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O poder administrativo executa as grandes opções tomadas pelo poder político (embora
também possa influenciá-las). A sua ação pode ir de aspetos muito importantes até aos
atos mais simples do interesse coletivo.
O Direito Administrativo tem na sua base as relações entre duas entidades: a AP, de que
se destaca o Estado, e os particulares. A AP surge a partir do momento em que há uma
autoridade subordinada ao poder político.
- Será «um sistema em que o poder decisório se reparte entre o superior e um ou vários
órgãos subalternos, os quais permanecem, em regra, sujeitos à direção e supervisão
daquele», sem personalidade jurídica própria.
Linhas Orientadoras de Resposta AF 4
- A pessoa coletiva pública é criada por iniciativa pública, para assegurar a prossecução
necessária de interesses públicos e, por isso, dotada, em nome próprio de prerrogativas
de autoridade, isto é, exorbitantes do direito privado (poderes e deveres públicos).
- As pessoas coletivas públicas existem para prosseguir determinados fins, esses fins
chamam-se atribuições. As atribuições são, por conseguinte, fins ou interesses que a lei
incumbe as pessoas coletivas públicas de prosseguir.
- Segundo o artigo 266º/1 da CRP, a atividade da Administração Pública tem como objetivo
principal a prossecução do interesse público, ou seja, tem como finalidade o chamado bem
comum, que por sua vez se traduz na satisfação das necessidades coletivas.
- Diogo Freitas do Amaral classifica o direito subjetivo como um ou mais poderes legais que
permitem manter ou obter a satisfação plena de um interesse privado (por exemplo, direito ao
subsídio de maternidade ou a ser indemnizado por expropriação de um terreno para a
construção de uma estrada ou de uma barragem), enquanto que o interesse legalmente
protegido consiste apenas no poder legal de garantir que o eventual sacrifício de um interesse
privado seja sempre decidido com total respeito pela legalidade administrativa vigente e, em
caso de ilegalidade, o poder de exigir que a questão seja novamente apreciada pela
Administração Pública ou pelos tribunais.
Freitas do Amaral diz que o ato administrativo consiste no “ato jurídico unilateral
praticado, no exercício do poder administrativo, por um órgão da Administração ou por
outra entidade pública ou privada para tal habilitada por lei, e que traduz a decisão de
um caso considerado pela Administração, visando produzir efeitos jurídicos numa
situação individual e concreta”. FREITAS DO AMARAL, Diogo. (2013) Curso de Direito
Administrativo, Vol. II. 3ª edição. Coimbra: Almedina.
O CPA considera, no seu art. 148º, atos administrativos “as decisões que, no exercício
de poderes jurídico-administrativos, visem produzir efeitos jurídicos externos numa
situação individual e concreta”.
O conceito de ato administrativo tem início com a Revolução Liberal e começa por
definir atos subtraídos à fiscalização dos tribunais judiciais, de acordo com a Separação
dos Poderes, passando a funcionar nos tribunais administrativos acima de tudo ao serviço
dos direitos e interesses dos particulares.
1. Subordinação à lei;
2. Presunção de legalidade (até decisão em contrário do tribunal competente);
3. Imperatividade tanto para funcionários como para os particulares;
4. Revogabilidade como regra (pode ser revogado, com as exceções que a lei enumera);
5. Sanabilidade da ilegalidade do ato em certos casos (designadamente com o decurso do
tempo sem ser impugnado ou por outras formas);
6. Impugnabilidade do ato para os tribunais ou eventualmente para a própria Administração
nos termos que a CPR e a lei referem.
Linhas Orientadoras de Resposta AF 7