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Universidade Federal do Rio Grande

Curso de Relações Internacionais

Nome: Alex Magalhães Gomes e Gabrielle Orti


Disciplina: História das Relações Internacionais
Semestre Letivo: 1° Semestre

Fossaert: da antiguidade para a contempoâneidade

Robert Fossaert é um economista francês com inúmeros livros já publicados que


abordam temas referentes à área da economia como em seu primeiro livro “ O futuro do
Capitalismo”, e também nas áeras de ciências socias, como mostra “ O Mundo no
Século XXI”, em que o autor busca por meio de uma analise histórica e sociológica
desmostrar os progressos da sociedade até o século XXI, o que se mostra ser um
trabalho arriscado, uma vez que busca reunir em um único livro uma história tão
extensa e complexa.
Ao estudar o primeiro capítulo: “ Múltiplos Mundos Antigos: Das Origens ao
século XVIII” vemos que a intenção de Fossaert é apresentar a evolução dos povos,
observando em seu princípio os fatores que o fizeram ser reconhecidos como povos, e o
que as fez serem aprimoradas ao longo do tempo.
No início do texto, Fossaert nos introduz uma análise demográfica do ser
humano no início de nossa espécie, apontando que por muito tempo a terra quase esteve
vazia de homens. Logo em seguida o autor discorre sobre o nomadismo e os fatores que
ao longo do tempo foram determinantes para que a sociedade fosse se tornando
sedentária, citando como exemplo as populações ribeirinhas dos vales do indo, amarelo,
Nilo e eufrates, que devido as cheias tinham êxito na agricultura, o que favorecia a
fixação. A partir disso diferentes povoamentos foram se acumulando e se aglutinando, e
a junção dessas diferentes culturas resultou no que pode ser entendio como as primeiras
sociedades.
Com base nisso, o pensador nos conduz à ideia de que a sociedade está sempre
progredindo e, portanto o entendimento de sociedade pode se reconfigurar conforme a
realidade à que ela remete, visto que a integração entre os povos torna-se predominante,
como o autor diz. Em consoante à isso, podemos fazer um paralelo ao que chamamos
hoje de globalização, uma vez que nela vemos também a quebra de fronteiras e a
aglutinação de pessoas.

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Entre os exemplos práticos de aglutinação e incorporação de culturas, podemos
citar um fator importante que abrange praticamente todas as povoações humanas que é a
língua, e através desse elemento podemos notar a influência de determinados grupos
sobre outros, como a incorporação de palavras advindas do inglês em países do leste
asiático que tiveram presença estadunidense como Coréia do Sul e Japão que até hoje
carregam em seu vocabulário palavras que se originaram como corruptelas do inglês, ou
ainda no nordeste do Brasil onde expressões como "ispilicute", teria se originado da
palavra "she is pretty cute" quando as bases militares tinham se instalado na capital do
Ceará.
Ademias, o autor traz uma justificativa para essa fusão de culturas, e coloca a
religião como uma delas, posto que uma crença em comum é capaz de aproximar povos,
bem como uma divergência de crenças resulta em uma marginalização de outros. A
exemplo disso temos o evento das cruzadas, que buscavam disseminar os ideais cristãos,
pois era, na concepção antiga, a única verdade. Ainda hoje é possível visualizar essa
percepção que Fossaert nos trouxe, com a preconização que muitas religiões tem contra
outras, dexando algumas delas marginalizadas, no Brasil por exemplo, isso ocorre com
religiões de ascendência africana.
Dessa forma, com o estudo do texto compreendemos que a sociedade está em
constante progresso e muda conforme absorve novos elementos de culturas distintas, e
do mesmo modo que alterou o passado, é esperado que daqui a um tempo nossa
concepção de sociedade seja diferente. Dito isso, depreendemos que a obra de Fossaert
nos traz uma ótima reflexão e é muito útil para uma analise dos dias atuais.

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Referências bibliográficas

Capítulos de livro: FOSSAERT, Robert. O mundo no Século XXI: Uma Teoria dos
Sistemas Mundiais.Múltiplos Mundos Antigos: Das origens ao século XVIII. Editora:
Instituto Piaget, 1996, p.15-35.

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