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GUANAMBI-BA
Outubro de 2022
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EXERCÍCIO DO DIREITO
GUANAMBI-BA
Outrubro de 2022
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1. INTRODUÇÃO
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2. DESENVOLVIMENTO
EXERCÍCIO DO DIREITO
"Todo aquele que exerce um direito assegurado por lei não pratica ato ilícito.
Quando o ordenamento jurídico, por meio de qualquer de seus ramos, autoriza
determinada conduta, sua licitude reflete-se na seara penal, configurando excludente
de ilicitude: exercício regular de um direito (CP, art. 23, III).
Percebe-se que o exercício do direito está previsto como uma das espécies
de excludentes de ilicitude no art. 23, inciso III, do Código Penal que diz: Art.23 Não
há crime quando o agente prática o fato: III – em estrito cumprimento de dever legal
ou no exercício regular de direito.
Nota-se que, é algo que irá tratar de um fato típico que tem sua ilicitude
afastada pelo ordenamento jurídico, ou seja, a conduta é tipificada como crime, mas,
por opção legislativa, passa a ser considerada como um direito de agir, diante de
uma permissão do ordenamento jurídico.
Cita-se, por exemplo, um caso julgado pelo STJ no final de 2018, em que a
resposta judicial para a defesa alegada foi a impossibilidade de caracterização do
exercício regular de um direito, haja vista que a conduta não estava em harmonia
com o ordenamento jurídico, notadamente com os princípios administrativos da
legalidade e da impessoalidade (STJ – APn: 629 RO 2010/0054273-4, Relator:
Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 28/06/2018, CE – CORTE
ESPECIAL, Data de Publicação: DJe 10/08/2018).
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Na decisão, consta que: “Para que o exercício de um direito seja regular e
exista a exclusão da ilicitude, não podem ser ultrapassados os limites, determinados
ou explícitos, com que o ordenamento jurídico extrapenal faculta o seu exercício”.
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na conduta do réu que se utilizou de meios pedagógicos no mero exercício do direito
de correção (jus corrigendi), sem cometer qualquer excesso. 3. Julga-se prejudicado
o pedido de execução provisória de pena em face da absolvição do apelante. 4.
Recurso conhecido e provido. (TJ-DF 20160810072306 DF 0007024-
30.2016.8.07.0008, Relator: JOÃO BATISTA TEIXEIRA, Data de Julgamento:
30/08/2018, 3ª TURMA CRIMINAL, Data de Publicação: Publicado no DJE :
04/09/2018 . Pág.: 197/202)
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decorrência da negativa da petição formada (no caso, uma “notitia criminis”); a
conduta é lícita ou ilícita no momento de sua prática, e não depois, quando avaliada
a (im) procedência pela autoridade competente.
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incriminadora. Logo, compreende todos os direitos subjetivos pertencentes a toda
categoria ou ramo do ordenamento jurídico, direta ou indiretamente reconhecido,
como afinal são os costumes (Marcello Jardim Linhares, Estrito cumprimento de
dever legal – Exercício regular de direito, p.111)
h) a coação para impedir suicídio (nesta hipótese, diante dos termos do art. 146,
§ 3.º, II, do Código Penal, é mais acertado considerar excludente de tipicidade);
i) a violação de correspondência dos pais com relação aos filhos menores e nos
demais casos autorizados pela lei processual penal;
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p) o uso de ofendículos (para quem os considera exercício regular de direito);
s) o porte legal de arma de fogo (neste caso, melhor tratar como fato atípico,
pois a autorização legal consta do tipo);
t) a venda de rifas paras fins filantrópicos, sem fim comercial, como assentado
no costume e na jurisprudência;
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Vale lembrar que não se autoriza o uso do cadáver caso haja indício de que a
morte seja resultado de ação criminosa.
Não é mais tempo para aceitar tal entendimento, tendo em vista que os
direitos dos cônjuges na relação matrimonial são iguais conforme art. 226, § 5º, CF:
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O trote acadêmico ou militar: É reconhecido, pela força da tradição imposta
pelo costume, o exercício de um direito, não se devendo olvidar, no entanto, que o
grande dilema, nesse contexto, concerne no exagero.
Quanto aos professores, não se pode aplicar correção física ou moral violenta
contra alunos, admitindo-se, no máximo, advertências, suspensões ou expulsões,
dentro das regras próprias do estabelecimento de ensino.
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A problemática dos ofendículos: que também é conhecido como offendicula,
representa o aparato para defesa do patrimônio.
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3. CONCLUSÃO
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Direito Civil – Volume V – Direitos Reais, Atlas, 2013, p. 325). 197. Ob. cit. p. 187-8.
ESTEFAM, André. Direito Penal: Parte Geral: arts. 1º a 120. 9. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020. p. 314
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