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1.ESTADO:
A figura do Estado passa a existir a partir do momento em que uma sociedade passa a se
organizar política e juridicamente. Toda vez que um grupo social estabelece normas para
regular as relações entre os componentes dessa sociedade, estar-se-á diante da criação
de um Estado. A incumbência do Estado é realizar o bem comum
Assim, pode-se definir Estado como sendo todo país, cujo objetivo é satisfazer o interesse
público, da coletividade.
E para satisfazer a coletividade, o Estado exerce três funções básicas: legislar, administrar
e julgar. Essas funções são exercidas pelos três Poderes do Estado, quais seja, Legislativo,
Executivo e Judiciário.
✍ IMPORTANTE
- LEGISLAR: criar leis;
- ADMINISTRAR: executar, realizar, pôr em práticas atividades públicas.
- JULGAR: solucionar conflitos, buscar a pacificação social.
Das três funções básicas do Estado, a que mais interessa ao Direito Administrativo é a
função administrativa, de executar, realizar, colocar em prática a saúde, a educação, a
segurança pública, o transporte público e etc.
A função administrativa é típica dos órgãos e entidades que pertencem ao Poder Executivo.
Todavia, é possível o exercício dessa função por órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Essa função administrativa, como já dito, é objeto de estudo do Direito Administrativo.
Portanto, o Direito Administrativo é o ramo do Direito Público formado pelo conjunto de
normas e princípios jurídicos que disciplinam a atividade administrativa do Estado, nos
seus três poderes, DE FORMA TÍPICA PELO PODER EXECUTIVO E DE FORMA ATÍPICA
PELOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO.
😐 O Direito Administrativo é o ramo do direito que cuida dessa atividade. Assim, podemos
conceituar DIREITO ADMINSTRATIVO como o conjunto de normas e princípios jurídicos
que disciplinam a atividade ADMINISTRATIVA do Estado.
2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Essa atividade ou função de administrar (executar, realizar saúde, educação, segurança
pública, transporte, etc) é exercida pelo Estado através de uma estrutura chamada
Administração Pública. Como são muitos serviços públicos a serem executados, essa
estrutura administrativa é dividida entre ADMINISTRAÇÃO DIRETA (centralizada) e
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (descentralizada).
à CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Para o desempenho de suas funções o Estado pode adotar duas formas: a centralização
e a descentralização.
Ocorre a centralização quando o Estado exerce suas atividades diretamente através de
seus órgãos e agentes. Os serviços são prestados diretamente pelos órgãos públicos
que são entes despersonalizados, ou seja, não têm personalidade jurídica própria (não
possuem direitos e deveres, não respondem por si próprios) mas integram uma pessoa
política - União, Estados, Distrito Federal e Municípios - estes sim com personalidade
jurídica, detentores de direitos e obrigações.
Ocorre descentralização quando o Estado desempenha suas funções de forma indireta,
ou seja, por meio de outras pessoas (AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PUBLICAS, EMPRESAS
PUBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA OU PARTICULARES – CONCESSIONÁRIOS
E PERMISSIONÁRIOS). Na descentralização é possível vislumbrar duas pessoas: a pessoa
política (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e a pessoa que executará o serviço,
por ter recebido da pessoa política essa atribuição.
Por fim temos o conceito de desconcentração. A desconcentração é técnica de criação
de órgãos. Por meio da desconcentração ocorre a distribuição de competências dentro
de uma mesma pessoa jurídica. É técnica utilizada para tornar mais ágil e eficiente a
prestação do serviço.
3. NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
→ ENTIDADES ADMINISTRATIVAS - quadro resumo
CO FI FO MO OB
II.1 Competência (QUEM?): é a capacidade atribuída, por lei, ao agente público para o
exercício de suas atribuições.
Quando o agente atua fora dos limites da lei, diz-se que cometeu excesso de poder,
passível de punição.
Ela é:
-obrigatória
- irrenunciável
- intransferível
- imodificável
- imprescritivel
Possibilidade: delegação (desde que não haja impedimento legal) e avocação.
II.2 Finalidade (PARA QUE?): de TODO ato administrativo é sempre o interesse público,
jamais podendo ser praticado com a finalidade de atender o interesse privado.
II.3. Forma (COMO?): é o modo através do qual se exterioriza o ato administrativo. Adota-
se, via de regra, a forma escrita para os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras
formas, como a verbal e até mesmo gestual, sinais.
II.4. Motivo (POR QUE? ): é a circunstancia de fato e de direito que autoriza a prática de
um ato administrativo.
Motivação: série de motivos externados que justificam a realização de determinado ato.
👍ATENÇÃO – Teoria dos motivos determinantes
II.5 Objeto (OQUE?) – O QUE se busca produzir. É o conteúdo do ato; é o resultado dele,
é o efeito gerado por ele
Uma das grandes características que tornam o Distrito Federal ente atípico é o fato de que
é de competência da União Federal manter e organizar o Poder Judiciário, o Ministério
Público, as Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Logo,
a organização das carreiras citadas não fica a cargo do Distrito Federal, bem como a
remuneração dos servidores e demais despesas dos órgãos citados.
2. VALORES FUNDAMENTAIS
O Distrito Federal possui alguns valores considerados como fundamentais, ou seja,
algumas características que para o DF são fundamentais, devem ser assegurados a todos,
tais como a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a não discriminação, etc. São
elementos fundamentais que devem ser garantidos a todos, vejamos:
3. OBJETVOS PRIORITÁROS
A LODF define também os objetivos prioritários do DF. Objetivos são as metas que o DF
pretender alcançar. Atualmente, são quatorze objetivos prioritários (eles são atualizados
com uma certa frequência). Vejamos:
Direito de Petição
à Universal
Sem taxa, emolumentos ou garantia de instância
5. SOBERANIA POPULAR
¾ A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
1. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
a) Brasília: capital da República Federativa do Brasil e sede do Governo do Distrito
Federal.
DICA DE PROVA: O DF não possui capital. Somente os Estados possuem suas capitais.
Brasília é onde fica a sede do governo do DF. É muito importante não confundir Brasília
com o próprio DF, que além de Brasília abarca todas as outras RA’s (Taguatinga, Ceilândia,
Gama, Samambaia, etc.)
b) Os símbolos do Distrito Federal são: a bandeira, o hino e o brasão .
✌OBS: A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no território do
Distrito Federal.
c) Considera-se território do Distrito Federal o espaço físico-geográfico que se
encontra sob seu domínio e jurisdição.
d) O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-
social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal.
Entorno? Goiás e Minas
2. DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DISTRITO FEDERAL
¾ O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à
descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o
desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.
ATENÇÃO: A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. O projeto de lei de criação ou
extinção de uma RA é de competência privativa do GOVERNADOR; porém, este projeto de
lei deve ser aprovado pela CLDF.
Escolha do Administrador Regional será feita com a participação popular, de acordo
com a lei.
A remuneração dos Administradores Regionais NÃO PODERÁ SER SUPERIOR à
fixada para os Secretários de Estado do Distrito Federal.
As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal.
Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de Representantes
Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da lei.
Com a criação de nova região administrativa, fica criado, automaticamente,
conselho tutelar para a respectiva região. Observe que não há necessidade de lei para
a criação do conselho tutelar, a criação é automática: criada a RA automaticamente
estará criado o Conselho Tutelar da respectiva região.
💣 DICA IMPORTANTE: A Lei Orgânica não cita, em nenhum momento, o termo “cidades-
satélites”, termo usual com o qual nos referimos às regiões administrativas. Portanto,
caso essa expressão apareça na prova de LODF, é provável que o item esteja errado.
3. DA COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL
Por ser autônomo, o DF possui competências, ou seja, atividades, serviços que deve
desempenhar. Por exemplo, é necessário dispor sobre serviços funerários e administração
dos cemitérios. Esta é uma das competências do DF. E, aliás, essa é uma competência
PRIVATIVA, já que esse assunto é de interesse apenas do próprio DF. Logo, o Distrito
Federal deverá dispor sobre serviços funerários e administração de cemitérios.
💣 IMPORTANTE: Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas
reservadas aos Estados e Municípios, cabendo-lhe exercer, em seu território, todas as
competências que não lhe sejam vedadas pela Constituição Federal.
Desta feita, tudo o que um Estado faz, o DF também faz. Tudo que um município faz, o
DF também faz.
3.1 CLASSIFICAÇAO DAS COMPETÊNCIAS
As competências do DF são divididas em: privativa, comum e concorrente.
a) COMPETÊNCIA PRIVATIVA:
O DF possui competências classificadas como PRIVATIVAS, já que cabe somente ao DF
tratar do assunto. São assuntos privativos do DF, de modo que não cabe a outro ente
federativo (um Estado, um Município ou mesmo a União Federal) dispor sobre esse
assunto. É DE INTERESSE DO DF.
Segue abaixo as competências privativas do DF:
Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal:
I – organizar seu Governo e Administração;
II – criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas, de acordo com a legislação
vigente;
III – instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa do Distrito
Federal;
IV – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência;
V – dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens públicos;
VI – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VII – manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de educação,
prioritariamente de ensino fundamental e pré-escolar;
VIII – celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e decisões administrativas
com a União, Estados e Municípios, para execução de suas leis e serviços;
IX – elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento
anual;
X – elaborar e executar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial, a Lei de Uso e Ocupação
do Solo e Planos de Desenvolvimento Local, para promover adequado ordenamento
territorial, integrado aos valores ambientais, mediante planejamento e controle do uso,
parcelamento e ocupação do solo urbano;
XI – autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e fiscalizar os serviços
de veículos de aluguéis;
XII – dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções
públicas;
XIII – dispor sobre a organização do quadro de seus servidores; instituição de planos de
carreira, na administração direta, autarquias e fundações públicas do Distrito Federal;
remuneração e regime jurídico único dos servidores;
XIV – exercer o poder de polícia administrativa;
XV – licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços e similar ou
cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde, ao
bem-estar da população ou que infringirem dispositivos legais;
XVI – regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de outros
resíduos recicláveis;
XVII – dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar
e de outros resíduos;
XVIII – dispor sobre serviços funerários e administração dos cemitérios;
XIX – dispor sobre apreensão, depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas
em decorrência de transgressão da legislação local;
XX – disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua competência, competições esportivas,
espetáculos, diversões públicas e eventos de natureza semelhante, realizados em locais
de acesso público;
XXI – dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos;
XXII – disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito
Federal;
XXIII – exercer inspeção e fiscalização sanitária, de postura ambiental, tributária, de
segurança pública e do trabalho, relativamente ao funcionamento de estabelecimento
comercial, industrial, prestador de serviços e similar, no âmbito de sua competência,
respeitada a legislação federal;
XXIV – adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade, utilidade
pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor;
XXV – licenciar a construção de qualquer obra;
XXVI – interditar edificações em ruína, em condições de insalubridade e as que
apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer
demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva;
XXVII – dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição de cartazes, anúncios
e quaisquer outros meios de publicidade ou propaganda, em logradouros públicos, em
locais de acesso público ou destes visíveis.
b) COMPETÊNCIA COMUM:
As competências do DF consideradas COMUNS são assuntos que são de interesse do DF
e de interesse NACIONAL. Por isso, são competências do DF em COMUM com a UNIÃO.
Segue abaixo as competências comuns do DF com a União:
Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum com a União:
I – zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Lei Orgânica, das leis e das instituições
democráticas;
II – conservar o patrimônio público;
III – proteger documentos e outros bens de valor histórico e cultural, monumentos,
paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos, bem como impedir sua evasão,
destruição e descaracterização;
IV – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
V – preservar a fauna, a flora e o cerrado;
VI – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VII – prestar serviços de assistência à saúde da população e de proteção e garantia a
pessoas portadoras de deficiência com a cooperação técnica e financeira da União;
VIII – combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos segmentos desfavorecidos;
IX – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
X – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seu território;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementar deve fixar norma para a cooperação entre a União
e o Distrito Federal, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar no
âmbito do território do Distrito Federal.
C) COMPETÊNCIA CONCORRENTE
As competências concorrentes são competências legislativas. Trata-se de uma competência
para criar leis sobre um assunto. Assim, toda vez que constar em prova compete ao DF
“LEGISLAR SOBRE”, trata-se de uma competência CONCORRENTE.
Segue abaixo as competências concorrentes do DF:
Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – junta comercial;
IV – custas de serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico;
VIII – responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, espeleológico, turístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino e desporto;
X – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XI – defensoria pública e assistência jurídica nos termos da legislação em vigor;
XII – proteção e integração social das pessoas com deficiência;
XIII – proteção à infância e à juventude;
XIV – manutenção da ordem e segurança internas;
XV – procedimentos em matéria processual;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.
✍ OBS:
a) O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas
gerais estabelecidas pela União.
b) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá competência
legislativa plena, para atender suas peculiaridades.
c) A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia de lei local,
no que lhe for contrário.
4. DAS VEDAÇÕES
O art. 18 da LODF prevê as vedações ao DF. Aquilo que é proibido ao DF fazer. Vejamos as
vedações:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos públicos, quer pela
imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou com fins estranhos à administração pública;
IV – doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre eles ônus real, bem como
conceder isenções fiscais ou remissões de dívidas, sem expressa autorização da Câmara
Legislativa, sob pena de nulidade do ato.
5. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Lei orgânica disciplina também toda a estrutura administrativa do DF:
↣ A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Distrito
Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, motivação, transparência, eficiência, interesse público, participação popular,
e também ao seguinte:
ATENÇÃO: São obrigados a fazer declaração pública anual de seus bens, os seguintes
agentes públicos:
I – Governador;
II – Vice-Governador;
III – Secretários de Estado do Distrito Federal;
IV – diretores de empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias
e fundações;
V – Administradores Regionais;
VI – Procurador-Geral do Distrito Federal;
VII – Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
VIII – Deputados Distritais;
IX – Defensor Público-Geral do Distrito Federal.
↣ lei disporá sobre cargos que exijam exame psicotécnico para ingresso e acompanhamento
psicológico para progressão funcional;
↣ a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção de
sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de
lei específica;
↣ A direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações e sociedades de
economia mista terá representantes dos servidores, escolhidos do quadro funcional, para
exercer funções definidas, na forma da lei.
↣ É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração
ou subsídio de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na
forma desta Lei Orgânica, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados, em lei,
de livre nomeação e exoneração.
✋ ATENÇÃO:
É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para emprego
ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa condenada,
em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde
a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da
pena, salvo se sobrevier decisão judicial pela absolvição do réu ou pela extinção da
punibilidade, por:
I – ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral;
II – prática de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;
III – prática de crimes previstos no Estatuto do Idoso;
IV – prática de crimes previstos na Lei Maria da Penha.
Fica vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda,
de função gratificada, na administração pública direta e indireta em qualquer
dos Poderes do Distrito Federal, compreendido na vedação o ajuste mediante
designações recíprocas.
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços
públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa.
Os atos de improbidade administrativa importarão suspensão dos direitos políticos,
perda da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
6. DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Além de dispor sobre as regras da Administração Pública do DF, a LODF define também
alguns direitos sobre os servidores públicos do DF. Inclusive é nesse ponto que a LODF
acaba indo de encontro ao disposto na LC 840/11. Assim é necessário não confundir os
dispositivos da LODF com os dispositivos da LC 840/11 e marcar os itens de acordo com o
que pede o enunciado da questão, ok?
O Distrito Federal instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores
da administração pública direta, autarquias e fundações públicas, nos termos do art. 39
da Constituição Federal.
✋ ATENÇÃO: esse regime jurídico já foi criado. Em 2011 foi editada a Lei Complementar
n.º 840, o regime jurídico do servidor do DF.
6.2. ESTABILIDADE
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
6.3. PERDA DO CARGO PARA O SERVIDOR ESTÁVEL
O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a
ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
💣ATENÇÃO 1: Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
REINTEGRADO COM TODOS OS DIREITOS E VANTAGENS devidos desde a demissão, e o
eventual ocupante da vaga será RECONDUZIDO AO CARGO DE ORIGEM, SEM DIREITO
A INDENIZAÇÃO, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada.
💣 ATENÇÃO 2: Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
✍ DICA DE PROVA: a disponibilidade é a situação em que o servidor estável fica “disponível”
em casa aguardando o chamado da Administração assim que surgir um cargo que possa
ocupar. Durante esse período o servidor é remunerado, mas apenas proporcionalmente
ao tempo de serviço que possui na Administração.
Em relação aos dispositivos da LODF,
LODF
julgue o item abaixo:
EXERCÍCIOS
6. Dentre os objetivos prioritários do Distrito
Federal, o mais recente incluído no texto da
(QUADRIX – 2021 - CREFI 21 - adaptada)
Lei Orgânica é promover a inclusão digital,
No que concerne ao disposto na . LODF,
o direito de acesso à Internet, o exercício da
julgue:
1. O direito de petição aos Poderes Públicos, cidadania em meios digitais e a prestação
em defesa de direitos ou contra ilegalidades de serviços públicos por múltiplos canais de
ou abusos de poder, é assegurado, desde acesso.
que o interessado realize o pagamento das
taxas correspondentes ao ato solicitado. 7. A administração pública é obrigada
a atender a requisições judiciais no
(Quadrix - 2014 - CRN - 1ª Região (GO) - prazo máximo de dez dias úteis,
Auxiliar Administrativo – adaptada) independentemente de pagamento de
2. Segundo a LODF, são valores fundamentais taxas ou emolumentos, para defesa de
do Distrito Federal, representatividade direitos e esclarecimento de situações de
política, a cidadania, a dignidade da pessoa interesse pessoal ou coletivo.
humana, os valores sociais da livre iniciativa
e pluralismo político. 8. É absoluta a regra de que, no âmbito do
DF, as funções de confiança deverão ser
(CESPE/CEBRASPE - DETRAN - Assistente exercidas por servidores efetivos.
Administrativo – adaptada)
Com relação à organização do DF, prevista 9. Do acordo com texto da LODF, no interesse
na LODF, julgue os itens a seguir: da administração, é um direito da servidora
3. Brasília é a capital federal e a sede do pública vítima de violência doméstica e
governo do Distrito Federal e seu território familiar, a sua remoção pela administração
compreende o espaço físico geográfico que direta e indireta e pelas autarquias.
se encontra sob seu domínio e jurisdição.
(CESPE / CEBRASPE - PC - Necrotomista –
Julgue o item abaixo no tocante à Regiões adaptada)
Administrativas do DF: Com base nos dispositivos da LODF que
4. O Distrito Federal organiza-se em Regiões tratam dos servidores públicos, julgue o
Administrativas, administradas por um item:
administrador regional, cuja escolha será 10. A remuneração dos servidores públicos
popular nos termos de lei que disporá sobre pode ser fixada e alterada por decreto do
o assunto. chefe do Governador.
(Quadrix - 2019 - CRP - Jornalista –
(Quadrix - 2019 - CORECON - PE - Assessor adaptada)
Jurídico – adaptada) De acordo com a Lei Orgânica do Distrito
A respeito dos valores fundamentais, Federal, julgue o item:
objetivos prioritários e soberania popular 11. A invalidação, por decisão judicial ou
previstos na LODF, julgue o item: administrativa, de demissão de servidor
5. Um dos objetivos prioritários do DF é dar estável garante sua reintegração ao serviço
prioridade ao atendimento das demandas
público, com a recondução de eventual
da sociedade nas áreas de educação,
atual ocupante do cargo público, mediante
saúde, trabalho, transporte, segurança
prévia indenização.
pública, moradia, saneamento básico, lazer
e assistência social.
(Quadrix - 2017 - CFO-DF - Técnico qualquer dos Poderes do Distrito Federal
Administrativo - adaptada) obedecerá, dentre outros, aos princípios
12. Para efeito do limite remuneratório de legalidade, impessoalidade, moralidade,
previsto na LODF, qual seja, o subsídio publicidade e eficiência. Com relação à
mensal em espécie dos Desembargadores Administração Pública e aos servidores
do Tribunal de Justiça do DF, não serão públicos, julgue o item:
computadas as parcelas de caráter 16. Atos de improbidade administrativa
indenizatório previstas em lei. importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a
(Quadrix - 2021 - CREFONO-4ª Região - indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
Fonoaudiólogo Fiscal) ao erário, na forma e na gradação previstas
Com relação à Administração Pública em lei, sem prejuízo de ação penal cabível.
e aos servidores públicos no âmbito da
LODF, julgue o item: (CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF - Policial
13. Os servidores nomeados para cargo de Rodoviário Federal - Curso de Formação -
provimento efetivo em virtude de concurso 3ª Turma - 1ª Prova – adaptada)
público serão considerados como estáveis Considerando as competências do DF,
após dois anos de efetivo exercício, sendo julgue o item a seguir:
obrigatória uma avaliação de desempenho 17. É competência privativa do DF estabelecer
trimestral, por comissão constituída para e implantar política de educação para a
esse fim. segurança do trânsito.
LEI 840 - REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO DISTRITO FEDERAL,
SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES
A Lei Complementar n.º 840, editada em 2011 institui um regime jurídico, ou seja, um
conjunto de normas para todo aquele que é considerado servidor público do Distrito
Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas do Distrito Federal.
↣ Conceitos legais
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente
investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional e cometidas a um servidor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria
e subsídio ou vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter
efetivo ou em comissão.
2. REGRAS DE INGRESSO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O SERVIDOR PÚBLICO
DO DISTRITO FEDERAL
Para ser servidor público do DF, regido pela lei Complementar 840/1 é necessário, como já
dissemos, ocupar um cargo público. E para ocupar cargo público é necessário atender as
regras de ingresso em um cargo público.
Assim, vamos analisar esse passo a passo dos servidores públicos conforme os artigos da
LC 840/11.
2.1. Concurso Público (somente para cargos efetivos)
Características:
2.1.1 As normas gerais sobre concurso público são as fixadas em lei específica. No âmbito
do DF temos as seguintes leis que versam sobre concursos públicos:
2.1.2 O concurso público é de provas ou de provas e títulos, conforme dispuser a lei do
respectivo plano de carreira.
2.1.3. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma
única vez, por igual período, na forma do edital.
2.1.4 No período de validade do concurso público, o candidato aprovado deve ser nomeado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira.
I ATENÇÃO: O edital de concurso público tem de reservar vinte por cento das vagas
para serem preenchidas por pessoa com deficiência, desprezada a parte decimal.
à A vaga não preenchida na forma do caput reverte-se para provimento dos demais
candidatos.
à A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo são verificadas antes
da posse, garantido recurso em caso de decisão denegatória, com suspensão da
contagem do prazo para a posse.
2.2. Nomeação (para cargos efetivos e comissionados)
A nomeação é um ato administrativo por meio do qual a Administração designa alguém
para ocupar um cargo público. É o ato em que a Administração Pública comunica aquele
que foi aprovado no concurso ou o escolhido para o cargo em comissão que tem um
cargo público para eles ocuparem, por isso, a nomeação deve ser publicada no Diário
Oficial do Distrito Federal.
Desta feita, a nomeação pode se dar para um cargo efetivo ou um cargo em comissão.
2.3 Posse (para os cargos efetivos e comissionados)
Posse é o ato bilateral pelo qual o candidato nomeado é investido no cargo público. Com
a posse ocorre a INVESTIDURA no cargo público. Dar-se-á com a assinatura do termo
de posse, onde constam as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo.
→ O servidor, no ato da posse, também deverá apresentar três declarações:
a) de bens e valores que constituem seu patrimônio;
b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem como de proventos
da aposentadoria de regime próprio de previdência social
c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de cargo público.
→ A posse poder ser realizada por procuração específica (também chamada de
instrumento de mandato).
→ A posse depende de prévia inspeção médica oficial.
2.4 Exercício (para os cargos efetivos e comissionados)
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de
confiança.
→ PRAZO para entrar em exercício: 5 DIAS ÚTEIS, contados da posse. A não observância do
prazo gera a EXONERAÇÃO do servidor.
K ATENÇÃO!!
O prazo para entrar em exercício é contado em dias uteis. E é de 5 dias úteis e não até
5 dias úteis.
Caso o empossado não entre em exercício no prazo de 5 dias úteis será exonerado e
não demitido (demissão só se aplica nos casos de cometimento de infrações graves,
não é caso de quem não apareceu sequer para começar a trabalhar, né).
A quem compete dar exercício ao servidor?
Compete ao titular da unidade administrativa onde for lotado o servidor dar-lhe exercício,
ou seja, o chefe da repartição.
2.5 Estágio Probatório (somente para os cargos efetivos)
Os servidores cumprirão o período de estágio probatório pelo prazo de 3 ANOS.
→ Critérios de Avaliação do Estágio Probatório:
R esponsabilidade
A ssiduidade
P rodutividade
P ontualidade
I niciativa
D isciplina
• O procedimento de avaliação do estágio probatório será realizado da seguinte
forma:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente,
com pontuação por notas numéricas de zero a dez (para cada requisito –
responsabilidade, assiduidade, produtividade, pontualidade, iniciativa e disciplina
– serão atribuídas notas de 0 a 10);
II – as avaliações semestrais são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha
previamente preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor,
no semestre de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
• Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
O chefe imediato fará a avaliação do servidor até o 30º mês, a cada seis
meses. Quando chegar no 30º mês, será realizada a avaliação especial que deve
ser feita por comissão, quatro meses antes de terminar o estágio probatório. A
comissão é composta por três servidores estáveis do mesmo cargo ou de cargo de
escolaridade superior da mesma carreira do avaliado.
→ Caso o servidor não seja aprovado no estágio probatório:
a) se estável – será RECONDUZIDO para o cargo anterior.
b) se não estável – será EXONERADO
.Obs: Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso,
a serem processados na forma desta Lei Complementar.
2.6 Estabilidade (somente para ambos os cargos efetivos)
Estabilidade é a condição de segurança que o servidor público adquire após cumprir os
seguintes requisitos:
• aprovação em concurso público;
• 3 ANOS de efetivo exercício;
• Aprovação em estágio probatório com avaliação de desempenho, por comissão
instituída para esse fim.
A estabilidade é a garantia conferida ao servidor efetivo de que ele não será sumariamente
dispensado pela Administração Pública. É a garantia de permanência no serviço público.
Porém, é necessário cumprir os requisitos já citados acima (aprovação em concurso,
efetivo exercício por 3 anos e aprovação em estágio probatório).
O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal:
*sentença judicial transitada em julgado;
*processo administrativo disciplinar, com ampla defesa;
*procedimento de avaliação periódica de desempenho;
*excesso de gastos com folha de pessoal.
3. PROVIMENTO
A Lei Complementar n.º 840/11 destaca as formas de provimento de cargo público.
Provimento é o preenchimento de cargo público. São cinco formas de provimento:
nomeação, reintegração, recondução, reversão e aproveitamento.
Assim, um cargo público pode ser preenchido através de uma nomeação, de uma
reintegração, de uma recondução, de uma reversão ou de um aproveitamento.
3.1 Nomeação
A nomeação é a única forma de provimento originário de cargo público. Originário por
que ela só é feita quando o servidor muda de cargo; logo, diz-se que ela é originária por
que só se nomeia um servidor para um cargo no qual ele ainda não tem nenhum vínculo.
↣A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de
validade do concurso público.
↣O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito
à nomeação no cargo para o qual concorreu.
3.2 DA REINTEGRAÇÃO
A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no
cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no
período em que esteve demitido.
↣ Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em disponibilidade.
↣ Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda,
posto em disponibilidade.
PRAZO: É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo,
contados da data em que tomou ciência do ato de reintegração.
J MACETE!!!
ReINtegração é igual a servidor INjustiçado, INocente que deve ser INdenizado.
3.3. DA RECONDUÇÃO
A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, e decorre
de:
I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.
Como visto acima, são três formas de recondução:
1ª forma: se o servidor já for estável e é aprovado em outro concurso, ao assumir esse
novo cargo e inicia o estágio probatório nesse novo cargo. Caso venha a reprovar no
estágio probatório desse novo cargo, o servidor poderá retornar ao cargo anterior.
Esse retorno é chamado de RECONDUÇÃO.
2º forma: também ocorrerá a RECONDUÇÃO se esse mesmo servidor desistir
do estagio probatório desse novo cargo. Às vezes, ao assumir um novo cargo, o
servidor chega a conclusão de que não se adaptou a ele e manifesta o desejo e a
intenção de retornar ao cargo anterior. Diante disso, é possível a sua recondução
ao cargo anterior.
3º forma: por fim, haverá RECONDUÇÃO quando o servidor estável está ocupando
cargo de um servidor que foi demitido. É possível que esse servidor que foi
demitido consiga anular a demissão e retornar ao cargo que era dele. O eventual
ocupante desse cargo terá que sair e retornará ao cargo de onde veio. Esse retorno
é a recondução.
↣PRAZO: em quaisquer das formas de recondução, o servidor tem de retornar ao exercício
do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução.
J MACETE!!
RECONdução é o R etorno do E stavél ao C argo de O rigem.
3.4. DA REVERSÃO
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado. Pode ocorrer de três formas:
I – quando o servidor foi aposentado por invalidez e junta médica oficial comprovar
sua reabilitação. Assim, o servidor que estava aposentado por invalidez será
revertido.
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos
fundamentos de concessão da aposentadoria, ou seja, a aposentadoria foi
concedida de forma equivocada e ao constatar o equívoco, a Administração
determina a reversão desse servidor que foi aposentado;
III – voluntariamente (ou seja, a pedido do aposentado), desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os
critérios de reversão voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
Ocorrendo a reversão por ter cessado a invalidez ou por ter sido constatada insubsistente
a aposentadoria, o servidor DEVE ser revertido ao cargo que era dele; é obrigatório o
retorno. E Se ao retornar, o revertido encontrar o cargo, o servidor deve exercer suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Se a reversão for voluntária, ou seja,
a pedido do aposentado, ficará a critério da Administração aceitar ou não a reversão.
↣ Não pode reverter o aposentado que tenha completado setenta anos.
↣ A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
PRAZO: É de quinze dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo,
contados da data em que tomou ciência da reversão.
J MACETE!!!
Reversão: o véi ficou são (bom). REVÉISÃO
IMPORTANTE!!
Exoneração nunca decorre de uma punição, não tem caráter punitivo. Ocorre nas
situações abaixo:
- a pedido do servidor quando ele não quiser mais ocupar o cargo – De oficio pela
Administração, quando o servidor reprovar no estágio probatório ou quando não entrar
em exercício no prazo de 5 dias úteis ou quando se trata de servidor comissionado (em
que é livre a exoneração).
- Demissão só se aplica como forma de punição para o servidor efetivo ao cometer
infração disciplinar grave;
- Destituição é a punição aplicada ao servidor comissionado.
ASSIM,
Servidor efetivo que cometer infração grave é DEMITIDO.
Servidor comissionado que comete infração grave é DESTITUÍDO.
A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço
público não pode, sem justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma
do regulamento.
8. DO SISTEMA REMUNERATÓRIO
8.1 Das Vantagens
Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – gratificações;
II – adicionais;
III – abonos;
IV – indenizações.
8.2.1 Da Gratificação de Função de Confiança e dos Vencimentos de Cargo em
Comissão
Sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo, o servidor que ocupa cargo
em comissão ou função de confiança (direção, chefia e assessoramento) faz jus:
I – ao valor integral da função de confiança para a qual foi designado;
II – a oitenta por cento dos vencimentos ou subsídio do cargo em comissão por ele exercido,
salvo disposição legal em contrário.
✍ O servidor efetivo pode optar pelo valor integral do cargo em comissão, hipótese em
que não pode perceber o subsídio ou a remuneração do cargo efetivo.
8.2.2 Dos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade
O servidor que trabalha com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente
com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida faz jus a um adicional de
insalubridade ou de periculosidade.
✍ATENÇÃO: os adicionais de insalubridade e periculosidade não podem ser
acumulados.
↣A servidora gestante ou lactante, enquanto durar a gestação e a lactação, deve exercer
suas atividades em local salubre e em serviço não perigoso.
↣Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios X ou substâncias radioativas
devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
@TOME NOTA: Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve ser acrescido de cinquenta
por cento por nascituro
15.2 SUSPENSÃO
A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou
subsídio dos dias em que estiver afastado.
15.3 DEMISSÃO
A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao
servidor efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo ser cominada com
o impedimento de nova investidura em cargo público. Ou seja, dependendo do motivo
da demissão, o servidor público pode vir a ser impedido de retornar para os quadros da
Administração Pública do DF por um período.
15.6 DESTITUIÇÃO
A destituição do cargo em comissão é a sanção por infração disciplinar média ou grave,
pela qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Federal a perda do
cargo em comissão por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova
investidura em outro cargo efetivo ou em comissão.
Estamos iniciando o estudo do Decreto 42.590/21 que aprovou o II Plano Distrital de Po-
líticas Públicas para as Mulheres e instituiu o Comitê de Articulação e Monitoramento. O
conteúdo do Decreto 42.590/21 passou a ser conteúdo obrigatório em todos os concursos
públicos no âmbito do Distrito Federal por meio da Portaria 271/2021, vejamos:
O Decreto 42.590/2021, como já visto, possui dois objetos: a aprovação do Plano Distri-
tal de Políticas Públicas para as Mulheres e a instituição do Comitê de Articulação e
Monitoramento.
Desta feita, o nosso estudo tem por objetivo o domínio do Plano e das características do
Comitê.
Antes de iniciamos o estudo do Plano Distrital de Políticas Públicas para as Mulheres é
importante ter em mente que um “plano” é um conjunto de ideias que serão postas em
prática. Dessa forma, quando falamos em Plano Distrital estamos nos referindo a um con-
junto de ideias que serão colocadas em prática pelo Distrito Federal. Logo, o Plano Distri-
tal de Políticas Públicas para as Mulheres são ideias, ações, objetivos, metas voltadas para
as mulheres que serão colocados em prática pelo Distrito Federal.
O Comitê deverá ser composto por 4 (quatro) representantes do Conselho dos Direitos da
Mulher do Distrito Federal, obrigatoriamente dentre as representações da sociedade civil,
e 1 (um) representante, titular e suplente, de órgãos da Administração Pública do Distrito
Federal, mais precisamente de 24 Secretarias de Estado do DF.
Vamos entender melhor essa composição do Comitê?
No tocante a composição, inicialmente o Decreto 42.590/21 determina que o Comitê deve
ser formado por 4 (quatro) representantes do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito
Federal, obrigatoriamente dentre as representações da sociedade civil. O Conselho dos
Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM-DF) é um órgão que tem por finalidade for-
mular e propor diretrizes de ação governamental voltadas à eliminação da violência e da
discriminação, à promoção e defesa dos direitos das Mulheres. O CDM é composto por 25
(vinte e cinco) integrantes, sendo que 12 (doze) representantes do Poder Público do Distri-
to Federal e outros 12 (doze) representantes de entidades da sociedade civil.
Logo, os 4 (quatro) representantes do Comitê de Articulação e Monitoramento que per-
tencem ao Conselho dos Direitos da Mulher serão obrigatoriamente escolhidos dentre os
membros do CDM que representam da sociedade civil (dessa forma, na hora de escolher
quais membros do CDM irão integrar o Comitê de Articulação e Monitoramento não po-
dem escolher os membros do CDM que representam o Poder Público).
Posteriormente, o Decreto 42.590/21 afirma que também deve integrar o Comitê de Arti-
culação e Monitoramento, 1 (uma) representante (subtende-se que serão mulheres), titu-
lar e suplente, de 24 secretarias da Administração Pública do Distrito Federal. É importan-
te destacar que o Comitê contará apenas com 1 (uma) representante do DF. Esse será o
titular. Todavia, será escolhida também uma suplente (ou seja, uma substituta), pois caso
a titular precise se ausentar, como no caso de um problema de saúde, a suplente assume
seu lugar e não desfalca o Comitê. Dessa forma, as duas (titular e suplente) não atuarão ao
mesmo tempo no Comitê, por isso, o Decreto afirmar que é apenas 1 (uma) representante.
Outro ponto importante é que esse representante da Administração Pública do DF será
dos seguintes órgãos:
a) Secretaria de Estado de Economia;
b) Secretaria de Estado de Saúde;
c) Secretaria de Estado de Comunicação;
d) Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania;
e) Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural;
f) Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa;
g) Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade;
h) Secretaria de Estado de Esporte e Lazer;
i) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social;
j) Secretaria de Estado de Turismo;
k) Secretaria de Estado de Educação;
l) Secretaria de Estado de Empreendedorismo;
m) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico;
n) Secretaria de Estado de Trabalho;
o) Secretaria de Estado de Governo;
p) Secretaria de Estado de Juventude;
q) Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade;
r) Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência;
s) Secretaria de Estado de Segurança Pública;
t) Secretaria de Estado de Atendimento à Comunidade;
u) Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação;
v) Secretaria de Estado Desenvolvimento Urbano e Habitação;
w) Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura; e
x) Secretaria Extraordinária da Família.
Conforme visto acima, o Decreto lista 24 secretarias. Todavia, alguns detalhes devem ser
destacados: observe que a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade está repetida
na lista acima, na alínea “g” e na “q”. Essa duplicidade consta no Decreto. Outro ponto de
suma importância é que na lista acima não consta a Secretaria da Mulher (o que é curioso
já que se trata de um plano para as mulheres, né). Mas apesar da Secretaria da Mulher não
constar na lista de órgãos em que será escolhido 1 (uma) representante para compor o
Comitê, o § 1º do art. 4º do Decreto prevê que à Secretaria de Estado da Mulher competirá
a coordenação do Comitê. Dessa forma, a coordenação do Comitê compete à Secretaria
da Mulher.
Mas é importante destacar também que, apesar da Secretaria da Mulher não constar na
lista de órgãos em que será escolhido 1 (um) representante para compor o Comitê, o § 1º
do art. 4º do Decreto prevê que à Secretaria de Estado da Mulher competirá a coordena-
ção do Comitê. Dessa forma, a coordenação do Comitê compete à Secretaria da Mulher.
Conforme explicitado na tabela acima, o Comitê irá contar com o auxílio de suas câmaras
técnicas (no cumprimento de suas atribuições, sistematizando informações e elaborando
relatórios) e da Secretaria da Mulher (no suporte técnico e administrativo).
✍ MACETE PARA LEMBRAR QUAIS AS FUNÇÕES DAS CÂMARAS TÉCNICAS E DA SE-
CRETARIA DA MULHER JUNTO AO COMITÊ:
• Que tipo de auxílio as Câmaras Técnicas prestarão ao Comitê?
• Que tipo de auxílio a Secretaria da Mulher prestará ao Comitê?
EIXOS DO PDPM
No anexo do Decreto, encontramos a definição dos eixos do PDPM. Eixos são as bases do
Plano de Políticas Públicas para as Mulheres, ou seja, os pontos importantes que servirão
de base para a definição das metas, ações e objetivos. O PDPM prevê 9 (nove) eixos para
concretização do PDPM que é a garantia da igualdade das mulheres e o combate da dis-
criminação de gênero:
Eixo 1 – Igualdade no Mundo do Trabalho e Autonomia Econômica
Eixo 2 – Educação para Igualdade
Eixo 3 – Saúde Integral das Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos
Eixo 4 – Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres
Eixo 5 – Participação das Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão
Eixo 6 – Igualdade para as Mulheres Rurais
Eixo 7 – Cultura, Esporte Comunicação e Mídia
Eixo 8 – Enfrentamento do Racismo, Sexismo, Lesbofobia e Transfobia
Eixo 9 – Igualdade para Mulheres Jovens, Mulheres Idosas e Mulheres com Deficiência
É de suma importância memorizar os 9 (nove) eixos do PDPM. A fim de facilitar a memo-
rização, criamos um macete sobre esses 9 (nove) eixos. Vejamos:
MACETE: TE VIO SAPO RURAL CULTO RA JID
Traduzindo: Te (diminutivo de Teresa) vio (viu=ver) sapo rural culto Rajid (nome do
sapo).
Esse é um macete bem simples cujo o intuito é apenas facilitar a memorização. É a histó-
ria de uma mulher, a Teresa, que chamamos de Te que viu um sapo na área rural e que é
culto, cujo nome é Rajid. Assim, formamos a frase: a Te “vio” (um) sapo rural culto (chama-
do) Rajid. Veja abaixo que a frase traz o 9 eixos do PDPM:
😁 IMPORTANTE: Cada um dos eixos tem objetivo geral, objetivos específicos e metas. Talvez
essa seja a parte mais difícil do Decreto: memorizar os objetivos específicos e as metas de cada
um dos 9 (nove) Eixos, pois são muitos. Todavia, com vistas a acertar as questões sobre objetivos
específicos e metas dos eixos do PDPM criamos um macete.
20. As atividades dos membros do Comitê Julgue o item abaixo no tocante ao PDPM.
de Articulação e Monitoramento e das 28. Promover o acesso e a permanência na
câmaras técnicas são consideradas serviço educação formal de meninas e mulheres
público relevante e geram presunção de para promover o pleno desenvolvimento
idoneidade moral. de suas competências e de sua autonomia
emocional, social e econômica é uma das
Julgue o item abaixo de acordo com o metas do Eixo 2 do PDPM.
disposto no Decreto n.º 42.590/21 – Plano
Distrital de Políticas para as Mulheres: 29. Ampliar o número de vagas nos cursos
21. O PDPM, por se tratar de um conjunto de formação da Subsecretaria de Formação
de propostas de políticas públicas a sua Continuada dos Profissionais da Educação –
elaboração contou com a participação EAPE, que possuem temática relacionada a
restrita aos órgãos governamentais com o relações étnico-raciais, igualdade de gênero
intuito de garantir a igualdade das mulheres e direitos humanos, promoção da Cultura
e combater a discriminação de gênero. da Paz e prevenção de todos os tipos de
violência é um dos objetivos específicos do
22. O Comitê de Articulação e Eixo 2 do PDPM.
Monitoramento do II PDPM será integrado
por 5 (cinco) representantes do Conselho 30. Ampliar o número de escolas
dos Direitos da Mulher do Distrito Federal e contempladas com ações do Programa
1 (um) representante, titular e suplente, de “Maria da Penha Vai à Escola” é uma das
diversos órgãos da Administração Pública metas do Eixo 2 do PDPM.
do Distrito Federal.
✍ Muita ATENÇÃO aqui: o ECA é uma norma que rege assuntos relacionados a criança
e ao adolescente de forma interdisciplinar.
Assim, em atendimento ao disposto acima o ECA prevê diversas ações com vistas a
proteção do direito à vida e a saúde, iniciando desde a gestação:
- Período gestacional
É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da
mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes:
• nutrição adequada
• atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério
• atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de
Saúde.
• assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como
forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal, bem como a
gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem
como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.
• direito a 1 acompanhante de sua preferência (da gestante e parturiente) durante o
período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
• orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação
de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança.
• atenção primária à saúde que fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
consultas pós-parto.
• O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.
• Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no
último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.
• As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da
Infância e da Juventude.
• Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos
e particulares, são obrigados a:
• manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo
prazo de dezoito anos;
• identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da
impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;
• proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no
metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
• fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências
do parto e do desenvolvimento do neonato;
• manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
• acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto
à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o
corpo técnico já existente.
• permanecer em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação
de criança ou adolescente.
O direito à dignidade
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à
criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014 – Lei Menino Bernardo, inicialmente chamada de lei da
palmada)
✍ Resumindo:
@ ANOTA AÍ: Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu
consentimento, colhido em audiência.
6. Do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos
nesta Lei.
Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito
Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho, composto de 5 (cinco)
Composição
membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro)
anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
Quanto ao funcionamento, lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário
de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos
membros, aos quais é assegurado o direito a:
I - cobertura previdenciária;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
remuneração mensal;
III - licença-maternidade;
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina.
*O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e
estabelecerá presunção de idoneidade moral.
DIREITO ADMINISTRATIVO
ECA