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MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

7º Ano
Ensino Fundamental – Anos Finais
2º Bimestre

História
VOLUME 2
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
SUMÁRIO

HISTÓRIA
Planejamento 1: O surgimento das monarquias absolutistas ............... pág 01
Planejamento 2: Os tupis, aliados ou vítimas da colonização? ........... pág 05
Planejamento 3: O encontro entre dois mundos ................................ pág 08
Planejamento 4: Transformações e ciclos econômicos ...................... pág 12
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
6 o ano – 2 o Bimestre Ensino Fundamental – Anos Finais 2022

COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO


História Ciências Humanas
COMPETÊNCIA
UNIDADE TEMÁTICA
A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
A formação e o funcionamen-
(EF07HI07) Descrever os processos de formação e consolidação
to das monarquias europeias:
das monarquias e suas principais características com vistas à com-
a lógica da centralização polí-
preensão das razões da centralização política.
tica e os conflitos na Europa.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O surgimento das monarquias absolutistas.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), a aula será dedicada à compreensão de conceitos importantes, é necessário que os estu-
dantes percebam que a compreensão de processos históricos perpassa diferentes modos. Nessa aula
os estudantes serão confrontados com a diferença de definições do mesmo conceito. Para isso, dedi-
que alguns momentos para a escuta dos conhecimentos prévios sobre o tema.
Em seguida, divida a sala em duplas e entregue para cada dupla as cópias das definições de Nação
segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda e o Dicionário de Política – Nor-
berto Bobbio.

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B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1

SIGNIFICADO DE NAÇÃO
Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuírem costumes, ori-
gens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas insti-
tuições partilhadas pelos seus membros.
Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
Sistema de governo de um país; Estado.
Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram
levados ao Brasil. Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio. onis.
NAÇÃO. Dicio: Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/nacao/>. Acesso em: 12 abr. 2022.

O NASCIMENTO DO TERMO NAÇÃO — O termo Nação, utilizado para designar os mesmos contex-
tos significativos a que hoje se aplica, isto é, aplicado à França, à Alemanha, à Itália, etc, faz seu
aparecimento no discurso político — na Europa — (...) para encontrarmos uma teorização cons-
ciente da Nação como fundamento natural do poder político, isto é, da fusão necessária entre
Nação e Estado, precisamos chegar até meados do século XIX, já nas obras de Giuseppe Mazzini.
Foi assim que o termo Nação deixou de ser um termo vago, que podia ser atribuído à simples
ideia de grupo, ou à ideia de toda e qualquer forma de comunidade política. Precisamos lembrar
a este respeito que, assim como os africanos utilizam hoje o termo Nação com referência à pró-
pria África, ou aos Estados (isto é, às delimitações de grupos humanos definidas pelas potências
colonialistas), ou às tribos, assim também os europeus, antes da Revolução Francesa, utilizavam
o termo Nação para indicar toda a Europa, ou Estados como a França e a Espanha, ou os Estados
regionais, ou as simples cidades-Estado. Ainda em Gioberti, por exemplo, encontramos a expres-
são “Nação européia”. (...) Precisamos também lembrar, (...) no contexto anglo-saxônico, o termo
Nação visa significar mais a idéia genérica de comunidade política do que a específica de um tipo

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bem definido de comunidade política (v. por exemplo, a expressão americana the nation and the
states, onde Nação tem o significado de uma comunidade política, de certa forma, pluriestatal).
BOBBIO.1998. p.795.

Faça a leitura das definições juntamente com a turma. Pergunte se existe alguma palavra desconhe-
cida por eles. Caso haja, esclareça as dúvidas dos estudantes. Para terminar a aula peça para que
os estudantes respondam no caderno as seguintes questões: O que você entendeu sobre o que sig-
nifica uma “Nação”? Como surgiram as primeiras Nações? Existem diferentes tipos de Nação? Por
que o significado de nação é diferente nos dicionários da língua portuguesa e no dicionário político?

Aula 2
Professor (a), é importante que os estudantes percebam que os processos de formação das mo-
narquias nacionais na Europa têm características em comum, embora possuam tempo e desenvol-
vimentos próprios. Pergunte aos estudantes se eles sabem quando o dinheiro começou a ter valor
como costumamos dar a ele?

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Explique que o século XIV foi decisivo para consolidação dos reinos cristãos da Europa com o fim
das Cruzadas que mudou drasticamente a vida da população, o surgimento de uma nova classe
social chamada burguesia e como essa nova classe social atuou de forma decisiva para a circula-
ção do dinheiro como entendemos hoje. Esclareça que a aliança entre monarquia e burguesia teve
fundamental importância para destruir a base econômica do que era conhecido como sistema feu-
dal. Todas essas transformações desembocaram na economia, deixando de ser majoritariamente
agrícola, modificando formas de trabalho e intensificando o comércio entre a Europa e o Oriente.
Outro fator que gerou inúmeras transformações foi a intensificação do comércio feito através dos
portos do Mediterrâneo, que oportunizou as primeiras grandes companhias marítimas e os primei-
ros banqueiros, e deu origem a um novo estilo de vida europeu, baseado na ideia de luxo.
Todos esses fatores e ainda outros deram origem às monarquias absolutistas.
Professor (a), essa contextualização é longa e necessária, por isso, a construção de um mapa men-
tal é de grande ajuda para a compreensão deste processo. Peça para que os estudantes construam
individualmente e com a ajuda do livro didático seu mapa mental. Em seguida, aplique a Metodolo-
gia entre Pares para que dessa forma os estudantes possam dialogar sobre seus mapas mentais e
construir um conhecimento consolidado sobre a temática.

RECURSOS:
Caderno, lápis, borracha, lousa, pincel, dicionário e livro didático.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual, contínua, diagnóstica e formativa, permeando todas as ativida-
des desenvolvidas pelo professor. Desta forma, ao longo das propostas apresentadas, o professor
poderá avaliar o estudante segundo sua participação nas atividades realizadas, pelos processos de
produção oral individual e discussão coletiva.

ATIVIDADES
1 – O texto a seguir é de 1260 e leia- o com atenção.

7º Ano
Que ninguém possa fazer moeda semelhante àquela do rei (...). que nenhuma moeda seja aceita
pelo Reino, a partir da festa de São João(...) fora da moeda do rei, e que ninguém venda, compre e
faça negócios se não com essa moeda. E a moeda do rei pode e deve correr no seu Reino inteiro,
sem oposição de outras moedas particulares que possam existir.
(...) e que ninguém possa danificar a moeda do rei, sob pena física e multa.
ORDENNNANCES desrois de France de la troasième race. In: PEDRERO- SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da idade média:
textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. P. 243.

a) Quem é o responsável por esse texto e que lugar o autor ocupa na sociedade?
b) Como você chegou a essa conclusão?
c) Qual processo histórico pode ser relacionado a esse documento de época?

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2 – Pesquise:
O bobo da corte, ou bufão, era um tipo de palhaço que atuava nas cortes e nos palácios europeus;
foi muito popular até ao final do século XVII. Era comum que os anões assumissem o papel de bu-
fões. Reis e príncipes por vezes gastavam fortunas comprando anões para atuar na corte.
a) Qual era a função de um bobo da corte na monarquia europeia da idade Moderna?
b) Por que vocês acham que os reis preferiam anões para exercer esta função?
c) Os bufões, fossem ou não anões, gozavam de algum prestígio nas cortes da época?
d) O que você acha sobre o uso de anões nas monarquias absolutistas e ainda hoje, em circos
e programas humorísticos?

REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. Contexto: São Paulo, 1998.
BOBBIO, Norberto, 1909- Dicionário de política. Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis
Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1° ed., 1998. Vol. 1: 674 .1.330 p.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História sociedade & cidadania. FTD: São Paulo, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
COTRIM, Gilberto, Historiar, 6°ano: ensino fundamental anos finais. 3°ed. São Paulo. Saraiva. 2018.
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1 e 2 São Paulo: Zahar, 1993a.
FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente.
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, nº 71, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-4452007000200002#back>. Acesso em: 09 abr. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Referência de Minas Gerais. 2021.
BH, MG. em:<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>.
Acesso em: 05 abr. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Planos de Curso, 2022. Disponível em:

7º Ano
<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>. Acesso em:
05 abr. 2022.
OISTREICH, G. Oistreich. 1984. “Problemas estruturais do absolutismo europeu”. In: HESPANHA,
Antônio Manuel (org.). Poder e instituições na Europa do Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calous-
te Gulbenkian.
PANOFSKY, Erwin. 1981. Renascimento e renascimentos na arte ocidental. Lisboa: Editorial Presença.
SANTOS, J. L. dos. O que é cultura. São Paulo:Brasiliense.2004.

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UNIDADE TEMÁTICA
A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
O “descobrimento” da América.
O Tratado de Tordesilhas. (EF07HI08X) Descrever as formas de organização das socieda-
Os diferentes processos histó- des americanas no tempo da conquista com vistas à compreen-
ricos das monarquias e a cen- são dos mecanismos de alianças. - A conquista da América e as
tralização do poder nas mãos formas de organização política dos indígenas e europeus: con-
dos reis. flitos, dominação e conciliação confrontos e resistências, am-
pliando a discussão do conceito de colonização sob o ponto de
Organização das sociedades
vista do colonizado e do colonizador.
americanas à época da con-
quista.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Os tupis, aliados ou vítimas da colonização?
DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), ao tratar a questão dos povos originários do Brasil é necessário estar atento para des-
fazer os inúmeros equívocos que pairam sobre esses povos.

Introduza a aula apresentando a pintura: Mulher tupinam-


bá em Pernambuco. Óleo sobre tela de Albert e Eckhout,
1641. Museu Nacional, Copenhague, Dinamarca.
Ao analisar a imagem, chame atenção para o fato de a

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mulher estar com os seios descobertos, como era cos-
tume entre o povo Tupi; os cabelos lisos ficavam soltos,
e na imagem estão trançados, como era costume das
mulheres europeias. Ao fundo vemos uma casa colonial
e um campo plantado de árvores frutíferas. Há, ao lado
da mulher, uma bananeira, que não é uma planta natural
do Brasil.
Após essas informações questione aos estudantes se a
indígena é retratada positiva ou negativamente e por quê?
Professor(a), após interações com estudantes, demar-
que se esta é uma visão “positiva” do indígena, que aceita
parte dos padrões dos colonizadores.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/


wiki/File:India_tupi.jpg>. Acesso: 13 abr. 2022.

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B) DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), explique como foram os primeiros tempos de comércio de pau-brasil, esclarecendo
a relação de escambo entre europeus e indígenas, a necessidade do europeu em adquirir a maior
quantidade de pau-brasil possível e, mais tarde, o monopólio instaurado pela coroa portuguesa.
Utilize um dicionário para explicar o termo monopólio. É importante trazer para a atualidade esse
conceito. Dê exemplos de como acontece e fatores positivos e negativos.
  → Sugere-se o site: Monopólio. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/
economia/monopolio.htm>. Acesso em: 13 abr. 2022.
Explique que para retirar e transportar a madeira até a feitoria e navios, os europeus precisavam
de mão de obra indígena.
A partir daí, elucide como se deu a escravidão indígena e como isso impactou as florestas. Profes-
sor(a), trabalhe com uma tempestade de ideias sobre quais possibilidades existiam para que os
povos originários não sofressem com a aculturação, a imposição de uma nova religião, o trabalho
escravo e a dizimação de várias tribos. Em seguida, oriente os estudantes a fazerem uma pesquisa
sobre as populações indígenas remanescentes no Brasil de hoje.

RECURSOS:
Computador, projetor ou reproduções da imagem, lápis, caderno, quadro, pincel.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual, contínua, diagnóstica e formativa, permeando todas as ativida-
des desenvolvidas pelo professor. Desta forma, ao longo das propostas apresentadas, o professor
poderá avaliar o estudante segundo sua participação nas atividades realizadas, pelos processos de
produção oral individual e discussão coletiva.

ATIVIDADES
1 – Os pajés.
Escrevendo na Bahia, em 1549, o padre jesuíta Manuel da Nóbrega assim descreveu a atuação dos

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grandes pajés nas cerimônias tupis.
“De certos em certos anos, vêm os feiticeiros de mui longes terras, fingindo trazer santidade(...) em
chegando o Feiticeiro com muita festa ao lugar, entra em uma casa escura e põe uma cabaça que
traz em figura humana (...) E mudando a voz para a de menino, junto da cabaça, lhes diz que não cui-
dem de trabalhar, nem vão à roça, que o mantimento em si crescerá, e que nunca lhes faltará o que
comer(...) e que as inchadas irão a cavar e as flechas irão ao mato por caça(...) acabando de falar o
Feiticeiro, começam a tremer, principalmente as mulheres, que parecem demoinhadas (como de
certo são), deitando-se em Terra e escumando pelas bocas, e nisto lhe persuade o feiticeiro que
lhes entra à santidade...”
NÓBREGA, Manuel da. Informação das terras do Brasil. in: Cartas do Brasil (1549- 1560) Rio de Janeiro: imprensa nacional, 1886.
P. 90 e 99 - 100 .

Depois de ler o documento pesquise sobre o significado da palavra pajé. Resuma qual a função por
ele exercida no culto descrito pelo observador.

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2 – Os contatos entre os europeus e os indígenas nem sempre foram marcados por violência e pela
exploração do trabalho, também houve casos de negociações e alianças. Inicialmente os portugue-
ses conseguiram fazer negócios com os Tupis, trocando pau- brasil por objetos europeus de pouco
valor. Alguns historiadores defendem, contudo, que o escambo não foi inventado pelos europeus,
pois outros povos, inclusive na América, já faziam trocas entre si antes da conquista européia.
Explique como funcionava o escambo entre colonizadores e colonizado.

REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. Contexto: São Paulo, 1998.
BOBBIO, Norberto, 1909- Dicionário de política. Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis
Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1° ed., 1998. Vol. 1: 674 .1.330 p.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História sociedade & cidadania. FTD: São Paulo, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
COTRIM, Gilberto, Historiar, 6°ano: ensino fundamental anos finais. 3°ed. São Paulo. Saraiva. 2018.
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1 e 2 São Paulo: Zahar, 1993a.
FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente.
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, nº 71, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-4452007000200002#back>. Acesso em: 09 abr. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Referência de Minas Gerais. 2021.
BH, MG. em:<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>.
Acesso em: 05 abr. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Planos de Curso. 2022. Disponível em:
<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>. Acesso em:
05 abr. 2022.
OISTREICH, G. Oistreich. 1984. “Problemas estruturais do absolutismo europeu”. In: HESPANHA,
Antônio Manuel (org.). Poder e instituições na Europa do Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calous-

7º Ano
te Gulbenkian.
PANOFSKY, Erwin. 1981. Renascimento e renascimentos na arte ocidental. Lisboa: Editorial Presença.
SANTOS, J. L. dos. O que é cultura. São Paulo:Brasiliense.2004.

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UNIDADE TEMÁTICA
A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
O encontro entre dois mundos: relações e conflitos
culturais.
(EF07HI09X) Analisar os diferentes im-
Primeiras formas de exploração e organização do
pactos da conquista europeia da América
trabalho.
para as populações ameríndias e identi-
Consequências das conquistas para os povos nati- ficar as formas de resistência, com des-
vos da América. taque para a ação dos distintos grupos
As diferentes formas de resistência dos colonizados. indígenas que povoavam Minas Gerais e o
Brasil.
Os impactos para os indígenas da dominação portu-
guesa no território que hoje forma o Brasil. (EF07HI10) Analisar, com base em docu-
mentos históricos, diferentes interpreta-
Organização e funcionamento das sociedades colo-
ções sobre as dinâmicas das sociedades
niais da América espanhola e portuguesa.
americanas no período colonial.
A expansão da colonização portuguesa: da região
costeira para o interior do Brasil.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O encontro entre dois mundos.
DURAÇÃO: 1 aula.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), dê início a aula com o questionamento: Quais sociedades vocês podem afirmar que
são desenvolvidas e por quê? Espera-se que os estudantes interajam citando países como EUA e

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Japão, que são polos de tecnologia. Esclareça que a tecnologia é:
“Na verdade, um conjunto de conhecimentos específicos, acumulados ao longo da história, sobre
as diversas maneiras de utilizar os ambientes físicos e seus recursos materiais em benefício da
humanidade. Segundo essa definição, a tecnologia abrange desde o conhecimento de como plan-
tar e escolher, passando pela fabricação de ferramentas de pedra lascada ou aço inoxidável, até a
construção de grandes represas e satélites”.
SILVA. 2006. P.386.

Em seguida, retome os questionamentos inserindo nova questão: Quais países foram desen-
volvidos em meados dos séculos XVI e quais tecnologias estavam disponíveis nesse momento.

B) DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), a abordagem entre o encontro de dois mundos completamente diferentes exige apre-
sentação do conceito etnocentrismo:

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Etnocentrismo:
Os estudiosos da cultura compreendem que os povos forjam visões de mundo peculiares, que
marcam a sua identidade de povo. Mas quando um determinado grupo, com traços culturais ca-
racterísticos e uma visão de mundo própria entra em contato com outro grupo que apresenta
práticas culturais distintas, o estranhamento e o medo são as reações mais comuns. O etno-
centrismo nasce exatamente desse contato, quando a diferença é compreendida em termos de
ameaça à identidade cultural. De modo simples, o etnocentrismo pode ser definido como uma
visão de mundo fundamentada rigidamente nos valores e modelos de uma dada cultura; por ele,
o indivíduo julga e atribui valor a cultura do outro a partir de sua própria cultura.
SILVA, 2006 p.127.

A abordagem dessa aula tratará esse encontro da perspectiva documental, ou seja, pelo olhar eu-
rocêntrico. Faz- se necessário, portanto, contra-argumentar em todos os tópicos como seria o
olhar dos povos originários sobre esse encontro.
Exiba o vídeo: 11 O ponto de vista de portugueses e índios Documentário Caramuru. A invenção
do Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wWsD_goy2Ts>. Acesso em: 10
abr.2022. Duração 1:55 minutos. Em seguida distribua ou projete um trecho da carta de Pero Vaz
de Caminha.

A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-fei-
tos. Andam nus, sem nenhuma cobertura (...); e nisso têm tanta inocência como têm em mostrar
o rosto(...)
(...) os cabelos(...) são corredios(...) de boa grandura e raspados até por cima das orelhas.
Essa Terra, Senhor, (...) é toda praia(...) e muito Formosa(...). Até agora não pudemos saber se haja
ouro, prata nela, ou outra coisa de metal. (...) contudo a Terra em si é de muitos bons ares(...) as
águas são muitas, infinitas.
CASTRO, Terezinha de. Carta de caminha. In: ___. história documental do Brasil. Rio de Janeiro: biblioteca do exército, 1995.
P. 29, 34-35.

Professor(a), após a análise junto à turma das fontes acima, introduza o contexto da chegada dos
portugueses ao Brasil. Problematize o termo descobrimento – ressalte que o encontro do Brasil
em 1500 faz parte do ciclo das grandes navegações, que tiveram início em 1415. Nesse período,

7º Ano
Portugal tornou-se o país mais empreendedor e ativo da Europa. Destoava do mundo de então,
pelo atrevimento de alargar as fronteiras marítimas graças aos conhecimentos náuticos portu-
gueses (tecnologias).
Com as grandes navegações, os portugueses tiveram de considerar o regime dos ventos e das cor-
rentes no Atlântico. Esse fato implicou, a partir de meados do século XV, na necessidade de realizar
uma navegação oceânica longe da costa. Surgia assim a náutica astronômica, isto é, a capacidade
de conhecer a posição aproximada dos navios em alto mar. Para finalizar a aula peça que os estu-
dantes produzam um texto relacionando as três fontes estudadas.

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RECURSOS:
Projetor ou reprodução de um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, caderno, lápis, quadro, pincel.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual, contínua, diagnóstica e formativa, permeando todas as ativida-
des desenvolvidas pelo professor. Desta forma, ao longo das propostas apresentadas, o professor
poderá avaliar o estudante segundo sua participação nas atividades realizadas, pelos processos de
produção oral individual e discussão coletiva.

ATIVIDADES
1 - Leia o texto abaixo:

A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-fei-
tos. Andam nus, sem nenhuma cobertura (...); e nisso têm tanta Inocência como têm em mostrar
o rosto(...)
(...) os cabelos(...) são corredios(...) de boa grandura e raspados até por cima das orelhas.
Essa Terra, Senhor, (...) é toda praia(...) e muito Formosa(...). Até agora não pudemos saber se haja
ouro Prata nela, ou outra coisa de metal. (...) contudo a Terra em si é de muitos bons ares(...) as
águas são muitas, infinitas.
CASTRO, Terezinha de. carta de caminha. In: ___. história documental do Brasil. Rio de Janeiro: biblioteca do exército, 1995.
P. 29, 34-35.

a) Como os indígenas foram descritos por Caminha?


b) O que Caminha estranhou nos tupiniquins?
c) E a terra onde hoje é o Brasil como foi descrita por Caminha?

2 – Para combater os franceses, garantir a posse da terra e produzir riquezas, Dom João III decidiu
ocupar efetivamente o Brasil e enviou para cá uma expedição.
a) Que expedição foi essa e quem a chefiou?

7º Ano
b) Quais foram suas realizações?

3 – leia o texto com atenção:

Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao tra-
balho de ir buscar o seu arabutam. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros,
mairs e perôs [franceses e portugueses] buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes
madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muitas, mas não daquela qualidade, e que não
a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles
com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura
precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem
mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar […] – Ah!
retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que
eu lhe dissera: Mas esse homem tão rico de que me falas não morre? – Sim, disse eu, morre como
os outros”.

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Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por
isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? - para seus filhos se
os têm, respondi: na falta destes para os irmãos os parentes mais próximos.
– na verdade, continuou o velho(...), agora vejo que vós outros(...) sois grandes loucos, pois atra-
vessais o mar e sofreis grandes incômodos(...) Trabalhais tanto para amontoar riquezas para vos-
sos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! não será a Terra que voz nutri o suficiente para
alimentá-los também? temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que
depois de nossa morte a Terra que nos nutriu também os nutrirá.
Discurso de um velho índio tupinambá, pronunciado na França Antártica, a Jean de Léry. LÉRY, Jean. Viagem à Terra do Brasil.
Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 198.

a) Quem é o autor do texto?


b) Qual é o assunto principal do texto?
c) Por que o indígena chama os europeus de grandes loucos?

REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. Contexto: São Paulo, 1998.
BOBBIO, Norberto, 1909- Dicionário de política. Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis
Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1° ed., 1998. Vol. 1: 674 .1.330 p.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História sociedade & cidadania. FTD: São Paulo, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
COTRIM, Gilberto, Historiar, 6°ano: ensino fundamental anos finais. 3°ed. São Paulo. Saraiva. 2018.
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1 e 2 São Paulo: Zahar, 1993a.
FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente.
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, nº 71, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-4452007000200002#back>. Acesso em: 09 abr. 2022.

7º Ano
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Referência de Minas Gerais. 2021. BH,
MG. em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>.
Acesso em: 05 abr. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Planos de Curso. 2022. Disponível em:<https://cur-
riculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>. Acesso em: 05 abr. 2022.
OISTREICH, G. Oistreich. 1984. “Problemas estruturais do absolutismo europeu”. In: HESPANHA,
Antônio Manuel (org.). Poder e instituições na Europa do Antigo Regime. Lisboa: Fundação Calous-
te Gulbenkian.
PANOFSKY, Erwin. 1981. Renascimento e renascimentos na arte ocidental. Lisboa: Editorial Presença.
SANTOS, J. L. dos. O que é cultura. São Paulo:Brasiliense.2004.

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UNIDADE TEMÁTICA
A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
(EF07HI11X) Analisar a formação histórico-geográfica do terri-
As novas configurações geo-
tório da América portuguesa por meio de mapas históricos pro-
gráficas do território brasileiro.
duzidos em diferentes contextos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Transformações e ciclos econômicos.
DURAÇÃO: 1 aula.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), contextualize as inúmeras transformações ocorridas no Brasil colonial por ciclos mar-
cados pela extração de pau-brasil, produção de açúcar e alcançando maior expressividade em vá-
rias cidades coroadas pelo ciclo do ouro. Tais transformações mudaram a cultura, hábitos e a pró-
pria geografia de lugares como Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás que são estados brasileiros com
grande produção industrial e agrícola no século XVIII. Essas regiões se destacaram por causa da ex-
ploração do ouro e da mineração e levou a colonização portuguesa até áreas muito afastadas do lito-
ral. Pela primeira vez, vilas e cidades eram fundadas no interior do Brasil. Entre essas cidades estão
Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, São João del-Rei, Diamantina, Cuiabá, Goiás, Pirenópolis e Vila Bela.

B) DESENVOLVIMENTO:
Em seguida, projete o mapa: terra Brasilis, de Lopo Homem, 1519. Biblioteca Nacional, Paris, Fran-
ça e América meridionalis.

7º Ano
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazil-16-map.jpg#/media/File:Brazil_16thc_map:jpg.>.
Acesso em: 09 abr. 2022.

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Explore com os estudantes as peculiaridades do mapa. O que os desenhos sugerem, de que na-
cionalidade são as bandeiras, qual é o nome dos barcos ali representados, quem são as pessoas
que estão trabalhando e quais trabalhos desenvolvem? Ressalte que no mapa não existe a parte
Oeste da América, nenhum oceano pacífico. É correto afirmar que os portugueses conheciam todo
o território representado no mapa no ano de 1519? A qual ciclo econômico corresponde esse mapa?

Explore com os estudantes as peculiarida-


des do mapa. O que os desenhos sugerem?
De quais nacionalidades são as bandeiras?
Quais são os nomes dos barcos ali repre-
sentados? Ressalte que, nesse mapa já
existia o oeste da América, e o oceano pa-
cífico. O que significa isso?

Disponível em: <https://pirenopolis.tur.br/cultura/historia>.


Acesso em: 10 abr. 2022.

Para terminar a análise sobre ciclos, apro-


xime dos estudantes o tema com as con-
sequências das minerações na atualidade.
Reproduza a reportagem:
→ Tragédia da mineração em Mariana faz
cinco anos. Disponível em:<https://
www.diariodoaco.com.br:443/noticia/
0083243-tragedia-da-mineracao-em-
-mariana-faz-5-anos-e-populacao-ain-

7º Ano
da-aguarda-reparacao>. Acesso em: 12
de abril de 2022.
Peça que os estudantes respondam a
questão:
1 – Existe diferença entre a mineração que
Disponível em: <https://atlas.fgv.br/marcos/descoberta-do-ouro/
se fazia no século XVIII e a que se perpetua
mapas/minas-gerais-no-auge-da-mineracao>. hoje?
Acesso em: 12 abr. 2022.

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RECURSOS:
Projetor, caderno, caneta, quadro e pincel.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual, contínua, diagnóstica e formativa, permeando todas as ativida-
des desenvolvidas pelo professor. Desta forma, ao longo das propostas apresentadas, o professor
poderá avaliar o estudante segundo sua participação nas atividades realizadas, pelos processos de
produção oral individual e discussão coletiva.

ATIVIDADES
1 – Leia o que escreveu um comerciante e geógrafo Flamengo sobre o açúcar extraído da cana no
ano de 1572.
“O açúcar, o que antes só era encontrado nos boticários, que o reservavam para quem estivesse
doente, hoje é devorado por gulodice (...) o que antes servia como medicamento, no presente ser-
ve-nos como um alimento.”
LEMPS, Alain Huestz De. As bebidas coloniais e as rápidas expansões do açúcar. In: FLANDRIN, Jean Luis; Montanari, Massimo
(org). História da alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998 p. 612.

Glossário
Flamengo: o natural, o habitante da região de flandres, localizada na atual Bélgica.
Boticário: dono da botica, onde se vendiam também remédios; farmacêutico.
Quais outras substâncias, além do açúcar extraído da cana, os europeus utilizavam para adoçar os
seus alimentos no século XVI?

2 - Leia:
A Batalha de M’ Bororé - 1641.
No ano de 1637, os Jesuítas denunciaram a ação destruidora dos Bandeirantes e a ameaça que eles

7º Ano
representavam para a libertação dos índios. O padre Montoya pediu ao rei da Espanha autorização
para usar armas de fogo a fim de defender as reduções dos ataques dos paulistas. Em 1640, o Ban-
deirante Pedroso de Barros, acompanhado de centenas de Paulistas e alguns milhares de índios
Tupis, desceu até o Rio Grande com o objetivo de aprisionar uma grande quantidade de nativos
aldeados. Na região do Tape, ele pretendia surpreender os guaranis, chegando em uma canoa pelo
Rio Uruguai. Entretanto, quando os Paulistas atingiram M’bororé, afluente do Rio Uruguai, eles é
que foram surpreendidos. Cerca de 4000 índios Guarani os atacaram, usando armas de fogo e peça
de artilharia. O combate ocorreu em 1641 e tornou-se um marco na história das reduções, foi a pri-
meira vitória dos índios contra os Bandeirantes.
QUEVEDO, Júlio. A guerra Guaranítica. São Paulo: ática, 1996. p.10.

Durante muito tempo, os indígenas foram mostrados como seres passivos, que se renderam aos
ataques dos Bandeirantes sem reagir. O texto confirma ou nega essa visão sobre os indígenas?

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3 – Pau-brasil.
Você sabia que, nos séculos XV e XVI ter uma roupa vermelha ou de tons avermelhados era sinal de
prestígio? Essa cor era obtida nas glândulas de um molusco chamado murex ou múrice. E, como
para tingir uma única peça de roupa era necessário milhares deles, os tecidos dessa cor eram mui-
to caros. Logo que apontaram no litoral brasileiro, os portugueses descobriram que nessas terras
existia uma árvore da qual também era possível obter uma tinta vermelha. Tratava-se do pau-brasil.
Eles perceberam que era muito mais fácil obter a cor vermelha dessa madeira do que das glândulas
do múrice. Bastava cozinhar a madeira em água. Mesmo assim, os tecidos vermelhos continuaram
caros. Por esse motivo, a extração de pau-brasil foi por muito tempo monopólio real, apenas os
comerciantes autorizados pela coroa podiam negociá-lo com os indígenas. A esse tipo de exclusi-
vidade de uma atividade econômica e em nome do Reino dava-se o nome de estanco.
Pesquise:
a) Qual a região onde era encontrado pau-brasil?

REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. Contexto: São Paulo, 1998.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História sociedade & cidadania. FTD: São Paulo, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
COTRIM, Gilberto, Historiar, 6°ano: ensino fundamental anos finais. 3°ed. São Paulo. Saraiva. 2018.
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1 e 2 São Paulo: Zahar, 1993a.
FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente.
Lua Nova: Revista de Cultura e Política, nº 71, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-4452007000200002#back.> Acesso em: 09 abr. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Referência de Minas Gerais. 2021. Dis-
ponível em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>.
Acesso em: 05 abr. 2022.

7º Ano
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Planos de Curso. 2022. Disponível em: https://cur-
riculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 abr. 2022.
SILVA, kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. 2°Ed. São Paulo: Contexto. 2006.

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