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Aluno: Alex Magalhães Gomes e Gabrielle Orti

Disciplina:

Professora: Jéssica Maria Grassi

Semestre Letivo: 5° período.

1)

Segundo Mazza, Estado é definido como povo que vive em um território e esses estão sujeitos a
um governo.Os três elementos da definição, povo (conjunto de
indivíduos unidos pela vontade geral); o território (base geográfica do Estado e do
governo (é a direção do Estado). Desse modo, pode-se entender que o Governo faz
"parte do Estado, sendo definido como, a cúpula diretiva do Estado. É responsavel por
por conduzir os atos de interesse estatal e poder político. Outro elemento do
pelo autor o poder executivo, esse é o complexo de órgãos estatais que são
estruturados sob a direção do "Chefe do Executivo", esse pode ser, o Presinte
Governador ou Prefeito. E faz parte da tripartição do poder, junto do legislativo e
"judiciário. Os conceitos são colocados pela sua abrangência, em que o Estado
que abrange todos os outros termos, o mais próximo é o govemo, dentro do
governo tem os poderes e nesses, a administração pública. A Administra
Pública, é portanto, o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício cão
administrativa. E independe se faz parte do poder executivo ou de outro
organismo estatal. Por fim, o poder publico possui um sentido subjetivo e
"complexo de órgãos e funções, que tem o objetivo de assegurar uma ordem metódica
"em uma organização política. É colocado como um sinônimo de Estado, mas na
acepção funcional ou objetiva, significa a coerção da organização estatal

2)

LEGALIDADE:
- O princípio norteador mais importante a ser observado pela
Administração Pública.
- Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos
individuais.
- A Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.
- Representa um limite para a atuação do Estado, visando à proteção
do administrador em relação ao abuso de poder.
- Encontra fundamento constitucional no artigo 5º, II: “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei”.
- Somente a lei poderá criar direitos, deveres e vedações, ficando
os indivíduos vinculados aos comandos legais, disciplinadores de
suas atividades.

IMPESSOALIDADE:

- O princípio da impessoalidade estabelece o dever de


imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo
discriminações e privilégios indevidamente dispensados a
particulares no exercício da função administrativa.
- Deve ser observado em relação aos administrados como à
própria Administração:

a. a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar


ou beneficiar pessoas determinadas;
b. “os atos e provimentos administrativos são imputáveis não
ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade
administrativa da Administração Pública [...] (SILVA, 2003)

MORALIDADE:

- Relacionado à ética, boa-fé, probidade, decorro, honestidade, lealdade.


- Como a gente espera que a Administração aja.
- Impõe aos agentes públicos o dever de observância da moralidade
administrativa.
- A moralidade administrativa é diferente da moral comum.
- Boa-fé:
- Subjetiva: a intenção, a vontade do agente público na prática do ato.
- Objetiva: moralidade exteriorizada na conduta do agente público, o
ato concreto.

Ex: o nepotismo é uma prática contrária ao princípio da moralidade.


Art. 37 § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.

PUBLICIDADE:

- Ampla divulgação dos atos praticados pela Administração


Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.
- Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado
- Não é absoluto – se estiver em jogo a segurança pública, ou a defesa
nacional; ou se o assunto, se divulgado, possa ofender a intimidade de
determinada pessoa, sem qualquer benefício para o interesse
público.
- Art. 5º CF: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas.
- Garante acesso à informação e transparência na atuação da
Administração.

EFICIÊNCIA:

- Organização racional da AP para que atinja melhores resultados.


- O princípio da eficiência implementou o modelo de
administração pública gerencial (em oposição ao modelo
burocrático) voltada para um controle de resultados na atuação
estatal.
- Modelo de Administração Burocrático (CF/88) – foco no
procedimento, como a AP deve agir.
- Modelo de Administração Gerencial (EC nº 19/98) – foco nos
resultados, na qualidade do atendimento aos pedidos da
população
- Melhor custo-benefício, redução de desperdícios, qualidade,
rapidez, produtividade e rendimento funcional são valores
encarecidos por referido princípio.

3)

O princípio da supremacia do interesse público sobre o particular é o princípio geral do direito


inerente a qualquer sociedade, e também condição de sua existência, ou seja, um dos principais
fios condutores da conduta administrativa. Pois a própria existência do Estado somente tem
sentido se o interesse a ser por ele perseguido e protegido for o interesse público, o interesse da
coletividade.

No século XIX, surgiu o princípio da supremacia do interesse público, e a lei deixou de ser
apenas uma ferramenta de proteção dos direitos individuais, para passar a materializar a
realização da justiça social e do interesse público. Os interesses representados pela administração
pública estão definidos no art. Artigo 37 da Constituição Federal brasileira, que se aplica à
implementação do princípio da supremacia do interesse público.

4)
I - O exercício do poder de polícia: foi a primeira missão fundamental
conferida à Administração, ainda durante o século XIX, período do
chamado “Estado-Polícia” ou “Estado-Gendarme”. O poder de
polícia consiste na limitação e no condicionamento, pelo Estado, da
liberdade e propriedade privadas em favor do interesse público.

II - A prestação de serviços públicos: a primeira metade do século XX,


especialmente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as
denominadas Constituições Sociais (mexicana, de 1917, e alemã, ou
de Weimar, de 1919) passaram a atribuir ao Estado funções
positivas (o poder de polícia é função negativa, limitadora) de
prestação de serviços públicos, como o oferecimento de transporte
coletivo, água canalizada e energia elétrica.

III - A realização de atividades de fomento: na segunda metade do século


XX, a Administração Pública passou também a incentivar setores
sociais específicos, estimulando o desenvolvimento da ordem
social e econômica.

IV - Atividade de intervenção: na propriedade privada, no domínio


econômico e no domínio social.

5)
Poder Normativo

- Complementa a lei, não pode estabelecer normas.


- Estabelece normas sobre matérias não disciplinadas em lei.
- Só podem existir em matéria organizativa ou de sujeição,
nunca nas relações de supremacia geral.
- Estabelecem normas sobre relações de supremacia geral, ou
seja, aquelas relações que ligam todos os cidadãos ao Estado.
- Eles voltam-se para fora da Administração Pública
- Possui menos discricionariedade
- Contêm normas sobre a organização administrativa
ou sobre as relações entre os particulares que estejam
em situação de submissão especial ao Estado.
- Maior Discricionariedade.

Poder Hierárquico

A relação hierárquica caracteriza-se da seguinte maneira:


- Uma relação estabelecida entre órgãos, de forma necessária
e permanente;
- Que os coordena;
- Que os subordina uns aos outros;
- E gradua a competência de cada um.

Dessa Organização hierárquica decorrem para a Administração


Pública diversos poderes:

1. O de editar atos normativos com o objetivo de ordenar a atuação


dos órgãos subordinados;

2. O de dar ordens;

3. O de controlar os órgãos inferiores

4. O de anular os atos ilegais e revogar os atos inoportunos ou


inconvenientes;

5. O de aplicar sanções em caso de infrações disciplinares;

6. O de advocar e delegar atribuições não privativas.

Poder Disciplinar:

Tem certa margem de discricionariedade:


A AP não tem liberdade de escolha entre punir e não punir;
- Tem certa margem de apreciação sobre a sanção cabível em cada caso;

- Levando em consideração, na escolha da pena, a natureza e a gravidade


da infração e os danos que dela provierem para o serviço público;

- A decisão tem que ser adequadamente motivada e basear-se em fatos


devidamente apurados em processos administrativos em que se assegure
a observância do devido processo legal, especialmente o direito de
defesa e contraditório, tal como previsto no artigo 5º, LV, da Constituição.

6)
Definição no Art. 78 do Código Tributário Brasileiro:

- Considera-se poder de polícia atividade da administração


pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse
ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e
do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

- Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do


poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

7)

Abuso de poder:

- É um vício que torna o ato administrativo nulo


sempre que o agente exerce indevidamente
determinada competência administrativa.
- Além de causar a invalidade do ato, a prática do
abuso de poder constitui ilícito ensejador de
responsabilização da autoridade.
- Ocorre abuso de poder tanto em condutas
comissivas quanto em omissões.

Abuso de autoridade:

Semelhanças com o abuso de poder:

1- Pressupõem o uso anormal da


Competência;

2- Implicam a prática de conduta


Ilícita;
3- Geram nulidade do ato;

4- Ensejam responsabilidade da
Autoridade.

Diferenças:

1 - Quanto à tipificação;

2 - Quanto ao alcance
Pessoal;

3 - Quanto à natureza;

4 - Quanto aos efeitos.

Desvio de Poder:

- Ocorre exagero e desproporcionalidade entre a situação de fato e a


conduta praticada pelo agente.
- O agente competente atua visando interesse alheio ao interesse
público.
- É aplicável a todas as categorias de agentes públicos, podendo ensejar
a nulidade de condutas praticadas por prefeitos, governadores, juízes,
delegados, promotores, legisladores etc., ainda que os atos realizados
não sejam materialmente atos administrativos.
- Exemplos de desvio de poder ou finalidade:
1- remoção de servidor público usada como forma de punição;
2- estrada construída com determinado trajeto somente para valorizar fazendas
do governador;
3- processo administrativo disciplinar instaurado, sem fundamento, contra
servidor desafeto do chefe;
4- transferência de policial civil para delegacia no interior a fim de afastá-lo da
namorada, filha do governador;
5- desclassificação imotivada de empresa licitante porque contribuirá com o
financiamento da campanha de adversário político do prefeito.

Excesso de Poder:

Ocorre quando a autoridade,


embora competente para praticar
o ato, vai além do permitido e
exorbita no uso de suas faculdades
administrativas. Excede, portanto,
sua competência legal e, com isso,
invalida o ato (Meireles, 2003).

Para alguns autores, pode ser


considerado vício de competência,
admitindo, portanto, convalidação,
ou seja, a correção ou ratificação
dos vícios ou defeitos do ato
jurídico anulável, preservando sua
eficácia.

8)
As intervenções do Estado no domínio econômico podem visar o lucro e
podem ser prestados por empresas particulares. O Estado executa
por motivos de segurança nacional ou relevante interesse coletivo. Ex.
restaurantes populares (MAZZA, 2018; PIETRO, 2019). > intervenção no
domínio econômico.

Por outro lado, Mello (2015) defende que, embora esteja previsto na
Constituição que o Estado pode atuar pontualmente na economia na forma de
exploração de atividade econômica, as atividades econômicas não são
classificáveis como serviços públicos e o Estado as desempenha sob regime do
Direito Privado. Nesse sentido, o autor diferencia serviço público, obra pública,
poder de polícia e intervenção econômica.

9)

- Desconcentração:

As atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes


a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica.

- Exemplos de desconcentração são os Ministérios da União, as


Secretarias estaduais e municipais, as delegacias de polícia, os
postos de atendimento da Receita Federal, as Subprefeituras, os
Tribunais e as Casas Legislativas.

- Descentralização:

As competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas


autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade.
Exemplos: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
sociedades de economia mista.

10)

A administração pública pode ser direta ou indireta. A administração pública direta é exercida pelos
governos federal, estadual, distrital e municipal. Estas instituições não têm personalidade jurídica
própria. Os custos inerentes à administração são incluídos no orçamento público, ocorrendo a
descentralização administrativa, que inclui a delegação de tarefas. A administração pública indireta
é a transferência da administração do Estado para outras pessoas jurídicas, que podem ser
fundações, empresas públicas, organizações privadas, etc. Neste caso, o poder administrativo é
descentralizado, ou seja, as tarefas administrativas são transferidas para outra pessoa jurídica.

12)

Economia Mista:

São empresas estatais em que o Estado não é o único proprietário.


- São abertas para acionistas privados e suas ações são comercializadas na
Bolsa de Valores.
- Criadas mediante autorização legislativa, com maioria de capital público
e organizadas obrigatoriamente como sociedades anônimas.
- Sociedade anônimas / S.A;.
- Podem prestar serviços públicos e nesse caso possuem imunidade
tributária;
- Finalidade de "exploração da atividade econômica que o Governo seja
levado a exercer por força de contingência ou de conveniência
administrativa“(Decreto-lei 200/67).
- Mesmo em casos onde o governo é o principal acionista, como no caso da
Petrobras, não possui plena capacidade de atuação sobre as escolhas da
empresa, sob o risco de sofrer retaliações do mercado, em um mundo
cada vez mais globalizado.

Ex: Petrobras

Empresa Públicas:

Com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, Estados,


Distrito Federal ou Municípios.
- São criadas por lei.
- A empresa pública reveste-se da condição de pessoa jurídica de
direito privado. A palavra “pública” aí presente não significa
tratar-se de pessoa jurídica de direito público, mas, sim, de
empresa estatal.
- Incidem sobre os empregados das empresas públicas as
proibições e possibilidades relativas à acumulação de cargos,
funções e empregos públicos.

Ex: BNDES

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