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Direito Administrativo:

Introdução: Falar do direito administrativo é falar nos pilares dos direitos individuais frente ao Estado, pois
temos que observar o que pode e o que não pode o Estado fazer. O administrador é vinculado, ou seja, ele
só pode fazer o que está na lei.

Cidadão  PODE fazer tudo que a lei NÃO PROIBE.

Estado  PODE fazer tudo que a lei PERMITE.

Esse ramo nasceu no século XVIII com a consolidação do princípio da tripartição dos poderes de
Montesquieu. Antigamente os Estados eram governados por um soberano que acumulava todas as funções
na sua pessoa (julgar, executar, administrar), porem nos séculos XVI e XVII surgiu a ideia de limitar o Estado,
de limitar o seu poder.

Foi atribuído ao Estado as funções, com o objetivo de combater o poder irrestrito deste, impondo
limites para o exercício dessas funções. “Aos amigos tudo, aos inimigos, a lei”.

Estado democrático de direito:

 Perspectiva FORMAL: É a necessidade de um ente estatal que limita, que dá os parâmetros, as


diretrizes do Estado.
 Perspectiva MATERIAL:
1) Estado mínimo  definição do mínimo de participação que a Constituição deu ao Estado,
podendo intervir somente para manter a ordem e para evitar excessos, mas NÃO será um
Estado atuante.
2) Império da lei  significa que o Estado é positivado, ou seja, o direito é seguido pelo que está
na lei e não pelos costumes.
3) Reconhecimento da norma hierárquica superior  é a identificação da norma superior que
define o que será feito (pirâmide de Kelsen)
4) Separação de poderes  é a divisão de funções onde cada poder tem sua área de atuação.
5) Supremacia do poder estatal  é o reconhecimento de que o poder do Estado está acima dos
seus jurisdicionados.
6) Direitos e liberdades individuais e fundamentais  são as garantias individuais que o Estado
prevê aos cidadãos.

CONCEITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO:

Para Hely Lopes Meirelles: “O direito administrativo é um conjunto harmônico de princípios jurídicos
que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e indiretamente
os fins desejados pelo Estado.”

Para Celso Antônio Bandeiro de Mello: “O direito administrativo é um ramo do direito público que
disciplina o exercício da função administrativa, e os órgãos que a desempenham.”

Para Maria Sylvia Pietro: “É o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que
exerce e os bens de que se utiliza para consecução de seus fins, de natureza pública.”

FINALIDADE DO DIREITO ADMINISTRATIVO:

É a normatização das regras da vida em sociedade, promovendo o desenvolvimento social através da


atuação estatal.
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO:
1) Ramo do direito público;
2) Não é codificado;
3) É um direito não contencioso;
4) É regido pelos princípios constitucionais;
5) Tem como objetivo a administração pública e seus órgãos;

PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO:


 Constitucionalidade das normas: somente devem ser obedecidas as normas constitucionais, ou seja,
as normas declaradas inconstitucionais NÃO devem ser aplicadas.
 Organização democrática da sociedade: é a definição da escolha democrática dos nossos
representantes.
 Sistema de direitos e garantias fundamentais: o Estado garante ao cidadão direitos fundamentais na
vida em sociedade para melhor convívio.
 Mecanismo da justiça social: é o mecanismo para distribuir as necessidades corretamente, é a
promoção da igualdade não somente no aspecto formal.
 Divisão de poderes: é a separação da atuação dos poderes em áreas específicas.
 Segurança jurídica: dá estabilidade ao sistema jurídico.

Art. 37, CF/88  Princípios constitucionais (LIMPE):

 Legalidade: o administrador somente poderá atuar no que a lei permite.


 Impessoalidade: o administrador não pode tratar o administrado de forma benéfica ou prejudicial,
ou seja, ninguém pode ser perseguido ou privilegiado por ser quem é.
 Moralidade: o administrador tem que atuar de forma proba, com ética e moralidade.
 Publicidade: os atos devem ser públicos para que o administrado saiba o que está acontecendo.
 Eficiência: o administrador deve ser eficiente em seus atos. (inserido pelo EC 19/98)
Princípios implícitos:

 Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular: os interesses coletivos prevalecem


sobre os direitos individuais com o objetivo de alcançar o bem comum (relação de verticalidade).
 Princípio da presunção de legitimidade: há a presunção de que o agente público, ou órgão público,
que emana um ato administrativo é competente para realizar tal ato.
 Princípio da continuidade do serviço público: a administração pública deve prestar os serviços de
forma contínua e ininterrupta.
NÃO se caracteriza descontinuidade do serviço público, se a interrupção ocorrer:
I – em caso de URGÊNCIA; (independe de aviso prévio ao usuário)
II – desobediência das normas técnicas; (com aviso prévio do usuário)
III – inadimplemento do usuário. (com aviso prévio do usuário)

 Princípio da isonomia: trata-se da igualdade de todos perante a concessão de benefícios, isenções,


vantagens, sacrifícios, multas, sanções e etc.
 Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade: a administração deve ter uma atuação equilibrada,
sensata, aceitável, pois visa evitar toda forma de intervenção ou restrição abusiva ou desnecessária
por parte da administração pública.
 Princípio da motivação: é a obrigação conferida ao administrador de motivas, justificar, expressar
todos os atos que edita, sejam gerais ou de efeito concretos. Tem previsão no artigo 50 da lei
9.784/99.
 Princípio da ampla defesa e do contraditório: não pode o administrado responder à processo
administrativo sem que a ele seja assegurado o contraditório e a ampla defesa processual.
 Princípio da indisponibilidade do poder-dever: a administração pública não pode se furtar de exercer
seus poderes, uma vez que era seu dever, sua obrigação.
 Princípio da autotutela: é a revisão pela administração pública de seus próprios atos, podendo a
administração pública realizar a anulação dos atos ilegais e a revogação dos atos inconvenientes e
inoportunos.

Súmula 346 do STF: A administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.
Súmula 473 do STF: A administração pública poderá anular seus próprios atos quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revoga-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitando os direitos adquiridos e, ressalvada, em todo os casos, a apreciação judicial.

 Princípio da segurança pública: é a vedação para que o administrador não inove ou de que uma lei
nova não afete situação anterior a sua vigência.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:
Função administrativa: é a atribuição de cada órgão com poder dentro da administração pública
compreende desde o fornecimento de utilidades materiais de interesse comum até mesmo a atuação
jurídica na solução de conflitos.

 Administração pública DIRETA – CENTRALIZADA: é composta pelos entes políticos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), todos autônomos, com personalidade jurídica de direito público.
Órgãos: são repartições internas dentro da administração pública direta – DESCONCENTRAÇÃO de
poder.
A DESCONCENTRAÇÃO de poder se faz tanto em razão da matéria, isto é, do assunto (Ex: Ministério
da Justiça), como em razão do grau (hierarquia), ou seja, do nível de responsabilidade decisória conferido
aos distintos escalões que corresponderão aos diversos patamares de autoridade (Ex: Diretor de
Departamento). Também se desconcentra com base no critério territorial ou geográfico (Ex: Delegacia
Regional de Saúde).

Esses órgãos são ligados a administração pública direta pela relação de hierarquia, ou seja, eles fazem
o que é determinado que seja feito.
OBS: Os entes da administração pública direta NÃO podem delegar suas obrigações, mas sim a execução dos
seus atos/funções aos órgãos.

 Administração pública INDIRETA – DESCENTRALIZADA: é composta pelas autarquias, agências


reguladoras, fundações públicas, agências executivas, sociedades de economia mista e empresas
públicas.
 É a descentralização de todas as funções do Estado, onde as entidades personalizadas vão agir em
seu nome na prestação de serviços públicos.
 A transferência de algum serviço público para alguma dessas entidades é feita por meio de
OUTORGA, não existindo hierarquia entre as entidades e a administração pública.
 No caso da administração pública indireta, ocorre a descentralização de poder dos entes políticos
para outros órgãos.

 Administração Pública em sentido FORMAL: toda vez que o sujeito for o Estado ou qualquer de seus
entes, será em sentido formal.
 Administração Pública em sentido MATERIAL: toda vez que se tratar do que é prestado, se é
atividade, comodidade, será em sentido material.

DIRETA INDIRETA
Estados Autarquias
União Empresa Pública
Distrito Federal Fundações Públicas
Municípios Sociedade de Economia Mista

 Autarquia: É uma pessoa jurídica de direito público que integra a administração indireta e
descentralizada do Estado, criada por lei específica, para o exercício de funções próprias e típicas de
Estado, com independência de autoadministração e sujeição ao controle de tutela, que desempenha
atividade típica dos entes federativos: senão serviço público, poder de polícia, atividade regulatória
ou assistência social previstas na Constituição como competência própria do Estado.

Ex: Inss, Ibama, Bacen, Incra, Universidade Federal, Fhemig e etc.


Características:
1) Regidas pelo Decreto-Lei nº 200/67;
2) Personalidade jurídica de direito público (Art. 41, IV, CC);
3) Criada por lei (Art. 37, XIX, CF/88);
4) Seus atos e contratos são classificados como administrativos;
5) Podem ser federais, estaduais, distrital ou municipais;
6) Desempenha funções e atividades típicas de Estado;
7) Responde objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros (Art. 37, §6º,
CF/88);
8) Gozam de imunidade tributária para impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços;
9) Dívidas e direitos em favor de terceiros prescrevem em 5 anos (prescrição quinquenal);
OBS: A contratação dos agentes pode ser feita via CLT e por concurso público.

 Empresa pública: É a pessoa jurídica criada por força de autorização legal como instrumento de ação
do Estado, dotada de personalidade de direito privado, mas submetida a certas regras especiais
decorrentes de ser coadjuvante da ação governamental, constituída sob quaisquer das formas
admitidas em direito e cujo capital seja formado unicamente por recursos de pessoas de direito
público interno ou de pessoas de suas administrações indiretas, com predominância acionária
residente na esfera federal.
Ex: Correios, Casa da Moeda, BNDES, CEF e etc.

Características:
1) Finalidade de prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica;
2) Capital exclusivamente público;
3) Constituídas sob qualquer modalidade empresarial;
4) Sua criação é autorizada por lei;
5) Responde objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros (Art. 37, §6º,
CF/88);
6) As empresas públicas exploradoras da atividade econômica em sentido estrito terão seu
regime de responsabilidade pautado nas regras do Código Civil e, portanto, fundada na teoria
da responsabilidade subjetiva;
7) As empresas públicas tem empregados públicos admitidos por concurso público (gozam de
prerrogativas de estabilidade e de redução de horários), porém são regidos pela CLT em
relação aos direitos trabalhistas, visto que tem a carteira de trabalho assinada.

 Sociedade de economia mista: É a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração


indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob a forma de sociedades anônimas, cujo controle
acionário pertence ao poder público, tendo como regra o objetivo de exploração de atividades de
caráter econômico e na prestação de serviços públicos.
Ex: Banco do Brasil, Copasa, Cemig, BHTrans, Petrobras e etc.
Características:

1) São norteadas por normas de direito privado;


2) Seu capital social é misto, sendo constituído por recursos públicos (maior parte) e recursos
privados;
3) Finalidade de prestação de serviços públicos ou exploração da atividade econômica;
4) Só pode ser constituída sob a modalidade empresarial de sociedade anônima;
5) Criada por lei (Art. 37, XIX, CF/88);
6) Quando prestadora de serviços públicos, responderão objetivamente pelos danos causados
por seus agentes (Art. 37, §6º, CF/88);
7) Quando exploradores da atividade econômica, terão seu regime de responsabilidade
pautados no Código Civil (responsabilidade subjetiva);

OBS: A contratação dos agentes pode ser feita via CLT e por concurso público.

 Fundação Pública: são entidades integrantes da administração indireta, formadas por um patrimônio
personalizado (destacado por um fundador), vinculado a uma das esferas de governo para uma
finalidade específica.
 Não pode visar o lucro, ou seja, ainda que a atividade desenvolvida gere lucro, está não pode ser sua
finalidade.
 Quem destaca o patrimônio para a Constituição da Fundação, define qual será o regime jurídico.

Ex: Se um particular instituir uma Fundação, esta será uma Fundação de regime privada regulamentada pelo
Código Civil, sem a inserção de recursos públicos, não compondo assim a Administração Pública indireta.

 As Fundações Públicas compõem a Administração Pública indireta e sua natureza jurídica é híbrida,
ou seja, pode ter personalidade de direito público ou privado.
 As FUNDAÇÕES AUTÁRQUICAS OU AUTARQUIAS FUNDACIONAIS são uma derivação doutrinária, se
tratando de uma Fundação de direito público, destacada por um ente público para exercer uma finalidade
pública, porém, não tendo sido criada por lei.

 As Fundações Públicas de direito público admitem regime de contratação estatutário ou celetista, se


forem de regime de direito privado, a contratação de pessoal será obrigatoriamente celetista.
Características:
1) Podem ter personalidade de direito privado ou público (fundações autárquicas);
2) Possuem servidores públicos e estatutários;
3) Adquire personalidade jurídica com o registro de pessoa jurídica;
4) Não tem fins lucrativos;
5) Tem imunidade tributária;
6) Autorizada por lei ordinária, com a sua área de atuação definida por lei complementar.
Agência da administração:

 Agências reguladoras: são autarquias de regime especial criadas com o escopo de disciplinar e
controlar determinadas atividades públicas e algumas atividades privadas, normatizando de forma
supletiva a previsão legal. Não possuem poder legislativo no ordenamento, apenas atividade
regulamentadora, possuem um regime jurídico com maior autonomia para nomeação de seus
dirigentes e maior poder de gerenciamento da administração.
Ex: Anatel, Anvisa, Aneel, Anar etc.
Características:
1) São autarquias especiais (funções típicas);
2) O controle disciplina e gerencia, fiscaliza as outras autarquias;
3) Norma supletiva visa completar a norma especial, que foi elaborado de modo amplo e
restrito;
4) São criadas por lei e não somente fiscalizados por lei (autonomia política – independência de
autarquia);
5) Regime Estatutário.

 Agências executivas: são formadas por autarquias ou fundações que celebram com poder público
um contrato de gestão. Através deste contrato executam o plano estratégico de modernização, o
objetivo do contrato firmado e de prestar o serviço público de forma eficiente, recebendo recursos
da União, o regime jurídico varia entre autarquias e fundações.
Ex: Inmetro, Abin etc.
Características:
1) Formadas por autarquias ou fundações;
2) Celebram contrato de gestão;
3) Plano estratégico de modernização de administração pública;
4) Regime jurídico de autarquias e fundações;
5) Licitação simplificada

 Agentes delegatórios do serviço público: são aqueles que recebem incumbências da administração.
Feitos nas modalidades de concessão, permissão ou autorização.
 Concessão (em nome da Administração Pública): segundo Hely Lopes Meirelles, a concessão é a
delegação contratual da execução do serviço, na forma autorizada e regulamentada por lei do executivo o
contrato de concessão é um ajuste do direito administrativo bilateral, oneroso, cumulativo e realizado,
intuitu personae, com isto se afirma que se trata de um acordo administrativo (contato), com vantagens e
encargos recíprocos, no qual se fixam as condições da prestação do serviço, levando em conta o interesse
coletivo na sua obtenção e as condições pessoais de quem se propõe a executada;
 Permissão (em nome do particular): Celso Antônio Bandeira de Mello diz que é um ato unilateral e
precário, intuitu personae, através do qual o poder público transfere há alguém o desempenho de um serviço
de sua alçada proporcionando a possibilidade de cobrança de seus usuários.
 Autorização: é a delegação da prestação de um serviço público por ato unilateral do poder executivo
da administração. Acontece em casos excepcionais para se evitar fraudes.

ATOS ADMINISTRATIVOS:
Conceito: É toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo nessa qualidade,
tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria.

Fatos da administração: São aqueles que derivam de acontecimentos, são consequências, repercussões
naturais de um acontecimento.

 Fato JURÍDICO: quando o fato tem uma repercussão no mundo jurídico, produzindo efeitos no campo
jurídico.
 Fato JURÍDICO ADMINISTRATIVO: quando o dato produz efeitos no campo jurídico do direito
administrativo.
Atos da administração: São todos e quaisquer atos praticados no exercício da função administrativa,
podendo ser praticados por qualquer um dos poderes (executivo, legislativo e judiciário).

 Atos de direito PRIVADO: doação, permuta, compra e venda, locação etc.


 Atos MATERIAIS da administração pública: são aqueles que não contém manifestação de vontade,
mas determinam uma execução.
 Atos de CONHECIMENTO: também são atos que não tem manifestação de vontade.
 Atos POLÍTICOS: são os atos que estão sujeitos à norma constitucional.
 Contratos da administração: são atos com manifestação de vontade bilateral de contratar.
 Atos normativos: decretos, portarias, resoluções, regimentos internos.
Atos da administração  Gênero.

Atos administrativos  Espécie.


Ato administrativo
Separação de poderes
Funções típicas de cada poder
Legalidade para evitar o excesso de poder que está sujeito a um estado de direito

Regime jurídico administrativo

Critério SUBJETIVO (orgânico ou formal) de ato administrativo: é o que ditam os órgãos administrativos,
excluindo-se os atos provenientes dos órgãos legislativos e judiciários.
Critério OBJETIVO (funcional ou material) de ato administrativo: segue a necessidade de enquadramento
da função administrativa, ou seja, é o ato praticado no exercício concreto da função administrativa, seja ele
emanado pelos órgãos administrativos ou pelos órgãos judiciais e legislativos.
Características da função administrativa:

 Parcial: no sentido de que o órgão que exerce é parte da organização jurisdicional que ele exerce, é
parte nas relações jurídicas.
 Concreta: pois ele se aplica a casos concretos, não podendo ser generalista.
 Subordinada: há subordinação, visto que deve ser sujeita ao princípio da legalidade, podendo haver
controle jurisdicional sobre a função administrativa.
 Atos administrativos propriamente ditos: são atos administrativos predominantemente vinculados
ao poder executivo.
Conceito de ato administrativo em sentido AMPLO: é a declaração do Estado ou de quem lhe faça às vezes
(adm. púb. indireta) no exercício de prerrogativas públicas manifestada mediante providências jurídicas
complementares à lei, sujeitas ao controle do poder judiciário.
Conceito de ato administrativo em sentido ESTRITO: é a declaração unilateral da administração pública no
exercício de suas prerrogativas, manifestada mediante comandos concretos complementares expedidos a
título de lhe dar cumprimento, sujeitos a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
Hely Lopes Meirelles diz que ato administrativo é toda manifestação de vontade unilateral da
administração pública adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir ou impor obrigações a si mesma
ou aos seus administrados.
Atributos do ato administrativo:
Legitimidade (presunção de legitimidade)
Exigibilidade
Imperatividade
Tipicidade
Executoriedade

 Legitimidade (presunção de legitimidade): significa que, uma vez praticado o ato administrativo, se
presume que este foi praticado em conformidade com a lei, e que os fatos alegados pelo
administrador são verdadeiros e morais. Essa presunção é relativa, ou seja, admite prova em
contrário, cabendo o ônus da prova ao administrado.
 Exigibilidade: é a qualidade em virtude da qual o Estado, no exercício da função administrativa, pode
exigir de terceiros o cumprimento, a observância das obrigações que impôs.
 Imperatividade: significa que o ato administrativo constitui unilateralmente em obrigações, ou seja,
é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua
concordância. Causa efeitos jurídicos que vão além da esfera de atuação administrativa.
 Tipicidade: é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a
administração pretende alcançar, existe um ato definido por lei.
 Executoriedade (autoexecutoriedade): a administração pública pode colocar em prática as decisões
que tomou sem a necessidade de recorrer ao poder judiciário, gozando, para isso, de mecanismos
coercitivos próprios, inclusive com o uso da força, se necessário for.

Elementos do ato administrativo:


Forma
Finalidade
Competência (agente capaz e competente)
Motivo
Objeto
 Forma: é o meio pelo qual se exterioriza à vontade, consistindo em verdadeiro requisito de validade
do ato administrativo:
Ex.: Edital de licitação, edital de concurso público, decreto de desapropriação etc.
Concepção RESTRITA: considera forma com a exteriorização do ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração
pode se exteriorizar, nesse sentido, tem se que o ato pode ter a forma escrita ou verbal.
Concepção AMPLA: inclui no conceito não só a exteriorização do ato, mas também todas as formalidades
que que devem ser observadas durante o processo de formação da vontade da administração, incluindo os
requisitos de publicidade.

 Finalidade: é a busca do interesse público, é o objetivo final do ato, o efeito mediato, o resultato
pretendido com o ato.

Concepção RESTRITA: a finalidade é um resultado específico que cada ato deve produzir, nesse sentido, se
diz que a finalidade decorre de lei.
Concepção AMPLA: a finalidade corresponde a consecução de um resultado de interesse público, neste
sentido, se diz que o ato administrativo tem uma finalidade pública.

 Competência: funda-se na necessidade de divisão de trabalho entre os agentes estatais. Há


necessidade de distribuir a intensa quantidade de tarefas decorrentes de cada uma das funções entre
os agentes do Estado.
Decorre de lei;
São inderrogáveis (art. 11 da Lei 9.478/99);
Pode ser delegável ou avocável;
Não pode ser delegado:
I – a edição de atos normativos;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
OBS: A competência administrativa é irrenunciável, pois é criada por lei e atribuída ao cargo ou função, não
ao indivíduo. Então, o sujeito pode renunciar ao cargo que ocupa, mas não pode manter o cargo e eliminar
a competência correspondente.

 Motivo: é o pressuposto de fato ou de direito para que sirva de fundamento ao ato, ele antecede o
ato, é o fundamento legal que embasa a prática do ato. Assim, motivo é a razão da prática do ato.
Pressuposto de FATO: são as circunstâncias ocorridas.
Pressuposto de DIREITO: são os fundamentos legais que embasam a prática do ato.

Motivo = Motivação
Motivação: é a exposição do motivo, é a explicação do ato.

 Objeto: é o conteúdo, o efeito jurídico imediato que o ato produz, é o que se cria, modifica, extingue,
adquire, resguarda e transfere na ordem jurídica.

Enuncia
Prevê
Prescreve
Dispõe
 Lícito: o objeto tem que ser lícito, pois se não for, ele terá um vício de legalidade e será anulado
no mundo jurídico.
 Possível: não pode a administração pública legislar, enunciar, prescrever algo impossível.
 Certo: tem que ter uma definição palpável, delimitável, não podendo deixar margem à
interpretação duplicada.
 Moral: o objeto deve seguir o princípio da moralidade.

Ato NATURAL: é a expressão natural do ato.


Ato ACIDENTAL: vem em decorrência de informações que estarão no ato.

Termo
Modo
Encargo
Condição
Quando o agente público pode agir com DISCRICIONARIEDADE?

1) Quando a lei PERMITE, como ocorrer no caso da norma que permite remoção de ofício do
funcionário, a critério da Administração, para o atendimento e conveniência do serviço;
2) Quando a lei é OMISSA, pois não é possível prevê todas as situações supervenientes, hipóteses em
que a autoridade deverá decidir de acordo com os princípios que norteiam a Administração;
3) Quando a lei PREVÊ determinada competência, mas não estabelece a conduta a ser adotada.
 O ATO VINCULADO é analisado apenas sobre o aspecto da legalidade.
 O ATO DISCRICIONÁRIO deve ser analisado sobre o aspecto da legalidade e do mérito. O mérito diz
respeito à oportunidade e conveniência diante do interesse público a atingir de acordo com os princípios da
Administração Pública.
O motivo será DISCRICIONÁRIO quando:

1) A lei não o definir, deixando-o ao critério da Administração.


Ex.: A exoneração de um servidor nomeado para cargo em comissão.
2) A lei define o motivo utilizando conceitos jurídicos amplos e abstratos, os chamados conceitos
jurídicos indeterminados, que deixam para a Administração a possibilidade de apreciação, seguindo
critérios de oportunidade e conveniência.
Ex.: Falta grave, procedimento irregular, valor artístico e cultural, etc.

TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: Está relacionada a prática de atos administrativos e impões que,
uma vez declarado o motivo do ato, este deve ser respeitado. Ela vincula o administrador ao motivo
declarado. Não condiciona a existência do ato, mas sim a sua validade.
Ex.: Funcionário deveria ser nomeado para uma vaga e a Administração não faz alegando falta de verba. EM
seguida, a Administração nomeia outro funcionário para a mesma vaga, sendo assim o ato nulo.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


Quando às prerrogativas:

 De IMPÉRIO: são os atos praticados pela Administração, utilizando as prerrogativas e privilégios de


autoridade. São impostos de forma unilateral e coercitivamente ao particular, independente de
autorização judicial. Derivam do poder exorbitante da Administração Pública.
OBS: O particular NÃO tem a possibilidade de emanar ato de império, salvo se estiver investido de uma
função pública, através de nomeação ou delegação.
 De GESTÃO: são os atos praticados pela Administração em igualdade com os particulares para
conservação e desenvolvimento do patrimônio público e da gestão de seus serviços.
Quanto à fruição da vontade da Administração:
 Ato IMPOSITIVO: é o ato unilateral da Administração Pública realizado por imposição, sendo
desnecessária a concordância do particular.
 Ato NEGOCIAL: depende da concordância ou da provocação do Administrado, sendo desejado por
ambas as partes.
 MEROS atos administrativos: são os atos que são andamento ao serviço público.
Quanto à formação:

 SIMPLES: são os atos que decorem da declaração da vontade de um único órgão, ainda que este
órgão seja formado por um colegiado. É um ato unilateral que não depende de outro órgão para
produzir efeito no mundo jurídico.
Ex.: Nomeação de um Ministro pelo Presidente.
 Atos COMPLEXOS: são os atos que resultam da manifestação de 2 ou mais órgãos, formando um ato.
Ex.: Decreto assinado pelo Presidente e referendado pelo Ministro de Estado.
 Atos COMPOSTOS: tem a manifestação de 2 ou mais órgãos, mas um ato é acessório do outro, é
pressuposto do outro, ou seja, praticam-se dois atos, um visando complementar o outro.
Ex.: Nomeação do PRG  Nomeação pelo Presidente e sabatina pelo Senado Federal.
Quantos aos destinatários:

 Atos GERAIS: são aqueles que não tem destinatário determinados, sendo destinado à toda
generalidade de maneira irrestrita.
 Atos INDIVIDUAIS: são aqueles que possuem destinatários determinados e individualizados.
OBS: O ato individual pode ser para mais de uma pessoa e isso não o torna um ato geral.
Quanto à exequibilidade:

 Ato PERFEITO: reúne todos os requisitos de validade e produz o efeito objetivado.


 Ato IMPERFEITO: a sua formação é incompleta, não produzindo efeitos, devendo o ato ser
complementado para ser operante.
 Ato CONSUMADO: é quando os atos já produziram os efeitos desejados.
 Ato PENDENTE: é o ato que está sujeito a condição, possui termo para começar a produzir efeitos.
Quanto aos efeitos:

 Ato CONSTITUTIVO: a Administração Pública cria, modifica ou extingue um direito.


 Atos DECLARATÓRIOS: a Administração Pública reconhece um direito já existente.
 Atos ENUNCIATIVOS: a Administração Pública atesta uma situação de fato ou de direito.
Atos administrativos em espécie:
1) Atos ENUNCIATIVOS: a Administração atesta um fato, mas não vincula o seu conteúdo, ou
seja, não há a possibilidade de se mudar o conteúdo do ato.
2) Atos PUNITIVOS: são os atos que emanam punições aos particulares.
3) Atos NORMATIVOS: são atos que normalizam informações aos administrados.
4) Atos NEGOCIAIS: são atos que são requeridos pelo administrado.
5) Atos ORDINATÓRIOS: são os atos que dão andamento a função da Administração.
 Atos administrativos NORMATIVOS:
1) Decretos: em sentido restrito, são atos administrativos de competência exclusiva do chefe do
executivo, destinados a prover situações gerais ou mesmo individuais abstratamente
previstas pela legislação. O ordenamento jurídico admite dois tipos de decretos:
 Decreto regulamentar ou de exceção: é o que visa explicar a lei, facilitar sua execução.
 Decreto independente ou autônomo: é o que dispõe temporariamente sobre uma
matéria ainda não prevista em lei.
2) Regulamentos: são atos administrativos, postos em vigência para especificar os
mandamentos da lei ou prover situações ainda não tratadas pela lei.
3) Regimentos: são os atos administrativos de atuação interna, se destinam a reger o
funcionamento de órgãos e corporações da Administração.
4) Resoluções: são os atos expedidos por altas autoridades do Poder Executivo ou por
Presidente de Tribunais, órgãos legislativos, colegiados, para disciplinar matéria de sua
competência específica, não podendo ser contrário ao regulamento, nem ao regimento.
5) Instrução normativa: são atos expedidos para executar as leis, os decretos e os regulamentos.
6) Deliberações: são atos administrativos normativos emanados por órgãos colegiados.

 Atos administrativos ORDINÁRIOS:


1) Instruções: são ordens escritas e gerais a respeito do modo e da forma de execução de
determinado serviço público, expedida por um superior hierárquico.
2) Circulares: são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários
ou agentes administrativos no desempenho de uma determinada atribuição.
3) Avisos: são atos emanados pelos ministros a respeito de assuntos relacionados aos seus
ministérios.
4) Portarias: são atos administrativos internos pelos quais os chefes de órgãos ou serviços
expedem determinações gerais ou especiais aos seus subordinados, designam servidores
para funções e cargos secundários, por portaria se dá início a sindicância e processos
administrativos.
5) Ordens de serviço: são determinações dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços, ou
contendo imposições de caráter técnico sobre o modo de realização da obra ou serviço.
6) Provimentos: são atos administrativos internos, contendo determinações e instruções com o
objetivo de uniformização na prestação do serviço.
7) Ofícios: são comunicações por escrito que as autoridades fazem entre si, em caráter oficial.
8) Despachos: são decisões em função administrativa, são decisões sobre requerimentos e
processos sujeitos à sua competência.

 Atos administrativos NEGOCIAIS:


1) Licença: é o ato administrativo, vinculado e definido, pelo qual o poder público, verificando
que o interessado atende as exigências legais, faculta o exercício de uma atividade.
2) Autorização: é o ato administrativo, discricionário e precário, pelo qual o poder público torna
possível ao pretendente a realização de atividade, serviço ou utilização de bens de seu
exclusivo interesse. A lei condiciona a autorização à concordância da Administração.
3) Permissão: é o ato administrativo, discricionário e precário, pelo qual o poder público faculta
ao particular a execução de serviços de interesse público, à título gratuito ou oneroso.
4) Aprovação: é o ato administrativo pelo qual o poder público verifica a legalidade e o mérito
de outro ato pendente de seu controle.
5) Admissão: é o ato administrativo pelo qual, verificada a satisfação de todos os requisitos,
difere determinada situação jurídica de acordo com o interesse público.
6) Visto: é o ato administrativo pela qual o poder público controle ato da administração ou do
administrado, conferindo legitimidade.
7) Homologação: é o ato administrativo pelo qual a autoridade examina a legalidade e a
conveniência de ato anterior da Administração para dar-lhe eficácia.
8) Dispensa: é o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de uma determinada
obrigação.
9) Renúncia: é o ato administrativo pelo qual o poder público extingue um crédito ou um direito
exclusivo da Administração, liberando a pessoa obrigada do cumprimento deste.
10) Protocolo: ato administrativo pelo qual o poder público acerta com o particular a realização
de uma conduta específica no interesse recíproco na Administração e do administrado.

 Atos administrativos ENUNCIATOS:


1) Certidões: são declarações fiéis autenticadas de atos, fatos ou documentos que se encontram
nas repartições públicas, podendo ser de inteiro teor ou resumidas.
2) Atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato passível de modificação
frequente.
3) Pareces: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração. Tem caráter meramente opinativo, não vinculando a Administração Pública,
salvo se for aprovado por ato subsequente.
4) Apostilas: são atos anunciativos de uma situação anterior criada por lei.

 Atos administrativos PUNITIVOS:


1) Multa: é toda imposição pecuniária que sujeita o administrado à título de compensação do
dano.
2) Interdição: é o ato pelo qual a Administração veda a prática de atos sujeitos ao seu controle.
3) Demolição/Destruição: é o ato sumário da Administração pelo qual se inutiliza alimentos,
objetos, substâncias, bens móveis ou imóveis, imprestáveis ou nocivos ou interesse público.

VÍCIOS DO ATO ADMINISTRATIVO:

 Incompetência:
1) Usurpação de função/poder: é crime definido no artigo 328 do Código Penal e ocorre uma
pessoa pratica um ato pra o qual não foi investida no cargo, ou seja, ela se apossa do
exercício de atribuições de agente público, sem ter essa qualidade.
2) Excesso de poder: ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência,
ou seja, pratica atos exorbitantes das suas atribuições.
3) Função “de fato”: ocorre quando a pessoa que prática o ato que está irregularmente
investida no ato, mas a situação tem total aparência de legalidade (teoria da aparência).

 Incapacidade:
1) Impedimento: previsto no artigo 18 da Lei 9784/99, é quando está impedido de atuar em
processo o agente público que tenha interesse direto ou indireto na matéria que tenha
participado como perito, testemunha ou a situação tiver relação com seu cônjuge,
companheiro ou parente de até 3º grau, ou ainda, que esteja litigando com a parte
interessada.
2) Suspeição: previsto no artigo 20 da Lei 9784/99, é quando o agente público tem amizade
íntima ou inimizade notória com o interessado, seu cônjuge, companheiro ou parentes de até
3º grau.
Proibido por lei
Diverso do previsto em lei
OBJETO Impossível
Imoral
Incerto
Quanto à forma:

 Nulo
 Anulável
Quanto ao motivo:

 Inexistência
 Falsidade
Quanto à finalidade:

 Desvio de finalidade
 Desvio de poder
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:

 Cumprimento de seus efeitos:


1) Esgotamento do conteúdo jurídico.
2) Execução material.
3) Implemento da condição resolutiva.

 Desaparecimento do objeto ou do sujeito.

 Retirada:
1) Revogação: é a retirada do ato administrativo por razões de oportunidade e conveniência.
2) Invalidação: é a retirada do ato por razões de ilegalidade.
3) Cassação: é a retirada do ato em virtude do descumprimento das condições necessárias para
usufruir de uma situação jurídica.
4) Caducidade: é a retirada porque sobreveio uma norma jurídica que tornou impossível a
situação precedente.
5) Contraposição: é a retirada do ato por disposição contrária ao ato anterior.

 Renúncia: é a retirada do ato pelo administrado, devido a sua falta de interesse.


Consequências decorrentes dos vícios:

 Atos ANULÁVEIS: são aqueles que a lei os declara e aqueles que podem ser praticados sem vícios.
 Atos NULOS: são aqueles que a lei declara, sendo estes materialmente impossíveis de serem
corrigidos.
Nulidade ABSOLUTA e RELATIVA:

 Absoluta: Poder-dever de verificar se o ato tem vício de nulidade absoluta. Pode ser decretada de
ofício pelo juiz ou mediante provocação. O vício NÃO pode ser sanado.
 Relativa: O vício PODE ser sanado ou convalidado.
Limitações do poder de revogar:

I. NÃO podem ser revogados atos vinculados;


II. NÃO podem ser revogados atos que já exauriram seus efeitos;
III. NÃO podem ser revogados os atos pela autoridade, quando ultrapassada a competência relativa;
IV. NÃO podem ser revogados os atos preclusos;
V. Súmula 472, STF.
Poderes da Administração:

Poder regulamentar. Derivados.


Normativos
Normas complementares. Originários.

 Poder NORMATIVO: É o poder de impor normas à vida da sociedade.


Originário: são os atos do Poder Legislativo derivados de previsão constitucional.
Derivados: são os atos que visam explicitar ou especificar o conteúdo normativo.
Apurar infrações.
Disciplinar
Aplica penalidades.

 Poder DISCIPLINAR: É o poder de apurar infrações e aplicar penalidades de modo interno, a


discricionariedade existe, mas é limitada.

 Poder HIERÁRQUICO: É decorrente da hierarquia.


I. Poder de editar atos normativos;
II. Poder de dar ordens (que implica no dever de obediência);
III. Poder de controlar a atividade dos órgãos inferiores (que abrange o poder de anular e
revogar);
IV. Poder de aplicar sanções disciplinares;
V. Poder de avocar atribuições;
VI. Poder de delegar.
A relação hierárquica é uma relação:
I. Estabelecida entre órgãos;
II. Um órgão coordena;
III. Um órgão subordina;
IV. Há uma graduação de competência.

 Poder de POLÍCIA: O fundamento do poder de polícia é o princípio da prevalência do interesse público


sobre o particular, que dá a Administração a posição de supremacia sobre os administrados. O poder
de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em prol
do interesse público.
Polícia ADMINISTRATIVA: caráter preventivo.
Polícia JUDICIÁRIA: caráter repressivo.
Meios de atuação:

 Atos NORMATIVOS: Criação de limitações ao exercício de direitos individuais.


 Atos ADMINISTRATIVOS e operações materiais: Compreendem medidas preventivas (fiscalização,
vistoria, ordem, notificações, autorização, licença) e medidas repressivas (interdição, apreensão,
internação).

Características/Atributos:

 Discricionariedade: Há juízo de conveniência e oportunidade para sua prática, entretanto, alguns atos
são vinculados.
 Autoexecutoriedade: Os atos de polícia deverão ser realizados, independentemente de autorização
do Poder Judiciário.
Exigibilidade: meios indiretos;
Executoriedade: decisões executórias.
 Coercibilidade: Justifica o emprego de força física sempre que houver oposição por parte do infrator.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
São as manifestações de vontade entre duas ou mais pessoas, visando a celebração do negócio
jurídico, havendo a participação do Poder Público, atuando com todas as prerrogativas decorrentes da
supremacia do interesse público, objetivando sempre a persecução de um fim coletivo. Esse contrato é
regido pelo direito público, sendo inerentes a ele todas as prerrogativas e limitações de Estado.
Abrange todos os contratos em que a Administração Pública figura como parte, seja de direito público
ou de direito privado.
Princípios:

 Supremacia do interesse público: A Administração Pública atua voltada aos interesses da


coletividade.
 Vinculação à legalidade: A Administração Pública só pode fazer o que está na lei, o que a lei permite
que seja feito.
Características:

 Presença da Administração Pública como Poder Público: A Administração Pública aparece nos
contratos administrativos com prerrogativas que configuram sua posição como suprema em relação
à posição do particular.
Horizontalidade: Hipótese em que o poder público se nivela com o particular, utilizando-se de
contratos de direito privado;
Verticalidade: Presença da Administração e suas prerrogativas de poder de império sobre os
administrados e partes no contrato.

 Finalidade Pública: É sempre o interesse público que a Administração tem que visar atender, mesmo
que o ato da Administração Pública seja regido pelo direito privado essa característica deve estar
presente.
 Obediência à Forma Prescrita em Lei: As formas dos contratos feitos pela Administração Público são
previstas pela lei.
 Procedimento Legal: A lei estabelece alguns procedimentos obrigatórios na realização dos contratos,
variando em função da modalidade adotada.
 Natureza de Contrato de Adesão: As cláusulas contratuais são fixadas previamente de forma
unilateral pela Administração, cabendo ao particular apenas aderi-las.
 Presença de Cláusulas Exorbitantes: Aos contratos administrados aplicam-se, subsidiariamente, a
teoria geral dos contratos, típica do direito privado. Porém, o que distingue o contrato administrativo
do privado é a supremacia do interesse público sobre o particular que confere ao Estado certos
benefícios sobre o particular.
Alteração unilateral: qualitativa (projeto) ou quantitativa (valor).
Rescisão unilateral:
Inadimplemento;
Razões de interesse público;
Caso fortuito ou de força maior;
Comprometimento da execução do contrato;
Descumprimento de regra de trabalho do menor.

Fiscalização: É a prerrogativa do poder público de designar um servidor para acompanhar a


execução do contrato ou se fazer presente fiscalizando a execução.
Aplicação de sanções contratuais: A Administração Pública pode penalizar o
administrado/contratado que estiver em falta com as obrigações contratuais.
Anulação de contrato: A Administração pode verificar um vício ou nulidade no contrato e tem
o poder-dever de anular os contratos que contrariam a lei, sendo conferia a oportunidade de
defesa.
Exceção de contrato não cumprido: Ainda que uma das partes esteja descumprindo suas
obrigações contratuais, o administrado/contratado não pode deixar de cumprir com sua
prestação.
Equilíbrio financeiro: É a relação estabelecida inicialmente pelas partes entre os encargos do
contratado e a retribuição da Administração. A aplicação deste está sujeito ao prazo de
contratos superiores há 1 ano, devendo manter as condições de lucro e capacidade de
prestação de serviços.
Exigências e garantias: Caução, seguro ou fiança.

 Mutabilidade (alteração unilateral de contrato): Se justificada a alteração pela Administração Pública


sob a alegação do interesse público, os contratos administrativos poderão ser eventualmente
alterados.
Fato do príncipe: É toda ordem geral, determinação estatal, positiva ou negativa, imprevista ou imprevisível,
que onera substancialmente a execução do contrato administrativo.

INEXECUÇÃO, REVISÃO E RESCISÃO DO CONTRATO:


Inexecução: É o descumprimento do contrato no todo ou em parte. Dá-se por ação ou omissão, culposa ou
não, de qualquer das partes em que se caracterize o retardamento ou descumprimento do acordado.

 Inexecução CULPOSA: Resulta da ação ou omissão da parte, decorrente de negligência, imprudência


ou imperícia.
 Inexecução SEM CULPA: É uma decorrência de atos ou fatos alheios à conduta da parte. Não enseja
responsabilidade, pois tais situações são consideradas justificadas.
Justificativas:
Teoria da imprevisão: Hoje no Brasil somente a álea econômica extraordinária e extracontratual pode
ensejar a aplicação desta cláusula. É todo acontecimento externo ao contrato, IMPREVISÍVEL e INEVITÁVEL,
que cause um desequilíbrio exacerbado a uma das partes.
Força maior: É o evento humano que cria para o contratado impossibilidade intransponível de regular
execução do contrato. Estão presentes os mesmos elementos que na teoria da imprevisão, porém, nessa
situação há a impossibilidade absoluta de dar prosseguimento ao contrato.
Caso fortuito: É o evento da natureza que impossibilita o contratado de cumprir com sua obrigação
contratual.
Fato do príncipe: É toda determinação estatal, positiva ou negativa, geral e imprevisível, que onera
substancialmente a execução do contrato.
Fato da administração: Compreende todo e qualquer ato da Administração, enquanto parte contratual, que
torne impossível a execução do contrato ou provoque o desequilíbrio econômico da relação contratual.
Interferências imprevistas: São aquelas que já permeavam a relação quando da celebração do contrato, mas
que só serão detectadas no decorrer da execução do mesmo.
Consequências da inexecução:

 Responsabilidade civil;
 Responsabilidade administrativa;
 Suspensão provisória ou temporária;
 Declaração de inidoneidade;
 Revisão do contrato;
 Rescisão do contrato;
 Suspensão do contrato.
Penalidades previstas pela inexecução:

 Advertência;
 Multa: na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
 Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
Administração, por prazo não superior a 2 anos.
 Declaração de idoneidade: para licitar ou contratar com a Administração, enquanto perdurarem os
motivos que deram origem a punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a autoridade
que aplicou a penalidade.
Restrições ao uso da execução de contratos não cumprido:
A execução do contrato não cumprido permite, nos contratos PRIVADOS, que uma das partes se
abstenha do cumprimento de sua obrigação quando a outra parte descumprir a sua. No caso dos contratos
administrativos, a referida cláusula NÃO pode ser utilizada, tendo em vista o princípio da continuidade e da
supremacia do interesse público.
Quando isso ocorre, caberá ao contratado requerer judicialmente ou administrativamente a rescisão
do contrato e o pagamento de perdas e danos. É necessário aguardar que a autoridade competente
determine a paralisação do contrato, ou que ocorra a rescisão do contrato por atraso superior a 90 dias do
pagamento por parte da Administração Pública.
Artigo 78, Lei 8.666/93: Se no local estiver ocorrendo uma situação de calamidade pública, NÃO pode ser
usada a exceção de contrato não cumprido, mesmo que ultrapasse o prazo de 90 dias de atrás.
Pode apenas ser requerida a suspensão do contrato, até que a situação se regularize para prestação do
serviço ou rescisão do contrato.
Cláusulas obrigatórias:

 Objeto;
 Regime de execução ou forma de fornecimento;
 Preço, condições de pagamento e reajuste;
 Prazo (etapas: execução, conclusão e entrega);
 O crédito orçamentário responsável pela despesa;
 Garantias;
 A vinculação ao edital de licitação ou a cláusula que a dispensou;
 Os casos de rescisão e as penalidades.
Alteração dos contratos:
UNILATERALMENTE pela Administração:

 Quando houver modificação de PROJETO.


 Quando houver modificação de VALOR.
BILATERALMENTE entre as partes (por acordo):

 Para restabelecer o equilíbrio financeiro econômico entre as partes.


 Para alterações necessárias nas cláusulas obrigatórias.
Formas de extinção dos contratos: A extinção se dá quando cessa o vínculo obrigacional entre as partes pelo
integral cumprimento de suas cláusulas ou pelo rompimento, através da rescisão ou anulação.

 Conclusão do objeto: é a contratação finalizada pela entrega do objeto do contrato.


 Término do prazo: é a finalização do contrato, pois foi atingido o prazo estipulado em contrato.
 Rescisão: amigável, judicial, unilateral (administração ou contratado).
 Anulação: quando houver ilegalidade na formalização ou nas cláusulas essenciais.
 Prorrogação de contrato: deve ser feito por aditivo contratual, não ocorre de forma automática.
 Renovação de contrato: inovação de parte ou no todo do contrato, mantendo seu objeto.
LICITAÇÃO – LEI 8666/93
Conceito: É um procedimento prévio para a escolha da proposta mais vantajosa para a Administração Pública
antes da celebração de um contrato administrativo. Também objetiva assegurar igualdade de oportunidades
àqueles que desejam a têm condições de contratar com ela, garantindo, assim, a eficiência, impessoalidade
e moralidade dos negócios administrativos.

Princípios:

 Legalidade;
 Publicidade;
 Igualdade entre os licitantes;
 Sigilo na proposta;
 Vinculação ao edital;
 Julgamento objetivo;
 Probidade administrativa;
 Adjudicação compulsória;
Objetos que podem ser licitados:

 Obra: toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução
direta ou indireta.

 Serviço: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração,
tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação,
adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais.

 Compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente.

 Alienação: toda transferência de domínio de bens a terceiros.

 Obras de grande vulto: aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 vezes R$1.500.000,00.

 Seguro-garantia: o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas
em licitações e contratos.

 Execução direta: é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios.

 Execução indireta: o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer dos regimes.
o Empreitada por preço global: é a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
determinadas.
o Empreitada integral: é um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as
etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da
contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação,
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições se segurança
estrutural e operacional, e com as características adequadas às finalidades para que fosse
contratada.
o Tarefa: é o ajuste da mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais.

Domicílio onde a licitação tem que ser procedida: A licitação tem que ser procedida exatamente no local
onde se situar a repartição que tem interesse na licitação, mas a habilitação pode ser feita por interessados
residentes em outros locais.

Modalidades de licitação: O rito a ser seguido no certamos é definido por 2 critérios

 Concorrência: É a modalidade de licitação que envolve o maior valor pecuniário de contratação e tem
como característica a possibilidade de qualquer um participar do certame. É exigida habilitação
prévia. É composta por 2 fases: habilitação e classificatória. A concorrência é utilizada para contratos
administrativos que envolvam valores acima de R$1.500.000,00 para obras de engenharia e valor
superior a R$650.000,00 para outros serviços.
Universalidade
o Princípios: Ampla publicidade
Julgamento por comissão
OBS: Em regra, sua opção se dá pelo valor do contrato.
 Tomada de preços: É utilizada em contratos administrativos de médio valor. A participação nessa
modalidade é restrita àqueles previamente cadastrados no banco de dados através de registro ou
aqueles que se cadastram em até 3 dias antes do recebimento das propostas.

 Convite: É utilizada para os contratos de pequeno vulto, mínimo de 3 empresas que devem ser
“convidadas” a participar. As não convidadas só poderão participar se entregarem a documentação
referente ao cadastramento dentro de até 24 horas antes da apresentação das propostas. Não há
publicação de edital, mas a carta convite é fixada na repartição e nos meios eletrônicos. Tal
modalidade é utilizada para contrato de obras e serviços de engenharia de até R$1.500.000,00 e para
compras de até R$80.000,00. O prazo é de 5 dias úteis entre a publicação e a entrega da proposta,
não podendo iniciar ou terminar o prazo no final de semana.

 Concurso: Qualquer interessado pode participar, atendidas as condições mínimas estabelecidas no


edital. É destinado à escolha de trabalho de natureza intelectual (técnico, científico ou artístico). O
prazo mínimo entre a publicação do edital e a entrega das propostas é de 45 dias. Não existe valor
pré-fixado, pois será premiado o trabalho de melhor técnica.

 Leilão: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis
oriundos de processos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação. O prazo é de 15 dias entre a publicação do edital e a realização do
leilão (chama-se PRAÇA).

 Pregão: Destina-se a compra de bens comuns (aqueles que podem ser substituídos por outros de
igual padrão). Tendo como critério o menor preço. O prazo é de 8 dias.

Dispensa de licitação: A obrigatoriedade é a regra, mas existem casos que o processo licitatório será
dispensado ou dispensável ou ainda inexequível.

 Dispensada: Ocorre quando a própria lei declara como tal e, portanto, é ato vinculado, não podendo
o administrador escolher fazer o procedimento licitatório.
 Dispensável: É aquela em que a Administração pode dispensar a licitação por juízo de
discricionariedade.
 Inexequível: Ocorre quando há a impossibilidade de competição entre os concorrentes, seja pela
natureza do negócio, seja pelos objetos sociais visados pela Administração.

OBRAS E SERVIÇOS DE COMPRAS QUEM PRAZO


ENGENHARIA PARTICIPA
CONCORRÊNCIA ACIMA de ACIMA de R$ Qualquer 45 dias
R$1.500.000,00 650.000,00 habilitado 30 dias
TOMADA DE ATÉ R$1.500.000,00 ATÉ R$ 650.000,00 Cadastrados e 30 dias
PREÇOS interessados 15 dias
CONVITE ATÉ R$1.500.000,00 ATÉ R$80.000,00 Convidados e 5 dias
cadastrados

FASES DA LICITAÇÃO:
Fase INTERNA:
1ª: Escolha dos tipos de licitação
Tipos de licitação:
 Menor preço: Ocorre quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
determinar que seja vencedor o licitante que apresentar a proposta com o MENOR PREÇO.
 Melhor técnica: Será utilizado exclusivamente para serviços de natureza predominantemente
intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e
gerenciamento, de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos
técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
 Técnica e preço: Critérios composto pela união dos dois tipos anteriores.
 Maior lance ou oferta: nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
2ª: Escolha da modalidade
Modalidades de licitação:

 Concorrência
 Tomada de preços
 Convite
 Concurso
 Leilão
 Pregão

Fase INTERNA:

1ª: Publicação do edital: Com o instrumento convocatório (dispensado edital na modalidade de convite). A
Administração é vinculada ao edital.

2ª: Habilitação: Nessa fase será exigida e verificada toda a documentação dos licitantes (habilitação jurídica,
qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista, etc).

3ª: Classificação: A empresa que cumprir todos os requisitos será considerada classificada e a empresa que
não cumprir será considerada desclassificada.
4ª: Julgamento: De acordo com o tipo de licitação, uma comissão ou uma banca irá se reunir para analisar e
julgar as propostas.
5ª: Homologação: É a fase de verificação pela autoridade superior que nomeou a Comissão, da regularidade
do procedimento licitatório.
6ª: Adjudicação: Com a adjudicação dá-se ao vencedor o status de vencedor. É o resultado oficial pelo qual
a empresa ganha a possibilidade de contratar com a Administração.
OBS: Possibilidade de adjudicação compulsória  Direito de executar a titularidade.
Fase RECURSAL:
1ª: Habilitação: Cabe recurso na fase de habilitação para comprovar que a empresa preenche os requisitos,
que tem a documentação necessária para tanto.
2ª: Julgamento: Cabe recurso na fase de julgamento, e houver fraude na finalidade da citação.

BENS PÚBLICOS:
Conceito: São considerados bens públicos aqueles bens jurídicos cuja titularidade é do Estado, sendo
submetidos ao regime jurídico de direito público. O artigo 99 do Código Civil estabelece a classificação dos
bens em espécie.
 De uso comum do povo: São os bens que o povo pode usar de maneira indistinta, sem autorização
prévia para sua utilização.
 De uso especial: São os bens que fazem parte do patrimônio administrativo, são dotados de afetação,
ou seja, tem uma finalidade de uso.

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