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PROFESSOR: LEONARDO CARDOSO

DIREITO – 3º PERÍODO – NOITE


MATÉRIA: DIREITO PENAL I

ALUNOS:
Yasmin Alves _______________________70664
Juliana Cantanhede Sodre ____________ 70596
Pamela Constantino de Carvalho Castro _ 70478
Thamyres Pinheiro de Souza dos Santos _ 70627
Tiago Mateus Azarias Ferreira __________70565

CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE


E ELEMENTOS DA CULPABILIDADE

São Gonçalo.
2023

Sumário

Introdução ____________________________________________________________3

Exercício Regular do Direito ______________________________________________ 4

Exigibilidade de Conduta Diversa __________________________________________6

Exemplos _____________________________________________________________7

Conclusão ____________________________________________________________ 8

Referências ___________________________________________________________ 9
INTRODUÇÃO
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO

Segundo a doutrina dominante, o crime, em seu conceito analítico, compõe-se de fato


típico, ilícito e culpável. O conceito do exercício regular do direito está previsto no art. 23
do código penal, sua definição se dá pela interpretação que ficou a cargo da nossa
doutrina e dos tribunais. É a causa de exclusão de ilicitude que é caracterizada como fato
típico
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, se o agente agir exercendo o seu direito (penal ou qualquer outro tipo de
direito), não há o que se cogitar em ilicitude da conduta. Essas medidas são para
preservar seus patrimônios. O Estado não dispõe de mecanismos suficientes e
necessários para proteção à garantia dos direitos fundamentais, permitindo a este o uso
de medidas preventivas para a segurança dos seus bens e integridade física exemplo
disso é o exercício regular do direito com suas excludentes, podemos citar os ofendículos
(precisa ser visível) que é uma proteção. preventiva/futura que possibilita exercer o direito
de defesa previsto no CC.
Dito isso, o consentimento do ofendido pode atuar diversas funções de acordo com a
natureza do crime e seus elementares, tem por finalidade afastar a tipicidade e excluir a
ilicitude de fato, esse consentimento é considerado causa supralegal da exclusão da
ilicitude pois esse não encontra amparo no direito penal objetivo. Um dos exemplos da
causa de exclusão de tipicidade é no caso de delito contra a dignidade sexual, não se
poderá condenar a outrem se ele consente na relação sexual, sendo assim, afastado a
tipicidade da conduta. Já no caso de exclusão da ilicitude há circunstâncias em que o fato
é típico, mas não será antijurídico como o tatuador, ao exercer seu trabalho está
ofendendo a integridade física do seu cliente, embora seja “errado” a conduta deixa de ser
inapropriada/ ilícita em razão do consentimento dado para tanto. Para isso precisa
respeitar alguns requisitos legais:
I) o bem jurídico tem de ser disponível (no caso da integridade física, apenas a
integridade física superficial é disponível);
II) aquele que consente tenha a capacidade jurídica e mental para consentir;
III) o bem jurídico lesado ou exposto a perigo de lesão situe-se na esfera de
disponibilidade de quem consente;
IV) o ofendido tenha manifestado seu consentimento livremente, sem coação, fraude ou
outro vício de vontade;
V) o ofendido, no momento do consentimento, esteja em condições de compreender o
significado e as consequências de sua decisão, possuindo, pois, capacidade para tanto;
VI) o fato típico penal realizado identifique-se com o que foi previsto e constitua objeto de
consentimento do ofendido (p. ex. consente lesões leves, mas o agressor resolve matar)
Outros casos de exclusão por consentimento é o do crime de dano, em delitos culposos
também há o consentimento se livremente o indivíduo assumir. O consentimento só se
torna ineficaz quando é contrário à ordem pública e os bons costumes. “o conceito de
bons costumes é bastante variável, de acordo com o momento histórico, as tradições e a
cultura de uma coletividade” (CAPEZ, 2020, p. 553).
Vale ressaltar, que o individuo que praticar o exagero, ou seja, quando pratica o direito,
porém de forma inapropriada comete o abuso do direito e responde pelos seus atos
sendo ele doloso ou culposo sem a possibilidade da intervenção/exclusão da culpa.
Dados os casos, o exercício regular do direito “É o desempenho de uma atividade ou a
prática de uma conduta autorizada por lei, que torna lícito um fato típico. Se alguém
exercita um direito, previsto e autorizado de algum modo pelo ordenamento jurídico, não
pode ser punido, como se praticasse um delito... A expressão direito deve ser interpretada
de modo amplo e não estrito, afinal, cuida-se de excludente de ilicitude e não de norma
incriminadora. Logo, compreende 'todos os direitos subjetivos pertencentes a toda
categoria ou ramo do ordenamento jurídico, direta ou indiretamente reconhecido, como
afinal são os costumes” (Marcello Jardim Linhares, Estrito cumprimento de dever legal –
Exercício regular de direito, p. 111).
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

A exigibilidade de conduta diversa é um conceito importante no campo do Direito Penal,


que diz respeito à capacidade do indivíduo de agir de acordo com a lei, ou seja, de se
comportar de forma diferente daquela que é considerada criminosa. Em resumo, para que
alguém seja responsabilizado criminalmente por um determinado ato, é necessário que
seja exigível dele que se comporte de maneira diversa, ou seja, que tenha a capacidade
de agir de acordo com o que é legalmente esperado.

No entanto, existem algumas hipóteses legais de inexigibilidade de conduta diversa, que


são situações em que a lei reconhece que a pessoa não tinha a capacidade de agir de
forma diferente daquela que configura o crime. Essas hipóteses são conhecidas como
causas excludentes de culpabilidade. Alguns exemplos de hipóteses de inexigibilidade de
conduta diversa são a legítima defesa, o estado de necessidade e a estrita obediência
hierárquica.

A legítima defesa ocorre quando alguém age para proteger a si mesmo ou a terceiros de
uma agressão atual e injusta, utilizando meios necessários e proporcionais para repelir a
agressão. Nesse caso, a lei reconhece que a pessoa não tinha a exigibilidade de agir de
forma diversa, uma vez que estava sendo diretamente atacada.

O estado de necessidade ocorre quando alguém, para salvar a si mesmo ou a terceiros


de um perigo atual e inevitável, pratica um ato considerado crime, desde que não haja um
dever legal de enfrentar o perigo. Nesse caso, a inexigibilidade de conduta diversa é
reconhecida devido à situação de perigo iminente em que a pessoa se encontra.

A estrita obediência hierárquica é outra hipótese em que a inexigibilidade de conduta


diversa pode ser reconhecida. Ela se aplica a casos em que um subordinado pratica um
ato criminoso por ordem de um superior hierárquico, desde que a ordem seja
manifestamente ilegal e não haja possibilidade de recusa sem risco de represália grave.

Além dessas hipóteses, existe também a coação moral irresistível, que é uma causa de
inexigibilidade de conduta diversa baseada na ideia de que a pessoa é forçada a agir
contra sua vontade devido a uma ameaça iminente e irresistível. Nesse caso, a pessoa
não tem alternativa a não ser praticar o ato criminoso para evitar um mal ainda maior.
EXEMPLOS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/a-doutrina-na-
pratica/causas-de-exclusao-da-ilicitude/exercicio-regular-de-direito
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/exercicio-regular-de-direito/
https://lucascotta.com.br/teoria-do-crime-fato-ilicito-exercicio-regular-de-direito/

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