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SCE-IED
Sistema de Prestação de
Informações de Capital
Estrangeiro de Investimento
Estrangeiro Direto
Manual do declarante
Janeiro 2023
A prestação de informações sobre investimento estrangeiro direto ao Banco Central do Brasil tem
como base a Lei nº 14.286, de 29 de dezembro de 2021, que alterou/revogou dispositivos da Lei nº
4.131/62, revogou os arts. 65 e 72 da Lei nº 9.069/95 e revogou o art. 5º da Lei nº 11.371/06.
Adicionalmente, cabe mencionar a Resolução BCB nº 278/22, que regulamenta a Lei nº 14.286/21,
bem como Resolução BCB nº 281/22, que regulamenta disposições transitórias sobre a prestação de
informações de investimento estrangeiro direto.
Os perfis de cada usuário no sistema são definidos pelos chamados serviços Sisbacen. Por
exemplo, para que um determinado usuário de uma pessoa jurídica possa cadastrar sua empresa como
receptora de investimento estrangeiro direto no sistema e incluir/editar a prestação de informações
de IED ao Banco Central, ele deve possuir o serviço de Perfil de Receptora atribuído ao seu usuário no
Sisbacen. Já para que determinado usuário possa atuar como mandatário de outras receptoras ou
investidores não residentes, ele deve possuir o respectivo serviço de Perfil Mandatário atribuído ao
seu usuário no Sisbacen. Os serviços disponíveis aos usuários no sistema são:
• SRDE0100 – Perfil Receptora – Necessário para incluir a receptora – a cujo CNPJ o login estará
vinculado – no sistema. Disponível apenas para pessoas jurídicas;
• SRDE0102 – Perfil Preposto – Necessário para cadastrar uma receptora em constituição (Ver
Capítulo 3.3). Disponível para pessoas físicas e jurídicas;
• SRDE0107 – Perfil Mandatário – Necessário aos usuários responsáveis por acessar, alterar ou
criar a prestação de informações de IED ao Banco Central em nome de receptores. Disponível
para pessoas físicas e jurídicas;
• SRDE0103 – Perfil de Instituição Financeira – Permite gerenciar mandatários de receptores e
de investidores, desde que autorizados conforme normativos vigentes (este serviço Sisbacen
está disponível apenas para Instituições Financeiras).
O usuário máster de toda pessoa jurídica (exceto Instituições Financeiras) já possui os serviços de
Perfil Receptora (SRDE0100), Perfil Mandatário (SRDE0107) e Perfil Preposto (SRDE0102) a ele
atribuídos. Ou seja, se o próprio usuário máster da receptora é quem realizará ou gerenciará a
prestação de informações de IED ao Banco Central, então não há necessidade de nenhuma ação
adicional para utilização do sistema. Contudo, para que outro usuário da pessoa jurídica atue com o
perfil de receptora ou de mandatário na prestação de informações de IED ao Banco Central, será
As pessoas jurídicas não residentes no Brasil, por sua vez, caso esteja claro o intuito de se tornar
investidor no capital de receptora residente no País, deverão solicitar inscrição no CNPJ através da
criação de um CDNR – Cadastro Declaratório de Não Residente. O acesso ao sistema CDNR é realizado
através da página do Banco Central na Internet, na área de Estabilidade Financeira → Câmbio e
Capitais internacionais → Capitais internacionais → Prestação de informações de capitais
estrangeiros no país → Acesso aos sistemas → Cadastro Declaratório de Não Residente (CDNR)
Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/capitaisestrangeiros
Maiores informações sobre o CDNR podem ser obtidas no manual do CDNR, disponível na mesma
página da internet, ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco Central -
Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
O acesso ao sistema é realizado pela página do Banco Central na Internet, na área Estabilidade
Financeira → Câmbio e Capitais internacionais → Capitais internacionais → Prestação de
informações de capitais estrangeiros no país → Acesso aos Sistemas → Prestação de informações
de capitais estrangeiros no país – Investimento Estrangeiro Direto (SCE-IED), conforme figuras 1 e 2:
O usuário que obtiver o cadastro na Conta Gov.br poderá acessar o sistema a depender do selo de
autenticação que receber.
• Pessoa física agindo em nome de uma pessoa jurídica: esse tipo de acesso está restrito à pessoa
física previamente cadastrada como mandatário de receptor, em funcionalidade específica do
sistema (ver capítulo 7 – Gestão de Mandatários), para a prestação de informações ao Banco
Central. A conta Gov.br deve ter o Nível PRATA ou OURO.
• Pessoa física agindo em nome de Instituição Financeira: Não poderá realizar o acesso ao
sistema utilizando a Conta Gov.br. O acesso é restrito via login Sisbacen.
Caso tenha dúvidas a respeito do credenciamento na conta gov.br, favor encaminhar um e-mail
para: atendimentogovbr@economia.gov.br.
• Se pessoa física: O usuário deve selecionar CPF na tela de identificação, inserir os 9 primeiros
dígitos de seu CPF no primeiro campo e sua senha no campo seguinte, e clicar no botão Entrar,
conforme tela apresentada na Figura a seguir.
Após realizado o login, é apresentada ao usuário a tela inicial do sistema, onde será possível
acessar suas principais funcionalidades, conforme apresentado na Figura e descrito a seguir:
Adicionalmente, no canto superior direito da tela, são listadas as informações sobre o usuário
logado no sistema, bem como a opção de logoff (Sair do sistema), conforme exemplo na figura a seguir,
para o caso do usuário de uma pessoa jurídica:
Uma vez que o CNPJ da receptora residente esteja devidamente credenciado no SISBACEN, ela
poderá ser incluída no sistema como receptor de Investimento Estrangeiro Direto (IED) através da
tela inicial do sistema. O mesmo procedimento será utilizado para acessar o cadastro da receptora
depois da inclusão.
Por exemplo, ao se digitar o CNPJ8 de um receptor, a tela abaixo será apresentada, possibilitando
o acesso às informações do receptor no botão <Exibir receptora>:
Caso o CNPJ do receptor residente ainda não esteja cadastrado como tal no sistema, ao se inserir
seu CNPJ será apresentada mensagem informando que a receptora não foi encontrada na base do
sistema. Nessa situação, o sistema permite incluir o CNPJ da receptora residente clicando no botão
<Cadastrar CNPJ [número CNPJ] como receptora>:
Atenção: O botão <Cadastrar CNPJ [número CNPJ] como receptora> só irá aparecer se o acesso
for feito com a senha do Sisbacen usuário especial/pessoa jurídica da receptora residente. O
acesso através da senha da conta Gov.br não permite esse cadastramento.
Um código IED para uma receptora em constituição (ainda sem CNPJ) pode ser gerado pelo
sistema, bastando informar a pessoa física ou jurídica designada pelo(s) investidor(es) para receber os
recursos em nome do receptor (Essa figura será doravante designada como “preposto”).
É importante observar que só se justifica a criação de um código IED, nessa situação, se houver
necessidade de ingresso de recursos antes do receptor obter seu CNPJ.
Um exemplo ilustrativo é o caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
que vai receber aporte de capital de investidor não residente. O capital social desse tipo de empresa,
segundo a legislação, precisa ser integralizado no momento da efetivação do seu ato constitutivo. Se
o capital para constituir a empresa vier do exterior, a única maneira de gerar um código IED para
permitir a realização da operação de câmbio será através do mecanismo de receptora em constituição
do sistema.
Na tela seguinte, incluir um nome que servirá de referência para identificar a receptora em
código IED em constituição será criado clicando-se no botão . Um código IED será criado no
processo, iniciado pelas letras “IA” + seis algarismos.
Uma vez obtido o CNPJ para a receptora, essa deverá criar novo código IED, informando o
investidor não residente, e vincular esse novo código IED ao código IED em constituição anteriormente
cadastrado.
Atenção: ressaltamos que na etapa anterior o usuário acessou o sistema com o login do
preposto, enquanto nesta etapa o usuário acessará o sistema com o login da receptora ou de
seu mandatário.
Após a inclusão da receptora no sistema, será necessário informar dados para comunicação do
Banco Central do Brasil com a mesma e/ou com seu mandatário. Devem-se informar dois contatos
diferentes e válidos. O primeiro contato é exclusivamente da receptora e o segundo do mandatário
(caso houver) ou de um segundo contato da receptora. Não é permitido informar o contato de
somente mandatários/terceiros.
É responsabilidade da receptora a atualização e correta manutenção dos dados de contato, que
deve ser feita por meio do botão < Alterar dados de contato> na tela inicial, à direita de “Dados de
Contato”. O Banco Central não tem permissão para alterar dados de contatos no sistema.
Após o cadastro da receptora e do preenchimento dos dados de contato, a tela acima será
apresentada. Na parte superior direita temos três botões para navegação: <Administração>, <Eventos
societários> e <Registro>.
No botão <Administração>, na opção “Suspensões”, é possível verificar sobre eventuais
suspensões da operação da receptora no sistema, com base no art. 22 da Resolução BCB nº 278/22, e
cadastrar e alterar mandatários, por meio da opção “Mandatários”.
O botão azul <Registro> acessa as telas principais do sistema e permite o detalhamento dos
investimentos estrangeiros diretos na receptora. Está dividido em dois tipos principais: “Quadro
Societário” e “Declaração Econômico-Financeira”. Favor atentar para qual dos dois tipos de
detalhamento da prestação de informações de IED a receptora está sujeita e, eventualmente, em qual
frequência. Essas questões são explicadas mais a frente neste Manual.
No grupo Quadro Societário (QS) temos a opção “Incluir quadro societário” como atalho para a
prestação de informação sobre a composição do capital da receptora e alguns dados contábeis. Esse
atalho permite a inclusão do primeiro QS da receptora que possui investidores não-residentes ou de
quadros societários adicionais. Na opção “Gestão do quadro societário” é possível visualizar o histórico
de declarações de QS da receptora bem como editar e excluir os QS, quando permitido.
No grupo Declaração Econômico-Financeira (DEF) há a opção de “Gestão da Declaração
econômico-financeira”, que apresenta todas as datas-bases trimestrais desde 31/12/2016. Nesta tela
é possível incluir, visualizar, editar e imprimir a declaração.
Por meio do botão azul <Registro> é possível ir direto para a inclusão de um novo quadro
societário, na opção <Incluir quadro societário>, ou ir para a gestão do quadro societário, na Opção
<Gestão do quadro societário>. Nesta última opção é possível incluir, excluir ou corrigir um quadro
societário.
Quando um usuário utiliza o sistema para prestar informação de IED referente ao primeiro aporte
de capital de um investidor não residente, surgirá a necessidade de gerar um código IED no sistema
A edição pode ser feita por meio da opção <Gestão do quadro societário>, coluna “Ações”,
feita na opção <Gestão do quadro societário>, coluna “Ações”, bastando clicar no . Não é
permitida a exclusão pelo usuário nem de Declarações Econômico-Financeiras (DEF) nem de quadros
societários migrados, corrigidos ou não.
Caso o usuário inclua uma DEF trimestral sem necessidade (por exemplo, uma receptora com
ativo menor do que R$300 milhões), poderá solicitar sua exclusão, com solicitação formal e as devidas
justificativas, através do e-mail apresentado na seção 9.2.
O quadro societário migrado representa a última posição declarada no sistema mais antigo,
existente até 27 de janeiro de 2017. Desta forma, o QS somente pode estar relacionado até a data-
base de 27/01/2017. Não é permitido o ajuste para datas posteriores à 27/01/2017, somente a
correção de erros de migração. Os dados declarados devem sempre ser relativos à data-base
informada. Para declarar outras alterações, em datas-bases distintas, a receptora deve incluir um novo
quadro societário para refletir o histórico no sistema. Quadros migrados não podem ser excluídos sob
nenhuma hipótese.
Trimestral
Receptores de investimento estrangeiro direto com ativos totais de valor igual ou superior a
R$300.000.000,00 devem prestar a Declaração Periódica trimestral conforme calendário abaixo.
• Até 30 de junho, referente à data-base de 31 de março;
• Até 30 de setembro, referente à data-base de 30 de junho;
possuem ativos totais de valor igual ou superior a R$300.000.000,00, não sendo mais necessária a
entrega de Quadros Societários da data-base de 31/12 de cada ano, independentemente do valor dos
ativos ou do patrimônio líquido da receptora.
Exemplo de histórico de quadros societários
Caso um investidor não residente deixe de possuir participação na receptora, o usuário deverá
inserir um novo quadro societário, zerar a participação do investidor e inativá-lo no botão “Não” à
direita do nome do investidor. (Botões “Sim”, “Não” e “X”)
Na página inicial (Ver item 3.6), por meio do Botão Eventos societários, o declarante poderá
consultar, editar ou incluir novos eventos societários dos tipos: (i) Capitalizações, (ii) Cessões e
permutas, (iii) Conferências de participação no país, (iv) Reorganizações societárias (incorporação,
fusão e cisão), bem como declarar a extinção da receptora por liquidação.
5.2 Capitalizações
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.
Caso seja necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário,
basta acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Informações sobre a cessão para outro investidor não residente, entendida como a dação de
ações ou de quotas integralizadas do capital de uma empresa brasileira detidas pelo investidor não
residente para outro investidor não residente, devem ser prestadas conforme os seguintes
procedimentos:
1. Na tela inicial, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e permutas para acessar a
tela Cessões no exterior e permutas.
3. Na aba Dados da cessão ou permuta, no campo “Tipo”, selecionar a opção “Cessão” e incluir
a data e o valor da cessão nos campos correspondentes. Preencher o CPF/CNPJ14 dos
investidores cedente e cessionário e selecionar se deseja encerrar o investimento do
confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário corrigir alguma
informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar qualquer uma das
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Informações sobre a troca de participações societárias em empresas com sede no Brasil, sendo
ao menos uma delas receptora no país, realizada entre investidores residente e não residente, devem
ser prestadas do seguinte modo:
1. Na tela inicial, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e permutas para acessar a
tela Cessões no exterior e permutas.
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
apresentadas sequencialmente na tela.
3. Na aba Dados da cessão ou permuta, selecionar a opção “Permuta” no campo “Tipo”. Incluir
a data, o valor do capital cedido/permutado e o CNPJ8 da receptora contraparte nos campos
correspondentes. Selecionar a opção que declara que o cedente ou o cessionário é
investidor não residente, bem como a opção que declara que o outro investidor envolvido
na permuta é residente (ou seja, selecionar o botão “Não” no quadro que pergunta se o
com os efeitos da permuta e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta
acessar qualquer das etapas anteriores clicando nas abas ou utilizando o botão .
A integralização de capital por um investidor não residente em outra empresa não residente,
mediante dação de participação societária detida em receptora residente, tem os mesmos efeitos, no
que se refere à prestação de informações de IED, de uma Cessão de Ações ou Quotas para Outro
Investidor não residente, devendo a prestação de informações ser efetuada como se assim fosse (Ver
Capítulo 5.3.1).
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.
já com os efeitos da conferência e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta
acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Informações sobre qualquer tipo de reorganização societária de investidor não residente que
implique transferência de investimento para outro investidor não residente, deve ser prestada como
uma Cessão de Ações ou Quotas para Outro Investidor Não Residente. (Ver Capítulo 5.3).
5.6.1 Incorporação
A prestação de informações sobre a incorporação deverá ser feita no sistema quando pelo menos
uma das partes envolvidas for receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito
abaixo deverá ser repetido tantas vezes quantas forem as empresas incorporadas na reorganização:
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.
com os efeitos da incorporação e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta
acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
5.6.2 Fusão
A prestação de informações da fusão deverá ser feita no sistema quando pelo menos uma das
partes envolvidas for receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo
deverá ser repetido tantas vezes quantas forem as empresas fusionadas na reorganização:
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.
com os efeitos da fusão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário
corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar
qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Observação: A inclusão da fusão por uma receptora não dispensa a necessidade do lançamento
da fusão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.
5.6.3 Cisão
A prestação de informações da cisão deverá ser feita no sistema quando pelo menos uma das
partes envolvidas for receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo
deverá ser repetido tantas vezes quantas forem as receptoras cindidas envolvidas na reorganização:
1. Na tela inicial, no menu Eventos societários, selecionar Reorganizações Societárias para
acessar a tela Reorganizações Societárias.
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.
com os efeitos da cisão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário
corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar
qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Observação: A inclusão da cisão por uma receptora não dispensa a necessidade do lançamento
da cisão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.
Quando uma receptora de investimento estrangeiro é extinta por liquidação, tal informação deve
ser prestada no sistema. No entanto, antes de prestar essa informações no sistema, a receptora deve
atentar para dois pontos importantes:
• A prestação de informações da extinção por liquidação não zera o valor da participação
dos sócios não residentes. Caso a participação dos investidores tenha sido encerrada e não
existam valores a remeter, deve ser inserido um novo quadro societário zerando a
participação dos investidores não residentes antes do lançamento da extinção por
liquidação.
• A prestação de informações da extinção por liquidação não inativa os códigos IED
vinculados aos sócios não residentes. Portanto, caso a empresa entenda que há
possibilidade de algum recurso ser enviado aos sócios no futuro, deve manter os códigos
ativos. Caso contrário, deverá inativá-los antes da prestação de informações da extinção
por liquidação.
A anulação da liquidação pode ser realizada na mesma tela, por meio do botão .
entregas anteriores;
• Passivo: Informar o valor total do passivo exigível (sem patrimônio líquido) da receptora,
na data-base da declaração;
ATENÇÃO:
Os valores de fluxo informados nos campos:
1. Lucro/Prejuízo líquido no período-base;
2. Lucro distribuído no período-base;
3. Receita/Despesa de reavaliação de ativos (impairment);
4. Receita/Despesa financeira decorrente de variação cambial;
• Lucro (+) / prejuízo (-) líquido no período-base: Informar o valor total do lucro ou do
prejuízo líquido da receptora no período-base. Não informar o valor acumulado no ano.
Observações:
O lucro distribuído no período base deve levar em conta o critério contábil, ou seja, os valores
reconhecidos pela contabilidade da receptora na DMPL (Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido) trimestral, independentemente dos efetivos pagamentos realizados
através de operações de câmbio.
Os valores desse campo devem incluir: dividendos, lucros distribuídos e juros sobre o capital
próprio da DMPL, conforme o caso de cada receptora.
Observações:
Não é mais aceito “patrimônio líquido” como método de valoração a fim de
convergência com o sistema Censo de Capitais Estrangeiros no país. Reforçamos que
o valor estimado da empresa não pode ser declarado como zero, com sinal negativo,
nem um valor irrisório.
• Receita (+) / despesa (-) financeira decorrente de variação cambial: Informar o valor da
receita (+) ou despesa (-) decorrente de variações cambiais no período-base. Não
informar o valor acumulado no ano.
o Lei nº 4.131: Capital com base na Lei nº 4.131/62 é aquele constituído mediante
ingresso no país de recursos financeiros via operação cambial ou por meio de
ingresso de bens, bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;
o Lei nº 11.371: Capital com base na Lei nº 11.371/06 é aquele declarado, em opção
específica neste sistema, como existente no país, devidamente espelhado na
o Lei nº 9.069: Capital com base na Lei nº 9.069/95 é aquele constituído mediante
ingresso no país de recursos financeiros via transferência de conta de não residente
(Transferência Internacional em Reais – TIR), bem como o reinvestimento dos
rendimentos desses capitais.
• Poder de voto (%): Informar o poder de voto detido pelo investidor não residente.
Poder de voto são direitos de voto (capital votante) que asseguram, de modo
permanente, participação nas deliberações sociais e na eleição dos administradores
de uma empresa. Geralmente, a compra de ações ordinárias confere poder de voto.
Porém, é possível obter poder de voto em proporção superior ao das ações
ordinárias, como, por exemplo, por meio de aquisição de golden shares, por meio de
estatuto ou de acordo com outros investidores. Dessa forma, deve-se considerar o
real poder de decisão do investidor não-residente, levando-se em consideração
todos os seus instrumentos, e não somente a proporção de ações ordinárias por ele
detidas.
• Pais do controlador final: Selecionar o país de residência do controlador final (ou último
controlador). O controlador final encontra-se no topo da cadeia de controle do grupo
econômico, e, em geral, indica a origem de capital do grupo. Não necessariamente o
controlador final participa diretamente na empresa declarante domiciliada no Brasil.
Observações:
1. A inclusão de uma DEF gera automaticamente um novo quadro societário no
histórico da empresa (na tela “Gestão do quadro societário”), com as mesmas
informações inseridas na DEF. Portanto, não há necessidade de atualização do
quadro societário após a inclusão da DEF.
2. Caso o usuário inclua uma DEF sem necessidade, poderá solicitar sua exclusão, com
solicitação formal e as devidas justificativas, através do e-mail apresentado na seção
9.2.
O botão permite que o declarante veja os últimos valores declarados de cada variável. Ao
preencher os itens da DEF, o sistema poderá informar alertas para que o declarante verifique as
informações inseridas, se elas estão pertinentes e corretas. Esses alertas não impedem salvar a
declaração. Se não houver nada a corrigir nas informações declaradas e os alertas persistirem, ao clicar
em salvar aparecerá a confirmação abaixo:
Ao salvar a declaração, aparecerá a tela abaixo informando que a declaração foi salva com
sucesso. Nesta tela também é possível imprimir o relatório da declaração, facilitando a conferência
dos dados inseridos. No relatório é apresentado os dados da declaração entregue e das três anteriores.
Incentivamos os mandatários a encaminhar o relatório para seus clientes, de forma que esses confiram
as informações inseridas no sistema. Para emitir o relatório de entrega da Declaração periódica, basta
clicar no botão que aparecerá conforme tela abaixo.
A receptora ou o investidor não residente podem constituir como mandatárias pessoas físicas
ou jurídicas com autorização para incluir, consultar e atualizar a prestação de informações de IED.
O mandatário do investidor só poderá ser incluído/excluído por: (i) uma instituição financeira
formalmente autorizada pelo investidor ou seu representante no país ou (ii) por outro mandatário
previamente incluído da maneira descrita no item anterior.
Para gerir e consultar movimentações vinculadas a um Código IED selecionado deve-se clicar
no código IED (grafado com fonte azul sublinhada, com as letras IA + seis algarismos) disponível na tela
inicial do sistema, na seção Quadro societário atual, subseção Investidores não residentes:
Tela de dados vinculados à prestação de informação de IED, num Código IED selecionado – Aba “Câmbio”
Os recursos para investimento em moeda nacional deverão ser provenientes de contas correntes
de titularidade do próprio investidor não residente, abertas e mantidas conforme legislação em vigor.
Admite-se, no entanto, para os investimentos realizados entre 29/11/1996 e 15/08/2000, que a conta
corrente da qual provieram os recursos seja de titularidade de instituição financeira não residente.
Investimentos anteriores a 29/11/1996, quando realizados em moeda nacional, não são passíveis de
lançamento no sistema.
Na aba TIR são exibidos, após clicar no botão , todas as Transferências Internacionais em
Reais – TIR e movimentação de recursos de interesse de terceiros em contas de não residentes em
reais, vinculadas à prestação de informação de IED do receptor, no Código IED selecionado, ocorridas
até o dia anterior ao da consulta. Pode-se filtrar a busca por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso,
remessa, devolução de ingresso, devolução de remessa) e tipo de movimentação (aumento de capital,
lucros etc.).
A receptora poderá detalhar suas operações de TIR e de movimentação de recursos de interesse
de terceiros em contas de não residentes em reais, clicando no número TIR desejado. No entanto,
mandatários não podem visualizar os detalhes de operações de TIR e de movimentação de recursos
de interesse de terceiros em contas de não residentes em reais.
A partir da vigência da Lei nº 14.286/21, da mesma forma que ocorre com as operações de
câmbio, somente poderão ser efetuados contratos de movimentação de recursos de interesse de
terceiros em contas de não residentes em reais, quando vinculados ao código IED, cujo valor seja
igual ou superior a USD100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outras
moedas. Para operações de movimentação de recursos de interesse de terceiros em contas de não
residentes em reais de valor inferior ao piso acima, não deve ser informado o código IED e, como
consequência, elas não serão apresentadas em consultas em tela e nos relatórios do sistema.
Tendo em vista a revogação do art. 5º da Lei nº 11.371/06 pela Lei nº 14.286/21, somente eventos
com ano de contabilização anterior a 2022 podem ser declarados. Na aba Lei 11.371/06 faz-se a
inclusão, exclusão e consulta das declarações lançadas com base nessa lei. As informações requisitadas
são o “Ano de contabilização” e o “Valor” na moeda nacional.
Tela de dados vinculados à prestação de informação de IED, num Código IED selecionado – Aba “Lei nº11.371/06”
Na aba Investimento em bens, são lançados os aumentos de capital na receptora por meio da
conferência de bens, tangíveis ou intangíveis, importados sem cobertura cambial.
Devem ser informados: o tipo de bem, a moeda, a data da integralização, o valor na moeda da
Declaração de Importação (DI) e o valor integralizado, na moeda nacional.
No caso de bens tangíveis, deve ser informado o número das Declarações de Importação (DI). Já
no caso de bens intangíveis, deve ser informado o número das faturas comerciais.
Tela de dados vinculados à prestação de informação de IED, num Código IED selecionado – Aba “Investimento em bens”
A reaplicação de recursos recebidos pelo investidor deve ser informada na aba respectiva como
resultado de: redução de capital, alienação a residentes, distribuição de dividendos/lucros, juros sobre
capital próprio ou liquidação de receptora/acervo líquido.
Deve ser informado se a receptora é origem, destino ou origem e destino da reaplicação; o tipo de
recurso reaplicado; a data da reaplicação; o seu valor, na moeda nacional, e o CNPJ da receptora
contraparte. No caso de reaplicação realizada em receptor diferente daquele que originou os recursos,
a prestação de informação sobre essa movimentação de IED eventualmente precisa ser feita por
ambos os receptores, observando-se o critério de obrigatoriedade de prestação de informações
previsto em norma.
Tela de dados vinculados à prestação de informação de IED, num Código IED selecionado – Aba “Recebimentos no Exterior”
Tela de dados vinculados à prestação de informação de IED, num Código IED selecionado – Aba “Recebimentos no País”
As instruções para obtenção de login e senha de acesso aos sistemas do Banco Central, incluindo
quanto a esse sistema, as instruções para reabilitação de senhas ou inclusão de novo máster estão
disponíveis em https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen ou através da Central Telefônica
de Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
Para esclarecimento de dúvidas específicas sobre o sistema, entrar em contato através do e-mail
rde-ied@bcb.gov.br ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco Central -
Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
(...)
“Parágrafo único. Fica o Banco Central do Brasil autorizado a dispor sobre as hipóteses em que,
considerada a natureza das operações:
(...)
“Art. 2°
(...)
5. O que é um receptor?
É a Pessoa Jurídica sediada no Brasil que recebe o investimento estrangeiro direto (IED).
6. O que é CDNR?
O número CDNR, sistema que substituiu o CADEMP (Cadastro de Empresas) de não residentes
em 01/07/2019, não é exigido das pessoas físicas ou jurídicas não residentes no País que desejam
declarar operações de investimento estrangeiro direto no sistema SCE-IED.
O número CDNR - Cadastro Declaratório de Não Residente é exigido das pessoas físicas ou
jurídicas não residentes no País que venham a ser participantes em operações de crédito externo
O sistema CDNR serve, ainda, como meio para solicitar a inscrição da empresa não residente
no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). De acordo com o art. 20 da Instrução Normativa
RFB 1.863/18, a inscrição no CNPJ decorre automaticamente do cadastramento no CDNR para
operações de investimento estrangeiro direto e para alguns tipos de operação de crédito externo.
Para maiores informações sobre o CDNR, acessar o manual disponível no site do Banco Central
na Internet:
Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/capitaisestrangeiros
O número CDNR não é exigido das pessoas físicas não residentes para declaração de
operações de investimento estrangeiro direto no sistema SCE-IED. Entretanto, essas precisam da
inscrição no CPF, que pode ser realizada no Brasil pela própria Receita Federal, ou, no exterior, com a
intermediação das representações diplomáticas brasileiras.
Mandatário é a pessoa física ou jurídica, residente, autorizada pelo receptor ou por um dos
investidores não residentes a incluir, consultar e atualizar a prestação de informações de IED em seu
nome (Ver Capítulo 7 deste Manual).
9. O não lançamento do investimento estrangeiro direto no sistema está sujeito a algum tipo
de penalidade?
A Lei nº 14.286/21, a Lei nº 13.506/17, bem como a Resolução BCB nº 131/21, estabelecem
critérios e valores para aplicação de multas no caso de prestação de informações fora de prazo,
incorretas, incompletas, não entregues ou pela entrega de informações falsas.
11. Quem deve acessar o sistema? É necessário contratar alguém para fazê-lo?
Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/capitaisestrangeiros
12. Quem deve acessar o sistema quando a receptora do investimento é uma empresa em
constituição? O que é preposto?
Preposto é a pessoa física ou jurídica, residente, designada pelo (s) investidor (es) não
residentes para recebimento dos recursos em nome do receptor quando ele ainda está em processo
de constituição.
Nestes casos, o preposto deve acessar o sistema (ou seja, o login e senha do Sisbacen devem
estar vinculados ao seu CPF ou CNPJ). Ressalte-se que não existe a figura de mandatário de preposto
para receptoras em constituição.
Art. 20. O devedor e o receptor podem constituir mandatário para incluir, consultar e atualizar
as informações prestadas ao Banco Central do Brasil.
§ 2º A documentação comprobatória das autorizações de que trata este artigo deve ser
mantida à disposição do Banco Central do Brasil pelo mesmo prazo de guarda da documentação da
operação de capital estrangeiro à qual a autorização se refere, conforme estabelecido no art. 18.
§ 3º A autorização referida neste artigo poderá ser obtida por qualquer meio acordado entre
as partes, com a devida segurança jurídica e clara manifestação de consentimento do prestador de
informações na constituição do mandatário.
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen
16. Erro “Identificação e/ou senha inválidas” ao tentar acessar o sistema: como proceder?
23. Como vincular um contrato cambial, liquidado antes de 01/09/2000, a um código IED, no
sistema?
O novo quadro societário deve ser informado em até 30 dias após a liquidação do contrato de
câmbio ou da movimentação de recursos de interesse de terceiros em contas de não residentes em
reais.
25. É necessário lançar distribuição de lucros, dividendos ou juros sobre capital próprio?
26. Qual o procedimento para declarar a venda da participação societária de um investidor não
residente para um investidor residente?
Se a venda foi efetuada em uma situação que requer uma transferência de recursos ao
exterior, essa transferência deve ser efetuada do adquirente para o investidor não residente, na
natureza cambial alienação a nacionais e, em até 30 dias, ser atualizada a participação do investidor,
mediante a inclusão de um novo quadro societário com a data da alienação da participação, reduzindo
a quota parte do capital que foi vendida. Devem ser seguidas as demais orientações do capítulo 4 do
manual.
27. Como proceder quando o Investidor não Residente vendeu suas cotas a um investidor
residente mas o pagamento foi feito no exterior?
Devem ser seguidas as orientações do item 8.6 do manual. Na tela Registro de investimento,
deve ser lançado o pagamento efetuado na aba Recebimentos no Exterior, Tipo de recurso: Alienação
a residentes.
28. Como realizar o pagamento de juros sobre alienação a nacionais ou aquisição de nacionais?
29. Como proceder quando o Investidor não residente se torna residente no país?
Confirmada a alteração de residência e domicílio fiscal da Pessoa Física, deve ser criado um
novo Quadro Societário zerando a participação do investidor e inativando sua participação na
receptora. Se futuramente a pessoa física se tornar novamente investidor não residente, o Código IED
pode ser restabelecido com a inclusão de um novo Quadro Societário, reativando o investidor e
lançando o valor de sua participação societária.
30. Quando um investidor residente se torna não residente (saída definitiva do país), como
proceder com a prestação de informações de investimento estrangeiro direto no sistema?
Além da inclusão de um novo quadro societário atualizado no sistema e, quando possível, deve
ser realizada operação simbólica de câmbio. Essa última deverá informar a vinculação ao código IED
31. Como proceder no caso de mudança de razão social de receptora ou de investidor não
residente?
32. Como realizar a transferência de investimento direto para investimento em portfólio e vice-
versa?
34. Como regularizar, para fins de prestação de informações de investimento estrangeiro direto,
a integralização de capital pelo investidor não residente mediante a entrega de imóvel de
sua propriedade?
A entrega de imóvel pelo investidor para integralização no capital da empresa receptora deve ser
regularizada mediante operações simultâneas de câmbio. A operação de câmbio de ingresso deverá
ser vinculada ao código IED sempre que seu valor seja igual ou superior a USD100 mil ou equivalente
em outras moedas.
36. É possível declarar no Banco Central do Brasil adiantamento para futuro aumento de capital
– AFAC?
Não. Somente a partir do efetivo ingresso no capital da receptora corre o prazo de 30 dias para
a prestação de informação sobre o investimento estrangeiro direto.
38. Como deve ser lançada uma absorção de prejuízo contábil no sistema?
Não há lançamento para Absorção de Prejuízo no sistema. A Absorção de Prejuízos deverá ser
feita conforme legislação societária/contábil em vigor. Também não existe lançamento específico para
Redução de Capital.
39. Quais tipos de receptoras (Naturezas Jurídicas) são passíveis da prestação de informações
de investimento estrangeiro direto?
• 203-8 – Sociedade de Economia Mista
• 204-6 – Sociedade Anônima Aberta
• 205-4 – Sociedade Anônima Fechada
• 206-2 – Sociedade Empresária Limitada
• 207-0 – Sociedade Empresária em Nome Coletivo
• 208-9 – Sociedade Empresária em Comandita Simples
• 209-7 – Sociedade Empresária em Comandita por Ações
• 212-7 – Sociedade em Conta de Participação
• 213-5 – Empresário (Individual)
• 214-3 – Cooperativa
Fonte: https://concla.ibge.gov.br/estrutura/natjur-estrutura/natureza-juridica-2021