazo determinado.
 Licitação:
As agencias reguladoras devem obedecer às normas gerais de licitação (lei 8.666/93 e lei 10.520/02), mas há
uma ressalva feita quanto à modalidade consulta, que não consta nas normas gerais, mas é permitida as
agencias reguladoras, desde que presente na lei da agencia.

 Características marcantes das Agências Reguladoras:


o A investidura de seus dirigentes;
o Assumem o papel de Poder concedente;
o Seus atos normativos tem força de ordenamento primário;

AGENCIA EXECUTIVA

São autarquias ou fundações públicas que, por iniciativa da Administração Direta, recebem o titulo de Agencia,
desde que preenchidas algumas condições:
I. Tenham um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento;
II. Tenham celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor.

Art. 37, § 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades


da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado
entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas
de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

Tem por objetivo exercer atividade estatal, a mesma atividade especificada na lei que criou a autarquia ou fundação,
com maior eficiência e redução de custos. Em contra partida, receberá do ente politico maior autonomia gerencial,
orçamentária e financeira.
A expressão agencia executiva é apenas uma qualificação, não se configurando como nova categoria de pessoa
jurídica. Para adquirir essa qualificação é necessário um ato administrativo que a reconheça como portadora dos
atributos necessários a tal. Sendo assim, mesmo que a autarquia ou fundação tenha os atributos, não será
qualificada como agencia executiva ate receber o reconhecimento, que virá via decreto presidencial.
Quanto ao regime de pessoal, será mantido o mesmo regime especificado na lei da autarquia ou fundação, seja ele
estatutário ou celetista (para o caso das fundações de direito privado).
É autorizado aos Estados e Municípios instituir agencia executiva.
 Licitações:
Devem obedecer as normas de licitação, mas receberão a prerrogativa do parágrafo único do art. 24 da lei
8.666/93.
Art. 24:
I– para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do
limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a
parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto
na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta
Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão
20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios
públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação
qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas.

CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL

São consideradas autarquias federais. Quanto a sua anuidade, essa contribuição se caracteriza como espécie
tributária, sendo assim, é de competência exclusiva da União, devendo ser fixada em lei (baseada no princípio da
reserva legal) e sendo de natureza tributária. Nesse sentido, a anuidade só poderá ser aumentada através de lei. Os
conselhos deverão realizar concurso público para contratar seus servidores.
Exceção feita à AOB, que não faz parte da Administração Pública Direta ou Indireta.

TERCEIRO SETOR

Características:
 São pessoas jurídicas de direito privado;
 Atuam sem fins lucrativos;
 Desempenham atividades de interesse coletivo;
 Não integram a administração pública;
 Recebem fomentos do poder público;
 São entidades paraestatais, trabalham ao lado do Estado;
 Sujeitam-se a controle pela Administração Pública e pelo Tribunal de Contas.

Sociedades Sociais Autônomas – SSA


Não prestam serviço público delegado pelo Estado, mas exercem atividade privada de interesse público.

 OS: qualificação, não são delegatórias de serviço público


o Atuação
 OSCIP: qualificação, não são delegatórias de serviço público
o Atuação
Consórcios Públicos
Lei 11.107/05
Tem personalidade jurídica
 Consórcios Públicos de Direito Público:
São criados na forma de associação
Fará parte de todos os entes políticos que a criaram.
 Consórcios Públicos de Direito Privado:
Criado baseado nos requisitos do código civil
Não fará parte da administração indireta

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