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RDE-IED
(Registro Declaratório Eletrônico – Investimento
Estrangeiro Direto)
Manual do Declarante
Julho 2021
Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br
-1-
1. Introdução ............................................................................................................. 4
1.1 Base Legal ……..……………............................................................................................. 4
1.2 Credenciamento para acesso ao sistema .................................................................. 4
1.3 Perfis de Usuários e serviços Sisbacen ...................................................................... 4
1.4 Instituições Financeiras ............................................................................................. 5
1.5 Cadastro Declaratório de Não Residentes (CDNR) .................................................... 6
O registro de capital estrangeiro no Banco Central do Brasil tem como base legal as leis nº 4.131,
nº 9.069 e nº 11.371. A Resolução nº 3.844, no seu Anexo I, e a Circular nº 3.689, com as alterações
instituídas pela Resolução nº 4.533 e pelas Circulares nº 3.814 e 3.822, regulamentam o registro dos
capitais estrangeiros na modalidade de investimento direto (IED), entendido, para esse fim, como a
participação no capital social de empresa brasileira de investidor (pessoa física ou jurídica) não
residente no país ou com sede no exterior, integralizada ou adquirida na forma da legislação em vigor,
bem como o capital destacado de empresa estrangeira autorizada a operar no Brasil.
Os perfis de cada usuário no sistema RDE-IED são definidos pelos chamados serviços Sisbacen. Por
exemplo, para que um determinado usuário de uma pessoa jurídica possa cadastrar sua empresa como
receptora de investimento estrangeiro direto no sistema RDE-IED e editar seus registros, ele deve
possuir o serviço de Perfil de Receptora atribuído ao seu usuário no Sisbacen. Já para que determinado
O usuário máster de toda pessoa jurídica (exceto Instituições Financeiras) já possui os serviços de
Perfil Receptora (SRDE0100), Perfil Mandatário (SRDE0107) e Perfil Preposto (SRDE0102) atribuídos
ao seu usuário. Ou seja, se o próprio usuário máster é quem realizará ou gerenciará os registros RDE-
IED da empresa, então não há necessidade de nenhuma ação adicional para utilização do sistema.
Contudo, para que outro usuário da pessoa jurídica atue com o perfil de receptora ou de mandatário
de registros RDE-IED, será necessário que o máster dessa empresa atribua os respectivos serviços
Sisbacen ao usuário em questão, através do sistema Autran - Gerência de Autorizações. Para maiores
informações ou auxílio sobre o procedimento de atribuição de serviços Sisbacen, consultar o site do
Banco Central na página https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen (do lado direito há um
botão azul intitulado “Autran – Gerência de Autorizações”) ou utilizar a Central Telefônica de
Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
De acordo com normas da Receita Federal (Instruções normativas nº 1.548 e nº 1863), investidores
estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas, devem estar inscritos, respectivamente, no CPF ou no CNPJ.
Consequentemente, só será possível vincular um investidor estrangeiro a uma empresa receptora
brasileira no sistema RDE-IED após esta inscrição.
As pessoas físicas estrangeiras podem obter o CPF diretamente na Receita Federal ou em
representações diplomáticas do Brasil em seus países de origem.
As pessoas jurídicas estrangeiras, por sua vez, caso esteja claro o intuito de se tornar investidor no
capital de empresa receptora brasileira, deverão solicitar inscrição no CNPJ através da criação de um
CDNR – Cadastro Declaratório de Não Residentes. O acesso ao sistema RDE-CDNR é realizado através
da página do Banco Central na Internet, na área de Estabilidade Financeira → Câmbio e Capitais
Internacionais → Capitais Internacionais → Registro de capitais estrangeiros no país → Acesso aos
Sistemas → RDE-CDNR.
Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros
Maiores informações sobre o CDNR podem ser obtidas no manual do RDE-CDNR, disponível na
mesma página da internet, ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco
Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
Atenção: (1) Pessoas físicas estrangeiras, após obterem o CPF, não precisam de um CDNR para
serem registradas como investidoras no sistema RDE-IED. (2) Pessoas jurídicas estrangeiras que
eventualmente já possuam CNPJ também não precisam criar um CDNR para serem registradas
como investidoras no sistema RDE-IED;
2.1 Login
O usuário que obtiver o cadastro na Conta Gov.br poderá acessar o sistema RDE-IED a depender do
selo de autenticação que receber
.
• Se pessoa física agindo em nome de uma pessoa jurídica: Necessário cadastro com selo de
Conta Comprovada (OURO) obtido com Certificado Digital além de ser Representante da pessoa
jurídica em questão para acessar o sistema RDE-IED e criar, editar e atualizar registros de
investimento estrangeiro direto. Assim, um usuário que for apenas Colaborador da pessoa
jurídica, mesmo que tenha o selo Conta Comprovada (OURO) não conseguirá acessar o sistema
RDE-IED.
• Se pessoa física agindo em nome de Instituição Financeira: Não poderá realizar o acesso ao
sistema RDE-IED utilizando a Conta Gov.br. O acesso é restrito via login Sisbacen ou Registrato.
• Se pessoa física: O usuário deve selecionar CPF na tela de identificação, inserir os 9 primeiros
dígitos de seu CPF no primeiro campo e sua senha no campo seguinte, e clicar no botão Entrar,
conforme tela apresentada na Figura a seguir.
Após realizado o login, é apresentada ao usuário a tela inicial do sistema RDE-IED – Registro
Declaratório Eletrônico de Investimento Estrangeiro Direto – onde será possível acessar suas
principais funcionalidades, conforme apresentado na Figura e descrito a seguir:
2. Receptoras em constituição: Opção a ser utilizada para o registro de empresas que ainda não
possuem CNPJ, conforme será detalhamento no Capítulo 3.3.
Adicionalmente, no canto superior direito da tela, são listadas as informações sobre o usuário
logado no sistema, bem como a opção de logoff (Sair do sistema), conforme exemplo na Erro! Fonte
de referência não encontrada. a seguir, para o caso do usuário de uma pessoa jurídica:
Uma vez que a empresa nacional esteja devidamente credenciada no SISBACEN, ela poderá ser
incluída no sistema como receptora de Investimento Estrangeiro Direto (IED) através da tela inicial do
sistema. O mesmo procedimento será utilizado para acessar o cadastro da receptora depois da
inclusão.
Por exemplo, ao se digitar o CNPJ-8 de uma receptora a tela abaixo será apresentada,
possibilitando o acesso às informações da receptora no botão ‘Exibir receptora’:
Caso a empresa nacional ainda não esteja cadastrada como receptora no RDE-IED, ao inserir o
CNPJ da empresa será apresentada mensagem informando que esta não foi encontrada na base do
RDE-IED. Assim, o sistema permite incluir a empresa nacional como receptora ao clicar no botão
‘Cadastrar <número CNPJ> como receptora’:
Um código RDE-IED para uma empresa receptora em constituição (ainda sem CNPJ) pode ser
gerado pelo sistema, bastando informar a pessoa física ou jurídica designada pelo(s) investidor(es)
para receber os recursos em nome da receptora (Essa figura será doravante designada como
“preposto”).
É importante observar que só se justifica a criação de um código RDE-IED nessa situação se
houver necessidade de ingresso de recursos antes da receptora obter seu CNPJ.
Um exemplo ilustrativo é o caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
que vai receber aporte de capital de investidor não residente. O capital social deste tipo de empresa,
segundo a legislação, precisa ser integralizado no registro do seu ato constitutivo. Consequentemente,
se o capital para constituí-la vier do exterior, a única maneira de gerar um código RDE-IED para a
realização da operação de câmbio será através do mecanismo de receptora em constituição do
sistema.
Na tela seguinte, incluir um nome que servirá de referência para identificar a receptora em
Uma vez obtido o CNPJ para a receptora, esta deverá criar um novo registro RDE-IED com o
investidor não residente e vincular este novo registro ao registro RDE-IED em constituição
anteriormente cadastrado.
Atenção: ressaltamos que na etapa anterior o usuário acessou o sistema com o login do
preposto, enquanto nesta etapa o usuário acessará o sistema com o login da receptora ou de
seu mandatário.
A tela principal do sistema é o Quadro societário atual, onde são apresentadas informações
como: os investidores não residentes ativos e inativos, o capital integralizado, o patrimônio líquido, o
ativo e a situação da receptora. Também é a partir dessa tela principal que a receptora poderá
consultar e registrar os diversos eventos societários. Esta tela é acessada através da inclusão do CNPJ
da receptora, do CPF/CNPJ do investidor ou do código RDE-IED na página inicial do sistema, conforme
explicado no capítulo 2.
O botão <Gestão do quadro societário> dá acesso à tela onde se pode incluir, excluir ou corrigir
um quadro societário no sistema:
Depois disso o usuário deverá informar os valores específicos do capital integralizado por cada
investidor não residente. O processo de inclusão de investidor não residente é realizado através do
botão . Deverão ser informados o CPF/CNPJ do investidor, o “País do investidor” e,
no caso de Pessoa Jurídica, “País do controlador final”. O “País do investidor” é o país de residência do
investidor estrangeiro. Já o “País do controlador final” é o país de residência do último controlador. O
controlador final se encontra no topo da cadeia de controle do grupo econômico, e, em geral, indica a
origem de capital do grupo. Não necessariamente o controlador final participa diretamente na
empresa declarante e residente no Brasil.
A informação do capital integralizado na receptora deverá ser separada por base legal (Lei nº
4.131/1962, Lei nº 11.371/2006 e Lei nº 9.069/1995), sendo:
Quando um usuário utiliza o sistema RDE-IED para registrar o primeiro aporte de capital de um
investidor não residente, surgirá a necessidade de gerar um código RDE-IED no sistema antes da
contratação uma operação cambial ou da liquidação de uma Transferência Internacional em Reais -
TIR.
O declarante deve incluir um quadro societário com a data atual e inserir o capital integralizado,
o patrimônio líquido e o ativo totais sem considerar o valor que será ingressado pelo novo investidor
não residente. Depois disso, adicionar o novo investidor não residente incluindo seu CPF ou CNPJ, não
lhe atribuindo, neste momento, qualquer participação no capital integralizado da empresa (deixar R$
0,00 nos respectivos campos). O sistema aceitará o registro e fornecerá o código RDE-IED,
possibilitando a contratação e liquidação de câmbio pela instituição financeira.
Uma vez confirmado o ingresso do investimento no país (liquidação do contrato de câmbio ou
TIR), a empresa receptora deverá – dentro de 30 dias – registrar um novo quadro societário
informando: (i) o capital integralizado, o patrimônio líquido e o ativo totais na data informada e (ii) o
valor da participação do sócio não residente no capital.
A exclusão serve apenas para os casos onde o usuário fez um registro incorreto e entende ser
mais fácil começar do zero do que editar o registro.
Outras funcionalidades do sistema RDE-IED, tais como os Eventos Societários e a Declaração
Econômico Financeira, explicados mais à frente, adicionam automaticamente um novo quadro
societário ao histórico da empresa. Tais quadros não poderão ser editados ou excluídos
posteriormente.
Caso um investidor não residente deixe de possuir participação na empresa receptora, o usuário
deverá inserir um novo quadro societário, zerar a participação do investidor e inativá-lo no botão
“Não” à direita do nome do investidor. (Botões “Sim”, “Não” e “X”)
Por exemplo, considere uma empresa que obteve aporte de investimento estrangeiro direto em
julho de 2016, não tenha registrado nenhuma alteração neste investimento e tenha Patrimônio Líquido
e total do Ativo menores do que R$ 250.000.000,00. Ela deverá ter em seu histórico quatro Quadros
Societários: um na data do investimento e três informes periódicos, um para cada final de ano
(31/12/2016, 31/12/2017 e 31/12/2018).
O usuário poderá imprimir um extrato do Registro de Investimento Estrangeiro direto que inclui:
(i) as informações do Quadro Societário atual; (ii) as liquidações de câmbio; (iii) os lançamentos de TIR
(Transferências Internacionais em Reais); (iv) as movimentações previstas na Lei 11.371, (v) as
reaplicações de recursos; (vi) os recebimento no exterior e (vii) os recebimentos no país. O sistema
imprime um extrato para cada um dos registros ativos de investidor não-residente (um para cada
código RDE-IED).
A impressão é feita através da tela inicial – Quadro Societário Atual – e do botão <Imprimir
Extrato>, conforme ilustrado a seguir.
O Banco Central do Brasil também pode suspender o registro da receptora no RDE-IED em caso de
descumprimento da norma. Com o registro suspenso, a empresa não consegue efetuar operações de
câmbio, tanto ingresso quanto remessa. O status “suspensa” aparece na tela inicial no campo
“situação” ao consultar a receptora. Para retirar a suspensão é necessário regularizar todas as
pendências do registro e orientamos que nesta situação a empresa receptora entre em contato pelo
e-mail ied-monitoramento@bcb.gov.br para maiores esclarecimentos.
Na tela inicial Quadro societário atual (Ver Capítulo 4), através do Botão Eventos societários, o
declarante poderá consultar, editar ou incluir novos eventos societários dos tipos: (i) Capitalizações,
(ii) Cessões e permutas, (iii) Conferências de participação no país, (iv) Reorganizações societárias
(incorporação, fusão e cisão), bem como declarar a extinção da empresa receptora por liquidação.
5.2 Capitalizações
Caso seja necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário,
basta acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
A cessão para outro investidor não residente, entendida como a dação de ações ou de quotas
integralizadas do capital de uma empresa brasileira detidas pelo investidor não residente para outro
investidor não residente, deve ser registrada conforme os seguintes procedimentos:
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
apresentadas sequencialmente na tela.
3. Na aba Dados da cessão ou permuta, no campo “Tipo”, selecionar a opção “Cessão” e incluir
a data e o valor da cessão nos campos correspondentes. Preencher o CPF/CNPJ14 dos
investidores cedente e cessionário e selecionar se deseja encerrar o investimento do
confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário corrigir alguma
informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar qualquer uma das
5.3.2 Cessão de ações ou quotas de um investidor não residente para um investidor residente
5.3.3 Permuta entre investidores não residentes de ações ou quotas de empresas receptoras
no país.
final do investidor cessionário e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da inclusão do evento societário, basta acessar
qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
5.3.4 Permuta entre investidor residente e não residente de ações ou quotas de empresas com
sede no Brasil.
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
apresentadas sequencialmente na tela.
3. Na aba Dados da cessão ou permuta, selecionar a opção “Permuta” no campo “Tipo”. Incluir
a data, o valor do capital cedido/permutado e o CNPJ8 da receptora contraparte nos campos
correspondentes. Selecionar a opção que declara que o cedente ou o cessionário é
investidor não residente, bem como a opção que declara que o outro investidor envolvido
na permuta é residente (ou seja, selecionar o botão “Não” no quadro que pergunta se o
investidor é não residente). Preencher o CPF/CNPJ14 do investidor não residente,
clicar no botão .
com os efeitos da permuta e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta
acessar qualquer das etapas anteriores clicando nas abas ou utilizando o botão .
Observação: A inclusão da permuta por uma receptora não dispensa a necessidade do registro
da permuta pela receptora contraparte.
O registro de uma conferência de ações ou quotas no país é feito de acordo com os seguintes
procedimentos:
no botão .
já com os efeitos da conferência e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta
acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Qualquer tipo de reorganização societária de investidor não residente que implique transferência
de investimento para outro investidor não residente, deve ser registrado como uma Cessão de Ações
ou Quotas para Outro Investidor Não Residente. (Ver Capítulo 5.3)
5.6.1 Incorporação
O registro da incorporação deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes
envolvidas for receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá
ser repetido tantas vezes quantas forem as empresas incorporadas na reorganização:
com os efeitos da incorporação e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta
acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
5.6.2 Fusão
O registro da fusão deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes envolvidas for
receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá ser repetido
tantas vezes quantas forem as empresas fusionadas na reorganização:
4. Se o registro a ser realizado for da empresa resultante, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)
com os efeitos da fusão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário
corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar
qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Observação: A inclusão da fusão por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da
fusão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.
5.6.3 Cisão
O registro da cisão deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes envolvidas for
receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá ser repetido
tantas vezes quantas forem as receptoras cindidas envolvidas na reorganização:
1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar
Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.
com os efeitos da cisão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário
corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar
qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .
Observação: A inclusão da cisão por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da
cisão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.
Quando uma receptora de investimento estrangeiro é extinta por liquidação, tal evento deve ser
registrado no sistema RDE-IED. No entanto, antes de realizar este registro no sistema, a empresa
receptora deve atentar para dois pontos importantes:
• O registro da extinção por liquidação não zera o valor da participação dos sócios não
residentes. Caso a participação dos investidores tenha sido encerrada e não existam
valores a remeter, deve ser inserido um novo quadro societário zerando a participação dos
investidores não residentes antes do registro da extinção por liquidação.
• O registro da extinção por liquidação não inativa os códigos RDE-IED vinculados aos sócios
não residentes. Portanto, caso a empresa entenda que há possibilidade de algum recurso
ser enviado aos sócios no futuro, deve manter os códigos ativos. Caso contrário, deverá
inativá-los antes de registrar a extinção por liquidação.
A anulação da liquidação pode ser realizada na mesma tela, por meio do botão .
ATENÇÃO:
Os valores informados nos campos:
1. Lucro/Prejuízo líquido no período-base;
2. Lucro distribuído no período-base;
3. Receita/Despesa de reavaliação de ativos (impairment);
4. Receita/Despesa financeira decorrente de variação cambial;
devem se referir ao período-base, ou seja, ao intervalo de tempo compreendido entre o
início e o final do trimestre encerrado na data-base de referência. Não deve ser informado
o valor acumulado no ano.
• Passivo: Informar o valor total do passivo exigível (sem patrimônio líquido) da receptora,
na data-base da declaração;
• Lucro (+) / prejuízo (-) líquido no período-base: Informar o valor total do lucro ou do
prejuízo líquido da receptora no período-base. Não informar o valor acumulado no ano.
Observações:
O lucro distribuído no período base deve levar em conta o critério contábil, ou seja, os valores
reconhecidos pela contabilidade da empresa na DMPL (Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido) trimestral, independentemente dos efetivos pagamentos realizados
através de operações de câmbio.
Os valores desse campo devem incluir: dividendos, lucros distribuídos e juros sobre o capital
próprio da DMPL, conforme o caso de cada empresa.
o Patrimônio líquido.
Observação:
Caso a opção “Patrimônio Líquido” seja selecionada no campo “Método de Valoração”, o
sistema não aceitará valores negativos no campo “Patrimônio Líquido”. Caso a empresa tenha
Patrimônio Líquido negativo, outra opção de “Método de Valoração” deverá ser selecionada.
• Receita (+) / despesa (-) financeira decorrente de variação cambial: Informar o valor da
receita (+) ou despesa (-) decorrente de variações cambiais no período-base. Não
informar o valor acumulado no ano.
o Lei 4.131: Capital com base na Lei 4.131/1962 é aquele constituído mediante ingresso
no país de recursos financeiros via operação cambial ou por meio de ingresso de
bens, bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;
o Lei 11.371: Capital com base na Lei 11.371/2006 é aquele declarado, em opção
específica neste sistema, como existente no país, devidamente registrado na
contabilidade da empresa, porém sem possibilidade de registro sob outra base legal,
bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;
o Lei 9.069: Capital com base na Lei 9.069/1995 é aquele constituído mediante ingresso
no país de recursos financeiros via transferência de conta de não residente
(Transferência Internacional em Reais – TIR), bem como o reinvestimento dos
rendimentos desses capitais.
• Participação no poder de voto (%): Informar a participação no poder de voto detida pelo
investidor não residente.
• Pais do controlador final: Selecionar o país de residência do controlador final (ou último
controlador). O controlador final encontra-se no topo da cadeia de controle do grupo
econômico, e, em geral, indica a origem de capital do grupo. Não necessariamente o
controlador final participa diretamente na empresa declarante domiciliada no Brasil.
Observações:
1. A inclusão de uma declaração econômico financeira gera automaticamente um novo
quadro societário no histórico da empresa (na tela “Gestão do quadro societário”),
com as mesmas informações inseridas na DEF. Portanto, não há necessidade de
atualização do quadro societário após a inclusão da DEF.
2. Caso o usuário inclua uma DEF sem necessidade (por exemplo, uma empresa com
ativo e PL menor do que R$ 250 milhões), poderá solicitar sua exclusão, com
solicitação formal e as devidas justificativas, através do e-mail rde-ied@bcb.gov.br .
7. Gestão de Mandatários
8.1 Câmbio
Na aba Câmbio, através do botão , podem ser exibidos todos os contratos de câmbio
vinculados ao registro selecionado, liquidados até o dia anterior à consulta. É possível filtrar a busca
por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso, remessa, devolução de ingresso, devolução de remessa)
e tipo de movimentação (aumento de capital, lucros, etc.).
A receptora poderá detalhar suas operações de câmbio, clicando no número do contrato desejado.
No entanto, mandatários não podem visualizar os detalhes das operações de câmbio.
8.2 TIR
Os recursos para investimento em moeda nacional deverão ser provenientes de contas correntes
de titularidade do próprio investidor não residente, abertas e mantidas conforme legislação em vigor.
Admite-se, no entanto, para os investimentos realizados entre 29.11.1996 e 15.08.2000, que a conta
corrente da qual provieram os recursos seja de titularidade de instituição financeira não residente.
Investimentos anteriores a 29.11.1996, quando realizados em moeda nacional, não são passíveis de
registro no sistema RDE-IED.
Na aba TIR são exibidos, após clicar no botão , todos os créditos e saques em contas de
não residentes vinculados ao registro selecionado, ocorridos até o dia anterior à consulta. Pode-se
filtrar a busca por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso, remessa, devolução de ingresso,
devolução de remessa) e tipo de movimentação (aumento de capital, lucros etc.).
A receptora poderá detalhar suas operações de TIR, clicando no número da TIR desejado. No
entanto, mandatários não podem visualizar os detalhes de operações de TIR.
Na aba Investimento em bens, são registrados os aumentos de capital na receptora por meio da
conferência de bens, tangíveis ou intangíveis, importados sem cobertura cambial.
Devem ser informados a data da integralização, o valor na moeda da Declaração de Importação
(DI) e o valor integralizado, na moeda nacional.
No caso de bens tangíveis, deve ser informado o número das Declarações de Importação (DI). Já
no caso de bens intangíveis, deve ser informado o número das faturas comerciais.
A reaplicação de recursos recebidos pelo investidor deve ser informada na aba respectiva como
resultado de: redução de capital, alienação a residentes, distribuição de dividendos/lucros, juros sobre
capital próprio ou liquidação de receptora/acervo líquido.
Deve ser informado se a receptora é origem, destino ou origem e destino da reaplicação; o tipo de
recurso reaplicado; a data da reaplicação; o seu valor, na moeda nacional, e o CNPJ da receptora
contraparte. O sistema calcula e informa o valor na moeda do país do investidor. No caso de
reaplicação realizado em receptora diferente daquela que originou os recursos, o registro precisa ser
realizado em ambas receptoras.
9. Canais de atendimento
9.1 Credenciamento no Sisbacen, reabilitação de senha, inclusão de novo
máster ou problemas de acesso ao sistema
As instruções para obtenção de login e senha de acesso aos sistemas do Banco Central, incluindo
o sistema RDE-IED, as instruções para reabilitação de senhas ou inclusão de novo máster estão
disponíveis em https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen ou através da Central Telefônica
de Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
Para esclarecimento de dúvidas específicas sobre o sistema RDE-IED, entrar em contato através do
e-mail rde-ied@bcb.gov.br ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco
Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).
1. O que é o RDE-IED?
Nas duas situações indicadas acima, os bens, máquinas, equipamentos ou recursos devem
pertencer a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior.
3. O que é considerado investimento estrangeiro direto para efeito de registro no Sistema RDE-
IED?
Não são considerados investimento estrangeiro direto, para efeito de registro no BC, as
aplicações de investidores não residentes adquiridas nos mercados financeiro e de capitais que
constituam investimentos em portfólio. Estes estão sujeitos a registro no BC nos termos da Resolução
nº 4.373, de 29 de setembro de 2014.
É a Pessoa Jurídica sediada no Brasil que recebe o investimento estrangeiro direto (IED), sendo,
portanto, parte de seu capital social detido por investidores não residentes.
6. O que é CDNR?
O CDNR - Cadastro Declaratório de Não Residente é exigido das pessoas físicas ou jurídicas
não residentes no País que desejam registrar operações envolvendo capitais estrangeiros no sistema
RDE-ROF (Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras) do Banco Central do
Brasil.
Além disso, o CDNR também é requisito às pessoas jurídicas não residentes que desejam
solicitar inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e, posteriormente, adquirir
participação no capital de empresas brasileiras. Esta ação gera a obrigação de registro no subsistema
RDE-IED (Investimento Estrangeiro Direto).
Para maiores informações sobre o CDNR, acessar o manual disponível no site do Banco Central
na Internet:
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros
Mandatário é a pessoa física ou jurídica autorizada pela empresa receptora ou por um dos
investidores não residentes a incluir, consultar e atualizar os registros RDE-IED em seu nome (Ver
Capítulo 7 deste Manual).
9. O não registro do investimento estrangeiro direto no Sistema RDE-IED está sujeito a algum
tipo de penalidade?
A gradação na valoração das multas tem seus critérios previstos no Art. 60, capítulo IV, da
referida Circular 3.857/2017. A entrega em atraso, por exemplo, está sujeita a multa menor do que a
não entrega.
11. Quem deve acessar o sistema RDE-IED? É necessário contratar alguém para fazê-lo?
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros
Preposto é a pessoa física ou jurídica designada pelo (s) investidor (es) não residentes para
recebimento dos recursos em nome da empresa receptora quando ela ainda está em processo de
constituição.
Nestes casos, o preposto deve acessar o sistema RDE-IED (ou seja, o login e senha do Sisbacen
devem estar vinculados ao seu CPF ou CNPJ). Adicionalmente, não existe a figura de mandatário de
preposto para receptoras em constituição.
13. Quem pode incluir uma pessoa jurídica ou pessoa física como mandatária no sistema RDE
IED?
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen
16. Erro “Identificação e/ou senha inválidas” ao tentar acessar o sistema: como proceder?
Este erro pode ocorrer na tentativa de acesso ao sistema através do navegador Google
Chrome, mesmo em situações em que o login e a senha sejam válidas. Neste caso, tentar novo acesso
através dos navegadores Internet Explorer ou Mozilla Firefox.
Caso o erro persista, entrar em contato com a central de atendimento através do telefone 145
(custo de ligação local).
17. Qual valor deve ser registrado como investimento no Sistema RDE-IED?
18. Qual o procedimento para o registro de filiais de empresas estrangeiras autorizadas a operar
no país?
O registro relativo a filiais de empresas estrangeiras autorizadas a operar no país deve seguir
os mesmos procedimentos relativos a empresas constituídas no país, informando como capital
integralizado o capital destacado da filial.
Foram migrados para o novo sistema RDE-IED o quadro societário de cada receptora, conforme
existente no sistema anterior, em 27.1.2017, bem como os registros RDE-IED válidos e suas operações
que continuaram a existir no novo sistema.
22. Os representantes das receptoras e dos investidores, do antigo sistema RDE-IED, foram
migrados como mandatários para o novo sistema?
Os contratos anteriores a 01/09/2000 não poderão ser visualizados no novo sistema RDE-IED.
O sistema apresentará apenas os contratos de câmbio que contenham um código RDE-IED vinculado
(O código com as letras IA + seis algarismos).
O novo quadro societário deve ser informado em até 30 dias após a liquidação do contrato de
câmbio ou transferência internacional em reais (TIR).
26. É necessário registrar distribuição de lucros, dividendos ou juros sobre capital próprio?
27. Qual o procedimento para registrar a venda da participação societária de um investidor não
residente para um investidor residente?
Se a venda foi efetuada em uma situação que requer uma transferência de recursos ao
exterior, essa transferência deve ser efetuada do adquirente para o investidor não residente, na
natureza cambial alienação a nacionais e, em até 30 dias, ser atualizada a participação do investidor,
mediante a inclusão de um novo quadro societário com a data da alienação da participação, reduzindo
a quota parte do capital que foi vendida. Devem ser seguidas as demais orientações do capítulo 4 do
manual.
28. Como proceder quando o Investidor não Residente vendeu suas cotas a um investidor
residente mas o pagamento foi feito no exterior?
Devem ser seguidas as orientações do item 8.6 do manual. Na tela Registro de investimento,
deve ser lançado o pagamento efetuado na aba Recebimentos no Exterior, Tipo de recurso: Alienação
a residentes.
29. Como realizar o pagamento de juros sobre alienação a nacionais ou aquisição de nacionais?
Confirmada a alteração de residência e domicílio fiscal da Pessoa Física, deve ser criado um
novo Quadro Societário zerando a participação do investidor e inativando sua participação na
empresa. Se futuramente a pessoa física se tornar novamente investidor não residente, o registro pode
ser restabelecido criando-se um novo Quadro Societário, reativando o investidor e registrando o valor
de sua participação societária.
31. Quando um investidor residente se torna não-residente (saída definitiva do país), como
proceder com o registro no sistema RDE-IED?
Além da inclusão de um novo quadro societário atualizado no sistema, deve ser realizada
operação simbólica de câmbio com vinculação ao registro RDE-IED deste investidor. Caso não seja
possível a realização da operação simultânea de câmbio, pode-se realizar o registro nos termos da Lei
11.371/2006.
32. Como proceder no caso de mudança de razão social de receptora ou de investidor não
residente?
33. Como realizar a transferência de investimento direto para investimento em portfólio e vice-
versa?
A entrega de imóvel pelo investidor para integralização no capital da empresa receptora deve ser
regularizada mediante operações simultâneas de câmbio. Caso a Instituição Financeira comprove
algum impedimento para registro como investimento de não residente, poderá ser utilizada a Lei
11.371.
36. Em que situações os investimentos estrangeiros diretos são registrados na forma da Lei nº
11.371/2006?
As transferências financeiras para o exterior podem ser feitas em outras moedas via operação
de câmbio, independentemente da moeda em que foi realizado o registro no BC.
38. É possível registrar no Banco Central do Brasil adiantamento para futuro aumento de capital
– AFAC?
Não. O registro do capital estrangeiro no País é disciplinado pelas Leis 4.131, de 1962, 9.069,
de 1995 e 11.371, de 2006, e o prazo de registro para o investimento é de 30 dias do ingresso.”
40. Como deve ser registrada uma absorção de prejuízo contábil no sistema RDE-IED?
Não há registro de Absorção de Prejuízo a ser registrado no novo sistema RDE-IED. A Absorção
de Prejuízos deverá ser feita conforme legislação societária/contábil em vigor. Também não existe
registro específico para Redução de Capital. No âmbito do sistema RDE-ROF, o saldo a ser absorvido
deve ser informado por meio do evento de cancelamento, sem necessidade de operações simultâneas.
No âmbito do sistema RDE-IED, caberá à empresa atualizar o Patrimônio Líquido, o Ativo Total e o
Capital Social Integralizado em Gestão do Quadro Societário. Consultar o item “4.3 - Situações que
ensejam a inclusão/edição/exclusão de Quadro Societário” e “4.1 - Inclusão, Exclusão e Edição de
Quadro Societário”.
41. Quais Naturezas Jurídicas são aceitas para o registro da empresa como receptora de IED?
• 203-8 - Sociedade de Economia Mista
• 204-6 - Sociedade Anônima Aberta
• 205-4 - Sociedade Anônima Fechada
• 206-2 - Sociedade Empresária Limitada
• 207-0 - Sociedade Empresária em Nome Coletivo
• 208-9 - Sociedade Empresária em Comandita Simples
• 209-7 - Sociedade Empresária em Comandita por Ações
• 214-3 - Cooperativa
• 217-8 - Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira
• 219-4 - Estabelecimento, no Brasil, de Empresa Binacional Argentino-Brasileira
• 223-2 - Sociedade Simples Pura
• 224-0 - Sociedade Simples Limitada
• 225-9 - Sociedade Simples em Nome Coletivo
• 226-7 - Sociedade Simples em Comandita Simples
• 227-5 - Empresa Binacional
• 230-5 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresária)
• 231-3 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Simples)
Fonte: https://concla.ibge.gov.br/estrutura/natjur-estrutura/natureza-juridica-2018.html