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Subjetiva: identifica o órgão com os agentes públicos. Sua crítica é quanto a realidade,
visto que mesmo desaparecendo o agente, não desapareceria o órgão.
Em tese, órgão público não pode celebrar contratos, pois não tem
personalidade jurídica. Contudo, a CF sofreu alteração via emenda que passou a
possibilitar o contrato de gestão feito entre órgãos públicos. Alguns autores dizem que
essa alteração é inconstitucional.
O órgão somente pode entrar em juízo para defender suas prerrogativas
funcionais e no pólo ativo. (personalidade judiciária e não personalidade jurídica)
Classificação dos órgãos:
Quanto à posição na estrutura do estado: INDEPENDENTES: comando de
cada Poder; AUTÔNOMOS: abaixo dos independentes, mas com grande autonomia.
Ex. ministérios; SUPERIORES: abaixo dos dois acima, mas com algum poder de
decisão. Ex. procuradorias e gabinetes; SUBALTERNOS: meros órgãos de execução,
sem poder decisório. (IN-AU-SUP-SUB)
Quanto à estrutura: SIMPLES: não possui ramificações; COMPOSTOS:
possui.
Quanto à atuação funcional: SINGULAR ou COLEGIADO;
Autarquias = serviço público personificado.
Fundações = patrimônio personificado (universitas bonorum).
Atualmente se admite a existência de duas espécies distintas de fundações
públicas na Adm. Púb. Indireta: a) fundações públicas com personalidade de direito
público, criadas por lei, com idêntico regime jurídico das autarquias (autarquia
fundacional); b) fundações públicas com personalidade de direito privado, autorizadas
por lei, mas criadas no momento de seu registro (fundação governamental). As
fundações privadas, ou seja, que não são instituídas pelo Poder Público, são estudadas
em direito civil.
CARACTERÍSTICAS COMUNS às pessoas da adm. Indireta:
Personalidade jurídica própria; receita e patrimônio próprios; autonomia
técnica, administrativa e financeira; não visam lucro (quando o Estado interfere na
atividade econômica, visa imperativos de segurança nacional e relevante interesse
público); possuem finalidade específica (princípio especialidade); são vinculadas à adm.
Direta, mas não sofrem subordinação. Não há hierarquia, mas controle, supervisão
ministerial. São controladas pelo TC. A CPI Tb é mecanismo de controle.
Autarquias possuem fila própria de precatórios. Autarquia presta atividade
típica do Estado e por isso tem regime jurídico idêntico àquele. Sua responsabilidade é
objetiva e o Estado responde subsidiariamente. Seus bens são públicos, e por isso,
inalienáveis (inalienabilidade condicionada/relativa, pois podem ser vendidos caso
estejam desafetados e obedeçam aos requisitos do art. 17 da Lei 8.666), impenhoráveis,
não podem ser onerados (objeto de direito real de garantia – penhor e hipoteca).
Apesar de algumas divergências, prevalece a posição de que o prazo
prescricional em face da autarquia é de 5 anos, nos termos do Decreto nº 20.910/32.
Somente às autarquias e fundações públicas foi estendida a imunidade
recíproca dos impostos. SEM e EP, em regra, não. Mas se prestarem serviço público,
como a ECT, sim.
As autarquias possuem prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para
contestar (art. 188CPC) e exige-se reexame necessário.
Conselho de classe no Brasil tem natureza de autarquia, pois desenvolve poder
de polícia.
Universidades públicas, Agências reguladoras e agências executivas
(Universidades Públicas) são autarquias de regime especial. Nas universidades: 1) o
dirigente de uma universidade é eleito e não nomeado pelo Chefe do Executivo e 2)
autonomia pedagógica que a universidade tem para definir a grade curricular.
Empresa pública = capital exclusivamente público (S/A, Ltda., etc.)
SEM = capital misto (S/A somente)
Disposições comuns SEM e EP:
LICITAÇÃO = se prestadoras de serviço público, Lei 8.666. Se exploradoras
de atividade econômica, art. 173, §1º, III, CF (segurança nacional ou relevante interesse
coletivo): “podem” ter estatuto próprio de licitação. Como a maioria das SEM e EP não
possui esse estatuto próprio, devem seguir a regra geral da Lei 8666. Na prática, elas
não licitam porque, estando sujeitas à Lei nº 8.666, a lei traz dispensas e
inexigibilidades. E citamos dois exemplos: elas têm dispensa pelo limite dobrado (20%
das demais pessoas jurídicas) e utilizam-se da inexigibilidade de licitação quando esta é
prejudicial ao desenvolvimento de sua atividade-fim.
RESPONSABILIDADE = se prestadoras de serviço público, resp. Objetiva
com subsidiariedade do Estado. Se econômica, a regra é do Direito Civil de resp.
subjetiva e prevalece que não há subsidiariedade.
FALÊNCIA: CABM diz o seguinte: se presta serviço público não. Se for
exploradora de atividade econômica, sim. Acontece que a nova lei de falência não faz
essa distinção. A LEI 11.101/05 diz que empresa pública e sociedade de economia mista
não têm falência e ponto final. Para o concurso, o que cai é: não tem regime falimentar.
BENS = seguem o regime de direito público ou privado, a depender se é
prestadora de serviço público ou exploradora de atividade econômica, bem como se o
bem está sendo empregado em sua atividade-fim, em razão do princípio da
continuidade.
QUADRO DE PESSOAL = são denominados servidores de entes
governamentais de direito privado. Regime celetista. Concurso público (Banco do
Brasil). Não podem acumular cargos. Obedecem ao teto remuneratório.
Excepcionalmente, caso a EP ou SEM não necessite de dinheiro público para satisfazer
seu custeio, suas despesas correntes (do dia a dia), não haverá obrigatoriedade de
respeito ao teto. Seus servidores são equiparados aos servidores públicos para fins de
responsabilidade por ato de improbidade administrativa, para fins penais e estão sujeitos
aos remédios constitucionais. Obs. Súmula 390 TST e OJ 247: A dispensa dos
empregados é imotivada, sem processo administrativo, salvo a ECT (que tem tratamento
de Fazenda Pública e não pode ficar apenas com as benesse disso, mas Tb com o ônus)
e demais que prestarem serviço público.
Plenário. RE 589998/PI, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20/3/2013:
Este dever de motivar o ato de demissão dos empregados públicos concursados existe apenas
no caso dos servidores dos Correios? NÃO. Segundo o Min. Relator Ricardo Lewandowski, o
dever de motivar o ato de despedida de empregados estatais, admitidos por concurso, aplica-
se não apenas à ECT, mas a todas as empresas públicas e sociedades de economia mista que
prestem serviços públicos, em razão de não estarem alcançadas pelas disposições do art. 173,
§ 1º, II, da CF/88.
“Os servidores concursados de empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras
de serviços públicos não gozam de estabilidade (art. 41 da CF/88), mas caso sejam demitidos,
este ato de demissão deve ser sempre motivado.”
STF. Plenário. RE 589998/PI, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20/3/2013.
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O Min. Rel. Gilmar Mendes votou: “Não me impressiona o teor da Súmula n° 347 desta Corte, segundo
o qual "o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das
leis e dos atos do Poder Público". A referida regra sumular foi aprovada na Sessão Plenária de
13.12.1963, num contexto constitucional totalmente diferente do atual. Até o advento da Emenda
Constitucional n° 16, de 1965, que introduziu em nosso sistema o controle abstrato de normas, admitia-
se como legítima a recusa, por parte de órgãos não-jurisdicionais, à aplicação da lei considerada
inconstitucional.” Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/22342/o-tribunal-de-contas-da-uniao-e-o-
controle-de-constitucionalidade#ixzz2MmROA0dE
Críticas: é um prêmio à PJ ineficiente e confere mais recurso e mais autonomia para
quem a Lei não deu.
OBS. A dispensa de licitação é dobrada para:
1 – agências executivas;
2 – consórcios públicos (até 3 entes. Se for mais de 3, a dispensa é triplicada);
3 – empresas públicas e sociedades de economia mista.
Agências reguladoras = são autarquias de regime especial (ANATEL, ANAC).
Possuem maior autonomia, pois edita normas técnicas complementares à lei e fiscaliza
outras PJ’s. Instrumentos assecuratórios de sua autonomia ampliada:
1 – dirigentes nomeados para exercer mandato fixo (exceto renúncia,
condenação judicial transitada em julgado ou PAD);
2 – nomeação dos dirigentes sujeita à aprovação ( nomeação especial ou
investidura especial);
1ª espécie: art. 37, §8º, Constituição Federal = feito entre órgãos ou com a
Adm. Indireta. Em contrapartida, há ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e
financeira.
2ª espécie: previsto na Lei nº 9.637/98 = feito entre a Adm. Públ. E as
organizações sociais (direito privado). A OS reduz sua autonomia, mas recebe recursos
públicos:
PRINCÍPIO ADMINISTRATIVOS
E a discricionariedade?
EFEITOS DO ATO ADMINISTRATIVO
Típicos: que lhes são próprios;
Atípicos (impróprios): a) preliminares ou prodrômicos (produzidos na
situação de pendência do ato, antes da ocorrência dos efeitos típicos, por ex., o dever de
o Senado aprovar ou não o nome indicado pelo Presidente para Ministro, depois de feita
essa indicação); b) reflexos (atingem terceiros)
No Direito Processual Penal, efeito prodrômico quer dizer non reformatio in
pejus.
É importante ler o art. 50 da Lei 9.784/99 (quando a motivação é necessária).
Atos discricionários: A doutrina mais moderna entende que a
discricionariedade existe: a) quando a lei dá à Administração liberdade para atuar dentro
de limites bem definidos; b) quando a lei utiliza conceitos jurídicos indeterminados.
Como hodiernamente a doutrina reconhece grande carga de vinculação ao
interesse público até nos atos discricionários e uma certa discricionariedade nos atos
vinculados, é mais correto considerar os Graus de vinculação do ato administrativo
(segundo Gustavo Binenbojm) a: regras, conceitos jurídicos indeterminados e
princípios.
Os atos discricionários escapam ao controle jurisdicional somente quanto ao
mérito. Mesmo os elementos objeto e motivo podem ser controlados pelo Judiciário no
que concerne à sua legalidade e legitimidade. O ato discricionário tem por limite a LEI.
Os critérios de conveniência e oportunidade são a própria aplicação da
discricionariedade.
Atos vinculados: todos os atos que impõem sanções administrativas são
vinculados.
Ver que não é o poder que é vinculado ou discricionário, mas o ato dentro de
cada poder.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Quanto aos destinatários:
Minhas críticas a essas características: a pessoa lesada pode impugnar os atos gerais
diretamente mediante o controle difuso de constitucionalidade; os atos gerais também devem
respeitar o direito adquirido.
É importante ressaltar que, enquanto no ato complexo temos um único ato, integrado por
manifestações homogêneas de vontades de órgãos diversos, no ato composto existem dois atos, um
principal e outro acessório ou instrumental. Ex. (do livro de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo em seu
curso direito administrativo, 2011) as nomeações de autoridades ou dirigentes de entidades da
administração sujeitas à aprovação prévia pelo Poder Legislativo. (nomeação do PGR, precedida de
aprovação do senado. O ato de nomeação seria o ato principal, editado pelo Presidente da República, e o
ato de aprovação que nesse caso é prévia, seria o ato acessório ou instrumental, praticado pelo Senado
Federal).
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos, poderá propor
ação contra o Estado ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto
que a responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária. (F)
Fundamentação:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DO ESTADO: § 6º DO ART. 37 DA MAGNA CARTA. ILEGITIMIDADE
PASSIVA AD CAUSAM. AGENTE PÚBLICO (EX-PREFEITO). PRÁTICA DE ATO
PRÓPRIO DA FUNÇÃO. DECRETO DE INTERVENÇÃO. O § 6º do artigo 37 da
Magna Carta autoriza a proposição de que somente as pessoas jurídicas de
direito público, ou as pessoas jurídicas de direito privado que prestem
serviços públicos, é que poderão responder, objetivamente, pela reparação
de danos a terceiros. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo
estes na qualidade de agentes públicos, e não como pessoas comuns. Esse
mesmo dispositivo constitucional consagra, ainda, dupla garantia: uma, em
favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa
jurídica de direito público, ou de direito privado que preste serviço público,
dado que bem maior, praticamente certa, a possibilidade de pagamento do
dano objetivamente sofrido. Outra garantia, no entanto, em prol do servidor
estatal, que somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa
jurídica a cujo quadro funcional se vincular. Recurso extraordinário a que se
nega provimento.” (RE 327904, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira
Turma, julgado em 15/08/2006, DJ 08-09-2006 PP-00043 EMENT VOL-02246-
03 PP-00454 RTJ VOL-00200-01 PP-00162 RNDJ v. 8, n. 86, 2007, p. 75-78)
A vítima poderá propor a ação diretamente contra o servidor causador
do dano (e não contra o Estado)?
A vítima somente poderá ajuizar a ação contra o A vítima tem a possibilidade de escolher se quer
litisconsórcio.
Para essa corrente, ao se ler o § 6º do art. 37 da Para essa corrente, o § 6º do art. 37 da CF/88
CF/88, é possível perceber que o dispositivo prevê tão somente que o lesado poderá buscar
• a primeira, em favor do particular lesado, prejuízos que seus agentes causaram. Isso não
considerando que a CF/88 assegura que ele poderá significa, contudo, que o dispositivo proíba a vítima
ajuizar ação de indenização contra o Estado, que de acionar diretamente o servidor público causador
tem recursos para pagar, sem ter que provar que o do dano.
• a segunda garantia é em favor do agente público Dessa forma, quem decide se irá ajuizar a ação
que causou o dano. A parte final do § 6º do art. contra o agente público ou contra o Estado é a
37, implicitamente, afirma que a vítima não poderá pessoa lesada, não havendo uma obrigatoriedade
ajuizar a ação diretamente contra o servidor na CF/88 de que só ajuíze contra o Poder Público.
pode ser responsabilizado pelo dano se for A vítima deverá refletir bastante sobre qual é a
acionado pelo próprio Estado, em ação regressiva, melhor opção porque ambas têm vantagens e
impessoalidade. O agente público atua em nome provar dolo ou culpa. Em compensação, se ganhar
do Estado (e não em nome próprio). O servidor a demanda, será pago, em regra, por meio de
Essa posição foi denominada de tese da dupla Adotada pela 4ª Turma do STJ no REsp 1.325.862-
garantia, tendo sido adotada há alguns anos em PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
No mesmo sentido, mas sem mencionar o nome É a posição também da doutrina majoritária (exs:
“dupla garantia”, existe outro precedente: RE Celso Antônio Bandeira de Melo, José dos Santos
julgado em 10/12/2012.
obs: não se admite que seja feita por entes da Adm Indireta (exceto:
ANEEL DNIT)
APOSENTADORIA
posteriormente é rescindida:
Provimento originário: ocorre quando o indivíduo passa a ocupar o cargo público sem
que existisse qualquer vínculo anterior com o Estado.
Provimento derivado: ocorre quando o indivíduo passa a ocupar determinado cargo público
em virtude do fato de ter um vínculo anterior com a Administração Pública. O
preenchimento do cargo decorre de vínculo anterior entre o servidor e o Poder Público.
1) Provimento derivado vertical: ocorre quando o servidor muda para um cargo melhor.
Ex. ascensão funcional (inconstitucional) e promoção.