Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Evolução histórica
As organizações sociais, que atuavam com vistas ao bem-estar comum no Brasil, notadamente
de assistência às comunidades carentes, eram, em um passado mais distante, ligadas em sua
grande maioria à Igreja Católica.
As Santas Casas, bem como as irmandades e as ordens terceiras (franciscana, dominicana,
carmelita), que têm atuação registrada na nossa história a partir do século XVI, representam
exemplo clássico da atuação da Igreja Católica no Brasil. Assim, da fase do Brasil Colônia até
meados do século XIX, podemos observar a predominância da associação entre o poder estatal
e a Igreja Católica com a finalidade de atendimento assistencial.
Primeiro setor:
Segundo setor:
Teiceiro setor:
Por fim, o terceiro setor, dada a sua importância, carece de uma norma
que regule o seu funcionamento e dê transparência ao seu relacionamento
com o Estado, abrangendo todas as entidades, independentemente de sua
certificação, titulação ou qualificação.
Aula 2 : Tipos, características e funcionamento das
entidades
A gestão das associações em geral se dá com a existência de, ao menos, três organismos: a
assembleia geral; os administradores, que podem adotar a nomenclatura de diretoria executiva,
superintendência, direção geral, entre outros; e o conselho fiscal. Destes, por força da
determinação do Código Civil (BRASIL, 2002, art. 59), é a assembleia geral o órgão máximo
de deliberação, que tem poderes privativos para a destituição dos administradores e alteração
do estatuto, com o quórum e demais critérios estabelecidos no estatuto.
No entendimento de Grazzioli et al. (2015, p. 39), além desses poderes, o estatuto deve atribuir
as seguintes competências à assembleia geral:
[...] eleger os administradores; aprovar a previsão orçamentária e o plano
anual de ação, propostos preferencialmente pela Diretoria Executiva;
estabelecer as diretrizes de atuação da Diretoria Executiva; deliberar
sobre a alienação de bens patrimoniais de valor significativo; deliberar
sobre a aceitação, ou não, de doações com encargo; apreciar as contas,
aprovando-as ou rejeitando-as; aprovar alteração estatutária; denunciar às
autoridades competentes os erros, fraudes ou crimes de que porventura
tomar conhecimento, sem prejuízo de tomada das medidas
administrativas e judiciais.
A administração da associação é exercida, em geral, por organismo denominado
superintendência geral, diretoria executiva, entre outros, que será responsável pela realização
dos atos de gestão da associação. As competências necessárias à realização dos atos de gestão a
serem atribuídas ao órgão responsável pela administração são, entre outras, gerir os recursos da
associação, contratar e demitir empregados, cumprir as deliberações feitas pela assembleia
geral, fazer cumprir e cumprir o estatuto da associação e elaborar as peças contábeis e a
prestação anual de contas.
A missão do conselho fiscal, por sua vez, é a de fiscalizar as ações tomadas pela direção da
associação e como são utilizados os recursos financeiros captados. A sua constituição é muito
importante, constando como condição necessária à obtenção de certificados e qualificações,
bem como para a obtenção de recursos públicos. Um exemplo é a qualificação como
organizações da sociedade civil de interesse público – Oscips, instituída pela Lei nº
9.790/1999, que exige, entre outros aspectos, a constituição de conselho fiscal para a sua
obtenção.
Organizações Sociais – OSs e Oscips não são tipos de sociedades, mas sim qualificações que as
sociedades sem fins lucrativos, como as associações e fundações, podem obter para se
qualificarem a receber recursos públicos, isenções fiscais etc.