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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
HISTÓRIA DAS SOCIEDADES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL
PROFESSOR: UIRAN GEBARA

TEXTO BASE: COMO MUDAR O CURSO DA HISTÓRIA HUMANA?


AUTORES: DAVID GRAEBER, DAVID WENGROW.
Esquema de leitura - Artigo Científico

DISCENTE: RAQUEL ALBUQUERQUE DA SILVA


FICHAMENTO

Recife
2022
COMO MUDAR O CURSO DA HISTÓRIA? - FICHAMENTO

Tema: No texto estudado, os autores discorrem sobre a origem da


desigualdade social e como ao longo dos anos, esta foi associada a Reforma
Agraria, tendo como objetivo, esclarecer o que se da em torno da Evolução das
Civilizações, e da necessidade da comercialização. A verdadeira origem da
desigualdade social, utilizando-se de comprovações arqueológicas para
contrapor algumas hipóteses históricas. Bem como, nos fazer pensar a respeito
de, como esses conceitos foram aos poucos modelados, a ponto de nos
permitir criar uma concepção um distorcida da realidade.

Problema ou Questão: Os Autores, expõem em seu trabalho uma


problemática que abrange uma ampla reflexão sobre qual a real origem da
Desigualdade Social? Pode a Reforma Agraria ser responsável por tal
desigualdade? Já existiu em outro período uma ambientação social de igual?
Existe essa possibilidade para o futuro?

Argumentação: Os autores logo ao iniciar a narrativa do texto, destacam a


importância da reflexão do tema, a fim de desmistificar conceitos básicos e
fundamentais sobre como a maioria das pessoas veem o processo de avanço
da civilização diretamente atrelado a desigualdade social, como se, a
desigualdade social fosse um pressuposto fundamental para tal ascensão
(p.01).

Assim, para dar base as suas argumentações, os autores, vem destacando a


importância dos estudos arqueológicos, que demonstram, que a agricultura por
si só, não marcou um limite na evolução humana. E sim um conjunto de
necessidades para sobrevivência da espécie, que resultou na Revolução
Agraria, onde, haveriam surgido os primeiros indícios dos conflitos de
segregação através da cobiça pelo poder e recursos do ser humano (p.02).
A busca para garantir uma vida mais tranquila, acaba encontrando na
desigualdade respaldos apropriados para que alguns se prevaleçam dos
meios. Para enfatizar isto, os autores dão a devida ênfase no discurso de que
em uma sociedade em que ninguém possa transformar seu direito à
propriedade numa forma de escravizar outros, e na qual ninguém terá de ouvir
que sua vida ou necessidades não importam (p.03).

Mais adiante, iniciasse a argumentação dos autores, em suas páginas 4, 5 e 6,


que cultivamos interpretações erradas a respeito de nossos antecessores, os
coletores e caçadores, que aprenderam a conviver, em um ambiente hostil, e
passaram por uma longa e árdua mudança pela necessidade de sobreviver. E
isto não se referia a estimular a desigualdade em sim, mas uma mutualidade
em prol da sobrevivência. Desta forma, fazendo com que os mesmos
desenvolvessem estruturas e mecanismos, físicos e sociais, para em conjunto
sobreviverem. Ainda aborda o texto inclusive que, o Homo Sapiens anterior ao
período neolítico, por volta de 10.000 anos após a era do gelo, vai muito mais
além das percepções que cultivamos atualmente.

O filósofo francês Rousseau, um dos grandes pensadores iluministas,


argumentou sobre o estado de natureza e suas transmutações no modo de
vida do ser humano. Este foi diversas vezes citado no texto, em virtude da
simplicidade homem, sendo ele naturalmente bom, sendo corrompido pela
sociedade. Assim concluem os autores, que este pensamento pode ter levado
os arqueólogos e historiadores de uma determinada época, entenderem que,
foi no período da reforma agraria, que se iniciou divisões de classes e como
resultado a desigualdade social. Sendo por fim adotado como conceito no
mundo acadêmico.

Por fim, em suas paginas finais, os autores nos mostram uma nova ótica,
quebrando alguns estigmas e preconceitos a respeito dos povos caçadores e
coletores. Que por sinal, houveram vários achados arqueológicos que
corroboraram para tal estigma. Assim, o texto, nos leva a analisar de uma
maneira diferente a divisão de tempo do período neolítico, e a Revolução
agrária, que, de acordo com os estudos apresentados e novos conceitos, esse
marco na história só mais um dos grandes feitos (p. 15, 16 e 17).

Conclusão: Os autores, a partir de sua argumentação, conseguiram


responder aos questionamentos sobre a origem da desigualdade social, sob a
ótica de evidencias arqueológicas, de que os caçadores e coletores, diferente
do que se imaginavam, eram muito bem desenvolvidos, construtores de
tradições, respeitando as necessidades da sua época, bem como buscavam
soluções para os problemas da época
Em suma, conforme o texto, a desigualdade social pouco está ligada a reforma
agraria em si. E sim, em um conjunto de fatores ideológicos, das civilizações
mais atuais, junto com sistemas de governo centralizado, controle burocrático e
meios de coerção em larga escala, ao longo do tempo, fizeram com que a
desigualdade social emergisse.
E finalmente, sendo a temática do texto “Como mudar o curso da História”,
restou a pergunta final, existe essa possibilidade para o futuro, de os povos
viverem novamente uma igualdade social? Com base no texto, conclui-se que,
demandaria muito estudo, novas políticas públicas, mais humanitárias, uma vez
que, comunidades igualitárias são extremamente comuns em nossa história.

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