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DIREITO ADMINISTRATIVO

1.ESTADO:
A figura do Estado passa a existir a partir do momento em que uma sociedade passa a se
organizar política e juridicamente. Toda vez que um grupo social estabelece normas para
regular as relações entre os componentes dessa sociedade, estar-se-á diante da criação
de um Estado. A incumbência do Estado é realizar o bem comum
Assim, pode-se definir Estado como sendo todo país, cujo objetivo é satisfazer o interesse
público, da coletividade.
E para satisfazer a coletividade, o Estado exerce três funções básicas: legislar, administrar
e julgar. Essas funções são exercidas pelos três Poderes do Estado, quais seja, Legislativo,
Executivo e Judiciário.

✍ IMPORTANTE
- LEGISLAR: criar leis;
- ADMINISTRAR: executar, realizar, pôr em práticas atividades públicas.
- JULGAR: solucionar conflitos, buscar a pacificação social.

Das três funções básicas do Estado, a que mais interessa ao Direito Administrativo é a
função administrativa, de executar, realizar, colocar em prática a saúde, a educação, a
segurança pública, o transporte público e etc.
A função administrativa é típica dos órgãos e entidades que pertencem ao Poder Executivo.
Todavia, é possível o exercício dessa função por órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Essa função administrativa, como já dito, é objeto de estudo do Direito Administrativo.
Portanto, o Direito Administrativo é o ramo do Direito Público formado pelo conjunto de
normas e princípios jurídicos que disciplinam a atividade administrativa do Estado, nos
seus três poderes, DE FORMA TÍPICA PELO PODER EXECUTIVO E DE FORMA ATÍPICA
PELOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO.
😐 O Direito Administrativo é o ramo do direito que cuida dessa atividade. Assim, podemos
conceituar DIREITO ADMINSTRATIVO como o conjunto de normas e princípios jurídicos
que disciplinam a atividade ADMINISTRATIVA do Estado.

2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Essa atividade ou função de administrar (executar, realizar saúde, educação, segurança
pública, transporte, etc) é exercida pelo Estado através de uma estrutura chamada
Administração Pública. Como são muitos serviços públicos a serem executados, essa
estrutura administrativa é dividida entre ADMINISTRAÇÃO DIRETA (centralizada) e
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (descentralizada).
à CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Para o desempenho de suas funções o Estado pode adotar duas formas: a centralização
e a descentralização.
Ocorre a centralização quando o Estado exerce suas atividades diretamente através de
seus órgãos e agentes. Os serviços são prestados diretamente pelos órgãos públicos
que são entes despersonalizados, ou seja, não têm personalidade jurídica própria (não
possuem direitos e deveres, não respondem por si próprios) mas integram uma pessoa
política - União, Estados, Distrito Federal e Municípios - estes sim com personalidade
jurídica, detentores de direitos e obrigações.
Ocorre descentralização quando o Estado desempenha suas funções de forma indireta,
ou seja, por meio de outras pessoas (AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PUBLICAS, EMPRESAS
PUBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA OU PARTICULARES – CONCESSIONÁRIOS
E PERMISSIONÁRIOS). Na descentralização é possível vislumbrar duas pessoas: a pessoa
política (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e a pessoa que executará o serviço,
por ter recebido da pessoa política essa atribuição.
Por fim temos o conceito de desconcentração. A desconcentração é técnica de criação
de órgãos. Por meio da desconcentração ocorre a distribuição de competências dentro
de uma mesma pessoa jurídica. É técnica utilizada para tornar mais ágil e eficiente a
prestação do serviço.
3. NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
→ ENTIDADES ADMINISTRATIVAS - quadro resumo

AUTARQUIA FUNDAÇÃO EMPRESA SOC.


PÚBLICA PÚBLICA ECONOMIA
MISTA

Criação Lei especifica Lei especifica Lei especifica Lei especifica


AUTORIZA AUTORIZA AUTORIZA
Atividade Típica Social Prestar serviço Prestar serviço
(supremacia). Ex. (educação, publicou publicou
Fiscalização saúde, cultura, ou explorar ou explorar
etc) atividade atividade
econômica economica
Fim lucrativo NÃO NÃO SIM SIM
Personalidade Direito Público Direito Público Direito Privado Direito Privado
Jurídica ou
Direito Privado
Pessoal Servidor Público Servidor Público Empregado Empregado
ou Empregado Público Público
Público
Capital Público Público Público 50% + 1 público
Forma Qq forma, tipo Somente S/A
jurídica/Tipo
------ -------
de sociedade
4. PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos são prerrogativas inerentes à Administração Pública que
permitem o cumprimento de suas finalidades em proveito do interesse público.
4.1 Poder Hierárquico
O Poder Hierárquico serve como fundamento para que órgãos e agentes públicos atuem
em relação a seus subordinados, conforme escala hierárquica. Hierarquia é a existência
de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos. Conseqüências do poder
hierárquico:
- dar ordens aos subordinados, que deverão ser cumpridas por estes desde que não sejam
manifestamente ilegais.
- rever os atos praticados pelos subordinados, podendo desfazê-los por motivo de
ilegalidade ou mesmo por motivo de inconveniência;
- coordenar as atividades e ordenar, organizar a atuação dos órgãos subordinados;
- poder disciplinar, que é poder de aplicar sanções em caso de infrações disciplinares;
- delegar competências
- avocar competências.
4.2. Poder Disciplinar
É aquele pelo qual a Administração pode apurar as faltas e, conforme o caso, aplicar as
devidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna
da Administração.
4.3. Poder de Polícia
O poder de polícia é aquele no qual a Administração interfere na órbita do interesse
prvado, restringindo direitos individuais em prol da coletividade.
4.4.1 Características do poder de polícia
O poder de polícia possui como características a discricionariedade, a auto-executoriedade
e a coercibilidade.
4.4.2 Polícia Administrativa e Polícia Judiciária

POLICIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA


Ilícitos Administrativos Penais
Aplicação de
de Direito Administrativos de Direito Processual Penal
normas
Incidência
Bens, direitos e atividades Somente sobre pessoas
sobre
Exercida por Diversos órgãos Somente por órgãos de segurança
5 Poder Regulamentar
Poder Regulamentar é aquele que permite ao Chefe do Poder Executivo a editar atos
normativos. O exercício do poder regulamentar, em regra, se materializa na edição de
decretos e regulamentos, nos termos do art. 84, IV da Constituição Federal. O decreto ou
regulamento executivo é o ato normativo expedido pelo Chefe do Poder Executivo cujo
objetivo é apenas possibilitar a fiel execução de uma lei. Não tem como objetivo inovar na
ordem jurídica; deve restringir-se apenas aos limites e ao conteúdo da lei, explicitando-a,
detalhando e explicando o sentido de seus dispositivos.
6. ABUSO DE PODER
O exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas à Administração Pública configura
ABUSO DE PODER.
É possível que tal abuso se dê por meio de uma conduta comissiva (ação) ou omissiva
(omissão).
O abuso de poder desdobra-se em duas categorias:
6.1 Excesso de Poder: quando o agente público atua fora dos limites de sua competência;
6.2 Desvio de Poder ou Desvio de Finalidade: quando a atuação do agente público,
embora dentro de sua órbita de competências, contraria a finalidade do ato administrativo
(que é sempre o interesse púbico).
6.3 Omissão: inércia que ocasiona ofensa a direito individual ou coletivo dos administrados.
7. ATOS ADMINISTRATIVOS
I - Conceito
→Ato administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública
que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,
modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.”
🙂 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: não esquecer que o Legislativo e Judiciário também
editam atos administrativos, quando do exercício de funções administrativas.
II - Elementos necessários à formação do ato administrativo

CO FI FO MO OB

II.1 Competência (QUEM?): é a capacidade atribuída, por lei, ao agente público para o
exercício de suas atribuições.
Quando o agente atua fora dos limites da lei, diz-se que cometeu excesso de poder,
passível de punição.
Ela é:
-obrigatória
- irrenunciável
- intransferível
- imodificável
- imprescritivel
Possibilidade: delegação (desde que não haja impedimento legal) e avocação.
II.2 Finalidade (PARA QUE?): de TODO ato administrativo é sempre o interesse público,
jamais podendo ser praticado com a finalidade de atender o interesse privado.
II.3. Forma (COMO?): é o modo através do qual se exterioriza o ato administrativo. Adota-
se, via de regra, a forma escrita para os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras
formas, como a verbal e até mesmo gestual, sinais.
II.4. Motivo (POR QUE? ): é a circunstancia de fato e de direito que autoriza a prática de
um ato administrativo.
Motivação: série de motivos externados que justificam a realização de determinado ato.
👍ATENÇÃO – Teoria dos motivos determinantes
II.5 Objeto (OQUE?) – O QUE se busca produzir. É o conteúdo do ato; é o resultado dele,
é o efeito gerado por ele

3 – ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO – PODEM ESTAR PRESENTES OU NÃO)

- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU VERACIDADE: presumem-se legais ou verdadeiros


os atos administrativos. Presunção relativa (ou juris tantum) admite prova em contrário,
porém o ônus é do particular.
- AUTO-EXECUTORIEDADE: os atos administrativos podem ser implementados
diretamente pela própria Administração, independente de ordem judicial. Tal atributo
está presente quando:
- a lei prevê expressamente
- em caso de providencias urgentes.
- IMPERATIVIDADE: os atos administrativos são imperativos (impostos pela Administração,
independem da concordância do particular), deriva do princípio da supremacia do
interesse público sobre o interesse privado.
- TIPICIDADE: os atos administrativos devem corresponder a figuras previamente
definidas na lei;
- EXIGIBILIDADE: os atos administrativos, em alguns casos, não podem ser implementados
pela própria Administração e nesses casos, ela EXIGE que o particular faça algo.

4. FORMAS DE EXTINÇÃO DE UM ATO ADMINISTRATIVO


4.1 Anulação
Ocorre a anulação de um ato administrativo quando há vícios no ato que afetem a sua
legalidade (o ato está contra a lei). A anulação sempre se reporta à legalidade do ato, à sua
conformação ou não com os comandos legais.
A anulação retira do mundo jurídico um ato defeituoso, contrário à lei. Os efeitos dessa
anulação retroagem à data em que o ato foi praticado, é que a doutrina chama de efeitos
“ex tunc”, ou seja, efeitos retroativos.
Destarte, a anulação de um ato administrativo pode ser feita tanto pela Administração
(de ofício, sem provocação), como corolário do princípio da auto-tutela, como pelo Poder
Judiciário.
O art. 54 da Lei n.º 9784/99 estabelece prazo prescricional de cinco anos para a anulação de
atos ilegais, seja qual for o vício, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado.
De modo que a partir de então, tais atos não poderão ser anulados. Salvo se restar
comprovada a má-fé do administrado.
4.2 Revogação
A revogação é a retirada do mundo jurídico de um ato administrativo legal (ou seja, que não
contém vícios, que está de acordo com a lei) por motivos de conveniência e oportunidade.
O ato, mesmo legal, não é mais oportuno e conveniente para a Administração.
Os efeitos da revogação de um ato administrativo são prospectivos, ou seja, a revogação
só produzirá efeito da extinção do ato para frente, efeitos “ex nunc”, proativos, de modo
que a revogação deve resguardar os direitos consolidados durante a vigência do ato, os
direitos adquiridos.
Por envolver exame de mérito, a revogação de um ato administrativo só pode ser feita pela
própria Administração, não cabendo ao Poder Judiciário revogar um ato administrativo
exarado pela Administração Pública.
5. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
A) ATOS NORMATIVOS – são atos que advém do Poder Normativo, constituindo-se num
comando geral e abstrato, aplicáveis a todos os administrados que se enquadrarem
nas situações neles previstas. São análogos à lei, mas são diferentes pois não tem
caráter inovador. Visam a possibilitar a fiel execução da lei (Decreto de Execução) ou a
regulamentação de matérias não previstas em lei (Decreto Autônomo). Ex.: Decretos,
Regulamentos, Regimentos, Instruções Normativas, etc.
B) ATOS ORDINATÓRIOS – são atos que advém do Poder Hierárquico, constituindo-se
num comando interno, aplicáveis aos servidores públicos, com o fim de disciplinar o
funcionamento da Administração. Somente vinculam os servidores que se encontram
subordinados àqueles que o expediu. Não atingem os administrados. Ex.: instruções,
circulares, avisos, portarias, ofícios, etc.
C) ATOS NEGOCIAIS – são atos que contém uma declaração de vontade do Poder Público
coincidente com a pretensão do particular. Produzem efeitos concretos e individuais.
Não há imperatividade. Podem ser vinculados (licença) ou discricionários (autorização ou
permissão de uso de bem público).
Ex:
A Licença: É ato vinculado pelo qual a Administração permite que, mediante o
atendimento de certos requisitos, o particular possa exercer determinada atividade.
A Autorização: É ato discricionário da Administração tornando possível a realização
de certa atividade, serviço ou o uso de determinado bem público. Exemplo: porte de
arma. O pretendente necessariamente tem que atender a certos requisitos. Mas cabe à
Administração decidir discricionariamente quanto a permitir ou não a pretensão solicitada.
A Permissão: É o ato discricionário e unilateral, em que a Administração possibilita ao
particular o uso de bem público de interesse coletivo.
Distingue-se da autorização porque exige que o bem a ser usado, envolva interesse público.
D) ATOS ENUNCIATIVOS – são aqueles em que a Administração atesta ou certifica um
fato ou uma situação, sem caráter decisório e sem vinculação. Não contém manifestação
de vontade da Administração. Ex.: certidão, atestado, parecer, etc.
Ex:
Certidões: são cópias autenticadas de atos ou fatos constantes de registros públicos;
Atestados são atos que comprovam fatos ou situações transitórias que não constam em
registros públicos.
O Parecer: É ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opiniões sobre
assuntos de sua competência.
O parecer não obriga a Administração ao cumprimento de suas conclusões, sendo apenas
opinativo.
E) ATOS PUNITIVOS – são aqueles que contém uma sanção imposta pela Administração
aos agentes públicos ou administrados que infringirem disposições legais, regulamentares
ou ordinatórias. Advém do Poder Disciplinar (ato punitivo interno) e do Poder de Polícia
(ato punitivo externo). –multas, interdição de estabelecimentos, apreensão de mercadorias
(Quadrix - 2021 - CRF - RR - Assistente
DIREITO ADMINISTRATIVO
Administrativo)
EXERCÍCIOS
No que diz respeito à administração direta
(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente e indireta, julgue o item:
Administrativo) 4. Na esfera federal, a administração direta
Os termos Estado, governo e Administração da União, no Poder Executivo, é composta
Pública são muitas vezes utilizados de pela presidência da República e pelos
forma errônea, o que leva à certa confusão. ministérios.
Contudo, o direito administrativo faz essa
diferenciação, para que haja a adequada (Quadrix - 2021 - CRF - RR - Assistente
utilização desses termos. A respeito desse Administrativo)
assunto, julgue o item: No que diz respeito à administração direta
1. O texto da Constituição Federal de 1988 e indireta, julgue o item:
preceitua que o Legislativo, o Executivo e o 5. Administração direta é o conjunto de
Judiciário são os Poderes da União, sendo órgãos que integram as pessoas federativas,
atribuída a cada um deles determinada às quais foi atribuída a competência para
função, como legislar, administrar e julgar, o exercício, de forma centralizada, das
respectivamente. Dessa forma, não é atividades administrativas do Estado.
possível a realização de funções típicas e
atípicas por esses Poderes. (Quadrix - 2021 - CRF - RR - Assistente
Administrativo)
(Quadrix - 2021 - CRF-AP - Assistente No que diz respeito à administração direta
Administrativo) e indireta, julgue o item:
O Brasil adotou a clássica teoria da 6. Centralização é a situação em que o
tripartição das funções do Estado, sendo Estado executa suas tarefas diretamente,
essas funções divididas entre Poderes ou seja, por meio dos inúmeros órgãos e
devidamente organizados, independentes agentes administrativos que compõem sua
e harmônicos entre si. No que se refere estrutura funcional.
ao Estado brasileiro e a seus Poderes
estruturais, julgue o item: (Quadrix - 2021 - CREF - 21ª Região (MA) -
2. A função típica do Poder Judiciário é Agente de Orientação e Fiscalização)
a função administrativa, que consiste na 7. As autarquias são entes despersonalizados
defesa concreta dos interesses públicos, cuja atuação integra a estrutura da
mediante atuação restrita aos limites da lei. administração direta e da administração
indireta.
(Quadrix - 2021 - CRF - RR - Assistente
Administrativo)
No que diz respeito à administração direta (Quadrix - CRO PE - Auxiliar Administrativo
e indireta, julgue o item: - 2016)
3. Enquanto a administração indireta se As empresas públicas e as sociedades de
constitui de órgãos, a administração direta economia mista são empresas estatais,
é composta de entidades dotadas de isto é, sociedades empresariais de que o
personalidade jurídica própria. Estado tem controle acionário. Julgue o
item:
8. Empresa pública é Pessoa Jurídica de
Direito Privado, constituída por capital
exclusivamente público. Aliás, sua
denominação decorre justamente da (Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente
origem de seu capital, isto é, público, e Administrativo)
poderá ser constituída em qualquer uma Acerca da organização administrativa
das modalidades empresariais. do Estado e de sua separação em
administração direta e indireta, julgue o
(Quadrix - CRO PE - Auxiliar Administrativo item:
- 2016) 13. O Estado, ao executar suas atividades
As empresas públicas e as sociedades de diretamente, por intermédio dos seus
economia mista são empresas estatais, órgãos e agentes administrativos, está
isto é, sociedades empresariais de que o descentralizando suas atividades para mais
Estado tem controle acionário. Julgue o bem desempenhar suas funções.
item:
9. Sociedade de Economia Mista é Pessoa (Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente
Jurídica de Direito Privado, constituída Administrativo) Acerca da organização
por capital público e privado; por isso ser administrativa do Estado e de sua
denominada como mista. A parte do capital separação em administração direta e
público deve ser maior, pois a maioria das indireta, julgue o item:
ações devem estar sob o controle do Poder 14. O conjunto de pessoas administrativas,
Público. Somente poderá ser constituída na vinculadas à respectiva administração
forma de S/A. direta, que desempenham atividades de
forma descentralizada é denominado
(Quadrix - CRMV TO - Advogado – 2015) administração indireta.
Relativamente às entidades da
Administração Pública indireta, julgue o (Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente
item abaixo: Administrativo)
10. As autarquias são pessoas jurídicas Acerca da organização administrativa
de direito privado, criadas por lei para do Estado e de sua separação em
exploração de atividade econômica. administração direta e indireta, julgue o
item:
(Quadrix - CRO PR - Assessor Jurídico – 15. Para que ocorra uma adequada
2016) organização do Estado, é necessário que
Sobre as entidades da Administração exista a chamada subordinação. Dessa
Pública indireta, julgue o item: forma, um ente da administração indireta,
11. As sociedades de economia mista como, por exemplo, uma autarquia, é
são pessoas jurídicas de direito privado, subordinado a um órgão da administração
instituídas por lei para exploração de direta, como, por exemplo, um ministério.
atividade econômica, ou atividades típicas
da administração pública. (Quadrix - CRA GO - Assistente
Administrativo – 2016)
(Quadrix - 2021 - CREFONO-4ª Região - As autarquias integram a administração
Assistente Administrativo) pública indireta. Tais organizações têm
No que se refere à Administração Pública como funcionários os servidores públicos.
e aos servidores públicos, julgue o item: Julgue o item abaixo:
12. A Administração Pública é composta 16. A autarquia é forma de centralização
pelos órgãos integrantes da administração administrativa, através da personificação
direta e pelas entidades da administração de um serviço retirado da Administração
indireta. descentralizada.
(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente (Quadrix - 2021 - CFT - Técnico Industrial
Administrativo) Júnior)
O Estado manifesta sua vontade por meio Com relação aos poderes administrativos,
dos agentes públicos. De acordo com Maria julgue o item:
Sylvia Zanella Di Pietro, agente público é toda 21. O agente público que, se utilizando das
pessoa física que presta serviços ao Estado prerrogativas inerentes ao cargo que ocupa,
e às pessoas jurídicas da administração praticar um ato diverso do interesse público
indireta. se enquadra nas hipóteses de abuso de
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo. 33.a ed. Rio
poder. 
de Janeiro: Forense, 2020.
Tendo o texto acima como referência (Quadrix - 2021 - CRP -MS - Auxiliar
inicial, julgue o item: Administrativo de Secretaria)
17. O vínculo profissional existente entre o Acerca dos poderes e dos deveres do
agente público, regido pela Consolidação administrador público, julgue o item:
das Leis do Trabalho, e a Administração 22. Não há que se falar em poder hierárquico
Pública é denominado emprego público. quando se trata das relações entre a União
e suas entidades administrativas.
(Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente
Administrativo) (Quadrix - 2021 - CORE-PR - Assistente
O Estado manifesta sua vontade por meio Administrativo Júnior)
dos agentes públicos. De acordo com Maria Julgue o item, relativo ao poder de polícia
Sylvia Zanella Di Pietro, agente público é toda da Administração:
pessoa física que presta serviços ao Estado 23. De acordo com sua conceituação
e às pessoas jurídicas da administração clássica, o poder de polícia é a atividade do
indireta. Estado consistente em limitar o exercício
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo. 33.a ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2020.
dos direitos individuais em benefício do
Tendo o texto acima como referência interesse público.
inicial, julgue o item:
18. Para o exercício de uma função pública, é (Quadrix - 2022 - CRF-GO - Agente
necessária a ocupação de um cargo público Administrativo)
efetivo. 24. Pode-se conceituar o ato administrativo
como sendo a exteriorização da vontade de
(Quadrix - 2021 - CRT - RN - Agente agentes da Administração Pública ou de
Administrativo) seus delegatários, nessa condição, que, sob
Acerca dos poderes administrativos, regime de direito público, vise à produção
julgue o item: de efeitos jurídicos, com o fim de atender
19. Desvio de poder é a forma de abuso ao interesse público.
própria da atuação do agente fora dos
limites de sua competência administrativa. (Quadrix - 2021 - CRESS - RO - Agente
Fiscal)
(Quadrix - CORE TO - Assistente Com relação aos atributos e aos elementos
Administrativo – 2021) do ato administrativo, julgue o item
20. O poder hierárquico é aquele que confere abaixo:
à Administração Pública a capacidade de 25. Segundo a doutrina majoritária, a
ordenar, coordenar e controlar as atividades exteriorização do ato administrativo será
administrativas em seu âmbito interno, mas sempre de forma escrita, com a assinatura
não lhe permite corrigi-las. da autoridade responsável. 
(Quadrix - 2021 - CRESS - RO - Agente (Quadrix - 2021 - CAU-AP - Assistente
Fiscal) Administrativo)
Com relação aos atributos e aos elementos Quanto aos atos administrativos, julgue o
do ato administrativo, julgue o item item:
abaixo: 29. A presunção de legitimidade é a
26. Os atributos de presunção de veracidade qualidade dos atos administrativos que
e de legitimidade afastam a possibilidade faz com que estes sejam presumidos
de controle judicial dos atos administrativos.  
verdadeiros e de acordo com o ordenamento
jurídico, independentemente da existência
(Quadrix - 2021 - CRESS - SE - Assistente de prova em sentido contrário.
Administrativo)
A respeito do direito administrativo, (Quadrix - 2021 - CRESS - RO - Agente
julgue o item: Fiscal)
27. Os atos administrativos são dotados Com relação aos atributos e aos elementos
de imperatividade, autoexecutoriedade e do ato administrativo, julgue o item
presunção de legitimidade. abaixo:
30. Os atos administrativos apenas
(Quadrix - 2021 - CAU-AP - Assistente enunciativos (certidão, atestado, parecer)
Administrativo) possuem atributos de presunção de
Quanto aos atos administrativos, julgue o veracidade e imperatividade. 
item:
28. Imperatividade é a qualidade por meio
da qual os atos administrativos se impõem a
terceiros, desde que estes tenham expresso
sua concordância. 

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL

TÍTULO I - DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO DISTRITO


FEDERAL
1. DISPOSIÇÕES INICIAIS
O Distrito Federal é um ente político (ou federativo, pois faz parte da federação brasileira)
atípico, anômalo, ESPECIAL, diferente em relação aos demais. Ora possui características
de um Estado, ora de Município e em alguns casos possui características que não existem
nem em Estados e nem em Municípios.

@ TOME NOTA: por possui características de Estado e de Município, costuma-se dizer


que o DF possui natureza HÍBRIDA

Uma das grandes características que tornam o Distrito Federal ente atípico é o fato de que
é de competência da União Federal manter e organizar o Poder Judiciário, o Ministério
Público, as Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Logo,
a organização das carreiras citadas não fica a cargo do Distrito Federal, bem como a
remuneração dos servidores e demais despesas dos órgãos citados.
2. VALORES FUNDAMENTAIS
O Distrito Federal possui alguns valores considerados como fundamentais, ou seja,
algumas características que para o DF são fundamentais, devem ser assegurados a todos,
tais como a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a não discriminação, etc. São
elementos fundamentais que devem ser garantidos a todos, vejamos:

VALORES FUNDAMENTAIS DO DF:


I – a preservação de sua autonomia como unidade federativa;
II – a plena cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.

- Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia,


raça, cor, sexo, características genéticas, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião,
convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica,
sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou
condição, observada a Constituição Federal.

3. OBJETVOS PRIORITÁROS
A LODF define também os objetivos prioritários do DF. Objetivos são as metas que o DF
pretender alcançar. Atualmente, são quatorze objetivos prioritários (eles são atualizados
com uma certa frequência). Vejamos:

I – garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na


Declaração Universal dos Direitos Humanos;
II – assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem,
relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da
eficácia dos serviços públicos;
III – preservar os interesses gerais e coletivos;
IV – promover o bem de todos;
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade
humana, a justiça social e o bem comum;
VI – dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação,
saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento básico, lazer e
assistência social;
VII – garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
VIII – preservar sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à
preservação de sua memória, tradição e peculiaridades;
IX – valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura
brasileira;
X – assegurar, por parte do Poder Público, a proteção individualizada à vida e à
integridade física e psicológica das vítimas e das testemunhas de infrações penais e
de seus respectivos familiares;
XI – zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, tombado sob a inscrição nº 532 do
Livro do Tombo Histórico, respeitadas as definições e critérios constantes do Decreto
nº 10.829, de 2 de outubro de 1987, e da Portaria nº 314, de 8 de outubro de 1992, do
então Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural – IBPC, hoje Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN;
XII – promover, proteger e defender os direitos da criança, do adolescente e do
jovem.
XIII - valorizar a vida e adotar políticas públicas de saúde, de assistência e de
educação preventivas do suicídio.
XIV - promover a inclusão digital, o direito de acesso à Internet, o exercício da
cidadania em meios digitais e a prestação de serviços públicos por múltiplos canais de
acesso.

4. DIREITO DE PETIÇÃO E REPRESENTAÇÃO


No art. 4º da LODF há a previsão de um direito que deve ser assegurado para todos no
âmbito do DF: o direito de petição e representação. Petição significa “pedir” e representação
é o mesmo que “denunciar”.
Assim, a LODF garante a qualquer pessoa o direito de pedir e de denunciar junto aos
órgãos e entidades públicas do DF. Pedir, por exemplo, cópia de documentos, certidões,
etc. Denunciar, por exemplo, qualquer irregularidade que tiver conhecimento.

Direito de Petição
à Universal
Sem taxa, emolumentos ou garantia de instância

5. SOBERANIA POPULAR
¾ A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
1. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
a) Brasília: capital da República Federativa do Brasil e sede do Governo do Distrito
Federal.
DICA DE PROVA: O DF não possui capital. Somente os Estados possuem suas capitais.
Brasília é onde fica a sede do governo do DF. É muito importante não confundir Brasília
com o próprio DF, que além de Brasília abarca todas as outras RA’s (Taguatinga, Ceilândia,
Gama, Samambaia, etc.)
b) Os símbolos do Distrito Federal são: a bandeira, o hino e o brasão .
✌OBS: A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no território do
Distrito Federal.
c) Considera-se território do Distrito Federal o espaço físico-geográfico que se
encontra sob seu domínio e jurisdição.
d) O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-
social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal.
Entorno? Goiás e Minas
2. DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DISTRITO FEDERAL
¾ O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à
descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o
desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.
ATENÇÃO: A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. O projeto de lei de criação ou
extinção de uma RA é de competência privativa do GOVERNADOR; porém, este projeto de
lei deve ser aprovado pela CLDF.
Escolha do Administrador Regional será feita com a participação popular, de acordo

com a lei.
A remuneração dos Administradores Regionais NÃO PODERÁ SER SUPERIOR à

fixada para os Secretários de Estado do Distrito Federal.
As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal.

Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de Representantes

Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da lei.
Com a criação de nova região administrativa, fica criado, automaticamente,

conselho tutelar para a respectiva região. Observe que não há necessidade de lei para
a criação do conselho tutelar, a criação é automática: criada a RA automaticamente
estará criado o Conselho Tutelar da respectiva região.
💣 DICA IMPORTANTE: A Lei Orgânica não cita, em nenhum momento, o termo “cidades-
satélites”, termo usual com o qual nos referimos às regiões administrativas. Portanto,
caso essa expressão apareça na prova de LODF, é provável que o item esteja errado.
3. DA COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL
Por ser autônomo, o DF possui competências, ou seja, atividades, serviços que deve
desempenhar. Por exemplo, é necessário dispor sobre serviços funerários e administração
dos cemitérios. Esta é uma das competências do DF. E, aliás, essa é uma competência
PRIVATIVA, já que esse assunto é de interesse apenas do próprio DF. Logo, o Distrito
Federal deverá dispor sobre serviços funerários e administração de cemitérios.
💣 IMPORTANTE: Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas
reservadas aos Estados e Municípios, cabendo-lhe exercer, em seu território, todas as
competências que não lhe sejam vedadas pela Constituição Federal.
Desta feita, tudo o que um Estado faz, o DF também faz. Tudo que um município faz, o
DF também faz.
3.1 CLASSIFICAÇAO DAS COMPETÊNCIAS
As competências do DF são divididas em: privativa, comum e concorrente.
a) COMPETÊNCIA PRIVATIVA:
O DF possui competências classificadas como PRIVATIVAS, já que cabe somente ao DF
tratar do assunto. São assuntos privativos do DF, de modo que não cabe a outro ente
federativo (um Estado, um Município ou mesmo a União Federal) dispor sobre esse
assunto. É DE INTERESSE DO DF.
Segue abaixo as competências privativas do DF:
Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal:
I – organizar seu Governo e Administração;
II – criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas, de acordo com a legislação
vigente;
III – instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa do Distrito
Federal;
IV – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência;
V – dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens públicos;
VI – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VII – manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de educação,
prioritariamente de ensino fundamental e pré-escolar;
VIII – celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e decisões administrativas
com a União, Estados e Municípios, para execução de suas leis e serviços;
IX – elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento
anual;
X – elaborar e executar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial, a Lei de Uso e Ocupação
do Solo e Planos de Desenvolvimento Local, para promover adequado ordenamento
territorial, integrado aos valores ambientais, mediante planejamento e controle do uso,
parcelamento e ocupação do solo urbano;
XI – autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e fiscalizar os serviços
de veículos de aluguéis;
XII – dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções
públicas;
XIII – dispor sobre a organização do quadro de seus servidores; instituição de planos de
carreira, na administração direta, autarquias e fundações públicas do Distrito Federal;
remuneração e regime jurídico único dos servidores;
XIV – exercer o poder de polícia administrativa;
XV – licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços e similar ou
cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde, ao
bem-estar da população ou que infringirem dispositivos legais;
XVI – regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de outros
resíduos recicláveis;
XVII – dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar
e de outros resíduos;
XVIII – dispor sobre serviços funerários e administração dos cemitérios;
XIX – dispor sobre apreensão, depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas
em decorrência de transgressão da legislação local;
XX – disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua competência, competições esportivas,
espetáculos, diversões públicas e eventos de natureza semelhante, realizados em locais
de acesso público;
XXI – dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos;
XXII – disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito
Federal;
XXIII – exercer inspeção e fiscalização sanitária, de postura ambiental, tributária, de
segurança pública e do trabalho, relativamente ao funcionamento de estabelecimento
comercial, industrial, prestador de serviços e similar, no âmbito de sua competência,
respeitada a legislação federal;
XXIV – adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade, utilidade
pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor;
XXV – licenciar a construção de qualquer obra;
XXVI – interditar edificações em ruína, em condições de insalubridade e as que
apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer
demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva;
XXVII – dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição de cartazes, anúncios
e quaisquer outros meios de publicidade ou propaganda, em logradouros públicos, em
locais de acesso público ou destes visíveis.
b) COMPETÊNCIA COMUM:
As competências do DF consideradas COMUNS são assuntos que são de interesse do DF
e de interesse NACIONAL. Por isso, são competências do DF em COMUM com a UNIÃO.
Segue abaixo as competências comuns do DF com a União:
Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum com a União:
I – zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Lei Orgânica, das leis e das instituições
democráticas;
II – conservar o patrimônio público;
III – proteger documentos e outros bens de valor histórico e cultural, monumentos,
paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos, bem como impedir sua evasão,
destruição e descaracterização;
IV – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
V – preservar a fauna, a flora e o cerrado;
VI – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VII – prestar serviços de assistência à saúde da população e de proteção e garantia a
pessoas portadoras de deficiência com a cooperação técnica e financeira da União;
VIII – combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos segmentos desfavorecidos;
IX – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
X – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seu território;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementar deve fixar norma para a cooperação entre a União
e o Distrito Federal, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar no
âmbito do território do Distrito Federal.
C) COMPETÊNCIA CONCORRENTE
As competências concorrentes são competências legislativas. Trata-se de uma competência
para criar leis sobre um assunto. Assim, toda vez que constar em prova compete ao DF
“LEGISLAR SOBRE”, trata-se de uma competência CONCORRENTE.
Segue abaixo as competências concorrentes do DF:
Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – junta comercial;
IV – custas de serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico;
VIII – responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, espeleológico, turístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino e desporto;
X – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XI – defensoria pública e assistência jurídica nos termos da legislação em vigor;
XII – proteção e integração social das pessoas com deficiência;
XIII – proteção à infância e à juventude;
XIV – manutenção da ordem e segurança internas;
XV – procedimentos em matéria processual;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.
✍ OBS:
a) O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas
gerais estabelecidas pela União.
b) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá competência
legislativa plena, para atender suas peculiaridades.
c) A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia de lei local,
no que lhe for contrário.
4. DAS VEDAÇÕES
O art. 18 da LODF prevê as vedações ao DF. Aquilo que é proibido ao DF fazer. Vejamos as
vedações:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos públicos, quer pela
imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou com fins estranhos à administração pública;
IV – doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre eles ônus real, bem como
conceder isenções fiscais ou remissões de dívidas, sem expressa autorização da Câmara
Legislativa, sob pena de nulidade do ato.
5. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Lei orgânica disciplina também toda a estrutura administrativa do DF:
↣ A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Distrito
Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, motivação, transparência, eficiência, interesse público, participação popular,
e também ao seguinte:

ATENÇÃO: A CF/88 destaca no art. 37 os princípios da Administração Pública, quais


sejam, LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIENCIA
– LIMPE. No DF, conforme visto temos o LIMPE TRIMPP.
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Transparência
Razoabilidade
Interesse público
Motivação
Participação Popular

DICA DE PROVA: Dos dez princípios aplicáveis à Administração Pública do DF a LODF


dedica alguns dispositivos para tratar especificamente da PUBLICIDADE, dispondo sobre
como deve ser feita a publicidade no âmbito da Administração Pública do DF.
Vejamos:
- O princípio da publicidade aduz que os atos praticados pela Administração Pública
devem ser públicos, de conhecimento de todos. Assim, a LODF determina que:
A administração é obrigada a fornecer certidão ou cópia autenticada
de atos, contratos e convênios administrativos a qualquer interessado,
no prazo máximo de trinta dias, sob pena de responsabilidade de
autoridade competente ou servidor que negar ou retardar a expedição.
 A administração pública é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, no
prazo máximo de dez dias úteis, independentemente de pagamento
de taxas ou emolumentos, certidão de atos, contratos, decisões ou
pareceres, para defesa de seus direitos e esclarecimento de situações
de interesse pessoal ou coletivo.
RESSALTE-SE AINDA QUE A PUBLICIDADE NÃO DEVE CONTER NENHUM CARATER DE
PESSOALIDADE, dispondo a LODF que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços
e para as campanhas dos órgãos e entidades da administração pública, ainda que não
custeada diretamente pelo erário, obedecerá ao seguinte:
↣ Ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar símbolos, expressões, nomes ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos;
↣ Ser suspensa noventa dias antes das eleições, ressalvadas aquelas
essenciais ao interesse público.
✋IMPORTANTE!! Todavia, a aplicação de tal princípio não é absoluta, já que em algumas
situações, é necessária a existência de sigilo, conforme disposto em lei.
Ultrapassada as regras sobre o princípio da publicidade a LODF passa a destacar todas
as regras de como funcionará a Administração Pública. Seguem tais regras:
a) os cargos, os empregos e as funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma
da legislação;
b) a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado, em lei, de livre nomeação e exoneração;
OBS: O ingresso na Administração Pública do DF deve se dar através de concurso público
de PROVAS ou PROVAS E TÍTULOS (não é possível a avaliação somente de títulos) para
CARGOS EFETIVOS. É possível o ingresso em cargos em comissão, onde é livre a nomeação.
c) o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
OBS: não confunda: o prazo de validade é de ATÉ 2 ANOS e não de 2 anos.
d) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados, para assumir cargo ou emprego na carreira;
OBS: lembre-se que o aprovado é aquele que passou em concurso público dentro do
numero de vagas previstas no edital. Ele (o aprovado) possui direito de ser nomeado com
prioridade sobre os novos concursados, caso seja aberto um novo concurso.
Os classificados são aqueles que passaram no concurso, porém, além do numero de vagas
previstas. Por isso, não possuem o direito de serem nomeados. Para os classificados, há
apenas expectativa de direito de nomeação.
e) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
OBS: as funções de confiança, ou seja, funções de DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
só podem ser destinadas exclusivamente àqueles que são servidores ocupantes de
cargo efetivo (concursados).
Os cargos em comissão (de livre nomeação e exoneração) que também se destinam
às funções de direção, chefia e assessoramento, devem ser preenchidos mediante
a destinação de 50% para servidores efetivos, os demais podem ser preenchidos por
qualquer pessoa.
Assim,

FUNÇÕES DE CONFIANÇA: exclusivamente servidores efetivos;


CARGOS EM COMISSÃO: no mínimo 50% de servidores de carreira (efetivos). Desse
percentual definido para os cargos em comissão (no mínimo 50 de efetivos) excluem-
se os cargos em comissão dos gabinetes parlamentares e lideranças partidárias da
Câmara Legislativa do Distrito Federal. Logo, os cargos em comissão dos gabinetes
parlamentares e lideranças partidárias da Câmara Legislativa do Distrito Federal não
precisam contar com uma quantidade mínima de efetivos.

✍OBS IMPORTANTE: em decisão datada de 14/05/2021 e publicada em 26/05/2021, o


Supremo Tribunal Federal, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6585,
declarou a inconstitucionalidade da obrigatoriedade de destinar no mínimo 50% dos
cargos em comissão para servidores de carreira (efetivos) prevista no art. 19, V. Diante disso,
nos termos da decisão do STF o Distrito Federal não é obrigado a prover com servidores
de carreira, no mínimo 50% dos seus cargos em comissão.
f) a lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para portadores de
deficiência, garantindo as adaptações necessárias a sua participação em concursos
públicos, bem como definirá critérios de sua admissão;
OBS: A LODF não estabelece um percentual, mas determina que deve haver uma reserva
para deficientes. Com base na Lei Complementar n. 840/2011, NO DISTRITO FEDERAL
SERAO RESERVADAS 20% DAS VAGAS PARA AS PESSOAS PORTADORES DE DEFICIENCIA.
I ANOTA AÍ: 20% das vagas e não “até 20% das vagas” (mas isso está na LC 840/11 e não
na LODF, ok).
g) a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
h) para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa do
Brasil, fica estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais
agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e
pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se aplicando
o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais;
✍OBS: o Teto remuneratório do DF tem como limite o subsídio pago aos Desembargadores
do TJ. EXCETO para deputados distritais que poderão ultrapassar esse teto.
i) é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:
j.1) a de dois cargos de professor;
j.2) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
j.3) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
j) a administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer
privativamente a fiscalização de tributos do Distrito Federal, terão, em suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na
forma da lei;
l) ressalvada a legislação federal aplicável, ao servidor público do Distrito Federal é
proibido substituir, sob qualquer pretexto, trabalhadores de empresas privadas em
greve;
m) todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego, função, é obrigado a declarar seus bens na posse, exoneração ou
aposentadoria;
OBS: veja que a LODF não abre exceção: TODO AGENTE PÚBLICO deve declara sés bens
na posse, exoneração e aposentadoria.

ATENÇÃO: São obrigados a fazer declaração pública anual de seus bens, os seguintes
agentes públicos:
I – Governador;
II – Vice-Governador;
III – Secretários de Estado do Distrito Federal;
IV – diretores de empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias
e fundações;
V – Administradores Regionais;
VI – Procurador-Geral do Distrito Federal;
VII – Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
VIII – Deputados Distritais;
IX – Defensor Público-Geral do Distrito Federal.

↣ lei disporá sobre cargos que exijam exame psicotécnico para ingresso e acompanhamento
psicológico para progressão funcional;
↣ a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção de
sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de
lei específica;
↣ A direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações e sociedades de
economia mista terá representantes dos servidores, escolhidos do quadro funcional, para
exercer funções definidas, na forma da lei.
↣ É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração
ou subsídio de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na
forma desta Lei Orgânica, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados, em lei,
de livre nomeação e exoneração.
✋ ATENÇÃO:
É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para emprego

ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa condenada,
em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde
a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da
pena, salvo se sobrevier decisão judicial pela absolvição do réu ou pela extinção da
punibilidade, por:
I – ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral;
II – prática de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;
III – prática de crimes previstos no Estatuto do Idoso;
IV – prática de crimes previstos na Lei Maria da Penha.
 Fica vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda,
de função gratificada, na administração pública direta e indireta em qualquer
dos Poderes do Distrito Federal, compreendido na vedação o ajuste mediante
designações recíprocas.
 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços
públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa.
Os atos de improbidade administrativa importarão suspensão dos direitos políticos,

perda da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
6. DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Além de dispor sobre as regras da Administração Pública do DF, a LODF define também
alguns direitos sobre os servidores públicos do DF. Inclusive é nesse ponto que a LODF
acaba indo de encontro ao disposto na LC 840/11. Assim é necessário não confundir os
dispositivos da LODF com os dispositivos da LC 840/11 e marcar os itens de acordo com o
que pede o enunciado da questão, ok?
O Distrito Federal instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores
da administração pública direta, autarquias e fundações públicas, nos termos do art. 39
da Constituição Federal.
✋ ATENÇÃO: esse regime jurídico já foi criado. Em 2011 foi editada a Lei Complementar
n.º 840, o regime jurídico do servidor do DF.

↣ A lei assegurará aos servidores da administração direta ISONOMIA (igualdade) de


vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou
entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter
individual e as relativas a natureza ou local de trabalho.
↣ DICA DE PROVA: a lei assegura a igualdade de VENCIMENTOS e não de REMUNERAÇÃO.
É possível visualizar uma diferença grande de remuneração entre servidores do Executivo
e do Legislativo, porém, o VENCIMENTO deve ser igual.
↣ Serão remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra espécie remuneratória, os agentes públicos listados abaixo:
- membro de Poder (governadores, vice-governadores, deputados, juízes,
desembargadores)
- detentor de mandato eletivo
- Secretários de Estado
- Administradores Regionais
- demais casos previstos na Constituição Federal
O pagamento por subsídio é um pagamento “especial”, “diferenciado”, eis que é um
pagamento em parcela única vedado o acréscimo de adicionais, gratificações, abonos,
etc. A princípio ele é previsto, como visto acima, para as autoridades, TODAVIA, a LODF
prevê a possibilidade de servidores públicos também receberem por subsídio, desde que
sejam organizados em carreira, vejamos:
Art. 33, § 6º A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreira pode ser fixada nos termos do § 5º
(subsídio).
↣ A lei deve disciplinar a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia
com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. ASSIM, caso
haja economia na utilização de recursos orçamentários, esses recursos poderão ser
utilizados até como adicional ou prêmio de produtividade para os servidores.
↣ Às entidades representativas dos servidores públicos do Distrito Federal cabe a defesa
dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões
judiciais ou administrativas.
6.1. DIREITOS DOS SERVIDORES DO DF:
Os direitos dos servidores públicos do DF é matéria que COM FREQUENCIA é cobrada em
prova e no caso, cobra-se o texto literal da LODF. Por isso, é imprescindível a leitura repetitiva
de tais direitos, com bastante resolução de exercícios, para uma boa memorização.
São direitos dos servidores públicos, sujeitos ao regime jurídico único:

I – gratificação do titular quando em substituição ou designado para responder


pelo expediente;
II – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas
semanais, facultado ao Poder Público conceder a compensação de horários e a
redução da jornada, nos termos da lei;
III – proteção especial à servidora gestante ou lactante, inclusive mediante a
adequação ou mudança temporária de suas funções, quando for recomendável a sua
saúde ou à do nascituro, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens;
IV – atendimento em creche e pré-escola a seus dependentes, nos termos da lei, bem
como amamentação durante o horário do expediente, nos 12 primeiros meses de vida
da criança;
V – vedação do desvio de função, ressalvada, sem prejuízo de seus vencimentos,
salários e demais vantagens do cargo, emprego ou função:
a) a mudança de função concedida a servidora gestante, sob recomendação médica;
b) a transferência concedida a servidor que tiver sua capacidade de trabalho
reduzida em decorrência de acidente ou doença de trabalho, para locais ou
atividades compatíveis com sua situação.
VI – recebimento de vale-transporte, nos casos previstos em lei;
VII – participação na elaboração e alteração dos planos de carreira;
VIII – promoções por merecimento ou antigüidade, no serviço público, nos termos da
lei;
IX – quitação da folha de pagamento do servidor ativo e inativo da administração
direta, indireta e fundacional do Distrito Federal até o quinto dia útil do mês
subseqüente, sob pena de incidência de atualização monetária, obedecido o disposto
em lei.
X - Direito de greve, exercido nos termos e nos limites definidos na lei complementar.
XI - É garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical, observado o
disposto no art. 8º da Constituição Federal.
XII - Participação na gerência de fundos e entidades para os quais contribui.
XIII - Licença para atendimento de filho, genitor e cônjuge doente, a homem ou
mulher, mediante comprovação por atestado médico da rede oficial de saúde do
Distrito Federal.
XIV - Percebimento de adicional de um por cento por ano de serviço público efetivo,
nos termos da lei.
XV - Contagem, para todos os efeitos legais, do período em que o servidor estiver de
licença concedida por junta médica oficial.
XVI - Computar como exercício efetivo, para efeito de progressão funcional ou concessão
de licença-prêmio e aposentadoria nas carreiras específicas do serviço público, o tempo
de serviço prestado por servidor requisitado a qualquer dos Poderes do DF.

6.2. ESTABILIDADE
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo

de provimento efetivo em virtude de concurso público.
6.3. PERDA DO CARGO PARA O SERVIDOR ESTÁVEL
O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a
ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
💣ATENÇÃO 1: Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
REINTEGRADO COM TODOS OS DIREITOS E VANTAGENS devidos desde a demissão, e o
eventual ocupante da vaga será RECONDUZIDO AO CARGO DE ORIGEM, SEM DIREITO
A INDENIZAÇÃO, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada.
💣 ATENÇÃO 2: Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
✍ DICA DE PROVA: a disponibilidade é a situação em que o servidor estável fica “disponível”
em casa aguardando o chamado da Administração assim que surgir um cargo que possa
ocupar. Durante esse período o servidor é remunerado, mas apenas proporcionalmente
ao tempo de serviço que possui na Administração.
Em relação aos dispositivos da LODF,
LODF
julgue o item abaixo:
EXERCÍCIOS
6. Dentre os objetivos prioritários do Distrito
Federal, o mais recente incluído no texto da
(QUADRIX – 2021 - CREFI 21 - adaptada)
Lei Orgânica é promover a inclusão digital,
No que concerne ao disposto na . LODF,
o direito de acesso à Internet, o exercício da
julgue:
1. O direito de petição aos Poderes Públicos, cidadania em meios digitais e a prestação
em defesa de direitos ou contra ilegalidades de serviços públicos por múltiplos canais de
ou abusos de poder, é assegurado, desde acesso.
que o interessado realize o pagamento das
taxas correspondentes ao ato solicitado. 7. A administração pública é obrigada
a atender a requisições judiciais no
(Quadrix - 2014 - CRN - 1ª Região (GO) - prazo máximo de dez dias úteis,
Auxiliar Administrativo – adaptada) independentemente de pagamento de
2. Segundo a LODF, são valores fundamentais taxas ou emolumentos, para defesa de
do Distrito Federal, representatividade direitos e esclarecimento de situações de
política, a cidadania, a dignidade da pessoa interesse pessoal ou coletivo.
humana, os valores sociais da livre iniciativa
e pluralismo político. 8. É absoluta a regra de que, no âmbito do
DF, as funções de confiança deverão ser
(CESPE/CEBRASPE - DETRAN - Assistente exercidas por servidores efetivos.
Administrativo – adaptada)
Com relação à organização do DF, prevista 9. Do acordo com texto da LODF, no interesse
na LODF, julgue os itens a seguir: da administração, é um direito da servidora
3. Brasília é a capital federal e a sede do pública vítima de violência doméstica e
governo do Distrito Federal e seu território familiar, a sua remoção pela administração
compreende o espaço físico geográfico que direta e indireta e pelas autarquias.
se encontra sob seu domínio e jurisdição.
(CESPE / CEBRASPE - PC - Necrotomista –
Julgue o item abaixo no tocante à Regiões adaptada)
Administrativas do DF: Com base nos dispositivos da LODF que
4. O Distrito Federal organiza-se em Regiões tratam dos servidores públicos, julgue o
Administrativas, administradas por um item:
administrador regional, cuja escolha será 10. A remuneração dos servidores públicos
popular nos termos de lei que disporá sobre pode ser fixada e alterada por decreto do
o assunto. chefe do Governador.
(Quadrix - 2019 - CRP - Jornalista –
(Quadrix - 2019 - CORECON - PE - Assessor adaptada)
Jurídico – adaptada) De acordo com a Lei Orgânica do Distrito
A respeito dos valores fundamentais, Federal, julgue o item:
objetivos prioritários e soberania popular 11. A invalidação, por decisão judicial ou
previstos na LODF, julgue o item: administrativa, de demissão de servidor
5. Um dos objetivos prioritários do DF é dar estável garante sua reintegração ao serviço
prioridade ao atendimento das demandas
público, com a recondução de eventual
da sociedade nas áreas de educação,
atual ocupante do cargo público, mediante
saúde, trabalho, transporte, segurança
prévia indenização.
pública, moradia, saneamento básico, lazer
e assistência social.
(Quadrix - 2017 - CFO-DF - Técnico qualquer dos Poderes do Distrito Federal
Administrativo - adaptada) obedecerá, dentre outros, aos princípios
12. Para efeito do limite remuneratório de legalidade, impessoalidade, moralidade,
previsto na LODF, qual seja, o subsídio publicidade e eficiência. Com relação à
mensal em espécie dos Desembargadores Administração Pública e aos servidores
do Tribunal de Justiça do DF, não serão públicos, julgue o item:
computadas as parcelas de caráter 16. Atos de improbidade administrativa
indenizatório previstas em lei. importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a
(Quadrix - 2021 - CREFONO-4ª Região - indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
Fonoaudiólogo Fiscal) ao erário, na forma e na gradação previstas
Com relação à Administração Pública em lei, sem prejuízo de ação penal cabível.
e aos servidores públicos no âmbito da
LODF, julgue o item: (CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF - Policial
13. Os servidores nomeados para cargo de Rodoviário Federal - Curso de Formação -
provimento efetivo em virtude de concurso 3ª Turma - 1ª Prova – adaptada)
público serão considerados como estáveis Considerando as competências do DF,
após dois anos de efetivo exercício, sendo julgue o item a seguir:
obrigatória uma avaliação de desempenho 17. É competência privativa do DF estabelecer
trimestral, por comissão constituída para e implantar política de educação para a
esse fim. segurança do trânsito.

(Quadrix - 2019 - CRBM 5º Região - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - ANM - Técnico


Bibliotecário Fiscal) em Segurança de Barragens – adaptada)
A respeito da Administração Pública e Com relação às competências do DF,
dos servidores públicos, julgue o item julgue o próximo item:
segundo a LODF: 18. É competência comum do Distrito
14. Não é imprescindível a compatibilidade Federal legislar sobre seguridade social.
de horários para que ocorra a acumulação
de dois cargos ou empregos privativos
de profissionais da saúde, com profissões
regulamentadas.

(Quadrix - 2019 - CRF-PR - Analista de RH


– adaptada)
Com relação às disposições gerais da
Administração Pública conforme previsão
constante do texto da LODF julgue o item:
15. A lei reservará 20% dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão.

(Quadrix - 2021 - CREFONO-4ª Região -


Fonoaudiólogo Fiscal - adaptada)
O artigo 19 da LODF dispõe que a
administração pública direta e indireta de
LEI COMPLEMENTAR 840/11

LEI 840 - REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO DISTRITO FEDERAL,
SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES
A Lei Complementar n.º 840, editada em 2011 institui um regime jurídico, ou seja, um
conjunto de normas para todo aquele que é considerado servidor público do Distrito
Federal, das Autarquias e das Fundações Públicas do Distrito Federal.
↣ Conceitos legais
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente
investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional e cometidas a um servidor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria
e subsídio ou vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter
efetivo ou em comissão.
2. REGRAS DE INGRESSO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O SERVIDOR PÚBLICO
DO DISTRITO FEDERAL
Para ser servidor público do DF, regido pela lei Complementar 840/1 é necessário, como já
dissemos, ocupar um cargo público. E para ocupar cargo público é necessário atender as
regras de ingresso em um cargo público.
Assim, vamos analisar esse passo a passo dos servidores públicos conforme os artigos da
LC 840/11.
2.1. Concurso Público (somente para cargos efetivos)
Características:
2.1.1 As normas gerais sobre concurso público são as fixadas em lei específica. No âmbito
do DF temos as seguintes leis que versam sobre concursos públicos:
2.1.2 O concurso público é de provas ou de provas e títulos, conforme dispuser a lei do
respectivo plano de carreira.
2.1.3. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma
única vez, por igual período, na forma do edital.
2.1.4 No período de validade do concurso público, o candidato aprovado deve ser nomeado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira.

I ATENÇÃO: O edital de concurso público tem de reservar vinte por cento das vagas
para serem preenchidas por pessoa com deficiência, desprezada a parte decimal.
à A vaga não preenchida na forma do caput reverte-se para provimento dos demais
candidatos.
à A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo são verificadas antes
da posse, garantido recurso em caso de decisão denegatória, com suspensão da
contagem do prazo para a posse.
2.2. Nomeação (para cargos efetivos e comissionados)
A nomeação é um ato administrativo por meio do qual a Administração designa alguém
para ocupar um cargo público. É o ato em que a Administração Pública comunica aquele
que foi aprovado no concurso ou o escolhido para o cargo em comissão que tem um
cargo público para eles ocuparem, por isso, a nomeação deve ser publicada no Diário
Oficial do Distrito Federal.
Desta feita, a nomeação pode se dar para um cargo efetivo ou um cargo em comissão.
2.3 Posse (para os cargos efetivos e comissionados)
Posse é o ato bilateral pelo qual o candidato nomeado é investido no cargo público. Com
a posse ocorre a INVESTIDURA no cargo público. Dar-se-á com a assinatura do termo
de posse, onde constam as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo.
→ O servidor, no ato da posse, também deverá apresentar três declarações:
a) de bens e valores que constituem seu patrimônio;
b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem como de proventos
da aposentadoria de regime próprio de previdência social
c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de cargo público.
→ A posse poder ser realizada por procuração específica (também chamada de
instrumento de mandato).
→ A posse depende de prévia inspeção médica oficial.
2.4 Exercício (para os cargos efetivos e comissionados)
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de
confiança.
→ PRAZO para entrar em exercício: 5 DIAS ÚTEIS, contados da posse. A não observância do
prazo gera a EXONERAÇÃO do servidor.

K ATENÇÃO!!
O prazo para entrar em exercício é contado em dias uteis. E é de 5 dias úteis e não até
5 dias úteis.
Caso o empossado não entre em exercício no prazo de 5 dias úteis será exonerado e
não demitido (demissão só se aplica nos casos de cometimento de infrações graves,
não é caso de quem não apareceu sequer para começar a trabalhar, né).
A quem compete dar exercício ao servidor?
Compete ao titular da unidade administrativa onde for lotado o servidor dar-lhe exercício,
ou seja, o chefe da repartição.
2.5 Estágio Probatório (somente para os cargos efetivos)
Os servidores cumprirão o período de estágio probatório pelo prazo de 3 ANOS.
→ Critérios de Avaliação do Estágio Probatório:
R esponsabilidade
A ssiduidade
P rodutividade
P ontualidade
I niciativa
D isciplina
• O procedimento de avaliação do estágio probatório será realizado da seguinte
forma:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente,
com pontuação por notas numéricas de zero a dez (para cada requisito –
responsabilidade, assiduidade, produtividade, pontualidade, iniciativa e disciplina
– serão atribuídas notas de 0 a 10);
II – as avaliações semestrais são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha
previamente preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor,
no semestre de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
• Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
 O chefe imediato fará a avaliação do servidor até o 30º mês, a cada seis
meses. Quando chegar no 30º mês, será realizada a avaliação especial que deve
ser feita por comissão, quatro meses antes de terminar o estágio probatório. A
comissão é composta por três servidores estáveis do mesmo cargo ou de cargo de
escolaridade superior da mesma carreira do avaliado.
→ Caso o servidor não seja aprovado no estágio probatório:
a) se estável – será RECONDUZIDO para o cargo anterior.
b) se não estável – será EXONERADO
.Obs: Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso,
a serem processados na forma desta Lei Complementar.
2.6 Estabilidade (somente para ambos os cargos efetivos)
Estabilidade é a condição de segurança que o servidor público adquire após cumprir os
seguintes requisitos:
• aprovação em concurso público;
• 3 ANOS de efetivo exercício;
• Aprovação em estágio probatório com avaliação de desempenho, por comissão
instituída para esse fim.
A estabilidade é a garantia conferida ao servidor efetivo de que ele não será sumariamente
dispensado pela Administração Pública. É a garantia de permanência no serviço público.
Porém, é necessário cumprir os requisitos já citados acima (aprovação em concurso,
efetivo exercício por 3 anos e aprovação em estágio probatório).
 O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal:
*sentença judicial transitada em julgado;
*processo administrativo disciplinar, com ampla defesa;
*procedimento de avaliação periódica de desempenho;
*excesso de gastos com folha de pessoal.
3. PROVIMENTO
A Lei Complementar n.º 840/11 destaca as formas de provimento de cargo público.
Provimento é o preenchimento de cargo público. São cinco formas de provimento:
nomeação, reintegração, recondução, reversão e aproveitamento.
Assim, um cargo público pode ser preenchido através de uma nomeação, de uma
reintegração, de uma recondução, de uma reversão ou de um aproveitamento.
3.1 Nomeação
A nomeação é a única forma de provimento originário de cargo público. Originário por
que ela só é feita quando o servidor muda de cargo; logo, diz-se que ela é originária por
que só se nomeia um servidor para um cargo no qual ele ainda não tem nenhum vínculo.
↣A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de
validade do concurso público.
↣O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito
à nomeação no cargo para o qual concorreu.
3.2 DA REINTEGRAÇÃO
A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no
cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no
período em que esteve demitido.
↣ Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em disponibilidade.
↣ Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda,
posto em disponibilidade.
PRAZO: É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo,
contados da data em que tomou ciência do ato de reintegração.

J MACETE!!!
ReINtegração é igual a servidor INjustiçado, INocente que deve ser INdenizado.

3.3. DA RECONDUÇÃO
A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, e decorre
de:
I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.
Como visto acima, são três formas de recondução:
1ª forma: se o servidor já for estável e é aprovado em outro concurso, ao assumir esse
novo cargo e inicia o estágio probatório nesse novo cargo. Caso venha a reprovar no
estágio probatório desse novo cargo, o servidor poderá retornar ao cargo anterior.
Esse retorno é chamado de RECONDUÇÃO.
2º forma: também ocorrerá a RECONDUÇÃO se esse mesmo servidor desistir
do estagio probatório desse novo cargo. Às vezes, ao assumir um novo cargo, o
servidor chega a conclusão de que não se adaptou a ele e manifesta o desejo e a
intenção de retornar ao cargo anterior. Diante disso, é possível a sua recondução
ao cargo anterior.
3º forma: por fim, haverá RECONDUÇÃO quando o servidor estável está ocupando
cargo de um servidor que foi demitido. É possível que esse servidor que foi
demitido consiga anular a demissão e retornar ao cargo que era dele. O eventual
ocupante desse cargo terá que sair e retornará ao cargo de onde veio. Esse retorno
é a recondução.
↣PRAZO: em quaisquer das formas de recondução, o servidor tem de retornar ao exercício
do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução.

J MACETE!!
RECONdução é o R etorno do E stavél ao C argo de O rigem.
3.4. DA REVERSÃO
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado. Pode ocorrer de três formas:
I – quando o servidor foi aposentado por invalidez e junta médica oficial comprovar
sua reabilitação. Assim, o servidor que estava aposentado por invalidez será
revertido.
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistência dos
fundamentos de concessão da aposentadoria, ou seja, a aposentadoria foi
concedida de forma equivocada e ao constatar o equívoco, a Administração
determina a reversão desse servidor que foi aposentado;
III – voluntariamente (ou seja, a pedido do aposentado), desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os
critérios de reversão voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
Ocorrendo a reversão por ter cessado a invalidez ou por ter sido constatada insubsistente
a aposentadoria, o servidor DEVE ser revertido ao cargo que era dele; é obrigatório o
retorno. E Se ao retornar, o revertido encontrar o cargo, o servidor deve exercer suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Se a reversão for voluntária, ou seja,
a pedido do aposentado, ficará a critério da Administração aceitar ou não a reversão.
↣ Não pode reverter o aposentado que tenha completado setenta anos.
↣ A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
PRAZO: É de quinze dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo,
contados da data em que tomou ciência da reversão.

J MACETE!!!
Reversão: o véi ficou são (bom). REVÉISÃO

3.5 DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO


Disponibilidade é a situação em que o servidor fica em casa, disponível, aguardando o
chamado da Administração para voltar ao serviço. A remuneração será proporcional ao
tempo de serviço.
O servidor só pode ser posto em disponibilidade nos casos previstos na Constituição
Federal, quais sejam:
1 – quando o servidor é reintegrado e o cargo dele foi extinto. Nesse caso, ele será
posto em disponibilidade.
2 – Quando o servidor é reconduzido e o cargo dele está ocupado. Nesse caso, ele
será posto em disponibilidade.
E quando é que o servidor em disponibilidade retornará ao serviço público? Quando
surgir um cargo vago. Ao surgir um cargo vago, o servidor é comunicado para assumi-lo.
É que se chama de aproveitamento.
O retorno à atividade de servidor em disponibilidade é feito mediante
aproveitamento:
I – no mesmo cargo;
II – em cargo resultante da transformação do cargo anteriormente ocupado;
III – em outro cargo, observada a compatibilidade de atribuições e vencimentos ou
subsídio do cargo anteriormente ocupado.
↣ É obrigatório o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade, assim que
houver vaga em órgão, autarquia ou fundação.
PRAZO: É de trinta dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, contados da data
em que tomou ciência do aproveitamento.
4. DA VACÂNCIA
Vacancia é vagar um cargo, deixar ele vago. A vacância do cargo público decorre de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal.

IMPORTANTE!!
Exoneração nunca decorre de uma punição, não tem caráter punitivo. Ocorre nas
situações abaixo:
- a pedido do servidor quando ele não quiser mais ocupar o cargo – De oficio pela
Administração, quando o servidor reprovar no estágio probatório ou quando não entrar
em exercício no prazo de 5 dias úteis ou quando se trata de servidor comissionado (em
que é livre a exoneração).
- Demissão só se aplica como forma de punição para o servidor efetivo ao cometer
infração disciplinar grave;
- Destituição é a punição aplicada ao servidor comissionado.
ASSIM,
Servidor efetivo que cometer infração grave é DEMITIDO.
Servidor comissionado que comete infração grave é DESTITUÍDO.

A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço

público não pode, sem justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma
do regulamento.
8. DO SISTEMA REMUNERATÓRIO
8.1 Das Vantagens
Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vantagens, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – gratificações;
II – adicionais;
III – abonos;
IV – indenizações.
8.2.1 Da Gratificação de Função de Confiança e dos Vencimentos de Cargo em
Comissão
Sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo, o servidor que ocupa cargo
em comissão ou função de confiança (direção, chefia e assessoramento) faz jus:
I – ao valor integral da função de confiança para a qual foi designado;
II – a oitenta por cento dos vencimentos ou subsídio do cargo em comissão por ele exercido,
salvo disposição legal em contrário.
✍ O servidor efetivo pode optar pelo valor integral do cargo em comissão, hipótese em
que não pode perceber o subsídio ou a remuneração do cargo efetivo.
8.2.2 Dos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade
O servidor que trabalha com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente
com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida faz jus a um adicional de
insalubridade ou de periculosidade.
✍ATENÇÃO: os adicionais de insalubridade e periculosidade não podem ser
acumulados.
↣A servidora gestante ou lactante, enquanto durar a gestação e a lactação, deve exercer
suas atividades em local salubre e em serviço não perigoso.
↣Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios X ou substâncias radioativas
devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

MIMPORTANTE: Os servidores a que se refere este artigo devem ser submetidos a


exames médicos a cada seis meses.

O adicional de insalubridade ou de periculosidade é devido nos termos das normas legais


e regulamentares pertinentes aos trabalhadores em geral, observados os percentuais
seguintes, incidentes sobre o vencimento básico:
I – cinco, dez ou vinte por cento, no caso de insalubridade nos graus mínimo, médio ou
máximo, respectivamente;
II – dez por cento, no caso de periculosidade, salvo no caso da carreira de Execução Penal,
disciplinada pela Lei nº 3.669, de 13 de setembro de 2005, que é de 20%.
8.2.3 Do Adicional por Serviço Extraordinário
O serviço extraordinário é remunerado com acréscimo de cinquenta por cento em relação
ao valor da remuneração ou subsídio da hora normal de trabalho.
✍ OBSERVAÇÃO: Nos termos da LC 840/11 a jornada de trabalho pode ser ampliada, a
título de serviço extraordinário, em até duas horas (Governador pode autorizar o trabalho
extraordinário superior a esse limite)
8.2.4 Do Adicional Noturno
O serviço noturno é remunerado com acréscimo de vinte e cinco por cento sobre o valor
da remuneração ou subsídio da hora trabalhada.
✍ OBSERVAÇÃO: a hora noturna é calculada como tendo 52 minutos e 30 segundos. O
horário noturno compreende 22h as 5h da manhã.
8.2.5 Do Adicional por Tempo de Serviço
O adicional por tempo de serviço é devido à razão de um por cento sobre o vencimento
básico do cargo de provimento efetivo por ano de efetivo serviço.

MATENÇÃO. O adicional de tempo de serviço é devido a partir do mês em que o


servidor completar o anuênio.

8.2.6 Do Adicional de Qualificação


O adicional de qualificação, instituído por lei específica, destina-se a remunerar a melhoria
na capacitação para o exercício do cargo efetivo.

MATENÇÃO. Os conteúdos dos cursos de qualificação devem guardar pertinência


com as atribuições do cargo efetivo ou da unidade de lotação e exercício.

8.2.7 Do Adicional de Férias


Independentemente de solicitação, é pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente a um terço da remuneração ou subsídio do mês em que as férias forem
iniciadas.
↣O adicional de férias incide sobre o valor do abono pecuniário.
8.2.8 Do Décimo Terceiro Salário
O décimo terceiro salário corresponde à retribuição pecuniária do mês em que é devido,
à razão de um doze avos por mês de exercício nos doze meses anteriores.
↣A fração superior a quatorze dias é considerada como mês integral.
↣O décimo terceiro salário é pago:
I – no mês de aniversário do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluído
o requisitado da administração direta, autárquica ou fundacional de qualquer Poder do
Distrito Federal, da União, de Estado ou Município;
II – até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano, para os servidores não contemplados
no inciso I.
O Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo podem alterar a data de

pagamento do décimo terceiro salário, desde que ele seja efetivado até o dia vinte
de dezembro de cada ano.
8.2.9 Do Auxílio-Natalidade
O auxílio-natalidade é devido à servidora efetiva por motivo de nascimento de filho, em
quantia equivalente ao menor vencimento básico do serviço público distrital, inclusive no
caso de natimorto.

@TOME NOTA: Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve ser acrescido de cinquenta
por cento por nascituro

O auxílio-natalidade deve ser pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando


a parturiente não for servidora pública distrital.
O auxilio-natalidade aplica-se às situações de adoção.
8.2.10 Do Auxílio-Funeral
O auxílio-funeral é devido à família do servidor efetivo falecido em atividade ou aposentado,
em valor equivalente a um mês da remuneração, subsídio ou provento.
No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio-funeral é pago somente em razão do
cargo de maior remuneração ou subsídio.
No caso de servidor aposentado, o auxílio-funeral é pago pelo regime próprio de previdência
social, mediante ressarcimento dos valores pelo Tesouro do Distrito Federal.
O auxílio-funeral deve ser pago no prazo de quarenta e oito horas, por meio de
procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral.
O terceiro que custear o funeral tem direito de ser indenizado, não podendo a indenização
superar o valor de um mês da remuneração, subsídio ou provento.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no
exterior, as despesas de transporte do corpo correm à conta de recursos do Distrito
Federal, da autarquia ou da fundação pública.
8.2.11 Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao servidor estável que, em
caráter eventual:
I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de
treinamento regularmente instituído nos Poderes Executivo ou Legislativo;
II – participar de banca examinadora ou de comissão de concurso para:
a) exames orais;
b) análise de currículo;
c) correção de provas discursivas;
d) elaboração de questões de provas;
e) julgamento de recursos interpostos por candidatos;
III – participar da logística de preparação e de realização de concurso público
envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e
avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as
suas atribuições permanentes;
IV – participar da aplicação de provas de concurso público, fiscalizá-la ou avaliá-
la, bem como supervisionar essas atividades.
Os critérios de concessão e os limites da gratificação para as atividades de que trata este
artigo são fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:
I – o valor da gratificação deve ser calculado em horas, observadas a natureza e a
complexidade da atividade exercida;
II – o período de trabalho nas atividades de que trata este artigo não pode exceder
a cento e vinte horas anuais ou, quando devidamente justificado e previamente
autorizado pela autoridade máxima do órgão, autarquia ou fundação, a duzentas
e quarenta horas anuais;
III – o valor máximo da hora trabalhada corresponde aos seguintes percentuais,
incidentes sobre o maior vencimento básico da tabela de remuneração ou subsídio
do servidor:
a) dois inteiros e dois décimos por cento, em se tratando de atividades previstas
nos incisos I e II (atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento
ou de treinamento regularmente instituído nos Poderes Executivo ou Legislativo
ou participar de banca examinadora ou de comissão de concurso);
b) um inteiro e dois décimos por cento, em se tratando de atividade prevista nos
incisos III e IV (participar da logística de preparação e de realização de concurso
público ou participar da aplicação de provas de concurso público, fiscalizá-la ou
avaliá-la, bem como supervisionar essas atividades).
8.2.12 Da Diária e da Passagem
O servidor que, a serviço, se afastar do Distrito Federal em caráter eventual ou transitório faz
jus a passagem e diária, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção
urbana.
A diária é concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite.
Nos casos em que o afastamento do Distrito Federal constituir exigência permanente do
cargo, o servidor não faz jus a diária.
O servidor que receber diária ou passagem e não se afastar do Distrito Federal, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 72 horas, contadas da data
em que deveria ter viajado.
8.2.13 Da Indenização de Transporte
O servidor que realiza despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para
a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, faz jus à
indenização de transporte, na forma do regulamento.
8.2.14 Do Auxílio-Transporte
Ao servidor é devido auxílio-transporte, a ser pago em pecúnia ou em vale-transporte,
destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo, inclusive
interestadual, no início e no fim da jornada de trabalho, relacionadas com o deslocamento
da residência para o trabalho e vice-versa.
O valor mensal do auxílio-transporte corresponde ao montante das despesas realizadas
com transporte coletivo subtraído o montante de seis por cento incidente exclusivamente
sobre:
I – subsídio ou vencimento básico do cargo efetivo ocupado pelo servidor;
II – retribuição pecuniária de cargo em comissão, quando se tratar de servidor não detentor
de cargo efetivo.
8.2.15 Do Auxílio-Alimentação
É devido ao servidor, mensalmente, o auxílio-alimentação, com o valor fixado na forma da
lei.
FO auxílio-alimentação sujeita-se aos seguintes critérios:
I – o pagamento é feito em pecúnia, sem contrapartida;
II – não pode ser acumulado com outro benefício da mesma espécie, ainda que pago in
natura;
III – depende de requerimento do servidor interessado, no qual declare não receber o
mesmo benefício em outro órgão ou entidade;
8.2.16 Do Abono Pecuniário
A conversão de um terço das férias em abono pecuniário depende de autorização do
Governador, do Presidente da Câmara Legislativa ou do Presidente do Tribunal de Contas.
Sobre o valor do abono pecuniário, incide o adicional de férias.

8.2.17 Do Abono de Permanência
O servidor que permanecer em atividade após ter completado as exigências para
aposentadoria voluntária faz jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua
contribuição previdenciária, na forma e nas condições previstas na Constituição Federal.
9. DAS FÉRIAS
A cada período de doze meses de exercício, o servidor faz jus a trinta dias de férias.
Para o primeiro período aquisitivo de férias, são exigidos doze meses de efetivo

exercício.
É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

As férias podem ser acumuladas por até dois períodos, no caso de necessidade do

serviço, ressalvadas as hipóteses previstas em legislação específica.
Mediante requerimento do servidor e no interesse da administração pública, as

férias podem ser parceladas em até três períodos, nenhum deles inferior a dez
dias.
Até dois dias antes de as férias serem iniciadas, devem ser pagos ao servidor:
I – o adicional de férias;
II – o abono pecuniário, se deferido;
III – o adiantamento de parcela correspondente a quarenta por cento do valor líquido do
subsídio ou remuneração, desde que requerido.
O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radioativas
tem de gozar vinte dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional,
proibida em qualquer hipótese a acumulação.
10. DAS LICENÇAS
Além do abono de ponto, o servidor faz jus a licença:
I – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – para o serviço militar;
IV – para atividade política;
V – servidor:
VI – para tratar de interesses particulares;
VII – para desempenho de mandato classista;
VIII – paternidade;
IX – maternidade;
X – médica ou odontológica.
14. DO REGIME DISCIPLINAR
1 ADVERTENCIA
A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por
escrito a conduta do servidor.

J ATENÇÃO: No lugar da advertência, pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão até


trinta dias, se as circunstâncias assim o justificarem.

15.2 SUSPENSÃO
A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou
subsídio dos dias em que estiver afastado.

à A suspensão não pode ser:


I – superior a trinta dias, no caso de infração disciplinar média do grupo I;
II – superior a noventa dias, no caso de infração disciplinar média do grupo II.

à Aplica-se a suspensão de até:


I – trinta dias, quando o servidor incorrer em reincidência por infração disciplinar leve;
II – noventa dias, quando o servidor incorrer em reincidência por infração disciplina média
do grupo I.
*É aplicada multa ao servidor inativo que houver praticado na atividade infração disciplinar
punível com suspensão. Assim, como o aposentado não está exercendo mais a função em
razão de sua aposentadoria, ao invés de ser suspenso quando cometer infração media, ele
será multado.

M TOME NOTA: Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão


pode ser convertida em multa, observado o seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia
de suspensão;
II – o servidor fica obrigado a cumprir integralmente a jornada de trabalho a que está
submetido.

- CANCELAMENTO DO REGISTRO DAS PENALIDADES


A advertência e a suspensão têm seus registros cancelados, após o decurso de três e
cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período,
praticado nova infração disciplinar, igual ou diversa da anteriormente cometida.

PRAZO PARA CANCELAMENTO DO REGISTRO DA


PENALIDADE
ADVERTENCIA 3 ANOS
SUSPENSÃO 5 ANOS

15.3 DEMISSÃO
A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao
servidor efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo ser cominada com
o impedimento de nova investidura em cargo público. Ou seja, dependendo do motivo
da demissão, o servidor público pode vir a ser impedido de retornar para os quadros da
Administração Pública do DF por um período.

àA demissão também se aplica no caso de:


I – infração disciplinar grave, quando cometida por servidor efetivo no exercício de cargo
em comissão ou função de confiança do Poder Executivo ou Legislativo do Distrito Federal;
II – reincidência em infração disciplinar média do grupo II.
.
15.4 CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA
A cassação de aposentadoria é a sanção por infração disciplinar que houver sido cometida
pelo servidor em atividade, pela qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo
ser cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.

 A cassação de aposentadoria é aplicada por infração disciplinar punível com


demissão.
15.5 CASSAÇÃO DE DISPONIBILIDADE
A cassação de disponibilidade é a sanção por infração disciplinar que houver sido
cometida em atividade, pela qual se impõe a perda do cargo público ocupado e dos
direitos decorrentes da disponibilidade, podendo ser cominada com o impedimento de
nova investidura em cargo público.

A cassação de disponibilidade é aplicada por infração disciplinar punível com



demissão.

15.6 DESTITUIÇÃO
A destituição do cargo em comissão é a sanção por infração disciplinar média ou grave,
pela qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Federal a perda do
cargo em comissão por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova
investidura em outro cargo efetivo ou em comissão.

LEI COMPLEMENTAR 840/11


EXERCÍCIOS

(FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Delegado de eleitorais são os únicos requisitos básicos


Polícia - Objetiva) exigidos pela Lei n.º 840 para a investidura
1. Roberto é um delegado de polícia em cargo público. Outros requisitos poderão
aposentado, que, durante vários anos, atuou ser exigidos por legislação específica.
na Academia de Polícia do Distrito Federal. B) A investidura em cargo público ocorrerá
Após a sua aposentadoria, Roberto mostrou com a posse. A posse dar-se-á pela
interesse em continuar exercendo atividade assinatura do respectivo termo, no qual
de instrutor nessa Academia, na qualidade deverão constar as atribuições, os deveres,
de colaborador voluntário. Considere que as responsabilidades e os direitos inerentes
Roberto celebrou com o Distrito Federal, ao cargo ocupado, que não poderão ser
em julho de 2009, acordo pelo qual se alterados unilateralmente, por qualquer
comprometeu a exercer voluntariamente das partes, ressalvados os atos de ofício
trabalho como instrutor da referida previstos em lei.
Academia, pelo prazo de um ano. C) No ato de posse o servidor apresentará
Nessa situação hipotética, no exercício declaração de bens. Todavia, não há
de suas atividades atuais como instrutor, necessidade de declinar os valores que
Roberto: constituem seu patrimônio, em razão do
A) está investido em cargo público efetivo princípio da intimidade.
de natureza temporária D) Às pessoas portadores de deficiência
B) desempenha cargo público comissionado é assegurado o direito de se inscrever em
de natureza temporária. concurso público para provimento de cargo
C) ocupa cargo público de natureza inativa. cujas atribuições sejam compatíveis com a
D) está investido em emprego público deficiência de que são portadoras. Para tais
temporário. pessoas serão reservadas até 30% das vagas
E) desempenha função pública, mas sem oferecidas no concurso.
estar no exercício de cargo nem de emprego E) Cargo público é o conjunto de atribuições
público. e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas
(IADES/IML – agentes de atividades a um servidor. Os cargos públicos são
complementares/2011) acessíveis a todos os brasileiros, são criados
2. Com fundamento a Lei n.º 840/2011, por portarias expedidas pelos órgãos
assinale a alternativa correta: administrativos.
A) nacionalidade brasileira, a idade mínima
de 18 anos, o gozo dos direitos políticos e
a quitação com as obrigações militares e
(IADES - 2018 - SES-DF - Enfermeiro adquire estabilidade e, em consequência,
Obstetra) apenas pode vir a perder o cargo por decisão
3. No que se refere ao estágio probatório, judicial em processo no qual lhe haja sido
regulado pela Lei Complementar no assegurada ampla defesa.
840/2011, assinale a alternativa correta:
A) O servidor que responde a processo (FUNIVERSA - 2009 - ADASA - Advogado)
disciplinar pode desistir do estágio 6. Relativamente à estabilidade dos
probatório. servidores públicos prevista na Constituição
B) O servidor em estágio probatório não Federal, assinale a alternativa correta:
pode ser cedido a outro órgão para ocupar A) A estabilidade é adquirida somente após
cargo de natureza especial. três anos da nomeação pelos ocupantes
C) O servidor em estágio probatório tem de cargo efetivo em virtude de concurso
direito de gozar licença não remunerada. público.
D) Ao servidor em estágio probatório é B) O servidor estável pode perder o
defeso exercer função de confiança no cargo mediante avaliação periódica de
órgão de lotação. desempenho, na forma de lei ordinária,
E) Quando o servidor acumular licitamente assegurada ampla defesa.
dois cargos, o estágio probatório é cumprido C) Em virtude de sentença judicial, o
em relação a cada cargo em cujo exercício servidor estável perderá o cargo.
esteja o servidor. D) O servidor estável poderá perder o
cargo em razão do excesso de despesa
(FUNIVERSA - 2011 - SES-DF - Enfermeiro) com pessoal, nos termos previstos na
4. A Lei n.º 840/11 prevê que, ao entrar em Constituição Federal.
exercício, o servidor nomeado para cargo de E) Será examinada por comissão específica
provimento efetivo ficará sujeito a estágio a necessidade de avaliação especial
probatório, durante o qual a sua aptidão e de desempenho para a aquisição da
a sua capacidade serão objeto de avaliação estabilidade.
para o desempenho do cargo, observados
alguns fatores, que não incluem: (FUNIVERSA - 2011 - SES-DF - Técnico em
A) probidade. radiologia)
B) responsabilidade. 7. Acerca do provimento e da vacância
C) assiduidade. de cargos públicos e considerando o que
D) capacidade de iniciativa. dispõe a Lei n.° 840/11, assinale a alternativa
E) produtividade. correta:
A) A nomeação, o aproveitamento, a
(FUNIVERSA - 2010 - MTur - Agente promoção e a transferência são formas de
Administrativo) provimento de cargo público.
5. No que diz respeito à Lei n.º 840/11, assinale B) O provimento de cargo por nomeação
a alternativa correta: dá-se por meio da posse, ao passo que a
A) Se um servidor público sofrer acidente investidura em cargo público ocorre com o
de trabalho e, em razão disso, ficar efetivo exercício.
incapacitado para exercer as funções do C) A exoneração de cargo efetivo é forma
cargo que ocupava, não necessariamente de vacância de cargo público e poderá dar-
deverá ser aposentado. se de ofício, quando o servidor não tiver
B) Com a assinatura do termo de posse, por satisfeitas as condições do estágio
ficam definidos os direitos e deveres probatório ou quando o servidor empossado
inerentes ao cargo que o servidor ocupará, não iniciar o exercício no prazo fixado em
os quais não poderão mais ser modificados. lei.
C) Apenas o próprio servidor regularmente D) Ocorre provimento e vacância,
nomeado poderá tomar posse no cargo simultaneamente, nos casos de promoção,
para o qual recebeu a nomeação. readaptação e reversão.
D) Durante o período de estágio probatório, E) A dispensa de função de confiança
o servidor pode ocupar cargos em comissão é forma de vacância de cargo público e
e exercer funções de direção, chefia ou somente poderá se dar a juízo da autoridade
assessoramento, mas não pode ser cedido competente.
a outro órgão.
E) O servidor aprovado no estágio probatório
(FUNIVERSA - 2012 - IFB - Nível Médio - acometeu um ente da família. Com base
Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) nessa situação e em conformidade com a
8. Em conformidade com a Lei n.º 840/11, o Lei n.º 840/11, assinale a alternativa correta:
servidor público tem direito a licença: A) A licença poderá ser concedida a José,
A) para acompanhar cônjuge ou a cada período de doze meses, por até
companheiro que for deslocado para noventa dias, consecutivos ou não, sem
trabalhar em localidade situada fora da remuneração.
Região Integrada de Desenvolvimento B) Considera-se para tal fim, como
Econômico do Distrito Federal e Entorno – pertencente à família de José, parente em
RIDE ou exercer mandato eletivo em Estado linha colateral até o quarto grau.
ou Município não compreendido na RIDE. C) Durante o período da licença, permite-se
B) para capacitação profissional, após cada a José o exercício de atividade remunerada.
biênio de efetivo exercício, no interesse da D) Não sendo civilmente casado, José
Administração. não poderá fruir da licença por motivo de
C) para exercício de mandato de prefeito, doença de sua companheira.
não lhe sendo facultado optar pela E) A licença será concedida se a assistência
remuneração do cargo que ocupava. pessoal de José for imprescindível, desde
D) para tratar de interesses particulares que se comprove não haver possibilidade
pelo prazo de até dois anos, desde que seja de exercício concomitante do cargo.
ocupante de cargo efetivo e não esteja em
estágio probatório. (FUNIVERSA - 2010 - SEPLAG-DF - Analista
E) por motivo de doença do cunhado, – Administração)
bastando a comprovação da condição de 11. Assinale a alternativa correta em relação
dependente econômico do servidor público. as férias dos servidores de acordo com a Lei
Complementar 840/11:
(FUNIVERSA - 2011 - SES-DF - Especialista A) os servidores públicos não poderão
em Saúde - Assistente Social) acumular suas férias, as quais serão de
9. A Lei n.° 840/11 dispõe acerca das trinta dias para cada período de 12 meses
vantagens devidas aos servidores públicos. de efetivo exercício.
A esse respeito e considerando o que versa a B) o servidor exonerado do cargo efetivo,
lei relativa a esse tema, assinale a alternativa ou em comissão, perceberá indenização
correta: ao período das férias a que tiver direito e
A) Ajuda de custo é a indenização paga ao incompleto na proporção de um doze
ao servidor para ressarcir despesas avos por mês de efetivo exercício, ou fração
comprovadamente realizadas com aluguel superior a quatorze dias
de moradia. C) os servidores que operam raio X gozaram
B) O servidor ocupante de cargo que 20 dias consecutivos de férias por semestre,
exija permanente deslocamento da sede podendo acumularem nos casos de
deverá receber diárias, destinadas a custear interesse da Administração
despesas com pousada, alimentação e D) é expressamente proibida a interrupção
locomoção urbana. das férias dos servidores públicos de cargo
C) O pagamento de auxílio-moradia cessará efetivo ou em comissão.
imediatamente em caso de falecimento,
exoneração, colocação de imóvel funcional (FUNIVERSA - 2009 - ADASA - Advogado)
à disposição do servidor ou aquisição de 12. Pedro e João, servidores efetivos
imóvel. da ADASA, entraram com o pedido
D) A indenização de transporte é devida ao de afastamento para participação em
servidor que utiliza transporte público paraprograma de pós-graduação stricto sensu
a execução de serviços externos. no país. Pedro quer se afastar para cursar
E) A diária é concedida por dia de o doutorado, e João, o mestrado. Ambos
afastamento, sendo devida pela metade os servidores já cumpriram o período de
quando o deslocamento não exigir pernoite. estágio probatório, sendo que Pedro tem
três anos e meio de serviço na Agência, e
(FUNIVERSA - 2012 - IFB - Nível Superior João, três anos. De acordo com disposição
- Conhecimentos Básicos - Todos os da Lei n.º 840/11, assinale a alternativa
Cargos) correta:
10. José, servidor público, necessita fruir
de licença por motivo de doença que
A) Pedro e João já têm direito ao afastamento. mediante comunicação prévia à chefia
B) Somente Pedro tem direito ao imediata, entre outras hipóteses,
afastamento no momento. A) por oito dias consecutivos, incluído o dia
C) João terá de trabalhar por mais um ano da ocorrência, em razão de falecimento do
para adquirir o direito ao afastamento. padrasto ou madrasta.
D) Nem Pedro nem João têm direito ao B) por dois dias consecutivos para doar
afastamento. sangue.
E) Pedro terá de trabalhar por mais seis C) por um dia, para realizar, até três vezes
meses para adquirir o direito ao afastamento. por ano, exames médicos preventivos ou
(INSTITUTO AOCP - 2018 - SES-DF - Médico periódicos voltados ao controle de câncer
– Pediatria) de próstata, de mama ou do colo de útero.
13. Assinale a alternativa correta de acordo D) por até três dias, para se alistar como
com o que estabelece a Lei Complementar eleitor ou requerer transferência do
840/2011 acerca das vantagens que podem domicílio eleitoral.
ser concedidas aos servidores relativas às E) por dez dias consecutivos, incluído o dia
peculiaridades de trabalho: da ocorrência, em razão de casamento.
A) O adicional por serviço extraordinário (Quadrix - 2017 - TERRACAP - Técnico
consiste na remuneração do serviço Administrativo)
extraordinário prestado com acréscimo de 15. Acerca das sanções disciplinares
setenta por cento em relação ao valor da elencadas na Lei Complementar n. 840/2011,
remuneração ou subsídio da hora normal assinale a alternativa correta:
de trabalho. A) A advertência é a sanção por infração
B) O Serviço Noturno é remunerado com disciplinar moderada por meio da qual se
acréscimo de, no mínimo, cinquenta por reprova verbalmente a conduta do servidor,
cento. É considerado como noturno o podendo ser substituída, motivadamente,
serviço prestado entre as vinte e duas por uma suspensão de três dias.
horas de um dia até às cinco horas do dia B) A suspensão é a sanção por infração
seguinte, sendo sua hora considerada como disciplinar média pela qual se impõe ao
tendo cinquenta e cinco minutos e trinta servidor o afastamento compulsório do
segundos. exercício do cargo efetivo, com perda da
C) O servidor que fizer jus aos adicionais de remuneração ou do subsídio dos dias em
insalubridade e de periculosidade tem o que estiver afastado.
direito de recebê-los concomitantemente, C) A aplicação de sanção disciplinar
desde que a soma dos referidos adicionais independe do fato de o servidor ter reparado
não ultrapasse o limite de trinta por cento do o dano causado.
vencimento básico recebido pelo servidor. D) O fato de o servidor conhecer a norma
D) O adicional de insalubridade ou de administrativa é considerado como
periculosidade é devido nos termos das circunstância atenuante para a aplicação
normas legais e regulamentares pertinentes de sanção disciplinar.
aos trabalhadores em geral, sendo que a E) Não há necessidade de previsão legal
gratificação por trabalhos com raios X ou para se aplicar uma sanção disciplinar.
substâncias radioativas é concedida no
percentual de dez por cento.
E) A servidora gestante ou lactante,
enquanto durar a gestação e a lactação,
pode exercer suas atividades em local
insalubre e em serviço perigoso, desde que
expressamente autorizada por seu obstetra
e por médico do trabalho.

(INSTITUTO AOCP - 2018 - SES-DF - Médico


– Pediatria)
14. De acordo com o que estabelece a Lei
Complementar 840/2011 do Distrito Federal,
sem prejuízo da remuneração ou subsídio,
o servidor pode ausentar-se do serviço,
PLANO DISTRITAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES

DECRETO Nº 42.590, DE 7 DE OUTUBRO DE 2021

Aprova o II Plano Distrital de Políticas Públicas para as Mulheres, institui o Comitê de


Articulação e Monitoramento e dá outras providências.

Estamos iniciando o estudo do Decreto 42.590/21 que aprovou o II Plano Distrital de Po-
líticas Públicas para as Mulheres e instituiu o Comitê de Articulação e Monitoramento. O
conteúdo do Decreto 42.590/21 passou a ser conteúdo obrigatório em todos os concursos
públicos no âmbito do Distrito Federal por meio da Portaria 271/2021, vejamos:
O Decreto 42.590/2021, como já visto, possui dois objetos: a aprovação do Plano Distri-
tal de Políticas Públicas para as Mulheres e a instituição do Comitê de Articulação e
Monitoramento.
Desta feita, o nosso estudo tem por objetivo o domínio do Plano e das características do
Comitê.
Antes de iniciamos o estudo do Plano Distrital de Políticas Públicas para as Mulheres é
importante ter em mente que um “plano” é um conjunto de ideias que serão postas em
prática. Dessa forma, quando falamos em Plano Distrital estamos nos referindo a um con-
junto de ideias que serão colocadas em prática pelo Distrito Federal. Logo, o Plano Distri-
tal de Políticas Públicas para as Mulheres são ideias, ações, objetivos, metas voltadas para
as mulheres que serão colocados em prática pelo Distrito Federal.

Plano de Políticas para Mulheres


Diante disso, o PDPM é um plano, um conjunto de ideias, ações, metas, objetivos (tam-
bém chamadas de políticas públicas) cuja elaboração contou com a participação do go-
verno, de instituições que não pertencem ao governo e da sociedade civil (o que permitiu
que o Plano fosse elaborado por pessoas com visões diferentes sobre o tema) e que tem
por finalidade a igualdade das mulheres (nós sabemos que ainda há um tratamento de-
sigual das mulheres em relação aos homens em diversas situações, tais como salários
desiguais, menos oportunidades de empregos, poucas mulheres nos cargos de poder e
decisão, etc.), bem como o combate à discriminação de gênero, ou seja, a discriminação
apenas pelo fato de ser mulher.
Alguns dos pontos abordados pelo PDPM:

Diferença salarial entre Pouca participação das mulheres


homens e mulheres nos cargos de poder

Em resumo, o PDPM é um plano para garantir a igualdade das mulheres no DF e comba-


ter a discriminação de genêro no Distrito Federal.
Esse é o segundo Plano Distrital para Mulheres que o DF aprova. O primeiro Plano Distrital
de Políticas para Mulheres foi aprovado em 2014 e vigorou até 2015 e também continha
ações que buscavam melhorias de condições para as mulheres no âmbito do Distrito Fe-
deral.
Como já dito, o Decreto 42.590/21 é o documento onde consta o PDPM com todas as suas
ações, objetivos, metas, etc. Todavia, antes de continuarmos nosso estudo é importante
relembrar que o Decreto 42.590/21 tem dois objetivos: aprovar o Plano Distrital de Políticas
Públicas para Mulheres e instituir o Comitê de Articulação e Monitoramento do PDPM.
Nós já compreendemos o que é o Plano Distrital de Políticas para Mulheres, certo? Toda-
via, para que essas ações, metas e objetivos do PDPM sejam efetivados é necessário que
alguém acompanhe o cumprimento dessas ações, metas e objetivos; é necessário mo-
nitorar, avaliar essas ações, não é verdade? Se assim não for, o Decreto será letra morta.
Desta feita, com vistas a acompanhar, articular, monitorar e avaliar o cumprimenta das
ações, metas e objetivos do Plano deverá ser instituído um Comitê, chamado de Comitê
de Articulação e Monitoramento do PDPM.
Dessa forma, o estudo do Decreto é baseado no conhecimento das ações, metas e ob-
jetivos do PDPM, bem como conhecer o Comitê que será responsável pelo acompanha-
mento, a articulação, o monitoramento e a avaliação periódica quanto ao cumprimen-
to dessas metas, ações e objetivos definidos no II PDPM.
Temos que dominar os dispositivos do Decreto que se referem ao Plano, bem como os
dispositivos sobre o Comitê. Diante disso vamos montar um mapa mental desses dos dois
pontos que temos que dominar: O Plano e o Comitê.
Como já visto o Comitê de Articulação e Monitoramento tem por atribuições, o acom-
panhamento, a articulação, o monitoramento e a avaliação periódica quanto ao cum-
primento dos objetivos, metas e ações definidos no II PDPM. Esse Comitê é vinculado à
Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal.
Um comitê não é um órgão, uma instituição. Comitê é uma reunião de pessoas que visam
um interesse determinado. Dessa forma, o Comitê de Articulação e Monitoramento do
PDPM é uma reunião de pessoas que irão acompanhar, articular, monitorar e avaliar pe-
riodicamente o cumprimento das ações, metas e objetivos do Plano. A primeira reunião
do Comitê de Articulação e Monitoramento ocorreu no dia 14 de fevereiro de 2022. Foi
uma reunião virtual.

COMITÊ = reunião de pessoas

MACETE PARA MEMORIZAR AS ATRIBUIÇÕES DO COMITÊ: O CAM AAMA


• Traduzindo:
C omitê
A rticulação
M onitoramento
A companha
A rticula
M onitora
A avalia

O Comitê deverá ser composto por 4 (quatro) representantes do Conselho dos Direitos da
Mulher do Distrito Federal, obrigatoriamente dentre as representações da sociedade civil,
e 1 (um) representante, titular e suplente, de órgãos da Administração Pública do Distrito
Federal, mais precisamente de 24 Secretarias de Estado do DF.
Vamos entender melhor essa composição do Comitê?
No tocante a composição, inicialmente o Decreto 42.590/21 determina que o Comitê deve
ser formado por 4 (quatro) representantes do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito
Federal, obrigatoriamente dentre as representações da sociedade civil. O Conselho dos
Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM-DF) é um órgão que tem por finalidade for-
mular e propor diretrizes de ação governamental voltadas à eliminação da violência e da
discriminação, à promoção e defesa dos direitos das Mulheres. O CDM é composto por 25
(vinte e cinco) integrantes, sendo que 12 (doze) representantes do Poder Público do Distri-
to Federal e outros 12 (doze) representantes de entidades da sociedade civil.
Logo, os 4 (quatro) representantes do Comitê de Articulação e Monitoramento que per-
tencem ao Conselho dos Direitos da Mulher serão obrigatoriamente escolhidos dentre os
membros do CDM que representam da sociedade civil (dessa forma, na hora de escolher
quais membros do CDM irão integrar o Comitê de Articulação e Monitoramento não po-
dem escolher os membros do CDM que representam o Poder Público).
Posteriormente, o Decreto 42.590/21 afirma que também deve integrar o Comitê de Arti-
culação e Monitoramento, 1 (uma) representante (subtende-se que serão mulheres), titu-
lar e suplente, de 24 secretarias da Administração Pública do Distrito Federal. É importan-
te destacar que o Comitê contará apenas com 1 (uma) representante do DF. Esse será o
titular. Todavia, será escolhida também uma suplente (ou seja, uma substituta), pois caso
a titular precise se ausentar, como no caso de um problema de saúde, a suplente assume
seu lugar e não desfalca o Comitê. Dessa forma, as duas (titular e suplente) não atuarão ao
mesmo tempo no Comitê, por isso, o Decreto afirmar que é apenas 1 (uma) representante.
Outro ponto importante é que esse representante da Administração Pública do DF será
dos seguintes órgãos:
a) Secretaria de Estado de Economia;
b) Secretaria de Estado de Saúde;
c) Secretaria de Estado de Comunicação;
d) Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania;
e) Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural;
f) Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa;
g) Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade;
h) Secretaria de Estado de Esporte e Lazer;
i) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social;
j) Secretaria de Estado de Turismo;
k) Secretaria de Estado de Educação;
l) Secretaria de Estado de Empreendedorismo;
m) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico;
n) Secretaria de Estado de Trabalho;
o) Secretaria de Estado de Governo;
p) Secretaria de Estado de Juventude;
q) Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade;
r) Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência;
s) Secretaria de Estado de Segurança Pública;
t) Secretaria de Estado de Atendimento à Comunidade;
u) Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação;
v) Secretaria de Estado Desenvolvimento Urbano e Habitação;
w) Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura; e
x) Secretaria Extraordinária da Família.
Conforme visto acima, o Decreto lista 24 secretarias. Todavia, alguns detalhes devem ser
destacados: observe que a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade está repetida
na lista acima, na alínea “g” e na “q”. Essa duplicidade consta no Decreto. Outro ponto de
suma importância é que na lista acima não consta a Secretaria da Mulher (o que é curioso
já que se trata de um plano para as mulheres, né). Mas apesar da Secretaria da Mulher não
constar na lista de órgãos em que será escolhido 1 (uma) representante para compor o
Comitê, o § 1º do art. 4º do Decreto prevê que à Secretaria de Estado da Mulher competirá
a coordenação do Comitê. Dessa forma, a coordenação do Comitê compete à Secretaria
da Mulher.
Mas é importante destacar também que, apesar da Secretaria da Mulher não constar na
lista de órgãos em que será escolhido 1 (um) representante para compor o Comitê, o § 1º
do art. 4º do Decreto prevê que à Secretaria de Estado da Mulher competirá a coordena-
ção do Comitê. Dessa forma, a coordenação do Comitê compete à Secretaria da Mulher.

I - 4 (quatro) representantes do Conselho dos Direitos


Em resumo,
da Mulher do Distrito Federal, obrigatoriamente den-
tre as representações da sociedade civil; e
COMPOSIÇÃO
DO COMITÊ
II - 1 (um) representante, titular e suplente, dos se-
guintes órgãos da Administração Pública do Distrito
Federal.

Os membros do Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM (os 4 representantes


do Conselho do Distrital da Mulher e 1 representante, titular e suplente, das secretarias
do DF) serão indicados pelos titulares dos próprios órgãos (as secretarias) e entidades
(Conselho dos Direitos da Mulher), no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação
deste Decreto, e designados por ato da Secretaria da Mulher.
💣CUIDADO: A Secretaria da Mulher é responsável pelo ato de DESIGNAÇÃO e não
NOMEAÇÃO, hein! Não se trata de uma nomeação, pois a nomeação pressupõe a ocupação
de cargo público. Os membros do Comitê não ocupam cargos públicos, pois o Comitê não
é um órgão. Como já dito, o Comitê é uma reunião de pessoas que visam um interesse
determinado.
Apesar do Decreto definir a composição do Comitê, o §3º do art. 4º dispõe que serão
convidadas para participar do Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM a
Defensoria Pública do Distrito Federal e a Companhia de Planejamento do Distrito
Federal (chamada de Codeplan). Assim, além dos membros do Comitê PDPM (os 4
representantes do Conselho do Distrital da Mulher e 1 representante, titular e suplente,
das secretarias do DF), a Defensoria Pública do DF e a Companhia de Planejamento do DF
serão convidadas para integrar o Comitê.
Ainda sobre a composição do Comitê, o § 4º do art. 4º dispõe que também poderão ser
convidados a participar do Comitê de Articulação e Monitoramento especialistas e
representantes de outros órgãos ou entidades públicas e privadas.
💣ATENÇÃO PARA O DISPOSTO ACIMA: poderão ser convidados especialistas+ e
representantes de outros órgãos ou entidades públicas e privadas. Caso haja necessidade,
é possível convidar especialistas e representantes de outros órgãos ou entidades públicas
e privadas (por exemplo, especialista de uma autarquia ou de uma instituição privada).
No caso em tela, não é obrigado o convite a esses outros órgãos ou entidades públicas e
privadas.
Como já dito, o Comitê de Articulação e Monitoramento se reunirá periodicamente para
acompanhar, articular, monitorar e avaliar o cumprimento das ações, metas e objetivos do
PDPM. Essas reuniões podem acarretar em deliberações. Deliberação é um debate com
o objetivo de resolver algum impasse ou tomar uma decisão. De acordo com o Decreto
42.590/21 as deliberações (os debates, as discussões) do Comitê ocorrerão mediante
resolução. Resolução é um ato  administrativo  normativo, ou seja, uma norma. Para se
chegar a essa resolução, as deliberações do Comitê dependem da maioria simples dos
presentes. Maioria simples corresponde ao voto de 50% mais 1 (um) dos presentes na
reunião.
😁 Explicando melhor: quando o Comitê de Articulação e Monitoramento se reunir,
serão realizadas deliberações (debates, discussões para se chegar a uma decisão). Essas
deliberações farão surgir resoluções (atos normativos) cuja aprovação dependerá da
maioria simples dos presentes na reunião.
Caso haja empate nas deliberações, o voto de qualidade para desempatar é da
coordenadora do Comitê. Conforme disposto no § 1º do art. 4º, a coordenação do Comitê
caberá à Secretaria da Mulher. Logo, conclui-se que no caso de empate nas deliberações
quem irá ter o voto de qualidade (voto de qualidade é o voto decisivo que desempata uma
votação) será a Secretaria da Mulher (coordenadora).
Nos termos do art. 9º do Decreto, o Comitê de Articulação e Monitoramento poderá
instituir câmaras técnicas. Essas câmaras técnicas auxiliarão no cumprimento de suas
atribuições, bem como na sistematização das informações recebidas e poderão ainda,
subsidiar a elaboração dos relatórios anuais.
 Um destaque importante é que o Decreto dispõe que o Comitê “poderá” instituir câmaras
técnicas, ou seja, caso precise de um auxílio para cumprir suas atribuições, será possível
instituir câmaras. Caso não seja necessário, as câmaras não serão criadas.
Ainda com o intuito de auxiliar o Comitê de Articulação e Monitoramento, o art. 10 do
Decreto dispõe que caberá à Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal prestar
o suporte técnico e administrativo para a execução dos trabalhos e o funcionamento do
Comitê e suas câmaras técnicas.
Pela leitura dos dispositivos acima citados, arts. 9 e 10, podemos afirmar que o Comitê
contará com o auxílio de suas câmaras técnicas e da Secretaria da Mulher, onde
cada um deles auxiliando de uma forma diferente: as câmaras técnicas auxiliarão no
cumprimento de suas atribuições; já a Secretaria da Mulher auxiliará no suporte técnico
e administrativo.
Para facilitar a compreensão, vejamos a tabela abaixo:

Conforme explicitado na tabela acima, o Comitê irá contar com o auxílio de suas câmaras
técnicas (no cumprimento de suas atribuições, sistematizando informações e elaborando
relatórios) e da Secretaria da Mulher (no suporte técnico e administrativo).
✍ MACETE PARA LEMBRAR QUAIS AS FUNÇÕES DAS CÂMARAS TÉCNICAS E DA SE-
CRETARIA DA MULHER JUNTO AO COMITÊ:
• Que tipo de auxílio as Câmaras Técnicas prestarão ao Comitê?
• Que tipo de auxílio a Secretaria da Mulher prestará ao Comitê?

AS CÂMARAS AUXILIARÃO NO CUMPRIMENTO DE SUAS ATRIBUIÇÕES


Lembre-se que a palavra “câmara” começa com a letra ‘C’ que também consta na palavra
“cumprimento”. Dessa forma, as CÂMARAS auxiliarão no CUMPRIMENTO das decisões do
Comitê.
ÂMARA
C
UMPRIMENTO DE ATRIBUIÇÕES

A SECRETARIA DA MULHER AUXILIARÁ NO SUPORTE TÉCNICO


Lembre-se que a palavra “secretaria” começa com a letra “S” que também
consta na palavra “suporte”. Dessa forma, a SECRETARIA auxiliará no SUPORTE TÉCNICO
E ADMINISTRATIVO.
ECRETARIA
S
UPORTE TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
Por fim, o art. 11 do Decreto destaca que as atividades dos membros do Comitê de Articula-
ção e Monitoramento e das câmaras técnicas são consideradas serviço público relevante
(ou seja, de extrema importância), porém não são remuneradas. Assim, os membros do
Comitê e das Câmaras Técnicas não serão remunerados pelas suas atividades.

EIXOS DO PDPM
No anexo do Decreto, encontramos a definição dos eixos do PDPM. Eixos são as bases do
Plano de Políticas Públicas para as Mulheres, ou seja, os pontos importantes que servirão
de base para a definição das metas, ações e objetivos. O PDPM prevê 9 (nove) eixos para
concretização do PDPM que é a garantia da igualdade das mulheres e o combate da dis-
criminação de gênero:
Eixo 1 – Igualdade no Mundo do Trabalho e Autonomia Econômica
Eixo 2 – Educação para Igualdade
Eixo 3 – Saúde Integral das Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos
Eixo 4 – Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres
Eixo 5 – Participação das Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão
Eixo 6 – Igualdade para as Mulheres Rurais
Eixo 7 – Cultura, Esporte Comunicação e Mídia
Eixo 8 – Enfrentamento do Racismo, Sexismo, Lesbofobia e Transfobia
Eixo 9 – Igualdade para Mulheres Jovens, Mulheres Idosas e Mulheres com Deficiência
É de suma importância memorizar os 9 (nove) eixos do PDPM. A fim de facilitar a memo-
rização, criamos um macete sobre esses 9 (nove) eixos. Vejamos:
MACETE: TE VIO SAPO RURAL CULTO RA JID
Traduzindo: Te (diminutivo de Teresa) vio (viu=ver) sapo rural culto Rajid (nome do
sapo).
Esse é um macete bem simples cujo o intuito é apenas facilitar a memorização. É a histó-
ria de uma mulher, a Teresa, que chamamos de Te que viu um sapo na área rural e que é
culto, cujo nome é Rajid. Assim, formamos a frase: a Te “vio” (um) sapo rural culto (chama-
do) Rajid. Veja abaixo que a frase traz o 9 eixos do PDPM:

😁 IMPORTANTE: Cada um dos eixos tem objetivo geral, objetivos específicos e metas. Talvez
essa seja a parte mais difícil do Decreto: memorizar os objetivos específicos e as metas de cada
um dos 9 (nove) Eixos, pois são muitos. Todavia, com vistas a acertar as questões sobre objetivos
específicos e metas dos eixos do PDPM criamos um macete.

MACETE PARA DIFERENCIAR OS OBJETIVOS ESPECIFICOS DAS METAS!!!

Assim, ao se deparar com itens de prova em que questione se a assertiva se refere a um


objetivo específico ou a uma meta, basta visualizar a presença dos verbos acima para
poder responder a questão. Lembrando-se que a indicação dos verbos acima como sendo
ligados a objetivos específicos ou a metas dos eixos do PDPM são regra, de modo que
algumas poucas exceções não corresponderam ao nosso macete.
É importante que você dê uma ênfase na leitura do Eixo que corresponde a área de
atuação do órgão ou entidade que realizará o concurso. Por exemplo, caso o seu concurso
seja na área da Educação, dê uma ênfase na leitura dos objetivos específicos e metas do
Eixo 2 - Educação para Igualdade. Se é da área da saúde, dê uma ênfase na leitura do Eixo
3 - Saúde Integral das Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos e etc.
De toda forma, o macete para diferenciar objetivos específicos de metas através da
memorização dos verbos já vai ajudar bastante.
Segue abaixo cada um dos Eixos com seu objetivo geral, objetivos específicos e metas.

EIXO 1 - IGUALDADE NO MUNDO DO TRABALHO E AUTONOMIA ECONÔMICA


Objetivo Geral: Promover a autonomia econômica das mulheres e a igualdade no mundo
do trabalho, tanto no que se refere ao acesso quanto à remuneração das mulheres urbanas,
do campo e do Cerrado, considerando todas as desigualdades de classe, raça e etnia,
desenvolvendo ações específicas que contribuam para eliminação da desigual divisão de
gênero do trabalho, com ênfase em políticas de erradicação da pobreza e na valorização
da participação das mulheres no desenvolvimento socioeconômico.

Objetivos específicos Metas


- Ampliar a inserção das mulheres no mundo - Reduzir a taxa de desemprego de mulheres no
do trabalho, favorecendo sua autonomia DF;
econômica;
- Contribuir para a igualdade salarial entre - Aumentar o número de mulheres atendidas
homens e mulheres; com processos de formação profissional e ação
empreendedora nos programas e projetos de
desenvolvimento da autonomia econômica;
- Contribuir para superação e eliminação da - Aumentar o número de parcerias com
cultura da divisão sexual do trabalho, organizações governamentais e não
promovendo a valorização do trabalho das governamentais, para o desenvolvimento de
mulheres; ações de promoção da igualdade de gênero e
oferta de cursos de para mulheres por meio da
REDE SOU MAIS MULHER;
- Promover o acesso e a permanência de - Aumentar o número de cursos, palestras,
mulheres, ao longo da vida, na educação treinamentos para a formação e
formal, para fortalecer a formação e profissionalização de mulheres;
oportunizar o acesso ao mercado de trabalho
e à sua autonomia econômica;
- Ampliar o acesso de mulheres a iniciativas - Aumentar o número de mulheres com acesso
de promoção do empreendedorismo a linhas de crédito e financiamento para
feminino, oferecendo novas oportunidades de fomentar a ação empreendedora;
geração de renda.
- Promover e ampliar o acesso de mulheres a - Ampliar o número de vagas para mulheres em
cursos de qualificação profissional, a fim de feiras e/ou lojas/espaços colaborativos.
melhorar as oportunidades de
colocação/recolocação no mercado de
trabalho;
- Promover o acesso das mulheres ao mercado
de trabalho formal, por meio do fomento à
criação de vagas de emprego a serem
preenchidas exclusivamente por mulheres;
- Promover o acesso de mulheres a programas
e projetos de geração de renda, por meio do
incentivo à economia solidária e à criação de
espaços colaborativos.

EIXO 2 - EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE


Objetivo Geral: Contribuir para a redução da desigualdade de gênero e para o
enfrentamento do preconceito e da discriminação étnico-racial, religiosa, geracional,
por orientação sexual e por identidade de gênero, por meio da formação de gestores/as
profissionais da educação e estudantes em todos os níveis e modalidades de ensino. Faz-se
necessário garantir o acesso, a permanência e o sucesso de jovens e mulheres à educação
de qualidade, com especial atenção aos grupos com baixa escolaridade (mulheres adultas
e idosas, com deficiência, negras, indígenas, rurais e em situação de prisão).

Objetivos específicos Metas


- Promover o acesso e a permanência na - Incluir programas que contemplem a
educação formal de meninas e mulheres temática de gênero na política educacional
para promover o pleno desenvolvimento de do DF;
suas competências e de sua autonomia
emocional, social e econômica;
- Consolidar, na política educacional do DF, o - Ampliar o número de vagas nos cursos de
respeito pela diversidade em todas as suas formação da Subsecretaria de Formação
formas, de modo a garantir uma educação Continuada dos Profissionais da Educação –
igualitária e cidadã; EAPE, que possuem temática relacionada a
relações étnico-raciais, igualdade de gênero e
direitos humanos, promoção da Cultura da
Paz e prevenção de todos os tipos de
violência;
- Contribuir para a redução da violência de - Ampliar o acesso e o número de vagas para
gênero, incluindo a temática da prevenção da matrículas de mulheres e seus filhos desde a
violência sexual, familiar e doméstica de educação básica até a formação
forma transversal no curriculum escolar e no profissionalizante e superior;
projeto político pedagógico das escolas do DF;
- Promover a inclusão, nos cursos de - Ampliar o número de matrículas de mulheres
capacitação e de formação de profissionais da na Educação de Jovens e Adultos - EJA, a fim
educação e da comunidade escolar, temas de viabilizar o acesso da jovem, adulta e idosa
com foco na construção de uma cultura de à educação formal;
paz, equidade de gênero e respeito às
diversidades;
- Promover formação continuada para - Ampliar o número de escolas contempladas
gestores, professores e estudantes, com o com ações do Programa “Maria da Penha Vai à
intuito de desenvolver escuta qualificada, Escola”.
atitude protetiva e atuação em Rede nas
situações de vulnerabilidade social e de
violência doméstica.

EIXO 3 - SAÚDE INTEGRAL DAS MULHERES, DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS


Objetivo Geral: Assegurar o direito à saúde integral, sexual e reprodutiva das mulheres,
promovendo a vida com qualidade, equidade e direitos, por meio da implementação de
estratégias para qualificação e acesso a todas as ações da saúde, sem discriminação de
qualquer espécie, resguardadas as identidades e especificidades de raça, etnia, geração,
classe social, orientação sexual, identidade de gênero e deficiência.
Objetivos Específicos Metas
- Contribuir para o fortalecimento e a implementação - Implantar o Centro Especializado de
integral das legislações e Políticas Nacional e Distrital de Saúde da Mulher - CESMU nas Regiões de
Atenção Integral à Saúde da Mulheres e das diretrizes do saúde do DF;
SUS, considerando-se as mulheres em todas as suas
especificidades e diversidades étnicoracial e de gênero;
- Promover melhorias nas condições de saúde física e - Implantar a Linha de Cuidado da
mental das mulheres, em todas as fases da sua vida, com Atenção Oncológica no DF, assegurando
a garantia de acesso à prevenção, à assistência e à o acesso à confirmação diagnóstica, ao
recuperação e reabilitação da sua saúde; tratamento de câncer e às cirurgias
reparadoras;
- Formular e implantar políticas que promovam a - Implantar a Linha de Cuidado para a
qualificação e humanização da atenção integral à saúde Atenção Integral à Saúde de pessoas em
de meninas e mulheres na Rede Pública e Privada do DF, situação de violência sexual, doméstica e
visando o enfrentamento das Doenças Crônicas Não familiar;
Transmissíveis e dos Transtornos Mentais;
- Promover os direitos sexuais e os direitos reprodutivos - Ampliar o número de mulheres que
de todas as mulheres, com a implantação de iniciativas realizam exame de mamografia e
afirmativas e inovadoras, considerando-se as suas citopatológico do colo do útero;
características geracionais, de raça, etnia, orientação
sexual, identidade de gênero, local de moradia, trabalho,
deficiência e situação de privação de liberdade;
- Assegurar o direito ao atendimento especializado, - Aumentar o número de
personalizado e humanizado nas situações de profissionais de saúde com acesso a
violação de direitos, de violência sexual, doméstica programas de educação
e familiar em toda a Rede de saúde pública e permanente que abordem a
privada do DF; temática relacionada às relações
étnico-raciais, igualdade de gênero e
direitos humanos, promoção da
Cultura da Paz e prevenção de todos
os tipos de violência.
- Promover estratégias de comunicação e educação
em saúde, com foco na qualificação dos
profissionais e na orientação da população nas
temáticas relacionadas às relações étnicoraciais, na
igualdade de gênero e direitos humanos, na
promoção da Cultura da Paz e na prevenção de
todos os tipos de violência.
- Promover o acesso e a assistência às mulheres no - Aumentar o número de partos normais
planejamento reprodutivo, no pré-natal, no parto, no no SUS e na saúde suplementar;
puerpério e no acompanhamento da primeira infância,
com atendimento adequado, seguro e humanizado;
- Propor políticas, programas, projetos e ações que - Reduzir a incidência de gravidez na
promovam a saúde sexual e reprodutiva de meninas no adolescência, entre as faixas etárias de 10 a
DF, com foco na redução do índice de gravidez na 19 anos;
adolescência e na prevenção de doenças e infecções
sexualmente transmissíveis – DST/IST;
- Promover o acesso de mulheres à atenção humanizada - Aumentar o número de mulheres
para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento imediato assistidas pela saúde prisional;
e completo do câncer, em especial, em relação aos
cuidados necessários para o câncer de mama e de colo
de útero;
EIXO 4 - ENFRENTAMENTO DE TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS
MULHERES
Objetivo Geral: Estabelecer princípios, diretrizes, projetos e políticas de prevenção e
combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de direitos
às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de
direitos humanos e legislação nacional e distrital.

Objetivos Específicos Metas

- Promover a implementação da Lei n. 11.340, de 7 de - Reduzir os índices de violência


agosto de 2006 – Lei Maria da Penha, garantindo sua contra as mulheres e de
plena divulgação, incluindo o tema nos currículos de feminicídios;
formação de agentes de segurança, de saúde, de
educação e de outros profissionais;
- Fortalecer a rede de serviços especializados de - Ampliar os serviços especializados
atendimento às mulheres em situação de violência e de atendimento às mulheres em
ampliar as parcerias com instituições que atuam situação de violência e a
nessa temática. capilaridade do atendimento;

- Promover a formulação de políticas públicas de - Aumentar o número de serviços


redução da violência de gênero em espaços públicos de abrigamento (Casas Abrigo,
e privados; Abrigamento Provisório);

- Promover ações que favoreçam - Articular a priorização do atendimento das


mudança cultural, por meio da mulheres em situação de violência nos
disseminação de valores éticos de programas de habitação social, inserção no
irrestrito respeito às diversidades de mundo do trabalho, geração de trabalho e renda,
gênero e valorização da cultura da paz; economia solidária e capacitação profissional;
- Realizar trabalho de responsabilização - Incorporar a temática do enfrentamento da
reeducação e reflexão com autores de violência contra as mulheres e a Lei Maria da Penha
violência doméstica contra as mulheres; (Lei nº 11.340/2006) nos conteúdos programáticos
de cursos principalmente no processo de formação
dos operadores de direito, de gestores e gestoras
públicos/as e no conteúdo dos concursos públicos;
- Fortalecer a segurança cidadã das - Construir equipamentos públicos especializados
mulheres em situação de violência e de atendimento às mulheres e aos autores de
acesso à justiça; violência;
- Promover políticas de enfrentamento - Ampliar o quantitativo das Casas da Mulher
da exploração sexual e do tráfico de Brasileira.
mulheres;
- Garantir o atendimento humanizado,
integral e qualificado às mulheres nos
serviços especializados e na rede de
enfrentamento da violência;
- Garantir o direito à segurança e à
integridade física e emocional de
mulheres em situação de violência
doméstica e familiar com risco iminente
de morte, por meio de abrigamento;
- Promover campanhas e ações em
defesa da Lei Maria da Penha (Lei n.
11.340/2006);
- Realizar cursos de formação na área de
questões de gênero e de violência contra
as mulheres;

EIXO 5 - PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS ESPAÇOS DE PODER E DECISÃO


Objetivo Geral: Fomentar e fortalecer a participação igualitária, plural e multirracial das
mulheres nos espaços de poder e decisão, por meio da promoção de mudanças culturais,
legislativas e institucionais que contribuam para a construção de valores e atitudes
equânimes e democráticas na implementação de políticas de igualdade de gênero.

Objetivos Específicos Metas


- Promover a criação, a revisão e a implementação de - Ampliar o número de mulheres em
políticas, programas, projetos e ações, legislação e cargos de decisão no âmbito do
demais instrumentos normativos, com vistas à Governo do Distrito Federal;
promoção da igualdade de gênero e à ampliação de
oportunidades para as mulheres na ocupação de
posições de decisão nas instituições governamentais
e não governamentais;
- Promover estratégias para a ampliação da - Aumentar o número de mulheres
participação das mulheres nos espaços de poder e participando da formulação e
decisão e garantir a sua participação político- implementação das políticas públicas,
partidária; por meio da representação em
Conselhos, Fóruns, Comitês etc.
- Garantir a participação das mulheres no controle
social das políticas públicas, especialmente por meio
do fortalecimento do Conselho dos Direitos da Mulher
do DF – CDM;
- Promover a formação de lideranças femininas, por
meio da oferta de programas e incentivo à
participação de meninas e mulheres em conselhos e
grupos organizados;
- Promover a participação das mulheres no
planejamento urbano das cidades.
EIXO 6 - IGUALDADE PARA AS MULHERES RURAIS
Objetivo Geral: Promover o direito das mulheres à vida com qualidade no meio rural,
respeitando suas especificidades e garantindo o acesso a bens, equipamentos e serviços
públicos, em especial no acesso à terra e ao desenvolvimento rural sustentável.

- Fortalecer a agricultura familiar e os - Ampliar o número de mulheres rurais


agronegócios, por meio da disponibilidade da atendidas em programas de geração de renda,
assistência técnica e extensão rural; para promover a comercialização da produção,
viabilizando o acesso ao crédito e a sua
participação em feiras permanentes e em
eventos.
- Fortalecer a cadeia produtiva, prestando
apoio à sua organização, produção e
comercialização, viabilizando, também, o
acesso aos recursos naturais e materiais.
EIXO 7 - CULTURA, ESPORTE, COMUNICAÇÃO E MÍDIA
Objetivo Geral: Ampliar e promover a participação das mulheres na vida cultural e no
exercício do esporte, do lazer, da comunicação e da mídia, observando-se as dimensões
de raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, local de moradia, trabalho, classe
social, deficiência e geracional das mulheres.
EIXO 8 - ENFRENTAMENTO DO RACISMO, SEXISMO, LESBOFOBIA E TRANSFOBIA
Objetivo Geral: Instituir políticas, programas e ações de enfrentamento do racismo, do
sexismo, da lesbofobia e da transfobia, a fim de garantir a equidade, por intermédio da
incorporação da perspectiva de raça, etnia e orientação sexual nas políticas direcionadas
às mulheres.
EIXO 9 - IGUALDADE PARA AS MULHERES JOVENS, MULHERES IDOSAS E MULHERES
COM DEFICIÊNCIA
Objetivo Geral: Promover a igualdade de direitos e de oportunidades para mulheres
jovens, mulheres idosas e mulheres com deficiência.
PLANO DISTRITAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES
EXERCÍCIOS
1. De acordo com o disposto no Decreto 10. Comitê de Articulação e Monitoramento
42.590/21, poderão ser convidados a do II PDPM tem por atribuições o
participar do Comitê de Articulação e acompanhamento, a articulação, o
Monitoramento do II PDPM a Defensoria monitoramento e a apreciação quanto ao
Pública e representantes de outros órgãos cumprimento dos objetivos, metas e ações
ou entidades públicas e privadas. definidos no II PDPM.

2. A Igualdade para as Mulheres Rurais 11. O Comitê de Articulação e Monitoramento


corresponde ao Eixo 7 do Plano Distrital de do II PDPM é subordinado à Secretaria de
Políticas Públicas para Mulheres. Estado da Mulher do Distrito Federal.

3. O Eixo 9 se refere à Igualdade para 12. O Comitê de Articulação e Monitoramento


Mulheres Jovens, Mulheres Idosas e será integrado por 4 (quatro) representantes
Mulheres com Deficiência. do Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher, obrigatoriamente dentre as
4. Nos termos do PDPM, o Eixo 4 se refere representações da sociedade civil e 1 (uma)
ao Enfrentamento de Todas as Formas de representante, titular e suplente, de órgãos
Violência. da Administração Pública do Distrito
Federal.
5. Os eixos 3, 7 e 8 do PDPM correspondem
respectivamente à Saúde Integral das 13. As câmaras técnicas que poderão ser
Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos, instituídas pelo Comitê de Articulação e
à Participação das Mulheres nos Espaços Monitoramento auxiliarão no cumprimento
de Poder e Decisão e à Cultura, Esporte de suas atribuições, bem como na
Comunicação e Mídia. sistematização das informações recebidas
e poderão ainda, subsidiar a elaboração dos
6. Os membros do Comitê de Articulação e relatórios anuais.
Monitoramento do II PDPM serão nomeados
pela Secretária de Estado da Mulher do 14. As atividades dos membros do Comitê
Distrito Federal. de Articulação e Monitoramento e das
câmaras técnicas são consideradas serviço
7. O Comitê de Articulação e Monitoramento público relevante.
deliberará mediante resolução, por maioria
simples dos presentes. Em caso de empate 15. Dentre as finalidades do II Plano Distrital
caberá às Câmaras Técnicas o voto de de Políticas para as Mulheres - II PDPM está
qualidade no caso de empate. o combate da discriminação de gênero.

8. Não é prevista remuneração para os Julgue o item abaixo de acordo com o


membros do Comitê de Articulação e disposto no Plano Distrital de Políticas
Monitoramento, todavia, a remuneração para as mulheres (PDPM):
dos membros das câmaras técnicas será 16. O PDPM, consiste em conjunto
definida em lei complementar. de propostas de políticas públicas
elaboradas por órgãos governamentais,
não governamentais e sociedade civil
9. A coordenação do Comete de Articulação para garantir a igualdade das mulheres e
e Monitoramento caberá à Secretaria de combater a discriminação de gênero.
Estado da Mulher.
17. O PDPM é um conjunto de propostas de Mulher que será responsável também pela
políticas públicas que contempla ações e designação dos mesmos.
metas distribuídas em 10 eixos.
25. O Eixo 8 do PDPM se refere a Cultura,
18. Caberá ao Comitê de Articulação e Esporte Comunicação e Mídia.
Monitoramento do II PDPM as atribuições
de acompanhamento, articulação, 26. Dentre os 9 eixos do PDPM está o eixo 5
monitoramento, avaliação e fiscalização que disciplina o Enfrentamento do Racismo,
quanto ao cumprimento dos objetivos, Sexismo, Lesbofobia e Transfobia.
metas e ações definidos no II PDPM.
Julgue o item abaixo no tocante ao PDPM.
19. Serão convocados para participar do 27. Os eixos 3 e 4 do PDPM se referem,
Comitê de Articulação e Monitoramento respectivamente, Saúde Integral das
do II PDPM a Defensoria Pública do Distrito Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos,
Federal e a Companhia de Planejamento e Enfrentamento de Todas as Formas de
do Distrito Federal. Violência contra as Mulheres.

20. As atividades dos membros do Comitê Julgue o item abaixo no tocante ao PDPM.
de Articulação e Monitoramento e das 28. Promover o acesso e a permanência na
câmaras técnicas são consideradas serviço educação formal de meninas e mulheres
público relevante e geram presunção de para promover o pleno desenvolvimento
idoneidade moral. de suas competências e de sua autonomia
emocional, social e econômica é uma das
Julgue o item abaixo de acordo com o metas do Eixo 2 do PDPM.
disposto no Decreto n.º 42.590/21 – Plano
Distrital de Políticas para as Mulheres: 29. Ampliar o número de vagas nos cursos
21. O PDPM, por se tratar de um conjunto de formação da Subsecretaria de Formação
de propostas de políticas públicas a sua Continuada dos Profissionais da Educação –
elaboração contou com a participação EAPE, que possuem temática relacionada a
restrita aos órgãos governamentais com o relações étnico-raciais, igualdade de gênero
intuito de garantir a igualdade das mulheres e direitos humanos, promoção da Cultura
e combater a discriminação de gênero. da Paz e prevenção de todos os tipos de
violência é um dos objetivos específicos do
22. O Comitê de Articulação e Eixo 2 do PDPM.
Monitoramento do II PDPM será integrado
por 5 (cinco) representantes do Conselho 30. Ampliar o número de escolas
dos Direitos da Mulher do Distrito Federal e contempladas com ações do Programa
1 (um) representante, titular e suplente, de “Maria da Penha Vai à Escola” é uma das
diversos órgãos da Administração Pública metas do Eixo 2 do PDPM.
do Distrito Federal.

23. O Comitê de Articulação e Monitoramento


deliberará mediante resolução, por maioria
absoluta dos seus membros, tendo sua
coordenadora o voto de qualidade no caso
de empate.
24. Nos termos do PDPM, os membros do
Comitê de Articulação e Monitoramento
do serão indicados pela Secretaria da
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras


providências

1. Das Disposições Preliminares


Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o conjunto de normas do ordenamento
jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente
nos termos definidos no artigo 227 da Constituição Federal:

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com


absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao
lazer e à profissionalização, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência crueldade e opressão.” 

O Estatuto da Criança e do Adolescente, portanto, vem em resposta à nova orientação


constitucional e às normas internacionais relativa à matéria, deixando claro, desde logo,
seu objetivo fundamental: a proteção integral de crianças e adolescentes.

✍ Muita ATENÇÃO aqui: o ECA é uma norma que rege assuntos relacionados a criança
e ao adolescente de forma interdisciplinar.

1.1. Distinção entre criança e adolescente


De acordo com o art. 2º do Estatuto considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa
até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade.

CRIANÇA ADOLESCENTE EXCEÇÃO


a pessoa até doze a pessoa entre doze e Nos casos expressos em lei,
anos de idade dezoito anos de idade aplica-se excepcionalmente
incompletos este Estatuto às pessoas
entre dezoito e vinte e um
anos de idade.

Perceba ainda que o critério para distinguir crianças e adolescentes é estritamente


biológico, baseado apenas na idade e não na aparência ou qualquer outro aspecto.

2. Dos Direitos Fundamentais


De acordo com o art. 5º da CF/88 todos a igualdade em direitos e deveres individuais e
coletivos. Portanto, o ECA veio para alçar a criança e o adolescente, que até então eram
vistos apenas como objeto da tutela do Estado, a condição de pessoa com direitos, dentre
os quais aqueles considerados como fundamentais à criança e ao adolescente.
Assim, segue a sequencia dos direitos fundamentais da criança e do adolescente.
2.1 Do Direito à Vida e à Saúde
A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação
de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.
Resumindo:

Assim, em atendimento ao disposto acima o ECA prevê diversas ações com vistas a
proteção do direito à vida e a saúde, iniciando desde a gestação:
- Período gestacional
É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da
mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes:
• nutrição adequada
• atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério
• atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de
Saúde. 
• assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como
forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal, bem como a
gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem
como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.
• direito a 1 acompanhante de sua preferência (da gestante e parturiente) durante o
período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. 
• orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação
de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança.
• atenção primária à saúde que fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
consultas pós-parto.
• O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária. 
• Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no
último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.
• As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da
Infância e da Juventude.
• Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos
e particulares, são obrigados a:
• manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo
prazo de dezoito anos;
• identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da
impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;
• proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no
metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
• fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências
do parto e do desenvolvimento do neonato;
• manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
• acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto
à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o
corpo técnico já existente. 
• permanecer em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação
de criança ou adolescente. 

Os casos de suspeita ou confirmação de castigo


físico, de tratamento cruel ou
CAMPEÃO DE PROVA!!! degradante e de maus-tratos contra criança ou
adolescente serão obrigatoriamente comunicados
ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem
prejuízo de outras providências legais.
As gestantes ou mães que manifestem
interesse em entregar seus filhos para adoção
serão obrigatoriamente encaminhadas, sem
constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude
2.2 Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas
humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
O direito ao respeito

O direito à dignidade

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. 
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se: 
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou 
b) lesão; 
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à
criança ou ao adolescente que: 
a) humilhe; ou 
b) ameace gravemente; ou 
c) ridicularize. 
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014 – Lei Menino Bernardo, inicialmente chamada de lei da
palmada)
✍ Resumindo:

castigo físico tratamento cruel ou degradante


o uso da força física que resulte conduta ou forma cruel de tratamento em
em: relação à criança ou ao adolescente que: 
a) sofrimento físico; a) humilhe;
b) lesão;  b) ameace gravemente; 
c) ridicularize. 
Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos

executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar
de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
caso: 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V - advertência. 
*  As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem
prejuízo de outras providências legais. 
Dessa forma, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas
ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes que aplicarem
medidas que se enquadram como castigos físicos ou tratamento cruel ou degradante
estarão sujeitos às medidas, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

3. Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária


É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária,
em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 
3.1 Do acolhimento institucional ou familiar
Em situações bem específicas a criança e adolescente podem ser submetidos
ao acolhimento familiar ou institucional. Esse acolhimento se dá através da retirada
temporária da criança e do adolescente da convivência familiar quando esta lhe
for gravemente prejudicial para uma instituição específica para acolher crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade (essas instituições são conhecidas como
abrigos, denominação não utilizada pela lei) ou uma família preparada também para o
acolhimento. observando-se as regras abaixo:
• situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária
competente decidir pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em
família substituta, com por exemplo através de uma adoção.
• A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional
não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade
judiciária. 
• A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência
em relação a qualquer outra providência.
3.2 Do apadrinhamento afetivo
O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente
vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração
com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e
financeiro, de acordo com as observações abaixo:
↣ Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não
inscritas nos cadastros de adoção
↣ Pessoas jurídicas podem apadrinhar
↣ A prioridade será para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de
reinserção familiar ou colocação em família adotiva. 
↣ Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa
e pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade
judiciária competente. 
3.4 Do poder familiar e a sua perda ou suspensão
Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa
e aos bens dos filhos menores”.
O  poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma
do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de
discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. 
Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-
lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais.
✋ ATENÇÃO!!! A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e
responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegurados os
direitos da criança estabelecidos nesta Lei. 
😐 IMPORTANTE!! A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo
suficiente para a perda ou a suspensão do  poder familiar. 
• Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou
o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente
ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção. 
A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar,
exceto na hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra
outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro
descendente. 
3.5 Família Natural
Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e
seus descendentes.
3.6 Família Extensa
Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade
pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança
ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
✋ IMPORTANTE: O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe
ao falecimento, se deixar descendentes. O reconhecimento do estado de filiação é direito
personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou
seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.
3.7 Da Família Substituta
A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente.
✍ ATENÇÃO: Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente
ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau
de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada. 

@ ANOTA AÍ: Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu
consentimento, colhido em audiência. 

3.7.1 Formas de colocação da criança ou adolescente em família substituta


3.7.1.1. Da Guarda
A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à
criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive
aos pais, bem como confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para
todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
✍ TOME NOTA!!Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,
para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável,
podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.
☠ATENÇÃO, ATENÇÃO!!!! A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante
ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.
3.7.2.2. Da Tutela
A tutela é uma das medidas específicas de proteção à criança ou adolescente, através da
qual a pessoa a quem é conferida (nomeado tutor ou tutora), em substituição aos pais,
passa a ter o poder e a responsabilidade de administrar a vida pessoal e patrimonial da
criança ou adolescente cujos pais tenham falecido (sejam órfãos de pai e mãe), encontrem-
se ausentes ou estejam destituídos do poder familiar por razões de enfermidades
impeditivas, prodigalidade (dissipar patrimônio e renda), prisão, prática de violação de
direitos e violência doméstica, dentre outras, factuais e comprováveis.
✍ Resumindo: a tutela será deferida nas seguintes hipóteses:
• falecimento dos pais;
• pais que perderem o poder familiar (art. 24 do Estatuto da Criança e Adolescente);
• pais que sofreram pena de prisão por mais de 2 anos (art. 1.637, parágrafo único, CC);
• pais desconhecidos.
 O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do
poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda (Art. 36, ECA).

✋ ATENÇÃO: Diferentemente da adoção e da guarda, na tutela o poder conferido


judicialmente ao tutor está submetido a supervisão e inspeção pela Justiça.
De acordo com o ECA, a tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18
(dezoito) anos incompletos. 
3.7.2.3. Da Adoção
A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando
esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. 
👉 Atenção!! É vedada a adoção por procuração.
3.7.2.3.1 Regras sobre adoção nos termos do ECA:
1. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
2. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
3. Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de
filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
4. É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus
ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação
hereditária.
5. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. 
6. Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
7. Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou
mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
8. O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
9. Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que
o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência
e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele
não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.  * Nesse
caso, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda
compartilhada. 
10. A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de
vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. 
11. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor
ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.
12. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.
* O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais
sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do  poder familiar . 
* Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário
o seu consentimento.
13. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as
peculiaridades do caso. 
* O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a
tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível
avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 
* A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.  *
* O prazo máximo do estágio pode ser prorrogado por até igual período, mediante
decisão fundamentada da autoridade judiciária. 
* Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País,
o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45
(quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante
decisão fundamentada da autoridade judiciária.  Ao final do desse prazo, deverá ser
apresentado laudo fundamentado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça
da Infância e da Juventude, que recomendará ou não o deferimento da adoção à
autoridade judiciária. 
* O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço
da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar,
que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento da
medida. 
* O estágio de convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente
na comarca de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade
limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência do juízo da comarca de
residência da criança. 
14. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.
* A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de
seus ascendentes.
* O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.
* A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro
Civil do Município de sua residência. 
* Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do
registro. 
*A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles,
poderá determinar a modificação do prenome. 
*Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva
do adotando, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei (ouvir a criança
ou o adolescente). 
15. A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva,
exceto na hipótese prevista no § 6 o do art. 42 desta Lei (falecimento do adotante no curso
do processo de adoção), caso em que terá força retroativa à data do óbito. 
16. O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos em
arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida
a sua conservação para consulta a qualquer tempo. 
17. Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança
ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
18. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária. 
19. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após
completar 18 (dezoito) anos. 
* O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor
de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica. 
20. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais. 

4. Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-se-lhes:
É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar
da definição das propostas educacionais.
É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.

Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a


chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho


Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares;
III - elevados níveis de repetência.
5. Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção,
apoio e promoção da família; 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do  poder familiar . 

IMPORTANTE!! Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos


pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida
cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum.
• Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que
necessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor. 

6. Do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos
nesta Lei.
Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito
Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho, composto de 5 (cinco)
Composição
membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro)
anos, permitida recondução por novos processos de escolha. 

I - reconhecida idoneidade moral;


Candidatura a membro do
II - idade superior a vinte e um anos;
Conselho Tutelar ↣ requisitos
III - residir no município.

Quanto ao funcionamento, lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário
de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos
membros, aos quais é assegurado o direito a: 
I - cobertura previdenciária; 
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
remuneração mensal; 
III - licença-maternidade; 
IV - licença-paternidade; 
V - gratificação natalina. 
*O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e
estabelecerá presunção de idoneidade moral. 

6.1 Das Atribuições do Conselho


São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art.
129, I a VIII (encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção,
apoio e promoção da família;  inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; encaminhamento a tratamento
psicológico ou psiquiátrico; encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento
escolar; obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
advertência).
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração
administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos
no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão
do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do
adolescente junto à família natural. 
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de
divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças
e adolescentes. 

   Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o


afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as
providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. 

 As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade


judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.

6.2 Da Escolha dos Conselheiros


O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei
municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público. 
O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em
todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro
do ano subsequente ao da eleição presidencial. 
A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao
processo de escolha. 
No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza,
inclusive brindes de pequeno valor.
6.3 Dos Impedimentos
São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio (durante
o casamento, ao divorciar o cunhado deixa de ser parente), tio e sobrinho, padrasto ou
madrasta e enteado. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo,
em relação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação
na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


EXERCÍCIOS
(Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêutico) (Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêutico)
Com base no Estatuto da Criança e 5. Com base no Estatuto da Criança e
do Adolescente, assinale a alternativa do Adolescente é correto afirmar que os
correta: profissionais de saúde de referência da
1. É recomendável que os casos de suspeita gestante garantirão sua vinculação, no
de castigo físico, de tratamento cruel ou último mês da gestação, ao estabelecimento
degradante e de maus‐tratos contra criança mais próximo de sua residência para
ou adolescente sejam encaminhados à Vara realização do parto.
da Infância e da Juventude.
(Quadrix - 2019 - COREN-RS - Assistente
(CESPE - MPE-AM - Promotor de Justiça) Técnico - Fiscalização)
2. O ECA estabelece que o poder familiar 6. O instituto previsto no Estatuto da Criança
será exercido em igualdade de condições e do Adolescente (ECA) que estabelece e
entre o pai e a mãe. Acerca dessa regra, é proporciona à criança e ao adolescente
correto afirmar que em caso de divergência vínculos externos à instituição para fins
entre os pais, prevalecerá a vontade do mais de convivência familiar e comunitária e
velho entre eles.
colaboração com o seu desenvolvimento
nos aspectos social, moral, físico, cognitivo,
(CESPE - 2013 - SESA-ES - Assistente Social)
educacional e financeiro é a família
Com relação ao direito à saúde,
substituta.
regulamentado no ECA, julgue o item:
3. O compromisso de assistência psicológica
dos estabelecimentos de saúde com as (Quadrix - 2018 - Prefeitura de Cristalina -
gestantes finda com o nascimento da GO - Monitor de Ônibus Escolar)
criança. Com base no texto acima e na Lei n.º
8.069/1990, que dispõe sobe o Estatuto da
(Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêutico) Criança e do Adolescente, julgue o item
4. Com base no Estatuto da Criança e abaixo:
do Adolescente é correto afirmar que é 7. No caso de maus‐tratos, envolvendo
recomendável que os casos de suspeita alunos, os dirigentes de estabelecimentos
de castigo físico, de tratamento cruel ou de ensino fundamental comunicarão ao
degradante e de maus‐tratos contra criança Conselho Tutelar.
ou adolescente sejam encaminhados à Vara
da Infância e da Juventude.
(Quadrix - 2018 - CRESS-PR - Agente Fiscal) condições de exigibilidade para os direitos
A trajetória histórica dos movimentos da criança e do adolescente que estão
sociais e das lutas para a garantia de descritos no artigo 227 da Constituição
direitos de crianças, adolescentes, mulheres Federal de 1988. Em relação à educação,
e idosos permitiu a criação de leis para o ECA assegura o acatamento, sem
esses públicos: o Estatuto da Criança e do questionamentos, dos critérios avaliativos
Adolescente (ECA); o Estatuto do Idoso; impostos pela escola.
e a Lei n.º 11.340/2006, conhecida como
Lei Maria da Penha. Com base nessas (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente
legislações, julgue o item: Jurídico)
8. O ECA declara que é direito da criança 12. Em relação à adoção, tendo por base
e do adolescente a convivência familiar o que dispõe a Lei nº 8.069/90, é correto
e comunitária. Visando a essa máxima, afirmar se um dos cônjuges ou concubinos
determina que toda criança e todo adota o filho do outro, mantêm-se os
adolescente que esteja em uma instituição vínculos de filiação entre o adotado e o
de acolhimento ou em programa de cônjuge ou concubino do adotante e os
acolhimento familiar tenha sua situação respectivos parentes.
reavaliada por autoridade judiciária, no
máximo, a cada seis meses. (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente
Jurídico)
(Quadrix - 2018 - CRP - SP - Psicólogo 13. De acordo com a Lei nº 8.069/90, que
Analista Técnico) dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
9. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, é
Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), julgue o correto afirmar que se entende por família
item natural aquela que se estende para além
Não se prolongará por mais de dezoito meses da unidade pais e filhos ou da unidade do
a permanência da criança e do adolescente casal, formada por parentes próximos com
em programa de acolhimento institucional, os quais a criança ou adolescente convive e
salvo comprovada necessidade que atenda mantém vínculos de afinidade e afetividade.
a seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária. (Quadrix - 2018 - CRP - SP - Psicólogo
Analista Técnico)
(Quadrix - 2018 - CRP - SP - Psicólogo Com base no Estatuto da Criança e do
Analista Técnico) Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), julgue o
Com base no Estatuto da Criança e do item:
Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), julgue o 14. Nos primeiros dezoito meses de vida, é
item: obrigatória a aplicação, a todas as crianças,
10. Cabe ao Poder Público proporcionar de protocolo ou outro instrumento
assistência psicológica à gestante e à construído com a finalidade de facilitar
mãe no período pré e pós‐natal, inclusive a detecção, em consulta pediátrica de
como forma de prevenir ou minorar as acompanhamento da criança, de risco para
consequências do estado puerperal. seu desenvolvimento psíquico.

(Quadrix - 2019 - Prefeitura de Jataí - GO - (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público)


Monitor Social ) Maurício, com treze anos de idade, foi
11. O Estatuto da Criança e do Adolescente atendido em hospital público. Depois de
(ECA), Lei n.º 8.069/1990, é a lei que cria as realizados os exames clínicos e a entrevista
pessoal com o adolescente, o médico que institucional, em decorrência natural da
o atendeu comunicou ao conselho tutelar caracterização do abandono.
local a suspeita de que Maurício havia sido
vítima de castigo físico praticado pelos (CESPE - 2016 - TCE-PA - Auditor de
próprios pais. O conselho tutelar averiguou Controle Externo - Área Administrativa -
o caso e concluiu que os pais de Maurício Serviço Social) Julgue o item subsecutivo,
haviam lesionado os braços do garoto, acerca do Estatuto da Criança e do
mediante emprego de pedaço de madeira, Adolescente (ECA).
em razão de ele ter se recusado a ir à escola. 19. É responsabilidade dos pais ou
Com base nisso, o conselho tutelar aplicou responsáveis matricular seus filhos na rede
aos pais uma advertência e os encaminhou regular de ensino, devendo os dirigentes de
para tratamento psicológico.  estabelecimentos de ensino comunicar ao
Com referência a essa situação hipotética, conselho tutelar os casos de reiteração de
julgue o item que se segue, de acordo com faltas injustificadas.
o Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei n.º 8.069/1990): (CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público)
15. O Estatuto da Criança e do Adolescente Julgue o item a seguir, considerando o
faz distinção entre castigo físico e disposto na CF e na legislação aplicável
tratamento cruel ou degradante e, nos aos direitos da criança e do adolescente:
termos desse Estatuto, a lesão sofrida por 20. Considere que João e Lúcia, após o
Maurício não é considerada tratamento ajuizamento do pedido de adoção de
cruel ou degradante. uma criança, tenham deixado de viver em
união estável. Nesse caso, João e Lúcia
(CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto) ainda podem adotar conjuntamente, se
16. De acordo com o ECA, é atribuição dos comprovado o vínculo de afinidade e
conselhos tutelares requisitar, diretamente, afetividade de ambos com a criança, desde
serviço público na área previdenciária, com que em regime de guarda compartilhada e
o intuito de promover a execução de suas que o estágio de convivência da criança com
decisões. ambos os adotantes tenha sido iniciado no
período em que estavam juntos.
(CESPE - 2018 - DPE-PE - Defensor Público)
A respeito da aplicação de medidas ao (CESPE - 2014 - TJ-DFT - Juiz)
pai, à mãe ou ao responsável conforme o Em outubro de 2013, a autoridade judiciária
ECA, julgue o item: foi comunicada do nascimento de Rosa,
17. Se uma criança em idade escolar estiver cuja irmã, Marli, nascida em junho de 2012,
fora da escola, o pai, a mãe ou o responsável encontra-se acolhida na instituição A, da
deverá ser obrigado a matriculá-la, bem qual Ana é dirigente. No comunicado, consta
como a acompanhar a frequência e o ser necessário o acolhimento institucional
aproveitamento escolar. de Rosa, já que sua mãe, usuária frequente
de drogas e moradora de rua, manifestou o
(CESPE - 2018 - DPE-PE - Defensor Público) desejo de que a filha fosse adotada e deixou
18. No caso de criança de seis anos de o hospital sem a criança.
idade ser encontrada sozinha na rua, a
primeira medida específica de proteção Considerando essa situação hipotética,
a ser aplicada pelo conselho tutelar será o julgue o item à luz da legislação sobre os
encaminhamento da criança a entidade direitos da criança e do adolescente:
que mantenha programa de acolhimento 21. A inclusão de Marli e de Rosa em
programa de acolhimento institucional,
ainda que constitua medida temporária e (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados -
excepcional, tem preferência à sua inclusão Analista Legislativo - Consultor Legislativo
em programa de acolhimento familiar. Área XVI)
Acerca do direito aplicado à saúde, ao
(CESPE - 2014 - TJ-DFT - Titular de Serviços idoso e à criança, julgue o item a seguir:
de Notas e de Registros - Remoção) 24. O conselho tutelar é o órgão do Ministério
No que se refere ao instituto da adoção, da Justiça que tem a responsabilidade
julgue o item. de fiscalizar o cumprimento das regras
22. O avô detentor da guarda de neta estabelecidas no Estatuto da Criança e do
adolescente tem legitimidade para adotá- Adolescente.
la, dispensando-se o estágio de convivência.
(CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor P —
(CESPE - 2013 - DPE-RR - Defensor Público) Pedagogo )
A respeito da guarda e adoção de criança Julgue o item que se segue, acerca do
ou adolescente, julgue o item: Estatuto da Criança e do Adolescente:
23. A guarda obriga a prestação de 25. Em razão da liberdade que é conferida
assistência material, moral e educacional
à criança ou ao adolescente, podendo ser ao professor para elaborar seus próprios
deferida, de forma excepcional, fora dos critérios de avaliação, não é permitido aos
casos de tutela e adoção, para atender alunos recorrer às instâncias escolares
a situações peculiares ou suprir a falta superiores para pedir revisão das regras
eventual dos pais ou responsável. estabelecidas.

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GABARITOS

DIREITO ADMINISTRATIVO

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO


FEDERAL

LEI COMPLEMENTAR 840/11


PDPM

ECA

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