Você está na página 1de 49

Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária

Mobilização Social
E estruturação dos CONSEG
Maj PM Gabriel Freitas
O que você
entende por
Mobilização
Social ?
Mobilização Social é um processo em que
pessoas e grupos se estimulam e são
convocados a se unir em torno de objetivos
comuns. O envolvimento de pessoas nas
comunidades para a consecução de
objetivos em prol daquelas comunidades é
o que caracteriza essa expressão.
É imprescindível que aja a
sensibilização para a convocação, pois
participar de qualquer tipo de
mobilização social é um ato de
escolha e a decisão da vontade deve
ser livre.
Você vê a
sociedade
brasileira
como
mobilizada ?
A discussão nos leva
a outra questão
importantíssima em
Segurança Pública:
Os Movimentos
Sociais
Os Movimentos Sociais podem ser
definidos como sendo a expressão da
organização da sociedade civil. Essas
organizações agem de forma coletiva
como resistência à exclusão e luta
pela inclusão social.
https://www.infoescola.com/sociologia/movimentos-sociais/
Ferreira (2003) define os Movimentos Sociais a
partir das ações de grupos organizados que
objetivam determinados fins. Ou seja, de acordo
com o autor, os movimentos sociais se definem
como tal por conta da ação coletiva de um grupo
organizado e que tem como objetivo alcançar
mudanças sociais por meio da luta política, em
função de valores ideológicos compartilhados
(...).
FERREIRA, D. Manual de Sociologia – Dos Clássicos à Sociedade da Informação.
2. ed. São Paulo: Atlas, 2003
Gohn (2014) define as características gerais de
um movimento social. De acordo com a
autora, para ser considerado um movimento
social, deve haver uma liderança, uma base e
uma demanda. Além disso, para a autora,
deve haver ainda opositores e antagonistas,
conflitos sociais, um projeto sociopolítico,
entre outros.
GOHN, M. G. Sociologia dos Movimentos Sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2014.
(Questões da nossa época, 47).
Os principais movimentos sociais no
Brasil são o Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra (MST), o
Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MSTS) e os movimentos em
defesa dos índios, negros, mulheres e
o movimento LGBTQIA+
Novamente a discussão nos leva a
outra questão fundamental:
O Associativismo
O aumento do interesse pelo fenômeno do
associativismo está também interligado com
o reconhecimento dos impactos dos
fenômenos da globalização, da complexidade
e da pluralização na reconstituição das
identidades, práticas e repertórios da ação
coletiva (Warren, 2001).
WARREN, M. Democracy and association. Princeton, NJ,
Princeton University Press.
Associativismo

❑ Homem como ser gregário;


❑ O Associativismo é polissêmico e
Regionalizado;
❑ O direito de se associar.
O direito de se associar

XVII - é plena a
liberdade de associação
para fins lícitos,
vedada a de caráter
paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma
da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a
associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas,


quando expressamente autorizadas,
têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente;
E qual é a razão disto tudo
em um curso PM?
Segurança Pública

Art. 144. A segurança


pública, dever do
Estado, direito e
responsabilidade de
todos (...)
Assim, de forma cristalina, a
participação e o envolvimento da
Sociedade Civil Organizada ajudam a
Polícia Militar a chegar ao seu
Bicentenário como uma legitima
guardiã da população baiana,
socialmente referenciada e plenamente
envolvida com as suas questões sociais,
sendo protagonista na área de
educação, em apoio humanitário, na
luta contra as drogas e na busca pela
Paz, sem a qual nenhum direito
subsiste.
Conselho
Comunitário
de
Segurança
Pública
Enfim, o que seria
um CONSEG ?
Lançamento da Cartilha

2004 2021
Um Conselho Comunitário de Segurança é
uma entidade de caráter privado, de
interesse social e sem fins lucrativos, que
visa atuar como instrumento de
articulação nas relações entre a polícia, a
comunidade, as entidades públicas e
privadas e os demais segmentos da
sociedade civil organizada.
PASSOS PARA CRIAÇÃO DE UM CONSEG

❑ Sensibilização e esclarecimentos;
❑ Apresentação da(s) Chapa(s);
❑ Apresentação do Plano Diretor de Trabalho,
Termo de Adesão (voluntariado);
❑ Apresentação da proposta de Estatuto;
❑ Marcação da data da Assembleia de Eleição;
❑ Assembleia Geral (Eleição, leitura e aprovação do
Estatuto, posse da Diretoria).
ESTRUTURA DO CONSEG

❑ Estatuto, devidamente registrado em


Cartório de Títulos e Documentos;
❑ A Assembleia Geral (1/5 dos membros);
❑ Diretoria Executiva ou Conselho Diretor;
❑ Conselho Fiscal;
❑ Conselho Consultivo.
Art. 53.
Constituem-se as
associações pela
união de pessoas
que se organizem
para fins não
econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados,
direitos e obrigações recíprocos.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;


II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos
associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos
deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e
para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das
respectivas contas.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá
instituir categorias com vantagens especiais.

Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não


dispuser o contrário.

Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do


patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si ,
na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo
disposição diversa do estatuto.

Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim


reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso,
nos termos previstos no estatuto.
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de
exercer direito ou função que lhe tenha sido
legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela
forma previstos na lei ou no estatuto.

Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:

I – destituir os administradores;

II – alterar o estatuto.
Art. 58.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se
referem os incisos I e II deste artigo é exigido
deliberação da assembleia especialmente convocada
para esse fim, cujo quórum será o estabelecido no
estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores.

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-


á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto)
dos associados o direito de promovê-la.
LEI No 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999.

Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito


privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de
Parceria, e dá outras providências.

Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade


Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito
privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se
encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três)
anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas
estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.
Art. 3o A qualificação instituída por esta Lei, observado
em qualquer caso, o princípio da universalização dos
serviços, no respectivo âmbito de atuação das
Organizações, somente será conferida às pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos
objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes
finalidades:

XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos


direitos humanos, da democracia e de outros valores
universais;
Alterada pela LEI Nº 13.204, DE 14 DE
DEZEMBRO DE 2015

Estabelece o regime jurídico das parcerias


entre a administração pública e as
organizações da sociedade civil, em regime de
mútua cooperação, para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco,
mediante a execução de atividades ou de
projetos previamente estabelecidos em planos
de trabalho inseridos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em
acordos de cooperação; define diretrizes para a
política de fomento, de colaboração e de
cooperação com organizações da sociedade
civil.
Art. 2º .......................................................................
I - organização da sociedade civil:

a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua


entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados,
sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos,
dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou
parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de
suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução
do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da
constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva;
VII - termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos
financeiros;

VIII - termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as


parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de
recursos financeiros;

VIII-A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as


parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
que não envolvam a transferência de recursos financeiros;
Encerramento

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Você também pode gostar