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Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia,
sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais .................................. 1
História e geografia do Município de Cajazeiras, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-
relações e suas vinculações históricas ................................................................................................. 170
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todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
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Segurança
saúde
Doria anuncia que vai privatizar novos presídios do estado de SP1
Modelo de PPP será adotado em quatro novas penitenciárias que já estão em fase de obras.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (18/01) que vai privatizar
os novos presídios construídos no estado com o modelo de parcerias público-privadas (PPPs).
De acordo com a gestão, a administração de quatro das 12 novas penitenciárias que já estão em fase
de obras será concedida à iniciativa privada em editais que devem ser lançados ainda neste ano. Outros
três complexos penitenciários que estão previstos também devem entrar no modelo. As unidades que
serão privatizadas não foram informadas.
Segundo Doria, o modelo PPP a ser adotado tem como referências o presídio da cidade de Ribeirão
das Neves, em Minas Gerais, e também o sistema norte-americano. Estão previstas viagens de
secretários tanto para Minas quanto para os EUA para reuniões de avaliações de formatos.
"Nós basearemos a gestão em critérios de qualidade, melhorando as condições do apenado,
oferecendo parque fabril interno capaz de ressocializar o apenado com trabalho", afirmou o secretário de
Administração Penitenciária, coronel Nivaldo Restivo.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) disse em nota que ainda é estudado "o modelo ou
modelos de PPP que serão adotados".
Informação corrigida
Durante o anúncio para a imprensa, Doria chegou a dizer que todos os 171 presídios do estado seriam
privatizados gradativamente ao longo da gestão, mas a informação foi corrigida posteriormente pelo vice-
governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia.
"Nós temos hoje 171 presídios em São Paulo funcionando com 230 mil presos. Esse sistema continua
assim. As melhorias nesse sistema serão de obras complementares. Ele é estatal”, disse Garcia.
“Temos hoje 12 presídios em obras, dos quais oito já têm funcionários públicos concursados
contratados. Não tem sentido racional desistimos disso. Os quatro que ainda não têm funcionários e
qualquer outra decisão de novo presídio é que serão via PPP", acrescentou o secretário.
Cartão de crédito
O governador também anunciou que, a partir de agora, todos os pagamentos de impostos do estado
poderão ser feitos por meio de cartão de crédito.
Deveria ser um local de segurança, mas, de acordo com novo relatório da ONU, é onde grande parte
das mulheres sofre violência e é assassinada.
No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, 25 de novembro, a ONU
(Organização das Nações Unidas) divulgou um novo relatório sobre feminicídio. De acordo com o
levantamento, 6 mulheres morrem a cada hora no mundo. Ou seja, mais de 130 mulheres são mortas
diariamente por cometerem apenas um crime: serem do sexo feminino.
Outro dado foi reforçado pelo recente relatório: a maioria das vítimas de feminicídio é morta por homens
próximos, com quem mantém ou mantinha algum tipo de relação. Em 2017, 58% dos assassinatos foram
1
Marina Pinhoni. Doria anuncia que vai privatizar novos presídios do estado de SP. G1. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/01/18/doria-anuncia-que-vai-
privatizar-novos-presidios-do-estado-de-sp.ghtml. Acesso em 21 de janeiro de 2019.
2
Isabella Otto. É no ‘lar doce lar’ que mais mulheres morrem vítimas do feminicídio. Capricho.Abril. https://capricho.abril.com.br/vida-real/e-no-lar-doce-lar-que-mais-
mulheres-morrem-vitimas-do-feminicidio/. Acesso em 27 de novembro de 2018.
Pelo menos 105 presos fugiram do PB1 e 30 foram recapturados, diz secretaria. Criminosos
derrubaram portão principal do presídio e trocaram tiros com policiais militares e agentes penitenciários.
Um PM foi baleado.
Pelo menos 105 presos fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes,
o PB1, na madrugada desta segunda-feira (10/09) em João Pessoa, segundo nota divulgada pela
Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Até as 7h50, 30 detentos haviam sido recapturados,
segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O presídio tem capacidade para 660 presos
e atualmente tinha 680 detentos.
Pessoas que moram perto da cadeia começaram a ouvir disparos e uma explosão pouco depois da
meia-noite. De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e
dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal, que foi derrubado após
uma explosão. Houve troca de tiros entre os bandidos e policiais militares e agentes prisionais.
Em outra ação, que acontecia no mesmo momento, um grupo fechou a rodovia estadual PB-008. Um
tenente da PM, de 36 anos, que tentava combater a ação, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital de
Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo o boletim do hospital, o tenente Moneta segue internado
em estado de saúde grave.
Número de ocorrências de abuso aumentou 8,4% no ano passado em relação a 2016; crime ainda é
subnotificado, alertam especialistas.
O Brasil registrou 60.018 estupros (6 casos por hora) e 221.238 crimes enquadrados na Lei Maria da
Penha (25 casos por hora) ao longo de 2017. O número de estupros representa um crescimento de 8,4%
em relação a 2016, mas não é possível saber a variação relativa aos casos de violência doméstica, já
que este é o primeiro ano que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública coletou dos Estados dados dessa
natureza.
Especialistas do Fórum acreditam que ambos os casos estejam subdimensionados dada a dificuldade
de registro na polícia desses crimes. Ainda assim, a quantidade é considerada alarmante e pede a
implementação de políticas específicas, como treinamento adequado de policiais em delegacias
especializadas. “É um dos piores dados no que diz respeito à qualidade, por causa da subnotificação, e
isso ocorre não só no Brasil. A mulher tem medo, tem vergonha”, diz a diretora executiva do Fórum,
Samira Bueno.
Ela lembra que a Pesquisa Nacional de Vitimização, de 2012, estimava que entre 7,5% e 10% desses
crimes chegavam a ser denunciados em delegacia. “Então, 60 mil é pouco? A situação é muito pior do
que parece.”
Feminicídios
Nos 12 meses do ano passado, foram registrados 4.539 homicídios de mulheres (alta de 6,1% em
relação a 2016), dos quais 1.133 foram considerados feminicídio pela polícia. A lei prevê que, quando o
crime ocorrer em uma situação de violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à
condição de mulher, deve ser registrado como feminicídio, o que pode aumentar a pena final do criminoso
condenado pela Justiça em até um terço do tempo.
O Fórum acredita que o número de feminicídios registrados poderia ser ainda maior. A diferença,
afirma, se dá em razão do pouco tempo da lei implementada - data de 2015 - e de dificuldades da polícia
em reconhecer as situações de vulnerabilidade da mulher.
O diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, lembrou do caso recente registrado
em Guarapuava, no interior do Paraná, cuja acusação aponta que o professor Luis Carlos Manvailer foi o
responsável por atirar a advogada Tatiane Spitzner da sacada do apartamento do casal, matando-a na
hora. “A violência doméstica precisa ser reconhecida como um problema público. As câmeras estavam lá
para monitorar o motoboy que entrega a pizza, mas não para intervir em casos como esse?”
A defesa de Manvailer nega o crime. Ele está preso aguardando o andamento do processo, que poderá
levá-lo a júri popular.
Foram 175 mortes por dia, o equivalente a 7 por hora, informou Fórum Brasileiro de Segurança Pública
nesta quinta-feira5.
O Brasil bateu em 2017 o recorde de mortes violentas intencionais, como homicídios e latrocínios, da
sua história. Foram 63.880 vítimas, o equivalente a 175 por dia ou 7 por hora. A taxa de mortes por 100
mil habitantes atingiu a marca de 30,8. Os dados foram revelados nesta quinta-feira, 9, pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, em São Paulo. Em 2016, o País havia registrado 61,6 mil mortes
violentas. Em um ano, o crescimento foi de 2,9%.
4
CARVALHO. Marco Antônio. Brasil tem 6 casos de estupro e 25 de violência doméstica por hora. Estadão Brasil. https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-
tem-6-casos-de-estupro-e-25-de-violencia-domestica-por-hora,70002441174?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-
sociais:082018:e&utm_content=:::&utm_term=. Acesso em 13 de agosto de 2018.
5
Carvalho, M. A. Com 63.880 vítimas, Brasil bate recorde de mortes violentas em 2017. Estadão. https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,com-63880-vitimas-
brasil-bate-recorde-de-morte-violentas-em-2017,70002439709. Acesso em 09 de agosto de 2018.
6
Tomaz, K. Donadoni, M. Ataques a carros-fortes crescem 53% no Brasil; SP e BA têm mais casos. G1 São Paulo. https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2018/07/27/ataques-a-carros-fortes-crescem-53-no-brasil-sp-e-ba-tem-mais-casos.ghtml. Acesso em 27 de julho de 2018.
Ataques a bases
Em 2016, havia mais ataques a prédios das empresas de transporte de valores no Brasil do que a
carros-fortes. Foram registrados sete casos de invasão a bases.
Há dois anos, Ruben Shechter, diretor presidente da Associação Brasileira de Transportes de Valores,
se reuniu com as empresas e secretarias de segurança públicas estaduais para adotar medidas
preventivas de segurança e tentar reduzir os ataques às bases. As empresas investiram R$ 400 milhões
em segurança nos últimos cinco anos, segundo a ABTV, que, alegando questões estratégicas de
segurança, não divulga detalhes do que foi feito.
Em 2017, os ataques a transportadoras de valores caíram para três casos. E neste ano ocorreram
duas investidas a bases – uma no dia 6 de fevereiro em Eunápolis, na Bahia, e outra no dia 1° de abril
em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
“Em função dessa ação positiva em relação a bases de transporte de valores, a gente percebe uma
migração das tentativas de assalto a carros-fortes”, afirma Shechter.
Violência e mortes
Além de usar explosivos para roubar o dinheiro dos veículos, a violência dos assaltantes tem deixado
vigilantes mortos e feridos nos confrontos. Levantamento do G1 a partir de dados da ABTV e Contrasp
aponta que ao menos dez vigilantes foram mortos e outros 51 ficaram feridos durante ataques a carros-
fortes e bases entre 2017 e o primeiro semestre deste ano.
"Em 2018, nós já tivemos quatro mortes de companheiros vigilantes que perderam a vida transportando
numerário nessas estradas em todo país", lamenta João Soares, presidente do Contrasp.
Tráfico de armas
Para a ABTV, a redução dos ataques passa pelo maior controle do tráfico de armas, que é feito pela
Polícia Federal (PF) nas fronteiras e, paralelamente, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas
e pelas forças de segurança nos estados.
“A atuação das autoridades tem sido bastante eficiente no sentido de identificar e utilizar meios de
inteligência para coibir ações”, admite Schechter, presidente da ABTV, que, no entanto faz uma ressalva.
“Mas ainda existe muito trabalho a ser feito: o controle de armas, o controle do tráfico de armas, o controle
mais rígido de explosivos”.
Enquanto criminosos usam metralhadora .50, capazes de derrubar aeronaves, fuzis e explosivos, que
abrem ao meio um carro-forte, vigilantes tentam se defender com um revólver 38 e escopetas calibre 12.
De acordo com Silva Filho, a solução para se reduzir os ataques a carros-fortes está numa medida,
que ele considera mais inteligente. "O dinheiro, se for destruído cada vez que for tentar manipular os
malotes, simplesmente os assaltos vão desaparecer", conta o especialista. Ele cita, por exemplo, o uso
de um dispositivo com tinta para manchar as notas.
SSP-SP
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a 5ª Divisão de Investigações
de Crimes Contra o Patrimônio (DISCCPAT), do Departamento Estadual de Investigações Criminais
(Deic) da Polícia Civil, "realiza ações constantes visando coibir os crimes de assaltos a carros-fortes."
Ainda segundo a pasta da Segurança de São Paulo, "as ações realizadas permitiram a redução de
50% dos casos neste ano em relação ao mesmo período ano passado. Além disso, o trabalho policial
possibilitou a queda de 75% dos ataques a bases de transporte de valores e de 85,7% dos sequestros
de funcionários das empresas de transportes no ano passado em comparação com 2016."
De acordo com a SSP, "outro fator importante que contribuiu para a queda dos casos foi a prisão de
duas pessoas, em Itupeva [interior do estado], e de oito homens, integrantes de uma quadrilha
especializada, em novembro do ano passado, na Zona Leste" de São Paulo.
SSP-BA
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a maior parte das estradas por onde os
carros-fortes passam não tem fiscalização policial porque as empresas não informam as rotas e horários
de trânsito dos seus veículos. "Eles se negam a dar as informações, com a alegação de que a polícia
pode vazar para bandidos", informa nota da assessoria.
PF
Por meio de nota, a PF informou que "com relação ao tipo de crime citado, a Polícia Federal, como
polícia judiciária da União, apura os crimes de roubos de repercussão interestadual e internacional, bem
como aqueles praticados contra o patrimônio da União, a exemplo de empresas públicas."
Segundo a PF, "dessa forma, a investigação de roubo a carros-fortes, em regra, não é de atribuição
da Polícia Federal. Nossas investigações, nesse sentido, têm como foco o combate a facções criminosas
e ao tráfico de armas."
PRF
A Polícia Rodoviária Federal não se posicionou sobre o aumento de casos de ataques a carros-fortes
até a publicação desta reportagem.
Proposta prevê integração de informações de inteligência entre governo federal, DF e estados. Com
aprovação, texto seguirá para sanção do presidente Temer.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (16/05) o projeto que cria o Sistema Único de Segurança
Pública (Susp).
O texto seguirá para sanção do presidente Michel Temer e entrará em vigor 30 dias após a publicação
no "Diário Oficial da União".
Mais cedo, nesta quarta, a proposta foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Casa e, diante da aprovação de um pedido de urgência, o texto já foi incluído na pauta de votações do
plenário desta quarta.
A proposta prevê que as instituições de segurança federais, distritais, estaduais e municipais deverão
atuar em operações combinadas, compartilhando informações.
O projeto define, ainda, que os registros de ocorrência e as investigações serão padronizados e aceitos
por todos os integrantes do Susp.
O novo sistema será conduzido pelo Ministério da Segurança Pública, responsável por coordenar
ações e implementar programas de modernização dos órgãos de Segurança Pública e Defesa Social.
Entenda o Susp
O projeto aprovado determina que serão integrantes do Susp:
- Polícia Federal;
- Polícia Rodoviária Federal;
- Polícia Ferroviária Federal;
- polícias civis;
- polícias militares;
- corpos de bombeiros militares;
- guardas municipais;
- órgãos do sistema penitenciário;
- órgãos do sistema socioeducativo;
- institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação;
- secretarias nacional e estaduais de segurança pública;
- Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil;
- Secretaria Nacional de Política sobre Drogas;
- agentes de trânsito;
- guarda portuária.
Principais pontos
Saiba abaixo os principais pontos do sistema:
- Operações combinadas, planejadas e desencadeadas em equipe;
- Estratégias comuns para atuação na prevenção e controle qualificado de infrações penais;
- Aceitação mútua dos registros de ocorrências e dos procedimentos apuratórios;
- Compartilhamento de informações;
- Intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos.
Plano de Segurança
O projeto de lei também estabelece que a União devera instituir um Plano Nacional de Segurança
Pública e Defesa Social, que deverá:
- Definir metas aos órgãos do Susp;
- Avaliar resultado das políticas de segurança pública;
- Priorizar e elaborar ações preventivas.
- O plano terá duração de dez anos e os estados e o Distrito Federal deverão implantar as ações em
dois anos a partir da publicação do documento nacional.
Repercussão
Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do projeto no Senado: "Pela primeira vez teremos no Brasil uma
lei que determina a política nacional de segurança pública. Muito mais que um plano, é uma política. [...]
7
GARCIA, G. Senado aprova projeto que cria Sistema Único de Segurança Pública. G1 Política. <https://g1.globo.com/politica/noticia/senado-aprova-texto-base-de-
projeto-que-cria-o-sistema-unico-de-seguranca-publica.ghtml> Acesso em 17 de maio de 2018.
Dyogo Oliveira (Planejamento) deu informação após se reunir com Temer e outros cinco ministros.
Recursos serão remanejados do orçamento federal deste ano, explicou.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou na noite deste domingo (18/03) que o governo
federal destinará mais de R$ 1 bilhão para a intervenção no Rio de Janeiro e para o recém-
criado Ministério da Segurança Pública.
Dyogo deu a informação ao deixar o Palácio da Alvorada, em Brasília, após se reunir com o presidente
Michel Temer e outros cinco ministros, entre os quais Raul Jungmann (Segurança Pública), Torquato
Jardim (Justiça) e Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional).
Segundo o ministro do Planejamento, o valor exato será definido até o fim desta semana e o montante
será realocado no orçamento federal deste ano.
"É na casa de bilhão, mas acho precipitado adiantar valores (...). Teremos crédito extraordinário para
o Rio de Janeiro, cujos valores ainda estão sendo levantados pelo Ministério da Segurança Pública e pelo
interventor. E deveremos ter isso até o final desta semana enviado ao Congresso Nacional", declarou
Dyogo Oliveira.
Segundo o ministro, será editada uma medida provisória para a liberação dos recursos para a
intervenção. Neste caso, a MP tem vigência imediata e precisa ser analisada pelo Congresso em até 120
dias.
Sobre os recursos para o Ministério da Segurança, Dyogo informou que o governo enviará ao
Congresso um projeto de lei.
O G1 apurou que uma das fontes consideradas pelo governo para liberar os recursos é a chamada
"reoneração" da folha de pagamentos, ou seja, o aumento da tributação para as empresas.
Atualmente, 50 setores da economia são excluídos da possibilidade de pagar imposto sobre a folha
de pagamentos com base em um percentual da receita bruta - que representa uma tributação menor. O
governo, entretanto, quer manter quatro setores com esse benefício. O projeto ainda vai passar por
votação no Congresso Nacional, mas o relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), indicou que quer
manter mais setores com esse benefício, o que diminuiria o impacto na arrecadação.
8
MARTELLO, A. KLAVA, N. Governo destinará mais de R$1 bi para intervenção no Rio e Ministério da Segurança, diz ministro. G1 Política. Disponível em: <
https://g1.globo.com/politica/noticia/ministerio-da-seguranca-publica-e-recursos-para-o-rj-somarao-mais-de-r-1-bilhao-diz-ministro-do-
planejamento.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1> Acesso em 19 de março de 2018.
Decreto já está em vigor desde a semana passada, mas governo precisava do aval do Congresso para
medida continuar valendo. Com aprovação, texto será publicado no 'Diário Oficial'.
Senado aprovou no fim da noite desta terça-feira (20/02), por 55 votos a 13 (1 abstenção), o decreto
que autoriza intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. O decreto vai a
publicação no "Diário Oficial da União".
A intervenção federal foi assinada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16/02). A medida
passou a vigorar imediatamente, mas, para continuar valendo, precisava do aval da Câmara e do Senado.
O tema foi aprovado pela Câmara na madrugada desta terça-feira (20/02), por 340 votos a 72.
O decreto estabelece que a intervenção durará até 31 de dezembro deste ano.
Enquanto vigorar a medida, o general de Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do
Leste, será o interventor no estado e terá o comando da Secretaria de Segurança Pública, Polícias Civil
e Militar, Corpo de Bombeiros e do sistema carcerário fluminense.
Segundo o decreto, o objetivo da intervenção é tratar do "grave comprometimento da ordem pública"
no Rio. A medida foi tomada após o feriado de carnaval, período em que a capital do estado
registrou vários episódios de violência.
Pelo texto, o interventor está subordinado ao presidente da República e não está sujeito a regras
estaduais que entrem em conflito com o objetivo da intervenção.
O general Braga Netto pode, se necessário, solicitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e
humanos do Rio para restabelecer a ordem pública.
Ele também poderá, segundo o decreto, requisitar a órgãos civis e militares da administração pública
federal meios necessários ao sucesso da intervenção.
O decreto preserva, sob a responsabilidade do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), as
atribuições sem relação com a área de segurança pública.
A sessão
Por se tratar de uma medida de urgência, o decreto seguiu da Câmara direto para o plenário do
Senado, sem passar pelas comissões da Casa. O tema foi analisado em sessão extraordinária que
começou por volta das 20h30 desta terça.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), designou como relator o senador Eduardo
Lopes (PRB-RJ), que votou favoravelmente à intervenção. Segundo Eunício, 11 parlamentares o
procuraram para assumir a função.
Durante a apresentação do relatório, Eduardo Lopes afirmou que a situação do Rio é "grave",
acrescentando que a população do estado está com "medo de sair de casa.
"Sabemos que a situação não é exclusiva do Rio de Janeiro, sabemos que existe violência e altos
índices de violência em outros estados, mas, sem dúvida, o Rio de Janeiro repercute muito mais, tanto
internamente, como internacionalmente", disse.
"No momento que nós vimos ladrões assaltando carrinho de cachorro-quente com fuzil, isso mostra
que a situação realmente é grave. Arrastões por toda cidade, um medo imperando, pessoas com medo
de sair, cancelando compromissos, não participando de eventos sociais, com medo da violência",
completou o relator.
Eduardo Lopes é suplente de Marcelo Crivella (PRB-RJ), que deixou o Senado em 2017 para assumir
a Prefeitura do Rio de Janeiro.
9
GARCIA, GUSTAVO. NETTO, C. JOÃO. Senado aprova intervenção federal na segurança pública do Rio. G1. Política. Disponível em:
<https://g1.globo.com/politica/noticia/senado-aprova-intervencao-federal-na-seguranca-publica-do-rio.ghtml> Acesso em 21 de fevereiro de 2018.
Questões
01. (UERR – Agente Sócio Orientador – SETRABES – 2018) o dia 14 de março de 2018, no Estado
do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco, de 38 anos, é a primeira vítima política da barbárie do
Rio de Janeiro, foi assassinada com quatro tiros. Em relação a este fato, assinale a alternativa correta.
(A) Quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro, com aproximadamente 46 mil votos em 2016,
concorrendo pelo PSOL, Marielle lutava pelos direitos humanos, a favor das mulheres, dos negros, dos
homossexuais e dos favelados, categorias que se encaixava pessoalmente, esta luta incomodava muitas
pessoas.
(B) Foi comprovado pela equipe de inteligência da polícia do Estado do Rio que a ação foi comandada
por policiais que fazem parte da intervenção militar nas policias fluminenses.
(C) A vereadora foi mais uma vítima da violência que assola a cidade maravilhosa. A polícia carioca
tem como principal hipótese assalto a mão armada, cometido por bandidos pertencentes à facções
criminosas.
(D) Por ter sido muito bem votada e por defender classes não convencionais à determinados políticos.
Já ficou comprovado que Marielle foi vítima de um crime cometido por políticos contraditórios às causas
defendidas por ela junto a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
(E) Marielle tinha muitos inimigos principalmente chefes de facções criminosas localizadas nos morros
do Rio de Janeiro, em 2010 a vereadora foi responsável pelo projeto de lei que instalou uma unidade de
polícia pacificadora no Morro do Alemão.
Gabarito
01.A / 02.C
Comentários
01. Resposta: A
A vereadora do PSOL Marielle Franco, escreveu e assinou 16 projetos de lei. Os temas são próximos
em quase todas PLs: Marielle pretendia melhorar a qualidade de vida e assegurar os direitos de mulheres,
negros e LGBTs, criando programas e campanhas como a de institucionalização do enfrentamento ao
assédio e à violência sexual e incorporando datas simbólicas em comemoração a existência e resistência
dessas classes. (https://www.vice.com/pt_br/article/paxeev/marielle-franco-projetos-lei-camara-rio).
02. Resposta: C
A percepção da sociedade da ausência do Estado em determinadas regiões já ultrapassa apenas as
grandes cidades. A percepção do fracasso das instituições oficiais só é aumentada pelas notícias
recorrentes a respeito dos problemas de segurança enfrentados no país, vide o exemplo: <
https://oglobo.globo.com/rio/crise-da-seguranca-no-estado-tambem-marcada-por-falhas-na-comunicacao-21849743>
Transporte
saúde
Viagens de ônibus como principal transporte diminuem em SP; Metrô e CPTM crescem, diz
pesquisa10
Pesquisa Origem Destino é feita de 10 em 10 anos desde 1967 e analisa os deslocamentos nos 39
municípios da região metropolitana de SP.
Em 10 anos, o uso dos ônibus como principal modal caiu 5% na região metropolitana de São Paulo,
enquanto as viagens feitas de trem e metrô subiram 55% e 53%, respectivamente. Isso é o que mostra a
pesquisa Origem Destino, a maior pesquisa de mobilidade urbana do país e realizada a cada 10 anos
pelo Metrô.
A pesquisa considera como principal modal o transporte com a maior capacidade usada no trajeto. Por
exemplo, um morador da Zona Leste que precisa ir até a Estação Dom Bosco da CPTM. Se ele pegar um
ônibus para ir até a Estação Guaianases, andar 20 km no coletivo e depois apenas 1 km de trem entre
as estações Guaianases e Dom Bosco, o principal modal é considerado o trem, porque tem a maior
capacidade.
Em 2017, as viagens diárias de metrô como modal principal chegaram a 3,4 milhões, e de trem, a 1,3
milhão. Já os coletivos representaram 8,6 milhões de viagens diárias. Em 2007, eram 9 milhões
deslocamentos de ônibus como principal transporte por dia. De 2007 a 2017, a rede do metrô passou de
61,4 para 89,8 km, e a da CPTM de 251,1 para 267,5 km.
A pesquisa Origem Destino 2017 analisou os deslocamentos nos 39 municípios da região
metropolitana de SP. O trabalho de coleta das informações durou 11 meses e envolveu 2.400 pessoas.
Os entrevistadores visitaram 132 mil domicílios, dos quais 32 mil foram validados para a utilização dos
dados e informações.
10
Marcel, L. Paula, P. P. Viagens de ônibus como principal transporte diminuem em SP; Metrô e CPTM crescem, diz pesquisa. G1 São Paulo.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/12/12/viagens-de-onibus-como-principal-transporte-diminuem-em-sp-metro-e-cptm-crescem-diz-pesquisa.ghtml.
Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Além dos coletivos, o uso de fretados teve uma grande queda: 53% a menos de 2007 para 2017. Por
sua vez, o transporte escolar como principal modal subiu 35%, saindo de 1,3 para 1,8 milhão de viagens
por dia.
Segundo o levantamento, o total de viagens por dia cresceu 9% em 10 anos, passando de 38,1 para
41,4 milhões. O aumento foi maior do que o crescimento da população, que foi de 7%, e do que o
emprego, que teve um acréscimo de 4%.
Primeiro do mundo a entrar em operação, "trem do futuro" fará trajeto regular de 100 quilômetros no
norte do país. Uma alternativa para ajudar o país em sua ambiciosa meta climática.
Começaram a circular nesta segunda-feira (17/09) na Alemanha os primeiros trens movidos a
hidrogênio. As duas composições farão um trajeto de 100 quilômetros entre as cidades de Cuxhaven,
Bremerhaven, Bremervoerde e Buxtehude, no norte do país.
"O primeiro trem de hidrogênio do mundo está entrando em serviço comercial e pronto para produção
em série", disse o presidente da fabricante Alstom, Henri Poupart-Lafarge, na cerimônia de inauguração.
A cerimônia foi em Bremervoerde, a estação onde os dois trens da fabricante francesa serão
reabastecidos com hidrogênio. Até agora, o trecho, não eletrificado, era atendido por trens a diesel.
A Alstom aposta na nova tecnologia como uma alternativa mais ecológica e silenciosa para o transporte
ferroviário, e tem planos de entregar outros 14 trens de emissão zero até 2021 à operadora ferroviária
local LNVG, do estado da Baixa Saxônia.
Os trens de hidrogênio são equipados com células de combustível que produzem eletricidade por meio
de uma combinação de hidrogênio e oxigênio, um processo que tem como únicas emissões vapor e água.
Com metas climáticas ambiciosas, a Alemanha pretende reduzir suas emissões de CO2 em 40% até
2020 em comparação com os níveis de 1990, e se comprometeu a usar 80% de energia renovável em
seu abastecimento elétrico até 2050.
O trem azul-claro da Alstom foi apresentado pela primeira vez ao mundo na feira da indústria ferroviária
Innotrans em 2016 e apelidado pela empresa como o "trem do futuro". Ele pode rodar por cerca de mil
quilômetros com um único tanque de hidrogênio, que é semelhante à capacidade dos trens a diesel.
No cerne do sistema iLint está uma célula de combustível situada no topo do trem. O hidrogênio é
fornecido à célula e então combinado com o oxigênio retirado do ar do ambiente em seu interior. Os dois
11
Deutsche Welle. Alemanha estreia primeiro trem movido a hidrogênio do mundo. G1. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2018/09/17/alemanha-estreia-o-
primeiro-trem-movido-a-hidrogenio-do-mundo.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 18 de setembro de 2018.
No ano passado, foram investidos apenas R$ 175 milhões de um total previsto de R$ 660 milhões.
O investimento nos portos brasileiros atingiu o patamar mais baixo em 14 anos. No ano passado, foram
investidos apenas R$ 175 milhões de um total previsto de R$ 660 milhões.
Os dados integram um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e levam
em conta os investimentos aplicados nas Companhias das Docas.
O estudo faz parte de um documento elaborado pela entidade com 43 temas que será entregue para
os candidatos a presidente.
“Há uma incapacidade gerencial e normalmente as docas estão embaixo de um apadrinhamento
político”, diz o gerente de infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.
As Companhias das Docas têm um papel fundamental na qualidade dos portos brasileiros. São elas,
por exemplos, responsáveis pela manutenção do acesso terrestre aos terminais.
Na avaliação do professor da Fundação Dom Cabral Paulo Resende, as docas são apenas um dos
entraves do sistema portuário brasileiro. Ele aponta gargalos como a grande concentração do uso do
porto de Santos para a exportação e o atraso tecnológico, sobretudo nos portos públicos.
"Nos portos públicos, o atraso tecnológico é de no mínimo 15 anos quando comparado com outros
países", diz Resende. “A tecnologia nos grandes portos é um dos fatores importantes para a
competitividade porque aumenta a eficiência e reduz a burocracia.”
12
GERBELLI, L. G. Portos têm menor investimento em 14 anos, mostra estudo da CNI. G1. https://g1.globo.com/economia/noticia/portos-tem-menor-investimento-
em-14-anos-mostra-estudo-da-cni.ghtml. Acesso em 20 de junho de 2018.
Câmara aprova regulamentação de aplicativos como Uber; placa vermelha não será exigida13
Texto aprovado em 2017 na Câmara retornou para análise dos deputados porque Senado modificou
alguns trechos. Proposta segue para sanção presidencial; saiba o que está previsto.
Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28/02) o projeto de regulamentação do transporte
de passageiros por aplicativos, como Uber e Cabify. O texto segue para sanção presidencial.
O projeto aprovado não exige que os carros tenham placa vermelha, que é concedida pelo poder
público. Por outro lado, caberá aos municípios e ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar esses
serviços.
Na sessão desta quarta, os deputados derrubaram a decisão do Senado que retirou a previsão de
municípios e o Distrito Federal terem a competência de regulamentar esse tipo de serviço.
Com isso, prefeituras e o Distrito Federal poderão regulamentar e fiscalizar os aplicativos – leia
detalhes mais abaixo.
Durante a análise do projeto, a Câmara manteve uma alteração feita pelo Senado que, na prática,
desobriga os motoristas a ter autorização do poder público para atuar nos aplicativos.
Por fim, a Câmara manteve a previsão de os motoristas terem de apresentar certidão negativa de
antecedentes criminais.
Ponto a ponto
Pela regulamentação aprovada pela Câmara, caberá a municípios e ao Distrito Federal:
De acordo com o texto aprovado pela Câmara, quem não cumprir as exigências pode ser enquadrado
nas sanções por transporte ilegal de passageiros.
Repercussão
Em nota, a Uber afirmou que "sempre" defendeu a regulamentação dos aplicativos. "O novo texto hoje
aprovado pela Câmara dos Deputados ouviu a voz dos 20 milhões de usuários e 500 mil motoristas
parceiros que encontraram na Uber novas formas de mobilidade e de geração de renda no Brasil. Em vez
de proibir, o texto regulamenta a atividade dos motoristas parceiros e organiza critérios para os aplicativos
operarem. Agora, o projeto segue para a sanção presidencial."
A Cabify também soltou nota, na qual avaliou: "A Câmara dos Deputados trouxe o Brasil para a
vanguarda da regulamentação dos serviços de transporte individual de passageiros por aplicativos. [...] O
Congresso ouviu as vozes dos milhões de usuários e centenas de milhares de motoristas dos aplicativos
de mobilidade ao aprovar o texto com as emendas e criar uma desejada regulamentação".
O aplicativo 99 divulgou nota na qual avaliou que a aprovação do projeto representa uma "vitória para
a sociedade". "A Câmara dos Deputados forneceu hoje (28/02) uma resposta à altura dos milhares de
motoristas e passageiros que foram às ruas exigir seus direitos", acrescentou.
13
CARAM, BERNARDO. VIVAS, FERNANDA. Câmara aprova regulamentação de aplicativos como Uber; placa vermelha não será exigida. G1 Política. Disponível
em: <https://g1.globo.com/politica/noticia/camara-analisa-projeto-que-regulamenta-aplicativos-de-transporte-como-uber-e-cabify.ghtml> Acesso em 01 de março de
2018.
Sob pressão da União Europeia (UE) para combater a poluição no ar das grandes cidades, o governo
da Alemanha afirmou estar considerando um projeto para tornar gratuito o transporte público nas cidades
mais poluídas do país, segundo uma carta enviada a Bruxelas e divulgada nesta terça-feira (13/02) pela
imprensa alemã.
A intenção da oferta de transporte público gratuito é encorajar as pessoas a deixar seus carros em
casa, o que reduz as emissões de dióxido de nitrogênio e outros poluentes.
Cinco cidades foram relacionadas para testar a eficácia do projeto: Bonn, Essen, Reutlingen,
Mannheim e Herrenberg, ao sul de Stuttgart, que é uma das cidades mais poluídas do país.
Outras propostas listadas na carta são a criação de "áreas de baixas emissões" para veículos pesados,
o aumento do número de táxis movidos a eletricidade e a ampliação dos incentivos aos carros elétricos
de um modo geral.
A carta pegou de surpresas as administrações municipais, inclusive as das cidades selecionadas. A
Prefeitura de Bonn declarou à DW que o projeto não está nem sequer na fase de planejamento.
A carta não esclarece quem pagaria a bilionária conta do transporte público gratuito para os
passageiros. A associação de municípios já deixou claro para o governo que "quem teve a ideia, que
pague".
Não está claro, também, se a ideia é de fato viável, pois o sistema público já opera no limite da
capacidade em muitas cidades. Há décadas que o uso de transporte público cresce na Alemanha. Em
2017, bateu um novo recorde, com 10,3 bilhões de bilhetes.
O projeto exigiria um plano de logística para elevar o número de bondes e ônibus nas ruas e assim
diminuir os intervalos das viagens. Os veículos do transporte público também teriam que ser
modernizados em muitas cidades.
As passagens municipais variam de preço de uma cidade para a outra na Alemanha, e o valor costuma
depender do trajeto. Em Colônia pode-se atravessar a cidade por 2,40 euros, em Berlim por 2,80 euros.
Em Bonn, um tíquete mensal para trabalhadores custa em torno de 65 euros e vale para toda a região.
A Comissão Europeia está cobrando da Alemanha e demais oito países-membros que apresentem
propostas para reduzir as emissões de poluentes por veículos e, dessa maneira, atender às normas
europeias de qualidade do ar. Se a Comissão não se mostrar satisfeita com os planos apresentados por
Berlim, poderá levar o caso à Corte de Justiça da União Europeia.
Questões
Gabarito
01.D
14
DEUTSCHE WELLE. Contra poluição, Alemanha cogita transporte público gratuito. G1 Natureza. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/contra-
poluicao-alemanha-cogita-transporte-publico-gratuito.ghtml> Acesso em 14 de fevereiro de 2018
01. Resposta: D
A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor federal de transporte,
estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres) regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias.
O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por representarem risco
para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, é submetido às regras e
aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos, Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações, complementado pelas Instruções aprovadas pela
Resolução ANTT nº. 420/04 e suas alterações15.
Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4961/Produtos_Perigosos.html
Política
saúde
Reforma da Previdência: entenda a proposta ponto a ponto16
Idade mínima
A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a
possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição.
Para mulheres, a idade mínima de aposentadoria será de 62 anos, e para homens, de 65. Beneficiários
terão que contribuir por um mínimo de 20 anos.
15
https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes/search?utf8=%E2%9C%93&todas=on&q=transportes&instituto=&organizadora=&prova=&ano_publicacao=&cargo=&escolaridade=&modalidad
e=&disciplina=&assunto=&esfera=&area=&nivel_dificuldade=&periodo_de=&periodo_ate=&possui_gabarito_comentado_texto_e_video=&possui_comentarios_gera
is=true&possui_comentarios=&possui_anotacoes=&sem_dos_meus_cadernos=&sem_anuladas=&sem_desatualizadas=&sem_anuladas_impressao=&sem_desatu
alizadas_impressao=&caderno_id=&migalha=&data_comentario_texto=&data=&minissimulado_id=&resolvidas=&resolvidas_certas=&resolvidas_erradas=&nao_res
olvidas=
16
N, Laura. Gerbelli, G. L. L, Tais. Reforma da Previdência: entenda a proposta ponto a ponto. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/20/reforma-da-
previdencia-entenda-a-proposta-ponto-a-ponto.ghtml. Acesso em 20 de fevereiro de 2019.
Servidores públicos
Servidores públicos terão idade mínima de aposentadoria igualada à dos trabalhadores do setor
privado: 62 para mulheres e 65 para homens. O tempo de contribuição mínimo, no entanto, será de 25
anos, sendo necessário 10 anos no serviço público, e 5 no cargo.
O valor do benefício será calculado da mesma forma do regime geral.
Para servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, a integralidade da aposentadoria será
mantida para quem se aposentar aos 65 anos (homens) ou 62 (mulheres). No caso de professores, a
idade será de 60 anos. Para quem ingressou após 2003, o critério para o cálculo do benefício é igual ao
do INSS.
Professores
Professores poderão se aposentar a partir dos 60 anos, mas com tempo mínimo de contribuição de 30
anos.
Para os professores no Regime Próprio (servidores), será preciso ainda 10 anos no serviço público, e
5 no cargo.
Governo publica decreto que concede indulto para presos com doenças graves17
Presidente assinou decreto de perdão de pena restrito e humanitário para doentes graves e terminais
nesta sexta-feira (08/02). Decreto foi publicado no 'Diário Oficial da União' nesta segunda.
O governo federal publicou nesta segunda-feira (11/02), no "Diário Oficial da União", indulto
humanitário (perdão de pena) para presos brasileiros e estrangeiros com doenças graves e terminais. O
decreto proíbe indulto a condenados por corrupção, crimes hediondos e de tortura, entre outros.
Bolsonaro assinou o decreto na sexta-feira (08/02), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde
está internado desde o dia 28 de janeiro em razão de uma cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e
religar o intestino.
De acordo com o decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e da
Segurança Pública, Sérgio Moro, caberá ao juiz de cada caso a decisão de conceder ou não o indulto,
depois de ouvir o Ministério Público e a defesa do condenado.
O indulto é geralmente concedido todos os anos, em período próximo ao Natal. A prática está prevista
na Constituição como atribuição exclusiva do presidente da República.
Depois de eleito, em novembro do ano passado, Bolsonaro afirmou em rede social que não concederia
indulto a presos em seu governo.
Decreto polêmico
No fim do ano passado, o ex-presidente Michel Temer decidiu não editar o decreto de indulto de Natal.
O indulto concedido por ele em 2017 está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
O julgamento foi interrompido em novembro do ano passado por um pedido de vista. Seis ministros
votaram a favor do decreto e dois contras. Faltam os votos de outros três ministros.
Na época da assinatura do indulto, o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba,
procurador Deltan Dallagnol, chegou a dizer que o decreto de Temer era um "feirão de natal para
corruptos".
Lula é condenado por Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de
dinheiro no sítio de Atibaia18
A juíza federal Gabriela Hardt, da Operação Lava Jato, condenou nesta quarta-feira, (06/02), o ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva
e lavagem de dinheiro na ação penal que envolve o sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O petista foi
sentenciado por supostamente receber R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que
está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Segundo
a sentença, as obras foram custeadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.
A pena é maior do que a imposta pelo ex-juiz federal Sérgio Moro. Em julho de 2017, o então
magistrado da Lava Jato condenou o ex-presidente no caso triplex a 9 anos e seis meses de prisão.
A sentença de Gabriela Hardt tem 360 páginas. Também foram condenados os empresários José
Adelmário Pinheiro Neto, o Léo Pinheiro, ligado a OAS, a 1 ano, 7 meses e 15 dias, o pecuarista José
Carlos Bumlai a 3 anos e 9 meses, o advogado Roberto Teixeira a 2 anos de reclusão, o empresário
Fernando Bittar (proprietário formal do sítio) a 3 anos de reclusão e o empresário ligado à OAS Paulo
Gordilho a 3 anos de reclusão.
A juíza condenou os empresários Marcelo Odebrecht a 5 anos e 4 meses, Emilio Odebrecht a 3 anos
e 3 meses, Alexandrino Alencar a 4 anos e Carlos Armando Guedes Paschoal a 2 anos. O engenheiro
Emyr Diniz Costa Junior recebeu 3 anos de prisão. Todos são delatores e, por isso, vão cumprir as penas
acertadas em seus acordos.
Gabriela Hardt absolveu Rogério Aurélio Pimentel, o ‘capataz’ das obras do sítio.
18
Brandt, R. Vassallo, Affonso, J. Macedo, F. Lula é condenado por Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de
Atibaia. Estadão Política. https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/gabriela-hardt-condena-lula-a-12-anos-e-11-meses-de-prisao-por-corrupcao-e-
lavagem-de-dinheiro-no-sitio-de-atibaia/?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-
sociais:022019:e&utm_content=:::&utm_term=. Acesso em 07 de fevereiro de 2019.
Propriedade
A juíza federal Gabriela Hardt afirmou que a família do petista ‘usufruiu do imóvel como se dona
fosse’. “Inclusive, em 2014, Fernando Bittar alegou que sua família já não o frequentava com assiduidade,
sendo este usado mais pela família de Lula”, anotou a juíza. A magistrada afirmou, no entanto, que a
ação penal não ‘passa pela propriedade formal do sítio’.
Em sentença, Hardt considerou que o valor de R$ 1 milhão empregado
por OAS, Schahine Odebrecht no Sítio Santa Bárbara foram propinas em benefício do ex-presidente. Ela
ressalta que a denúncia oferecida pela Operação Lava Jato narra “reforma e decoração de instalações e
benfeitorias” que teriam sido realizadas em benefício de Luiz Inácio Lula da Silva e família.
“O registro da propriedade do imóvel em que realizadas tais reformas está em nome de Fernando
Bittar, também réu nos presentes autos, pois a ele imputado auxílio na ocultação e dissimulação do
verdadeiro beneficiário”, anotou.
De acordo com a magistrada. ‘os proprietários dos dois imóveis são pessoas que possuem vínculo
com a família do ex-presidente, vínculo esse afirmado por todos os envolvidos’. “Ainda, as operações
contaram com a participação do advogado Roberto Teixeira, pessoa também vinculada de forma próxima
a Luiz Inácio Lula da Silva, sendo lavradas as duas escrituras pelo mesmo escrevente, em seu escritório”.
“Fato também incontroverso é o uso frequente do sítio pela família de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo
que, ao menos em alguns períodos, também resta incontroverso que a família do ex-presidente chegou
a usá-lo até mais do que a família Bittar”, escreveu.
Depoimentos e alegações
Em interrogatório, Bumlai declarou não ter pago ‘nem um real’. O sítio de Atibaia está em nome do
empresário Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, amigo de longa data do ex-presidente.
Em depoimento, Fernando Bittar negou que tenha pago a obra. “Eu não sei dizer se eles (Lula e Marisa)
pagaram. Mas na minha cabeça…”
Apontado por delatores como o homem de confiança do ex-presidente que tocou a obra do sítio, o ex-
segurança de Lula Rogério Aurélio Pimentel afirmou ter sido o ‘capataz’ das reformas no imóvel e
confirmou os pagamentos da Odebrecht.
Em alegações finais, a defesa do ex-assessor da Presidência da República afirmou que se ele ‘não
sabia sequer as quantias que continham nos envelopes, tampouco possa se esperar que soubesse de
eventual origem ilícita dos valores’.
Na sentença, Gabriela Hardt anotou que exige-se de um presidente da República ‘um comportamento
exemplar’. “Luiz Inácio Lula da Silva responde a outras ações penais, inclusive perante este Juízo, mas
sem trânsito em julgado, motivo pelo qual deve ser considerado como sem antecedentes negativos. A
culpabilidade é elevada. O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de
Presidente da República, de quem se exige um comportamento exemplar enquanto maior mandatário da
República”, afirmou.
A juíza afirmou também ‘o esquema de corrupção sistêmica criado tinha por objetivo também, de forma
espúria, garantir a governabilidade e a manutenção’ do PT no Poder.
“O crime foi praticado em um esquema criminoso mais amplo no qual o pagamento de propinas havia
se tornado rotina. Consequências também devem ser valoradas negativamente, pois o custo da propina
foi repassado à Petrobrás, através da cobrança de preço superior à estimativa, aliás propiciado pela
corrupção, com o que a estatal ainda arcou com o prejuízo no valor equivalente”, anotou.
“Reputo passível de agravamento neste tópico os motivos do crime, pois o esquema de corrupção
sistêmica criado tinha por objetivo também, de forma espúria, garantir a governabilidade e a manutenção
do Partido no Poder.”
Petrobrás
Ao sentenciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por supostas
propinas de R$ 1 milhão referentes às reformas do sítio em Atibaia, a juíza federal Gabriela Hardt afirmou
que o petista tinha o papel de ‘dar suporte à continuidade do esquema de corrupção havido na Petrobrás’,
ainda que não tenha sido ‘comprovada sua participação específica em cada negociação realizada nessas
contratações’.
“Comprovado ainda que o réu Luiz Inácio Lula da Silva teve participação ativa neste esquema, tanto
ao garantir o recebimento de valores para o caixa do partido ao qual vinculado, quanto recebendo parte
Ação
O sítio Santa Bárbara é pivô da terceira ação penal da Lava Jato, no Paraná, contra o ex-presidente –
além de sua segunda condenação. O petista ainda é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro por
supostas propinas da Odebrecht – um terreno que abrigaria o Instituto Lula e um apartamento vizinho ao
que morava o ex-presidente em São Bernardo do Campo.
Prisão
O ex-presidente já cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex, em ‘sala especial’, na
sede da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, desde 7 abril de 2018, por ordem do então juiz federal
Sérgio Moro.
Lula foi sentenciado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região pelos crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro envolvendo suposta propina de R$ 2,2 milhões da OAS referente às reformas do
imóvel.
Aos 41 anos, senador do DEM foi eleito neste sábado (02/02) para comandar a Casa pelos próximos
dois anos. Ele começou como vereador de Macapá e foi deputado federal três vezes.
O novo presidente do Senado é aliado do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), que,
nos bastidores, articulava apoio a ele. A mulher de Lorenzoni, Denise Verbeling, trabalha no gabinete do
Alcolumbre.
Embora seja de um partido posicionado mais à direita no espectro político, Alcolumbre tem entre seus
principais conselheiros o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é de esquerda.
Os dois apoiaram a candidatura de Clécio Luis (Rede), atual prefeito de Macapá, em 2016. Em 2018,
Randolfe apoiou a candidatura de Alcolumbre ao governo do Amapá.
Casado e pai de dois filhos, Alcolumbre nasceu em Macapá (AP) em 19 de junho de 1977. É o quarto
filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre.
Começou a trabalhar no comércio da família. Iniciou o curso de ciências econômicas no Centro de
Ensino Superior do Amapá (Ceap), mas não concluiu e resolveu seguir o caminho da política.
Trajetória política
A trajetória política se iniciou como vereador na cidade de Macapá. Exerceu o mandato por dois anos
(de 2001 a 2002), quando deixou o cargo na metade para assumir o primeiro mandato como deputado
federal.
Reelegeu-se duas vezes para a Câmara dos Deputados, totalizando três mandatos consecutivos.
Nas eleições de 2014, foi eleito senador para um mandato de oito anos. Em 2018, concorreu ao
governo de Amapá, mas ficou em terceiro lugar.
Na ocasião, declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 770 mil em bens. Com a derrota, retomou o mandato
de senador.
Conseguiu chegar à Presidência do Senado ao vencer, com 42 votos, uma eleição marcada por
polêmicas.
Atuação legislativa
Desde 2015 no Senado, Alcolumbre participou de votações importantes e polêmicas na Casa. O
parlamentar do Amapá votou, por exemplo, a favor da reforma trabalhista em 2017.
No mesmo ano, ajudou o Senado a derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou
o então senador Aécio Neves (PSDB-MG), hoje deputado federal.
19
Gustavo Garcia. Saiba quem é David Alcolumbre, o novo presidente do Senado. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/02/02/saiba-quem-e-davi-
alcolumbre-o-novo-presidente-do-senado.ghtml. Acesso em 04 de fevereiro de 2019.
Texto estabelece situações em que está presente a 'efetiva necessidade' de possuir arma em casa.
Decreto ainda estende de 5 para 10 anos a validade do registro da posse.
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (15/01), em cerimônia no Palácio do Planalto,
um decreto que facilita a posse de armas de fogo.
O direito à posse é a autorização para manter uma arma de fogo em casa ou no local de trabalho
(desde que o dono da arma seja o responsável legal pelo estabelecimento). Para andar com a arma na
rua, é preciso ter direito ao porte, cujas regras são mais rigorosas e não foram tratadas no decreto.
O texto do decreto permite aos cidadãos residentes em área urbana ou rural manter arma de fogo em
casa, desde que cumpridos os requisitos de "efetiva necessidade", a serem examinados pela Polícia
Federal.
Cumpridos os requisitos, o cidadão poderá ter até quatro armas, limite que pode ser ultrapassado em
casos específicos.
O decreto também prevê que o prazo de validade do registro da arma, hoje de cinco anos, passará
para dez anos.
“Todo e qualquer cidadão e cidadã, em qualquer lugar do país, por conta desse dispositivo, tem o
direito de ir até uma delegacia de Polícia Federal, levar os seus documentos, pedir autorização, adquirir
a arma e poder ter a respectiva posse“, declarou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
A Polícia Federal decidirá se autoriza ou não a concessão da posse. Não terá direito à posse:
- quem tiver vínculo comprovado com organizações criminosas;
- mentir na declaração de efetiva necessidade;
- agir como 'pessoa interposta' de alguém que não preenche os requisitos para ter posse.
Além disso, o decreto mantém a proibição de posse de armas de uso exclusivo das Forças Armadas
e instituições de segurança pública.
Exigências
O novo decreto mantém inalteradas exigências que já vigoravam sobre posse de armas, como:
Obrigatoriedade de cursos para manejar a arma;
Ter ao menos 25 anos;
20
Guilherme Mazui. Luiz Felipe Barbiéri. Bolsonaro assina decreto que facilita posse de armas. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/15/bolsonaro-
assina-decreto-que-facilita-posse-de-armas.ghtml. Acesso em 16 de janeiro de 2019.
Bolsonaro
O texto assinado por Bolsonaro modifica um decreto de 2004, que regulamenta o Estatuto do
Desarmamento. O Estatuto dispõe sobre regras para posse e porte de arma no país.
"Como o povo soberanamente decidiu por ocasião do referendo de 2005, para lhes garantir esse
legítimo direito à defesa, eu, como presidente, vou usar esta arma", disse Bolsonaro, mostrando uma
caneta antes de assinar o decreto.
No discurso, o presidente afirmou que o decreto restabelece um direito definido no referendo.
"Infelizmente o governo, à época, buscou maneiras em decretos e portarias para negar esse direito",
disse Bolsonaro. "O povo decidiu por comprar armas e munições e nós não podemos negar o que o povo
quis nesse momento", declarou.
Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em 31 de dezembro, 61% dos entrevistados
consideram que a posse de armas de fogo deve ser proibida por representar ameaça à vida de outras
pessoas.
No discurso na solenidade de assinatura do decreto, Bolsonaro criticou a maneira como a lei até então
em vigor exigia comprovação da "efetiva necessidade" de ter uma arma em casa. Segundo ele, essa
regra "beirava a subjetividade".
O novo texto mantém a exigência da efetiva necessidade, mas estabelece as situações concretas em
que se verificam a "efetiva necessidade".
Além disso, a Polícia Federal, ao analisar a solicitação, vai presumir que os dados fornecidos pelo
cidadão para comprovar a "efetiva necessidade" são verdadeiros.
Com isso, segundo o ministro Onyx Lorenzoni, a "verdade" estará com o cidadão quando ele fizer o
pedido. "Basta uma declaração do cidadão e esta declaração será tomada como verdade”, afirmou.
Na cerimônia, Bolsonaro afirmou que, mediante convênios, a PF poderá fazer parceria com polícias
locais para analisar os pedidos de posse de armas.
Histórico
O decreto foi a principal medida adotada por Bolsonaro desde a posse como presidente da República.
Até então, o governo havia anunciado revisões em contratos, liberações de recursos e exonerações e
nomeações de funcionários.
Considerado uma promessa de campanha do presidente, o decreto estava em discussão desde os
primeiros dias do governo. O texto passou pelo Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro.
Ao jornal "O Globo", o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou que a
Constituição não impede mudanças nas regras da posse de armas.
Em dezembro, antes de assumir a Presidência, Bolsonaro escreveu em uma rede social que pretendia
garantir por meio de decreto a posse de armas de fogo a cidadãos sem antecedentes criminais.
O presidente é crítico do Estatuto do Desarmamento, que, segundo ele, impõe regras muito rígidas
para a posse de arma. Durante sua carreira política, Bolsonaro defendeu reformular a legislação a fim de
facilitar o uso de armas pelos cidadãos.
Ernesto Araújo publicou informação no Twitter; pacto foi assinado nesta segunda por cerca de 160
países. Para futuro chanceler, política de migração deve respeitar a soberania de cada país.
O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou nesta segunda-feira (10/12) pelo
Twitter que o governo de Jair Bolsonaro se "desassociará" do pacto mundial da Organização das Nações
Unidas (ONU) para a migração.
O pacto foi assinado nesta segunda-feira por cerca de 160 países e pretende reforçar a cooperação
internacional para uma migração "segura, ordenada e regular". O pacto foi assinado no Marrocos.
"Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em
Marraqueche, um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada
como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país", publicou o ministro
no Twitter.
Outros países já decidiram deixar o pacto, entre os quais Estados Unidos – por considerá-lo contrário
à política migratória de Donald Trump –, Hungria e Áustria.
Segundo Ernesto Araújo, a imigração será "bem-vinda" no futuro governo, mas não deve ser
"indiscriminada".
Ainda de acordo com o futuro chanceler, é preciso haver critérios para garantir a segurança dos
migrantes e dos cidadãos do país de destino.
"A imigração deve estar a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade", escreveu
Ernesto Araújo.
Venezuelanos
Na série de mensagens publicadas no Twitter nesta segunda-feira, Ernesto Araújo afirmou, ainda, que
o Brasil seguirá acolhendo os cidadãos venezuelanos que deixam o país em busca de uma vida melhor
no Brasil.
A Venezuela vive uma crise econômica, política e social, e milhares de cidadãos têm migrado para o
Brasil, principalmente por Roraima.
O governo do estado já pediu o fechamento da fronteira, mas a ministra do Supremo Tribunal Federal
(STF) Rosa Weber negou, entendendo que a decisão cabe ao presidente da República – Michel Temer
já afirmou que a medida é "incogitável". Roraima está sob intervenção federal.
Bolsonaro
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro disse que, se eleito, iria retirar o Brasil da ONU.
Afirmou, também, que iria retirar o Brasil do Acordo de Paris, assinado por 195 países e que prevê a
adoção de medidas para reduzir o aquecimento global. Depois, o presidente eleito disse que manterá o
Brasil no Acordo de Paris.
Temer sanciona reajuste dos ministros do STF, e Fux revoga auxílio-moradia para juízes e MP22
Temer tinha até esta semana para sancionar ou vetar o reajuste, aprovado pelo Senado no dia 07/11.
Fim do auxílio-moradia foi solução encontrada para reduzir impacto nas contas públicas.
21
Felipe Matoso. Governo Bolsonaro se ‘desassociará do pacto da ONU para migração, diz futuro ministro. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/12/10/governo-bolsonaro-se-desassociara-do-pacto-da-onu-para-migracao-diz-futuro-ministro.ghtml. Acesso em 11 de
dezembro de 2018.
22
Marcos, L. Mariana, O. Temer sanciona reajuste dos ministros do STF, e Fux revoga auxílio moradia para juízes e MP. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/11/26/temer-sanciona-reajuste-dos-ministros-do-stf-e-fux-extingue-auxilio-moradia-para-juizes.ghtml. Acesso em 28 de
novembro de 2018.
Valores
Segundo estimativa feita por consultorias da Câmara e do Senado Federal, o reajuste para ministros
do Supremo terá um impacto de R$ 1,375 bilhão nas contas da União no ano que vem (R$ 4 bilhões
incluindo estados e municípios).
De acordo com estimativa da comissão de Orçamento, no Congresso, o gasto da União com auxílio-
moradia para juízes e integrantes do Ministério Público é de R$ 450 milhões por ano.
Ensino Superior vai para Ciência e Tecnologia; saiba quais são os 15 ministérios definidos por
Bolsonaro23
Educação, Esportes e Cultura serão reunidos numa só pasta; Direitos Humanos fica em
Desenvolvimento Social
RIO - A estrutura do futuro Ministério do governo Jair Bolsonaro (PSL) já está quase totalmente
definida. Até agora, segundo interlocutores da equipe do presidente eleito, já estão definidas 15 pastas,
o que significa uma redução de quase 50% das atuais 29 pastas do governo Michel Temer (MDB). Este
número, conforme informações de aliados, ainda pode chegar a até 17.
O 'superministério' de Infraestrutura, englobando Transporte e Minas e Energia, foi descartado nesta
quarta-feira pelo vice-presidente eleito General Hamilton Mourão. Segundo ele, Minas e Energia seguirá
como uma pasta autônoma.
Seguem como ministérios independentes Defesa, Saúde, Trabalho, Relações Exteriores e o Gabinete
de Segurança Institucional.
Confira como devem ser os ministérios de Bolsonaro:
1) Casa Civil - assumindo funções do Governo
2) Economia - fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior
3) Defesa
4) Saúde
23
Jussara Soares. Ensino Superior vai para Ciência e Tecnologia; saiba quais são os 15 ministérios definidos por Bolsonaro. https://oglobo.globo.com/brasil/ensino-
superior-vai-para-ciencia-tecnologia-saiba-quais-sao-os-15-ministerios-definidos-por-bolsonaro-
23201813?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo. Acesso em 01 de novembro de 2018.
Vitória de ex-capitão defensor do regime militar marca volta da extrema direita brasileira ao poder e
sucesso de campanha antissistema com estrutura heterodoxa. Resultado também é novo fracasso para
ex-presidente Lula24.
Após quatro anos de crise política e econômica, casos rumorosos de corrupção e uma campanha tensa
que demoliu antigos padrões eleitorais, os brasileiros elegeram neste domingo (28/10) um militar
reformado de extrema direita para o cargo máximo do país. Jair Bolsonaro (PSL), um deputado que por
mais de duas décadas foi considerado um pária no mundo político brasileiro, mas que soube aproveitar
o sentimento antissistema e antipetista de parte do eleitorado, foi eleito presidente com 55,13% dos votos
válidos. Seu adversário, o petista Fernando Haddad, que substituiu o ex-presidente Lula ao longo da
campanha, recebeu 44,87%.
O resultado representa um terremoto nos padrões de campanha no Brasil, explicita mais uma vez as
divisões do país e deve abrir um novo período de incerteza. Nunca desde a redemocratização um
candidato que expressa ideias autoritárias como Bolsonaro havia chegado tão longe. Ao longo da
campanha, ele prometeu aniquilar e exilar adversários e perseguir a imprensa, além de promover temas
controversos como a facilitação do acesso a armas de fogo, o aumento da violência policial e a
militarização da educação e de vários setores do governo.
Em seu discurso de vitória, Bolsonaro ignorou o seu adversário no segundo turno, e preferiu falar de
Deus e em "quebrar paradigmas". Ele prometeu governar "seguindo os ensinamentos de Deus ao lado
da Constituição". "Não poderíamos mais continuar flertando com o socialismo, com o comunismo e com
o populismo, e com o extremismo da esquerda", completou. Em frente à casa do presidente eleito,
centenas de apoiadores se reuniram para celebrar a vitória e entoar coros antipetistas.
Líder nas pesquisas desde que Lula teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro, de
63 anos, contrariou as expectativas de que seria incapaz de manter a liderança. Ele conduziu uma
campanha improvisada, sem tantos recursos como seus principais adversários e sem estrutura partidária
– sua arrecadação oficial foi de apenas 2,5 milhões de reais.
Sua ascensão a partir de 2017 foi completamente subestimada pelas forças políticas tradicionais, que
chegaram a expressar o desejo de tê-lo como adversário, acreditando que seu radicalismo e o certo
amadorismo de sua campanha seriam facilmente rejeitados pela maior parte do eleitorado em um
confronto direto. Até setembro deste ano, era o futuro eleitoral de Lula que ainda monopolizava as
atenções.
Mas, alimentado sobretudo pelo crescente antipetismo e desprezo de parte do eleitorado aos políticos
tradicionais e compensando sua falta de recursos com forte presença nas redes sociais, Bolsonaro
continuou a crescer. Ele não adotou nenhuma tática mais moderada, preferindo explorar a retórica do
confronto e apostando em declarações ultrajantes e de ódio aos adversários, que muitas vezes flertavam
com a violência política.
O próprio presidente eleito chegou a ser vítima de um episódio de violência ao longo da campanha e
por pouco não morreu. Atingido por um ataque a faca, Bolsonaro permaneceu a maior parte da campanha
afastado de atos públicos. Primeiro, transformou o hospital em quartel-general da campanha. Depois,
passou a comandar a candidatura de casa.
O ataque não diminuiu a retórica do candidato, que continuou a apostar nas táticas agressivas,
mesclando ainda populismo e nacionalismo. Nas redes sociais, compensou o tom vago das suas
propostas com uma verdadeira indústria de ataques aos adversários, que na maioria das vezes
promoviam mentiras grosseiras e boatos. Essa "tempestade perfeita" que levou Bolsonaro ao poder
24
Deutsche Welle. O escolhe escolhe Jair Bolsonaro. DW. https://www.dw.com/pt-br/o-brasil-escolhe-jair-bolsonaro/a-46065651. Acesso em 29 de outubro 2018.
Também se tornou com o tempo o candidato favorito do mercado, antes alinhado com Geraldo Alckmin
(PSDB). Foi apenas na área econômica que Bolsonaro fez alguma tentativa de "normalização". Passou
a promover o economista ultraliberal Paulo Guedes como seu homem de confiança na área. Apesar do
tom vago das propostas para a economia, representantes da indústria e do setor financeiro passaram a
considerar a opção Bolsonaro menos maléfica do que a candidatura do PT.
A vitória de Bolsonaro neste domingo também marca a volta da direita radical ao poder no Brasil.
Defensor do regime militar (1964-1985), Bolsonaro já defendeu a tortura e o assassinato de militantes
durante o período. Passando para a posição de chefe de Estado, ele deve garantir um protagonismo
ainda maior de atuais e antigos membros das Forças Armadas. Diversos generais são cotados para
assumir ministérios e seu vice também é um militar reformado.
Ainda no primeiro turno, sua popularidade já havia impulsionado o seu partido, o então nanico PSL,
que se viu catapultado para a posição de segunda maior bancada da Câmara, com 52 deputados, vários
deles ex-militares como o presidente eleito. Com Bolsonaro na Presidência, a expectativa é que o partido
cresça ainda mais e se torne a maior bancada da Casa. A entrada no Palácio do Planalto também deve
aumentar a influência da sua família. Seu núcleo decisório é formado por parentes, contrastando com os
últimos presidentes, que tinham colegas de partido ou amigos como as figuras mais próximas. Seus três
filhos, um deputado federal, um senador eleito e um vereador, foram seus principais auxiliares na
campanha. É certo que eles vão ter voz ativa no governo.
No governo, Bolsonaro também já sinalizou que deve ter um relacionamento turbulento com a
imprensa. Ao longo da campanha, ele atacou a Rede Globo e o jornal Folha de S. Paulo. Também se
recusou a conceder entrevistas a diversos veículos. Seu apoiadores promoveram "linchamentos virtuais"
Número significa que quase 30 milhões de eleitores que estavam aptos não compareceram às urnas.
Maior colégio eleitoral do país, São Paulo teve aumento de 2 pontos percentuais nas abstenções.
Quase 30 milhões de eleitores não compareceram às urnas neste domingo (07/10), segundo dados
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O nível de abstenção, de 20,3%, é o mais alto desde as eleições de
1998, quando 21,5% do eleitorado não votou.
Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o índice de abstenção também subiu, dois pontos
percentuais, em relação ao último pleito, passando de 19,5% para 21,5%. Em número de eleitores, isso
representa mais de 850 mil pessoas, de 6,2 milhões em 2014 para 7,1 milhões este ano.
25
André Paixão. Abstenção atinge 20,3%, maior percentual desde 1998. G1 Eleições 2018. https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/eleicao-em-
numeros/noticia/2018/10/08/abstencao-atinge-203-maior-percentual-desde-1998.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 08
de outubro de 2018.
Região Sul
Paraná - 17%
Rio Grande do Sul - 18,1%
Santa Catarina - 16,3%
Região Sudeste
Espírito Santo - 19,3%
Minas Gerais - 22,2%
Rio de Janeiro - 23,6%
São Paulo - 21,5%
Região Centro-Oeste
Distrito Federal - 18,7%
Goiás - 20,2%
Mato Grosso - 24,6%
Mato Grosso do Sul - 21,2%
Região Nordeste
Alagoas - 22,6%
Bahia - 20,7%
Ceará - 17,3%
Maranhão - 20,5%
Paraíba - 15%
Pernambuco - 17,9%
Piauí - 15,7%
Rio Grande do Norte - 17,1%
Sergipe - 18,8%
Região Norte
Acre - 19%
Amapá - 16,7%
Amazonas - 19,4%
Temer decreta uso das Forças Armadas em Roraima para reforçar segurança26
Presidente anunciou medida em pronunciamento no Planalto; ministro da Defesa informou que decreto
tem validade de duas semanas. Estado enfrenta crise com chegada de venezuelanos.
O presidente Michel Temer informou nesta terça-feira (28/08) ter decretado o uso das Forças Armadas
em Roraima para reforçar a segurança no estado.
Temer anunciou a medida em um pronunciamento no Palácio do Planalto. Segundo o ministro da
Defesa, Joaquim Silva e Luna, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) tem validade de duas
semanas (até 12 de setembro) e a prorrogação poderá ser avaliada conforme a necessidade.
"Decretei hoje o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem no estado de Roraima.
Naturalmente, para oferecer segurança aos cidadãos brasileiros e aos imigrantes venezuelanos que
fogem de seu país em busca de refúgio no Brasil", anunciou.
O anúncio foi feito dez dias após a cidade de Pacaraima (RR) registrar um ataque de um grupo de
brasileiros a acampamentos de venezuelanos.
Fronteira com a Venezuela, Roraima é a principal rota utilizada pelos imigrantes que entram no Brasil.
Os venezuelanos tentam fugir da crise política, econômica e social do país, com inflação alta e
desabastecimento.
Em julho, a Casa Civil informou que, entre 2015 e junho deste ano, 56,7 mil venezuelanos procuraram
a Polícia Federal para solicitar refúgio ou residência no Brasil.
Quadro 'dramático'
Ao falar sobre a crise na Venezuela, Temer disse que o país enfrenta um quadro "dramático",
acrescentando que o "desastre humanitário" causado pela crise é resultado das "péssimas" condições às
quais o povo venezuelano está submetido.
"Devo dizer, desde logo, que o Brasil respeita a soberania dos estados nas ações, mas temos que
lembrar que só é soberano um país que respeita e cuida do seu povo", afirmou o presidente.
Em seguida, acrescentou que o Brasil fará "todos os esforços em todos os foros internacionais" para
melhorar a situação da Venezuela. "Vamos buscar apoio na comunidade internacional para adoção de
medidas diplomáticas firmes que solucionem esse problema", completou.
26
Guilherme Mazui. Temer decreta uso das Forças Armadas em Roraima para reforçar segurança. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/08/28/temer-
decreta-uso-das-forcas-armadas-em-roraima-para-reforcar-seguranca.ghtml. Acesso em 29 de agosto de 2018.
Governadora
De acordo com o ministro Joaquim Silva e Luna (Defesa), a governadora Suely Campos (PP) não
pediu a Temer a edição do decreto de GLO.
Em seguida, Sergio Etchegoyen disse que a governadora foi informada sobre a decisão antes do
anúncio de Temer à imprensa.
"A reação até agora [de Suely Campos] tem sido o silêncio e o não reconhecimento da questão da
necessidade por parte de Roraima. Não reconhece que precisa de ajuda na área de segurança ou pede
ajuda naquilo que nós não temos condições mais de dar", disse.
Crise migratória
A situação de Roraima é discutida desde 2016 no governo federal. Em fevereiro, Temer assinou um
decreto reconhecendo a "situação de vulnerabilidade" em Roraima e editou uma medida provisória (MP)
prevendo ações de assistência para os venezuelanos.
Além disso, foi deflagrada a Operação Acolhida para atender imigrantes recém-chegados ao Brasil e
transferir venezuelanos para outros estados.
Mais cedo, nesta terça, 187 venezuelanos foram transportados pela Força Aérea de Roraima para
Manaus (AM), João Pessoa (PB) e São Paulo (SP).
A governadora do estado, Suely Campos (PP), pediu o fechamento da fronteira ao Supremo Tribunal
Federal (STF), mas Temer já afirmou que a medida é "incogitável" e a ministra Rosa Weber entendeu
que a decisão cabe a ele.
Decreto assinado nesta terça (24) pela presidente em exercício, Cármen Lúcia, define que empresas
com contratos acima de R$ 330 mil têm que oferecer entre 3% a 6% das vagas a presos.
A presidente da República em exercício, Cármen Lúcia, assinou nesta terça-feira (24/07) decreto para
determinar que empresas contratadas pelo governo federal para prestação de serviços ofereçam cotas
para presidiários e ex-presidiários sempre que os contratos ultrapassarem R$ 330 mil. O governo alegou
que a medida visa a estimular a ressocialização de apenados.
O decreto presidencial, de acordo com o governo, torna “obrigatória” a contratação de presos e ex-
presidiários por parte das empresas que vencerem licitações para serviços com a administração pública
federal direta e também com autarquias e fundações. Entre os serviços que poderão passar a ser
executados por detentos e ex-presidiários estão, por exemplo, atividades de consultoria, limpeza,
vigilância e alimentação.
A assessoria da Presidência informou que o decreto será publicado na edição desta quarta (25/07) do
“Diário Oficial da União”.
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia está interinamente no comando do
Palácio do Planalto em razão de viagens ao exterior do presidente Michel Temer e dos presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
O decreto assinado pela presidente em exercício institui a “Política Nacional de Trabalho no âmbito do
Sistema Prisional”, que foi apresentada nesta terça em uma entrevista coletiva concedida pelos ministros
Raul Jungmann (Segurança Pública) e Gustavo Rocha (Direitos Humanos).
“Nos editais de licitação já haverá a previsão para contratação desses presos e, preenchidos os
critérios do edital, será obrigatório que essas empresas absorvam essa mão de obra de forma a permitir
uma maior ressocialização desse apenado ou desse egresso”, explicou Rocha.
A medida se aplica a presos provisórios, presos dos regimes fechado, semiaberto ou aberto, ou
egressos do sistema prisional. Conforme o decreto, as empresas terão de destinar um percentual de
vagas para presos e ex-presidiários em cada contratos firmados com o governo federal.
- 3% das vagas para contratos que exijam contratação de 200 ou menos funcionários;
- 4% das vagas para contratos que exijam contratação de 201 a 500 funcionários;
- 5% das vagas para contratos que exijam contratação de 501 a 1 mil funcionários;
27
Guilherme Mazui. Decreto cria cotas para presidiários e ex-detentos em contratos de serviço à União. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/07/24/decreto-presidencial-cria-cotas-para-presos-e-ex-presidiarios-em-contratos-de-servicos-a-uniao.ghtml. Acesso em 25
de julho de 2018
Autorização judicial
O ministro de Direitos Humanos ressaltou na entrevista que caberá ao juiz responsável pela execução
da pena dos presos analisar se o detento tem condições de atuar na prestação de serviços para a
administração pública federal.
No caso de presidiários do regime fechado, o detento contratado deverá ter cumprimento, no mínimo,
um sexto da pena, ter autorização do juiz da vara de execuções penais e ainda terá que comprovar
"aptidão, disciplina e responsabilidade".
Gustavo Rocha afirmou ainda que, caso não haja presídios ou ex-presidiários em determinada região
onde o contrato com a União é executado, a empresa que ganha a licitação não precisará cumprir o
percentual mínimo de vagas.
"É possível que em determinados locais não haja presídios ou egressos do sistema prisional. Em razão
de uma impossibilidade de contratação, essa regra pode ser excepcionada", ponderou o ministro.
Ressocialização
Em meio à entrevista, Jungmann disse que a oferta de emprego para presos e ex-presidiários é
fundamental para criar uma "possibilidade real" de ressocialização e para combater o "recrutamento" de
facções nos presídios.
O ministro da Segurança Pública lembrou que o Brasil tem em torno de 726 mil presos, em um sistema
prisional dominado por cerca de 70 facções. Jungmann informou que, do total de apenados no Brasil,
12% trabalham e 15% estão em atividades educacionais.
"Se nós não implementarmos e não levarmos e ampliarmos um programa como esse, as facções
criminosas estarão sempre criando a dependência, seja dos presos seja dos egressos. Essa política tem
uma função fundamental", defendeu Jungmann.
Representantes da categoria se reuniram com o presidente em Brasília. Eles disseram que vão orientar
motoristas a encerrar greve após publicação das medidas no 'Diário Oficial'.
Representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas para a categoria
anunciadas mais cedo neste domingo (27/05) pelo presidente Michel Temer.
Com a nova proposta, detalhada por Temer durante pronunciamento, o governo espera encerrar a
greve dos caminhoneiros, que chegou neste domingo ao sétimo dia.
Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de
pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. Apenas a redução de R$ 0,46 no
preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões.
No pacote, estava prevista a edição de três medidas provisórias para atender à demanda dos
caminhoneiros. As MPs saíram em edição extra do Diário Oficial da União publicada no fim da noite deste
domingo.
Durante o pronunciamento de Temer, foram registrados panelaços no DF, Rio de Janeiro e São Paulo.
Fim da greve?
"Saiu no 'Diário Oficial', a nossa recomendação é que aceitem [as propostas e liberem as estradas]",
afirmou Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga
(Sinditac) de Ijuí (RS).
"Eles [caminhoneiros] só vão aceitar [o acordo proposto pelo governo] após saírem publicadas no
'Diário Oficial' as medidas que foram negociadas aqui", disse José da Fonseca Lopes, presidente da
Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das entidades que não tinham assinado o acordo
na quinta-feira (24/05).
O grupo não tinha assinado o acordo proposto pelo governo na quinta-feira (24/05) por entender que
ele não atendia às suas reivindicações. Diante da manutenção da greve pelos caminhoneiros, as
entidades foram chamadas de volta a Brasília neste domingo para negociar a nova proposta.
De acordo com eles, com as estradas desobstruídas, serão necessários de 8 a 10 dias para normalizar
o abastecimento de combustível e alimentos no país.
"Daquilo que se propunha, o nosso movimento está contemplado. Nós queríamos piso mínimo de frete,
suspensão no preço do combustível do PIS-Cofins, que está contemplado, queríamos a suspensão por
28
FERNANDA CALGARO. Caminhoneiros autônomos se dizem satisfeitos com nova proposta de Temer. G1 Política.
<https://g1.globo.com/politica/noticia/caminhoneiros-autonomos-se-dizem-satisfeitos-com-nova-proposta-de-temer.ghtml> Acesso em 28 de maio de 2018.
Reoneração da folha
Durante o pronunciamento, o presidente afirmou que os pontos do acordo negociado na semana
passada seguem valendo, entre eles o que tira o setor de transporte rodoviário de carga da chamada
reoneração da folha.
A proposta, que na prática eleva a arrecadação federal, já foi aprovada pela Câmara e ainda depende
de análise do Senado. Vários setores que haviam sido atendidos com a desoneração perderão o
benefício. Segundo Temer, o setor dos caminhoneiros não estará entre esses setores.
Aos 2 anos, governo Temer festeja economia, mas enfrenta impopularidade, denúncias e crise
política; relembre29
29
MAZUI G. MATOSO, F. MARTELLO, A. Aos 2 anos, governo Temer festeja economia, mas enfrenta impopularidade, denúncias e crise política; relembre. G1
Política. <https://g1.globo.com/politica/noticia/aos-2-anos-governo-temer-festeja-economia-mas-enfrenta-impopularidade-denuncias-e-crise-politica-
relembre.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1> Acesso em 14 de maio de 2018.
Aprovação
Nove meses após tomar posse para o segundo mandato como vice-presidente, Temer afirmou num
evento, em setembro de 2015, que seria "difícil" Dilma Rousseff aguentar mais três anos no Palácio do
Planalto em razão da baixa popularidade. À época, ela tinha 8% de aprovação.
Temer assumiu a Presidência de maneira interina em maio de 2016 e no primeiro discurso afirmou
que, para governar, precisaria do "apoio do povo", que, por sua vez, precisaria "aplaudir" as medidas
adotadas.
Hoje, a aprovação do presidente, segundo o Datafolha, é de 6% - 70% consideram o governo ruim ou
péssimo.
Em recente entrevista, Temer afirmou que um publicitário disse a ele que "aproveite a impopularidade"
para fazer as reformas necessárias ao país.
Economia
O presidente apontou como maior desafio "estancar o processo de queda livre na atividade
econômica".
Em dois anos, Temer acostumou-se a badalar índices alcançados em sua gestão, como a alta do PIB
em 2017 (1%) após dois anos de retração e as quedas da inflação e da taxa básica de juros (6,5% ao
ano), a menor da série histórica do Banco Central, iniciada em 1986.
No mercado de trabalho, contudo, o governo não conseguiu reduzir o número de desempregados, pelo
contrário. Segundo o IBGE, quando Temer assumiu eram 11,4 milhões e hoje, 13,7 milhões.
Crises
Nesses dois anos à frente do Planalto, Temer enfrentou uma série de polêmicas causadas por
denúncias, delações, prisões de assessores mais próximos e investigações da Polícia Federal.
No ano passado, o presidente foi denunciado duas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela
Procuradoria Geral da República (PGR). Os crimes: corrupção passiva, organização criminosa e
obstrução de Justiça.
As denúncias, baseadas nas delações da JBS, fizeram Temer viver seu momento mais dramático no
governo.
Segundo o Ministério Público, numa conversa com o dono da empresa, Joesley Batista, Temer deu
aval ao pagamento de dinheiro para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, o que o
presidente nega. O encontro aconteceu no fim da noite, fora da agenda, e foi gravado por Joesley.
O STF só poderia analisar as denúncias, porém, se a Câmara autorizasse. Nos dois casos, a maioria
dos deputados votou contra o prosseguimento dos processos e, com isso, as acusações contra Temer
só poderão ser analisadas após ele deixar o Planalto.
Investigações
Hoje, Temer é alvo de dois inquéritos que tramitam no STF. Com base nas delações de executivos da
JBS e da Obderecht, o presidente passou a ser investigado por suposto recebimento de propina na edição
do decreto dos portos e em contratos da Secretaria de Aviação Civil.
Julgamento do TSE
Em junho de 2017, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garantiu a continuidade do governo de Michel
Temer ao absolver, por 4 votos a 3, a chapa formada por ele e por Dilma da acusação de abuso de poder
político e econômico na campanha de 2014.
A ação foi apresentada pelo PSDB após a eleição e apontava mais de 20 infrações supostamente
cometidas pela coligação encabeçada por PT e PMDB (hoje MDB).
Com o placar apertado, cujo voto decisivo foi dado pelo ministro Gilmar Mendes, então presidente do
TSE, Temer escapou da perda do atual mandato e Dilma, da inelegibilidade por 8 anos.
Reformas e concessões
Temer chegou ao poder com discurso em favor das reformas trabalhista e previdenciária, tendo como
objetivo "o pagamento das aposentadorias e a geração de emprego".
Nesses dois anos:
Nova lei trabalhista entrou em vigor;
Reforma do ensino médio foi sancionada;
Reforma da Previdência parou no Congresso;
Reforma tributária não avançou na Câmara.
Contas públicas
Quando Temer assumiu, afirmou ser preciso restaurar o equilíbrio das contas públicas "trazendo a
evolução do endividamento no setor público de volta ao patamar de sustentabilidade ao longo do tempo".
Desde então, foram anunciadas algumas medidas, como a instituição de um teto para os gastos
públicos; o aumento da tributação sobre a gasolina; a aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) – que
diminui, com o passar do tempo, o pagamento de subsídios pelo governo.
Também foram anunciados programas de parcelamento de tributos vencidos para empresas,
produtores rurais e estados e municípios. Esses parcelamentos, mesmo criticados pela área técnica da
Receita Federal – pois influenciam para baixo o recolhimento mensal dos impostos –, contribuem para
elevar a arrecadação no curto prazo.
Programas sociais
Nos dois anos de Temer à frente do Planalto:
O Bolsa Família foi reajustado duas vezes;
O reajuste do salário mínimo ficou abaixo da inflação;
No Minha Casa, Minha Vida, de acordo com Ministério das Cidades, em 2016 foram contratadas
382.311 unidades habitacionais. Em 2017, o governo traçou como meta contratar 610 mil unidades
habitacionais, mas entregou 500 mil.
A meta para este ano é contratar 650 mil unidades – até agora, foram contratadas 125 mil unidades.
A decisão do STF é apenas um primeiro (e modesto) passo para acabar com o absurdo incentivo à
impunidade – e ainda abre margem a dúvidas e manobras
Se tudo correr como programado, termina hoje, com o voto do ministro Gilmar Mendes, o julgamento
do Supremo Terminal Federal (STF) a respeito do foro privilegiado – ou, como preferem os puristas, foro
por prerrogativa de função.
Pela legislação brasileira, 58.660 cidadãos têm o direito de ser julgados em tribunais especiais, de
acordo com um levantamento do jornal Folha de São Paulo. Tal contingente inclui do presidente da
República ao defensor público de Taboão da Serra – passando por vereadores, oficiais das Forças
Armadas, juízes, procuradores, prefeitos, governadores e, naturalmente, deputados e senadores.
O processo em julgamento no STF examina apenas o que fazer em relação aos 594 deputados
federais e senadores. É provável que a decisão tenha implicação para os demais cargos, mas ela não
será automática. Dependerá de decisões posteriores da Justiça.
Sete dos ministros já votaram em favor da nova interpretação proposta pelo relator, o ministro Luís
Roberto Barroso. Ela prevê a manutenção do foro especial apenas para crimes cometidos no cargo, em
função de atividades relativas ao cargo.
A divergência, iniciada pelo ministro Alexandre de Moraes, afirma que tal critério abrirá margem a
interpretações subjetivas quando casos concretos vierem a julgamento. Ele propôs que todo crime
atribuído a parlamentar seja julgado no STF a partir do momento da diplomação, até o fim do mandato,
não importando a natureza.
O argumento vitorioso de Barroso atém-se ao princípio do foro especial: ele existe para proteger o
cargo de ingerências políticas. O argumento de Alexandre é de ordem prática: a decisão poderá tornar
os julgamentos ainda mais complexos e morosos.
Ser julgado no STF é considerado um privilégio justamente por que, na visão predominante, lá os
processos costumam demorar mais, e os crimes prescrevem.
30
GUROVITZ, HELIO. O foro privilegiado não acaba hoje. G1 Mundo. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2018/05/03/o-foro-
privilegiado-nao-acaba-hoje.ghtml> Acesso em 04 de maio de 2018.
31
AGÊNCIAS ANSA. Deputados da EU pedem fim de acordo com Mercosul após morte de Marielle. ÉpocaNegócios. Disponível em:
<https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/03/deputados-da-ue-pedem-fim-de-acordo-com-mercosul-por-marielle.html> Acesso em 16 de março de 2018.
Assassinato
O crime ocorreu na noite da última quarta-feira (14/03) e também vitimou o motorista da vereadora,
Anderson Pedro Gomes. As características do homicídio - uma emboscada sem roubo - apontam para a
hipótese de execução, que é a principal linha de investigação da polícia.
Nascida e criada na favela da Maré, Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições
municipais de 2016, com 46.502 votos. Nos últimos dias, postou mensagens nas redes sociais
denunciando a violência policial no Rio.
"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava
saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?", escreveu no Facebook.
Ela também chamou o 41º Batalhão da Polícia Militar de "Batalhão da Morte" por causa de denúncias
de crimes no bairro de Acari. Marielle era crítica da intervenção militar do Governo Federal na segurança
pública do Rio de Janeiro.
Entendimento foi defendido pelo ministro Luiz Fux, relator da matéria e presidente do Tribunal Superior
Eleitoral.
Nesta quinta-feira (01/03), os ministros do Supremo derrubaram a chamada modulação da Lei da Ficha
Limpa. Na prática, isso quer dizer que a lei vale não só para os candidatos nas eleições, mas também
para os atuais ocupantes de cargos eletivos.
Por seis votos a cinco, os ministros do Supremo decidiram em outubro de 2017 que a Lei da Ficha
Limpa deve ser aplicada para políticos condenados por abuso de poder político e econômico antes de
2010, quando ela passou a vigorar. A lei tornou o condenado inelegível por oito anos.
Em 2017, o ministro Luiz Fux afirmou que ter a ficha limpa é uma pré-condição para uma pessoa se
candidatar, que inelegibilidade não é pena e que, por isso, não significa que a lei vai retroagir.
“Há de se entender que, mesmo no caso em que o indivíduo já foi atingido pela inelegibilidade, de
acordo com as hipóteses e prazos anteriormente previstos na lei complementar 64, vejam o grau de
cognição e discussão nas ações de controle da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, mesmo nesses
casos esses prazos poderão ser estendidos, se ainda em curso, ou mesmo restaurados para que
cheguem a oito anos por força da lex nova, desde que não ultrapasse esse prazo”.
Mas no julgamento de outubro, faltou decidir sobre a partir de quando essa decisão seria aplicada. É
o que se chama de modular a decisão. Nesta quinta, o ministro Ricardo Lewandowski defendeu que a lei
só fosse aplicada a partir das eleições de 2018.
“Fui informado pela liderança do governo na Câmara de que a prosperar a decisão da Suprema Corte,
alcançada por maioria muito estreita, de seis a cinco, nós atingiríamos o mandato de 24 prefeitos,
abrangendo cerca de 1,5 milhão, um número incontável de vereadores e também não se sabe ao certo
quantos deputados estaduais em exercício do mandato seriam atingidos”.
Os ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Alexandre de
Moraes manifestaram a mesma opinião de Lewandowski.
Os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Edson Fachin e a presidente do
Supremo, Cármen Lúcia, ficaram contra.
32
JORNAL NACIONAL. Ficha Limpa passa a valer também para ocupantes de cargos eletivos. G1 Jornal Nacional. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2018/03/ficha-limpa-passa-valer-tambem-para-ocupantes-de-cargos-eletivos.html?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=jn>
Acesso em 02 de março de 2018.
Questões
01. (MPE/PI - Cargos de Nível Superior - CESPE - 2018) Pouco a pouco, o Brasil começou a se
recuperar dos efeitos causados pela greve dos caminhoneiros, que durou dez dias e paralisou serviços
como fornecimento de combustíveis e distribuição de alimentos e insumos médicos, o que deixou o país
à beira de um colapso.
Greve dos caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil. Internet: (com adaptações).
Considerando o assunto do texto apresentado e aspectos a ele relacionados, julgue o item a seguir.
O governo brasileiro reagiu imediatamente à greve dos caminhoneiros: ainda no início da paralisação,
determinou intervenção militar para garantir o abastecimento nas cidades.
(A) Certo
(B) Errado
02. (UFRR - Técnico em Contabilidade - UFRR - 2018) A Operação Lava Jato desenvolvida no Brasil
a partir de 2014 tem o objetivo?
(A) Investigar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo doleiros, empresários e
agentes políticos com recursos desviados dos cofres da Petrobras.
(B) Investigar um esquema de benefícios a favor dos agentes políticos em votações das Reformas da
Previdência e Trabalhista realizadas no Congresso Nacional.
(C) Investigar um esquema de corrupção entre empresários, doleiros e políticos na Telebrás, com a
anuência prévia do Presidente da República.
(D) Investigar um esquema de lavagem de dinheiro nos frigoríficos nacionais e agentes políticos na
Companhia Vale do Rio Doce.
(E) Investigar um esquema de corrupção entre empresários internacionais e banqueiros, sempre em
articulação com os agentes políticos da Embraer.
03. (Prefeitura de Conchas – Engenheiro Civil – MetroCapital Soluções - 2018) Marielle Franco,
vereadora do município do Rio de Janeiro, foi morta junto com seu motorista depois que saiu de uma
reunião. Muito envolvida com causas sociais, a vereadora pertencia a que partido:
(A) PSC
(B) PSOL
(C) PT
(D) PT do B
(E) PC do B
04. (PC/SP – Papiloscopista Policial – VUNESP – 2018) Pelo entendimento original da Constituição,
o foro privilegiado garantido a autoridades como parlamentares fazia com que eles fossem processados
por infrações penais comuns no Supremo. No caso de deputados federais e senadores, o Supremo
Tribunal Federal (STF) restringiu o entendimento para os crimes cometidos no exercício do mandato e
em função do cargo.
(https://veja.abril.com.br. 10.05.2018. Adaptado)
A notícia é relativa à votação realizada pelo STF, cujo resultado, aprovado por nove votos a um, aponta
que o foro privilegiado
(A) não vale para os casos de improbidade administrativa, caso, por exemplo, da situação em que
o agente público provoque perdas ao patrimônio público.
05. (PC-AP – Agente de Polícia – FCC) O presidente Michel Temer sancionou em 24 de maio o
projeto da nova Lei da Migração. O texto será publicado no dia 25, no Diário Oficial da União.
(Adaptado de: http://brasil.estadao.com.br)
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
Em entrevista à imprensa estrangeira em fórum de investimentos em São Paulo, o presidente Michel
Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira que "não há risco" de "intervenção militar" em decorrência da
paralisação de caminhoneiros, que chega ao seu 9º dia. (https://oglobo.globo.com/brasil/temer-diz-que-nao-ha-risco-de-intervencao-
militar-por-protesto-de-caminhoneiros-22728447).
02. Resposta: A
A Operação Lava Jato é a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. Ela teve
início no Paraná, em 17 de março de 2014, unificando quatro ações que apuravam redes operadas por
doleiros que praticavam crimes financeiros com recursos públicos. O nome Lava Jato era uma dessas
frentes iniciais e fazia referência a uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de veículos, em
Brasília, usada para movimentação de dinheiro ilícito de uma das organizações investigadas inicialmente.
Desde então, a operação descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras,
envolvendo políticos de vários partidos e algumas das maiores empresas públicas e privadas do país,
principalmente empreiteiras. (http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/#capitulo1).
03. Resposta: B
Marielle Franco foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro pelo PSOL, com 46.502 votos.
(https://www.mariellefranco.com.br/quem-e-marielle-franco-vereadora)
04. Resposta: A
Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que o foro privilegiado de autoridades
não alcança os casos de improbidade administrativa. Para improbidade administrativa — ato em que o
agente público provoque perdas ao patrimônio público ou seja beneficiário de enriquecimento ilícito, por
05. Resposta: A
O Estatuto do Estrangeiro proibia imigrantes de participarem de qualquer atividade de natureza
política. A nova lei acaba com a proibição e garante o direito do imigrante de se associar a reuniões
políticas e sindicatos.
A nova lei determina a existência de um visto temporário específico para o migrante em situação de
acolhida humanitária, para pessoas que precisam fugir dos países de origem, mas que não se enquadram
na lei do refúgio. A legislação também contempla migrantes que vêm ao Brasil para tratamentos de saúde
e menores desacompanhados.
Segue o link de uma notícia vinculada à questão: <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,temer-sanciona-lei-da-migracao-com-
diversos-vetos,70001812512>
Economia
saúde
Ações da Vale despencam mais de 18% na Bolsa brasileira33
Cúpula reúne líderes mundiais em meio a preocupações como a guerra comercial, tensões políticas e
Brexit; Trump, Xi Jinping, May e Macron estão entre os que não vão comparecer.
O Fórum Econômico Mundial começa nesta terça-feira (22/01) em Davos, na Suíça. O evento deve
reunir cerca de 250 autoridades do G20 (grupo que reúne as 20 principais economias do mundo) e de
outros países, em discussões sobre cooperação econômica.
O fórum também vai contar com líderes das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Internacional
(FMI), do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio (OMC). O encontro deste ano tem como
tema "Globalização 4.0: moldando uma arquitetura global na era da quarta revolução industrial", uma
proposta de debate sobre o impacto da globalização e da digitalização industrial.
33
Fernando Mellis. Ações da Vale despencam mais de 18% na Bolsa brasileira. https://noticias.r7.com/economia/acoes-da-vale-despencam-mais-de-18-na-bolsa-
brasileira-28012019. Acesso em 28 de janeiro de 2019.
34
G1. Com proposta de discutir globalização, Fórum de Davos começa nesta terça. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/22/com-proposta-
de-discutir-globalizacao-forum-de-davos-comeca-nesta-terca.ghtml. Acesso em 22 de janeiro de 2019.
Participação do Brasil
O presidente Jair Bolsonaro chegou a Davos na segunda-feira para participar do Fórum. A comitiva
brasileira é formada ainda pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes
(Economia), Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da
Presidência) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). O deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também desembarcou em Davos.
Após chegar à Suíça, Bolsonaro disse, em entrevista coletiva, que pretende mostrar as medidas que
o governo está adotando para que o mundo "restabeleça a confiança" no Brasil. O presidente deve
discursar nesta terça. Segundo ele, o discurso foi preparado e revisado por vários ministros e será "muito
curto, objetivo, claro".
Um dos itens vetados reestruturava carreiras do Incra, e o outro criava o Fundo Especial do Conselho
Nacional de Justiça. Lei orçamentária foi publicada nesta quarta no 'Diário Oficial'.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com dois vetos parciais, o Orçamento de 2019. A lei
orçamentária, aprovada pelo Congresso em dezembro, foi publicada nesta quarta-feira (16/01) no “Diário
Oficial da União”.
Um dos vetos do presidente refere-se à reestruturação das carreiras do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra). Na justificativa do veto, o presidente afirmou que a alteração de
estrutura de carreiras e aumento da remuneração infringe a Constituição Federal.
35
Laís Lis. Bolsonaro sanciona Orçamento de 2019 com dois vetos parciais. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/16/bolsonaro-sanciona-orcamento-de-
2019-com-dois-vetos-parciais.ghtml. Acesso em 16 de janeiro de 2019
Proposta com previsão de receitas e despesas para o ano que vem segue agora para sanção
presidencial. O salário mínimo previsto é de R$ 1.006; valor final será oficializado em janeiro.
O Congresso Nacional, em sessão conjunta de deputados e senadores, aprovou nesta quarta-feira
(19/12) a proposta orçamentária para a União de 2019, com as receitas e despesas previstas para o ano
que vem. Será o primeiro Orçamento da gestão do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
O texto segue agora para sanção presidencial. Na prática, como o prazo final para a sanção ou veto
deverá ser no começo janeiro, a decisão poderá ficar nas mãos do presidente eleito.
A proposta, relatada pelo senador Waldemir Moka (MDB-MS), prevê receitas e despesas totais para o
ano que vem de R$ 3,381 trilhões.
O texto considera que o déficit nas contas públicas pode chegar a R$ 139 bilhões, o equivalente a
1,9% do PIB.
Na área das despesas, os gastos com a Previdência lideram – R$ 637,9 bilhões. Gastos com pessoal
somam R$ 351,4 bilhões.
A dotação prevista para o Bolsa-Família em 2019 é de R$ 29,5 bilhões - o texto reduziu o montante
previsto para o programa que está condicionado a aprovação de créditos: esse valor passou para 5,7
bilhões.
O Mais Médicos terá R$ 3,7 bilhões no ano que vem. Já o programa Minha Casa, Minha Vida terá
prevista dotação de R$ 4,6 bilhões.
Os investimentos vão alcançar R$ 38,9 bilhões. Os benefícios fiscais – renúncias de tributos e
subsídios, por exemplo – devem somar R$ 376,2 bilhões no ano que vem, valor que corresponde a 5,1%
do PIB.
Salário mínimo
O salário mínimo previsto é de R$ 1.006, conforme valor proposto pelo Poder Executivo em agosto,
quando o projeto foi enviado ao Legislativo. O valor definitivo para 2019, no entanto, só será oficializado
em decreto editado pelo governo em primeiro de janeiro.
O novo salário, por lei, é calculado a partir de uma fórmula que leva em conta o crescimento do PIB e
a variação do INPC, índice que mede a inflação. Atualmente, o mínimo está em R$ 954.
Regra de ouro
O texto reduziu de R$ 258,2 bilhões para R$ 248,9 bilhões o valor do crédito extra que o governo terá
de pedir ao Congresso para pagar despesas correntes no ano que vem.
Fundo Partidário
A proposta de Orçamento aprovada pelos parlamentares prevê dotação de R$ 927,7 milhões para
2019 para o Fundo Partidário (verba pública destinada à manutenção das legendas). Esse valor já
constava da proposta inicial, enviada pelo Poder Executivo. Neste ano, a verba prevista para o Fundo
Partidário somou R$ 888,7 milhões.
Cenário macroecônomico
O texto considerou, como parâmetros econômicos: crescimento do PIB de 2,5%; inflação de 4,25%;
taxa Selic de 8,0% e dólar a R$ 3,66. O parecer conclui que as despesas estão previstas considerando o
teto de gastos.
Número passou de 52,8 milhões em 2016 para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%.
Já pobreza extrema aumentou 13%, passando a atingir 15,3 milhões.
Em apenas um ano, o Brasil passou a ter quase 2 milhões de pessoas a mais vivendo em situação de
pobreza. A pobreza extrema também cresceu em patamar semelhante. É o que revela a Síntese de
Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (05/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, em 2016 havia no país 52,8 milhões de pessoas em situação de pobreza
no país. Este contingente aumentou para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%, e
representa 26,5% da população (em 2016, eram 25,7%).
Já a população na condição de pobreza extrema aumentou em 13%, saltando de 13,5 milhões para
15,3 milhões no mesmo período. Do total de 207 milhões de brasileiros, 7,4% estavam abaixo da linha de
extrema pobreza em 2017. Em 2016, quando a população era estimada em cerca de 205,3 milhões, esse
percentual era de 6,6%.
Segundo o IBGE, é considerada em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90
por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é de rendimento
inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a aproximadamente R$ 406 por mês. Essas linhas foram
definidas pelo Banco Mundial para acompanhar a pobreza global.
Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal domiciliar per capita no país foi de R$ 1.511 em 2017.
37
Daniel Silveira. Em 1 ano, aumenta em quase 2 milhões número de brasileiros em situação de pobreza, diz IBGE.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/12/05/em-1-ano-aumenta-em-quase-2-milhoes-numero-de-brasileiros-em-situacao-de-pobreza-diz-ibge.ghtml. Acesso
em 05 de dezembro de 2018.
Estudo da instituição aponta que celular é o meio mais utilizado pelos usuários de serviços bancários.
Operações remotas dos clientes de bancos cresceram 21% entre 2016 e 2017.
Levantamento do Banco Central aponta que duas em cada três transações bancárias no país são
feitas, atualmente, por meio de aplicativos de celular, internet banking ou call centers, o que corresponde
a 66% do total de operações. Apenas um terço das transações ainda é realizada em pontos de
atendimentos dos bancos, destaca o estudo.
Segundo o Banco Central, o celular é o meio mais utilizado pelos clientes das instituições bancárias.
Com quase 25 bilhões de transações registradas no ano passado, os operações por meio de telefones
móveis representa 35% do total.
As informações fazem parte do Relatório de Cidadania Financeira, elaborado pelo Banco Central. O
estudo será divulgado nesta quarta-feira (07/11), às 10h, em Brasília.
De acordo com a autoridade monetária, essas operações remotas cresceram 21% entre 2016 e 2017.
Na segunda posição das transações remotas está o internet banking, quando a operação ocorre pelo
site da instituição bancária ou por aplicativos. O Banco Central informou que, em 2017, houve 20 bilhões
de operações pela internet.
“O futuro, no que diz respeito a acesso e uso de serviços financeiros, caminha para ser digital. O uso
de instrumentos eletrônicos pode contribuir para aumentar a inclusão financeira dos cidadãos [uma vez
que a tendência é que tenham custos mais baixos] e para maior eficiência e segurança no mercado de
pagamentos de varejo brasileiro”, avalia o relatório do Banco Central a que a TV Globo teve acesso
antecipadamente.
38
Yvna Souza. 66% das transações bancárias são feitas por internet banking, aplicativos ou call centers, diz BC. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/11/07/66-
das-transacoes-bancarias-sao-feitas-por-internet-banking-aplicativos-ou-call-centers-diz-bc.ghtml. Acesso em 07 de novembro de 2018.
Labuto substituirá Paulo Caffarelli, que pediu demissão há cerca de dez dias. Funcionário do banco
desde 1992, novo presidente já exerceu cargos de diretor e gerente na instituição.
O "Diário Oficial da União" publicou em edição extra nesta segunda-feira (05/11) a nomeação de
Marcelo Augusto Dutra Labuto como novo presidente do Banco do Brasil.
Atual vice-presidente de Negócios de Varejo da instituição, Labuto substituirá Paulo Rogério Caffarelli,
que pediu demissão há cerca de dez dias.
A nomeação de Marcelo Labuto como novo presidente do Banco do Brasil é assinada pelo
presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.
Currículo
De acordo com o site do banco, Labuto é funcionário da instituição desde 1992 e já ocupou os cargos
de diretor de Empréstimos e Financiamentos; gerente-geral da Unidade de Governança Estratégica; e
diretor-presidente da BB Seguridade S.A.
Ainda segundo o Banco do Brasil, Labuto é formado em administração e tem MBA em marketing.
O que é consumo?
Atualmente, o consumo está mais relacionado ao seu sentido econômico: o ato de comprar levando
em consideração as nossas necessidades.
Ele remete aos tempos em que as pessoas começaram a se organizar em cidades, quando faziam
trocas comerciais para conseguirem abrigo, comida, água, roupas e outros suprimentos dos quais
realmente precisavam.
O consumo simplesmente faz parte da nossa sociedade.
39
G1. Marcelo Labuto é nomeado novo presidente do Banco Central. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/11/05/diario-oficial-publica-
nomeacao-de-marcelo-labuto-como-novo-presidente-do-banco-do-brasil.ghtml. Acesso em 06 de novembro de 2018.
40
Redator Rock Content. Consumismo no Brasil: entenda o que realmente é e conheça o panorama no país. Marketingdeconteúdo.
https://marketingdeconteudo.com/consumismo-no-brasil/.
O que é consumismo?
O consumismo é o hábito de adquirir produtos e serviços sem precisar deles. É a compra pelo desejo,
e não pela necessidade.
Geralmente, é marcado pelas compras por impulso e estimuladas pela ansiedade. Em casos mais
graves, pode vir a se tornar uma compulsão.
Além disso, o consumismo está ligado à noção de que comprar mais vai trazer sensações de felicidade
e prazer momentâneo.
É também resultado da influência de propagandas abusivas, que insistem em relacionar o consumo à
felicidade e, muitas vezes, criam uma imposição de necessidades, mostrando como certos produtos ou
serviços são capazes de tornar a vida das pessoas melhor.
O maior problema surge quando o consumismo fica tão intenso que evolui para um comportamento
compulsivo.
Por exemplo: há quem use as compras como um gatilho para ajudar a melhorar o humor e, por isso,
frequentam o shopping sempre que se sentem estressados ou angustiados.
São consumidores que precisam de ajuda, porque muitas vezes se endividam devido à falta de
planejamento financeiro e de prioridade de despesas.
Inclusive, o consumismo tem uma outra face — também problemática —, que é o consumismo infantil.
Quando os produtos são associados a brindes, a personagens famosos ou a campanhas de
publicidade que focam em despertar a atenção das crianças, os pequenos conseguem facilmente
influenciar a decisão dos pais, especialmente em datas comemorativas.
Mas sabemos que não é só no Dia das Crianças e no Natal que os consumidores compram além do
necessário.
O Dia das Mães, o Dia dos Pais e o Dia dos Namorados também são exemplos de datas em que as
pessoas se sentem induzidas a irem às compras.
Contratação nessa modalidade abrange todo tipo de atividade; decisão vale para processos
trabalhistas abertos antes da Lei da Terceirização.
O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta quinta-feira, 30/08, por sete votos a quatro, a
terceirização de qualquer tipo de atividade, até mesmo das chamadas atividades-fim (que são as que
identificam a atuação de uma empresa ou de uma instituição).
41
Reuters. Bancos podem fechar contas de corretoras de criptomoedas sem justificativa, decide STJ. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/10/09/bancos-podem-fechar-contas-de-corretoras-de-criptomoedas-sem-justificativa-decide-stj.ghtml. Acesso em 10 de
outubro de 2018.
42
PUPO, A. MOURA, R. M. Por 7 a 4, STF aprova terceirização irrestrita. Estadão Negócios. https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,por-7-a-4-stf-aprova-
terceirizacao-irrestrita,70002480546?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-
sociais:082018:e&utm_content=:::&utm_term=::::. Acesso em 31 de agosto de 2018.
No ano, o dólar acumula alta de mais de 20%, segundo o ValorPro. Analistas não descartam que
câmbio chegue perto de R$ 5 com incerteza eleitoral.
O dólar disparou nesta terça-feira (21/08) e fechou acima de R$ 4 pela primeira vez desde 29 de
fevereiro de 2016, após o resultado de pesquisa Ibope para a Presidência da República. Foi o quinto
pregão consecutivo de alta.
A moeda norte-americana terminou o dia em valorização de 2% em relação ao real, vendida a R$
4,0358. Na máxima do dia, chegou a bater R$ 4,0373.
No ano, o dólar acumula alta de 23,8%, segundo o ValorPro. O dólar turismo, sem cobrança de IOF,
era vendido a R$ 4,20 nesta terça.
Internamente, os investidores repercutiram ao longo da sessão a divulgação das primeiras pesquisas
de intenção de voto após a inscrição das chapas candidatas às eleições de outubro, que mostraram um
cenário ainda incerto sobre a disputa presidencial. Eles temem a liderança de candidatos considerados
menos comprometidos com as reformas fiscais.
"O novo patamar do dólar nesse novo cenário é entre R$ 4,20 e R$ 4,50", afirmou à Reuters o
economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira. Outros analistas ouvidos pelo G1 não
descartam que a cotação chegue próximo dos R$ 5.
Com as turbulências, a bolsa brasileira fechou em queda de 1,5% nesta terça-feira, ao redor dos 75
mil pontos.
43
G1. Dólar dispara e fecha acima de R$4,00 pela 1ª vez em mais de 2 anos. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/21/cotacao-do-dolar-
21082018.ghtml. Acesso em 22 de agosto de 2018.
Risco-país
A economia brasileira sofre os efeitos do calendário eleitoral devido à indefinição sobre o próximo
governo e a política econômica a ser adotada a partir do próximo ano. Com isso, cresce a percepção de
risco dos investidores internacionais em relação à economia brasileira. Entre as principais economias
latino-americanas, o risco do Brasil só subiu menos que o da Argentina.
O dólar em alta é o indicativo mais visível do crescimento da desconfiança dos investidores em relação
ao Brasil.
Atuação do BC
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais,
equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,6 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence
em setembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
"Não há pressão de demanda nem por proteção cambial e nem por demanda no mercado à vista,
sendo que a alta do preço decorre do emocional e psicológico, fatores imponderáveis, não alcançáveis
por intervenção do BC, que se ocorrer será inócua", disse à Reuters o economista e diretor-executivo da
NGO Corretora, Sidnei Nehme, questionado sobre a possibilidade de o Banco Central atuar por meio de
leilões extraordinários de swap.
Última sessão
Na véspera, o dólar fechou cotado a R$ 3,9566, na maior cotação desde fevereiro de 2016. Até então,
a última vez que o dólar tinha encerrado uma sessão acima de R$ 3,95 havia sido no dia 29 de fevereiro
de 2016 (R$ 4,0036).
Segundo estudo, safra deve alcançar 300 milhões toneladas até 2028 e área plantada deve ter
expansão de 13,3%.
A safra brasileira de grãos e oleaginosas deve atingir 302 milhões de toneladas em 2027/2028, o que
representará um crescimento de 30% na comparação com os atuais 232 milhões de toneladas, de acordo
com o estudo Projeções do Agronegócio do Brasil, do Ministério da Agricultura, divulgado na segunda-
feira (06/08).
A safra de soja do Brasil deve saltar para 156 milhões de t em 2027/2028, versus aproximadamente
120 milhões atualmente, enquanto a de milho crescerá para 113 milhões.
O ministério afirmou que a área com todas as lavouras passará de 75 milhões para 85 milhões de
hectares, uma alta de 13,3% em 10 anos, com crescimento de plantio em pastagens ou em áreas
degradadas.
"As maiores expansões devem ocorrer no plantio de soja, cana de açúcar e milho. Lavouras, como
arroz, feijão, mandioca e laranja, devem ter redução de área plantada. Ganhos de produtividade deverão
compensar as reduções, de modo que não haverá recuo de produção. O café deve apresentar certa
estabilização da área e os ganhos de produtividade obtidos nos últimos anos permitem obter produção
crescente, mesmo com tendência de redução de área", afirma o ministério.
O estudo projeta ainda uma produção de carnes de 34 milhões de toneladas em 2027/28, o que
representa acréscimo de 7 milhões de toneladas sobre 2018, ou alta de 25%. O maior crescimento deve
ocorrer nas carnes suína e de frango, seguidas por carne bovina.
A maior expansão deverá ocorrer no Centro Oeste e no Norte, com aumento de produção estimado
em 34,8% e 34%, respectivamente. Os maiores avanços deverão ocorrer nos estados de Rondônia,
Tocantins e Pará. Quanto à área plantada de grãos, os estados do Centro Oeste terão incremento de
28,2%; do Norte, 23% e do Sul, 7,5%.
4444
G1. Governo projeta salto de 30% na produção de grãos do Brasil em 10 anos. https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2018/08/07/governo-ve-salto-
de-30-na-producao-de-graos-do-brasil-em-10-anos.ghtml. G1 Agro. https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2018/08/07/governo-ve-salto-de-30-na-
producao-de-graos-do-brasil-em-10-anos.ghtml. Acesso em 07 de agosto de 2018.
O presidente Michel Temer indicou nesta sexta-feira o engenheiro Ivan Monteiro como novo
presidente-executivo da Petrobras, em substituição a Pedro Parente, que pediu demissão do cargo nesta
manhã, em meio a ataques à política de preços da estatal.
Em breve pronunciamento no Palácio do Planalto, Temer afirmou que não haverá qualquer
interferência do governo sobre a política de preços da Petrobras e apontou a nomeação de Monteiro,
antes diretor financeiro e de relações com investidores na companhia, como uma garantia de que o rumo
da petroleira seguirá inalterado.
Para baixar diesel, governo corta verba de programas de transplantes e de combate ao trabalho
escravo46
45
REUTERS. Temer indica interno Ivan Monteiro para presidir Petrobras. Economia. Terra. < https://www.terra.com.br/economia/temer-indica-ivan-monteiro-para-
presidir-petrobras-e-nega-que-havera-interferencia-na-estatal,c5d3729cd2d28185e0d24bb7b7a6df4cglgdcirz.html> Acesso em 04 de junho de 2018.
46
CAMPOREZ, P. BRESCIANI, E. GÓES, B. Para baixar diesel, governo corta verba de programas de transplantes e de combate ao trabalho escravo. O Globo.
Economia <https://oglobo.globo.com/economia/2018/05/31/2270-para-baixar-diesel-governo-corta-verba-de-programas-de-transplantes-de-combate-ao-trabalho-
escravo?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo> Acesso em 01 de junho de 2018.
47
G1. Greve dos caminhoneiros afeta abastecimento e causa alta de preços. G1 Jornal Nacional. <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/05/greve-dos-
caminhoneiros-afeta-abastecimento-e-causa-alta-de-precos.html> Acesso em 24 de maio de 2018.
01. (Funcabes - Escriturário - PROMUN - 2018) Preços disparam, e alimentos perecíveis sornem de
mercados “Os preços de frutas e legumes dispararam na CEAGESP. Supermercados não fizeram
reajustes, mas alguns itens perecíveis acabaram. Segundo o setor, serão necessários 10 dias para a
normalização dos estoques.” A notícia acima, publicada no Jornal Folha de S. Paulo, na primeira página,
no dia 26 de maio de 2018 e divulgada pela mídia, refere-se ã crise no abastecimento de gêneros
alimentícios no Estado de São Paulo, decorrente:
(A) Do incêndio ocorrido na CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo)
no dia anterior, com 5 vítimas fatais.
(B) Do reflexo da seca prolongada que se abateu sobre a Região Sudeste, com a redução de volume
nos reservatórios das hidrelétricas regionais e a previsão de chuvas baixas em relação à média histórica.
(C) Da paralisação dos caminhoneiros, que deixou a capital do Estado em situação de emergência.
(D) Dos atritos entre produtores de grãos e produtores de carnes que vinham ocorrendo no campo,
desde o início do ano, provocando impacto negativo na produção de gêneros alimentícios para o
abastecimento do mercado.
02. (PC/SP - Agente Policial - VUNESP - 2018) Por unanimidade, o Banco Central manteve os juros
básicos da economia em 6,5% ao ano, ao mesmo tempo em que sinalizou o fim do ciclo de cortes no juro
iniciado em outubro de 2016.
(Folha de S.Paulo, 17.05.18. Disponível em: https://goo.gl/x3xnz4. Adaptado)
Uma das razões para a manutenção dos juros básicos no Brasil é
(A) a tendência de valorização do dólar.
(B) a perspectiva de espiral inflacionária.
(C) o cenário de recessão econômica.
(D) a crescente geração de emprego.
(E) o aumento expressivo da inadimplência.
04. (PC/SP – Agente Policial – VUNESP-2018) A paralisação dos caminhoneiros vem perdendo força
e dá claros sinais de que está próxima do fim. A Polícia Federal Rodoviária (PRF) notificou nesta quinta-
feira, 31 de maio, uma grande redução dos pontos de concentração nas rodovias federais. Em todos os
Estados, a vida começa a voltar ao ritmo normal.
(Exame, 31.05.18. Disponível em: https://goo.gl/JsGcc2. Adaptado)
A paralisação dos caminhoneiros evidenciou
(A) a relevância e a extensão da malha ferroviária no Brasil.
(B) a dependência da economia brasileira em relação ao rodoviarismo.
(C) a força do transporte aéreo de cargas na reposição dos estoques.
(D) o investimento crescente do Brasil no transporte fluvial.
(E) a perda de importância dos derivados de petróleo no abastecimento.
05. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP - Técnico Legislativo - Vunesp - 2018) A
decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de aumentar os impostos de importação de aço e alumínio
pode abalar o comércio mundial e a economia brasileira.
(UOL, 09.03.2018. Disponível em:<https://goo.gl/Tn1QpE> . Adaptado)
Uma das possíveis consequências da decisão de Trump para o Brasil é
(A) o aumento da produção de aço nacional, devido à demanda de outros países.
(B) uma crise na oferta de aço, diante da escassez do produto no mercado.
(C) o impacto nas siderúrgicas nacionais, que exportam muito para os EUA.
(D) a interrupção da importação de produtos norte-americanos, como retaliação à decisão.
(E) a redução no consumo de petróleo, muito utilizado na produção de aço.
Comentários
01. Resposta: C
O problema de abastecimento não afetou apenas a Ceagesp, mas também serviços fundamentais. “A
greve tem afetado o funcionamento de hospitais, reduziu a circulação de ônibus, provocou filas em postos
de combustíveis e supermercados, paralisou indústrias, prejudicou a movimentação de cargas em portos
e levou ao cancelamento de voos em diversos aeroportos do país”. (https://g1.globo.com/politica/noticia/raquel-dodge-afirma-
que-crise-de-abastecimento-causada-pela-greve-atinge-direitos-fundamentais.ghtml).
02. Resposta: A
O aumento do dólar pode encarecer produtos e serviços importados consumidos no Brasil e pressionar
a inflação. Como a desvalorização do real frente ao dólar, ocorrida antes da reunião de maio de 2018,
também pressiona os preços, o Copom avaliou que era preciso agir para impedir isso e decidiu por não
fazer um novo corte da taxa Selic, como era esperado por analistas do mercado financeiro, mas pela sua
manutenção no mesmo patamar deliberado na reunião de fevereiro de 2018, ou seja, de 6,5%.
(https://g1.globo.com/economia/noticia/bc-mantem-juros-em-65-ao-ano.ghtml).
03. Resposta: D
Ilan Goldfajn (Haifa, 12 de março de 1966) é um professor e economista israelo-brasileiro. É o atual
presidente do Banco Central do Brasil.
De origem judaica, nasceu em Haifa, Israel. Parte de sua criação deu-se no Rio de Janeiro, onde
estudou no Colégio Israelita Brasileiro A. Liessin.
Em 17 de maio de 2016, foi indicado ao cargo de presidente do Banco Central pelo ministro da Fazenda
Henrique Meirelles. Seu nome foi submetido à aprovação no Senado Federal, contando com 53 votos
favoráveis e 13 contrários. Foi empossado no cargo em 9 de junho.
04. Resposta: B
A greve dos caminhoneiros evidenciou a grande dependência brasileira do transporte rodoviário (para
mercadorias e para passageiros). Reconhecidamente o transporte rodoviário é eficiente para pequenas
distancias, forma que não é a utilizada no Brasil, país de dimensões continentais. Um segundo problema
(mais grave) é que a dependência de um único sistema de transportes gera maiores problemas quando
em casos de paralização, como vimos agora.
05. Resposta: C
A decisão do presidente norte-americano Trump afeta o setor siderúrgico nacional porque o Brasil
ocupa a segunda posição entre os países exportadores de aço para a industrial estadunidense. <
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/03/09/trump-cria-taxa-para-aco-e-aluminio-que-impacto-isso-pode-ter-na-sua-vida.htm>
Sociedade
saúde
Ipea: 23% dos jovens brasileiros não trabalham nem estudam48
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 23% dos jovens
brasileiros não trabalham e nem estudam (jovens nem-nem), na maioria mulheres e de baixa renda, um
dos maiores percentuais de jovens nessa situação entre nove países da América Latina e Caribe.
Enquanto isso, 49% se dedicam exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15%
trabalham e estudam ao mesmo tempo.
As razões para esse cenário, de acordo com o estudo, são problemas com habilidades cognitivas e
socioemocionais, falta de políticas públicas, obrigações familiares com parentes e filhos, entre outros. No
mesmo grupo estão o México, com 25% de jovens que não estudam nem trabalham, e El Salvador, com
24%. No outro extremo está o Chile, onde apenas 14% dos jovens pesquisados estão nessa situação. A
média para a região é de 21% dos jovens, o equivalente a 20 milhões de pessoas, que não estudam nem
trabalham.
48
Andréia Verdélio. Ipea: 23% dos jovens brasileiros não trabalham nem estudam. EBC Agência Brasil. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-12/ipea-23-
dos-jovens-brasileiros-nao-trabalham-e-nem-estudam. Acesso em 04 de dezembro de 2018.
Nem-nem
De acordo com a pesquisa, embora o termo nem-nem possa induzir à ideia de que os jovens são
ociosos e improdutivos, 31% dos deles estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da
metade, 64%, dedicam-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar, principalmente as mulheres. “Ou
seja, ao contrário das convenções estabelecidas, este estudo comprova que a maioria dos nem-nem não
são jovens sem obrigações, e sim realizam outras atividades produtivas”, diz a pesquisa.
Apenas 3% deles não realizam nenhuma dessas tarefas nem têm uma deficiência que os impede de
estudar ou trabalhar. No entanto, as taxas são mais altas no Brasil e no Chile, com aproximadamente
10% de jovens aparentemente inativos.
Para a pesquisadora do Ipea Joana Costa, os resultados são bastante otimistas, pois mostra que os
jovens não são preguiçosos. “Mas são jovens que têm acesso à educação de baixa qualidade e que, por
isso, encontram dificuldade no mercado de trabalhos. De fato, os gestores e as políticas públicas têm que
olhar um pouco mais por eles”, alertou.
Políticas públicas
A melhora de serviços e os subsídios para o transporte e uma maior oferta de creches, para que as
mulheres possam conciliar trabalho e estudo com os afazeres domésticos, são políticas que podem ser
efetivadas até no curto prazo, segundo Joana.
Com base nas informações, os pesquisadores indicam ainda a necessidade de investimentos em
treinamento e educação e sugerem ações políticas para ajudar os jovens a fazer uma transição bem-
sucedida de seus estudos para o mercado de trabalho.
Considerando a incerteza e os níveis de desinformação sobre o mercado de trabalho, para eles
[jovens] é essencial fortalecer os sistemas de orientação e informação sobre o trabalho e dar continuidade
a políticas destinadas a reduzir as limitações à formação de jovens, com programas como o Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Os programas de transferências condicionadas e
bolsas de estudo obtiveram sucesso nos resultados de cobertura”, diz o estudo.
De acordo com o Ipea, o setor privado também pode contribuir para melhorar as competências e a
empregabilidade dos jovens, por meio da adesão a programas de jovens aprendizes e incentivo ao
desenvolvimento das habilidades socioemocionais requeridas pelos empregadores, como autoconfiança,
liderança e trabalho em equipe.
No Brasil, por exemplo, segundo dados apresentados pelo Ipea, há baixa adesão ao programa Jovem
Aprendiz. De 2012 a 2015, o número de jovens participantes chegou a 1,3 milhão, entretanto esse é
potencial anual de jovens aptos para o programa.
É preciso ainda redobrar os esforços para reduzir mais decisivamente a taxa de gravidez de
adolescentes e outros comportamentos de risco fortemente relacionados com o abandono escolar entre
as mulheres e uma inserção laboral muito precoce entre os homens.
Conhecimento e habilidades
As oportunidades de acesso à educação, os anos de escolaridade média, o nível socioeconômico e
outros elementos, como a paternidade precoce ou o ambiente familiar, são alguns dos principais fatores
que influenciam a decisão dos jovens sobre trabalho e estudo, de acordo com a pesquisa. Em todos os
países, a prevalência de maternidade ou paternidade precoce é maior entre os jovens fora do sistema
educacional e do mercado de trabalho.
A pesquisa traz variáveis menos convencionais, como as informações que os jovens têm sobre o
funcionamento do mercado de trabalho, suas aspirações, expectativas e habilidades cognitivas e
socioemocionais. Para os pesquisadores, os jovens não dispõem de informações suficientes sobre a
remuneração que podem obter em cada nível de escolarização, o que poderia levá-los a tomar decisões
erradas sobre o investimento em sua educação. No caso do Haiti e do México, essa fração de jovens com
informações tendenciosas pode ultrapassar 40%.
A pesquisa aponta ainda que 40% dos jovens não são capazes de executar cálculos matemáticos
muito simples e úteis para o seu dia a dia e muitos carecem de habilidades técnicas para o novo mercado
do trabalho. Mas há também resultados animadores. Os jovens analisados, com exceção dos haitianos,
têm muita facilidade de lidar com dispositivos tecnológicos, como também têm altas habilidades
Realidade brasileira
No Brasil há cerca de 33 milhões de jovens com idade entre 15 e 24 anos, o que corresponde a mais
de 17% da população. Segundo a pesquisadora do Ipea Enid Rocha, o país vive um momento de bônus
demográfico, quando a população ativa é maior que a população dependente, que são crianças e idosos,
além de estar em uma onda jovem, que é o ápice da população jovem.
“É um momento em que os países aproveitam para investir na sua juventude. Devemos voltar a falar
das políticas para a juventude, que já foram mais amplas, para não produzir mais desigualdade e para
que nosso bônus demográfico não se transforme em um ônus”, disse.
Além das indicações constantes no estudo, Enid também destaca a importância de políticas de saúde
específica para jovens com problemas de saúde mental, traumas e depressão.
A pesquisa foi realizada em parceria do Ipea com a Fundación Espacio Público, do Chile, o Centro de
Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional (IRDC), o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), com apoio do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG).
Segundo relatório da organização internacional Oxfam, país perdeu uma posição em relação ao ano
anterior.
A edição 2018 do relatório da Oxfam Brasil "País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras",
divulgado nesta segunda-feira (26/11), mostra que, globalmente, o Brasil piorou seu desempenho em
relação à busca por igualdade de renda. O país já é o 9º mais desigual do planeta. Um ano antes, em
2016, ocupava a 10ª posição.
- Nosso relatório não só revela que o país estagnou em relação à redução das desigualdades, como
mostra que podemos estar caminhando para um grande retrocesso. E, novamente, quem está pagando
a conta são os mesmos de sempre: as pessoas em situação de pobreza, a população negra e as mulheres
- afirma Katia Maia, diretora-executiva da organização.
Rafael Georges, coordenador de Campanhas da Oxfam Brasil e autor do relatório, aponta onde o país
tem cometido erros:
- Cortamos gastos que chegam aos que mais precisam, em educação, saúde, assistência social, e não
mexemos no injusto sistema tributário que temos.
O estudo mostrou que 71% dos brasileiros são favoráveis ao aumento de impostos para o mais ricos.
Segundo a organização internacional de combate à pobreza, às desigualdades e às injustiças, é
a primeira vez que foi incluída na pesquisa uma pergunta sobre o tema: "o governo deve aumentar os
impostos somente de pessoas muito ricas para garantir melhor educação, mais saúde e mais moradia
para os que precisam?".
Realizada em parceria com o Datafolha, a pesquisa mostrou que, entre a população com menor renda,
o apoio é ainda maior: 74% das pessoas cujos rendimentos são de até um salário mínimo disseram ser
favoráveis, enquanto entre os com renda superior a cinco salários mínimos 56% disseram concordar com
a maior tributação sobre os mais ricos.
O Brasil é o país que menos tributa renda de patrimônio, se comparado ao total de sua carga tributária
bruta, dentre os 36 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Por aqui, de cada R$ 1 arrecadado, apenas R$ 0,22 vem de taxas sobre a renda e do patrimônio.
Nos demais países, essa mordida seria de R$ 0,40 para cada R$ 1 pago em tributos. Nos Estados
Unidos, por exemplo, 59,4% do que é arrecadado pelo Fisco vem de impostos sobre a renda e o
patrimônio da população. Isso significa que, no Brasil, a tributação recai muito mais sobre o consumo,
que basicamente é movido pelas famílias de renda menor. Assim, o sistema tributário acaba penalizando
os que têm rendimentos mais baixos.
49
O Globo. Brasil piora e já é o 9º no ranking global de desigualdade de renda. O Globo. https://oglobo.globo.com/economia/brasil-piora-ja-o-9-do-ranking-global-de-
desigualdade-de-renda-23254951?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo. Acesso em 27 de novembro de 2018.
Ministro Dias Toffoli sanciona lei que torna crime a importunação sexual50
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli substitui o presidente da República, Michel
Temer, que está em Nova York.
O constrangimento por que passam milhões de brasileiras no transporte público e em outros lugares
vai ser tratado de forma diferente desta segunda-feira (24/06) em diante. Os responsáveis pela chamada
importunação de natureza sexual vão responder a processo na Justiça, segundo uma nova legislação.
Agora é crime. O ato libidinoso contra alguém; denúncias de homens que se masturbam ou ejaculam
em mulheres no transporte público, por exemplo. A importunação sexual, até hoje, era contravenção, só
pagava multa. Agora dá prisão, pena de um a cinco anos. Isso se o ato não incluir crimes mais graves.
“Eles ficam atrás. Ficam esfregando. Outra hora, mesmo sentada na cadeira, ficam deslizando o braço.
Eu olho, eu falo, eu reclamo. Eu falo para a pessoa”, diz a auxiliar de serviços gerais Darcilena Francisca
da Silva. “Muitas pessoas encostam nas outras e aí fica assim, ficam aproveitando pelo fato do ônibus
estar cheio”, diz a secretária Vivian Maria Nogueira Gomes.
A lei foi sancionada nesta segunda-feira (24/09) pelo presidente interino, Dias Toffoli. O presidente do
Supremo Tribunal Federal substitui Michel Temer, que está em Nova York.
O texto também aumenta as penas nos casos de estupro coletivo, quando cometido por duas ou mais
pessoas. Divulgação de imagens de estupro, cenas de nudez, sexo ou pornografia, sem o consentimento
da vítima, prevê prisão. E dependendo do caso, pode ter a pena elevada.
Os frequentes casos de abuso, atos libidinosos contra mulheres, especialmente em ônibus, no metrô,
exigiram a mudança na lei. Não estavam previstos no Código Penal e, por isso mesmo, não podiam ser
devidamente punidos.
Foi o caso do ajudante de serviços gerais Diego Ferreira de Novaes, de 27 anos. Em 2017, ele ejaculou
em uma mulher dentro de um ônibus, em São Paulo. Foi preso e logo solto. Ele já tinha sido detido outras
15 vezes pelo mesmo motivo. Não era crime. Na mesma semana, ele atacou outra passageira, também
na Avenida Paulista. Acabou sendo declarado inimputável em laudo psiquiátrico e internado como medida
de segurança por um ano.
Para proteger as mulheres, já havia vagões exclusivos em trens e metrôs, mas faltava tipificar o crime
para acabar com a impunidade.
“Eu tenho uma filha de 15 anos, então eu me preocupo bastante com isso. Acho que vai mudar porque
aí a pessoa fica com medo de ir para uma prisão. Então, pode ser que faça a diferença”, diz o vigilante
Dielson Miranda Aguiar.
50
Jornal Nacional. Ministro Dias Toffoli sanciona lei que torna crime a importunação sexual. G1 Jornal Nacional. https://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2018/09/24/ministro-dias-toffoli-sanciona-lei-que-torna-crime-a-importunacao-sexual.ghtml. Acesso em 25 de setembro de 2018.
Número de pessoas afetadas pela fome retrocedeu a níveis de uma década atrás. Brasil está entre 51
países mais expostos a extremos climáticos e, portanto, mais suscetíveis a aumento de casos de
desnutrição.
O número de pessoas afetadas por desnutrição mundo afora aumentou pelo terceiro ano consecutivo
em 2017, retrocedendo a níveis de uma década atrás, aponta um relatório publicado por agências da
Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (11/09).
Um total de 821 milhões de pessoas, ou uma em cada nove no planeta, não tem o suficiente para
comer. Em 2016, 804 milhões de pessoas estavam nessa situação.
Mundo afora, quase 151 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade sofreram de
desnutrição no ano passado, ou 22% das crianças no mundo. Ao mesmo tempo, 672 milhões de adultos
no mundo – um em cada oito – estão obesos, ante 600 milhões em 2014.
No Brasil, a situação é considerada estável nos últimos anos, e o problema atinge hoje 2,5% da
população. De 2004 a 2006, a taxa registrada foi de 4,6%. Ao mesmo tempo, aumentou a percentagem
de adultos obesos no país, de 19,9% em 2012 para 22,3% em 2018.
De acordo com a ONU, mudanças climáticas e a ocorrência de conflitos impulsionam o retrocesso. A
maior variabilidade nas temperaturas usuais, chuvas intensas e mudanças no padrão das estações
impactam a quantidade e a qualidade de comida disponível e afetam principalmente os mais pobres.
O Brasil, por exemplo, registrou nos últimos anos várias ocorrências de temperaturas extremas em
áreas destinadas à agricultura e estiagens mais frequentes. O país está entre os 51 listados no relatório
da ONU como mais expostos a extremos climáticos em 2017, e, portanto, mais suscetível ao aumento de
casos de desnutrição.
A situação tem piorado principalmente na América do Sul e na maior parte da África, enquanto, na
Ásia, a situação é estável na maioria das regiões. A Ásia tem o maior número de pessoas desnutridas no
mundo – de 515 milhões – devido ao tamanho de sua população.
Em termos relativos, o leste da África é a região mais afetada, com 31,4% da população classificada
como desnutrida. Na América do Sul, 5% das pessoas se enquadram na categoria.
Na América do Sul, a ONU apontou a queda no preço de commodities, como o petróleo, como o
provável motivo das maiores taxas de desnutrição, já que houve menos recursos disponíveis para
importação de comida e investimentos na economia. A falta de alimentos levou cerca de 2,3 milhões de
pessoas a fugir da Venezuela até junho, afirmou a ONU.
O relatório foi publicado conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), pelo Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e pela Organização Mundial
da Saúde (OMS).
Estimativa mais recente da população mostra que 24% dos brasileiros vivem nas capitais. Menos de
1% dos municípios têm mais de 500 mil habitantes e apenas 3 têm menos de mil.
A população brasileira foi estimada em 208,5 milhões de habitantes, conforme divulgado nesta quarta-
feira (29/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estimativas da população para
estados e municípios, com data de referência em 1º de julho de 2018, foram publicadas no "Diário Oficial
da União".
Na comparação com 2001, quando havia pouco mais de 172,3 milhões de habitantes, a população
brasileira cresceu 21%. A taxa de crescimento em relação a 2017, quando a população somava 207,6
milhões, foi de 0,82%.
Principais destaques:
- 21,8% da população do país (45,5 milhões) vive no estado de São Paulo.
- Apenas 3 estados, todos no Norte, têm menos de 1 milhão de habitantes.
- 23,8% da população (49,7 milhões) vive nas 27 capitais.
- Mais da metade da população (57%) vive em apenas 5,7% dos municípios do país (317).
- Dos 5.570 municípios, apenas 46 (0,8%) têm mais de 500 mil habitantes.
51
Deutsche Welle. Uma em cada nove pessoas no mundo passa fome, diz ONU. https://www.dw.com/pt-br/uma-em-cada-nove-pessoas-no-mundo-passa-fome-diz-
onu/a-45441441. Acesso em 13 de setembro de 2018.
52
Silveira, Daniel. Brasil tem mais de 208,5 milhões de habitantes, segundo IBGE. G1. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/29/brasil-tem-mais-de-208-
milhoes-de-habitantes-segundo-o-ibge.ghtml. Acesso em 30 de Agosto de 2018.
Tribunal apontou o Estado brasileiro como responsável pela violação ao direito de conhecer a verdade
sobre o assassinato do jornalista
A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) condenou o Brasil pela falta de investigação
e sanção dos responsáveis pela morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, durante o regime militar,
informou o tribunal nesta quarta-feira (04/07).
O tribunal questionou a aplicação da lei de anistia de 1979 para encobrir os responsáveis pela morte
de Herzog e apontou o Estado brasileiro como responsável pela violação ao direito de conhecer a verdade
e a integridade pessoal em detrimento dos familiares da vítima.
O caso ocorreu após a detenção de Herzog, em 25 de outubro de 1975, quando foi interrogado,
torturado e assassinado "em um contexto sistemático e generalizado de ataques contra a população civil,
considerada como opositora à ditadura brasileira", segundo a corte, sediada em San José, na Costa Rica.
A instância ressaltou que as principais vítimas destes abusos eram jornalistas e membros do Partido
Comunista Brasileiro, durante a ditadura que governou o Brasil entre 1964 e 1985.
Diretor de jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog foi convocado pelo DOI-Codi em 1975 a prestar
depoimento sobre seus vínculos com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). No dia seguinte, estava
morto. No mesmo dia da prisão, o Exército divulgou que Herzog tinha se suicidado e confirmou a versão
em uma posterior investigação da jurisdição militar. A versão oficial, supostamente corroborada por uma
foto do jornalista enforcado, não convenceu.
Na imagem, Vlado estava de joelhos dobrados, com a cabeça pendida para a direita e o pescoço preso
a uma tira de pano. A "fake news" da ditadura não resistiu à verdade indiscutível, testemunhada por
colegas jornalistas de Herzog também detidos: ele havia sido torturado e morto pelos militares.
O assassinato coincidia com uma greve estudantil em algumas das principais universidades de São
Paulo. Organizado por Dom Paulo Evaristo Arns, o ato inter-religioso em homenagem à Herzog reuniu 8
mil cidadãos na Catedral da Sé em outubro daquele ano. O número poderia ser maior não fosse o esforço
dos militares em dificultar o acesso da população ao local.
Novas investigações foram iniciadas em 1992 e 2007, mas as duas foram arquivadas em aplicação à
lei de anistia.
Durante as audiências perante o tribunal interamericano, "o Brasil reconheceu que a conduta estatal
de prisão arbitrária, tortura e morte de Vladimir Herzog causou aos familiares uma dor severa,
reconhecendo sua responsabilidade" no caso, informou a corte em um comunicado.
Em sua sentença, a Corte IDH determinou que a morte de Herzog foi um "crime contra a humanidade",
razão pela qual o Estado não podia invocar a prescrição do crime ou a lei de anistia para evitar sua
investigação e a sanção dos responsáveis.
Destacou ainda que o Brasil violou os direitos às garantias judiciais e à proteção da mulher e dos filhos
de Herzog, e que o país descumpriu sua obrigação de adequar sua legislação interna à Convenção
Americana de Direitos Humanos, ao manter a lei de anistia vigente.
O tribunal ordenou ao Brasil várias medidas de reparação, como a investigação dos fatos ocorridos
com a detenção de Herzog para identificar e sancionar os responsáveis por sua tortura e morte.
53
Carta Capital. Corte Interamericana condena Brasil por Morte de Vladimir Herzog. <https://www.cartacapital.com.br/politica/corte-idh-condena-brasil-por-morte-de-
vladimir-herzog-durante-ditadura> Acesso em 05 de julho de 2018.
Portaria foi publicada na terça. Estados e DF terão de assinar adesão e criar estruturas locais, em
troca de consultoria e 'articulação de verbas' da União.
O governo federal lança nesta quarta-feira (16/05), em Brasília, um pacto nacional de enfrentamento
à violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – os grupos que compõem a sigla
LGBT. Os governos dos estados e do Distrito Federal terão de manifestar, individualmente, a adesão ao
programa.
Até a tarde desta terça (15/05), 12 estados tinham confirmado presença na cerimônia de assinatura,
segundo o Ministério dos Direitos Humanos. O pacto tem vigência prevista de dois anos, prorrogáveis por
igual período.
A portaria que institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica já foi publicada no
Diário Oficial da União. Nela, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, cita tratados
internacionais, o Programa Nacional de Direitos Humanos instituído no país em 2009 e recomendações
das Nações Unidas sobre o tema.
De acordo com a portaria, o pacto "tem por objetivo promover a articulação entre a União, Estados e
Distrito Federal nas ações de prevenção e combate à LGBTfobia". O formato exato dessa articulação não
consta na portaria, e deve ser detalhado durante a cerimônia de lançamento, à tarde.
O lançamento do pacto nacional ocorre dois dias antes do Dia Nacional de Combate à Homofobia no
Brasil, celebrado em 17 de maio. Nesta mesma data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
retirou o termo "homossexualismo" da lista de doenças e problemas de saúde.
Adesão e compromissos
Junto com a portaria, o governo também publicou o modelo do Termo de Adesão a ser preenchido
pelos governos signatários do pacto. O documento lista alguns dos "direitos e deveres" gerados pela
medida.
As atribuições dos estados e do DF incluem a criação de estruturas para "promoção de políticas"
ligadas à população LGBT, assim como "equipamentos nos órgãos estaduais para atendimento
adequado" aos mesmos grupos.
Os governos locais também terão de dar "pleno funcionamento" ao comitê gestor estadual, em até 60
dias após a assinatura do termo. A partir daí, começa um outro prazo, de 45 dias, para a apresentação
de um "plano de ação", com cronograma e estatísticas.
As ações não se resumem à burocracia. O governo que aderir ao pacto terá de incluir as políticas
LGBT no Plano Plurianual (PPA) – um documento elaborado de 4 em 4 anos, e que serve como base
para a elaboração dos orçamentos anuais de cada governo. Na prática, a inclusão no PPA funciona como
uma "garantia orçamentária" para o tema.
Os gestores que cumprirem os compromissos podem, em troca, exigir contrapartidas da União. A lista
de possibilidades inclui auxílio técnico para o cumprimento do pacto, o compartilhamento de dados de
denúncias do Disque Direitos Humanos (Disque 100) e a capacitação de gestores e gestoras.
Muito a percorrer
De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, em 2017, o Disque 100 registrou 1.720 denúncias
de violações de direitos de pessoas LGBT.
A cada 10 casos, 7 são referentes a episódios de discriminação. A violência psicológica aparece em
53% das denúncias, e a física, em 31%. O somatório é maior que 100% porque, muitas vezes, um único
caso é composto de diferentes tipos de violação.
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), em 2016, 343 pessoas foram mortas pela
LGBTIfobia. A sigla usada pela entidade inclui a letra I, de intersexual – alguém que, por razões genéticas
ou de desenvolvimento fetal, não se enquadra na definição típica de "masculino" ou "feminino".
54
Matheus Rodrigues. Governo Federal lança pacto nacional contra LGBTfobia nesta quarta. G1 Distrito Federal. < https://g1.globo.com/df/distrito-
federal/noticia/governo-federal-lanca-pacto-nacional-contra-lgbtfobia-nesta-quarta.ghtml> Acesso em 16 de maio de 2018.
01. (CRQ – 5ª Região (RS) – Auxiliar Administrativo – FUNDATEC) A Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH) foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 na Assembleia-Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU). O documento é a base de uma luta universal que visa a
igualdade e a dignidade de todas as pessoas e o combate à opressão e à discriminação. Os direitos
humanos são essenciais a todos os seres humanos e garantem as liberdades fundamentais que devem
ser aplicadas a cada cidadão do planeta. Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO consta como um direito
proclamado no documento assinado pela maioria dos países do mundo?
(A) Direito à propriedade.
(B) Direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país; diretamente ou por intermédio
de representantes livremente escolhidos.
(C) Pagamento de salário igual por trabalho igual sem discriminação alguma.
(D) Direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu.
(E) Direito à legítima defesa.
02. (ESAF – Planejamento e Orçamento – ESAF) No Século XXI, o Trabalho Forçado, Trabalho
análogo ao Escravo e o Trabalho Infantil ainda são uma realidade no mundo e o Brasil não é uma exceção.
Existem inúmeras razões para a persistência do Trabalho Forçado e Trabalho análogo ao Escravo no
Brasil.
Não é uma das razões para persistência do Trabalho Forçado no Brasil.
(A) Sentimento de Impunidade para os promotores do Trabalho Forçado ou Trabalho análogo ao
Escravo, na maioria dos casos praticado em áreas distantes e/ ou desconhecidas dos trabalhadores
recrutados.
(B) São raros os casos de condenação criminal por Trabalho Forçado no Brasil. A lei tem dificuldade
em atingir o promotor do trabalho escravo, devido a existência de intermediários (“os gatos”)
encarregados da contratação.
(C) No Brasil, a lei penal é inadequada para a responsabilização dos infratores. Falta clareza ao
qualificar como crime de condição análoga à escravidão a submissão do empregado a uma jornada
exaustiva ou em situação degradante.
(D) A legislação penal brasileira está em descompasso com o conceito universal de trabalho escravo
em razão da não adesão pelo Brasil as Convenções Internacionais que tratam do tema.
(E) Dificuldade de fiscalizar um país com as dimensões territoriais do Brasil.
Gabarito
01.E / 02.D
Comentários
01. Resposta: E
De acordo com a Declaração Universal dos Diretos Humanos:
Artigo 13°
1.Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um
Estado.
2.Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de
regressar ao seu país.
Artigo 17°
1.Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade.
2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 21°
1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios, públicos do seu país, quer
diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
Artigo 23°
1.Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2.Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
Educação
saúde
Matrículas do ensino médio em tempo integral aumentam, mas ficam abaixo de meta do governo
Temer55
Dos 7,7 milhões de alunos do ensino médio, 9,5% estudavam em tempo integral em 2018, mas meta
era chegar até 13%. Dados do Censo Escolar foram divulgados pelo Inep nesta quinta-feira.
Depois de reformar o ensino médio e lançar um programa para expandir o número de matrículas em
tempo integral nesse ciclo da educação básica, a gestão do ex-presidente Michel Temer conseguiu
aumentar em 41,8% o número de estudantes que passam sete horas por dia na escola. Entretanto, não
bateu a meta que ela mesma se impôs: em 2018, segundo dados do Censo Escolar divulgado nesta
quinta-feira (31/01), as matrículas no ensino integral representavam 9,5% do total de estudantes
matriculados no ensino médio. A expectativa é que chegassem até 13% no fim do ano passado.
55
Ana Carolina Moreno Flavia Foreque. Matrículas do ensino médio em tempo integral aumentam, mas ficam abaixo de meta do governo. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/01/31/matriculas-do-ensino-medio-em-tempo-integral-aumentam-mas-ficam-abaixo-de-meta-do-governo-temer.ghtml.
Acesso em 31 de janeiro de 2019.
Investimento bilionário
O aumento das matrículas em tempo integral coincide com o anúncio, feito pelo então ministro
Mendonça Filho, do Programa de Fomento à Implantação das Escolas de Ensino Médio em Tempo
Integral (EMTI), em setembro de 2016. Ele previa um investimento de R$ 1,5 bilhão até o fim de 2018, e
o custo anunciado chegaria a R$ 4 bilhões em quatro anos.
Pela iniciativa, o MEC investiria R$ 2 mil por aluno matriculado no ensino integral, como ajuda de custo
para que as redes públicas ampliassem a oferta.
Em maio de 2018, a pasta afirmou que 516 escolas já estavam sendo financiadas em 2017, mas
alterou a previsão de investimento. "No total, o MEC apoiará progressivamente 500 mil matrículas nas
escolas de Ensino Médio em Tempo Integral e até 2020, os investimentos podem alcançar R$ 1,5 bilhão",
dizia o comunicado.
Em outubro do ano passado, três meses antes do fim do prazo, uma apresentação feita pelo então
ministro da Educação Rossieli Soares Silva indicou que o programa já atendia 900 escolas, reunindo um
total de 430 mil matrículas, e que o investimento chegou a R$ 900 milhões.
Além disso, outros R$ 200 milhões foram anunciados naquele mês para um programa de avaliação da
política. Inicialmente, a proposta era selecionar 312 escolas para passarem pela avaliação sobre o
impacto do fomento ao tempo integral, com duração prevista de quatro anos. Em novembro, o MEC
afirmou que selecionou 204 escolas para a avaliação comparativa – metade delas participa do programa,
e a outra metade não.
Maria Fini estava no cargo desde 2016, e Bolsonaro já havia dito que trocaria comando do órgão
responsável pelo Enem. Presidente também disse que acessará prova antes da aplicação.
A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Estatísticas Anísio Teixeira (Inep), Maria
Inês Fini, foi exonerada nesta segunda-feira (14/01).
A exoneração foi publicada no "Diário Oficial da União" e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni.
No cargo desde maio de 2016, Maria Inês foi nomeada pelo então presidente Michel Temer, e o
presidente Jair Bolsonaro já havia dito, ainda no ano passado, que trocaria o comando do órgão.
Vinculado ao Ministério da Educação, o Inep é o órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem).
Em novembro, já como presidente eleito, Bolsonaro afirmou que, a partir deste ano, ele terá acesso
ao conteúdo da prova do Enem antes de o exame ser aplicado.
Na ocasião, Bolsonaro disse ter tomado a decisão porque o Enem de 2018 abordou o "pajubá",
conjunto de expressões associadas aos gays e aos travestis.
"Esta prova do Enem – vão falar que eu estou implicando, pelo amor de Deus –, este tema da
linguagem particular daquelas pessoas, o que temos a ver com isso, meu Deus do céu? Quando a gente
vai ver a tradução daquelas palavras, um absurdo, um absurdo! Vai obrigar a molecada a se interessar
por isso agora para o Enem do ano que vem?", indagou Bolsonaro na ocasião.
"Podem ter certeza e ficar tranquilos. Não vai ter questão desta forma ano que vem, porque nós vamos
tomar conhecimento da prova antes. Não vai ter isso daí", acrescentou.
Uma semana antes das declarações de Bolsonaro, Maria Inês Fini afirmou em entrevista ao G1 que o
Enem "não é deste ou daquele governo", mas, sim, "do Brasil".
56
G1. Governo Bolsonaro exonera chefe do Inep nomeada por Temer. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/01/14/governo-bolsonaro-exonera-chefe-do-inep-
nomeada-por-temer.ghtml. Acesso em 15 de janeiro de 2019.
Ministério diz que a exoneração não tem relação com a mudança do edital e que faz parte de uma
reorganização administrativa.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, exonerou nesta sexta (11/01) dez pessoas que
ocupavam cargos comissionados no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), incluindo
o chefe de gabinete do órgão, Rogério Fernando Lot.
Como presidente interino do FNDE, foi Lot quem assinou a recente retificação no edital que permitiria
a aquisição de obras com erros de impressão e propagandas.
Procurado pelo G1, o Ministério da Educação informou, em nota, que as exonerações fazem parte de
uma "reorganização administrativa" que o MEC está promovendo "com a chegada da nova gestão" e que
"não têm relação com o erro na publicação da retificação do PNLD 2020".
A alteração do edital, publicada no "Diário Oficial da União" no dia 2 de janeiro, também retirava a
exigência para as editoras de retratar a diversidade étnica e o compromisso com ações de não violência
contra a mulher, além de citar referências bibliográficas.
No mesmo dia da divulgação do caso pela imprensa na quarta (09/01), o MEC anulou o edital e culpou
a gestão anterior, do governo Temer, de alterar o documento. O ex-ministro da Educação Rossieli Soares
negou que a gestão dele tenha feito as mudanças no texto.
Nesta quinta (10/01), Vélez Rodríguez pediu a abertura de uma sindicância para apurar o caso.
Veja as alterações:
Erros de impressão - Na versão de outubro, o edital dizia que a obra deveria "estar isenta de erros de
revisão e /ou impressão". Esse trecho foi retirado.
Referências bibliográficas - Outro trecho que foi tirado do edital afirmava que o livro deveria "incluir
referências bibliográficas".
Propaganda - Também foi excluída a exigência de que a obra deve "estar isenta de publicidade, de
marcas, produtos ou serviços comerciais, exceto quando enquadrar-se nos casos referidos no Parecer
CEB nº 15 de 04/07/2000".
Diversidade étnica - A versão de outubro determinava que os livros deveriam "retratar adequadamente
a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país". Este trecho também
foi retirado do edital.
Não violência contra a mulher - A atualização do edital fundiu três artigos da versão anterior, retirando,
por exemplo, trechos que exigiam o compromisso com ações de não violência contra a mulher. Na parte
que fala em promover positivamente mulheres, afrodescendente e povos indígenas, foi retirada a
expressão "homens do campo".
O edital, cuja primeira versão foi publicada em março de 2018, contém diretrizes para aquisição de
obras para os 6º e 9º anos do ensino fundamental de escolas públicas federais, estaduais, municipais e
do Distrito Federal.
A compra do material, que deve ser usado em 2020, é feita pelo Programa Nacional do Livro.
É comum haver alterações em documentos desse tipo. A mudança do dia 2 de janeiro foi a quinta já
realizada no edital, a primeira durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.
57
G1. MEC exonera responsável por edital que liberava compra de livro didático com erro e propaganda. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/01/11/presidente-interino-do-fnde-e-exonerado-apos-polemica-com-livros-didaticos.ghtml. Acesso em 14 de janeiro de
2018.
Projeto proíbe que professores manifestem posicionamentos políticos ou ideológicos e que discutam
questões de gênero em sala de aula. Foi a 12ª reunião convocada para votar o parecer.
O presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que discute o projeto conhecido
como Escola Sem Partido, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), encerrou nesta terça-feira (11/12) os
trabalhos do colegiado sem que fosse votado o parecer do relator. Não haverá mais reunião da comissão
e o projeto será arquivado.
A proposta proíbe que professores manifestem posicionamentos políticos ou ideológicos e que
discutam questões de gênero em sala de aula.
O deputado Marcos Rogério encerrou os trabalhos da comissão depois de 12 sessões sem resultado
e seguidas tentativas de votação do relatório do deputado Flavinho (PSC-SP).
“Quem está sepultando o projeto nesta legislatura não é a oposição. Quem não está deliberando é
quem tem maioria neste parlamento - que não comparece", afirmou Marcos Rogério.
Ele fez ainda elogios à atuação dos partidos de oposição, que, segundo ele, fez o "bom combate", que
conseguiu atrasar o andamento da tramitação com base no regimento da Câmara. "A oposição merece o
reconhecimento da comissão. Se pautou na obstrução e cumpriu aquilo que lhe é garantia regimental",
disse.
Arquivado
Com o fim da legislatura, todos os projetos que não têm parecer aprovado nas comissões vão
automaticamente ao arquivo. O atual mandato termina em 31 de janeiro, mas os parlamentares entram
em recesso a partir do dia 23 de dezembro e, portanto, encerrando os trabalhos legislativos.
Pelo regimento da Câmara, o autor do projeto ou de qualquer outro que tramita em conjunto pode
apresentar requerimento para desarquivá-lo. Se isso acontecer, a tramitação começará do zero, com a
criação de uma nova comissão.
A oposição comemorou o encerramento dos trabalhos. Com cartazes, manifestantes que
acompanhavam a comissão entoaram cantorias.
Embora houvesse quórum suficiente registrado no painel eletrônico, o plenário da comissão estava
esvaziado, o que fez com que a reunião demorasse quase três horas para ser aberta.
Os deputados favoráveis ao projeto – muitos deles ligados à bancada religiosa – marcavam presença
e deixavam o local, com exceção de apenas três ou quatro. Apenas os parlamentares críticos ao projeto
permaneceram em peso na comissão o tempo todo.
Foi a 12ª reunião para votar o parecer que impõe regras aos professores sobre o que pode ser
ensinado em sala de aula. Desde julho, a comissão tem convocado reunião para a discussão e votação
do relatório do deputado Flavinho (PSC-SP).
Assim como nas reuniões anteriores, deputados críticos ao texto apresentaram requerimentos
regimentais que precisaram ser votados antes, fazendo com que a tramitação da proposta não avance.
Controvérsia
No seu parecer, o relator diz que o professor "ao tratar de questões políticas, socioculturais e
econômicas", deverá apresentar aos alunos, "de forma justa, as principais versões".
58
Fernanda Calgaro. Comissão da Escola Sem Partido encerra trabalhos sem votar parecer; projeto será arquivado. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/12/11/comissao-da-escola-sem-partido-encerra-trabalhos-sem-votar-parecer-projeto-sera-
arquivado.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio é aprovada pelo CNE; texto segue para o
MEC59
O Conselho Nacional de Educação aprovou nesta terça-feira (04/12) o parecer e a minuta de resolução
da etapa referente ao Ensino Médio da Base Nacional Comum Curricular. Eles foram aprovados por
unanimidade.
O texto referente ao Ensino Médio agora segue para o Ministério da Educação para homologação,
assim será finalizado o processo de construção da base nacional da educação básica. O documento
agora se une à etapa da Base Nacional do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, homologada no
ano passado.
A Base Nacional Comum Curricular tem caráter normativo e não necessita passar por votação no
Congresso Nacional e nem precisa de sanção presidencial. Com a homologação do MEC, as normas já
entram em vigor.
Com a mudança, as disciplinas de Matemática e Português terão carga horária obrigatória nos três
anos do Ensino Médio. As demais matérias poderão ser distribuídas ao longo dos três anos (seja em um
ano, em dois ou nos três).
Uma terceira mudança fica por conta dos currículos estaduais que deverão ser adaptados e
implementados até o início das aulas de 2022.
A Base define o conteúdo a que os estudantes do Ensino Médio devem aprender em sala de aula. “A
BNCC servirá de orientação à elaboração dos currículos das redes municipais, estaduais e federal de
ensino, tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. O documento referente à etapa do ensino
médio foi entregue ao CNE em abril deste ano, quando passou a ser discutido pela comissão da BNCC
no CNE até chegar a esta aprovação”, traz nota da Assessoria de Comunicação do MEC.
O documento referente à etapa do Ensino Médio se soma às novas diretrizes desta modalidade de
ensino que, aprovadas e homologadas no mês passado, vão nortear o Novo Ensino Médio em todo o
país.
Nas redes sociais, o governador disse que falar em “Escola Sem Partido” tem servido para encobrir
propósitos autoritários incompatíveis com a Constituição.
O governador Flávio Dino (PCdoB) editou nesta segunda-feira (12/11) um decreto para assegurar, no
ambiente das escolas da rede estadual, a liberdade de expressão e opinião a professores, estudantes e
funcionários.
"Editei agora Decreto garantindo Escolas com Liberdade e Sem Censura no Maranhão, nos termos do
artigo 206 da Constituição Federal. Falar em “Escola Sem Partido” tem servido para encobrir propósitos
autoritários incompatíveis com a nossa Constituição e com uma educação digna", destacou o governador
em uma postagem nas redes sociais.
O artigo 206 da Constituição Federal diz que o ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
59
Jovem Pan. Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio é aprovada pelo CNE; texto segue para o MEC. https://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil/base-
nacional-comum-curricular-do-ensino-medio-e-aprovada-pelo-cne-texto-segue-para-o-mec.html?utm_source=twitter&utm_medium=social-
media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral. Acesso em 06 de dezembro de 2018.
60
G1 MA. Flávio Dino edita decreto sobre liberdade de expressão em escolas do Maranhão. G1 Maranhão.
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2018/11/12/flavio-dino-edita-decreto-sobre-liberdade-de-expressao-em-escolas-do-maranhao.ghtml. Acesso em 13 de
novembro de 2018.
Uneb terá cotas para trans, ciganos, portadores de transtorno do espectro autista e pessoas com
deficiência61
Instituição vai oferecer 5% de vagas adicionais para o público, além das que já são ofertadas
normalmente. Decisão valerá para os processos de graduação e de pós-graduação a partir de 2019.
A Universidade Estadual da Bahia (Uneb) terá sistema de cotas para transexuais, travestis,
transgêneros, quilombolas, ciganos e portadores de deficiência, transtorno do espectro autista e altas
habilidades.
De acordo com as informações divulgadas pela instituição nesta segunda-feira (23/07), a decisão foi
tomada pelo Conselho Universitário (Consu) e começa a valer a partir de 2019, em todos os processos
de graduação e de pós-graduação da universidade.
Segundo a Uneb, serão oferecidos 5% de vagas adicionais para cada um dos grupos, além das que
já são ofertadas para os demais. Dessa forma, as novas cotas não devem alterar o percentual ofertado
aos não cotistas.
Atualmente, a instituição oferece 40% das oportunidades para negros e 5% para indígenas, além das
vagas de ampla concorrência, para quem não integra o sistema de cotas, que, segundo a instituição,
corresponde a 60%.
Ainda conforme a Uneb, para concorrer às cotas, assim como nos demais grupos, os candidatos das
novas cotas devem ter cursado todo o segundo ciclo do ensino fundamental e o ensino médio
exclusivamente em escola pública, além de terem renda familiar mensal de até quatro salários mínimos.
Uneb
Fundada em 1983, a Uneb é mantida pelo Governo do Estado por intermédio da Secretaria da
Educação (SEC). A instituição possui 29 departamentos instalados em 24 campi: um sediado em
Salvador, onde se localiza a administração central, e os demais distribuídos em 23 importantes municípios
baianos de porte médio e grande, como Feira de Santana, Juazeiro, Vitória da Conquista e Barreiras.
Atualmente, segundo o site da instituição, mais de 150 opções de cursos e habilitações nas
modalidades presencial e de educação a distância (EaD) são ofertados pela universidade, nos níveis de
graduação e pós-graduação.
Além dos campi, a Uneb está presente na quase totalidade dos 417 municípios do estado, por
intermédio de programas e ações extensionistas em convênio com organizações públicas e privadas, que
beneficiam milhões de cidadãos baianos, a maioria pertencente a segmentos social e economicamente
desfavorecidos e excluídos. Entre eles, a alfabetização e capacitação de jovens e adultos em situação de
risco social; educação em assentamentos da reforma agrária e em comunidades indígenas e quilombolas;
projetos de inclusão e valorização voltados para pessoas com deficiência, da terceira idade, LGBT.
61
G1 BA. Uneb terá cotas para trans, ciganos, portadores de transtorno do espectro autista e pessoas com deficiência. G1 Bahia.
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/07/23/uneb-tera-cotas-para-trans-ciganos-portadores-de-transtorno-do-espectro-autista-e-pessoas-com-
deficiencia.ghtml. Acesso em 24 de julho de 2018.
Fies vai voltar a atender cursos com mensalidade de até R$ 7 mil, anuncia MEC62
Valor máximo que um contrato de financiamento poderia ter era de R$ 30 mil por semestre; mas, a
partir do segundo semestre, ele vai ser 40% maior, para R$ 42 mil por semestre, ou R$ 7 mil por mês.
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) voltou a aumentar o limite máximo do valor de
mensalidades para estudantes poderem fechar um contrato de financiamento, segundo anunciou nesta
quarta-feira (06/06) o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva. Em entrevista a jornalistas em
Brasília, ele divulgou as mudanças aprovadas na reunião desta terça (05/06) pelo Comitê Gestor do Fies,
composto por representantes de vários ministérios.
A partir do segundo semestre, a adesão dos estudantes vai contemplar cursos com mensalidades de
até R$ 7 mil, ou R$ 42 mil por semestre. No primeiro semestre, o limite era de R$ 30 mil, o que permitia
que apenas cursos com mensalidade de até R$ 5 mil pudessem participar do financiamento. Segundo
Rossieli, isso acabou excluindo estudantes interessados em cursos de medicina.
Conhecido como "teto da semestralidade", esse limite de R$ 42 mil já existia no antigo modelo do Fies,
mas foi reduzido no lançamento do Novo Fies, segundo ele, em nome da "sustentabilidade" do programa.
Reportagem do G1 com dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação mostrou que, em fevereiro,
54% dos contratos do Fies que já estavam na fase de amortização (pagamento por parte dos
estudantes) tinham pelo menos um dia de atraso no pagamento de parcelas.
De acordo com o ministro, as mudanças anunciadas nesta terça valem apenas para a modalidade 1
do Novo Fies e para o segundo semestre. As inscrições começam em julho, ainda sem data definida.
No primeiro semestre, o ministro disse que 35.866 estudantes fecharam novos contratos de
financiamento do Fies 1, e outros 16.351 estão em fase de tramitação do contrato para vagas
remanescentes. O prazo para o fechamento dos contratos termina no dia 25/06. Segundo o MEC, o Novo
Fies, na modalidade 1, tem verba para cerca de 100 mil novas vagas no ano de 2018, incluindo os dois
semestres. Considerando todas as três modalidades, 155 mil novos contratos já foram fechados no
primeiro semestre, e a estimativa é oferecer 310 mil vagas neste ano.
Disciplinas, carga horária e impacto no Enem: veja o que deve mudar com a base curricular do
ensino médio63
A última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio foi entregue pelo
Ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE) na tarde desta terça-feira (03/04).
Abaixo, veja as principais questões sobre a medida e, na sequência, o que já se sabe sobre seus
impactos:
63
MARQUES, M. MORENO, A. C. Disciplinas, carga horária e impacto no Enem: veja o que deve mudar com a base curricular do ensino médio. G1 Educação.
Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/com-base-curricular-do-ensino-medio-so-portugues-e-matematica-serao-obrigatorios-nos-tres-anos-e-enem-
pode-mudar-a-partir-de-2020.ghtml> Acesso em 04 de abril de 2018.
Ensino médio em tempo integral alcança 7,9% dos alunos no Brasil, aponta Censo Escolar 201764
Censo Escolar 2017 mostra aumento de 1,5 ponto percentual no total de adolescentes que têm jornada
de sete horas nas escolas.
O total de alunos do ensino médio matriculados em escolas de tempo integral aumentou 1,5 ponto
percentual entre 2016 e o ano passado, de acordo com o Censo Escolar 2017. Ao todo, são 7,9% de
alunos nessa modalidade de ensino. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31/01) pelo Ministério
da Educação (MEC).
64
LARISSA BATISTA. Ensino Médio em Tempo Integral alcança 7,9% dos alunos no Brasil, aponta censo escolar 2017. Disponível em:
<https://g1.globo.com/educacao/noticia/ensino-medio-em-tempo-integral-alcanca-79-dos-alunos-no-brasil-aponta-censo-escolar-2017.ghtml> Acesso em 01 de
fevereiro de 2018.
No ensino fundamental, a porcentagem de alunos matriculados no ensino integral subiu para 13,9%.
Em 2016, ano que houve uma queda nesse indicador, o percentual era de 9,1%.
Um número maior de adolescentes matriculados no ensino médio de tempo integral não significa que
eles passarão mais tempo dentro das salas de aula. As atividades previstas para a “jornada estendida”
também não necessariamente serão orientadas por professores.
Entre 2016 e 2017, o ensino médio brasileiro viu, na prática, que houve redução de 1,9% no número
de docentes. Atualmente, esse grupo tem 509,8 mil professores, sendo que 77,7% atuam na rede
estadual de educação e 20,2% dão aulas em escolas particulares.
A maioria, nessa etapa de ensino, é formada por mulheres (59,6%) e 52,9% têm mais de 40 anos de
idade. Mas 6,5% dos professores do ensino médio ainda não têm o nível superior completo e 13,2% não
possuem licenciatura. De acordo com os dados do Censo Escolar 2017, 3,9% dos professores no ensino
médio estão, atualmente, cursando o nível superior.
As parcelas de docentes do ensino médio que são formados na disciplina que lecionam são menores
em sociologia (27,1%), artes (41,1%), física (42,6%) e filosofia (44,22%). Nesses quatro componentes
curriculares, os professores estudaram outro campo do conhecimento, e não o que ensinam aos alunos.
Para reverter o quadro, a aposta do ministério é a oferta de cursos a distância ou semi presenciais. "O
MEC está ampliando a oferta de matrículas na Universidade Aberta do Brasil, para que os professores
tenham a chance de fazer ou a distância ou em curso semi presencial os cursos de formação superior
assim eles complementem a formação de casos de professores que não atuam na área pela qual foram
formados", afirma Maria Helena.
O Censo Escolar 2017 mostra que os municípios são responsáveis por 61,3% das escolas brasileiras
– o equivalente a 112,9 mil instituições de ensino. As estaduais representam 16,6% e as federais, 0,4%.
A porcentagem de colégios privados apresentou um pequeno aumento entre 2016 e 2017: foi de 21,5%
para 21,7% das escolas de educação básica.
Considerando as etapas de ensino oferecidas pelas instituições, percebe-se que a maior parte delas
tem vagas nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). O ensino médio, por outro lado, só está
disponível em 28.558 escolas – 15,5% do total:
Analisando a formação dos professores na educação infantil, 6,2% deles estudaram até o ensino
fundamental e 18,1% não terminaram nem o ensino médio. Apenas 65,9% fizeram a licenciatura e 1,2%,
o bacharelado. Outros 8,5% estão na universidade, segundo o Censo.
No ensino fundamental, 3,7% dos docentes não terminaram o ensino médio e 5% estudaram só até
essa etapa. Existem ainda 6% que estão na faculdade e 85,3% formados na universidade.
Sobre as disciplinas, o Censo aponta que língua estrangeira têm apenas 42% dos professores com
formação adequada na área. Em 23,7% dos casos, os docentes desse componente curricular não
possuem sequer ensino superior completo.
Inclusão escolar
Entre 2013 e 2017, o número de matrículas de alunos com deficiência nas escolas cresceu 22,7%:
saltou de 639.888 para 827.243 crianças e adolescentes de 4 a 17 anos. A pesquisa inclui também
estudantes com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
Em 2013, 14,5% deles estavam em salas especiais, reservadas apenas para pessoas com deficiência.
No ano passado, o índice caiu para 9,1% - ou seja, 90,9% desses alunos estão estudando em classes
comuns, em que há, juntas, crianças com e sem necessidades educativas especiais.
É importante ressaltar, no entanto, que a inclusão escolar abrange mais do que a presença desses
estudantes na escola: é necessário que haja uma política de atendimento a elas, com materiais didáticos
adaptados, professores com formação adequada e acessibilidade na infraestrutura dos prédios.
Cresceu também a parcela de alunos com deficiência que usufruem do chamado atendimento
educacional especializado – um direito deles, reservado por lei, de ir à escola no contraturno para receber
um atendimento específico.
Uma criança que estude na turma comum pela manhã, por exemplo, pode ir à tarde para a escola e
ter um tempo reservado para desenvolver trabalhos relacionados à deficiência, como melhoria da
coordenação motora, socialização, etc. Em 2013, 35,2% dos alunos com necessidades educativas
especiais estavam em classes comuns e frequentavam a sala de atendimento especializado. No ano
passado, o índice subiu para 40,1%.
É interessante notar que os municípios com menores porcentagens de matrículas de crianças com
deficiência estão no Sul e no Sudeste. No Paraná, por exemplo, 16,5% das cidades possuem menos da
metade dos alunos de 4 a 17 anos desse grupo em classes comuns.
Analisando a porcentagem das crianças e adolescentes com deficiência nas salas comuns, por etapa
de ensino, temos os seguintes resultados, de acordo com o Censo:
Questões
01. (UFFS – Farmacêutico – FAFIPA) Os estudantes brasileiros de nível superior podem contar
com o financiamento das anuidades como forma de estimular a permanência e a conclusão de curso
de graduação em instituições não gratuitas. O programa do Ministério da Educação (MEC) destinado
à concessão deste financiamento chama-se:
(A) FIES
(B) FNDE
(C) ENADE
(D) PROUNI
(E) ENEM
02. (UFRR – Técnico em Contabilidade – UFRR – 2018) A “Escola sem Partido” tem provocado
exaltados debates desde o Congresso Nacional, passando pelas casas representativas nas esferas
estaduais e municipais até nas redes sociais. Nos últimos anos, diversos projetos de lei se espalharam
país afora, sob a alegação de restringir o "processo de doutrinação política" dentro da sala de aula.
Na Câmara dos Deputados, quem foi o autor do Projeto de Lei que inclui, ent re as diretrizes e base
da educação nacional, o “Programa Escola sem Partido”?
(A) Senador Cristovam Buarque
(B) Deputado Jean Wyllys
(C) Deputado Marco Feliciano
(D) Senador Romero Jucá
(E) Deputado Izalci Lucas
03. (Prefeitura de Barretos/SP - Agente Administrativo - VUNESP - 2018) Após três anos de
discussões, mudanças e milhares de colaborações, o Ministério da Educação homologou nesta quarta-
feira (13 de dezembro) a chamada Base Nacional Comum Curricular.
(Folha de São Paulo, 20 dez. 18. Disponível em: <https://goo.gl/EBxwvA>. Adaptado)
A Base Nacional Comum Curricular determina
(A) um currículo unificado a ser abordado nas primeiras etapas da escolarização, em especial com as
crianças de até dez anos.
(B) os conteúdos específicos a serem ministrados nos diferentes cursos de Ensino Superior, a
depender da carreira escolhida.
(C) os direitos de aprendizagem dos alunos da educação básica, prevendo também espaço para
aspectos regionais do conteúdo.
(D) a fusão entre o ensino técnico e o regular, de forma a habilitar todo os alunos para o exercício de
uma profissão a partir dos 18 anos.
(E) a forma de ingresso no Ensino Superior por meio do acompanhamento do desempenho do aluno,
substituindo a prova do ENEM.
Comentários
01. Resposta: A
O FIES é um programa do Governo criado em 1999 para substituir o Programa de Crédito Educativo
– PCE/CREDUC. Destina-se a financiar a graduação no Ensino Superior de estudantes que não possuem
condições de arcar com os custos de sua formação65.
02. Resposta: E
O projeto foi apresentado na Câmara no ano de 2015 pelo deputado Izalci Lucas
(http://www.escolasempartido.org/o-papel-do-governo-categoria/539-dia-historico-projeto-de-lei-que-institui-o-programa-escola-sem-partido-e-
apresentado-na-camara-dos-deputados).
03. Resposta: C
“A Base Nacional Comum Curricular define os direitos de aprendizagens de todos os alunos do
Brasil. [...] A BNCC potencializa políticas e ações que, juntas, podem reduzir desigualdades
educacionais. Para as redes, ela é referência para a construção dos currículos. Para os professores,
ela é um instrumento fundamental para a prática em sala de aula. Para os pais, traz transparência ao
que seus filhos devem aprender.'' 66.
Saúde
saúd
Brasil confirma 2º caso de febre do Nilo Ocidental da história67
O primeiro registro ocorreu em 2014. O Ministério da Saúde confirmou o segundo caso neste ano, mas
notificação foi feita em 2017.
O Brasil confirmou o segundo caso de febre do Nilo Ocidental de sua história, segundo informou
o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14/02). O caso foi notificado em 2017, mas os laudos conclusivos
foram obtidos em janeiro deste ano.
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada pela transmissão do mosquito Culex (mosquito
comum). É uma arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya. De acordo com o ministério,
não existe tratamento disponível para os casos leves e moderados – o paciente fica em repouso e com
reposição de líquidos. Na versão grave da doença, há necessidade de acompanhamento de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI).
Sintomas
- Cerca de 20 % dos indivíduos desenvolvem os sintomas da febre do Nilo:
- febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
- anorexia;
- náusea;
- vômito;
- dor nos olhos;
- dor de cabeça;
- dor muscular;
- exantema máculo-papular (manchas vermelhas na pele) e linfoadenopatia (nódulo geralmente atrás
da orelha).
O primeiro caso foi registrado no país em 2014, na cidade de Aroeiras de Itaim, no Piauí. Na época,
em entrevista ao G1, o agricultor Francisco Raimundo de Lima contou que perdeu o movimento das
pernas.
O segundo registro da história também é do Piauí, no município de Picos. O paciente teve
"manifestações neurológicas". A notificação ocorreu em 2017, mas a confirmação por laudo foi feita em
65
https://guiadoestudante.abril.com.br/fies-prouni/o-que-e-e-como-funciona-o-fies-financiamento-estudantil/
66
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
67
Carolina Dantas. Brasil confirma 2º caso de febre do Nilo Ocidental da História. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/02/14/brasil-confirma-2o-caso-
de-febre-do-nilo-ocidental-da-historia.ghtml. Acesso em 15 de fevereiro de 2019.
Mais Médicos irá aumentar rigor para liberação de vagas e priorizar 'Brasil profundo', diz
ministro da Saúde68
Luiz Henrique Mandetta diz que municípios terão que argumentar real necessidade de subsídio do
governo federal. Há interesse em mudança da lei atual no Congresso para "evitar as antigas distorções".
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em entrevista ao G1 que o futuro do
programa Mais Médicos está sob avaliação e que não trabalha agora com a previsão de abertura de
novos editais. Para ele, definir novos critérios para a contratação é um dos principais pontos da
reavaliação do programa.
O ministro disse que apenas cidades em situação realmente crítica e sem condições de pagar os seus
profissionais devem receber o subsídio do governo por meio do programa.
Uma mudança na lei atual está em debate entre a pasta, os estados e os municípios. Mandetta nega
que as propostas estudadas signifiquem o fim do programa. Segundo ele, o Mais Médicos será
reformulado para atender a critérios ainda em análise.
O ministério diz que as mais de 8 mil vagas deixadas em aberto após a saída dos profissionais de
Cuba foram preenchidas por brasileiros formados no Brasil e no exterior. Por isso, não haverá mais uma
outra etapa do edital para médicos estrangeiros. Para os já selecionados na fase anterior, um novo
cronograma foi divulgado nesta quinta-feira (07/02):
68
Carolina Dantas. Mais Médicos irá aumentar rigor para liberação de vagas e priorizar “Brasil profundo”, diz ministro da saúde. G1 Ciência e Saúde.
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/02/07/mais-medicos-ira-aumentar-rigor-para-liberacao-de-vagas-e-priorizar-brasil-profundo-diz-ministro-
saude.ghtml. Acesso em 08 de fevereiro de 2019.
O programa
Foi criado em julho de 2013 para ampliar o atendimento médico principalmente em regiões mais
carentes.
Em agosto de 2013, foi fechado acordo com a Opas para participação de médicos cubanos.
Participação de brasileiros formados no Brasil aumentou 38% entre 2016 e 2017, de acordo com o
Ministério da Saúde.
Programa tem 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(DSEI).
Atende cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde.
Participação de cubanos no programa tinha sido renovada no início deste ano por mais cinco anos.
Levantamento do governo divulgado em 2016 apontou que o programa é responsável por 48% das
equipes de Atenção Básica em municípios com até 10 mil habitantes.
Em 1.100 municípios atendido pelo programa, o Mais Médicos representava 100% da cobertura de
Atenção Básica, de acordo com dados divulgados em 2016.
Desembargadores da 7ª Vara Criminal trocaram prisão por medidas cautelares. Médico Denis Cesar
Barros Furtado está preso desde julho do ano passado, acusado da morte de bancária durante
procedimento estético.
A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar, na noite de terça-feira (29/01), o médico Denis Cesar Barros
Furtado, o Dr. Bumbum, preso desde julho de 2018, acusado da morte da bancária Lilian Calixto após
procedimento estético.
Os desembargadores da 7ª Vara Criminal do Rio aceitaram, por unanimidade, pedido de habeas
corpus feito pela defesa do médico.
Na decisão, a prisão do Dr. Bumbum foi trocada por medidas cautelares, entre elas, ficar em casa à
noite e nos dias de folga, enquanto estiver sendo investigado. Ele também está proibido de deixar o Rio
de Janeiro.
Ainda não há informações de quando o médico deixará o presídio.
O caso
Denis Cesar Barros Furtado foi denunciado pelo Ministério Público do Rio após a morte de Lilian
Quezia Calixto, que morreu horas depois da realização de um procedimento estético na casa do médico,
na Barra da Tijuca, no dia 14 de julho. Ele foi preso em 19 de julho.
Segundo laudo do IML, a bancária morreu de embolia pulmonar, quando o fluxo sanguíneo do pulmão
é interrompido.
Em depoimento à polícia, Denis admitiu que aplicou cerca de 300 ml de PMMA – um derivado do
acrílico – na paciente. O produto tem uso permitido pela Anvisa, mas em pequenas quantidades.
O médico também tem anotações criminais antigas por homicídio, porte ilegal de arma e ameaça. Na
Justiça, ele é réu em mais de dez ações.
Além do Dr. Bumbum, a mãe dele, Maria de Fátima, a namorada Renata Fernandes, e a empregada
Rosilane Pereira da Silva também respondem por participar do procedimento.
Maria de Fátima, que foi presa junto com o filho e solta um mês depois, chegou a ter o registro médico
cassado em janeiro de 2015 por causa de outras infrações.
Em um mês, apenas uma nova vaga do Mais Médicos foi efetivamente ocupada em área que
atende 17 mil indígenas70
Distrito Indígena no Amazonas sofre com desistências ao longo de editais e convocações. Diretor
afirma que, além de brasileiro formado em Cuba, apenas outro médico atua na região.
69
G1. Justiça do RJ manda soltar Dr. Bumbum. G1. https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/01/30/justica-concede-habeas-corpus-ao-dr-bumbum.ghtml.
Acesso em 30 de janeiro de 2019.
70
Isabella Pina. Em um mês, apenas uma nova vaga do Mais Médicos foi efetivamente ocupada em área que atende 17 mil indígenas. G1 Amazonas.
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2019/01/16/em-um-mes-apenas-uma-nova-vaga-do-mais-medicos-foi-efetivamente-ocupada-em-area-que-atende-17-
mil-indigenas.ghtml. Acesso em 18 de janeiro de 2019.
Carreira solo
Efetivados e em atividade, hoje, são apenas dois médicos. Um deles, o Dr. Rafael Dutra, era o único
brasileiro que integrava a antiga equipe de atendimento na área - todos os outros eram cubanos e
precisaram deixar o programa.
Ele é formado em Cuba e, desde a saída dos companheiros, precisou atender à toda região só. Desde
então, raramente consegue sinal no celular para mandar notícias. Agora, ao longo desse início da
segunda quinzena do ano, ele está imerso na Aldeia Ponta Alegre, que fica no município de Barreirinha
e atende índios Sateré-Mawé, no Rio Andirá.
Desde o fim de novembro que Rafael vive a rotina e pratica o rodízio de atendimento aos mais de 17
mil indígenas sozinho. Recentemente, ganhou apoio. Ainda assim, há a incerteza na diretoria do Dsei
sobre o compromisso dos médicos que se apresentam para a missão.
Desafios na luta contra o sarampo podem fazer Brasil perder certificado de erradicação em
201971
País teve mais de 10 mil casos da doença em 2018. Baixa cobertura vacinal é problema no combate
a novos casos.
O Brasil tem um modelo considerado exemplar quando o assunto é calendário de vacinação, mas a
oferta de vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS) não tem sido suficiente para garantir a taxa desejável
de cobertura vacinal da população.
71
Tatiana Coelho. Desafios na luta contra o sarampo podem fazer Brasil perder certificado de erradicação em 2019. G1. Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-
e-saude/noticia/2018/12/18/desafios-na-luta-contra-o-sarampo-podem-fazer-brasil-perder-certificado-de-erradicacao-em-2019.ghtml. Acesso em 18 de dezembro de
2019.
Salas de vacinação
O Brasil tem 36.654 salas de vacinação abertas e funcionando em 2018 entre públicas e privadas. De
2012 até 2018, o aumento no número de salas no país foi de 8%, um aumento de 2.817 salas.
O número é considerado bom, já que o Brasil não faz agendamento de vacinas na rede pública e todas
elas devem estar disponíveis para a população a qualquer dia para que o calendário vacinal seja
cumprido.
Neste período, apenas 6 estados perderam salas: Pará (9 salas a menos), Amapá (12 salas a menos),
Espírito Santo (82 salas a menos), Paraná (3 salas a menos), Rio Grande do Sul (1 sala a menos) e Mato
Grosso do Sul (31 salas a menos).
'Extrema preocupação'
Ainda na nota divulgada nesta quinta, a Confederação Nacional dos Municípios afirmou que a situação
é de "extrema preocupação" e exige a superação "em curto prazo".
"Acreditamos que o governo federal e de transição encontrarão as condições adequadas para a
manutenção do programa. Enquanto aguardamos a rápida resolução do ocorrido pelo órgão competente,
estamos certos de que os gestores municipais manterão o máximo empenho para seguir o atendimento
à saúde de suas comunidades", afirmou a entidade.
Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) divulgados pelo Ministério da Saúde
nesta terça-feira (16/10) retratam o estado nutricional dos brasileiros. Entre os adolescentes
entrevistados, 68% também têm o hábito de realizar refeições assistindo à televisão.
Dois em cada três adolescentes avaliados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) consomem bebidas
açucaradas com regularidade.
Foram analisados 80.438 adolescentes. Destes, 52.838 dizem consumir bebidas açucaradas (66%) -
refrigerantes, sucos, chás gelados com altos índices de açúcar. Por outro lado, 69% deles – 55.316
pessoas – disseram também consumir frutas. Já o hábito de assistir televisão e comer ao mesmo tempo
é comum para 68% dos adolescentes.
72
Filipe Matoso. Saída de Cuba do Mais Médicos afeta 28 milhões de pessoas, diz Confederação dos Municípios. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/11/15/saida-de-cuba-do-mais-medicos-afeta-28-milhoes-de-pessoas-diz-confederacao-dos-municipios.ghtml. Acesso em
16 de novembro de 2018.
73
G1. 2 em cada 3 adolescentes dizem consumir bebidas açucaradas no Brasil. G1 Bem Estar. https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/10/17/2-em-cada-3-
adolescentes-dizem-consumir-bebidas-acucaradas-no-brasil.ghtml. Acesso em 22 de outubro de 2018.
James P. Allison e Tasuku Honjo são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2018 por
terapia contra o câncer74
Academia Sueca anunciou o prêmio de R$4 milhões nesta segunda-feira (01/10). Os cientistas
descobriram tipo de terapia contra o câncer que faz com que células de defesa voltem a atacar tumores.
James P. Allison e Tasuku Honjo são os ganhadores do Prêmio Nobel 2018 de Medicina. A Academia
Sueca anunciou nesta segunda-feira (01/01) que o americano e o japonês irão dividir o prêmio de 9
milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 4.098.402.
Os dois desenvolveram pesquisas separadas envolvendo proteínas que agem como um freio sobre o
sistema durante tratamento de câncer. "Eles estabeleceram um princípio inteiramente novo para a terapia
do câncer", afirmou a Academia Sueca.
O imunologista James P. Allison, da Universidade do Texas, estudou uma proteína que funciona como
um freio no sistema imune. "Ele descobriu o potencial de solar esse freio e lançar as células imunes para
atacar os tumores, e desenvolveu esse conceito até chegar a uma nova abordagem para tratar pacientes",
diz a Fundação Nobel.
Já o imunologista Tasuku Honjo, professor da Universidade de Kyoto, descobriu uma proteína nas
células imunes que também age como um freio, mas com um mecanismo diferente de ação. "Terapias
baseadas na descoberta dele provaram ser bastante efetivas na luta contra o câncer", afirma a Fundação.
De acordo com especialistas presentes no anúncio, o tratamento é inovador porque é direcionado ao
sistema imune, ao invés de atuar diretamente no tumor. Eles também afirmaram que o tratamento tem
menos efeitos colaterais e é especialmente eficaz contra o melanoma maligno, tipo de câncer de pele,
pulmão, rins, linfoma, e "muitos outros".
74
Pinheiro, Lara. James P. Allison e Tasuku Honjo são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2018 por terapia contra o câncer. https://g1.globo.com/ciencia-
e-saude/noticia/2018/10/01/james-p-allison-e-tasuku-honjo-sao-os-vencedores-do-premio-nobel-de-medicina-para-2018.ghtml. Acesso em 01 de outubro de 2018.
Amazonas e Roraima lideram com maior número de infecções, com 444 e 216 casos, respectivamente.
O Ministério da Saúde atualizou o número de casos de sarampo no Brasil: foram 677 casos até esta
terça-feira (17/07) em seis estados: Amazonas, Roraima, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio
Grande do Sul. O número de casos em investigação assusta: chegou a 2.724.
Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos da doença, em Roraima e no Amazonas. Segundo o governo,
eles estão relacionados à importação de casos de outros países. "Isso ficou comprovado pelo genótipo
do vírus (D8) que foi identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela", afirma o ministério.
A região Norte, como é visto na tabela acima, alavanca o número de casos. O Ministério da Saúde
acredita que vá conseguir controlar os surtos, mas ressalta que o aumento das taxas de vacinação é
importantíssimo para garantir o controle da doença. Juntamente com o sarampo, o país também está
atento à circulação e às baixas coberturas vacinais da poliomielite.
Sarampo no mundo
Nesta terça-feira, a Organização Mundial da Saúde divulgou uma altano número de casos da doença
em todo o mundo. A baixa cobertura vacinal em alguns países, como o Brasil, contribuiu para volta da
doença - foram 173.330 casos no planeta, um aumento de 41 mil casos em apenas um ano.
Globalmente, 85% das crianças foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra o sarampo no
primeiro ano de vida, através dos serviços de saúde de rotina e 67% com uma segunda dose.
Apesar disso, segundo o relatório da OMS, os níveis de cobertura permanecem bem aquém da
cobertura de imunização contra o sarampo recomendada pela organização, que é de pelo menos 95%
para evitar surtos, evitar mortes evitáveis e alcançar metas de eliminação regional.
75
G1. Ministério confirma 677 casos de sarampo em seis estados do Brasil. G1 Bem Estar. https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/07/18/ministerio-confirma-
677-casos-de-sarampo-em-seis-estados-do-brasil.ghtml. Acesso em 19 de julho de 2018.
Cientistas brasileiros descobriram que o vírus da zika que assustou tanto o Brasil pode se tornar um
aliado importante no tratamento de alguns tipos de câncer.
Foi depois de estudar os danos causados pelo vírus da zika nos cérebros de bebês que nasceram com
microcefalia que os cientistas tiveram a inspiração para a nova pesquisa.
“Se o vírus tem afinidade para células-tronco normais do cérebro, será que ele tem afinidade para
células tumorais que têm essa aparência de célula-tronco neural? Foi daí que surgiu a ideia, conta a
bióloga e geneticista Carolini Kaid.
Os primeiros resultados verificados ainda em lâminas no laboratório mostraram que em três dias o
vírus da zika destruiu as células dos tumores observados. Era o vírus dessa vez agindo para o bem.
As imagens em vermelho mostram a destruição que o vírus provocou dentro uma célula de câncer.
O próximo passo dos pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma da USP, do Instituto Butantã,
do Laboratório Nacional de Biociências e da Universidade Federal de São Paulo foi aplicar o vírus da zika
em camundongos com tumores agressivos do sistema nervoso central.
E as imagens mostram que o câncer no cérebro dos animais e até as metástases na coluna foram
diminuindo rapidamente.
“Em cinco semanas tem uma remissão total do tumor. Essas são as imagens mais impressionantes
que a gente teve, o que nos animou bastante”, diz Carolini.
Os pesquisadores compararam também o tempo de vida de cobaias tratadas com o vírus da zika sob
controle com outras que não receberam nada.
“Houve uma melhora significativa do tempo de sobrevida desses animais. Então, esse é um resultado
que demonstra que o vírus da zika tem de fato uma ação muito potente, uma ação antitumoral muito
potente”, explicou Oswaldo Okamoto, professor de genética e biologia evolutiva da USP.
Os resultados do trabalho foram publicados nesta quinta-feira (26/04) na revista da Associação
Americana de Pesquisa sobre Câncer.
Os cientistas brasileiros esperam agora avançar e em breve testar a ação do zika em pacientes com
câncer do sistema nervoso central que não respondem aos tratamentos convencionais.
“Nós estamos extremamente empolgados, cada camundongo onde a gente viu desaparecer o tumor,
todo mundo vibrava aqui. Acho que a maior alegria, maior vibração que a gente vai ter vai ser ver um
76
JORNAL NACIONAL. Vírus da Zica pode ajudar a tratar alguns tipos de câncer, diz pesquisa. G1 Jornal Nacional. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2018/04/virus-da-zika-pode-ajudar-tratar-alguns-tipos-de-cancer-diz-pesquisa.html?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=jn>
Questões
01. (CFBio - Agente Administrativo - Quadrix - 2018) O processo de degradação do quadro sanitário
nacional é longo, lento, mas se mostra inexorável. O primeiro sintoma grave foi a volta do mosquito Aedes
aegypti, muito depois de Oswaldo Cruz, no início do século XX, ter lançado uma campanha para sua
erradicação e, por consequência, da febre amarela urbana. O mosquito trouxe de volta a dengue. Não se
permite, impunemente, a ocupação desordenada das cidades e o falho saneamento básico. Da dengue
passou-se para outras doenças, incluindo a zika. E agora surge uma enorme ameaça à população,
principalmente às crianças, com a redução da cobertura de vacinas em níveis perigosos.
O Globo, 26/6/2018, p. 12 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do
tema por ele abordado, julgue o item a seguir.
(A) Certo
(B) Errado
02. (MPE/SP – Analista Jurídico – VUNESP – 2018) De acordo com relatório do Ministério da Saúde,
a taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu 4,8% entre 2015 e 2016, representando o primeiro aumento
em 26 anos. A taxa estava caindo desde 1990, quando foram registradas 47,1 mortes para cada 1000
crianças com menos de 1 ano. No entanto, em 2016 foram contabilizados 14 óbitos de crianças com até
1 ano a cada 1000; em 2015 foram 13,3 mortes.
O Ministério da Saúde explicou que o indicador foi afetado pelo(a)
(abr.ai/2JL9dXQ. Adaptado)
(A) insucesso das campanhas de vacinação de sarampo junto às populações mais sujeitas à doença.
(B) aumento da taxa de desemprego, que reduziu a intenção da gestação diante das incertezas do
mercado laboral.
(C) fechamento de leitos de UTI neonatal em hospitais mantidos pelo poder público.
(D) redução na taxa de nascimento, ocasionada pelo adiamento da gestação diante da epidemia de
zika vírus.
(E) epidemia causada pelo vírus H1N1 que afetou crianças das regiões Sul e Sudeste.
Gabarito
01.A / 02.D
Comentários
01. Resposta: A
O esgoto encanado é tão importante para melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que
um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é reduzir pela metade o número de pessoas sem rede
de esgoto. Isso porque a ausência de tratamento de esgoto traz doenças que afetam pessoas de todas
as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas doenças são causadas principalmente por
microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, presentes em água contaminada.
(https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/conheca-as-doencas-causadas-pelo-nao-tratamento-do-esgoto).
02. Resposta: D
O Ministério da Saúde explicou que o indicador foi afetado pela redução de 5,3% na taxa de nascimento
ocasionada pelo adiamento da gestação diante da epidemia de zika que colocou o Brasil em uma
emergência sanitária entre novembro de 2015 e maio de 2017. (https://www.correiodoestado.com.br/cidades/mato-grosso-do-
sul-reduz-mortalidade-infantil-e-avanca-seis-posicoes/334628/)
Cultura
saúde
Textos noticiados:
Governo do estado fecha exposição na Casa França-Brasil que teria performance com nudez e
crítica à tortura77
Último dia da mostra 'Literatura exposta' contaria com ação do Coletivo És Uma Maluca.
A Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro cancelou o último dia da exposição "Literatura
exposta" na Casa França-Brasil. A programação deste domingo incluía uma performance do coletivo És
Uma Maluca, que faria uma crítica à tortura durante a ditadura militar, com duas mulheres nuas
interagindo com a obra “A voz do ralo é a voz de deus”. Tal obra já havia sofrido interferência da direção
da casa quando foi inaugurada no mês passado.
Em nota enviada à imprensa, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Ruan Lira, afirmou que o
cancelamento foi realizado devido a um descumprimento de contrato. Segundo ele, o cancelamento
aconteceu porque a programação deste domingo não estaria incluída no contrato firmado.
"A decisão foi tomada devido ao descumprimento do contrato assinado entre as partes em 3 de julho
de 2018 e que prevê o cancelamento unilateral em caso de descumprimento das obrigações
estabelecidas. O referido contrato não inclui em seu objeto a programação informada para o último dia do
evento. Também exige que as atividades sejam autorizadas pelo Iphan, com pedido feito com 45 dias de
antecedência, o que não ocorreu - impedindo, portanto, a realização do programa agendado para este
domingo", escreveu.
Em mensagem publicada em sua conta no Instagram, o curador da exposição, Álvaro Figueiredo, diz
que a direção da Casa França-Brasil já estava previamente avisada sobre a realização da performance
deste domingo. E completou:
"Censura à exposição Literatura Exposta! Fecharam nossa exposição um dia antes da data oficial
como forma de impedir que as performances da finissage acontecessem. Comuniquei com antecedência
o teor das performances à direção da Casa, foi autorizado e ontem à noite enviaram esse comunicado.
Esse é o governo que temos. A arte vai sobreviver aos ignorantes", escreveu o curador, ao compartilhar
o e-mail que recebeu na noite de sábado avisando sobre o cancelamento da exposição. A mensagem
77
Luiza Barros. Governo do estado fecha exposição na Casa-França Brasil que teria performance com nudez e crítica à tortura. O Globo Cultura.
https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/governo-do-estado-fecha-exposicao-na-casa-franca-brasil-que-teria-performance-com-nudez-critica-tortura-
23368861?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar. Acesso em 14 de janeiro de 2019.
Segunda proibição
O cancelamento da performance representa a segunda proibição ao trabalho do coletivo És Uma
Maluca durante a realização da exposição. Em dezembro, antes da atual gestão do governo do estado
assumir, o diretor da Casa França-Brasil, Jesus Chediak, e o então secretário estadual de Cultura,
Leandro Monteiro, decidiram proibir o áudio da instalação do coletivo, que em sua primeira versão utilizava
a voz do presidente Jair Bolsonaro.
Batizada de “A voz do ralo é a voz de Deus”, a instalação foi criada pelo coletivo é composta de 6 mil
baratas de plástico em volta da tampa de um bueiro, do qual saiam trechos de discursos do presidente
eleito. Para driblar a proibição, os artistas substituíram o discurso político por uma receita de bolo, recurso
utilizado frequentemente por jornais que eram censurados durante a ditadura militar.
Para a exposição Literatura Exposta, cada artista ou coletivo havia sido provocado a criar uma obra a
partir da releitura de um texto de um escritor considerado periférico. O trabalho do És Uma Maluca
inspirou-se no conto "Baratária", do escritor Rodrigo Santos, de São Gonçalo.
Vencedor do primeiro Prêmio Festa Literária das Periferias (Flup), em 2012, Santos escreveu o conto
em 2016. É a história de uma mulher que tem traumas de baratas desde que caiu em um túmulo cheio
delas, no enterro de sua avó. Nos anos de chumbo, ela é presa, e um torturador introduz os insetos em
sua vagina. Anos depois, a personagem o reconhece num bar do Rio e parte para cima dele, também
usando uma barata encontrada no banheiro do estabelecimento.
Ritmo alcançou proeminência na década de 1960 e tem em Bob Marley seu maior ícone.
O reggae, ritmo que nasceu na Jamaica e que tem em Bob Marley seu maior ícone, entrou nesta
quarta-feira (29/11), para a lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.
O site da organização destaca que o gênero musical surgiu num espaço cultural de grupos
marginalizados, principalmente no oeste de Kingston, capital jamaicana.
A música, que alcançou proeminência na década de 1960, junta diversas influências: antigos ritmos
jamaicanos, músicas caribenhas, latinas, africanas e norte-americanas.
Embora em seu estado embrionário o reggae fosse a voz dos excluídos, ele acabou sendo incorporado
por toda a sociedade – vários gêneros, grupos étnicos e religiosos se identificaram.
A Unesco destaca que os jamaicanos aprendem a tocar o ritmo já nas escolas.
Festivais como como Reggae Sumfest e Reggae Salute também são vistos como oportunidade de
estudo e transmissão do conhecimento para futuros artistas e músicos.
O reconhecimento do reggae como patrimônio cultural leva em consideração a contribuição para a
discussão internacional sobre questões como a injustiça, a resistência, amor e humanidade.
Bob Marley é considerado o maior expoente do estilo. Sua música simboliza protesto, a emancipação
e a busca pela liberdade. O "rei do reggae" vendeu mais de 200 milhões de álbuns em todo o mundo. Ele
morreu em Miami, em 11 de maio de 1981, aos 36 anos de idade.
78
G1. Reggae jamaicano entra na lista de Patrimônio Imaterial da Unesp. G1 Pop & Arte. https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2018/11/29/reggae-passa-a-
ser-patrimonio-cultural-da-humanidade-diz-unesco.ghtml. Acesso em 30 de novembro de 2018.
Quadrinista participou da criação de super-heróis icônicos como Homem-Aranha, Thor, Hulk, X-Men,
Pantera Negra, Demolidor, Homem de Ferro e Quarteto Fantástico.
Stan Lee, roteirista e editor da Marvel Comics, morreu aos 95 anos. A filha de Lee confirmou a morte
nesta segunda-feira (12/11).
Ele passou mal em sua casa em Los Angeles, nos EUA, e foi levado ao hospital, onde morreu. Ele
sofria de pneumonia e de problemas nos olhos.
Stanley Martin Lieber nasceu em 1922, em Nova York, nos Estados Unidos. Começou a trabalhar em
HQs com o pseudônimo de Stan Lee em 1939, contratado por John Goodman, fundador da Timely
Publications e primo de sua mulher, Joan.
Ele se tornou um dos nomes mais importantes dos quadrinhos americanos ao criar super-heróis como
Homem-Aranha, Thor, Hulk, X-Men, Pantera Negra, Homem de Ferro, Doutor Estranho e Demolidor.
Roteirista e editor da Marvel, foi um dos responsáveis por transformar a empresa na maior editora de
quadrinhos do mundo a partir de 1961.
Após a mudança do nome da editora, primeiro para Atlas Comics, e depois para Marvel Comics, Lee
revolucionou o mercado de quadrinhos ao modernizar o gênero de heróis com criações para um público
mais velho, como o lançamento de “Quarteto Fantástico”.
Com dramas familiares e heroísmos que utilizavam elementos de ficção científica, as histórias
ajudaram na fama de personagens mais complexos e realistas da Marvel em relação à sua principal
concorrente, a DC.
O mesmo aconteceu com o Homem-Aranha em 1962, um jovem adolescente que dividia suas
aventuras com problemas no colégio e contas a pagar, e que se tornou um dos heróis mais populares
dos quadrinhos.
Em parceria com artistas como Jack Kirby e Steve Ditko, Lee ainda criou outros personagens icônicos,
como Hulk, Thor, Homem de Ferro e Demolidor.
Em 1963, com a cabeça no movimento por direitos civis de negros no Estados Unidos, lançou os X-
Men, uma equipe de mutantes que eram marginalizados e hostilizados pelos humanos.
O gênero literário, que também é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros,
a Literatura de Cordel, foi reconhecido pelo Conselho Consultivo como Patrimônio Cultural Brasileiro. A
decisão foi tomada nesta quarta-feira, 19 de setembro, por unanimidade pelo colegiado que está reunido
no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. A reunião também contou com a presença do Ministro da
Cultura, Sérgio Sá Leitão, da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
Kátia Bogéa e do presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira.
Poetas, declamadores, editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores) e
folheteiros (como são conhecidos os vendedores de livros) já podem comemorar, pois agora a Literatura
de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil,
principalmente por causa do processo de migração de populações. Hoje, circula com maior intensidade
na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas
Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos estes estados é possível encontrar esta
expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas acerca
dos acontecimentos vividos ou imaginados.
79
G1. Stan Lee, criador de heróis da Marvel, morre aos 95 anos. G1 Pop & Arte. https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2018/11/12/stan-lee-morre-aos-95-anos-diz-
site.ghtml. Acesso em 13 de novembro de 2018.
80
IPHAN. Literatura de Cordel é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil. http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/4833/literatura-de-cordel-e-reconhecida-
como-patrimonio-cultural-do-brasil. Acesso em 20 de setembro de 2018.
Emergência
No Rio, outros museus com acervos importantes correm risco. O Instituto Brasileiro de Museus
(Ibram) tem adotado providências para reformar ou restaurar prédios antigos que abrigam coleções
históricas. Um exemplo é o Museu Nacional de Belas Artes, que recebeu impermeabilização em sua
cobertura e torre de arrefecimento. O Museu da República teve igualmente obras emergenciais
realizadas, sendo recuperada sua varanda e restaurada sua claraboia.
81
PUPO, A. GONÇALVEZ, A. ESCOBAR, H. PENNAFORT, R. Destruição de museu era ‘tragédia anunciada’, dizem pesquisadores. Estadão.
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,destruicao-de-museu-era-tragedia-anunciada-dizem-
pesquisadores,70002485220?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-sociais:092018:e&utm_content=:::&utm_term=.
Acesso em 03 de setembro de 2018.
Cerca de 40 pessoas se reuniram em frente ao Parque Lage para protestar contra obras de arte; mostra
recebeu 1,2 mil pessoas em menos de três horas
Cerca de 6,8 mil pessoas passaram pelas três salas da exposição Queermuseu: Cartografias da
Diferença na Arte Brasileira no Parque Lage, no Rio, entre sábado, 18/08, e domingo, 19/08. A mostra,
censurada em Porto Alegre no ano passado, abriu sua versão carioca neste sábado e fica por um mês
no espaço.
De acordo com o diretor da Escola de Artes Visuais (EAV), Fábio Szwarcwald, por enquanto, a
proibição de ingresso de menores de 14 anos, mesmo acompanhados pelos pais, se mantém. Os
organizadores apresentaram recurso, mas ainda na conseguiram derrubar a decisão.
82
O Estado de São Paulo. Manifestantes protestam contra a exposição “Queermuseu” no Rio de Janeiro. https://cultura.estadao.com.br/blogs/radar-
cultural/manifestantes-protestam-contra-a-queermuseu/?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-
sociais:082018:e&utm_content=:::&utm_term=. Acesso em 20 de agosto de 2018.
O filme “A Forma da Água” foi o grande vencedor da cerimônia. O longa conquistou 4 das 13 categorias
que concorria. O evento foi marcado por protestos a favor da diversidade e da defesa de minorias.
Pela 2ª vez consecutiva, o apresentador norte-americano Jimmy Kimmel foi o anfitrião da cerimônia.
Ele mencionou o incidente de 2017, quando os envelopes foram trocados pela equipe de produção e o
filme errado foi anunciado como vencedor do Oscar. Segundo Kimmel, a empresa PwC, responsável pelo
acontecido, disse que o “foco singular será no show e entregar os envelopes corretos“. Os atores Faye
Dunaway e Warren Beatty apresentaram novamente a categoria de “Melhor Filme”.
O apresentador Jimmy Kimmel falou também sobre o caso de “Todo Dinheiro do Mundo”, em que o
ator Mark Wahlberg foi pago com US$ 1,5 milhão para regravar o filme enquanto Michelle Williams
recebeu US$ 80 por dia, pontuou que o caso é mais crítico pelos 2 atores serem representados pela
mesma agência (William Morris Endeavor – WME). O filme em questão passou por regravações após o
ator Kevin Spacey ser retirado da produção por denúncias de assédio sexual. Spacey foi substituído por
Christopher Plummer.
Ao mencionar a expulsão de Harvey Weistein da Academia, o magnata de Hollywood acusado de
inúmeros casos de assédio sexual, Kimmel mencionou os movimentos Me Too, Time’s Up e Never
Again. “Não podemos deixar que mau comportamento escape novamente”, disse. “Esta é uma mudança
positiva. Nosso plano é trazer luz para filmes excepcionais”.
Os atores Kumail Nanjiani e Lupita Nyong’o fizeram 1 discurso sobre imigração antes de apresentarem
o Oscar de “Melhor Design de Produção”. Ambos citaram seus países (México e Paquistão) e destacaram
que os imigrantes estão em Hollywood apesar de ainda serem esquecidos. Nanjiani declarou: “Sou do
Paquistão e de Iowa, 2 lugares que nenhuma pessoa em Hollywood sabe apontar no mapa“.
TIME’S UP
Após uma temporada de premiações marcadas por manifestações a favor de igualdade salarial e
contra o assédio sexual, o Oscar teve em 2018 discursos acentuados sobre 1 tempo de mudança.
Um dos momentos de destaque ocorreu na apresentação da música “Stand Up for Something”, do
filme “Marshall”. Common e Andra Day convocaram ativistas de diversos movimentos a favor de minorias,
como membros do Dream Act Now, a favor do DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals).
A fundadora do movimento Time’s Up, Tarana Burke, anunciou que algo diferente aconteceria pela
sua rede social.
RESUMO
O Poder360 compilou os vencedores da noite:
Melhor filme: “A Forma da Água”;
Melhor diretor: Guillermo del Toro, por “A Forma da Água”;
Melhor ator: Gary Oldman, por “Destino de uma Nação”;
Melhor ator coadjuvante: Sam Rockwell, por “Três anúncios para um crime”;
Melhor atriz: Frances McDormand, por “Três anúncios para um crime”;
Melhor atriz coadjuvante: Allison Janney, por “Eu, Tonya”;
Melhor roteiro original: “Corra!”;
Melhor roteiro adaptado: “Call Me By Your Name”;
Melhor Animação: “Viva – A Vida é Uma Festa”;
Melhor Animação em Curta-Metragem: “Dear Basketball”;
Melhor Fotografia: “Blade Runner 2049”;
Melhor Figurino: “Trama Fantasma”;
Melhor Maquiagem e Cabelo: “Destino de uma Nação”;
83
GOMES, R. IBARRA, P. Em Oscar marcado por discursos a favor da diversidade, “A Forma da Água” vence. Poder 360. Disponível em: <
https://www.poder360.com.br/internacional/em-oscar-marcado-por-discursos-a-favor-da-diversidade-a-forma-da-agua-vence/> Acesso em 05 de março de 2018.
Questões
(A) ainda há espaço para improvisos no que diz respeito ao planejamento, gestão e avaliação de
projetos e programas culturais.
(B) basta ser um grande criador para prescindir de lidar com as engrenagens da política pública de
cultura, seja federal, estadual ou municipal..
(C) a saída é apostar no trabalho coletivo, envolvendo habilidades criativas e técnicas, além de
capacidade de planejamento, gestão, produção, elaboração de projetos e comunicação e conhecimentos
jurídicos.
(D) a sustentabilidade de um programa cultural não virá da excelência no plano artístico, mas do
estabelecimento de parcerias com bons profissionais de diversas áreas tais como administração,
comunicação, direito etc.
02. (TJ/CE – Titular de Serviços de Notas e de Registros – IESES – 2018) As principais premiações
da indústria cinematográfica em 2018, o Globo de Ouro e o Oscar, foram marcadas por manifestações
contra o assédio sexual e a favor da igualdade de gênero e da diversidade. A respeito desses dois
eventos, é correto afirmar:
(A) O filme “Coco”, cujo título em português é “Viva – A Vida É uma Festa”, novo filme da Pixar
ambientado em Cuba e com um elenco totalmente latino, foi o vencedor do Oscar de melhor animação
do ano.
(B) A atriz Daniela Vega, transexual, ganhou o Oscar de melhor atriz por sua atuação no filme “Uma
mulher fantástica". Este foi o primeiro filme estrelado por uma pessoa transexual a levar um Oscar.
(C) Em uma noite dominada por mulheres e com fortes manifestações contra o assédio sexual e a
favor da igualdade de gênero em Hollywood, a minissérie "Big little lies" e o filme "Três anúncios para um
crime", com quatro prêmios cada, foram os principais ganhadores do Globo de Ouro 2018.
(D) O ator Gary Oldman, que fez um trabalho magnífico interpretando Winston Churchill, levou o Oscar
de melhor ator por sua atuação no filme “Dunkirk”.
Gabarito
01.C / 02.C
Comentários
01. Resposta: C
Segundo o trecho destacado, a democratização dos recursos destinados a projetos culturais mostra
dois lados: o primeiro, já implícito, a própria democratização. O segundo, todo o “trabalho” demandado
na prestação de contas. A solução em torno disso seria a coletivização do trabalho no sentido de
agregar diferentes áreas que não sejam apenas as artísticas.
Apostila gerada especialmente para: Werveson Silva 110.945.524-02
. 103
02. Resposta: C
Os discursos dos vencedores (não apenas as mulheres) foram marcados pela forte crítica ao assédio
maquiado na indústria cinematográfica. Segue a premiação do Globo de Ouro na íntegra:
<https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/globo-de-ouro-2018-veja-vencedores.ghtml>
Ciência e Tecnologia
saúde
Campus Party inova ao receber aparelhos usados como vale-ingresso84
Visitantes podem trocar computadores, celulares e outros equipamentos antigos por entrada no
evento.
A edição de 2019 do maior evento de tecnologia da América Latina tem uma atração a mais para os
visitantes, em São Paulo. Uma atração que, de quebra, ainda ajuda o meio ambiente.
Ele já teve seus dias de glória, mas faz tempo. Quem diria que, de sonho de consumo de qualquer
nerd da década passada para cacareco, treco, troço que só ocupa espaço em casa. É assim com o
notebook velho, com a câmera da época de filme, com o monitor hoje amarelado e com o celular bisavô
desse que eu uso para escrever as reportagens hoje em dia. Tudo meio empoeiradão, fora de moda,
peso de papel.
“Coloca no cantinho, coloca no guarda-roupa, sempre é assim. E jogar fora eu não sei pelo menos
qual é o procedimento porque tem muito a questão de esses resíduos serem tóxicos, algumas coisas
como metais pesados, a gente não tem informação”, comenta o estudante Pedro Henrique Simão.
Dito isso, a informação mais recente que ele teve foi ótima. As ferramentas do nerd do passado estão
valendo entrada no maior evento de nerds do presente: a Campus Party.
“Nossa, deu para trocar por bastante ingresso, seis no total”, afirma o estudante de economia Vinícius
Gonzales Custódio.
Se fosse para pagar na hora, ia custar R$ 350 cada um. Ótimo negócio para quem visita, bom negócio
para quem organiza.
“No ano passado, juntamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia, a gente arrecadou mais de 50
toneladas de equipamentos e a ideia da Campus Party é ser cada vez mais um evento sustentável”,
explicou o diretor-geral do evento, Tonico Novaes.
Dizem que é lixo eletrônico, mas eu não chamaria assim. Ou você chamaria de lixo todos os teclados
funcionando perfeitamente, embaladinhos? Todos os monitores prontos para uso, já enrolados no plástico
bolha? Todas as máquinas que já estão prontas para sair desse espaço? Tudo o que tem no galpão é
resultado de iniciativas parecidas como a da Campus Party, ou do trabalho dos funcionários que vão
buscar esse material nas empresas. Aí tudo ganha vida nova e é doado para bibliotecas, escolas ou
entidades sem fins lucrativos.
O que não tem conserto ou está muito obsoleto eles desmontam e reciclam os componentes, o que
vira grana para ajudar a manter tudo funcionando. Pena que, para fazer isso, o nosso país ainda não está
100% preparado.
“No Brasil não existe tecnologia de separação de extração do ouro, do cobre, da prata que estão nas
placas. Nós enviamos para empresas que destinam para fora do Brasil”, explicou Júlio César Hessel,
presidente do instituto.
Mesmo assim, a gente está num oásis desse deserto de componentes. Espaços como esse no Brasil
só têm seis. E aí? Como é que faz para isso virar uma realidade num país tão grande?
“A gente vai refazer os convênios e aumentar isso aqui. Pelo menos uns 27 para considerar todos os
estados da federação. Mas quanto mais melhor, a verdade é essa”, disse Wilson Diniz Wellisch, diretor
de Inclusão Digital.
A gente fica no aguardo. Quem sabe assim a gente consiga reciclar nossos próprios hábitos e entender
de vez que nenhuma tecnologia precisa ficar obsoleta. É só questão de ela se reinventar.
No final do século 17 foi a máquina a vapor. Desta vez, serão os robôs integrados em sistemas
ciberfísicos os responsáveis por uma transformação radical. E os economistas têm um nome para isso: a
quarta revolução industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.
84
Jornal Nacional. Campus Party inova ao receber aparelhos usados como vale ingresso. G1 Jornal Nacional. https://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2019/02/14/campus-party-inova-ao-receber-aparelhos-usados-como-vale-ingresso.ghtml. Acesso em 15 de fevereiro de 2019.
85
Valeria Perasso. O que é a 4ª Revolução Industrial e como ela deve afetar as nossas vidas. https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309. Acesso em 13 de
janeiro de 2019.
Os perigos do cibermodelo
Nem todos veem o futuro com otimismo: as pesquisas refletem as preocupações de empresários com
o "darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver.
E se isso acontece a toda velocidade, como dizem os entusiastas da quarta revolução, o efeito pode
ser mais devastador que aquele gerado pela terceira revolução.
"No jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre há perdedores. E uma das formas de desigualdade
que mais me preocupa é a dos valores. Há um risco real de que a elite tecnocrática veja todos as
mudanças que vêm como uma justificativa de seus valores", disse à BBC Elizabeth Garbee, pesquisadora
da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU).
"Esse tipo de ideologia limita muito as perspectivas que são trazidas à mesa na hora de tomar decisões
(políticas), o que por sua vez aumenta a desigualdade que vemos no mundo hoje", diz.
"Considerando que manter o status quo não é uma opção, precisamos de um debate fundamental
sobre a forma e os objetivos desta nova economia", diz Ritter, que considera que deve haver um "debate
democrático" em relação às mudanças tecnológicas.
Por um lado, há quem desconfie de que se trata de uma quarta revolução: é certo que as mudanças
são muitas e profundas, mas o conceito foi usado pela primeira vez em 1940 em um documento de uma
revista de Harvard intitulado A Última Oportunidade dos Estados Unidos, que trazia um futuro sombrio
para avanço da tecnologia e seu uso representa uma "preguiça intelectual", diz Garbee.
Outros, mais pragmáticos, alertam que a quarta revolução só aumentará a desigualdade na distribuição
de renda e trará consigo todo tipo de dilemas de segurança geopolítica.
O mesmo Fórum Econômico Mundial reconhece que "os benefícios da abertura estão em risco" por
causa de medidas protecionistas, especialmente barreiras não tarifárias do comércio mundial que foram
exacerbadas desde a crise financeira de 2007: um desafio que a quarta revolução deverá enfrentar se
quiser entregar o que promete.
"O entusiasmo não é infundado, essas tecnologias representam avanços assombrosos. Mas o
entusiasmo não é desculpa para a ingenuidade e a história está infestada de exemplos de como a
tecnologia passa por cima dos marcos sociais, éticos e políticos que precisamos para fazer bom uso
dela", diz Garbee.
Empresa de assessoria política admitiu ter descumprido ordem de regulador britânico para revelar as
informações que tinha sobre um professor americano. Ela foi multada em US$ 19 mil.
A Cambridge Analytica, assessoria britânica que trabalhou para a campanha eleitoral do presidente
americano, Donald Trump, se declarou culpada nesta quarta-feira (09/01) por ter se negado a revelar
dados pessoais que tinha extraído do Facebook. A empresa foi condenada por um tribunal de Londres a
multa de 15 mil libras (US$ 19,1 mil ou 16,7 mil euros) e terá ainda de pagar os custos do processo, no
valor de 6 mil libras.
O Facebook já havia admitido que a Cambridge Analytica - uma assessoria política que dirigiu a
campanha digital de Trump em 2016 - utilizou um aplicativo para coletar informações privadas de 87
milhões de usuários sem seu conhecimento. A empresa depois utilizou estes dados para mandar aos
usuários publicidade política especialmente adaptada e elaborar informes detalhados para ajudar Trump
a ganhar a eleição contra a candidata democrata Hillary Clinton.
Nesta quarta-feira, a Cambridge Analytica se declarou culpada por descumprir uma ordem do
regulador britânico encarregado da proteção de dados (ICO, na sigla em inglês), que mandou que ela
revelasse as informações que tinha sobre um professor americano, David Carroll. Carroll havia pedido
para saber quais dados sobre ele a companhia tinha e como os havia obtido.
86
France Presse. Cambrigde Analytica se declara culpada em caso de uso de dados do Facebook.
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/01/09/cambridge-analytica-se-declara-culpada-por-uso-de-dados-do-facebook.ghtml. Acesso em 15 de
janeiro de 2019.
Relembre o caso
A audiência, realizada na pequena sala de um tribunal nos arredores residenciais de Londres, forneceu
dados sobre um caso que sacudiu a reputação do Facebook.
O advogado representante da ICO afirmou ao tribunal que a Cambridge Analytica conseguiu reunir o
equivalente a 81 bilhões de páginas impressas de dados sobre os usuários do Facebook.
Reportagens dos jornais britânico "The Guardian" e americano "The New York Times", publicadas há
um ano, levaram a ICO a confiscar os computadores e servidores da Cambridge Analytica como parte de
uma investigação. Desde então a empresa, com sede em Londres, se declarou em falência.
Segundo o advogado da ICO, a empresa tinha dito a Carroll: "Você não tem direito de fazer (uma
solicitação de acesso a dados), assim como um membro dos talibãs sentado em uma caverna no canto
mais remoto do Afeganistão também não pode".
Mais tarde, um dos executivos da Cambridge Analytica disse ao regulador que "esperava não continuar
sendo assediado com este tipo de pedidos".
O blockchain ganhou notoriedade devido a popularização do Bitcoin, porém essa tecnologia não serve
apenas como o "livro caixa" virtual para registrar operações envolvendo criptomoedas. O potencial da
tecnologia abrange diversas áreas sem qualquer relação com transações financeiras, e por esse motivo
é a minha aposta para 2019. Mas por que o blockchain é tão importante?
É uma tecnologia que é vista por especialistas como sendo uma das mais revolucionárias para resolver
problemas computacionais que envolvem um grande volume de dados espalhados pelo mundo.
A indústria é um dos segmentos que mais poderão se beneficiar do blockchain, principalmente em
projetos envolvendo a cadeia de distribuição de suprimentos e logística. A saúde, um ramo
completamente distante dos meios de pagamentos digitais, é uma área que poderá atingir um avanço
expressivo, devido à versatilidade de confiabilidade do blockchain. Através dessa tecnologia, será
possível desenvolver sistemas seguros para o gerenciamento de prontuários médicos, compartilhamento
de pesquisas e o monitoramento de doenças infecciosas. Já existe um programa que combina o
blockchain com inteligência artificial (IA), para coletar dados de nível molecular, e realizar uma análise
profunda para auxiliar em descobertas médicas.
O Spotify utiliza o blockchain para simplificar o gerenciamento de licenças de direitos autorais
espalhadas globalmente; esse mecanismo favorece diretamente os produtores musicais na monetização
das suas músicas.
As instituições financeiras também estão atentas ao potencial do blockchain, e não necessariamente
para a criação de mais uma moeda virtual, mas como um aprimoramento a segurança dos sistemas
bancários atuais. A utilização do blockchain ainda é pequena, dificilmente será identificada pelos usuários,
mas certamente receberá uma atenção especial devido ao seu enorme potencial.
87
Ronaldo Prass. Blockchain: tecnologia que irá revolucionar a integração de dados distribuídos globalmente será destaque em 2019.
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/blog/ronaldo-prass/post/2018/12/31/blockchain-tecnologia-que-ira-revolucionar-a-integracao-de-dados-distribuidos-
globalmente-sera-destaque-em-2019.ghtml. Acesso em 15 de janeiro de 2019.
88
G1. Mais da metade da população mundial usa internet, aponta ONU. https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/12/07/mais-da-metade-da-populacao-
mundial-usa-internet-aponta-onu.ghtml. Acesso em 15 de janeiro de 2019.
Polícia usa algoritmo que prevê crimes para prender ladrão na Itália89
Tecnologia foi usada para deter um homem de 55 anos que estava prestes a assaltar um bar de um
hotel e pode vir a ser empregada em todo o país para prevenir roubos.
A cidade onde nasceu uma das organizações mafiosas mais perigosas do mundo, a Camorra, também
é o berço de uma tecnologia que está ajudando a modernizar a forma como a polícia italiana combate o
crime.
Um agente policial de Nápoles criou o X-law, um sistema informatizado baseado em um algoritmo que
permite "prever crimes".
Este sistema foi usado para prender um homem de 55 anos em Mestre, uma pequena localidade a
8km de Veneza, quando ele estava prestes a realizar um roubo.
O algoritmo estava sendo usado no norte do país havia apenas alguns dias.
Eram 3h45 da manhã quando o porteiro do bar de um hotel alertou a polícia que havia visto um homem
"grande e corpulento" entrar no edifício após arrombar uma porta de vidro.
Ele se dirigia para o caixa para roubar o dinheiro quando se deu conta de que havia sido descoberto e
tentou fugir, mas foi impedido pela polícia, que já o esperava na saída do local.
Os agentes chegaram tão rápido ali porque já estavam patrulhando a área graças ao X-Law. O
programa tinha informado que havia grandes chances de um crime assim ser cometido naquela região
entre 3h e 4h da madrugada de sexta-feira.
Na delegacia, foi verificado que o homem tinha vários antecedentes por roubos e outros crimes
cometidos no passado.
"Os criminosos costumam atuar sempre na mesma zona, com o mesmo modus operandi e os mesmos
procedimentos. Conhecem o comportamento das pessoas, os horários em que as empresas fecham e
quando os idosos vão ao banco retirar sua aposentadoria", disse o inspetor Elia Lombardo, criador da
tecnologia, ao jornal "La Repubblica".
O que é um algoritmo?
Os algoritmos são os códigos necessários para dar ordens a um computador ou máquina para que
algo seja feito. Trata-se de uma lista de passos que devem ser seguidos para resolver um problema. É
crucial que os passos estejam bem definidos e na ordem correta.
Pense, por exemplo, no que você faria para se vestir pela manhã. O que aconteceria se você colocasse
o casaco antes da camisa? Seria estranho, não?
O mesmo se aplica a esta tecnologia cada vez mais presente em nossa vida cotidiana, de celulares a
páginas na internet, mas com um nível de complexidade muito maior.
Os algoritmos são, portanto, essenciais para que as máquinas e redes façam o que pedimos (ou
interpretem o que desejamos).
Além do quilo, outras unidades de medidas básicas, como ampere, kelvin e mol, serão redefinidas.
A partir de 2019, 1 kg deixará de ser o que era.
O novo quilograma
O novo sistema, que entrará em vigor em maio de 2019, permitirá que os pesquisadores realizem
várias experiências para relacionar as unidades de medida com as constantes.
Tome, por exemplo, o caso do quilograma.
Atualmente, essa unidade de medida é definida por um objeto: um quilograma é a massa de um cilindro
de 4 centímetros de platina e irídio fabricado em Londres que é guardado pelo Escritório Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM) em um cofre na França desde 1889.
Mas esse quilo original perdeu 50 microgramas em 100 anos.
Isso ocorre porque os objetos podem facilmente perder átomos ou absorver moléculas do ar, então
usar um para definir uma unidade SI é complicado.
Como todas as balanças do mundo são graduadas de acordo com esse quilo original, quando calculam
o peso, acabam gerando dados incorretos.
Mesmo imperceptíveis na vida cotidiana, essas diferenças mínimas são importantes em cálculos
científicos que exigem extrema precisão.
A nova unidade, no entanto, será medida com a chamada balança de Kibble (ou de Watt), um
instrumento que permite comparar energia mecânica com eletromagnética usando duas experiências
separadas.
90
BBC. Por que em 2019 1kg não pesará 1kg. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/11/16/por-que-em-2019-1-kg-nao-pesara-1-
kg.ghtml. Acesso em 19 de novembro de 2018.
As vantagens
Essa maneira de medir o quilo não muda, tampouco pode ser danificada ou perdida, como pode
acontecer no caso de um objeto físico.
Além disso, uma definição baseada em uma constante - não um objeto - resultaria na medida exata
do quilo, pelo menos em teoria, disponível para qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta e não
apenas para aqueles que têm acesso ao quilo original guardado na França.
Mas alguns cientistas, como Perdi Williams, do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido, têm
sentimentos contraditórios sobre a mudança.
"Não estou nesse projeto há muito tempo, mas sinto um apego estranho com o quilograma", diz ele.
"Estou um pouco triste com a mudança, mas é um passo importante, e o novo sistema vai funcionar
muito melhor. É um momento muito emocionante, e mal posso esperar para que aconteça."
Outras unidades
A maneira de definir o ampere (unidade de corrente elétrica) também mudará.
Passará a ser medido com uma bomba de elétrons que gera uma corrente mensurável, na qual os
elétrons individuais podem ser contados.
O kelvin (unidade de temperatura) será definido a partir do novo sistema com termometria acústica.
A técnica permite determinar a velocidade do som em uma esfera cheia de gás a uma temperatura
fixa.
O mol, a unidade usada para medir a quantidade de matéria microscópica, é atualmente definido como
a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas partículas quantos átomos existem em 0,012
kg de carbono-12.
No futuro, será redefinido como a quantidade precisa de átomos em uma esfera perfeita de silício puro
-28.
Sirius: 1ª etapa da maior estrutura científica do País será inaugurada nesta quarta; veja
números91
Evento de entrega das obras civis contará com a presença do presidente da República, Michel Temer.
Laboratório de luz síncrotron de 4ª geração está orçado em R$ 1,8 bilhão.
Maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, o Sirius, laboratório de luz
síncrotron de 4ª geração, em Campinas (SP), terá a primeira etapa inaugurada nesta quarta-feira (14/11),
em cerimônia com a presença do presidente da República, Michel Temer.
Orçado em R$ 1,8 bilhão, o laboratório que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e
Materiais (CNPEM) está com as obras civis concluídas e nesta quarta (14/11) passará pelo primeiro teste:
uma volta de elétrons em dois dos três aceleradores que compõem o equipamento.
O Sirius deve ser entregue aos pesquisadores no segundo semestre de 2019. A conclusão total da
obra, com 13 linhas operando, é prevista para 2020.
Atualmente há apenas um laboratório da 4ª geração de luz síncrotron operando no mundo: o MAX-IV,
na Suécia. O Sirius foi projetado para ter o maior brilho do mundo entre as fontes com sua faixa de
energia.
Quando o Sirius estiver em atividade - substituindo a atual fonte de luz usada no Laboratório Nacional
de Luz Síncrotron (LNLS) -, estima-se que uma pesquisa que atualmente é feita em 10 horas nos
equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluída em 10 segundos.
Números do Sirius
- 68 mil metros quadrados de área construída
- 1.000km de cabos elétricos
91
EPTV 2 e G1 Campinas e Região. Sirius: 1ª etapa da maior estrutura científica do país será inaugurada nesta quarta; veja números. G1. Campinas e Região.
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/11/13/sirius-1a-etapa-da-maior-estrutura-cientifica-do-pais-sera-inaugurada-nesta-quarta-veja-numeros.ghtml.
Acesso em 14 de novembro de 2018.
'Raio X superpotente'
A luz síncrotron atua como um "raio X superpotente", capaz de analisar a estrutura de diversos tipos
de materiais em escalas de átomos e moléculas. Atualmente, os pesquisadores que utilizam o LNLS, em
funcionamento há 30 anos, contam com um equipamento de 2ª geração.
Enquanto no LNLS o raio X consegue penetrar 1 mm em um material como o ferro, no Sirius essa
penetração pode chegar a dois centímetros.
Essas qualidade da luz do novo acelerador permitirá aos pesquisadores desenvolverem tecnologias
em áreas consideradas estratégicas no CNPEM.
Na área de saúde, uma delas é o estudo do cérebro humano, o que permitirá desenvolver tratamentos
e medicamentos para doenças como Alzheimer, Parkinson e outras doenças degenerativas. Também
poderá melhorar o diagnóstico por imagens, a eficácia de medicamentos e decifrar estruturas virais para
desenvolvimento de vacinas.
Na área de energia, um dos pontos altos deverá ser o desenvolvimento de baterias com maior duração,
menor custo, menores e mais seguras. Isso permitirá uma revolução na área energética, com o
aproveitamento de diferentes fontes de geração de energia. Também poderá auxiliar no melhor
aproveitamento de biomassas para geração de energia.
Na agricultura, o grande desafio será descobrir com exatidão o funcionamento do solo, os mecanismos
de absorção das plantas e melhor aproveitamento de insumos e de controle de pragas. Isso será essencial
para aumentar a oferta de alimentos e garantir segurança alimentar para a população mundial.
Na exploração de óleo e gás, o estudo de rochas e do movimento e absorção do petróleo pode baratear
os custos e aumentar a produção em áreas como o pré-sal.
Facebook bane 68 páginas e 43 contas de grupo que divulgava spam político no Brasil92
Grupo controlava páginas como ‘Folha Política’ e outras que, segundo Facebook, usavam conteúdo
‘sensacionalista político’ para direcionar tráfego para fora da rede.
O Facebook anunciou nesta segunda-feira (22/10) que baniu 68 páginas e 43 contas associadas ao
grupo brasileiro Raposo Fernandes Associados (RFA) por “violação de políticas de autenticidade e de
spam”.
Segundo o Facebook, as páginas em questão usavam “conteúdo sensacionalista político” a fim de
construir audiência e direcionar usuários do Facebook para sites fora da rede, que disponibilizam
anúncios.
O G1 apurou que uma das páginas excluídas pelo Facebook é "Apoio a Jair Bolsonaro".
“Embora a atividade de spam esteja comumente associada à oferta fraudulenta de produtos ou
serviços, temos visto spammers usando cada vez mais conteúdo sensacionalista político – em todos os
espectros ideológicos – para construir uma audiência e direcionar tráfego para seus sites fora do
Facebook, ganhando dinheiro cada vez que uma pessoa visita esses sites. E isso é exatamente o que as
Páginas e as contas que removemos hoje estavam fazendo”, afirmou a rede social em nota.
A empresa afirmou ainda que esse grupo utilizava contas falsas e múltiplas contas com o mesmo nome
para publicar grande quantidade de artigos chamativos, com esse objetivo de redirecionar os usuários da
rede social para outros sites. Esses sites têm, segundo a nota da empresa, “grande quantidade de
anúncios programáticos e pouco conteúdo, funcionando como ‘fazendas de anúncios’”.
“Remover comportamentos que violem os nossos Padrões da Comunidade é um trabalho contínuo, e
estamos atuando arduamente para garantir a integridade da plataforma, com especial atenção em
períodos eleitorais”, disse o Facebook.
O G1 tentou contato com a RFA, mas não conseguiu falar com representantes do grupo.
92
G1. Facebook bane 68 páginas e 43 contas de grupo que divulga spam político no Brasil. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/10/22/facebook-
bane-68-paginas-e-43-contas-de-grupo-que-divulgava-spam-politico-no-brasil.ghtml. Acesso em 23 de outubro de 2018.
O físico britânico Stephen Hawking morreu nesta quarta-feira (14/03), aos 76 anos, segundo informou
sua família.
Com sua morte, desaparece um dos cientistas mais conhecidos do mundo e também um dos
divulgadores da ciência mais populares das últimas décadas.
"Estamos profundamente tristes pela morte do nosso pai hoje", disseram seus filhos Lucy, Robert e
Tim.
"Era um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos",
afirmaram em um comunicado.
Nascido em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, no Reino Unido, Hawking era considerado um dos
cientistas mais influentes do mundo desde Albert Einstein, não só por suas decisivas contribuições para
o progresso da ciência, como também por sua constante preocupação em aproximar a ciência do público
e por sua coragem de enfrentar a doença degenerativa de que sofria e que o deixou em uma cadeira de
rodas e sem capacidade para falar de maneira natural.
Hawking usava um sintetizador eletrônico para poder falar, mas a voz robótica produzida pelo aparelho
para expressar suas ideias acabou se tornando não só uma de suas marcas registradas como foi
constantemente ouvida e respeitada no mundo todo.
Para produzir sua "fala", o físico usava formava as palavras em uma tela com o movimentos dos olhos,
também usado para movimentar sua cadeira de rodas.
Suas teorias
Hawking havia demonstrado que a paixão à qual dedicou toda sua vida, estudar as leis que governam
o universo, também poderia ser atraente para o grande público.
Ele conseguiu que sua deficiência se convertesse em uma das chaves de sua obra científica. Quando
perdeu a mobilidade dos braços, se empenhou em ser capaz de resolver os cálculos científicos mais
complexos somente com a mente, sem anotar equações.
Logo começou a propor teses revolucionárias que questionavam os cânones estabelecidos.
Uma de suas afirmações mais ousadas foi a de considerar que a Teoria Geral da Relatividade
formulada por Einstein implicava que o espaço e o tempo tivessem um princípio no Big Bang e um fim
nos buracos negros.
Em 1976, seguindo os enunciados da física quântica, Hawking concluiu em sua "Teoria da Radiação"
que os buracos negros - as regiões no espaço com tamanha força de gravidade que nem a luz pode
escapar delas - eram capazes de emitir energia e perder matéria.
Em 2004 revisou sua própria teoria e chegou à conclusão de que os buracos negros não absorvem
tudo.
"O buraco negro só aparece em uma silhueta e depois se abre e revela informações sobre tudo o que
havia caído dentro dele. Isso nos permite verificarmos o passado e prever o futuro", disse o cientista.
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos – Programador – FIP) As empresas internacionais
de segurança operam hoje um dos mais importantes e inovadores programas dos EUA de combate ao
terrorismo. Esse programa prevê o uso de drones para eliminar as lideranças da Al-Qaeda na fronteira
entre Paquistão e Afeganistão. Ao falar em drones, estamos nos referindo:
(A) a tanques de guerra, com modelos semelhantes aos Urutus, comandados a distância.
(B) a submarinos sem tripulação e com comando por sistema operacional informatizado.
(C) a sistemas avançados de operação de guerra.
(D) ao que há de mais moderno em aeronaves não tripuladas de finalidade estratégica militar.
(E) aos também chamados de monomotores, que servem para várias tarefas de segurança
internacional.
02. (SETRABES - Administrador - UERR - 2018) No dia 14 de março de 2018 faleceu Stephen
Hawking, causa do falecimento: doença de Lou Gebring. “Revolucionário da física, exemplo de resiliência,
ícone pop, Stephen Hawking, com suas teorias, moldou a forma como vemos o universo, e comoveu o
mundo em sua morte. O maior mérito deste físico foi saber formular as perguntas certas acerca de
mistérios do universo, em especial sobre os enigmáticos buracos negros. Como teórico, ele elaborava as
respostas sem se preocupar em prova-las por meio de experimentos”. (Revista Veja, edição 2574 de 21 de março de 2018,
p. 62). De acordo com a reportagem publicada e com a análise de Stephen Hawking em relação aos
mistérios do universo, assinale a alternativa incorreta.
(A) Para Stephen Hawking, um buraco negro ao sugar tudo ao redor, até mesmo a luz, este criaria em
seu interior uma singularidade, ou seja, um ponto ínfimo de densidade infinita.
(B) Um buraco negro não é eterno, uma partícula sugada teria massa negativa e, por isso, acabaria por
contribuir para a diminuição de um buraco negro até sua iminente extinção por meio de uma explosão
equivalente à de 1 milhão de bombas nucleares.
(C) Para o físico em relação à origem do universo, um cosmo em constante expansão, iniciada a partir
de um Big Bang, excluiria totalmente a possibilidade de um criador (um Deus) e a partir desta afirmação
sua teoria sempre defendeu a não existência de um criador e sim de que a origem do universo se deu
pela existência de buracos negros.
(D) Em 1974, Stephen Hawking propôs o seguinte: segundo a física quântica, toda partícula tem como
par uma antipartícula; quando a matéria fosse sugada pelo buraco negro, uma dessas partículas seria
puxada, enquanto a outra voaria livre para fora. Foi dado a esse material liberto o nome de radiação de
Hawking.
(E) Stephen Hawking mesclou a física tradicional com a quântica em seu trabalho, na tentativa de criar
uma teoria única que unisse as duas, a “teoria de tudo”, um objetivo ainda não alcançado, mas muito
perseguido pelos pesquisadores.
03. (TRT - 7ª Região – CESPE) Um dos efeitos adversos da popularização da Internet e das redes
sociais virtuais é a superexposição da vida pessoal de usuários, a qual pode levar a situações de
constrangimento e de risco à segurança individual. Com isso, tem-se tornado cada dia mais premente
a necessidade de se criarem estratégias pessoais e ferramentas jurídicas que garantam o
(A) acesso irrestrito às ferramentas digitais.
(B) direito à intimidade e à vida privada.
(C) exercício pleno da liberdade de expressão.
(D) anonimato de todos os usuários.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D
Drone é uma palavra inglesa que significa “zangão”, na tradução literal para a língua portuguesa. No
entanto, este termo ficou mundialmente popular para designar todo e qualquer tipo de aeronave que não
02. Resposta: C
Segundo Hawking, foi o próprio Big Bang que criou a estrutura que Einstein batizou de continuum
espaço-tempo, uma espécie de malha estrutural da realidade onde essas duas dimensões se emaranham
como uma coisa só, distorcidas pela matéria e energia espalhadas pelo Universo.
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2018/03/stephen-hawking-explica-o-que-existia-antes-do-big-bang.html).
03. Resposta: B
O exemplo para esse caso foi o vazamento das fotos da atriz Carolina Dieckman: o Projeto de Lei que
resultou na “Lei Carolina Dieckmann” foi proposto em referência e diante de situação específica
experimentada pela atriz, em maio de 2012, que supostamente teve copiadas de seu computador pessoal,
36 (trinta e seis) fotos em situação íntima e conversas, que acabaram divulgadas na Internet sem
autorização95.
A Lei Carolina Dieckmann foi como ficou conhecida a Lei Brasileira 12.737/2012, tipificando os
chamados delitos ou crimes informáticos.
Os delitos previstos na Lei Carolina Dieckmann são:
1) Art. 154-A - Invasão de dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores,
mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados
ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades
para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
2) Art. 266 - Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de
informação de utilidade pública - Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
3) Art. 298 - Falsificação de documento particular/cartão - Pena - reclusão, de um a cinco anos e multa.
Energia
saúde
O que são os 'sóis em miniatura' que geram energia limpa e barata96
A fusão nuclear está finalmente pronta para cumprir sua promessa de gerar energia abundante para
todos?
Estamos a apenas cinco anos de aproveitar o poder quase ilimitado dos "sóis em miniatura" por meio
de reatores de fusão nuclear que poderiam fornecer energia abundante, barata e limpa, dizem algumas
empresas de tecnologia.
Em meio ao aquecimento global causado por nossa dependência de combustíveis fósseis, há uma
necessidade urgente de encontrar fontes alternativas e sustentáveis de energia.
Se não o fizermos, o futuro parece ser sombrio para milhões de pessoas, com a escassez de água e
de alimentos levando à fome e à guerra.
A fusão nuclear tem sido anunciada como uma possível resposta para nossas preces. Mas sempre foi
algo que seria viável "em 30 anos", segundo uma piada comum nesta indústria.
Agora, várias start-ups, como são chamadas empresas iniciantes do ramo tecnológico, estão dizendo
que podem tornar a fusão nuclear uma realidade comercial muito antes disso.
94
https://www.significados.com.br/drone/
95
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/historia-atualidades/atualidades-do-ano-de-2017
96
BBC. O que são os ‘sóis em miniatura’ que geram energia limpa e barata. G1. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/12/27/o-que-sao-os-sois-em-
miniatura-que-geram-energia-limpa-e-barata.ghtml. Acesso em 16 de janeiro de 2019.
A China não é apenas o berço de algumas das maiores fazendas solares do mundo; sua tecnologia
parece destinada a influenciar as políticas globais. Mas quão viáveis são essas grandes usinas?
Ao sobrevoar o condado de Datong, é possível avistar pandas gigantes. Um até acena. Eles são feitos
de milhares de painéis solares.
Juntos, e somados a outros painéis, eles formam uma fazenda de cem megawatts cobrindo 248 acres.
Na verdade, é um parque solar até pequeno para os padrões chineses - mas certamente é patriótico.
"Ele está projetado e construído como a imagem do tesouro nacional chinês - o panda gigante", explica
um documento da Energia Verde Panda, empresa que ergueu a fazenda.
A China tem uma capacidade de geração de energia solar como nenhum país no mundo, uma
gigantesca soma de 130 gigawatts. Com todos os investimentos que o Brasil vem fazendo no setor, o
país ainda não tem capacidade para produzir nem 2 gigawatts (menos de 1% do total).
A China abriga muitas fazendas solares gigantes - incluindo a enorme unidade de Longyanxia, que
produz 850 megawatts, no Planalto do Tibete; e a maior fazenda solar do mundo, no deserto de Tengger,
com capacidade para produzir 1.500 megawatts.
Mercado gigante
Esses projetos custaram milhões de dólares - mas será que valeram a pena? E serão suficientes para
garantir as metas de energia verde?
A China é o maior produtor de tecnologia solar do mundo, ressalta Yvonne Liu na Bloomberg New
Energy Finance, uma empresa de pesquisa de mercado. "O mercado é muito grande", ela afirma. "É como
um política industrial para o governo."
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), mais de 60% dos painéis
solares são fabricados na China. O governo tem um interesse econômico claro, portanto, em garantir que
haja grande demanda para esses equipamentos.
Além disso, ao aumentar os recursos de energias renováveis, as autoridades estão se dando um
tapinha nas costas. Limpar a matriz energética chinesa é um objetivo fundamental de política pública.
Quase dois terços da eletricidade do país ainda vêm da queima de carvão.
Não é de se espantar que as vastas e ensolaradas planícies do norte e noroeste da China tenham se
tornado lar de fazendas solares gigantes. Há muito espaço para erguê-las, e o recurso solar é
relativamente confiável. Além disso, sua construção vem avançando em ritmo alucinante. A IEA informa
que a China cumprirá sua meta de capacidade de energia solar em 2020, três anos antes do previsto.
Deve haver outro incentivo por trás do impulso chinês de construir fazendas solares em regiões
politicamente sensíveis. Nas últimas décadas, muitos observaram que a China tem encorajado o
investimento em infraestrutura no entorno do Tibete - uma região autônoma que abriga muitos daqueles
que rejeitam a reivindicação chinesa do território. Alguns argumentam que tal investimento tem motivação
política - um esforço de cimentar a autoridade da China e apoiar a etnia chinesa que se mudou para essas
áreas.
Um empreendimento extraordinário usa painéis solares para aquecer uma rede subterrânea projetada
para derreter a camada de gelo da permafrost, para que árvores cresçam na área. A ideia é tornar a
região mais atraente para o estabelecimento de colonos chineses.
97
BBC. As impressionantes fazendas solares da China que estão transformando a geração de energia mundial. G1 Mundo.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/14/as-impressionantes-fazendas-solares-da-china-que-estao-transformando-a-geracao-de-energia-mundial.ghtml.
Acesso em 15 de outubro de 2018.
Investimento em tecnologia
A China já tentou resolver o problema desenvolvendo linhas de transmissão com tecnologias mais
avançadas, explica Jeffrey Ball, do Centro de Políticas Energéticas e Finanças da Universidade Stanford.
As inovações incluem linhas diretas de alta capacidade - mas essas não estão sendo construídas na
velocidade esperada.
E há outra complicação que atualmente está se tornando preocupante para a indústria solar chinesa.
Em maio, o governo reduziu drasticamente os subsídios para projetos de larga escala desse segmento.
Os cortes públicos ocorreram porque um fundo gerenciado pelo governo de energias renováveis está com
dívidas que superam os US$15 bilhões (R$ 60 bilhões).
"Eles não podem mais garantir o subsídio", diz Liu. O efeito disso é drástico. No ano passado, 53
gigawatts de capacidade solar foram instaladas na China. Neste ano, Liu espera que as novas instalações
não cheguem a totalizar 35 gigawatts - uma queda de mais de 30%.
Em meio a esse clima pouco atraente, investidores estão se afastando das remotas fazendas solares
e indo em direção a outras oportunidades, diz Liu. Cobrir terraços de grandes cidades com painéis solares
e vender eletricidade diretamente a consumidores é mais atraente no momento, ela explica. Os clientes
podem ser administrados à medida que esses projetos crescem, e o dinheiro flui melhor, em tese,
especialmente agora que os subsídios se foram das instalações solares.
Mas Liu, Ball e Xu concordam que nunca se viu fazendas solares gigantes como as da China.
"Acho importante reforçar que a influência da China não é simplesmente em enormes projetos solares
construídos em suas fronteiras, mas também fora do país", afirma Ball.
Várias grandes fazendas solares estão sendo construídas ao redor do mundo, muitas das quais na
Índia. Quando estiverem próximas de serem concluídas, irão competir pelo título de "maior parque solar
do mundo". Muitas terão relações claras com a China.
Por exemplo o complexo de Benban, no Egito. Cobrindo 37 quilômetros quadrados e ostentando uma
capacidade planejada de geração entre 1.600 e 2.000 megawatts, esse é um empreendimento
impressionante. E uma empresa que participa da construção, a TBEA Sunoasis, é chinesa.
A Panda Green Energy, que construiu as estações em forma de panda em Datong, tem planos de
instalar mais fazendas solares na China que se pareçam com os tradicionais ursos. E a companhia
também pretende construir parques solares atraentes em outros países - incluindo o que descreve como
um "panda + design de rugby" em Fiji, e um "panda + o design da folha de bordo", no Canadá.
Liu ressalta que os painéis solares estão cada vez mais baratos. Por isso, não deve demorar muito até
que os subsídios chineses se tornem irrelevantes. Espera-se que entre três e cinco anos a tecnologia
tenha barateado o suficiente para se construir as usinas sem a ajuda do governo, afirma a especialista.
Mas se os parques solares gigantes continuarem a ser construídos, outra complicação ignorada será
o destino desses gigantes em décadas futuras com o lixo que isso irá gerar. Os painéis duram apenas
cerca de 30 anos. É difícil reciclá-los porque eles contêm substâncias químicas prejudiciais, como ácido
sulfúrico. A China deve deparar com um repentino aumento do lixo da energia solar a partir de 2040, e
ainda não há planos claros sobre o que fazer com o material.
Mercado livre já responde por 30% da energia consumida no Brasil; entenda como funciona98
Mercado não regulado só existe para grandes empresas e ganhou 402 consumidores neste ano; ritmo
de crescimento diminuiu.
O consumo de energia no mercado livre (não regulado) atingiu 18.046 MW médios em junho, o
equivalente a 30% do total utilizado em todo sistema elétrico do Brasil. Há três anos, a fatia era de 25%.
Esse mercado, que por enquanto só está disponível para grandes empresas, continua atraindo novos
consumidores, ainda que em ritmo mais lento.
Nos seis primeiros meses de 2018, 402 consumidores migraram para ambiente livre, totalizando 5,4
mil. O número de entrantes, porém, é 55% menor do que o registrado no primeiro trimestre ano passado.
O "boom" do mercado livre se deu de 2015 para 2016, quando o número de consumidores mais que
dobrou e passou de 1,8 mil para 4 mil. Em junho, o país tinha 237 companhias habilitadas a comercializar
energia nesse mercado.
Foi em 2015 que o governo retirou os subsídios concedidos ao setor elétrico três anos antes pela então
presidente Dilma Rousseff, provocando uma disparada no preço da conta de luz no mercado regulado.
Simultaneamente, a formação de reservatórios era suficiente e não houve problemas na geração de
energia, o que tornou o mercado livre atrativo.
98
Luísa Melo. Mercado livre já responde por 30% da energia consumida no Brasil; entenda como funciona. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/14/mercado-livre-ja-responde-por-30-da-energia-consumida-no-brasil-entenda-como-funciona.ghtml. 14 de agosto de
2018.
Vantagens x desvantagens
Também pesa a favor do mercado livre a previsibilidade dos preços. Quem fecha um contrato sabe o
quanto pagará pela energia que vai consumir durante toda a sua vigência. A duração média dos contratos
no mercado livre é de quatro anos.
Já no mercado regulado as tarifas são corrigidas anualmente pela Aneel. O reajuste leva em conta a
inflação, os custos da distribuidora com compra de energia, além dos investimentos feitos por elas e
depreciação dos seus ativos. Além disso, existe ainda o regime de bandeiras tarifárias, pelo qual o valor
da conta de luz pode variar a cada mês, dentro de um patamar pré-estabelecido, conforme a necessidade
de ligar as usinas térmica, que produzem energia mais cara.
E o consumidor final?
Os especialistas ouvidos pelo G1 foram unânimes em dizer que o mercado livre de energia deve
continuar crescendo no Brasil e que chegará aos poucos ao consumidor residencial, como já acontece
na Europa.
Tramita atualmente no Congresso um projeto de lei que propõe reduzir gradativamente o limite de
demanda contratada mínima para ingresso no mercado, zerando qualquer imposição até 2028.
Questões
O Ministério Público Federal iniciou processo judicial na Justiça Federal em Altamira em que busca o
reconhecimento de que a implantação de Belo Monte constitui uma ação etnocida do Estado brasileiro e
da concessionária Norte Energia, “evidenciada pela destruição da organização social, costumes, línguas
e tradições dos grupos indígenas impactados”.
(Fonte: ASCOM MPF do Pará.)
A notícia acima expõe:
(A) a predominância de geração de energia livre de impactos.
02. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE) A maior parte da energia elétrica consumida
no Brasil é produzida em usinas:
(A) Eólicas
(B) Hidrelétricas
(C) Termonucleares
(D) Nucleares
(E) Solares
Gabarito
01.B / 02.B
Comentários
01. Resposta: B
Questão que cobra muito da interpretação (além do conhecimento de atualidades em si). A polêmica
em torno da construção da Usina de Belo Monte gira em volta de medidas pouco claras à população.
Segue texto na íntegra a respeito da construção e críticas sobre o projeto.
(http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/usina-belo-monte.htm)
02. Resposta: B
O Brasil ainda conta como principal fonte de energia a energia hidráulica. Termoelétricas e nucleares
ocupam apenas 10% da produção nacional (http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/recursos_hidricos/hidreletricas_no_brasil.html)
Gestão do Lixo
O lixo ainda é um dos principais desafios dos governos na área de gestão sustentável. No entanto, na
última década, o Brasil deu um salto importante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos.
Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, além de
determinar o destino final correto do lixo, o Governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei n° 12.305/10), aprovada em agosto de 2010.
Créditos de Carbono
No mercado de carbono, cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida é transformada em
crédito, que pode ser negociado livremente entre países ou empresas.
99
Fonte: http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20/desenvolvimento-sustentavel.html
100
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental.
Consumo racional101
É um modo de consumir capaz de garantir não só a satisfação das necessidades das gerações atuais,
como também das futuras gerações. Isso significa optar pelo consumo de bens produzidos com tecnologia
e materiais menos ofensivos ao meio ambiente, utilização racional dos bens de consumo, evitando-se o
desperdício e o excesso e ainda, após o consumo, cuidar para que os eventuais resíduos não provoquem
degradação ao meio ambiente. Principalmente: ações no sentido de rever padrões insustentáveis de
consumo e diminuir as desigualdades sociais.
Adotar a prática dos três 'erres':
Redução, que recomenda evitar o consumo de produtos desnecessários;
Reutilização, que sugere que se reaproveite diversos materiais; e
Reciclagem, que orienta reaproveitar materiais, transformando-os e lhes dando nova utilidade.
Aquecimento Global
É uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o
aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança
do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos
cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer
insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a
biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica
que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de
transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o
aumento da temperatura consequência desse fenômeno.
No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades
humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis
fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como
o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das
radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa
o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações
climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.
Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados
Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul. Em busca de
alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997.
Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que
provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta teve que ser
cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a
meta fosse atingida, o principal é os Estados Unidos.
Lixo Eletrônico
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, destaca que 40 milhões de toneladas de
lixo eletrônico são produzidas todos os anos. O descarte envolve vários tipos de equipamentos, como
geladeiras, máquinas de lavar roupa, televisões, celulares e computadores. Países desenvolvidos enviam
80% do seu lixo eletrônico para ser reciclado em nações em desenvolvimento, como China, Índia, Gana
e Nigéria. Segundo a OIT, muitas vezes, as remessas são ilegais e acabam sendo recicladas por
trabalhadores informais.
101
Texto adaptado de http://www.wwf.org.br/natureza_
brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
Textos Noticiados:
Enquanto no andar de cima a palavra de ordem é “libera geral”, multiplicam-se os fatores de risco à
saúde e ao meio ambiente.
Sem estardalhaço, com os espaços mais nobres do noticiário tomados por sucessivas tragédias,
passou despercebida a notícia de que o atual governo autorizou em seus primeiros 47 dias de existência,
54 novos agrotóxicos no mercado, o que dá uma média superior a um novo produto licenciado por dia. O
Ministério da Agricultura alega que todos os ingredientes já eram comercializados no Brasil, e que a
novidade seria a aplicação desses produtos em novas culturas, o sinal verde para que novos fabricantes
possam comercializá-los, e que novas combinações químicas entre eles sejam permitidas. A julgar pelas
explicações dadas pelo ministério, ninguém deveria ficar preocupado. Acoberta-se assim - mais uma vez
- a apreensão que acompanha já há algum tempo vários técnicos (alguns do próprio governo), em relação
à forma como o Brasil vem se tornando o paraíso do setor químico com 2.123 (número válido até o
fechamento desta edição) agrotóxicos licenciados.
Sempre discreta, longe dos holofotes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, cumpre aquilo que se
espera de quem, no ano passado, no comando da Frente Parlamentar da Agropecuária, liderou o rolo
compressor da bancada ruralista na aprovação do chamado “Pacote do Veneno”. A aprovação do PL
6299/2002 em uma comissão especial do Congresso abriu caminho para a tramitação de um pacote que,
na prática, reduz drasticamente as atribuições do Ibama (meio ambiente) e da Anvisa (saúde) no processo
de licenciamento desses produtos. O texto aprovado confere ao Ministério da Agricultura poderes sem
precedentes para autorizar a comercialização de agrotóxicos no Brasil.
Em favor da flexibilização da lei - o “Pacote do Veneno” ainda não foi votado em plenário - os ruralistas
dizem que o processo usual de licenciamento dessas “moléculas” (como a ministra prefere chamar)
costuma levar anos, prejudicando a produção. O grande problema é a distância que separa o gabinete
da ministra do Brasil real. Enquanto no andar de cima a palavra de ordem é “libera geral”, multiplicam-se
os fatores de risco à saúde e ao meio ambiente.
Um dos exemplos da farra na pulverização de veneno nas lavouras vem dos exames realizados em
amostras de alimentos consumidos pela população. A Fundação Oswaldo Cruz abriga o mais importante
laboratório federal de análises de substâncias químicas presentes nos alimentos, ligado à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Mais de 30 alimentos costumam ser periodicamente analisados por lá.
Para surpresa dos pesquisadores, em algumas amostras é possível encontrar até 15 princípios ativos de
diferentes agrotóxicos, o que indica uma brutal desinformação do agricultor que está usando “bala de
canhão para matar uma mosca”.
“Quem determina quais produtos químicos os agricultores devem usar, e em quais dosagens, é o
varejista”, afirma uma fonte da Embrapa. Além de não dispor do conhecimento técnico necessário para
indicar a melhor resposta para todas as situações, o vendedor ainda recebe comissão pelas vendas
desses produtos químicos. Curiosamente, o próprio relator do “Pacote do Veneno”, deputado Luís
Nishimori (PR-Paraná), esteve à frente de duas empresas que vendiam agrotóxicos (Nishimori Agricultura
e Mariagro Agrícola Ltda.), mas, segundo ele, à época da votação, as empresas estariam “desativadas”.
Em tempo: o conflito de interesses no Congresso alcança de forma avassaladora vários parlamentares
ligados ao agronegócio, mineração, indústria das armas, etc.
Outro motivo de preocupação é a instrução normativa nº 40 da Secretaria de Defesa Agropecuária do
Ministério da Agricultura (lançada no ano passado) que deu plenos poderes aos engenheiros agrônomos
para determinarem livremente misturas de diferentes agrotóxicos para a produção de receitas de acordo
com cada situação. Ou seja, deu-se carta branca para que estes profissionais inventem novas receitas
102
André Tigueiro. Licenciamento recorde de novos agrotóxicos. https://g1.globo.com/natureza/blog/andre-trigueiro/post/2019/02/21/licenciamento-recorde-de-novos-
agrotoxicos.ghtml. Acesso em 21 de fevereiro de 2019.
Aquecimento global: década pode ser a mais quente da história, diz agência britânica103
O mundo está no meio do que pode ser a década mais quente já registrada, de acordo com um estudo
do Met Office — o serviço meteorológico do governo britânico.
O serviço, cujos registros remontam a 1850, projeta que as temperaturas nos próximos cinco anos
estarão até 1°C mais altas do que aquelas observadas no período pré-revolução industrial.
Há também uma pequena chance de que um destes anos registre temperaturas até 1,5°C maiores.
Este patamar é visto como um limite crítico para o aquecimento global.
103
BBC. Aquecimento Global: década pode ser a mais quente da história, diz agência britânica. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/02/07/aquecimento-global-decada-pode-ser-a-mais-quente-da-historia-diz-agencia-britanica.ghtml. Acesso em 07 de
fevereiro de 2019.
Brumadinho: O que se sabe sobre o rompimento de barragem que matou ao menos 60 pessoas
em MG104
Até a noite de domingo, 60 corpos foram resgatados da região atingida pelo rompimento
da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, município na zona metropolitana de
Belo Horizonte.
Entre as 60 mortes confirmadas até o momento, 19 corpos foram identificados, de acordo com a Defesa
Civil de Minas Gerais. Pelo menos 292 pessoas continuam desaparecidas.
Desde sexta, 192 pessoas foram localizadas e resgatadas pelos bombeiros.
Em coletiva de imprensa na noite de domingo, o porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-
coronel Flávio Godinho, disse que um ônibus foi localizado próximo à área administrativa da Vale e que
haveria mais corpos dentro dele. Dessa forma, o trabalho do Corpo de Bombeiros continuará noite adentro
e o número de vítimas deve subir.
As buscas haviam sido interrompidas na madrugada de domingo, quando técnicos da mineradora
informaram que havia "risco iminente de rompimento" da barragem B6, e foram retomadas por volta de
15 horas.
Ainda de acordo com o tenente-coronel, boa parte do material da represa, que acumulava entre 3
milhões e 4 milhões de metros cúbicos de água, já foi drenado e a estrutura não corre mais risco de
rompimento. Restariam apenas 140 mil metros cúbicos de água, que serão drenados nos próximos 10 a
15 dias.
Cerca de 3 mil pessoas chegaram a ser acionadas pelas autoridades para que deixassem suas casas,
que estariam em áreas de risco, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros. A
Defesa Civil já as liberou, contudo, para que elas voltassem para suas casas.
O juiz do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Renan Chaves Carreira Machado, a pedido da
Advocacia Geral do Estado (AGE), determinou ainda na sexta-feira o bloqueio de R$ 1 bilhão das contas
da Vale.
A medida, proposta pelo Estado de Minas Gerais e decidida pela Justiça em caráter liminar, buscava
oferecer "imediato e efetivo amparo às vítimas e redução das consequências (...) e na redução do prejuízo
ambiental". A decisão determina, ainda, que a empresa apresente, em até 48 horas, "um relatório sobre
as ações de amparo às vítimas, adote medidas para evitar a contaminação de nascentes hidrográficas,
faça um planejamento de recomposição da área afetada e elabore, de imediato, um plano de controle
contra a proliferação de pragas e vetores de doenças diversas".
Desde então, outras duas liminares foram concedidas pela Justiça de Minas Gerais para que outros
R$ 10 bilhões da mineradora fossem bloqueados para mitigar os dados ambientais e prestar auxílio às
vítimas.
Ajuda externa
Ainda neste domingo, chega a Minas Gerais uma equipe de 136 soldados do Exército israelense,
especializada em operações de resgate em situações extremas, para auxiliar na busca por sobreviventes.
A informação, antecipada no sábado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi confirmada pelo governo de
Minas Gerais.
Na segunda-feira, a equipe fará um reconhecimento da área e iniciará em seguida os trabalhos. Além
de especialistas em salvamento, a equipe israelense conta com cães farejadores e 16 toneladas de
equipamentos, incluindo radares terrestres.
Resposta do governo
Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a área atingida pelo rompimento da
barragem.
Bolsonaro não chegou a pousar na região e, portanto, não deu declarações no local. Ele já está de
volta a Brasília. Pelo Twitter, o presidente disse que é "difícil ficar diante de todo esse cenário e não se
emocionar" e acrescentou que o governo fará o que estiver ao seu alcance para atender as vítimas,
minimizar danos, apurar os fatos e prevenir novas tragédias, citando o desastre de Mariana, há três anos.
Horas depois, na noite de sábado, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional),
general Augusto Heleno, disse que o governo pretende realizar vistorias em todas as barragens do país
que "ofereçam maior risco". Heleno falou à imprensa depois de participar de uma reunião do gabinete de
crise criado por Bolsonaro para monitorar as consequências da tragédia.
"É importante e urgente que aquelas barragens, no Brasil inteiro, que ofereçam maior risco sejam
submetidas a uma nova vistoria, para que nós possamos nos antecipar, na medida do possível, a novos
desastres", declarou.
O ministro também afirmou que há a intenção de mudar o protocolo de licenciamento de barragens.
Ainda de acordo com o general, o governo deve oferecer ajuda financeira para as vítimas do desastre,
como adiatamentos de benefícios, mas ele disse que os valores ainda não estão definidos.
A ajuda, acrescentou o ministro, também deve vir de Israel, que enviará um avião com equipes e
equipamentos para reforçar as buscas.
A barragem
No cadastro nacional da Agência Nacional de Mineração, a barragem do Córrego do Feijão é
classificada como uma estrutura de pequeno porte com baixo risco e alto dano potencial.
A lei 12.334/10 explica que o risco é calculado "em função das características técnicas, do estado de
conservação do empreendimento e do atendimento ao Plano de Segurança da Barragem". Já o dano
potencial se refere ao "potencial de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos, sociais e
ambientais decorrentes da ruptura da barragem".
Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informa que o
empreendimento e a barragem em Brumadinho estão devidamente licenciados.
Em dezembro de 2018, a Vale obteve licença para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na
barragem e encerramento de atividades.
"A barragem não recebia rejeitos desde 2014 e tinha estabilidade garantida pelo auditor, conforme
laudo elaborado em agosto de 2018. As causas e responsabilidades pelo ocorrido serão apuradas pelo
governo de Minas."
Em nota, a Vale afirmou que a barragem foi construída em 1976, pela Ferteco Mineração (adquirida
pela mineradora em 2001). Segundo a empresa, os rejeitos dispostos ocupavam um volume de 11,7
milhões de metros cúbicos.
Além do Instituto de Física Atmosférica, ligado à Academia de Ciências da China, a pesquisa envolveu
especialistas do Ministério de Recursos Naturais e da Universidade Hohai, também no país asiático, e do
Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica e da Universidade St. Thomas, nos Estados Unidos.
O aquecimento visto nos oceanos em 2018 resultou em um aumento médio de 1,4 mm no nível do mar
ao redor do globo em comparação à média de nível registrada em 2017. Os padrões associados ao nível
do mar atual devem continuar no futuro, segundo a pesquisa.
O aumento de calor no oceano também eleva as temperaturas e a umidade do ar — o que, por sua
vez, intensifica as tempestades e as chuvas fortes. Em 2018, foram registradas várias tempestades
tropicais no mundo, como os furacões Florence e Michael e os tufões Jebi, Maria, Mangkhut e Trami.
Entre outras consequências listadas pelos cientistas como decorrentes do aquecimento dos oceanos,
estão a diminuição no nível de oxigênio presente neles, o branqueamento e a morte de corais e o
derretimento de geleiras. Há também efeitos indiretos, como a intensidade de secas, ondas de calor, e
risco de incêndios.
“O aquecimento global é consequência do aprisionamento de gases de efeito estufa — que mantêm a
radiação do calor dentro do sistema terrestre. Devido à longevidade do dióxido de carbono e outros gases
desse tipo, mitigar as mudanças e os riscos de consequências socioeconômicas causadas pelo
aquecimento global e dos oceanos depende de adotar medidas para reduzir imediatamente as emissões
de gases estufa”, concluem os pesquisadores.
Ministro do Meio Ambiente afirma que pacto pode trazer recursos e que Bolsonaro concordou com a
posição.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o Brasil continuará no Acordo de Paris e
que o presidente Jair Bolsonaro concordou com a posição. Ele argumentou que há pontos importantes
no acordo, que podem trazer recursos para o país, e que o problema está na internalização de princípios
para a legislação nacional. O acordo estabelece metas de para redução da emissão de gases que causam
o efeito estufa.
105
Lara Pinheiro. Aquecimento dos oceanos bateu recorde em 2018, dizem cientistas. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/01/16/aquecimento-dos-oceanos-
bateu-recorde-em-2018-dizem-cientistas.ghtml. Acesso em 17 de janeiro de 2018.
106
Cleide Carvalho. Salles diz que Brasil permanece no Acordo de Paris. https://oglobo.globo.com/brasil/salles-diz-que-brasil-permanece-no-acordo-de-paris-
23371858. Acesso em 15 de janeiro de 2019.
Retomada da atividade, proibida há mais de 30 anos, deve ocorrer em julho de 2019. País integrava
organização desde 1951 e tentou derrubar proibição durante evento no Brasil.
O Japão anunciou nesta quarta-feira (26/12) sua retirada da Comissão Internacional da Baleia (IWC,
na sigla em inglês) no próximo ano e a retomada da caça comercial nas águas territoriais e na zona
econômica exclusiva do país a partir de julho. A decisão foi lida pelo porta-voz do governo, Yoshihide
Suga, que também anunciou o fim da prática polêmica na Antártida.
"A partir de julho de 2019, depois que a saída entrar em vigor em 30 de julho, o Japão realizará a caça
comercial de baleias dentro do mar territorial do Japão e de sua zona econômica exclusiva, e cessará o
abate de baleais no Oceano Antártico/Hemisfério Sul", disse o secretário-chefe de gabinete, Yoshihide
Suga, em um comunicado ao anunciar a decisão.
O Japão era membro da IWC desde 21 de abril de 1951. A organização foi criada há sete décadas
para garantir a preservação desses cetáceos e impedir sua caça indiscriminada nos oceanos. Em 1986,
impôs a proibição da caça comercial, depois que algumas espécies foram praticamente levadas à
extinção pela pesca predatória.
Desde 1987, o Japão permite que se matem baleias apenas com fins científicos, mas essa é uma
questão controversa. Críticos e organizações de proteção dos animais afirmam que o programa é usado
para encobertar a caça comercial, já que a carne é vendida no mercado.
Os japoneses alegam que comer carne de baleia faz parte da cultura do país.
Em setembro desse ano, o Japão tentou derrubar a proibição à caça comercial durante a reunião da
organização em Santa Catarina, mas foi derrotado em votação.
Em 2014 o Tribunal Penal Internacional determinou que o Japão deveria suspender a caça na Antártida
– o que Tóquio fez durante uma temporada, reduzindo o número de animais e espécies visados, mas
reiniciou na temporada 2015-2016.
O porta-voz do governo japonês disse que, após a sua retirada da organização, o país atuará como
observador dentro da IWC e assegurou que o governo de Tóquio continua comprometido com a gestão
dos recursos marinhos de acordo com dados científicos.
Repercussão
Austrália e Nova Zelândia saudaram a decisão de abandonar a caça às baleias na Antártida, mas
expressaram decepção pela decisão do Japão se envolver no abate dos mamíferos oceânicos.
O Greenpeace condenou a decisão e contestou a afirmação de que os estoque de baleias se
recuperaram, observando que a vida marinha está ameaçada pela poluição e pela pesca excessiva.
"A declaração de hoje está em desacordo com a comunidade internacional, sem falar na proteção
necessária para salvaguardar o futuro dos nossos oceanos e criaturas majestosas", diz a nota da ONG.
"O governo do Japão deve agir urgentemente para conservar os ecossistemas marinhos, em vez de
retomar a caça comercial de baleias", afirma o comunicado.
O dióxido de carbono procedente dos combustíveis e da indústria aumentou 2,7% este ano.
Foi uma ilusão. Poucos anos atrás, alguns pensaram que o mundo havia finalmente conseguido
desvincular o crescimento econômico das emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito
estufa. Durante três anos, entre 2014 e 2016, as emissões globais procedentes dos combustíveis fósseis
e da indústria (que representam 90% do dióxido de carbono emitido pelas atividades humanas)
estancaram, enquanto o PIB mundial crescia. Aquela tendência, contudo, não se consolidou. E em 2017
as emissões voltaram a aumentar 1,6%. As projeções divulgadas nesta quarta-feira pelos pesquisadores
do Global Carbon Project parecem confirmar que a ilusão chegou ao fim: as emissões de CO 2 crescerão
cerca de 2,7% este ano, atingindo 37,1 gigatoneladas — um recorde na história da humanidade.
Porque houve esse aumento? “Porque a economia global está crescendo bem, e de uma forma muito
coordenada entre os blocos econômicos mais importantes do mundo: Estados Unidos, Europa, Japão,
China...”, diz Pep Canandell, diretor do Global Carbon Project, um grupo de pesquisadores que
anualmente publica as projeções de emissões coincidindo com as cúpulas do clima, como a COP24, que
está sendo realizada em Katowice (Polônia). “Infelizmente, a capacidade das energias renováveis
107
G1. Japão deixa comissão que protege baleias e anuncia volta da caça comercial. G1 Natureza. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2018/12/26/japao-deixa-
comissao-que-protege-baleias-e-anuncia-volta-da-caca-comercial.ghtml. Acesso em 27 de dezembro de 2018.
108
Manuel Planelles. Emissões Globais de CO2 crescem e batem novo recorde. El País.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/05/internacional/1544012893_919349.html?id_externo_rsoc=TW_BR_CM. Acesso em 07 de dezembro de 2018.
Um pouco de otimismo
Apesar dos dados ruins, Canandell destaca alguns aspectos que ensejam certo otimismo. Por um lado,
ele lembra que “as emissões do carvão ainda são mais baixas do que as registradas em seu ápice, em
2013”. “Embora não saibamos o que acontecerá com a China nos próximos anos, a queda das emissões
de carvão na Europa, EUA, Japão e Austrália é imparável”, afirma. Em segundo lugar, Canandell diz que
“a capacidade instalada de energia renovável no mundo dobra a cada quatro anos, algo sem dúvida
extraordinário”.
Talvez, além do aumento em 2018, um dos principais problemas agora é que não se vislumbra um teto
para as emissões. “Ninguém sabe quando poderá ser alcançado [o limite]”, diz o diretor do Global Carbon
Project, mas isso dependerá da “vontade das nações”. “É razoável pensar que talvez ainda precisemos
de outra década para que as energias renováveis alcancem um volume suficiente para competir com
os combustíveis fósseis”, completa.
“As emissões globais de CO2 devem começar a cair antes de 2020 para alcançarmos os objetivos
do Acordo de Paris”, afirma Christiana Figueres, ex-responsável da ONU para a mudança climática, num
artigo publicado nesta quarta-feira na revista Nature. O pacto de Paris, assinado em 2015, estabelece
como objetivo que o aumento da temperatura no final do século não passe de 1,5 ou 2 graus em relação
aos níveis pré-industriais. E o planeta já sofreu um aumento de um grau. “Já são evidentes os impactos
terríveis de um grau de aquecimento”, diz Figueres. “Os desastres provocados pelo clima em 2017
custaram 320 bilhões de dólares (1,2 trilhão de reais) à economia mundial, e ao redor de 10.000 vidas se
perderam.”
COP24 reúne representantes de quase 200 nações e é vista como teste do comprometimento dos
países em implementar medidas para alcançar suas metas climáticas.
Negociadores de todo o mundo iniciaram neste domingo (02/12) em Katowice, na Polônia, duas
semanas de conversações sobre as mudanças climáticas e como implementar as medidas para manter
o aquecimento do planeta abaixo de 2 graus Celsius, definidos no Acordo de Paris em 2015.
O encontro recebeu um impulso neste fim de semana, quando 19 grandes economias, reunidas na
cúpula do G20 em Buenos Aires, reafirmaram seu comprometimento com o Acordo de Paris. A exceção
foram os Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, anunciou que vai deixar o acordo.
Mesmo assim, o clima é de otimismo entre os ambientalistas. "A boa notícia é que sabemos muita
coisa sobre o que precisamos fazer para chegar lá", disse David Waskow, da ONG ambientalista World
Resources Institute.
Segundo ele, o momento é positivo apesar da decisão de Trump. "Não se trata mais de um ou
dois players na arena internacional. É o que eu chamaria de uma liderança distribuída, na qual você tem
um número de países – alguns pequenos ou médios – realmente fazendo progressos e trabalhando em
parceria com cidades e estados e empresas", declarou.
Na cerimônia de abertura, neste domingo, representantes dos países que organizaram as mais
recentes conferências do clima apelaram aos governos de todo o mundo para que tomem ações decisivas
para enfrentar a ameaça urgente do aquecimento global.
O apelo foi feito pelos presidentes das últimas quatro cúpulas do clima: ex-ministro do Meio Ambiente
peruano, Manuel Pulgar-Vidal (responsável pela COP20); ex-ministro do Exterior da França, Laurent
Fabius (COP21); o ministro do Exterior marroquino, Salaheddine Mezouar (COP22); e o primeiro-ministro
das Ilhas Fiji, Frank Bainimarama (COP23).
Na agenda da 24.ª Conferência de Partes (COP24) da Convenção-Quadro das Nações Unidas para
as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) estão compromissos de redução de emissões de
gases do efeito de estufa e questões como as novas tecnologias favoráveis ao clima, a população como
líder de mudança e o papel das florestas. A conferência é organizada pela Polônia pela terceira vez.
Pesquisa também mostra que 90% das aves têm plástico no estômago. Estudo foi baseado no
acompanhamento de 16.700 populações de 4 mil espécies.
Um levantamento divulgado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) nesta terça-feira (30/10)
indica que o estilo de vida dos humanos tem impactado diretamente os ecossistemas e a vida selvagem
do planeta. As populações de vertebrados silvestres, como mamíferos, pássaros, peixes, répteis e
anfíbios, sofreram uma redução de 60% entre 1970 e 2014 devido à ação humana.
O 'Relatório Planeta Vivo' é baseado no acompanhamento de mais de 16.700 populações de 4 mil
espécies, utilizando câmeras, análise de pegadas, programas de investigação e ciências participativas.
Um dos indicadores mostra que o impacto crescente do lixo plástico nos oceanos interfere na qualidade
de vida de várias espécies, entre elas, as aves marinhas. Na década de 1960, apenas 5% das aves
tinham fragmentos de plástico no estômago. Hoje, o índice é de 90%.
"Preservar a natureza não é apenas proteger os tigres, pandas, baleias e animais que apreciamos (...).
É muito mais: não pode haver um futuro saudável e próspero para os homens em um planeta com o clima
desestabilizado, os oceanos sujos, os solos degradados e as matas vazias, um planeta despojado de sua
biodiversidade", declarou o diretor da WWF, Marco Lambertini.
O Brasil é destaque no relatório. A floresta amazônica se reduz cada vez mais, do mesmo modo que
o Cerrado, diante do avanço da agricultura e da pecuária.
Por ano, uma área equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol de área verde desaparecem do
mapa por causa do desmatamento. Já as áreas de pastagens abandonadas em todo o país por quem
cria gado equivalem a duas vezes o estado de São Paulo - 50 milhões de hectares, segundo o estudo.
109
DW. Conferência do Clima começa na Polônia com apelo por mais ações. Deutsche Welle. https://www.dw.com/pt-br/confer%C3%AAncia-do-clima-
come%C3%A7a-na-pol%C3%B4nia-com-apelo-por-mais-a%C3%A7%C3%B5es/a-46543140. Acesso em 04 de dezembro de 2018.
110
G1. Terra perdeu 60% de seus animais silvestres em 44 anos, diz relatório. G1 Natureza. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2018/10/30/terra-perdeu-60-de-
seus-animais-silvestres-em-44-anos-diz-relatorio.ghtml. Acesso em 31 de outubro de 2018.
'Nossa oportunidade'
"O desaparecimento do capital natural é um problema ético, mas também tem consequências em
nosso desenvolvimento, nossos empregos, e começamos a ver isto", assinalou Pascal Canfin, diretor-
geral do WWF França.
"Pescamos menos que há 20 anos porque as reservas diminuem. O rendimento de alguns cultivos
começa a cair. Na França, o trigo está estancado desde os anos 2000. Estamos jogando pedras em nosso
próprio telhado".
Os economistas avaliam os "serviços devolvidos pela natureza" (água, polinização, estabilidade dos
solos e etc.) em US$ 1,25 trilhão anuais.
A cada ano, o dia em que o mundo já consumiu todos os recursos que o planeta pode renovar
anualmente chega mais cedo. Em 2018 foi em 1º de agosto.
"O futuro das espécies não parece chamar a atenção suficiente dos líderes" mundiais, alerta a WWF,
que defende "elevar o nível de alerta" e provocar um amplo movimento, como se fez pelo clima. "Que
todo o mundo compreenda que o status quo não é uma opção".
"Somos a primeira geração que tem uma visão clara do valor da natureza e do nosso impacto nela.
Poderemos também ser a última capaz de inverter esta tendência", advertiu a WWF, que pede uma ação
antes de 2020, "um momento decisivo na história". "Uma porta sem precedentes se fechará rápido".
Cientistas identificam fonte de misteriosas emissões que estão destruindo camada de ozônio111
Nos últimos meses, cientistas de todo o mundo foram surpreendidos com um misterioso aumento das
emissões de gases que estão comprometendo, de forma drástica, a camada de ozônio que protege a
Terra.
Agora, um grupo de pesquisadores acredita ter descoberto os responsáveis pelos danos ao meio
ambiente: espumas de isolamento térmico de poliuretano, produzidas na China para uso em residências.
A Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês), com base no Reino Unido, identificou
a presença de CFC-11, ou clorofluorocarbonos-11, na produção dessas espumas na China. O composto
químico havia sido proibido em 2010, mas está sendo usado intensamente em fábricas chinesas.
O relatório da EIA apontou a construção de casas na China como fonte das emissões atípicas de
gases. Há dois meses, pesquisadores publicaram um estudo que mostrava que a esperada redução do
uso de CFC-11, banido há oito anos, havia desacelerado drasticamente.
Os pesquisadores suspeitavam que o composto continuava sendo usado em algum lugar do leste da
Ásia. Mas a fonte exata ainda era desconhecida.
Especialistas tinham receio de que o CFC-11 pudesse estar sendo usado secretamente para
enriquecer urânio na produção de armas nucleares.
Agora, os pesquisadores dizem não ter dúvidas de que a fonte de produção do composto está
vinculada ao uso de espuma para isolamento térmico de casas.
111
BBC. Cientistas identificam fonte de misteriosas emissões que estão destruindo camada de ozônio. BBC Brasil. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44778158.
Acesso em 13 de julho de 2018.
A cada minuto, 1 milhão de garrafas plásticas são consumidas no mundo; e todos os anos, 8 milhões
de toneladas de plástico são despejadas nos mares; secretário-geral da ONU suspendeu o uso de copos
plásticos no gabinete dele, segundo recado dado em redes sociais.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, marcado neste 5 de junho, tem como mensagem central a poluição
plástica principalmente nos oceanos. Segundo dados da agência ONU Meio Ambiente, todos os anos, 8
milhões de toneladas de plástico são jogadas nos mares.
Segundo a agência, se nada for feito, até 2050 os oceanos terão mais plástico que peixes. A ONU
Ambiente lançou a campanha “Acabe com a Poluição Plástica” ou #BeatPlasticPollution, na sigla em
inglês.
Coleta
Vários eventos estão sendo realizados pelo mundo como coletas de lixos nas praias e palestras de
conscientização sobre a importância de dizer não aos plásticos descartáveis. Por toda a semana passada,
112
Daniela Gross. No Dia Mundial do Meio Ambiente, ONU pede fim de poluição plástica. <https://news.un.org/pt/story/2018/06/1625911> Acesso em 06 de junho de
2018.
Oceanos
A ONU News conversou com a coordenadora do Dia do Meio Ambiente no Brasil e também da
campanha Mares Limpos, Fernanda Daltro. De Brasília, ela explicou que o plástico é um dos maiores
desafios ambientais da era atual.
“O plástico se tornou um material presente em absolutamente todos os lugares do planeta, inclusive
nas regiões mais remotas. E esta poluição tem uma relação direta com a sociedade de consumo em que
a gente vive hoje. Este volume de lixo se mistura à cadeia alimentar. Todas as espécies nos oceanos
acabam tendo contato e se alimentando do plástico de uma forma ou de outra.”
Para celebrar o Dia do Meio Ambiente, o Comitê Olímpico Internacional, COI, anunciou uma parceria
com a ONU para combater o plástico descartável.
Atletas olímpicos de várias modalidades incluindo triátlon, surfe, e rúgbi se comprometeram em cortar
os utensílios de plástico.
5 trilhões de sacolas
A cada minuto, 1 milhão de garrafas plásticas são consumidas no mundo. Já a quantidade de sacolas
plásticas chega a 5 trilhões por ano.
De acordo com o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, já existe a consciência da
situação alarmante, mas os impactos de longo prazo desta crise ambiental sobre a saúde ainda são pouco
conhecidos.
Solheim comparou esta falta de informação ao pouco conhecimento que antes se tinha em relação ao
tabaco, ao pó de amianto e ao mercúrio.
Ainda na entrevista à ONU News, Fernanda Daltro da ONU Meio Ambiente, no Brasil, destacou a
importância da mudança na cabeça dos consumidores.
Canudo
“É muito importante entender que nós, como consumidores, temos um papel ativo e simples no
combate à poluição plástica. E este papel está em fazer escolhas melhores. Não apenas em relação ao
material, em deixar de usar o plástico descartável, em todas as situações, mas simplesmente abolir das
nossas vidas alguns itens que não têm real necessidade. É o caso do canudo, por exemplo, que não
chega a ter uma reciclagem e o consumo dele é relativamente desnecessário na maior parte das
situações. ”
Entre as recomendações da ONU Ambiente para acabar com a poluição plástica estão ações simples
que podem ser adotadas no dia a dia.
Entre elas, levar a própria sacola ao supermercado, recusar canudos e talheres de plástico, preferir
garrafas de água reutilizáveis, catar o plástico que encontrar na rua enquanto estiver caminhando e apoiar
políticas governamentais contra o uso único das sacolas de plástico.
Para presidente da Anvisa, mudança em regra para agrotóxico põe em risco segurança dos brasileiros.
BRASÍLIA - Uma nova proposta de projeto de lei que flexibiliza as regras para fiscalização e utilização
de agrotóxicos no País abriu uma crise dentro do governo, colocando o Ministério da Saúde, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ibama em rota de
colisão com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além da Frente Parlamentar
Agropecuária (FPA).
A movimentação se intensificou devido à leitura do texto relatado pelo deputado Luiz Nishimori
(PR/PR), em audiência marcada para a próxima terça-feira, (08/05), na Comissão Especial da Câmara
que analisa o PL. De um lado, Ibama e Anvisa declaram que a proposta é inconstitucional e cercada de
falhas que prejudicariam a fiscalização, ameaçando a vida das pessoas. Do outro, o Mapa e a FPA
afirmam que o tema é tratado com “preconceito e ideologia” e que precisa ser modernizado.
113
BORGES, A. FORMENTI, L. Projeto de Lei do Agrotóxico abre crise no governo. Estadão. <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,projeto-de-lei-do-
agrotoxico-abre-crise-no-governo,70002295137> Acesso em 10 de maio de 2018.
Retrocesso
Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa afirma que a proposta
em tramitação do Congresso representaria um retrocesso para o País. “O projeto muda para pior as
regras de registro de agrotóxicos”, avalia.
As críticas também são feitas entre especialistas em saúde pública. A pesquisadora da Fundação
Oswaldo Cruz de Pernambuco Aline Gurgel considera a mudança nas regras de registro de agrotóxicos
um atraso que pode colocar em risco tanto a saúde da população quanto o meio ambiente. “A regra atual
é moderna, equilibrada, pois dá um poder equivalente ao Ministério da Agricultura, à Anvisa e ao Ibama.
É inaceitável que Anvisa e Ibama, que hoje têm poder de veto, passem a exercer apenas um mero papel
consultivo”, completa a pesquisadora.
As críticas de Aline à proposta vão além da restrição do poder de veto da Anvisa e Ibama. A começar
da sugestão de tratar agrotóxicos por defensivos fitossanitários. “Isso provocaria a ocultação do risco. O
agrotóxico tem toxicidade. E isso precisa ficar claro para população. O termo precisa ser mantido.”
A pesquisadora é contrária também à regra que facilitaria o registro provisório de agrotóxicos. “Feitos
para algumas moléculas, esses registros baseiam-se em informações que constam em processos de
registro do produto em outros países, sem que haja a devida análise dos órgãos ambientais e de saúde.”
Aline rebate ainda a justificativa apresentada pelo projeto, de que regras atuais acabam levando a um
processo moroso de avaliação de aprovação de novos agrotóxicos para culturas brasileiras. “A análise
não pode ser simplista, movida por motivos econômicos. Estamos falando de saúde, de preservação do
meio ambiente.”
Ideologia e preconceito
O Ministério da Agricultura reagiu duramente às críticas. Em resposta encaminhada ao Estado, o Mapa
afirmou que, dos órgãos envolvidos na regulação de agrotóxicos no Brasil, é a Pasta, por meio da
Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), que de fato executa as fiscalizações federais de agrotóxicos.
“São feitas mais de 1.500 ações fiscais no Brasil por ano, com atingimento de mais de 99,9% de
conformidade nos produtos fiscalizados”, declarou. “Portanto, fiscalização é uma atividade realizada
eminentemente pelos órgãos de agricultura no Brasil, considerando a área de agrotóxicos.”
Sobre o texto do projeto de lei e o relatório final do deputado Luiz Nishimori, o Mapa afirmou que a
proposta “congrega uma série histórica de diversas demandas negligenciadas pelos órgãos federais nos
Ideia antiga
A proposta de afrouxar as regras para agrotóxicos no País não é nova. No ano passado, o governo
preparou uma Medida Provisória que facilitava o registro de agrotóxicos no País. Redigido pelo Ministério
da Agricultura com a colaboração do setor produtivo, o texto criava uma brecha para o uso de defensivos
que atualmente são classificados como cancerígenos, com risco de provocar má-formação nos fetos ou
capacidade de provocar mutações celulares. Pelas regras atuais, qualquer produto que se encaixe nessas
características é proibido de ser lançado no Brasil. No texto proposto na MP, esses empecilhos cairiam
por terra. Bastaria que algumas condições fossem atendidas para reduzir os riscos desses efeitos.
Risco
A proposta em tramitação no Congresso para mudar as normas de registro de agrotóxicos colocaria
em risco a saúde dos trabalhadores do campo, reduziria a segurança dos brasileiros em geral e, ainda,
poderia provocar danos para a imagem de produtos brasileiros no mercado externo, afirma o presidente
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa. “Seria muito prejudicial. Torço para
não ser aprovada.”
Em entrevista ao Estado, Barbosa afirma que seria um erro retirar a Anvisa e o Ibama da análise dos
pedidos de registro de agrotóxicos, como propõe o projeto. A atribuição ficaria a cargo do Ministério da
Agricultura. “Mas quem vai fazer a avaliação do impacto à saúde ou ao meio ambiente? O Ministério da
Agricultura não tem experiência acumulada para fazer avaliação toxicológica. Seria um retrocesso
imenso.” Teoricamente, Ibama e Anvisa atuariam numa comissão criada para fazer a avaliação, mas sem
poder de veto. “O Brasil vai passar a dar registro só levando em conta as necessidades da indústria
agrícola?”, questiona.
Para o setor produtivo, o sistema atual é muito burocrático e lento, o que acabaria reduzindo as
chances de entrada no mercado de novos produtos, mais baratos, eficientes e portanto essenciais para
tornar a produção brasileira mais competitiva no mercado internacional.
O presidente da Anvisa, no entanto, tem uma avaliação diferente. Ele alerta que uma mudança de
regras tem impacto negativo também no mercado externo. “A ideia será a de que o País abriu mão de
uma regulação mais séria”, ponderou. O impacto no mercado interno também seria significativo.
Apenas 45% do esgoto do país é tratado, apontam os dados mais recentes do governo. Em 2015, na
ONU, Brasil se comprometeu a universalizar serviços de saneamento até 2030.
Apenas 45% do esgoto gerado no Brasil passa por tratamento. Isso quer dizer que os outros 55%
são despejados diretamente na natureza, o que corresponde a 5,2 bilhões de metros cúbicos por ano ou
quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia. É o que aponta um novo estudo do Instituto Trata Brasil
obtido pelo G1 e que será divulgado nesta quarta-feira (18/04).
O estudo é feito com base nos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS), que se referem ao ano de 2016. Eles foram divulgados apenas neste ano.
Os números indicam que o saneamento tem avançado no país nos últimos anos, mas pouco. Veja os
destaques:
Em 2016, 83,3% da população era abastecida com água potável, o que quer dizer que os outros 16,7%,
ou 35 milhões de brasileiros, ainda não tinham acesso ao serviço. Em 2011, o índice de atendimento era
de 82,4%. A evolução foi de 0,9 ponto percentual.
Quanto à coleta de esgoto, 51,9% da população tinha acesso ao serviço em 2016. Já 48,1%, ou mais
de 100 milhões de pessoas, utilizavam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja através de
uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente em rios. Em 2011, o percentual de atendimento era de
48,1% — um avanço de 3,8 pontos percentuais.
Apenas 44,9% do esgoto gerado no país era tratado em 2016. Em 2011, o índice era de 37,5% — uma
evolução de 7,4 pontos percentuais.
Historicamente, os números de esgoto são piores que os de água no país por conta da falta de
prioridade nas políticas públicas, maior custo de investimento e de dificuldade nas obras, entre outros
motivos.
Por isso, mesmo tendo apresentado a maior alta entre os indicadores, o acesso ao tratamento no país
continua baixo, já que o esgoto que não é tratado é jogado diretamente na natureza, causando problemas
ambientais e sanitários.
"No caso do tratamento de esgoto, houve um pouco mais de um ponto percentual de alta por ano. Se
considerarmos que não chegamos nem nos 50% de atendimento, estamos falando de mais de 50 anos
[para universalizar]. Isso é inaceitável. É muito tempo para ter essa estrutura tão essencial, que é a do
saneamento", diz Édison Carlos, presidente executivo do instituto.
O ritmo lento ainda vai de encontro a compromissos assumidos pelo país tanto em políticas públicas
nacionais, como os do Plano Nacional de Saneamento Básico, como internacionais, como os assinados
na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2015. O país se comprometeu
a, até 2030, universalizar o acesso a água potável e "alcançar o acesso a saneamento e higiene
adequados e equitativos para todos".
114
VELASCO, CLARA. Saneamento avança, mas Brasil ainda joga 55% do esgoto que coleta na natureza, diz estudo. G1. Disponível em:
<https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-avanca-mas-brasil-ainda-joga-55-do-esgoto-que-coleta-na-natureza-diz-estudo.ghtml> Acesso em 18 de abril
de 2018.
"As cidades não param de crescer, então mesmo as com os melhores índices continuam investindo
para conseguir universalizar os serviços, trocar redes antigas e diminuir perda de água. Por outro lado,
muitas cidades apresentam péssimos indicadores e investem pouco", diz o presidente do Trata Brasil.
O estudo ainda aponta que menos de um quarto dos recursos arrecadados com saneamento foi
reinvestido no setor. São considerados não apenas os investimentos realizados pela prestadora do
serviço, mas também os feitos pelo poder público.
Desigualdades regionais
As diferenças entre as 100 maiores cidades do país são vistas em todos os índices de saneamento.
Veja alguns destaques:
Abastecimento de água: 20 municípios possuem 100% de atendimento da população, e 41 cidades
tem atendimento superior a 99%. A grande maioria (90 das 100) atende mais de 80% da população com
água potável. Ao mesmo tempo, porém, apenas 30% da população de Ananindeua, no Pará, é atendida.
Coleta de esgoto: dois municípios possuem 100% de esgoto: Cascavel (PR) e Piracicaba (SP). Outras
10 cidades possuem índice superior ou igual a 99% e também podem ser considerados universalizados.
Mas, em 21 cidades, o índice não chega a 40%. Ananindeua novamente é a pior cidade, com 0,75% da
população atendida.
Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir nesta quarta-feira um julgamento que tem dividido os
membros da corte e terá repercussões para os agricultores e as regras de proteção ambiental no Brasil.
Os ministros terminarão de analisar as quatro ações que questionam a constitucionalidade da Lei
12.651, também conhecida como o novo Código Florestal, sancionada em 2012 pela então presidente
Dilma Rousseff.
Entre os pontos questionados está o perdão a multas e sanções a agricultores que desmataram
ilegalmente até 2008, um dos dispositivos mais polêmicos do novo código.
Dez dos onze ministros já votaram, e por enquanto há empate em relação a vários pontos, incluindo a
anistia.
O desempate caberá ao ministro Celso de Mello, membro mais antigo da corte e último a votar.
115
BBC. STF decide se Anistia do Novo Código Florestal a quem desmatou é válida. G1 Natureza. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/stf-decide-
se-anistia-do-novo-codigo-florestal-a-quem-desmatou-e-valida.ghtml> Acesso em 28 de fevereiro de 2018.
- A permissão para realizar atividades agropecuárias em APPs nos topos dos morros;
Decisões já tomadas
Em decisões festejadas por ambientalistas, a maioria dos juízes do STF já decidiu no julgamento que:
- Não se pode desmatar APPs para implantar depósitos de lixo ou instalações esportivas;
- Todas as nascentes e olhos d'água, sejam intermitentes ou perenes, devem ter APPs preservadas;
- APPs só podem ser desmatadas por "interesse social" ou "utilidade pública" quando não houver
alternativas.
Outras decisões tomadas no julgamento agradaram o agronegócio, entre as quais a manutenção dos
seguintes pontos do novo código:
- As APPs em beira de rios devem ser medidas conforme sua variação média anual, e não conforme
o nível medido na cheia;
- Pequenas propriedades podem seguir critérios menos rigorosos para recuperar APPs na beira de
rios;
- Propriedades que desmataram além dos percentuais mínimos atuais ficam dispensadas de recompor
as áreas caso tenham seguido as regras vigentes no momento em que desmataram;
Questões
01. (UFRR - Assistente Social - UFRR - 2018) A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC,
Lei nº 12.187/2009) aponta as diretrizes de enfrentamento da mudança climática que o Brasil deve
executar para a redução de emissão de gases do efeito estufa, reduzindo a vulnerabilidade dos sistemas
naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Sobre este tema:
02. (UFRR - Assistente Social - UFRR - 2018) “Desde 2008, o Brasil ocupa o lugar de maior
consumidor de agrotóxicos do mundo. Os impactos na saúde pública são amplos, atingem vastos
territórios e envolvem diferentes grupos populacionais, como trabalhadores em diversos ramos de
atividades, moradores do entorno de fábricas e fazendas, além de todos nós, que consumimos alimentos
contaminados. Tais impactos estão associados ao nosso atual modelo de desenvolvimento, voltado
prioritariamente para a produção de bens primários para exportação.” (Dossiê ABRASCO: um alerta sobre
os impactos dos agrotóxicos na saúde, 2015).
Gabarito
Comentários
01. Resposta: E.
O termo “mudança do clima” ou “mudança climática” normalmente refere-se à variação do clima que
pode ou não ser resultado da ação do homem. Acontece em escala global ou dos climas regionais do
planeta ao longo do tempo.
03. Resposta: E
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e
propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
(http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/)
Relações Internacionais
saúde
Parlamento europeu reconhece Guaidó como presidente interino da Venezuela116
Decisão aumenta a pressão para que os países europeus também reconheçam o líder da oposição a
Nicolás Maduro como presidente interino.
O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira (31/01) o líder oposicionista Juan Guaidó como
presidente legítimo da Venezuela e pediu para que os países da União Europeia façam o mesmo. A
resolução do órgão legislativo do bloco europeu recebeu 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções.
A resolução afirma que o Parlamento Europeu reconhece Juan Guaidó como presidente "de acordo
com a Constituição da Venezuela" e expressa "apoio absoluto a seu projeto".
A resolução também pede que a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e os Estados-
membros da UE reconheçam Guaidó "até que seja possível convocar novas eleições presidenciais livres,
transparentes e críveis para restaurar a democracia" na Venezuela.
"Da Europa, podemos ajudar a mudar o regime venezuelano e fazer entender que tiranos nunca vão
conduzir qualquer possibilidade democrática", declarou o deputado espanhol Esteban Gonzalez Pons, na
sede da instituição, na cidade francesa de Estrasburgo.
"É um prazer anunciar que o Parlamento Europeu reconhece Juan Guaidó como presidente legítimo
da Venezuela. É a primeira instituição europeia a fazê-lo, pedimos aos Estados-membros e à Comissão
Europeia que façam o mesmo o mais rápido possível para que tenhamos uma posição unificada e forte",
disse no plenário o presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela se autodeclarou presidente interino durante uma
manifestação em Caracas, em 23 de janeiro. O objetivo da sua iniciativa, segundo ele, é formar um
governo de transição para organizar eleições livres no país, que enfrenta uma grave crise política e
econômica.
Até agora, a União Europeia fez um apelo para que sejam organizadas “eleições livres e credíveis” na
Venezuela, mas não mencionou a iniciativa de Guaidó, que já foi reconhecida por vários países, entre
eles, os Estados Unidos e o Brasil. Na quarta-feira, os senadores dos Estados Unidos também pediram
à UE que reconheça Guaidó.
Nicolás Maduro, que se diz alvo de um golpe impulsionado pelos americanos, disse que está disposto
a conversar com a oposição e mostrou-se favorável à organização de eleições legislativas antecipadas
para superar a crise. No entanto, ele resiste à ideia de uma nova eleição presidencial.
"Não aceitamos ultimatos de ninguém no mundo, não aceitamos a chantagem. As eleições
presidenciais aconteceram na Venezuela e se os imperialistas querem novas eleições que esperem até
2025", afirmou Maduro, fazendo referência à União Europeia.
No sábado (26/01), os governos de Alemanha, Espanha e França anunciaram que reconhecerão
Guaidó como presidente interino caso o país não convoque eleições "justas e livres" em 8 dias -- prazo
que vence no domingo (02/02).
116
G1. Parlamento europeu reconhece Guaidó como presidente interino da Venezuela. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/31/parlamento-
europeu-reconhece-guaido-como-presidente-interino-da-venezuela.ghtml. Acesso em 31 de janeiro de 2019.
Onda de protestos
Na quarta-feira, em um novo dia de protestos, a oposição saiu às ruas em Caracas e várias cidades
no interior do país para exigir a saída de Nicolás Maduro. Autoproclamado presidente interino, o líder
opositor Juan Guaidó comandou mobilização, que pedia também para que as forças armadas do país
não reconheçam mais o comando do líder chavista.
Ele declarou em artigo publicado pelo jornal americano "The New York Times" que teve reuniões
clandestinas com integrantes das forças armadas e ofereceu anistia para todos que não têm acusações
de crimes contra a humanidade.
Nos últimos dias, jornalistas de diferentes nacionalidades que foram presos no país. Entre eles, estão
dois franceses, dois colombianos e um espanhol.
Desde o início da atual onda de protestos, que começou em 21 de janeiro com a rebelião de um grupo
de militares, mais de 850 pessoas foram presas e mais de 40 pessoas morreram, segundo estimativa da
ONU.
Após rejeição do acordo do Brexit, Theresa May enfrenta votação de moção de desconfiança117
Caso perca a votação desta quarta-feira, premiê poderá renunciar ou terá que ser indicada novamente
por seu partido para se manter no cargo. Se ela sair, Parlamento tem 14 dias para decidir sobre novo
premiê ou será dissolvido e novas eleições serão convocadas.
Após sofrer uma imensa derrota na votação de sua proposta de acordo para o Brexit, a primeira-
ministra britânica, Theresa May, enfrenta nesta quarta-feira (16/01) uma nova votação decisiva. O
Parlamento irá avaliar uma moção de desconfiança contra seu governo, que pode resultar na perda de
seu cargo.
A moção foi proposta pelo líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, imediatamente após a votação
do Brexit, na terça. A justificativa apresentada foi que, em dois anos de governo, May não conseguiu
elaborar uma proposta boa o suficiente para ser aprovada pela maioria no Parlamento.
Em dezembro, May já havia sido alvo de moção semelhante apresentada por seus colegas de partido,
o Conservador. Na ocasião, ela venceu a votação interna e foi mantida no cargo.
Segundo a imprensa britânica, a premiê deve sobreviver ao teste e obter os votos necessários para
continuar no poder.
Como funciona
Quando uma moção de desconfiança é apresentada, o governo tem questionada sua capacidade de
exercer a liderança, e por isso é realizada uma votação para verificar se o líder deve ou não permanecer
no cargo.
Caso May perca a votação desta quarta, ela pode renunciar ao cargo por iniciativa própria. Mas o
Partido Conservador pode insistir em seu nome, apresentando-a novamente como candidata para
permanecer no posto de primeira-ministra.
O mais provável em um caso desses, no entanto, é que o partido apresente outro candidato para
substituí-la. Outros partidos também podem lançar seus próprios candidatos ao cargo e os parlamentares
têm um prazo de 14 dias para tomar uma decisão.
Se ao fim desses 14 dias nenhum nome for definido – ou seja, nenhum partido conseguir comprovar
que tem capacidade para liderar o governo, nos termos da legislação – o Parlamento é dissolvido e são
convocadas eleições gerais a partir de 25 dias úteis.
O partido que obtiver a maioria nessas eleições gerais conquista então o direito de indicar o próximo
primeiro-ministro.
117
G1. Após rejeição do acordo do Brexit, Theresa May enfrenta votação de moção de desconfiança. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/16/apos-rejeicao-
do-acordo-do-brexit-theresa-may-enfrenta-votacao-de-mocao-de-desconfianca.ghtml. Acesso em 16 de janeiro de 2019
Italiano chegou a conseguir refúgio no Brasil e depois teve a extradição autorizada, mas fugiu para a
Bolívia. Preso no último sábado (12/01), Battisti irá cumprir pena por 4 assassinatos no seu país.
O avião com o italiano Cesare Battisti chegou ao aeroporto de Ciampino, em Roma, nesta segunda-
feira (14/01). Ele foi entregue pela polícia boliviana às autoridades da Itália na cidade de Santa Cruz de
La Sierra, onde foi preso no sábado (12/01).
Battisti será levado para um presídio na periferia de Roma. No trajeto, patrulhas fecharão os acessos
para que o comboio chegue rapidamente ao local, segundo o jornal “Corriere della Sera”. O ministro do
Interior da Itália, Matteo Salvini, anunciou que iria ao aeroporto para receber Battisti, a quem ele chama
de “assassino comunista”.
O italiano, que integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, foi condenado à prisão perpétua
por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970. Ele afirma que nunca matou ninguém e se diz vítima
de perseguição política.
Foram 37 anos de fuga permanente, com períodos de prisão e lutas político-judiciais para evitar a
Justiça da Itália. Battisti escapou do seu país na década de 1980, viveu na França, no Brasil e, mais
recentemente, havia se escondido na Bolívia.
O italiano chegou a conseguir refúgio no Brasil em 2007. Mas o status, concedido a ele pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto em dezembro do ano passado, por Michel Temer, que
autorizou sua extradição. A Polícia Federal fez mais de 30 operações para localizá-lo, mas não teve
sucesso.
Como a entrada de Battisti na Bolívia foi ilegal, a expulsão dele foi requerida pela Itália e acatada pelo
governo boliviano. O plano inicial incluia a volta de Battisti ao Brasil em um avião da Polícia Federal, para
depois ser extraditado para a Itália.
Possíveis benefícios
Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob a acusação de ter cometido quatro assassinatos
na Itália na década de 70.
Como os crimes foram cometidos antes de 1991, quando houve uma mudança na legislação italiana,
ele terá alguns benefícios, como sair da cadeia por curtos períodos se apresentar bom comportamento
depois de ter cumprido 10 anos de pena, de acordo com o jornal Bom Dia Brasil.
Como ele foi julgado à revelia, a defesa também pode tentar um novo julgamento.
Entenda o caso
Tanto os governos de esquerda quanto os de direita queriam que Battisti voltasse à Itália para cumprir
a sua pena, e o assunto está ocupando grande parte dos jornais italianos.
Battisti chegou ao Brasil em 2004. Ele foi preso no Rio de Janeiro em março de 2007 por uma ação
conjunta entre a Polícia Federal brasileira e agentes italianos e franceses. Dois anos depois, o então
ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio.
Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas
deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou
a extradição.
Em setembro de 2017, o governo italiano pediu ao presidente Michel Temer que o Brasil revisasse a
decisão sobre Battisti.
No fim do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que desse prioridade
ao julgamento que poderia resultar na extradição.
Um mês depois do pedido da PGR, o ministro Luiz Fux mandou prender o italiano e abriu caminho
para a extradição, no início de dezembro.
Na decisão, o ministro autorizou a prisão, mas disse que caberia ao presidente extraditar ou não o
italiano porque as decisões políticas não competem ao Judiciário. No dia seguinte, o então presidente
Michel Temer autorizou a extradição de Battisti.
Desde então, a PF deflagrou uma série de operações para prender o italiano. No final de dezembro, a
PF já haviam sido feitas mais de 30 ações.
Battisti nega envolvimento com os homicídios e se diz vítima de perseguição política. Em entrevista
em 2014 ao programa Diálogos, de Mario Sergio Conti, na GloboNews, ele afirmou que nunca matou
ninguém.
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G1. Battisti chega à Itália após quase 40 anos foragido e será levado a presídio em Roma. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/14/battisti-
chega-a-italia-apos-quase-40-anos-foragido-e-sera-levado-a-presidio-em-roma.ghtml. Acesso em 14 de janeiro de 2019.
'Shutdown' completa 22 dias neste sábado (12/01) diante de impasse sobre orçamento. Presidente
americano quer quase US$ 6 bilhões para muro na fronteira; oposição se recusa a liberar o dinheiro.
A paralisação parcial do governo federal dos EUA completa 22 dias neste sábado (12/01) e já é o mais
longo "shutdown" da história americana. O bloqueio do orçamento é resultado da queda de braço entre o
presidente Donald Trump e a oposição democrata por causa da construção do muro na fronteira com o
México.
O atual impasse supera os 21 dias de paralisação que ocorreu durante a presidência de Bill Clinton,
entre 5 de dezembro de 1995 e 6 de janeiro de 1996.
Um quarto do governo federal está sem funcionar e 800 mil servidores públicos estão sem receber
salário, enquanto o financiamento de setores do governo não passa pelo Congresso. De um lado do cabo
de guerra, está Trump dizendo que só aprovará o orçamento deste ano se os congressistas incluírem no
projeto quase US$ 6 bilhões para a barreira física que, segundo ele, é a solução para impedir a imigração
ilegal nos EUA.
No outro lado, está a Câmara, controlada pela maioria de democratas, e que não concorda em incluir
a cifra e liberar o dinheiro, dizendo que a política migratória e os argumentos do governo sobre o tema
são enganosos e que fazem parte de uma "crise fabricada".
Apelo
Em pronunciamento na TV na quarta-feira (09/01), Trump apelou para um discurso emotivo e fez uso
de números controversos para tentar convencer os americanos, e principalmente a oposição, da
importância da barreira na fronteira sul do país.
"É passagem para uma grande quantidade de drogas ilegais, incluindo metanfetamina, heroína,
cocaína e fentanil. A cada semana, 300 dos nossos cidadãos morrem apenas pela heroína", destacou. O
presidente americano também atacou a oposição: “quanto sangue americano terá que ser derramado até
que o Congresso aprove?”.
As estatísticas e os números apresentados durante o discurso foram questionados pela oposição e
pela imprensa norte-americana, e o apelo não surtiu efeito.
Ninguém cede
Imediatamente após o discurso, os líderes democratas também foram à TV e reagiram às declarações
do presidente, exigindo que o governo fosse reaberto. "O presidente Trump deve parar de manter o povo
americano como refém, deve parar de fabricar uma crise e deve reabrir o governo", afirmou a presidente
da Câmara Baixa, Nancy Pelosi.
O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou também que é favorável a mais
segurança na fronteira dos EUA com o México, mas que o muro é desnecessário. "Os democratas e o
presidente querem uma segurança mais forte nas fronteiras. No entanto, discordamos fortemente do
presidente sobre a maneira mais eficaz de fazê-lo", disse.
Em reunião no Congresso no dia seguinte, Trump também foi irredutível e "bateu na mesa” e disse
que “não tinha nada para discutir”, segundo o prório Shummer.
No Twitter, o presidente chamou a reunião de "total perda de tempo" e disse que propôs a Pelosi
encerrar a paralisação se os democratas concordassem em aprovar a verba para o muro dentro de um
mês, mas que a presidente da Câmara recusou a oferta. “Eu disse tchau. Nada mais funciona!”,
acrescentou.
Artimanha
Ainda durante a semana, Trump visitou a fronteira mexicana e negou que tenha prometido durante a
campanha eleitoral que o México pagaria pelo muro: "Obviamente nunca disse isso e nunca quis dizer
que eles iam assinar um cheque. Eles vão pagar com o incrível acordo comercial que fizemos com o
México e o Canadá", referindo-se ao tratado que substitui o Nafta, e que resgata uma zona de livre
comércio entre os três países.
Uma manobra de Trump para levantar o muro mesmo sem o aval democrata foi colocada na mesa. É
a possibilidade de decretar emergência nacional, o que lhe permitiria usar verbas destinadas a obras
militares para construir o muro e driblar o impasse com o Congresso.
119
Felipe Turioni. A mais longa paralização da história dos EUA e a queda de braço entre Trump e democratas. G1 Mundo.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/12/a-mais-longa-paralisacao-da-historia-dos-eua-e-a-queda-de-braco-entre-trump-e-democratas.ghtml. Acesso em 14
de janeiro de 2019.
A cada dia aumenta o número de vítimas em decorrência do tsunami desencadeado após erupção do
vulcão Anak Krakatau, na região costeira da Indonésia. O balanço mais recente divulgado hoje (25/12) é
de 429 mortos e 1.459 feridos, além dos desaparecidos.
O tsunami, registrado há três dias, destruiu 882 casas, 73 hotéis, vilas e edifícios localizados no litoral.
De acordo com o porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres, Sutopo Purwo
Nugroho, 16.082 pessoas foram deslocadas.
O desastre também destruiu um porto marítimo e 434 navios e embarcações nos distritos de
Pandeglang e Serang mais atingidos na província de Banten, e nos distritos de Lampung Selatan,
Panawaran e Tenggamus na província de Lampung.
Buscas
As buscas se estendem por terra e mar entre as ilhas de Java e Sumatra, já que muitas vítimas teriam
sido arrastadas pelas ondas. "Os navios que procuram as vítimas já recuperaram vários corpos no mar",
disse Sutopo.
Mais de 2 mil soldados e policiais, além de pessoal do escritório de busca e salvamento e do escritório
da agência de gestão de desastres participaram de uma operação de socorro emergencial.
Falhas
O porta-voz admitiu que falhas no sistema de alerta contribuíram para o agravamento da situação. "A
ausência e o fracasso dos primeiros sistemas de alerta de tsunamis contribuíram para as enormes baixas
porque as pessoas não tiveram oportunidade de serem deslocadas."
A agência de meteorologia e geofísica proibiu atividades nas áreas costeiras após o tsunami.
Em 26 de dezembro de 2004, um enorme tsunami desencadeado por um poderoso terremoto atingiu
países ao longo do Oceano Índico, matando 226 mil pessoas, incluindo 170 mil na província de Aceh, na
ponta norte da ilha de Sumatra, na Indonésia.
Vulcão
A área do vulcão Anak Krakatau está cercada de estâncias turísticas, uma zona industrial, uma
movimentada faixa de navegação e algumas áreas residenciais. No sábado, ondas de 4 a 5 metros
atingiram a costa.
Anak Krakatau é um dos 129 vulcões ativos na Indonésia, uma vasta nação de arquipélagos que abriga
17,5 mil ilhas, situada em uma zona propensa ao terremoto do chamado Anel de Fogo do Pacífico.
Forças dos EUA começam a deixar Síria, autoridades veem retirada total121
Comunicado da Casa Branca não deixou claro se todos os cerca de 2 mil soldados americanos no
país partirão e, em caso positivo, a partir de quando. Trump diz que Estado Islâmico foi derrotado na Síria
e esta era única razão para estar lá.
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (19/12) que começaram a retirar suas forças da
Síria, e autoridades disseram que o país cogita remover todos seus soldados agora que encerra sua
campanha para retomar territórios antes ocupados pelo Estado Islâmico.
"Começamos a mandar tropas dos Estados Unidos para casa agora que passamos para a próxima
fase desta campanha", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em um comunicado emitido
depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, tuitou que "derrotamos o ISIS (Estado Islâmico)
na Síria, minha única razão para estar lá".
120
Agência Brasil. Passa de 400 números de mortos em tsunami na Indonésia. EBC Agência Brasil. http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-
12/passa-de-400-numero-de-mortos-em-tsunami-na-indonesia. Acesso em 26 de dezembro de 2018.
121
G1. Forças dos EUA começam a deixar Síria, autoridades veem retirada total. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/12/19/forcas-dos-eua-
comecam-a-deixar-siria-autoridades-veem-retirada-total.ghtml. Acesso em 20 de dezembro de 2018.
Cerca de 10 mil pessoas participaram dos protestos em Paris, e 125 mil em toda a França. Torre Eiffel
e outros pontos turísticos ficaram fechados por conta das manifestações.
Milhares de manifestantes, chamados de "coletes amarelos", protestaram pelas ruas de Paris neste
sábado (08/12) pelo quarto final de semana consecutivo. Perto da Champs-Elysées, a polícia jogou gás
lacrimogêneo contra os manifestantes, que enfrentaram a polícia gritando "Macron renúncia!".
Segundo o ministro do Interior francês, Christophe Castaner, 10 mil pessoas participaram dos protestos
em Paris, e 125 mil em toda a França. Castaner também afirmou que 1385 manifestantes foram detidos.
Os protestos deste sábado deixaram 135 feridos, sendo 118 manifestantes e 17 policiais. Vários
jornalistas também se feriram.
A polícia, que delimitou as ruas por onde os manifestantes poderiam passar, jogou bombas de gás
lacrimogêneo para dispersar os que haviam desobedecido a determinação, em ruas próximas à Champs-
Elysées, perto do Arco do Triunfo.
Além disso, usou canhões de água e cavalos contra os manifestantes, mas houve menos violência do
que na semana passada, quando manifestantes incendiaram 112 carros e saquearam lojas nos piores
tumultos em Paris desde maio de 1968.
Cerca de 89 mil policiais foram mobilizados em todo o país. Desses, 8 mil estão alocados em Paris,
para evitar as cenas da última semana, que contou com carros incendiados e com o Arco do Triunfo
pichado com frases contra o presidente francês Emmanuel Macron.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, presidiu na manhã deste sábado uma reunião com os
responsáveis de segurança no Ministério do Interior, entre eles o ministro da pasta, Christophe Castaner.
122
G1. Protestos reúnem milhares de pessoas em Paris sob cerco da polícia. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/12/08/manifestantes-comecam-a-
se-reunir-para-protestos-em-paris.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 10 de dezembro de 2018.
Cidade fantasma
Grande parte de Paris parecia uma cidade fantasma, com museus e lojas de departamento fechados,
no que deveria ter sido um dia festivo de compras antes do Natal.
Os turistas eram escassos e os residentes eram aconselhados a ficar em casa. Dezenas de ruas
ficaram fechadas para o tráfego, enquanto a Torre Eiffel e museus como o Louvre, o Musée d'Orsay e o
Centre Pompidou não abriram para o público.
Lojas de departamento também não abriram as portas por medo de saques que aconteceram em
outros dias de protesto, entre elas a Galeries Lafayette, Le Bon Marché, BHV e Printemps.
As áreas mais sensíveis por serem pontos de concentração dos "coletes amarelos", como o bairro da
Champs-Elysées, as praças da República e da Bastilha, foram fechadas para o tráfego desde o início da
manhã.
Diversos mercados e estabelecimentos públicos também não funcionaram, além de aproximadamente
40 estações de trem e metrô. Agências bancárias, cinemas, lojas, cafés e restaurantes cobriram suas
vitrines com tapumes e placas de fibra de vidro para se proteger de atos de vandalismo dos manifestantes.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, disse que "o governo estendeu a mão" com a
disponibilidade para o diálogo e medidas como a suspensão dos aumentos dos impostos sobre o
combustível que estava programado para janeiro: "Agora é preciso sentar à mesa e discutir".
Protestos na Bélgica
Houve protestos também em Bruxelas, capital da Bélgica, e cerca de 70 pessoas foram presas
preventivamente, segundo Ilse Van De Keere, porta-voz da área de Bruxelas-Capital-Ixelles. Dezenas de
pessoas se reuniram em dois lugares da capital belga, Arts-Lois e Porte de Namur, mas sem atos
violentos.
As autoridades implantaram cordões policiais onde estão concentradas as instituições do bloco
europeu (Comissão, Conselho e Parlamento Europeu), impedindo o acesso a veículos e pedestres.
Os "coletes amarelos" também bloquearam a autoestrada E17 em direção a Rekkem, cidade localizada
perto da fronteira francesa. Outra estrada que leva à fronteira francesa também foi bloqueada por
manifestantes.
O movimento foi exportado para a Bélgica, particularmente para a região francófona. Em 30 de
novembro, uma manifestação de 300 pessoas também terminou em tumultos em Bruxelas, onde eles
queimaram dois veículos da polícia.
Confrontos
No sábado (01/12), houve confronto dos manifestantes com a polícia na Avenida Champs-Elysées, em
Paris, que deixou 130 feridos e mais de 400 detidos. Cerca de 36 mil saíram às ruas por toda a França
naquele dia.
Aumento cancelado
Os protestos foram mantidos apesar de o governo ter anunciado na quarta-feira (05/12) que desistiu
de aumentar os impostos de combustíveis. Inicialmente, a medida seria suspensa por seis meses, mas
depois o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, disse que o aumento não entraria no projeto
orçamentário de 2019.
Segundo a imprensa francesa, o presidente Emmanuel Macron tomou a decisão após perceber que a
primeira proposta não foi bem recebida pelos "coletes amarelos".
O movimento
Os protestos começaram em 17 de novembro em oposição ao aumento dos impostos sobre os
combustíveis, mas, desde então, se tornaram um amplo movimento contra a política econômica e social
do presidente Emmanuel Macron.
O governo, encurralado pelas ruas, suspendeu o imposto sobre combustíveis e congelou os preços da
eletricidade e do gás durante o inverno.
No entanto, para os "coletes amarelos", que ampliaram suas reivindicações, essas concessões foram
insuficientes. Contam também com o apoio da maioria dos franceses (68%, segundo a última pesquisa).
Muitos dos "coletes amarelos", chamados assim pelo adereço fluorescente de segurança que usam,
se manifestam pacificamente, mas alguns se radicalizaram. Membros de grupos de extrema direita e de
extrema esquerda aproveitam os protestos para enfrentar a polícia, às vezes de forma brutal.
Alguns membros do coletivo fizeram um chamado a não participar de manifestações em Paris para
evitar mortes. Até o momento, não foram registradas vítimas diretas, mas quatro pessoas perderam a
vida em acidentes relacionados com os protestos.
Algumas embaixadas, como a de Estados Unidos, Bélgica e Portugal, aconselharam seus cidadãos a
adiar suas viagens e pediram aos residentes na França a aumentar as precauções.
ONG estima que 85 mil crianças morreram de fome e doenças em guerra no Iêmen123
Confrontos entre rebeldes houthis e forças pró-governo levam escassez de comida e precarizam
atendimento médico no país.
HODEIDA — A ONG Save the Children estima que quase 85 mil crianças com menos de 5 anos
morreram de fome e doenças desde o início da guerra no Iêmen, em 2015. A organização alerta que, se
o conflito não for encerrado em breve, 14 milhões de pessoas correm o risco de grave carência de
alimentação. Segundo a ONG, pelo menos 84.700 crianças menores de 5 anos padeceram sob suspeita
de má nutrição entre abril de 2015 e outubro deste ano — o equivalente a toda a população infantil de
Birmingham, a segunda maior cidade britânica.
Segundo moradores, em Hodeida, atual linha de frente do confronto entre rebeldes houthis e tropas
do governo iemenita apoiadas pela coalizão liderada pela Arábia Saudita, o preço dos alimentos subiu
pelo menos 400%. Apenas dois hospitais funcionam na cidade portuária, com acesso dificultado pela
proximidade dos confrontos e bombardeios.
"Para cada criança morta por bombas e balas, dezenas morrem de fome, e isso é inteiramente possível
de prevenir", destacou o diretor da Save the Children para o Iêmen, Tamer Kirolos. "Por conta dos
confrontos, os pais demoram a levar as crianças para tratamento de má nutrição, quando seus órgãos
internos não funcionam, e elas têm múltiplas infecções provocadas pela fraqueza."
123
The Independent. ONG estima que 85 mil crianças morreram de fome e doenças em guerra no Iêmen. O Globo Mundo. https://oglobo.globo.com/mundo/ong-
estima-que-85-mil-criancas-morreram-de-fome-doencas-em-guerra-no-iemen-23248178?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo.
Acesso em 22 e novembro de 2018.
Presidente da França e chanceler alemã enfrentam resistência da Otan e de parte dos países da União
Europeia.
O eixo franco-alemão une forças na defesa de um exército europeu que tornaria o bloco menos
dependente da Otan e, por consequência, dos Estados Unidos. A ideia não é nova, vem sendo defendida
desde a década de 1950. Na nova versão, tem o patrocínio de dois líderes que enfrentam problemas
internos em seus países -- o presidente Emmanuel Macron e a chanceler Angela Merkel.
Ambos advogam que o cenário atual é vulnerável e promissor para uma Europa unida e também
soberana. A militarização do bloco faria frente, por exemplo, às investidas do presidente dos EUA, Donald
Trump, que frequentemente entoa um mantra ameaçando a sobrevivência da aliança transatlântica. Com
29 países, a Otan, entre outros objetivos, protege a Europa desde a Guerra Fria.
O presidente americano exige mais contribuições financeiras de seus sócios europeus e reclama que
a maioria não pagou sua parte de 2% do PIB com gastos de defesa. Maior financiador da Otan, os EUA
de Trump já pularam fora de organismos e acordos multilaterais, como o do Irã e o do clima, deixando
seus tradicionais aliados em permanente posição de alerta.
124
Sandra Cohen. Análise: Por que Macron e Merkel defendem a criação de um exército europeu? G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/11/19/por-
que-macron-e-merkel-defendem-a-criacao-de-um-exercito-europeu.ghtml. Acesso em 20 de novembro de 2018.
Veja quais foram as condições econômicas e políticas que levaram o país caribenho a uma das piores
recessões da história; êxodo de venezuelanos que sofrem com pobreza e fome já está próximo ao da
situação de refugiados na Europa, segundo a ONU.
A crise na Venezuela vem ganhando contornos de tragédia há alguns anos. A fome fez os
venezuelanos perderem, em média, 11 quilos no ano passado. A violência esvazia as ruas das grandes
cidades quando anoitece. E a situação provocou um êxodo em massa para países vizinhos. Esta semana,
uma reportagem da BBC News relatou a situação de corpos que explodem nos necrotérios pela falta de
eletricidade para refrigeração.
O país vizinho vive a maior recessão de sua história: são 12 trimestres seguidos de retração
econômica, segundo anunciou em julho a Assembleia Nacional, o parlamento venezuelano, que
atualmente é controlado pela oposição.
A dimensão do colapso pode ser vista nos números do Produto Interno Bruto. Entre 2013 e 2017, o
PIB venezuelano teve uma queda de 37%. O Fundo Monetário Internacional prevê que, neste ano, caia
mais 15%.
A situação tem sido explorada também na campanha eleitoral brasileira. Candidatos e eleitores de
oposição ao Partido dos Trabalhadores, que historicamente apoiou os governos de Hugo Chávez e
Nicolás Maduro, tentam usar o fracasso venezuelano como alerta do que poderia ocorrer no Brasil.
Fernando Haddad e a crise na qual está imerso o país caribenho. Os petistas, por sua vez, lembram que
Chávez era um militar e é com apoio e participação direta das Forças Armadas que seu sucessor governa.
Em agosto, a Organização Internacional para as Migrações, ligada à Organização das Nações Unidas,
disse que o aumento do número de pessoas deixando a Venezuela por causa do colapso econômico
hiperinflacionário faz o momento de crise estar próximo ao dos refugiados e migrantes que atravessam o
Mediterrâneo rumo à Europa.
Mas como a situação na Venezuela chegou a esse ponto?
A BBC News Brasil faz aqui um resumo de como a Venezuela entrou em colapso.
1 - Crise do petróleo
A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo - e o recurso é praticamente a única fonte
de receita externa do país.
Após a Primeira Guerra Mundial, sucessivos governantes venezuelanos deixaram o desenvolvimento
agrícola e industrial de lado para focar em petróleo, que hoje responde por 96% das exportações - uma
dependência quase total.
A aposta no petróleo foi segura durante anos e deu bons resultados nos momentos em que o preço
do barril estava alto. Entre 2004 e 2015, nos governos de Hugo Chávez e no início do de Nicolás Maduro
- eleito em 2013 após a morte de seu padrinho político, no mesmo ano -, o país recebeu 750 bilhões de
dólares provenientes da venda de petróleo.
O governo chavista aproveitou essa chuva dos chamados "petrodólares" para financiar de programas
sociais a importações de praticamente tudo que era consumido no país.
Mas, em 2014, o preço do petróleo desabou. Em parte devido à recusa de Irã e Arábia Saudita - outros
dois dos grandes produtores - em assinar um compromisso para reduzir a produção. Outros fatores foram
125
BBC. O que levou a Venezuela ao colapso econômico e à maior crise de sua história. G1 Política. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/10/22/o-que-levou-
a-venezuela-ao-colapso-economico-e-a-maior-crise-de-sua-historia.ghtml. Acesso em 23 de outubro de 2018.
3 - Hiperinflação
Ao tentar supervalorizar a moeda venezuelana, o governo provocou distorções de valores que, além
de causarem a crise de desabastecimento, contribuíram para um cenário de hiperinflação.
Além disso, com a queda do preço do petróleo e uma redução no fluxo de divisas, o governo passou
a imprimir mais dinheiro para cobrir o rombo nas contas públicas e isso foi gerando cada vez mais inflação.
A previsão do Fundo Monetário Internacional é que neste ano a inflação na Venezuela chegue a 1
milhão % (Isso significa você multiplicar por 10 mil o preço de um produto). Por dia, o FMI estima em 4%
o valor da inflação no país vizinho.
A hiperinflação fez com que faltassem até cédulas de dinheiro circulando, já que as pessoas passaram
a precisar de muito mais dinheiro para comprar qualquer coisa. Para tomar um café ou comprar um papel
higiênico, por exemplo, aqueles que não usam cartão de débito do banco, passaram a ter de carregar
pilhas de cédulas de bolívar - quando conseguiam sacar dinheiro.
"Com a escassez de divisas produtoras, recorremos muito mais a financiamentos e imprimimos muito
dinheiro, com o Estado gastando sem gerar mais recursos", diz o economista Bárcenas.
Com a deterioração da situação, o chavismo adotou uma espécie de controle artificial da inflação:
obrigava os comerciantes a adotarem um preço abaixo do que eles gastavam para produzir, porque
precisavam importar os insumos. Então, indústrias e comerciantes começaram a quebrar.
A hiperinflação provocou uma pulverização da renda e a pobreza aumentou. Em 2017, o índice de
pessoas na linha da pobreza no país de 30 milhões de habitantes chegou a 87%, um aumento de 40
pontos percentuais em três anos, segundo levantamento da Universidade Católica Andrés Bello.
Vale lembrar que na era Chávez, a pobreza na Venezuela havia caído em mais de 20%, de acordo
com a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), e o país passou a registrar a menor
desigualdade entre ricos e pobres entre países latino-americanos, de acordo com relatório da ONU.
4 - Crise política
A Venezuela vive também uma intensa crise política. O país está dividido entre os chavistas e os
opositores, que esperam o fim dos 19 anos de poder do grupo que atualmente se reúne em torno do
Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Nos últimos anos, a independência entre os Poderes se
reduziu na prática, o que contribuiu ainda mais para a situação crítica atual.
Em 2007, em seu segundo mandato, Chávez conseguiu, por meio de um referendo com voto popular,
aprovação para alterar a Constituição e mudar a regra de reeleição para presidente. Desde então, os
presidentes venezuelanos passaram a poder concorrer a reeleições sem limites.
O chavismo, projeto de poder que se consolidou a partir da primeira eleição de Hugo Chávez, tem
como elementos centrais uma atuação muito maior do Estado e a defesa de medidas que ampliam a
participação social na política - um exemplo é a organização de "comunas" nos bairros mais carentes das
principais cidades, órgãos que se articulam, por sua vez, com o Legislativo local para apresentar
demandas e controlar o fluxo de entrada de alguns programas sociais.
Também é caracterizado por uma política "anti-imperialista", defendendo a integração dos povos sul-
americanos para combater a influência dos Estados Unidos na região. No chavismo, o mandatário tem
seu poder baseado num forte militarismo.
Depois da morte de Chávez, em 2013, Nicolás Maduro, que era seu vice-presidente e também do
PSUV, já foi eleito e reeleito presidente com a promessa de dar continuidade às políticas do antecessor.
Só que Maduro herdou a Venezuela já entrando em colapso econômico e tomou medidas que
contribuíram mais para a crise.
No início de 2014, o país foi tomado por uma onda de protestos contra Maduro. A repressão do Estado
foi violenta. Entre fevereiro e junho, 43 pessoas morreram. O líder oposicionista Leopoldo López foi preso.
Em 2015, o chavismo perdeu o controle do Parlamento e isso fez com que a situação do país se
agravasse, já que Maduro acusa constantemente os oposicionistas de tentarem tirá-lo do poder por meio
de um golpe.
Após a derrota, ele decidiu convocar uma Assembleia Nacional Constituinte - na prática, uma manobra
para esvaziar totalmente o poder do Legislativo comandado pelos opositores e criar uma instância
paralela de decisão.
Trump diz que 'todos os esforços' estão sendo feitos para deter migrantes hondurenhos126
Presidente dos Estados Unidos disse que grupo deve solicitar asilo no México. Mais cedo, vice-
chanceler hondurenha disse que mais de 2 mil pessoas decidiram voltar para casa.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou neste domingo (21/10) que "todos os esforços"
estão sendo feitos para "deter o ataque" de milhares de migrantes hondurenhos que caminham em
caravana do México com destino aos Estados Unidos. "Todos os esforços estão sendo feitos para impedir
que o ataque de estrangeiros ilegais atravesse nossa fronteira sul", publicou o presidente nas redes
sociais.
"Primeiramente, estas pessoas têm que solicitar asilo no México. Caso não o façam, os Estados Unidos
irão recusá-las", ressaltou Trump.
"As caravanas são uma desgraça para o Partido Democrata. Mudem agora as leis migratórias",
acrescentou, após acusar os democratas de terem incentivado as migrações em massa para os Estados
Unidos.
Milhares de hondurenhos avançavam neste domingo para os Estados Unidos a partir de Ciudad
Hidalgo, no sul do México, enquanto outros aguardavam em uma ponte fronteiriça para entrar legalmente
em território mexicano.
Autoridades mexicanas tiveram sucesso, em um primeiro momento, em bloquear a caravana, mas
muitos hondurenhos conseguiram entrar ilegalmente naquele país.
Volta voluntária
Mais 2 mil cidadãos de Honduras que integravam a caravana de imigrantes que saiu no dia 13 de seu
país com a intenção de chegar aos Estados Unidos decidiram retornar a seu país de maneira voluntária,
informou neste domingo a vice-chanceler hondurenha, Nelly Jerez, segundo a agência EFE.
"Até o momento, retornaram a Honduras mais de 2 mil compatriotas da Guatemala e da fronteira com
o México, que foram auxiliados e atendidos em suas necessidades básicas, o que garantiu um retorno
seguro e ordenado às suas comunidades de origem", destacou.
Além disso, Jerez afirmou que, nas próximas horas, será realizada a transferência de mais de 400
hondurenhos, que serão atendidos no Centro de Atendimento ao Migrante Retornado em Omoa.
Jerez indicou que devido à "mobilização irregular atípica", o governo hondurenho colocou à disposição
de seus cidadãos o Centro de Atendimento Móvel em Agua Caliente, a passagem fronteiriça entre
Honduras e Guatemala, que permanece fechada temporariamente desde ontem, depois que centenas de
imigrantes atravessaram a divisa e seguiram rumo ao país vizinho.
Caravana
Milhares de imigrantes que começaram a travessia no dia 13 retomaram neste domingo o caminho
para os Estados Unidos depois de passarem pelos trâmites migratórios do México, cujo governo advertiu
que irá deportar os que entrarem ilegalmente em seu território.
126
France Presse. Trump diz que ‘todos os esforços’ estão sendo feitos para deter migrantes hondurenhos. G1 Mundo.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/21/trump-diz-que-todos-os-esforcos-estao-sendo-feitos-para-deter-migrantes-hondurenhos.ghtml. Acesso em 22 de
outubro de 2018.
Bancos, comércios, escolas, universidades e repartições públicas foram fechados. Voos também foram
cancelados.
A quarta greve geral contra a política econômica do governo de Mauricio Macri, convocada pela
principal central sindical da Argentina, paralisa transportes e serviços nesta terça-feira (25/09) no país.
A greve foi convocada no momento em que Macri está em Nova York para participar da Assembleia
Geral da ONU e se reunir com investidores para tentar transmitir confiança.
Pelo menos 15 milhões de pessoas estão sendo afetadas pela paralisação, que afeta o funcionamento
de ônibus, metrô e trens. Desde o final da tarde de ontem, as seis linhas do metrô de Buenos Aires
estavam completamente paralisadas, aderindo a greve e não funcionarão novamente até amanhã,
informa a agência EFE.
Nos aeroportos, empresas como Aerolíneas Argentinas e Latam já anunciaram o cancelamento de
todos seus voos domésticos, por isso sugeriram aos clientes que reprogramem suas viagens. Não há
transporte de caminhões, bancos, comércios, escolas, universidades e repartições públicas foram
fechadas.
Nos hospitais públicos do país, devem funcionar os serviços mínimos para emergências. Os serviços
de coleta de lixo e postos de combustível também serão afetados pela paralisação.
A paralisação, promovida pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), visa protestar contra os ajustes
do governo em meio à crise que afeta o país pela desvalorização abrupta do peso argentino registrada
desde o final de abril, a alta inflação (que deve superar 40% em 2018), e a queda da atividade econômica.
Os líderes sindicais exigem reposição salarial e também rejeitam o acordo com o FMI.
As greves anteriores de 24 horas promovidas contra o atual governo por parte da CGT aconteceram
em abril e dezembro de 2017 e no final do último mês de junho.
O presidente argentino reiterou que este não é "um momento oportuno" para fazer uma nova greve,
que segundo as estimativas terá um custo econômico de aproximadamente 31,6 bilhões de pesos
argentinos (US$ 847,16 milhões), equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto.
A greve deve causar um prejuízo de US$ 850 milhões ao país, o equivalente a 0,2% do PIB, segundo
o próprio governo. Na verdade, alguns setores começaram a greve já na segunda-feira (24/09)
A expectativa é que até sexta-feira haja o anúncio de um novo acordo financeiro com o FMI. Em
entrevista para a Bloomberg TV na segunda-feira (24/09), Macri disse que o país estava perto de atingir
um acordo final com o FMI, e que havia "chance zero" de que a Argentina daria default em sua dívida
externa no próximo ano.
Crise na Argentina
Pouco mais de dois anos depois de encerrar a disputa com os chamados “fundos abutres”, a Argentina
se viu diante de um novo impasse financeiro. Com sua moeda despencando, o país subiu a taxa de juros
ao maior patamar do mundo, consumiu boa parte de suas reservas em dólares, buscou ajuda do Fundo
Monetário Internacional (FMI) e tentava buscar a confiança de investidores para evitar uma nova corrida
cambial.
127
Economia. Greve Geral contra governo Macri paralisa transportes e serviços na Argentina. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/09/25/greve-
geral-contra-governo-macri-paralisa-transportes-e-servicos-na-argentina.ghtml. Acesso em 25 de setembro de 2018.
Em decisão histórica, juízes julgam inconstitucional lei da era colonial que punia "atos contra a
natureza" com até dez anos de prisão, numa grande vitória para os defensores dos direitos da
comunidade LGBT.
A Suprema Corte da Índia decidiu nesta quinta-feira (06/09) pela descriminalização das relações
sexuais entre pessoas do mesmo sexo no país. Os juízes revogaram uma lei do período colonial que
estabelecia que atos homossexuais poderiam ser puníveis com até dez anos de prisão, numa vitória
histórica para os defensores dos direitos dos membros da comunidade LGBT.
O tribunal anulou uma sentença de 2013 que validava uma lei britânica de mais de 150 anos que punia
os chamados "atos contra a ordem natural". Os cinco juízes que compõem a corte foram unânimes ao
considerar inválido o artigo 377 do Código Penal indiano que criminalizava as relações homossexuais.
Mesmo que poucas pessoas acabassem sendo presas, a lei era muitas vezes utilizada pelas
autoridades como uma ferramenta para reprimir a comunidade gay do país e justificar atos
discriminatórios. "O artigo 377 é arbitrário. A comunidade LGBT possui os mesmos direitos que os demais.
A visão majoritária e a moralidade geral não podem ditar os direitos constitucionais", afirmou o presidente
da Suprema Corte do país, Dipak Misra.
O advogado das cinco pessoas que entraram com recursos na Justiça pedindo a anulação do artigo
argumentou que a punição prevista no Código Penal era inconstitucional porque punia pessoas em idade
adulta que agem com consentimento mútuo.
Em 2009, um tribunal de Nova Déli havia declarado inconstitucional o artigo 377, mas três juízes da
Suprema Corte reverteram a decisão em 2013, afirmando que cabia ao Parlamento aprovar a medida.
Uma vez que não houve avanços, o governo pediu em julho que a Suprema Corte mais uma vez avaliasse
a questão.
Na última década, a aceitação dos gays na extremamente conservadora sociedade indiana vem
aumentando gradativamente, especialmente nos grandes centros urbanos. Até alguns filmes de
Bollywood passaram a tratar de temas relacionados aos gays, ainda que a homossexualidade ainda seja
vista como algo vergonhoso numa parte significativa do país.
O diretor e produtor de cinema de Bollywood Karan Johar festejou a decisão, afirmando que a história
está sendo escrita. "Descriminalizar a homossexualidade e abolir o artigo 377 é um grande sinal positivo
para a humanidade e pela igualdade dos direitos", afirmou.
128
DW. Suprema Corte da Índia descriminaliza homossexualidade. Deutsche Welle. https://www.dw.com/pt-br/suprema-corte-da-%C3%ADndia-descriminaliza-
homossexualidade/a-45380678. Acesso em 06 de setembro de 2018.
129
Nepomuceno, E. Num tango eterno, economia argentina afunda sob batuta de Macri. https://www.cartacapital.com.br/revista/1020/num-tango-eterno-economia-
argentina-afunda-sob-batuta-de-macri. Acesso em 13 de setembro de 2018.
Conflitos armados, as doenças e a fome que eles causam teriam provocado a morte de 5 milhões de
crianças menores de cinco anos entre 1995 e 2015; destas 3 milhões eram bebês de até 11 meses.
Os conflitos armados no continente africano, e as doenças e a fome que eles causam, podem ter
causado a morte de 5 milhões de crianças menores de cinco anos entre 1995 e 2015, segundo um estudo
publicado na sexta-feira (30/08).
Destas, cerca de três milhões eram bebês de até onze meses, isto é, o triplo das pessoas diretamente
mortas em um conflito no continente.
O estudo, publicado na revista médica The Lancet, não se apoia em nenhum efetivo real, mas que
compartilhou dados de 15.441 conflitos nos quais quase um milhão de pessoas morreram, segundo os
investigadores.
Os autores usaram estes dados para calcular o risco de morte de uma criança em um raio de 100 km
de um conflito armado e até oito anos depois. Em seguida, calcularam o número de mortes de crianças
atribuídos às muitas guerras na África.
130
France Presse. Conflitos na África podem ter matado 5 milhões de crianças, diz estudo. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/30/conflitos-na-
africa-podem-ter-matado-5-milhoes-de-criancas-diz-estudo.ghtml. Acesso em 31 de agosto de 2018.
131
Deutsche Welle. Onda de calor se intensifica na Europa. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/05/onda-de-calor-se-intensifica-na-europa.ghtml.
Acesso em 06 de agosto de 2018.
Por 62 votos a favor e 55 contra, a Knesset (Câmara israelense) aprovou a iniciativa depois de um
intenso debate.
O Parlamento israelense aprovou nesta quinta-feira (19/07) a polêmica lei que define o país como um
"Estado-nação do povo judeu" e que tem como sua capital “Jerusalém unificada”. A nova lei, defendida
pelo governo, ainda prevê apenas o hebraico como língua oficial do país.
A iniciativa foi aprovada no Knesset (parlamento israelense) por 62 votos a favor e 55 contra, depois
de uma longa discussão, já que críticos a descrevem como "discriminatória" por marginalizar minorias.
O objetivo da nova lei é "assegurar o caráter de Israel como o estado nacional dos judeus, a fim de
codificar em uma lei básica dos valores de Israel como um estado judeu democrático espírito dos
princípios da Declaração de Independência", explica a Knesset em seu site.
Isto inclui ainda o hino Hatikva (adaptado de um poema judeu, sobre o retorno do povo a Israel), a
bandeira branca e azul com a Estrela de Davi no centro, um menorá (candelabro judeu) de sete braços
com galhos de oliveira nos extremos como símbolo do país.
Até agora estava sendo evitada esta menção à identidade judaica por causa da oposição de algumas
correntes judaicas e da existência no país de minorias, como a árabe.
Os palestinos que ficaram no país após a criação do estado de Israel, em 1948, constituem 20% da
sua população – ou cerca de cerca de nove milhões de pessoas. A língua árabe, que deixa de ser oficial,
é reduzida a um caráter “especial”.
"Os árabes terão uma categoria especial, todos os judeus terão o direito de migrar a Israel e obter a
cidadania de acordo com as disposições da lei, o estado atuará para reunir os judeus no exílio e
promoverá os assentamentos judaicos em seu território e vai alocar recursos para esse fim", estabelece
a nova legislação, de acordo com a Efe.
‘Momento histórico’
O premiê israelense, premiê Benjamin Netanyahu, definiu a aprovação como um "momento histórico
na história do sionismo e da história do estado de Israel."
"Ultimamente, há pessoas que estão tentando desestabilizar os fundamentos da nossa existência e
dos nossos direitos. Então, hoje nós fizemos uma lei em pedra. Este é o nosso país. Esta é a nossa
língua. Este é o nosso hino e esta é a nossa bandeira. Viva o estado de Israel", comemorou Netanyahu.
Esboço de reforma apresentado em diário do Partido Comunista acena com mudanças profundas na
política, judiciário, economia e sociedade cubanas. Comissão encarregada é liderada por ex-presidente
Raúl Castro.
O governo de Cuba revelou novos detalhes sobre planos para reestruturar seu sistema governamental,
tribunais e a economia nacional, através de uma reforma constitucional a ser aprovada pela Assembleia
Nacional ainda em julho.
A reforma criará o cargo de primeiro-ministro, ao lado do de presidente, dividindo as funções de chefe
de Estado e de governo. Fica mantido o Partido Comunista como única força política no país, e o Estado
comunista como força econômica dominante. Passam a ser reconhecidos, todavia, o mercado livre e a
propriedade privada na sociedade cubana, e será criada uma nova presunção de inocência no sistema
judiciário.
A Constituição de 1976, ainda na era soviética, só reconhece a propriedade estatal, cooperativa, de
agricultor, pessoal e de sociedade conjunta. A propriedade privada era rejeitada, sendo considerada um
resquício do capitalismo.
A proposta de reforma constitucional é descrita na edição deste sábado (14/07) do diário Granma, do
Partido Comunista, devendo ser votada num referendo posterior à aprovação pelo Parlamento. Segundo
as autoridades cubanas, a atual Constituição já não reflete as mudanças atravessadas pelo país nos
últimos anos.
"As experiências adquiridas nestes anos de Revolução" e "os novos caminhos traçados" pelo Partido
Comunista são algumas das razões para a reforma da Constituição, lê-se no sumário do Granma. O
132
G1. Israel aprova lei que o define como ‘Estado-Nação’ do povo judeu. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/07/19/israel-aprova-lei-que-o-define-
como-estado-nacao-do-povo-judeu.ghtml. Acesso em 19 de julho de 2018.
133
Deutsche Welle. Nova Constituição de Cuba reconhecerá propriedade privada. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/nova-constituicao-de-cuba-
reconhecera-propriedade-privada.ghtml. Acesso em 16 de julho de 2018.
Mais de 16 mil venezuelanos pedem refúgio em Roraima em seis meses, diz PF134
Número é 20% superior ao de todo o ano de 2017. Recorde foi registrado em maio, quando mais de 4
mil venezuelanos fizeram a solicitação.
Nos primeiros seis meses deste ano, mais de 16 mil venezuelanos pediram refúgio em Roraima,
segundo a Polícia Federal. O número já é 20% maior do que o registrado em todo o ano de 2017, quando
foram recebidas pouco mais de 13,5 mil solicitações.
De acordo com a PF, entre janeiro e 22 de junho deste ano, foram recebidos 16.953 pedidos de refúgio
no estado. Desses, 16.523, ou 97% do total, são só de venezuelanos. Os demais são de cubanos (155),
haitianos (139) e cidadãos de outras nacionalidades (133).
O recorde de pedidos de refúgio de venezuelanos foi no mês de maio, quando o país foi às urnas e o
presidente Nicolás Maduro acabou reeleito. Só naquele mês foram 4.054 solicitações feitas junto à PF.
Em 2017, ano em que o índice de pedidos teve uma alta abrupta, foram recebidos 13.583 pedidos de
venezuelanos. No ano anterior foram 2.048 e 253 em 2015, quando começou a imigração de
venezuelanos para Roraima.
Uma vez feita uma solicitação de refúgio, o pedido segue para o Comitê Nacional para os Refugiados
(Conare), que analisa e reconhece ou não a condição de refugiado. Por isso, o G1 questionou o Conare
sobre o número de pedidos de venezuelanos examinados, mas não obteve resposta até a publicação
desta reportagem.
Imigrantes em trânsito
Apesar de ser um dado importante para mostrar o fluxo migratório, o número de pedidos de refúgio
não corresponde à quantidade exata de venezuelanos vivendo em Roraima, afirma Gustavo da Frota
Simões, professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
No entendimento dele, nem todos os 16.523 venezuelanos que pediram refúgio à PF neste ano
continuam em Roraima, porque muitos estão seguindo viagem, principalmente para buscar trabalho.
"Os venezuelanos vêm para Roraima, às vezes ficam um tempo, se regularizam, e procuram emprego.
Quando não conseguem, fazem contatos, vão ouvindo outras pessoas e seguem viagem para outros
lugares", explicou Simões.
Para ele, a imigração venezuelana para o estado pode ser dividida em três fases: a pendular, de
permanência e de trânsito, que é a vivida atualmente.
Na primeira delas, entre 2015 e 2016, imigrantes cruzavam a fronteira para comprar mantimentos e
depois voltavam para o país de origem. Depois, em 2017, venezuelanos passaram a se mudar para o
134
Emily Costa. Mais de 16 mil venezuelanos pedem refúgio em Roraima em seis meses, diz PF. G1. Roraima. https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/mais-de-16-
mil-venezuelanos-pedem-refugio-em-roraima-em-seis-meses-diz-pf.ghtml. Acesso em 11 de julho de 2018.
Venezuelanos em Roraima
A ONU estima que 800 venezuelanos cruzam a fronteira por dia. Já o Exército brasileiro calcula que a
média de entrada de venezuelanos em Roraima nos últimos cinco meses foi de 416 pessoas por dia.
- Rota da fome: o caminho dos venezuelanos
- A rota da fome em imagens
- Povoado indígena vira abrigo: 'Eles choram ao ver comida'
Ainda não há números precisos sobre a quantidade de venezuelanos vivendo em Roraima, mas um
levantamento da prefeitura de Boa Vista apontou que só na capital há 25 mil moradores venezuelanos -
o equivalente a 7,5% da população local, que é de 332 mil habitantes.
Antes desse estudo, a prefeitura estimava que 40 mil venezuelanos estavam na cidade. Nessa época,
só a praça Simón Bolívar - que foi cercada com tapumes e desocupada em maio - tinha cerca de 1,2 mil
venezuelanos acampados.
Atualmente, o estado tem nove abrigos públicos com cerca 4 mil pessoas, cinco deles abertos só neste
ano. Mesmo assim ainda há venezuelanos em situação de rua em 10 dos 15 municípios do estado.
Kim Jong-un se compromete com o fim das armas nucleares em encontro com Trump em
Singapura135
Comunicado com quatro itens foi assinado durante encontro histórico dos líderes dos EUA e Coreia
do Norte. Trump diz que Kim aceitou o seu convite para visitar a Casa Branca.
A Coreia do Norte se comprometeu com o desmonte do seu programa nuclear nesta terça-feira (12/06),
durante o encontro inédito de seu líder, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
em Singapura.
Os dois países "decidiram deixar o passado para trás" e "o mundo verá uma grande mudança",
segundo Kim, que assinou uma declaração de quatro itens durante o encontro com o chefe de estado
americano.
O engajamento com o fim da produção de armas nucleares e a desnuclearização completa da
península coreana era uma condição imposta pelos EUA para a realização da histórica cúpula.
Porém, o documento final do encontro não estabelece metas ou detalhes de como o compromisso será
colocado em prática para que o abandono da produção seja feito de forma completa, irreversível e
verificável, como pedem os Estados Unidos.
O compromisso com o desmonte do programa nuclear já consta na Declaração de Panmunjon,
assinada após o encontro de líderes das duas Coreias, em abril.
O documento assinado por Trump e Kim nesta terça possui quatro pontos:
1 - EUA e Coreia do Norte se comprometem a estabelecer relações de acordo com o desejo de seus
povos pela paz e prosperidade;
2 - Os dois países irão unir seus esforços para construir um regime de paz estável e duradouro na
península coreana;
3 - Reafirmando a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete
a trabalhar em direção à completa desnuclearização da península coreana;
4 - Os EUA e a Coreia do Norte se comprometem a recuperar os restos mortais de prisioneiros de
guerra, incluindo a imediata repatriação daqueles já identificados.
Na avaliação de Trump, as negociações com Kim foram "francas, diretas e produtivas" e o documento
está "bastante completo". O texto mostra, segundo o americano, que os países estabeleceram uma
ligação especial após a sua assinatura.
Em entrevista logo depois do encontro, o presidente americano afirmou que Kim aceitou o seu convite
para visitar a Casa Branca e que ele pretende visitar Pyongyang "em um certo momento".
"Aprendi que ele é um homem muito talentoso que ama muito seu país. É um negociador de valor, que
negocia em benefício de seu povo", afirmou.
135
G1. Kim Jong-um se compromete com o fim das armas nucleares em encontro com Trump em Singapura. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/kim-
jong-un-se-compromete-com-desnuclearizacao-completa-apos-encontro-com-trump-em-singapura.ghtml Acesso em 13 de junho de 2018.
'Jogos de guerra'
O presidente americano também anunciou a suspensão dos "jogos de guerra" na península coreana,
fazendo referência aos exercícios militares feitos pelos EUA em conjunto com a Coreia do Sul. A Coreia
do Norte considera as manobras militares uma provocação.
Na avaliação de Trump, as manobras são caras e se tornaram inapropriadas face à nova relação
estabelecida pelos Estados Unidos com a Coreia do Norte.
Trump disse que espera retirar as forças dos EUA da Coreia do Sul, mas disse que essa medida não
está sendo discutida no momento. Atualmente, 28 mil soldados americanos estão no país.
Até o momento, as forças de segurança dos EUA na Coreia do Sul não receberam uma orientação
formal para a suspensão dos exercícios militares conjuntos, de acordo com Reuters, citando um
comunicado da tenente-coronel Jennifer Lovett.
Encontro inédito
Após uma série de testes balísticos norte-coreanos e uma verdadeira “guerra verbal” entre Kim e
Trump travada ao longo de 2017, o primeiro encontro dos líderes dos dois países parecia impossível.
O objetivo desta cúpula em Singapura era chegar a um consenso sobre o desmonte do programa
nuclear e balístico da fechada ditadura comunista, em troca de alívio econômico para o país atualmente
afetado por duras sanções.
Kim e Trump tiveram um encontro privado, uma reunião ao lado de seus assessores e um almoço ao
lado de suas respectivas comitivas. Os dois líderes caminharam juntos e se cumprimentaram várias vezes
diante das câmeras.
Quando se sentou ao lado de Kim pela primeira vez, Trump disse ter esperança de que a cúpula seria
"tremendamente bem-sucedida". "Teremos um ótimo relacionamento pela frente", acrescentou.
O ditador norte-coreano disse, em seguida, que havia enfrentado uma série de "obstáculos" para
realizar esse encontro. "Nós superamos todos eles e estamos aqui hoje", disse a repórteres, por meio de
um tradutor.
Mais tarde, em um breve pronunciamento, Trump disse que o encontro estava sendo "melhor do que
qualquer um poderia esperar". Em seguida, ele mostrou sua limusine ao norte-coreano e manteve o que
pareceu ser uma conversa bastante amistosa durante alguns minutos. Eles se separaram brevemente e
voltaram a encontrar na sala onde assinaram a declaração.
O local do encontro foi o luxuoso hotel Capella, na ilha de Sentosa, famosa por suas praias turísticas
e seus campos de golfe espetaculares. Singapura designou partes de sua região central como uma "zona
especial", implantando um rigoroso sistema de segurança. O espaço aéreo sobre a rica cidade-Estado
está temporariamente restrito durante partes dos dias 11, 12 e 13 de junho.
Segundo pesquisa de boca de urna, 70% dos eleitores votaram a favor; porta-voz da campanha pelo
'não' reconheceu derrota antes mesmo de resultado oficial.
Segundo pesquisas de boca de urna, o "sim" protagonizou uma larga vitória no referendo sobre a
legalização do aborto na Irlanda, com a preferência de cerca de 70% dos eleitores. Os resultados oficiais
devem ser divulgados neste sábado (26/05), mas o porta-voz da campanha pelo "não", já reconheceu
sua derrota nesta manhã.
A maioria dos irlandeses optou pela legalização do aborto no país de forte tradição católica e que conta
com uma das legislações mais rígidas da Europa sobre a questão. Segundo pesquisas de boca de urna,
entre 68% e 69% dos eleitores votaram pelo "sim" - a favor da legalização do aborto -, enquanto 32%
teriam optado pelo "não" - para manter a lei atual.
O texto atual está em vigor desde 1983. Ele determina que uma mulher só pode interromper uma
gestação se estiver em perigo de vida real e iminente, inclusive sob risco de suicídio. Essa legislação de
35 anos não contempla o aborto quando há má-formação cerebral do feto ou em casos de estupro, como
ocorre no Brasil. Atualmente, uma irlandesa que decida interromper uma gravidez indesejada dentro do
país pode ser condenada a até 14 anos de prisão.
Na manhã deste sábado, John McGuirk, porta-voz da "Save The 8th Campain", a campanha para
manter a legislação atual, reconheceu sua derrota. "Não há nenhuma possibilidade que o texto [sobre a
legalização do aborto] não seja adotado", declarou em entrevista à TV irlandesa.
A taxa de participação é uma das mais altas registradas em referendos no país. Ela pode ultrapassar
os 61% da consulta realizada em 2015 que levou à legalização do casamento entre pessoas do mesmo
sexo. Na capital Dublin, a escolha pelo "sim" se mostra imensa, com 77% dos votos, segundo o jornal
Irish Times.
Revogação da 8ª Emenda
O objetivo do referendo era perguntar aos eleitores se eles concordam ou não em revogar a antiga
legislação, conhecida como 8ª Emenda. Ela determina que o direito à vida do feto é igual ao direito à vida
da mãe.
Com a revogação, o Parlamento passa a poder legislar sobre o assunto. Caso isso ocorra, a nova
legislação permitiria o direito aborto até 12 semanas, por decisão da mulher e com autorização médica.
Na sexta-feira (25/05), o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, a favor da legalização do aborto,
convocou a população a votar, classificando o referendo de "oportunidade única em uma geração" e
avisando que não haverá outra consulta qualquer que seja o resultado.
Brasil e 13 países da região não reconhecem eleição na Venezuela e convocam seus embaixadores
em Caracas. Itamaraty diz que pleito careceu de "legitimidade e credibilidade". EUA e países europeus
também rejeitam votação.
136
RFI. ‘Sim’ vence em referendo sobre legalização do aborto na Irlanda. G1 Mundo. < https://g1.globo.com/mundo/noticia/sim-vence-em-referendo-sobre-
legalizacao-do-aborto-na-irlanda.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1> Acesso em 28 de maio de 2018.
137
DW. América Latina condena em preso reeleição de Maduro. DW América Latina. <http://www.dw.com/pt-br/am%C3%A9rica-latina-condena-em-peso-
reelei%C3%A7%C3%A3o-de-maduro/a-43869715> Acesso em 22 de maio de 2018.
01. (Prefeitura de Rio das Antas/SC – Advogado – FEPESE – 2018) Na tentativa de combater a
imigração ilegal, o governo norte-americano tomou uma atitude que provocou forte repúdio no mundo
inteiro e mesmo entre o público interno.
Assinale a alternativa que descreve corretamente o fato.
(A) Milhares de crianças, filhas de imigrantes ilegais, foram enviadas para campos de concentração
instalados na Flórida e no Alasca.
(B) Centenas de crianças, filhas de imigrantes ilegais, foram separadas de seus pais ao entrarem no
país.
(C) Milhares de crianças, filhas de imigrantes ilegais, foram deportadas sem qualquer aviso prévio para
os seus países de origem.
(D) O Governo dos Estados Unidos proibiu a entrada no país de imigrantes que tenham filhos menores
de 5 anos.
(E) Os filhos dos imigrantes que chegaram aos Estados Unidos nos últimos dois anos foram expulsos
das escolas onde estudavam, mesmo os que nasceram no país.
02. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP) A crise atual entre os EUA e a Coreia do
Norte se intensificou em 8 de abril, quando, após um teste de míssil frustrado pela Coreia do Norte,
Trump disse ter enviado uma “armada muito poderosa” para a península coreana, uma referência ao
porta-aviões USS Carl Vinson e a um grupo tático.
(Disponível em: <https://goo.gl/20hQJx>. Adaptado)
Entre as reações da Coreia do Norte a essa ação norte-americana, é correto identificar
(A) a decisão de interromper o programa nuclear, o convite público a agentes de inspeção da ONU e
a aproximação com os países vizinhos.
(B) a ruptura com a moderada e conciliatória China, a ameaça de invasão da Coreia do Sul e a
hostilização do Japão.
(C) o seu desligamento da ONU, a expulsão dos diplomatas dos países ocidentais e a aliança com
outros países comunistas.
(D) o pedido de intermediação da China, o recurso à ONU para negociação e o aceno aos EUA com
uma proposta de acordo.
(E) a exibição pública do seu arsenal militar, a realização de novos testes de mísseis e a ameaça de
um ataque nuclear preventivo.
03. (Banco da Amazônia - Técnico Bancário - CESGRANRIO - 2018) Mais de 12 mil pessoas já
fugiram de Hamouria, cidade reduto rebelde de Ghouta Oriental, região nos arredores de Damasco que
se encontra cercada pelas forças do governo sírio. O regime cada vez avança mais dentro do território.
Homens, mulheres e crianças, muitos carregando malas, cobertores e pertences, caminhavam a pé, em
uma estrada suja, em direção a postos do exército sírio. Trata-se do primeiro êxodo em massa desde o
início da ofensiva militar, lançada há um mês.
Êxodo em Ghouta. Jornal do Brasil, Internacional, 16 mar. 2018, p. 14.
Na Síria, a situação mencionada é consequência direta do seguinte evento:
(A) desdobramento da guerra civil
(B) acolhimento de imigrantes africanos
(C) ataque da Rússia ao território nacional
(D) enfrentamento com o governo de Israel
(E) litígio com países muçulmanos vizinhos
05. (Prefeitura de Fraiburgo/SC – Auditor Fiscal – FEPESE) Em relatório das Nações Unidas, a
guerra civil da Síria foi classificada como “grande tragédia do século 21”.
Sobre a Síria e esse conflito, é incorreto afirmar:
(A) Apesar de ter assinado a Convenção de Armas Químicas, evidências apontam para o uso desse
tipo de armamento pelo governo sírio.
(B) De caráter político, a guerra civil na Síria não envolve divergências religiosas.
(C) Sucedendo seu pai Hafez al-Assad, Bashar al- -Assad está à frente do governo Sírio desde 2000.
(D) Na tentativa de fugir do conflito, milhares de sírios buscam refúgio em outros países, incluindo o
Brasil.
(E) A guerra civil da Síria iniciou-se como uma revolta popular contra a forte repressão do líder do
governo.
06. (MPE/SP – Analista Jurídico – VUNESP - 2018) No dia 19 de abril, as agências internacionais de
notícia informavam a eleição do novo presidente cubano. Depois de quase seis décadas foi eleito um
presidente que não tem o sobrenome Castro pela Assembleia Nacional, escolhida em 11 de março deste
ano.
Sobre as eleições cubanas, é correto afirmar que
(A) a Assembleia Nacional teve 605 candidatos para preencher as 605 vagas desse Parlamento.
(B) o presidente eleito tem discurso de oposição ao regime castrista.
(C) Raul Castro era candidato à reeleição, mas não obteve apoio para mais um mandato.
(D) os membros da Assembleia Nacional, eleitos em março pelo voto popular, são contrários a
qualquer tipo de abertura econômica.
(E) Raul Castro, com 86 anos, resolveu renunciar ao poder por sentir-se debilitado para gerir os
destinos da ilha.
07. (PC/SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial - VUNESP - 2018) O Fundo Monetário Internacional
(FMI) avalia como avançadas as negociações para um acordo com o país, que solicitou uma linha de
crédito “stand-by” para combater uma recente crise cambial e seguir adiante com as reformas econômicas
do governo.
(Valor, 4 jun.18. Disponível em: <https://goo.gl/QLCfJU>. Adaptado)
A notícia aborda a situação econômica
(A) Argentina
(B) Chilena
(C) Colombiana
(D) Uruguaia
(E) Paraguaia
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
Mesmo após grande divulgação do fato, o governo estadunidense encontrou dificuldades em reunir as
famílias separadas durante o processo. Todo o problema se deu devido a chamada política de tolerância
zero do governo Trump a partir do mês de abril.
(https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/27/internacional/1532651860_397916.html)
02. Resposta: E
Cerca de uma semana após esse episódio, Pyongyang dá uma resposta indireta ao presidente dos
Estados Unidos através de desfile organizado em comemoração à data de aniversário de seu avô. Segue
o link com a notícia na íntegra e imagens do arsenal exibido pelo líder exército norte-coreano.
03. Resposta: A
É uma questão relacionada aos conflitos que fazem parte da Guerra Civil na Síria, iniciada em 2011 e
ainda reflete na população. <https://oglobo.globo.com/mundo/milhares-de-sirios-fogem-de-ghouta-oriental-diante-de-avanco-pro-governo-22491573>
05. Resposta: B
No caso da Síria, a divisão, que não levou em consideração o complicado e milenar mosaico regional
de etnias e religiões, é vista por muitos como base dos conflitos sectários que corroem o país hoje. Mais
do que a maioria dos países árabes, a população da moderna Síria, que se tornou independente dos
franceses em 1946, é uma frágil teia de comunidades étnicas e sectárias. Dos 23 milhões de sírios, 90%
são árabes, mas também há curdos (9%) e pequenas comunidades armênias, circassianas e turcomanas.
Em termos de religião, a subdivisão é mais complicada: 74% dos sírios são muçulmanos sunitas, 16%
são muçulmanos xiitas (entre alauitas, drusos e ismaelitas) e 10%, cristãos (ortodoxos, maronitas ou
latinos). Junta-se a isso outra subdivisão, a dos clãs familiares, e se tem uma receita para desavenças.
06. Resposta: A
Questão que pede conhecimento específico sobre o fato. Aqui saber quantidade teve maior
importância do que saber o processo geral. Foram 605 candidatos para 605 vagas.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/assembleia-em-cuba-indica-miguel-diaz-canel-para-suceder-raul-castro.shtml.
07. Resposta: A
A notícia aborda a situação econômica da Argentina. O país que conta com baixas reservas de dólares
teve de recorrer ao FMI para honrar seus compromissos internacionais. Macri sofre com a “saída” de
dólares do país, altas taxas de juros e desvalorização de sua moeda frente ao dólar.
História
138
História. Prefeitura de Cajazeiras. https://cajazeiras.pb.gov.br/o-municipio/historia/.
Infraestrutura
Economia
Conforme dados de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) de Cajazeiras era de R$ 531 715 mil, sendo
R$ 7 043 mil do setor primário, R$ 73 016 mil do setor secundário, R$ 384 088 do setor terciário e 67 568
mil de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes e o PIB per capita era de R$ 9
043,69.6 61,94% da população maior de dezoito anos era economicamente ativa, enquanto que a taxa
de desocupação era de 6,36% (2010)139.
Na agricultura, Cajazeiras produziu, na lavoura permanente de 2012, 240 toneladas de banana (em
cacho), 125 toneladas de goiaba e doze toneladas de manga. Na lavoura temporária do mesmo ano foram
produzidas duzentas toneladas de cana de açúcar. Na pecuária, Cajazeiras possuía 20.160 galináceos
(galos, frangas, frangos e pintos), 10 060 bovinos, 6 148 galinhas, 1.873 ovinos, 1.470 suínos, 718
caprinos, 214 equinos, 198 muares e 140 asininos. Também foram produzidos 26 mil dúzias de ovos de
galinha, 1.981 mil litros de leite de 2.640 vacas ordenhadas e 1 280 quilos de mel de abelha.
Cajazeiras conta com um distrito industrial, localizado a três quilômetros da zona urbana, cobrindo
21,39 hectares de área e possuindo treze empreendimentos. As indústrias mais abundantes são a
alimentícia, a de construção civil e a têxtil, além das indústrias de couro, fiação, sucata, tinta e tecelagem.
139
Economia. Prefeitura de Cajazeiras. https://cajazeiras.pb.gov.br/o-municipio/economia/
Política
O poder executivo do município de Cajazeiras é representado pelo prefeito e seu gabinete de
secretários, em conformidade ao modelo proposto pela Constituição Federal. O atual prefeito municipal é
José Aldemir Meireles de Almeida, do Partido Progressista (PP), eleito nas eleições municipais de 2016
com 49,7% dos votos válidos, tendo como vice Marcos Antonio Gomes da Silva (PT).
O poder legislativo, por sua vez, é exercido pela Câmara Municipal, localizada na Casa Otacílio Jurema
e formada por quinze vereadores. Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao
executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Cajazeiras se rege pela sua lei orgânica, promulgada em 4 de abril de 1990, e abriga uma comarca do
poder judiciário estadual, de segunda entrância, com sede no Fórum Promotor Ferreira Júnior, cujos
termos são Bom Jesus e Cachoeira dos Índios. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Cajazeiras possuía,
em dezembro de 2013, 43 688 eleitores, o que representa 1,531% do total da Paraíba140.
Tratando-se sobre partidos políticos, dos trinta partidos existentes no Brasil, 28 possuem alguma
representação no município. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, baseado em dados de
dezembro de 2013, o partido político com maior número de filiados em Cajazeiras é o Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 770 membros, seguido pelo Partido Progressista (PP),
com 693, e pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 692. Completando a lista dos cinco maiores
partidos políticos do município, por número de membros, estão o Partido dos Trabalhadores (PT), com
664, o Democratas (DEM), com 442; enquanto isso, os partidos políticos que possuíam a menor
representatividade em Cajazeiras eram o Partido Trabalhista Nacional (PTN), o Partido Republicano da
Ordem Social (PROS) e o Partido Ecológico Nacional (PEN), todos com um membro cada.66 Ainda
segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Cajazeiras possuía, em dezembro de 2013, 43.688 eleitores, o que
representa 1,531% do total da Paraíba.
Geografia
Cajazeiras está situada na região oeste do estado da Paraíba, limitando-se, em sentido horário, com
os municípios de São João do Rio do Peixe (a norte e a leste), Nazarezinho (a sudeste), São José de
Piranhas (a sul), Cachoeira dos Índios, Bom Jesus (os dois últimos a oeste) e Santa Helena (a noroeste).
A área do município, distante 468 quilômetros da capital estadual (410 km em linha reta), é de 565,899
km². Pertence à mesorregião do Sertão Paraibano e à microrregião de Cajazeiras e é o município-sede
da Região Metropolitana de Cajazeiras, instituída pela lei complementar estadual nº 107, de 8 de junho
de 2013, que reúne quinze municípios da Paraíba.
A altitude da sede municipal é de 295 metros acima do nível do mar. Cajazeiras está situada na Planície
Sertaneja, formada por pediplanos e elevações residuais alongadas. As serras localizadas no município
são: da Arara, do Balanço, do Cristo-Rei, das Marimbas, Serra do Serrote e Serra Vermelha, além do
Morro do Cristo Redentor, onde está localizada a estátua de mesmo nome.
O tipo de solo predominante é o bruno não cálcico, além de pequenas porções do latossolo vermelho-
amarelo podzólico e dos vertissolos, formados, em sua maioria, pela desagregação e decomposição das
rochas do embasamento cristalino. A vegetação predominante é a caatinga, do tipo xerofítica, com
espécie de plantas de médio e pequeno porte, como arbustos e cactáceas. Os parques do município são
o Antônio Cartaxo Rolim (de exposição), Bons Amigos, o Fabreu e o Xamegão.
Possui duas unidades de conservação da Paraíba, ambas municipais e com bioma da caatinga, que
são a Área de Proteção Ambiental Rosilda Cartaxo – criado pela lei municipal nº 1647, em 2006 – e o
Parque Ecológico do Distrito de Engenheiro Ávidos – criado em 1997 pela lei municipal nº 1 147.
O município possui todo o seu território inserido na sub-bacia hidrográfica do Rio do Peixe, na bacia
do Rio Piranhas e abriga dois importantes cursos de água do estado da Paraíba: o Açude Engenheiro
Ávidos, com capacidade para 255 000 metros cúbicos de água (m³), e a Lagoa do Arroz, com capacidade
140
Política. Prefeitura de Cajazeiras. https://cajazeiras.pb.gov.br/o-municipio/437-2/
Clima
Dados Geográficos
População142
141
Geografia. Prefeitura de Cajazeiras. https://cajazeiras.pb.gov.br/o-municipio/geografia/
142
Cajazeiras. IBGE. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/cajazeiras/panorama
Economia
Território e Ambiente
Apresenta 54.8% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 94.4% de domicílios urbanos
em vias públicas com arborização e 8.3% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização
adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros
municípios do estado, fica na posição 38 de 223, 75 de 223 e 63 de 223, respectivamente. Já quando
comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 2034 de 5570, 1003 de 5570 e 2981 de 5570,
respectivamente.
Questões
01. De acordo com o último censo oficial do IBGE, a população de Cajazeiras conta com:
(A) 52.056 habitantes
(B) 58.446 habitantes
(C) 60.461 habitantes
(D) 70.694 habitantes
(E) 61.776 habitantes
03. De acordo com os dados do IBGE o PIB Per Capita de Diadema é de:
(A) 22.145,38 reais
(B) 15.691,34 reais
(C) 20.963,71 reais
(D) 16.924,61 reais
(E) 16.936,26 reais
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
Existem dois dados que o IBGE traz a respeito da população de Cajazeiras. Os números do último
censo oficial, e a estimativa mais recente. Note que a questão é clara ao pedir os números do último
censo oficial (58.446) e não a população estimada em 2018 (61.776).
02. Resposta: E
A Lei provincial nº5 de 1859 estabelecia que Cajazeiras era um distrito pertencente ao município de
Souza. Em novembro de 1963 Cajazeiras é desmembrada de Souza e elevada à categoria de município
pela lei Provincial nº 92.
03. Resposta: E
O PIB Per Capita de Cajazeiras é de R$ 16.936,26. O município ocupa a posição 2604 em comparação
ao cenário nacional e 8 no Estado.