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4.1 Legalidade
É princípio expresso da administração pública. Somente são considerados expressos os princípios que
estão positivados no capítulo constitucional dedicado à administração pública (capítulo VII da CF/88).
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: “LIMPE”
Desta forma, o princípio da legalidade significa que a Administração Pública deverá atuar conforme a
lei e o direito, trata-se de legalidade em sentido amplo ou juridicidade (lei + direito).
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, enquanto o princípio da supremacia do interesse público e
da sua indisponibilidade é da essência de qualquer Estado, de qualquer sociedade juridicamente
organizada, "o da legalidade é específico do Estado de Direito, é justamente aquele que o qualifica e
que lhe dá identidade própria, por isso, considerado princípio basilar do regime
jurídico-administrativo”.
4.2 Impessoalidade
Retrata a ideia de que o agente público/administração pública deve agir com o intuito de não
visar/beneficiar/prejudicar uma pessoa determinada. Tal princípio traduz que a postura da
administração publica deve visar a coletividade nas suas ações.
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato
à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever
de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser arguida a SUSPEIÇÃO de autoridade ou servidor que tenha amizade
íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem
efeito suspensivo.
4.3 Moralidade
Tal princípio aduz que as condutas praticadas pela administração publica devem seguir padrões
éticos-moral, buscando sempre desviar de condutas que possam violar a moralidade administrativa
com condutas desabonadoras para a Administração Pública.
Boa-fé, obediência aos padrões éticos, honestidade, lealdade do administrador. O administrador deve
cumprir os padrões éticos, as regras, as condutas éticas. Mais até que o particular, pois trata-se de
coisa pública.
4.4 Publicidade
Os atos praticados pela administração pública são dotados de caráter público e transparente,
buscando informar a sociedade dos caminhos trilhados pelas condutas praticadas pelos gestores
públicos.
A publicidade é inerente ao Estado de Direito, na medida que “mostra” para a sociedade o que está
sendo feito com a coisa pública.
Art. 2º: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os
critérios de:
V - Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo
previstas na Constituição.
Art. 5º (...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO
São prerrogativas conferidas à Administração Pública para que possa desempenhar suas atividades
voltadas à satisfação das necessidades coletivas; é conferido instrumentos para a fiel execução das
suas ações/condutas para atendar a sociedade.
3 CARACTERÍSTICAS
São três definidas pela Doutrina
Exercício obrigatório;
Irrenunciável;
Exercício nos limites da Lei.
A ordem jurídica impõe à Administração o dever de garantir o bem comum. Para isso, reconhece à
Administração poderes e prerrogativas, que deve usar seus poderes e suas prerrogativas de acordo
com a lei e o Direito (princípio da legalidade
Quando o administrador não age de forma regular comete abuso de poder, que possui duas espécies:
excesso de poder e desvio de finalidade.
Por exemplo, a Lei n. 8.112/90 define a competência para a aplicação de penalidades. Após regular
procedimento administrativo, o Chefe do órgão aplica ao servidor penalidade de demissão, tal ato é
ilegal, porque foi praticado por alguém sem atribuição. O Chefe possui competência para advertir ou
suspender até trinta dias. Portanto, atuou fora de suas atribuições - vício de competência.
Outro exemplo, é o caso do delegado que possui competência para realizar a prisão, mas, visando
uma confissão, tortura o preso. Houve excesso de poder
JSCF: A finalidade está ligada a legalidade, e é sempre voltada ao interesse público. Se o agente atua
em descompasso com esse fim, desvia-se de seu poder e pratica, assim, conduta ilegítima.
CABM: A autoridade atua embuçada em pretenso interesse público, ocultando, destarte, seu
malicioso desígnio. Pratica o ato não por interesse público, mas por interesse privado.
Segundo a Prof. Fernanda Marinella, é um vício ideológico, vício subjetivo, defeito na vontade.
A lei descreveu a remoção ex officio para atender a necessidade do serviço público. A autoridade usa
a remoção ex officio para punir um servidor que cometeu falta grave – houve Desvio de Finalidade em
Sentido Estrito.
Agindo com abuso de poder, por qualquer de suas formas, o agente submete sua conduta à revisão,
judicial ou administrativa. A invalidação da conduta abusiva pode dar-se na própria esfera
administrativa (autotutela) ou através de ação judicial.
5 ESPÉCIES DE PODER
Ao praticar atos vinculados, o agente limita-se a reproduzir os elementos da lei que os compõem, sem
qualquer avaliação sobre a conveniência e a oportunidade da conduta.