Você está na página 1de 10

Introdução

No acto de qualificar o ilicíto, tem, se os conceitos de tipicidade, antijuridicidade e


culpabilidade. Por conseguinte, regularizada isso, viu se a necessidade de criar
excepções, sendo elas as excludentes de ilicitude ou culpabilidade, a fim de
salvaguardar algumas medidas tomada por pessoas que actuam por em defesa própria.

O presente trabalho do curso em como objectivo de estudo o instituto jurídico da


excludente de ilicitude, mais epecificamente o instituto da legitima defesa, suas diversas
faces e o novel tese da legítima defesa antecipada, que vem ganhando espaço nos
estudos doutrinários e na prática forense.

A excludente de ilicitude, como bem prenuncia a peculiaridade de sua designação tem o


condão de alijar o elemento ilicitude da conduta típica, não permitindo a formação da
estrutura analítica do crime e, por conseguinte, afastando as consequencias que devam
pesar sobre o agente. Dentre as excludentes de ilicitude existentes, a mais antiga e mais
conhecida é a legítima defesa, cuja definição é preceituada pela própria lei que
estabelece se encontrar em legítima defesa quem usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão actual ou eminente, a direito seu ou de outrém. O
fim específico deste trabalho está assentado na pesquisa do cabimento ou não do
deslocamento da temporalidade da resposta defensiva da agressão a um momento
pretérito ao da agressão injusta, tendo em vista que dadas as circunstâncias, aguardar o
acto injusto para sua entao o repelir seria impraticável, quer pela desproporcionalidade
da violência, quer pela ausência de qualquer outro meio eficaz.
1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo Geral.


 Fazer uma análise das causas de exclusão e justificação de ilicitude

1.2.2 Objectivos específicos


 Descrever as causas de exclusãò e e justificação de ilicitude
 Demonstrar as causas de exclusão e culpa

1.3 Estrutura do trabalho


O presente trabalho está estruturado em (4) capítulos, no qual o primeiro apresenta notas
introdutórias, que ajudam o leitor a perceber aquilo será abordado ao longo do
desenvolvimento do trabalho, e no segundo temos o marco teórico , no terceiro temos a
conclusão e por fim quarto capítulo onde serão apresentadas as referencias, as doutrinas
usadas para a elaboração do trabalho.

1.4 Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho, a recolha de informação ou de dados
recorreu à seguida da análise da informação para sua harmonização e posteriormente a
sua compilação . ou seja a recolha de informações baseou-se na utilização de
informação já existente em documentos anteriorimente elaborados com objectivo de
obter dados relevantes para responder as questões de investigação do conteúdo.
Capítulo II

DUAS DAS CAUSAS DE EXCLUSÃO E JUSTIFICAÇÃO DA ILICITUDE

Este capítulo irá abordar as causas de justificação, mais especificamente as excludentes


de ilicitude mostrando que o agente pratica actos tipificados, porém, o amparo legal
para actuar diante desses percaussos normativos, mas ainda assim, dentro de limites sem
o cometimento de excessos, logo que sempre que houver perde-se o apoio da Legis.

O Direito penal é formado por normas incriminadoras e tambëm por normas


permissivas que autorizam, no caso concreto e em virtude de determinadas
circunstâncias, a realização de uma conduta, emprincípio proibida. Essas normas
permisivas têm, portanto, a capacidade de excluir a antijuricidade da conduta típica.

Diane do acolhimento da teoria da tipicidade como indício da ilicitude uma vez


praticado o facto típico, isto é, o comportamento humano previstoo em lei como crime
ou contraversão penal, presume-se o seu carácter ilicíto tendo uma excludente de
ilicitude presente estará excluída a infracçao penal. Crime e contraversão penal
deixaram de existir , pois o facto típico não é contrario ao direito. Ao contrário a ele se
amolda.

As diversas terminoogias empregadas pela doutrina para se referir as causas legais de


exclusao da antijuricidade, tais como causas excludentes de ilicitude, causas excludentes
de antijuricidade, causas de justificação, causas justificantes, causas de exclusão de
crime entre outras. No entanto, destaca a mais usual pelo legislador nacional que optou
pelo uso da temologia, exclusão da ilicitude dando lugar a correspondente alusão às
causas de exclusão de ilicitude, considera mais adequado, sobre a perspectiva
dogmática, o uso do termo exclusão da antijuricidade e, em consequência da expressão
causas de exclusão da antijuricidade (excludentes da antijuricidade, como sinónimo de
causas de justificação).

2.1 A EXCLUSÃO DA ILUCITUDE DIDVIDE-SE EM CATEGORIAS, AS DE


SITUAÇÃO JUSTIFICANTE E AS DEACÇÃO JUSTIFICADA:

O estudo das justificações pode ser simplificado pelo método de organizar seus
elementos constitutivos nas categorias de situação justificante e de acção.
 Justificada a situação justificante compreende os pressupostos objectivos das
justificações, por exemplo, a agressão injusta, actual ou eminente, a direito
próprio ou de terceiros, na legítima defesa;
 A acção justificada de defesa, ou necessária, ou no exercício do direito, ou em
cumprimento de dever legal ou consentida pelo titular do bem jurídico contém
elementos subjectivos e objectivos, as vezes, também, elementos normativos,
como a permissibilidade da defesa, na legítima defesa.

Há de se ressaltar que co Código Penal se encontra a exclusão da culpabilidade e


exclusão da ilicitude.

Por esse motivo para identificar uma causa da exclusão da ilucitude do Código Penal
utiliza0se a expressão “ não há crime”, enquanto para se reprtar a uma causa de
exclusão de culpabilidade, o legislador se vale de expressões como “não é punível, é
isento de pena entre outras semelhantes”. Na parte geral do Código essa diferença é
evidente, no etanto há de se cuidar com a parte especial que em algumas situações
utiliza a expressão “ isento de pena”, ou análoga para fazer mensão à exclusão do crime.
A acerca da importância da sistematização das causas de justificação, ou excludente de
ilucitude.

A sistematização das causa de justificação tem como fundamento material a necessidade


de solucionar situações de conflito entre o bem jurídico atacado pela conduta típica e
outros interesses que o ordenamento jurídico considera valiosos e dignos de protecção.
A importância prática das causas de justificação pode ser apreciuada em razão dos
efeitos que produz, as causa da justificação não somente impede a imposição da pena ao
autor do facto típico, mas converte esse facto em algo lícito, com todas as suas
consequências.

Isso significa que diante de um facto justificado, não cabe legítima defesa, porque se
esta pressupõe, como veremos, uma agressão injusta, não pode ser exercida contra um
comportamento valorado como lícito, a participação no acto juctificado do autor
também será considerada como justificada. Como consequência do princípio da
assessoriedade limitada da participação não será possível aplicar pena, impor medidds
de segurança, nem qualquer outro tipo de sanção ao autor de uma conduta justificada,
pois esta passa a ser considerada lícita em todos âmbitos do ordenamento jurídico.
Esses efeitos aplicam-se, indistitamente, a todas asa cusa de justificação mas somente
dentro dos limites do comportamento autorizado, pois, como o próprio legislador penal
determina, tanto o excesso doloso como o excesso cuploso, respeitada a
excepcionalidade do crime culposo, no exercício de uma causa de justificação, são
antijurídidcos e puníveis.

2.2 ELEMENTOS OBJECTIVOS E SUBJECTIVOS DAS CAUSA DE


EXCLUSÃO DA ILICITUDE

A doutrina apresenta uma discusão a cerca do reconhecimento de uma causa de


exclusão de ilicitude, se depende somente dos requisitos legalmente previstos,
relacionados ao aspecto exterior do facto, ou se está condicionado também a um.

A antejuridicidade, entendida como relação de contrariedade entre o facto e a norma


jurídica, tem sido definida, por um sector doutrinário, como puramente objectiva, sendo
indiferente, por isso, a relação anímica entre o agente e o facto justificado. No etanto,
segundo o entendimento maioritário, assim como, há lementos objectivos e subjectivos
no tipo penal, originando a divisão em tipo objectivo e tipo subjectivo, nas causa de
justificação que excluem a antijuridicidade, há igualmente componentes objectivos e
subjectivos. Por isso, não basta que estejam presentes os pressupostos objectivos de uma
causa de justificação, sendo necessário que o agente tenha consciência de agir
acobertado por uma excludente, isto é, com conhecimento da situação justificante e com
vontade de evitar um dano pessoal ou alheio.

2.3 JUSTIFICAÇÃO DE FACTO E EXCLUSÃO DE CULPA

As causas que excluem a ilicitude e a culpa estão previstas no artigo 51 do Código


Penal:

 O Estado de necessidade;
 A legítima defesa própria ou alheia;
 O conflito de deveres;
 A obediência legalmente devida as seus superiores legítimos, salvo se ouver
excesso nos actos ou na forma de execução;
 Autorização legal no exercício de um direito ou no cumprimento de uma
obrigação se tiver prossedido com deligência devida, ou facto for um resultado
meramente casual.
2.4 CONSTITUEM CAUSAS DE EXCLUSÃO DE CULPA:

 Os que praticam o facto violentados por qualquer força estranha, física e


iresitível;
 Os que praticam o facto dominados por medo insuperável de um mal igual ou
maior, iminente ou em começo de execução;
 Os que praticam um facto um facto cuja a criminalidade provem somente das
circunstancas especiais, que concorrem no ofendido ou no acto se ignorarem e
não tiverem obrigação de saber a existência dessas circunstâncias especiais;
 Em geral, os que tiverem procedido sem intenção criminosa e sem culpa.

2.5 ESTADO DE NECESSIDADE

O estado de necessidade esta plasmado no artigo 49 do código penal , só pode verificar-


se a justificação do facto nos termos da alínea b) do artigo procedente, quando
concorrerem os seguintes requisitos:

a) Realidade do mal;
b) Impossibilidade de recorrer à força pública;
c) Impossibilidade de legítima defesa;
d) Falta de outro meio menos prejudicial do que o facto praticado;
e) Probabilidade da eficácia do meio empregado.

O estado de necessidade é um instituto que está inscrito no ordenamento jurídico


Moçambicano, no artigo 48 do código penal, considera-se em estado de necessidade
quem pratica o facto para salvar de perigo actual, que não provocou por sua vontade,
nem poder de outro modo evitar, direito próprio ou alheio cujo sacrifício nas
circunstâncias não era razoável exigir-se. Actualmente, duas teorias definem a
natureza jurídica do estado de necessidade: a) a teoria diferenciadora disciplina o
estado de necessidade segundo um sistema duplo : como justificação ( para
hipóteses de pretecção de bem jurídico superior ao sacrificado ) e como exculpação
( para hipóteses de proteção do bem jurídico equivalente ao sacrificado) – Teoria
adoptada pela legislação Alemã, por exemplo, que define expressamente o estado de
necessidade justificante.
2.5.1 LEGÍTIMA DEFESA

A Legítima defesa está plasmada no artigo 50 do Código Penal;

1. Só pode verificar se a justificação do facto, nos termos da alínea b) n o 1 do artigo 48,


quando concorre os seguintes requisitos:

a) Agressão ilegal em execução ou eminente, que não seja motivada por provocação,
ofensa ou qualquer actual praticado pelo que defende;

b) Impossibilidade de recorrer à força pública;

c) Necessidade racional do meio empregado para prevenir ou suspender a agressão.

2. Não é punível o excesso de legítima defesa devido a perturbação ou medo


desculpável do agente.

A legítima defesa caracteriza se como uma causa de exclusão de ilicitude que se


fundamenta em rechaçar uma injusta agressão, não só do direito próprio como também
do direito alheio, utilizando se para isso de meios necessários, de forma ponderada.

No ordenamento jurídico moçambicano está exposta no Código Penal no artigo 50 com


o seguinte texto "entende se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, actual ou eminente, a direito seu ou de
outrem" .

Dessa forma deve se analisar objectivamente que o acto de injusta agressão não
pressupõe prévia compreensão do ilícito a ser cometido por parte do agressor. Nesse
raciocínio esclarecer que "o comportamento represente objectivamente uma ameaçada
lesão, pouco importando que não se ligue ao agressor pela voluntariedade"

Dessa forma os inimputáveis (ébrios habituais, doentes mentais menores de 18 anos)


podem sofrer repulsa amparada pela legítima defesa. O doutrinador completa afirmando
que a inimputabilidade é causa de exclusão de culpabilidade e não de antijuridicidade.

Assim, a conduta de inimputável embora não culpável é ilícita, constituindo agressão


injusta. Não basta que a agressão seja injusta, ela deve ser também actual e eminente.
Actual é agressão em realização ou continuação; Eminente é agressão de realização
imediata. Assim, a legítima defesa pressupõe agressão em realização em continuação ou
imediata.

O requisito final que deve estar presente para que a legítima defesa seja perfeita é o
requisito dos meios necessários, usados moderadamente, esclarece que a configuração
da legítima defesa está directamente relacionada com a intensidade e gravidade da
agressão, periculosidade do agressor e com os meios de defesa disponíveis. Dito isto, o
autor acrescenta que apesar da proporcionalidade ser necessária, não como ser
perfeitamente equivalente, não se exige uma adequação perfeita, milimetrada, entre
ataque e defesa, para se estabelecer a necessidade dos meios e a moderação no seu uso.
3.0 CONCLUSÃO

A legítima defesa tem como característica o direito de protecção individual araigado no


conhecimento jurídico popular, dito isso, precisa estar claro que para que um acto seja
entendido de legítima defesa precisa enquadrar se nos seguintes requisitos: agressão
injusta, actual ou eminente; contra direitos próprios ou de terceiros; repulsa com os
meios necessários, com o uso moderado, conhecimento da acção justificante e vontade
de defender-se.

Contudo, o estado de necessidade possui requisitos que precisam estar presentes para
que se caracterize o instituto. Para que haja o estado de necessidade todos os requisitos
devem estar presentes, situação de perigo (situação de necessidade); Conduta lesiva ou
facto necessitado. A situação de perigo se subdivide em, um perigo actual, ameaça a
direito próprio ou alheio, situação não causada voluntariamente pelo sujeito;
Inexistência do dever legal de arrastar perigo, já a prática de conduta lesiva necessita de
inevitabilidade do comportamento lesivo; Inesibilidade do sacrifício do interesse
ameaçado, conhecimento da situação de facto justificante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Código penal aprovado pela lei 35/2014 de 31 de Dezembro

Fina Djalma da Cunha PDF acedido em 02 de Abril de 2023 14:15

Você também pode gostar