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Trata-se do segundo pedido de revogação de prisão preventiva formulado pela Defesa, em favor de
ALLAYN FELIPE MELO SANTANA, alegando o requerente, basicamente, não estarem presentes os
requisitos autorizadores da manutenção da custódia cautelar, bem como o fato de não possuir maus
antecedentes, possuir residência fixa e correr o risco de ser demitido diante da sua ausência desde o dia 18
de novembro de 2021.
Pugnou, portanto, pela revogação de prisão preventiva, com a substituição da medida cautelar prisional
por qualquer outra descrita no art.319, do Código de Processo Penal.
Pois bem.
Apesar dos argumentos apresentados pelo requerente, é de se reconhecer a subsistência dos pressupostos e
requisitos justificadores da medida constritiva contra ele decretada.
Neste sentido, a necessidade de garantia da ordem pública ainda subsiste, diante das circunstâncias que
envolvem o fato apurado, relacionado aos crimes de ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, ESTELIONATO,
FURTO QUALIFICADO, todos em continuidade delitiva, que vem causando inegáveis prejuízos à
sociedade.
Os bons antecedentes, residência fixa e emprego lícito, mesmo quando devidamente demonstrado nos
autos, não é suficiente, por si só para a concessão da liberdade provisória.
Ademais, mesmo com o oferecimento da denúncia, por se tratar de quantias vultuosas e envolvimento de
muitas pessoas, as investigações ainda estão em curso e, neste momento processual, se solto, o
Requerente prejudicará a instrução processual.
Além disto, não há nos autos garantia de que, estando solto, manterá o requerente uma vida distante da
criminalidade, pois já demonstrou a capacidade de envolvimento com práticas delitivas. Cabe ressaltar
que, durante as investigações foi verificada a entrada em conta bancária de titularidade do postulante da
quantia total de R$ 71.285,59, originada das contas bancárias das vítimas ANA MARGARIDA TORRES
ROBERTI, JOSÉ ANANIAS REZENDE LIMA, MARIA GORETTI V DA F ALBUQUERQUE e
MARIA CARMÉLIA DE ARAGÃO SILVA, as quais foram movimentadas de forma criminosa.
Ressalte-se, ainda, que o acusado recebeu contraprestação equivalente a cinco ou dez por cento de todo
valor que passou por sua conta bancária.
Além disto, o feito segue seu curso regular, e não há qualquer fato novo desde a audiência de custódia e
do pedido anterior de revogação.
Assinado eletronicamente por SORAIA GONÇALVES DE MELO, Juiz(a) de 2ª Vara Criminal de Aracaju,
em 17/12/2021 às 12:53:10, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2021002697788-45. fl: 1/2
Por fim, é de se registrar que, analisando a conveniência de substituição da prisão preventiva pelas
medidas cautelares previstas pelo art. 319, do CPP, vejo que não atendem as circunstâncias do caso em
questão, mostrando-se insuficientes para a gravidade do caso.
P.R.I.
Assinado eletronicamente por SORAIA GONÇALVES DE MELO, Juiz(a) de 2ª Vara Criminal de Aracaju,
em 17/12/2021 às 12:53:10, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2021002697788-45. fl: 2/2