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Série – 20
Módulo II
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2. Compliance Legal, Ética e Análise do perfil do Investidor......................................................... 5
2.3.1. Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98 e Circular Bacen 3461/09, Lei
12.683/12 e suas alterações): ............................................................................................... 7
2.3.1.3. Identificação dos Clientes e da Manutenção de Registros (Lei 9.613, cap. VI,
art.10º e Circular 3.461/09) .............................................................................................. 9
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2.4.2 Confidencialidade ....................................................................................................... 14
2.6.1 Instrução CVM: 539 – dever de verificação da adequação dos produtos, serviços e
operações ao perfil do cliente (suitability). Finalidade e para quem se aplica a regra. ...... 17
2.7.2 Algumas das Heurísticas (regras práticas ou atalhos mentais que orientam o
julgamento e avaliação dos investidores) e os erros que podem causar nas decisões dos
investidores (vieses) ............................................................................................................ 24
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2.7.2.3 Ancoragem (decisões com base em informações e conhecimentos prévios ou
pré- concebidos).............................................................................................................. 26
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2. Compliance Legal, Ética e Análise do perfil do Investidor
Ex: inobservância dos princípios éticos e regras de compliance legal das instituições
financeiras.
Parágrafo 4º No caso de a atividade de auditoria interna ser exercida por unidade própria,
deverá essa estar diretamente subordinada ao conselho de administração ou, na falta desse, à
diretoria da instituição.
Parágrafo 5º No caso de a atividade de auditoria interna ser exercida segundo uma das
faculdades estabelecidas no parágrafo 3º, deverá o responsável por sua execução reportar-se
diretamente ao conselho de administração ou, na falta desse, à diretoria da instituição.
Parágrafo 6º As faculdades estabelecidas no parágrafo 3º, incisos II e III, somente poderão ser
exercidas por cooperativas de crédito e por sociedades corretoras de títulos e valores
mobiliários, sociedades corretoras de câmbio e sociedades distribuidoras de títulos e valores
mobiliários não integrantes de conglomerados financeiros.
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2.2.2. Política de segurança da informação: Artigo 2º IV e VII
* Tráfico de drogas;
Toda conversão de capital ilícito em capital aparentemente lícito ou ainda dinheiro originário
do ilícito e que passa a integrar a economia formal, como dinheiro lícito também é
considerado como lavagem de dinheiro.
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sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam
pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente
trabalham com dinheiro em espécie.
* As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de
arte e antiguidades;
* As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam
atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie.
Para a identificação dos Clientes, o cadastro deverá estar atualizado. Os registros das
transações dos Clientes deverão ser identificados em todas as operações em moeda nacional
ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais ou qualquer outro ativo
passível de ser convertido em dinheiro que ultrapassar limite fixado pelas autoridades
competentes.
As instituições participantes do mercado devem manter cadastros atualizados de seus Clientes,
registros das operações pro prazo mínimo de 5 (cinco) anos a partir do ano seguinte ao
encerramento da conta ou da conclusão da operação.
As instituições devem coletar de seus clientes permanentes informações que permitam
caracterizá-los ou não como pessoas politicamente expostas e identificar a origem dos fundos
envolvidos nas transações dos clientes assim caracterizados.
Devemos dispensar especial atenção às operações que nos termos de instruções emanadas
das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos na
lei ou com eles relacionar-se, deverão comunicar, abstendo-se de dar aos Clientes ciências de
tal ato, no prazo de 24 horas às autoridades competentes.
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2.3.1.5. Políticas e procedimentos de prevenção/combate ao crime de
lavagem de dinheiro - Organismos Nacionais e de Cooperação Internacional. A
Convenção de Viena e o Decreto n.154/91 (Lei 9.613, cap. IX e Circular
3.461/09)
- incluir análise prévia de todo produto e serviço novo sob a ótica da lei;
O Brasil engajou-se nesta luta contra o crime organizado e em Março de 1998 deu mais um
passo em direção ao reconhecimento da necessidade de corroborar com a comunidade
internacional com atitudes internas que pudessem ter resultados eficazes.
A Lei 9.613/1998 criou o COAF, órgão no âmbito do Ministério da Fazenda, que tem como
principal tarefa promover um esforço conjunto por parte dos vários órgãos governamentais do
Brasil que cuidam da implementação de políticas nacionais voltadas para o combate aos
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crimes de lavagem de dinheiro, evitando que setores da economia continuem sendo utilizados
nessas operações ilícitas.
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objetivo de “Conhecer Seu Cliente, buscando identificar e conhecer a origem e constituição do
patrimônio e dos recursos financeiros do cliente”.
São procedimentos que devem ser realizados na forma de uma due dilligence sobre o cliente,
com o objetivo de conhecer detalhes da sua vida pessoal e profissional, dando maior
segurança às informações apresentadas pelo cliente na Ficha Cadastral.
Obs.: O cadastro deverá ser mantido e conservado durante o período mínimo de 5 anos
contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do encerramento das contas ou
conclusão da operação.
Chamado de INSIDER no Mercado de Ações, ele tem informações privilegiadas da empresa que
trabalha e passa essas informações para outros contatos ou usa para o próprio bem.
Um exemplo mais claro de INSIDER seria eu trabalhando em algum Banco, na área estratégica
e em meio a algumas reuniões decidíssemos adquirir um outro Banco. Esse tipo de informação
é muito valiosa.
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Como sou dos primeiros a saber dessa compra, posso me antecipar e comprar muitas ações do
banco que será adquirido antes da informação ser divulgada no mercado.
Certamente quando for divulgada a compra do banco, suas ações irão disparar em instantes.
Com isso realizo meu lucro absurdamente alto em um espaço de tempo curtíssimo.
Nas situações que uma pessoa, seja ela física ou jurídica, de posse de informações antecipadas,
obtenha proveito delas em beneficio próprio ou para terceiros, caracteriza-se como utilização
de informações privilegiadas.
Estudaremos agora dois tipos distintos destas informações: o Insider Trader e o Front Runner.
Somente possuir informações privilegiadas ou ter acesso a elas não caracteriza o insider
trading. É necessário que delas se faça uso no mercado de valores mobiliários em proveito
próprio ou de terceiros. É ilegal usar informações privilegiadas para obter ganhos no mercado
financeiro. Desta forma, um diretor financeiro de uma determinada empresa não pode
negociar no mercado de capitais ações da companhia que dirige com base em informações
que não sejam públicas. Em geral, o insider trading aparece ligado aos mercados de ações,
futuros e opções, justamente quando ocorre um negócio irregular feito por quem tem esta
informação privilegiada ou foi orientado por insider.
Resumo
* Insider Trader
* Front Runner
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2.4.2 Confidencialidade
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o
cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de
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seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas;
IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de Produtos de
Investimento no Varejo.
III. Adotar procedimentos formais de “conheça seu cliente” (KYC) compatíveis com o porte,
volume de transações, natureza e complexidade dos Produtos de Investimento da
instituição participante, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento das
melhores práticas que dispõem sobre a prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens, direitos e valores (PLD), buscando o monitoramento contínuo das
transações, de modo a identificar aquelas que são suspeitas e/ou incompatíveis com o
patrimônio e/ou renda do Investidor;
IV. Adotar procedimentos formais que possibilitem verificar a adequação dos Produtos de
Investimento ao perfil do Investidor (API), nos termos do Capítulo VI deste Código;
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a. Conteúdo do Código de Ética;
c. Procedimentos aplicados para PLD e para KYC, nos termos do inciso III deste artigo;
XI. Possuir documento que contenha a metodologia utilizada para verificar os procedimentos
de API ; e
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§ 3º. A instituição participante que contratar agente(s) autônomo(s) de investimento (AAI ou
AAIs) devidamente autorizado(s) pela CVM para a distribuição e mediação de valores
mobiliários, deve celebrar contrato entre as partes incluindo a obrigação ao(s) AAIs de
cumprir tais tarefas em conformidade com as disposições deste Código.
§ 4º. Caberá ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que deverão ser
observadas pelas instituições participantes no que se refere à contratação e manutenção
das atividades de AAI.
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§ 1º As regras previstas na presente Instrução são aplicáveis às recomendações de produtos
ou serviços, direcionadas a clientes específicos, realizadas mediante contato pessoal ou com
o uso de qualquer meio de comunicação, seja sob forma oral, escrita, eletrônica ou pela rede
mundial de computadores.
§ 2º As regras previstas na presente Instrução devem ser adotadas para o cliente titular da
aplicação.
A Análise do Perfil do Investidor é feita por meio de um questionário, que deverá conter os
fatores que determinam o perfil de risco, que por meio de suas respostas receberá a indicação
de um dos perfis abaixo:
. Conservador
. Moderado sem Renda Variável
. Moderado com Renda Variável
. Dinâmico
. Arrojado
Cada perfil carrega consigo uma simulação de carteira que poderá estar dividida em até 3
partes, levando-se em conta a sua composição de risco.
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2.6.3 Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de Investimento as
Necessidades dos Investidores
A classificação dos clientes ocorre em função de seus objetivos de investimento, sua situação
financeira e seu grau de conhecimento e experiência necessários para compreender os riscos
relacionados aos seus investimentos. Em relação aos objetivos de investimento, avaliamos o
horizonte de investimento, preferências quanto à assunção de risco e as finalidades de
investimento. A situação financeira é avaliada através do entendimento da renda ou receitas
periódicas, patrimônio e necessidades futuras esperadas declaradas pelo cliente. O grau de
conhecimento leva em conta a familiaridade bem como experiência dos clientes em relação
aos tipos de produtos, serviços e operações e a formação acadêmica e a experiência
profissional.
* seu momento de vida: Idade, origem de seus recursos, família, objetivos, planos de
acumulação futura de riqueza, aposentadoria;
* prazo para a realização de seus objetivos: para adequar melhor a sua carteira de
investimentos versus o prazo de sua realização.
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A educação financeira é o meio de prover esses conhecimentos e informações sobre
comportamentos básicos que contribuem para melhorar a qualidade de vida das pessoas e de
suas comunidades. É, portanto, um instrumento para promover o desenvolvimento
econômico. Afinal, a qualidade das decisões financeiras dos indivíduos influencia, no agregado,
toda a economia, por estar intimamente ligada a problemas como os níveis de endividamento
e de inadimplência das pessoas e a capacidade de investimento dos países. Consumidores bem
educados financeiramente demandam serviços e produtos adequados às suas necessidades,
incentivando a competição e desempenhando papel relevante no monitoramento do mercado,
uma vez que exigem maior transparência das instituições financeiras, contribuindo, dessa
maneira, para a solidez e para a eficiência do sistema financeiro. Como se pode perceber, a
educação financeira da população é muito importante para toda a sociedade. Por esse motivo,
o Governo Federal instituiu por meio do Decreto nº 7.397, de 22 de dezembro de 2010, a
Estratégia Nacional para Educação Financeira (Enef). Alinhado a essa estratégia, o BCB
reestruturou seu programa Cidadania Financeira, com o objetivo de capacitar o cidadão
brasileiro a administrar seus recursos financeiros de maneira consciente.
O que é orçamento?
Orçamento pode ser visto como uma ferramenta de planejamento financeiro pessoal que
contribui para a realização de sonhos e projetos. Para que se tenha um bom planejamento, é
necessário saber aonde se quer chegar; é necessário internalizar a visão de futuro trazida pela
perspectiva de realização do projeto e estabelecer metas claras e objetivas, as quais
geralmente precisam de recursos financeiros para que sejam alcançadas ou para que ajudem a
atingir objetivos maiores. Por isso, é importante que toda movimentação de recursos
financeiros, incluindo todas as receitas (rendas), todas as despesas (gastos) e todos os
investimento s, esteja anotada e organizada.
O processo de elaboração
Existe mais de uma maneira de elaborar um orçamento. Vamos sugerir um método que
consiste em quatro etapas: planejamento, registro, agrupamento e avaliação.
Receitas fixas – Como o próprio nome diz, são receitas que não variam ou variam muito pouco,
como o valor do salário, da aposentadoria ou de rendimentos de aluguel.
Receitas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como os ganhos
de comissões por vendas ou os ganhos com aulas particulares.
Despesas fixas – São despesas que não variam ou variam muito pouco, como o aluguel, a
prestação de um financiamento etc.
Despesas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como a conta
de luz ou de água, que variam conforme o consumo.
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é uma ferramenta financeira de utilização com grande importância, visto que
é um controle financeiro muito eficiente e que consegue produzir uma quantidade
considerável de informações para quem usa, de maneira rápida, em tempo real e de forma
abrangente, demonstrando como está o orçamento familiar.
É uma ferramenta extremamente simples de ser construída e utilizada e que produz resultados
muito importantes nos aspectos de controle financeiro e da tomada de decisões. Basicamente,
o fluxo de caixa registra as movimentações que ocorrem na sua vida pessoal, como as entradas
de dinheiro e outros recursos, e as saídas para o pagamento de despesas.
Dessa maneira, conseguimos visualizar por meio do fluxo de caixa quais são as entradas e
saídas de recursos financeiros do caixa familiar, e quais ainda irão acontecer no futuro,
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podendo, assim, tomar as decisões pertinentes a esses aspectos, pois o fluxo de caixa oferece
os saldos financeiros que são produzidos na análise das entradas e saídas de dinheiro do caixa,
expondo qual o saldo que é produzido naquele momento.
Situação financeira
Em outras palavras, a situação financeira está relacionada ao seu caixa, ou melhor, diz respeito
aos rendimentos e às despesas que seu caixa apresenta ao longo de um período determinado,
o que constitui seu orçamento, podendo ser positivo ou negativo.
Ativos/Bens
Bens são todas as coisas que você possui. Sua casa e carro são bens. Suas economias da
aposentadoria e seu fundo de faculdade para as crianças também são bens. O dinheiro em sua
conta bancária, o valor em sua conta de despesas flexíveis no trabalho ou sua Conta Poupança
são todos bens. Quando você parar para pensar sobre isso, você tem um monte de bens.
Passivos/Obrigações
Suas obrigações incluem a sua hipoteca, o empréstimo de seu carro e saldos do cartão de
crédito, mesmo se você pagá-los todo mês. Se você tem uma dívida com alguém por qualquer
motivo, um saldo devedor ao dentista, um projeto de lei excepcional para um empreiteiro que
fez um trabalho na casa, qualquer coisa assim, é uma obrigação.
Você pode calcular o seu patrimônio líquido, deduzindo o total de suas obrigações do total de
seus bens. Bens - Obrigações = Patrimônio Líquido.
Índice de Endividamento
Sobreendividamento:
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2.6.3.6 Grau de conhecimento do mercado financeiro – experiência em
matéria de investimento
Em agosto de 2015 a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) lançou uma pesquisa para
medir o Grau de Conhecimento do Mercado Financeiro dos brasileiros. Além de dados diversos
a pesquisa constatou que o conhecimento do Brasileiro sobre matemática básica e a
organização financeira é mediana.
Em contrapartida o assunto não vai nada bem quando falamos sobre investimentos, o
brasileiro tem um conhecimento irrisório do mercado financeiro e principalmente quando se
trata de fundos de investimentos e Bolsa de Valores. Outra grave constatação realizada é que
o brasileiro costuma se informar sobre estes assuntos com parentes e conhecidos ao invés de
conversar com um profissional da área.
A pesquisa foi realizada em nas 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras com um público
potencial para investimento em bolsa de valores. Foram entrevistadas 2.000 pessoas e a
margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais, ou para menos.
Como pudemos perceber com alguns dos resultados da pesquisa acima, o Grau de
Conhecimento do Mercado Financeiro do brasileiro é baixo. Isso acarreta em um grau de
conhecimento em investimentos ainda menor. A grande parte da população ainda concentra
seus investimentos na Caderneta de Poupança e não tem conhecimentos sobre a importância
da diversificação dos investimentos.
Quando falamos em produtos de investimento a pesquisa constatou que mais de 90% dos
entrevistados possui conta corrente em banco ou conta poupança. O segundo investimento
mais conhecido, é o investimento em imóveis. Mas ainda assim apenas 43% afirmaram
conhecer esta modalidade. Quanto aos demais tipos de investimento, os índices ficam abaixo
de 40%.
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A caderneta de poupança é tão popular que 44,4% dos entrevistados investe ou já investiu na
caderneta de poupança. Quando falamos de outros tipos de investimentos como CDB, Ações,
Fundos de Investimento, Fundos Imobiliários ou mesmo Tesouro Direto menos de 5% já
investiu em uma destas modalidades.
Confirmando o resultado da grande maioria das API (Análise de Perfil do Investidor) realizado
por instituições financeiras filiadas a ANBIMA o perfil de investimento da maioria dos
brasileiros é o conservador. O brasileiro possui tanta aversão ao risco que 37% dos
entrevistados mantei o dinheiro parado em conta corrente por medo de sofrer perdas.
Mais da metade dos brasileiros preferem investimentos com menor rentabilidade, mas que
ofereçam o menor risco possível. Entre todos os 2.000 entrevistados menos de 600
entrevistados apresentaram algum interesse em investimentos em bolsa de valores.
Mas e você? Qual o seu real conhecimento do mercado financeiro? Já tinha ouvido falar em
todos os tipos de investimentos citados acima? Já investiu em algum deles?
A sabedoria popular já dizia: “cachorro mordido por cobra tem medo até de salsicha”, um
paralelo a atitude promovida pela mente do investidor, quase que inconscientemente.
Maximizam suas decisões, preferindo sempre a escolha ótima. Dado que os recursos são
escassos, a alocação sempre tende ao nível de eficiência e racionalidade pura;
Usam todo o conjunto de informações disponíveis para tomar a melhor decisão possível;
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O que são heurísticas e vieses?
Isoladamente as heurísticas não representam algo ruim. Pelo contrário, em contextos em que
precisamos tomar diversas decisões complexas de forma rápida as heurísticas possuem papel
fundamental, pois viabilizam escolhas adequadas, embora imperfeitas.
As heurísticas são estratégias gerais que podem conduzir a decisões adequadas. O que
ocorre é que nós, seres humanos, costumamos falhar em definir os limites dessas
estratégias, fazendo com que nem sempre a melhor decisão seja escolhida.
A lista de vieses cognitivos é extensa. Mas alguns exemplos são: efeito dotação, efeito
disposição, status quo, excesso de confiança / otimismo, aversão à perdas, entre outros.
Em outras palavras os vieses são os comportamentos que podem surgir quando uma decisão
irracional (heurística) é tomada.
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2.7.2.2 Representatividade (decisões a partir de associações com estereótipos
formados e desprezo de informações relevantes para a tomada de decisão)
HEURÍSTICA DA REPRESENTATIVIDADE. Afirma que os indivíduos avaliam a probabilidade de
um evento “B” pelo nível em que um evento “A” se assemelha de “B”. Um exemplo dado por
Tversky e Kahneman (1974) ajuda na compreensão desta heurística:
Considerando que um indivíduo é muito tímido e retraído, está sempre pronto a ajudar, porém
possui pouco interesse nas pessoas e no mundo a sua volta; é tranquilo e organizado; tem
necessidade de ordem e estrutura e uma paixão por detalhes. Além disso, podemos supor que
este indivíduo é engajado em uma profissão específica.
Dessa forma, com base nas características do indivíduo as pessoas tendem a imaginar a
possível profissão dele utilizando o estereótipo de diversas profissões (como por exemplo,
físico, matemático, bibliotecário, vendedor, médico ou fazendeiro). Contudo, utilizar esta
abordagem a julgamentos de probabilidade pode conduzir a sérios erros, pois
a similaridade (ou representatividade) não é influenciada por diversos fatores que deveriam
afetar julgamentos de probabilidade.
HEURÍSTICA DA ANCORAGEM. Como você sabe o quanto você deve pagar por algo? Para
descobrir isso, você precisará de algum tipo de referência. O preço só será considerado caro ou
barato se existir outra opção para criar relatividade ou servir de comparação. Imagine a
seguinte situação: você entra em uma loja e vê uma camisa, checa o preço da etiqueta que é
R$ 290,00, o vendedor o aborda e diz que a camisa agora custa apenas R$ 140,00. Você talvez
nem precise da camisa, mas um desconto de R$ 150,00 parece realmente um grande negócio.
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Fazer uso de valores ou pedaços de informações como âncoras funciona como um atalho que
todo instante, e processar mais dados não é o que desejamos. Portanto, quando nos
deparamos com uma situação com referências ou comparações, que nos sirvam de apoio, a
usamos como âncora para simplificar e nos dizer que estamos diante de uma grande oferta.
A Aversão a Perda (loss aversion, em Inglês) é um viés comportamental que nos faz atribuir
maior importância às perdas do que aos ganhos, nos induzindo frequentemente a correr mais
riscos no intuito de tentar reparar eventuais prejuízos.
Alguns estudos sugerem que isso se dá porque, do ponto de vista psicológico, a dor da perda é
sentida com muito mais intensidade do que o prazer com o ganho.
Essa assimetria na forma como as perdas e ganhos são sentidos nos leva também ao medo de
desperdiçar boas oportunidades de investimento, nos deixando expostos a possíveis
armadilhas disfarçadas de “oportunidades imperdíveis”.
Além disso, a Aversão a Perda pode fazer o investidor insistir em investimentos sem
perspectiva futura de melhora, seja pelo medo da dor de realizar prejuízo, seja pela recusa em
admitir eventuais erros na escolha da aplicação.
O efeito de framing se refere ao fato que a escolha é influenciada pela forma como o
problema é expresso. Muitas vezes, as pessoas são influenciadas pelo formato do problema,
assim, elas acabam respondendo de forma diferente dependendo de como este foi
apresentado. Observa-se que esse impacto é particularmente significativo se o problema for
desenhado de forma a evidenciar ganhos ou perdas.
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Exemplo:
Existem dois programas para se combater determinada doença que infectou 600 pessoas e
você deve escolher entre um deles:
Caso escolha o programa A, 200 pessoas são salvas. Caso escolha o programa B, existe a
chance de um terço de se salvar 600 pessoas e a chance de dois terços de todas morrerem.
Qual programa você escolheria?
A maioria das pessoas escolhe a opção A. No entanto, se o problema for formulado como a
escolha entre o programa C, que causa a morte de 400 pessoas e o programa D, que causa a
morte de 600 com dois terços de chance e salva as 600 com um terço de chance, muitas
pessoas escolhem a opção D. O problema é o mesmo, apenas formulado de forma diferente e
isso influenciou a escolha de muitas pessoas.
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