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BANCO CENTRAL DO BRASIL

RDE-IED
(Registro Declaratório Eletrônico – Investimento
Estrangeiro Direto)

Manual do Declarante

Julho 2021
Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br
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1. Introdução ............................................................................................................. 4
1.1 Base Legal ……..……………............................................................................................. 4
1.2 Credenciamento para acesso ao sistema .................................................................. 4
1.3 Perfis de Usuários e serviços Sisbacen ...................................................................... 4
1.4 Instituições Financeiras ............................................................................................. 5
1.5 Cadastro Declaratório de Não Residentes (CDNR) .................................................... 6

2. Acesso ao Sistema RDE-IED ..................................................................................... 7


2.1 Login ……….................................................................................................................. 7
2.1.1 Login via Conta Gov.br ........................................................................................ 8
2.1.2 Login Sisbacen ou Registrato ............................................................................... 9
2.2 Tela inicial ................................................................................................................ 10

3. Inclusão e Consulta de empresa receptora ............................................................. 12


3.1 Receptoras com CNPJ credenciado …..................................................................... 12
3.2 Receptoras em constituição …............................................................................... 13
3.3 Gerenciar receptoras em constituição .................................................................. 14
3.4 Vinculação de registro à receptora ........................................................................ 15

4. Gestão do Quadro Societário ................................................................................. 16


4.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Quadro Societário ….............................................. 17
4.2 Inclusão de investidor não residente pela primeira vez …...................................... 19
4.3 Situações que ensejam a inclusão de Quadro Societário ....................................... 20
4.4 Prazos para informações periódicas ...................................................................... 20
4.5 Inativação e Reativação de investidores não residentes ....................................... 21
4.6 Manutenção do histórico correto de Quadros Societários .................................... 22
4.7 Impressão do Extrato em PDF ............................................................................... 24
4.8 Suspensões e Penalidades .....................................................................................24

5. Eventos Societários ............................................................................................... 26


5.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Quadro Societário ….............................................. 26
5.2 Capitalizações …..................................................................................................... 26
5.3 Cessões e permutas ............................................................................................... 29
5.3.1 Cessão de ações ou quotas para outro investidor não residente ................... 29
5.3.2 Cessão de ações de investidor não residente para investidor residente......... 32
5.3.3 Permuta entre investidores não residentes .................................................... 33
5.3.4 Permuta entre investidor residente e não residente....................................... 36
5.4 Conferência de Participação .................................................................................. 39
5.4.1 Conferência de ações ou quotas no exterior ................................................... 39
5.4.2 Conferência de ações ou quotas no país ......................................................... 40
5.4.3 Conferência Internacional de ações ou quotas ............................................... 43
5.5 Reorganização societária de investidor não residente .......................................... 43
5.6 Reorganização societária de receptora de investimento estrangeiro ................... 43
5.6.1 Incorporação .................................................................................................. 43
5.6.2 Fusão .............................................................................................................. 46
5.6.3 Cisão ............................................................................................................... 48
5.7 Extinção de receptora por liquidação .................................................................... 51

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6. Declaração Econômico Financeira ......................................................................... 53

7. Gestão de Mandatários ......................................................................................... 57


7.1 Função dos mandatários da receptora .................….............................................. 57
7.2 Função dos mandatários do investidor .........................…...................................... 57
7.3 Inclusão e exclusão de mandatários ...................................................................... 58

8. Movimentações do investimento .......................................................................... 59


8.1 Câmbio …............................................................................................................... 59
8.2 TIR .................................................................................…..................................... 60
8.3 Lei nº 11.371/2006 ................................................................................................ 61
8.4 Investimento em bens ........................................................................................... 62
8.5 Reaplicação de recursos ........................................................................................ 62
8.6 Recebimentos no Exterior ..................................................................................... 63
8.7 Recebimentos no país ........................................................................................... 64

9. Canais de atendimento ......................................................................................... 64


9.1 Credenciamento no Sisbacen, senhas, inclusão de máster e outros problemas ... 64
9.2 Dúvidas sobre o sistema RDE-IED ..................................…..................................... 64

10. Perguntas frequentes ........................................................................................... 65

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1. Introdução

Este manual apresenta o novo sistema Registro Declaratório Eletrônico – Investimento


Estrangeiro Direto (RDE-IED). O registro dos investimentos estrangeiros diretos, de responsabilidade
das empresas receptoras, é realizado diretamente neste sistema, disponível no site do Banco Central
do Brasil. As empresas receptoras podem realizar os registros diretamente ou por intermédio de
mandatários. O caráter declaratório desse registro implica responsabilidade dos declarantes pela
veracidade e legalidade das informações prestadas.

1.1 Base Legal

O registro de capital estrangeiro no Banco Central do Brasil tem como base legal as leis nº 4.131,
nº 9.069 e nº 11.371. A Resolução nº 3.844, no seu Anexo I, e a Circular nº 3.689, com as alterações
instituídas pela Resolução nº 4.533 e pelas Circulares nº 3.814 e 3.822, regulamentam o registro dos
capitais estrangeiros na modalidade de investimento direto (IED), entendido, para esse fim, como a
participação no capital social de empresa brasileira de investidor (pessoa física ou jurídica) não
residente no país ou com sede no exterior, integralizada ou adquirida na forma da legislação em vigor,
bem como o capital destacado de empresa estrangeira autorizada a operar no Brasil.

1.2 Credenciamento para acesso ao sistema

Para acessar o sistema RDE-IED é necessário o credenciamento prévio no Sistema de Informações


do Banco Central (Sisbacen). Para maiores informações sobre credenciamento no Sisbacen, verificar
as instruções disponíveis no site do Banco Central na Internet, no endereço
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen ou através da Central Telefônica de Atendimento
ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

1.3 Perfis de usuários e serviços Sisbacen

Os perfis de cada usuário no sistema RDE-IED são definidos pelos chamados serviços Sisbacen. Por
exemplo, para que um determinado usuário de uma pessoa jurídica possa cadastrar sua empresa como
receptora de investimento estrangeiro direto no sistema RDE-IED e editar seus registros, ele deve
possuir o serviço de Perfil de Receptora atribuído ao seu usuário no Sisbacen. Já para que determinado

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usuário possa atuar como mandatário de outras receptoras ou investidores não residentes, ele deve
possuir o respectivo serviço de Perfil Mandatário atribuído ao seu usuário no Sisbacen. Os serviços
disponíveis aos usuários no sistema RDE-IED são:
• SRDE0100 – Perfil Receptora – Necessário para registrar a empresa – a cujo CNPJ o login estará
vinculado – como receptora de investimentos no sistema RDE-IED. Está disponível apenas para
pessoas jurídicas;
• SRDE0102 – Perfil Preposto – Necessário para cadastrar um receptora em constituição (Ver
Capítulo 3.3). Está disponível para pessoas físicas e jurídicas;
• SRDE0107 – Perfil Mandatário – Necessário para os usuários responsáveis por acessar, alterar
ou criar registros de IED em nome de empresas receptoras. Está disponível para pessoas físicas
e jurídicas;
• SRDE0103 – Perfil de Instituição Financeira – Permite gerenciar mandatários de receptoras e
também de investidores, desde que autorizadas conforme normativos vigentes (este serviço
Sisbacen está disponível apenas para Instituições Financeiras).

O usuário máster de toda pessoa jurídica (exceto Instituições Financeiras) já possui os serviços de
Perfil Receptora (SRDE0100), Perfil Mandatário (SRDE0107) e Perfil Preposto (SRDE0102) atribuídos
ao seu usuário. Ou seja, se o próprio usuário máster é quem realizará ou gerenciará os registros RDE-
IED da empresa, então não há necessidade de nenhuma ação adicional para utilização do sistema.
Contudo, para que outro usuário da pessoa jurídica atue com o perfil de receptora ou de mandatário
de registros RDE-IED, será necessário que o máster dessa empresa atribua os respectivos serviços
Sisbacen ao usuário em questão, através do sistema Autran - Gerência de Autorizações. Para maiores
informações ou auxílio sobre o procedimento de atribuição de serviços Sisbacen, consultar o site do
Banco Central na página https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen (do lado direito há um
botão azul intitulado “Autran – Gerência de Autorizações”) ou utilizar a Central Telefônica de
Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

1.4 Instituições Financeiras

Não é atribuído automaticamente nenhum serviço do sistema RDE-IED a usuários de Instituições


Financeiras, como no caso de outras empresas. Logo, é necessário que o máster da Instituição atribua
manualmente, via sistema Autran, os serviços desejados para cada usuário (inclusive, ser for o caso, o
Perfil de Instituição Financeira - SRDE0103) que permite a gestão de mandatários de receptoras e
investidores, desde que autorizadas conforme normativos vigentes.

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1.5 CDNR – Cadastro Declaratório de Não Residentes

De acordo com normas da Receita Federal (Instruções normativas nº 1.548 e nº 1863), investidores
estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas, devem estar inscritos, respectivamente, no CPF ou no CNPJ.
Consequentemente, só será possível vincular um investidor estrangeiro a uma empresa receptora
brasileira no sistema RDE-IED após esta inscrição.
As pessoas físicas estrangeiras podem obter o CPF diretamente na Receita Federal ou em
representações diplomáticas do Brasil em seus países de origem.
As pessoas jurídicas estrangeiras, por sua vez, caso esteja claro o intuito de se tornar investidor no
capital de empresa receptora brasileira, deverão solicitar inscrição no CNPJ através da criação de um
CDNR – Cadastro Declaratório de Não Residentes. O acesso ao sistema RDE-CDNR é realizado através
da página do Banco Central na Internet, na área de Estabilidade Financeira → Câmbio e Capitais
Internacionais → Capitais Internacionais → Registro de capitais estrangeiros no país → Acesso aos
Sistemas → RDE-CDNR.
Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros
Maiores informações sobre o CDNR podem ser obtidas no manual do RDE-CDNR, disponível na
mesma página da internet, ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco
Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

Atenção: (1) Pessoas físicas estrangeiras, após obterem o CPF, não precisam de um CDNR para
serem registradas como investidoras no sistema RDE-IED. (2) Pessoas jurídicas estrangeiras que
eventualmente já possuam CNPJ também não precisam criar um CDNR para serem registradas
como investidoras no sistema RDE-IED;

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2. Acesso ao Sistema RDE-IED

2.1 Login

O acesso ao sistema RDE-IED – Registro Declaratório Eletrônico de Investimento Estrangeiro


Direto é realizado através da página do Banco Central na Internet, na área de Estabilidade Financeira
→ Câmbio e Capitais Internacionais → Capitais Internacionais → Registro de capitais estrangeiros
no país → Acesso aos Sistemas → RDE-IED, conforme as telas apresentadas nas figuras 1 e 2 a seguir:

Figura 1: Acesso à área Registro de capitais estrangeiros no país.

Figura 2: Navegação da tela de Registro de capitais estrangeiros no País.

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Após o clique em Registro de Investimento Estrangeiro Direto (RDE-IED), é apresentada ao
usuário a tela de login, onde é possível acessar o sistema tanto por uma conta Gov.br quanto pelo
credenciamento no Sisbacen ou Registrato

Figura 3: Tela de login do sistema RDE-IED.

2.1.1 Login via Conta Gov.br

O usuário que obtiver o cadastro na Conta Gov.br poderá acessar o sistema RDE-IED a depender do
selo de autenticação que receber
.
• Se pessoa física agindo em nome de uma pessoa jurídica: Necessário cadastro com selo de
Conta Comprovada (OURO) obtido com Certificado Digital além de ser Representante da pessoa
jurídica em questão para acessar o sistema RDE-IED e criar, editar e atualizar registros de
investimento estrangeiro direto. Assim, um usuário que for apenas Colaborador da pessoa
jurídica, mesmo que tenha o selo Conta Comprovada (OURO) não conseguirá acessar o sistema
RDE-IED.
• Se pessoa física agindo em nome de Instituição Financeira: Não poderá realizar o acesso ao
sistema RDE-IED utilizando a Conta Gov.br. O acesso é restrito via login Sisbacen ou Registrato.

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2.1.2 Login Sisbacen ou Registrato

• Se pessoa jurídica: informar o Código da Instituição (5 dígitos) e o Código da Dependência (4


dígitos), obtidas no credenciamento no Sisbacen, bem como o login do usuário (campo
Operador) e a Senha. Formato da conta institucional = IIIIIDDDD.OPERADOR. Clicar no
botão Entrar, conforme tela apresentada na Figura abaixo:

Figura 4: Tela de login – pessoa jurídica.

• Se pessoa física: O usuário deve selecionar CPF na tela de identificação, inserir os 9 primeiros
dígitos de seu CPF no primeiro campo e sua senha no campo seguinte, e clicar no botão Entrar,
conforme tela apresentada na Figura a seguir.

Figura 5: Tela de login – pessoa física.

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2.2 Tela Inicial

Após realizado o login, é apresentada ao usuário a tela inicial do sistema RDE-IED – Registro
Declaratório Eletrônico de Investimento Estrangeiro Direto – onde será possível acessar suas
principais funcionalidades, conforme apresentado na Figura e descrito a seguir:

Figura 6: Tela inicial do sistema.

1. Selecionar receptora ou investidor: Essa opção permite ao usuário informar:

• o CNPJ-8 (apenas os oito primeiro dígitos do CNPJ) da receptora ou;


• o CNPJ/CPF completo do investidor não residente ou;
• o número do registro RDE-IED.

2. Receptoras em constituição: Opção a ser utilizada para o registro de empresas que ainda não
possuem CNPJ, conforme será detalhamento no Capítulo 3.3.

Adicionalmente, no canto superior direito da tela, são listadas as informações sobre o usuário
logado no sistema, bem como a opção de logoff (Sair do sistema), conforme exemplo na Erro! Fonte
de referência não encontrada. a seguir, para o caso do usuário de uma pessoa jurídica:

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Figura 7: Informações sobre o usuário logado no sistema.

Os próximos capítulos descrevem as etapas necessárias para inclusão, alteração e pesquisa de


registros, através de exemplos para melhor ilustrar as funcionalidades e detalhes de navegação no
novo sistema.

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3. Inclusão e consulta de empresa receptora
3.1 Receptoras com CNPJ credenciado

Uma vez que a empresa nacional esteja devidamente credenciada no SISBACEN, ela poderá ser
incluída no sistema como receptora de Investimento Estrangeiro Direto (IED) através da tela inicial do
sistema. O mesmo procedimento será utilizado para acessar o cadastro da receptora depois da
inclusão.

Por exemplo, ao se digitar o CNPJ-8 de uma receptora a tela abaixo será apresentada,
possibilitando o acesso às informações da receptora no botão ‘Exibir receptora’:

Caso a empresa nacional ainda não esteja cadastrada como receptora no RDE-IED, ao inserir o
CNPJ da empresa será apresentada mensagem informando que esta não foi encontrada na base do
RDE-IED. Assim, o sistema permite incluir a empresa nacional como receptora ao clicar no botão
‘Cadastrar <número CNPJ> como receptora’:

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Caso o sistema retorne a mensagem de erro: “O CNPJ não consta no cadastro do Banco Central”,
o usuário deve entrar em contato com a equipe do RDE-IED pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br,
comunicando o ocorrido e informando o CNPJ/CPF.

3.2 Receptoras em Constituição

Um código RDE-IED para uma empresa receptora em constituição (ainda sem CNPJ) pode ser
gerado pelo sistema, bastando informar a pessoa física ou jurídica designada pelo(s) investidor(es)
para receber os recursos em nome da receptora (Essa figura será doravante designada como
“preposto”).
É importante observar que só se justifica a criação de um código RDE-IED nessa situação se
houver necessidade de ingresso de recursos antes da receptora obter seu CNPJ.
Um exemplo ilustrativo é o caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
que vai receber aporte de capital de investidor não residente. O capital social deste tipo de empresa,
segundo a legislação, precisa ser integralizado no registro do seu ato constitutivo. Consequentemente,
se o capital para constituí-la vier do exterior, a única maneira de gerar um código RDE-IED para a
realização da operação de câmbio será através do mecanismo de receptora em constituição do
sistema.

Observação: o código RDE-IED para a receptora em constituição só pode ser gerado se o


preposto - pessoa física ou jurídica - estiver acessando o sistema RDE-IED com seu próprio login.
Não existe a figura de mandatário do preposto para empresas em constituição e nem mesmo as
instituições financeiras terão essa prerrogativa.

O RDE-IED de empresa em constituição admite apenas ingresso de recursos ou devolução de


ingresso. Qualquer outra operação só poderá ser registrada após a receptora obter seu CNPJ, criar um
novo registro RDE-IED e vinculá-lo ao registro RDE-IED da receptora em constituição conforme
procedimento descrito a seguir.

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3.3 Gerenciar Receptoras em Constituição

Na página inicial do sistema, clicar no link ‘Gerenciar receptoras em constituição’:

Na tela seguinte, incluir um nome que servirá de referência para identificar a receptora em

constituição. Clicar no botão .

Depois de incluída a receptora em constituição, o usuário poderá criar um registro RDE-IED em


constituição. Basta clicar no botão “alterar” ( ) e informar o CPF/CNPJ do investidor não residente. O

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registro será criado clicando-se no botão . O código RDE será criado no processo, iniciado
pelas letras “IA” + seis algarismos.

A operação de câmbio ou de Transferências Internacionais em Reais (TIR) para o ingresso de


recursos deverá ser realizada em nome do preposto, ou seja, da pessoa física ou jurídica designada
pelo(s) investidor(es) para recebimento dos recursos e que constará como receptora temporária no
registro RDE-IED.

3.4 Vinculação de registro em constituição à Receptora

Uma vez obtido o CNPJ para a receptora, esta deverá criar um novo registro RDE-IED com o
investidor não residente e vincular este novo registro ao registro RDE-IED em constituição
anteriormente cadastrado.

Atenção: ressaltamos que na etapa anterior o usuário acessou o sistema com o login do
preposto, enquanto nesta etapa o usuário acessará o sistema com o login da receptora ou de
seu mandatário.

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Para realizar a vinculação no sistema, o usuário deverá:
1. Acessar o novo registro RDE-IED (disponível no quadro societário atual da receptora);
2. Clicar no botão de expansão ( ) disponível ao lado esquerdo do nome do investidor;
3. Acessar: ‘Vincular’ → ‘Registro em constituição’;

4. Informar o código RDE-IED do registro em constituição e clicar no botão

Assim, as operações cambiais ou as transferências internacionais em reais (TIR) que foram


inicialmente associadas ao registro em constituição serão vinculadas ao novo registro RDE-IED.

4. Gestão do Quadro Societário

A tela principal do sistema é o Quadro societário atual, onde são apresentadas informações
como: os investidores não residentes ativos e inativos, o capital integralizado, o patrimônio líquido, o
ativo e a situação da receptora. Também é a partir dessa tela principal que a receptora poderá
consultar e registrar os diversos eventos societários. Esta tela é acessada através da inclusão do CNPJ
da receptora, do CPF/CNPJ do investidor ou do código RDE-IED na página inicial do sistema, conforme
explicado no capítulo 2.

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4.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Quadro Societário

O botão <Gestão do quadro societário> dá acesso à tela onde se pode incluir, excluir ou corrigir
um quadro societário no sistema:

A inclusão de um novo quadro societário é feita através do botão . O primeiro


campo a ser preenchido é a data. A ocorrência de evento que altere a participação societária do
investidor estrangeiro, exceto registro com base na Lei nº 11.371/2006, obriga a atualização no prazo
de trinta dias. Referente às alterações vinculadas a operações cambiais ou transferências
internacionais em reais (TIR), o prazo de trinta dias inicia-se na data de liquidação da operação
cambial ou de realização da transferência.
No caso do registro com base na Lei nº 11.371/2006, os prazos são os seguintes: (i) até 30 de
junho de 2007, o capital existente em 31 de dezembro de 2005; e (ii) até o último dia útil do ano-
calendário subsequente ao do balanço anual no qual a pessoa jurídica estiver obrigada a efetuar o
registro, o capital contabilizado a partir do ano de 2006, inclusive.

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O passo seguinte é preencher os valores do capital integralizado, do ativo e do patrimônio
líquido da empresa na data do evento, sempre de acordo com seus registros contábeis. Importante
destacar que se trata do capital integralizado, do ativo e do PL totais da empresa, incluindo a
participação de todos os seus sócios, não apenas a dos não residentes.

Depois disso o usuário deverá informar os valores específicos do capital integralizado por cada
investidor não residente. O processo de inclusão de investidor não residente é realizado através do
botão . Deverão ser informados o CPF/CNPJ do investidor, o “País do investidor” e,
no caso de Pessoa Jurídica, “País do controlador final”. O “País do investidor” é o país de residência do
investidor estrangeiro. Já o “País do controlador final” é o país de residência do último controlador. O
controlador final se encontra no topo da cadeia de controle do grupo econômico, e, em geral, indica a
origem de capital do grupo. Não necessariamente o controlador final participa diretamente na
empresa declarante e residente no Brasil.

A informação do capital integralizado na receptora deverá ser separada por base legal (Lei nº
4.131/1962, Lei nº 11.371/2006 e Lei nº 9.069/1995), sendo:

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• Lei 4.131: Capital com base na Lei 4.131/1962 é aquele constituído mediante ingresso
no país de recursos financeiros via operação cambial ou por meio de ingresso de bens,
assim como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;
• Lei 11.371: Capital com base na Lei 11.371/2006 é aquele declarado em opção específica
neste sistema como existente no país, devidamente registrado na contabilidade da
empresa, porém sem possibilidade de registro sob outra base legal, bem como o
reinvestimento dos rendimentos desses capitais;
• Lei 9.069: Capital com base na Lei 9.069/1995 é aquele constituído mediante ingresso
no país de recursos financeiros via transferência de conta de não residente
(Transferência Internacional em Reais – TIR), bem como o reinvestimento dos
rendimentos desses capitais.

Ao concluir o cadastramento do investidor, será atualizado o quadro societário da receptora e


atribuído um novo código de RDE-IED ao investidor não residente cadastrado.

4.2 Inclusão de investidor não residente pela primeira vez

Quando um usuário utiliza o sistema RDE-IED para registrar o primeiro aporte de capital de um
investidor não residente, surgirá a necessidade de gerar um código RDE-IED no sistema antes da
contratação uma operação cambial ou da liquidação de uma Transferência Internacional em Reais -
TIR.
O declarante deve incluir um quadro societário com a data atual e inserir o capital integralizado,
o patrimônio líquido e o ativo totais sem considerar o valor que será ingressado pelo novo investidor
não residente. Depois disso, adicionar o novo investidor não residente incluindo seu CPF ou CNPJ, não
lhe atribuindo, neste momento, qualquer participação no capital integralizado da empresa (deixar R$
0,00 nos respectivos campos). O sistema aceitará o registro e fornecerá o código RDE-IED,
possibilitando a contratação e liquidação de câmbio pela instituição financeira.
Uma vez confirmado o ingresso do investimento no país (liquidação do contrato de câmbio ou
TIR), a empresa receptora deverá – dentro de 30 dias – registrar um novo quadro societário
informando: (i) o capital integralizado, o patrimônio líquido e o ativo totais na data informada e (ii) o
valor da participação do sócio não residente no capital.

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4.3 Situações que ensejam a inclusão/edição/exclusão de Quadro Societário

A inclusão de quadro societário deve ser utilizada:


• Quando um novo investidor não residente fizer aporte de capital na empresa receptora.
• Quando houver um aumento ou redução de capital por parte de um investidor não
residente já cadastrado.
• Quando um investidor não residente, por qualquer razão, passar a não fazer mais parte
do quadro de sócios da empresa. Neste caso o usuário deve zerar o valor do capital
integralizado e selecionar a opção “Ativo” – “Não” que aparece ao lado direito do nome
do investidor.
• Nos informes de atualizações periódicas anuais (para empresas com PL E Ativo total
menores do que R$ 250 milhões) e nos informes trimestrais (para empresas com PL OU
ativo total maiores do que R$250 milhões). Neste último caso, o Quadro Societário é
incluído automaticamente após o preenchimento da Declaração Econômico Financeira
(DEF). (Ver Capítulo 6 deste manual).
A edição de quadro societário deve ser utilizada:
• Quando um usuário notar um erro qualquer no registro declaratório, de maneira que os
valores informados ao Banco Central não correspondam aos efetivamente
contabilizados pela empresa. Pode ser feito a qualquer tempo, para qualquer data.
• Na situação descrita no item 4.2 acima.

A exclusão serve apenas para os casos onde o usuário fez um registro incorreto e entende ser
mais fácil começar do zero do que editar o registro.
Outras funcionalidades do sistema RDE-IED, tais como os Eventos Societários e a Declaração
Econômico Financeira, explicados mais à frente, adicionam automaticamente um novo quadro
societário ao histórico da empresa. Tais quadros não poderão ser editados ou excluídos
posteriormente.

4.4 Prazos para informações periódicas

Empresas com Patrimônio Líquido E Ativo menores do que R$ 250.000.000,00 devem,


anualmente, até 31 de março, incluir um novo quadro societário atualizado para a data de 31 de
dezembro do ano anterior. Caso coincida com dia em que não haja expediente no Banco Central do
Brasil, o termo final dos prazos fixados ficará prorrogado até o primeiro dia útil subsequente.
As empresas receptoras de investimento estrangeiro direto com Patrimônio Líquido OU Ativo
maiores do que R$ 250.000.000,00 devem preencher a Declaração Econômico-Financeira

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trimestralmente conforme calendário abaixo. Caso coincida com dia em que não haja expediente no
Banco Central do Brasil, o termo final dos prazos fixados ficará prorrogado até o primeiro dia útil
subsequente.
• Até 31 de março, referente à data-base de 31 de dezembro do ano anterior;
• Até 30 de junho, referente à data-base de 31 de março;
• Até 30 de setembro, referente à data-base de 30 de junho;
• Até 31 de dezembro, referente à data-base de 30 de setembro.

Instruções detalhadas sobre como preencher a Declaração Econômico-Financeira estão no


capítulo 6.

4.5 Inativação e Reativação de investidores não residentes

Caso um investidor não residente deixe de possuir participação na empresa receptora, o usuário
deverá inserir um novo quadro societário, zerar a participação do investidor e inativá-lo no botão
“Não” à direita do nome do investidor. (Botões “Sim”, “Não” e “X”)

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Se o mesmo investidor eventualmente voltar a investir na mesma empresa receptora, ele
poderá reativar o registro no botão “Sim” e usar o mesmo código RDE-IED nas operações financeiras.

Observação: o código RDE-IED na situação “Inativo” impede a realização de operações de


câmbio e TIR. Consequentemente, caso exista a possibilidade de realização de remessas futuras
(Ex. juros sobre capital próprio, dividendos, parcelamento de alienação a nacionais, etc.), o
código RDE-IED deve permanecer ativo, mesmo com valor zerado na participação do sócio não
residente.

4.6 Manutenção do histórico correto de Quadros Societários

As empresas receptoras de investimento estrangeiro direto devem manter o histórico de


quadros societários correto no sistema RDE-IED, de maneira que reflita fielmente os eventos contábeis
relacionados a estes investimentos. Como explicamos anteriormente, qualquer alteração no valor das
participações societárias de não residentes na empresa deve ser informada através de um novo quadro
societário. A edição ou alteração dos quadros societários pré-existentes deve ser utilizada apenas para
a correção de eventuais erros, não para o informe de novos eventos.
O histórico deverá conter também os quadros societários oriundos dos informes periódicos
(anuais ou trimestrais, com explicado acima) e os oriundos de eventuais eventos societários
(capitalizações, reorganizações societárias, cessões, etc.).

Por exemplo, considere uma empresa que obteve aporte de investimento estrangeiro direto em
julho de 2016, não tenha registrado nenhuma alteração neste investimento e tenha Patrimônio Líquido
e total do Ativo menores do que R$ 250.000.000,00. Ela deverá ter em seu histórico quatro Quadros
Societários: um na data do investimento e três informes periódicos, um para cada final de ano
(31/12/2016, 31/12/2017 e 31/12/2018).

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 22 -
Exemplo de histórico de quadros societários

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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4.7 Impressão do extrato em PDF

O usuário poderá imprimir um extrato do Registro de Investimento Estrangeiro direto que inclui:
(i) as informações do Quadro Societário atual; (ii) as liquidações de câmbio; (iii) os lançamentos de TIR
(Transferências Internacionais em Reais); (iv) as movimentações previstas na Lei 11.371, (v) as
reaplicações de recursos; (vi) os recebimento no exterior e (vii) os recebimentos no país. O sistema
imprime um extrato para cada um dos registros ativos de investidor não-residente (um para cada
código RDE-IED).

A impressão é feita através da tela inicial – Quadro Societário Atual – e do botão <Imprimir
Extrato>, conforme ilustrado a seguir.

4.8 Suspensões e penalidades

As Leis nº 4.131/1962 e nº 11.371/2006, bem como a Circular nº 3.857/2017, estabelecem critérios


e valores para aplicação de multas no caso de prestação de informações fora de prazo, incorretas,
incompletas, não entregues ou pela entrega de informações falsas.

A eventual aplicação de multa só ocorre após instauração de processo administrativo, garantidos


o contraditório e a ampla defesa, cujo valor é definido por ocasião da decisão.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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A gradação na valoração das multas tem seus critérios previstos no Art. 60, capítulo IV, da referida
Circular 3.857/2017. A entrega em atraso, por exemplo, está sujeita a multa menor do que a não
entrega.

O Banco Central do Brasil também pode suspender o registro da receptora no RDE-IED em caso de
descumprimento da norma. Com o registro suspenso, a empresa não consegue efetuar operações de
câmbio, tanto ingresso quanto remessa. O status “suspensa” aparece na tela inicial no campo
“situação” ao consultar a receptora. Para retirar a suspensão é necessário regularizar todas as
pendências do registro e orientamos que nesta situação a empresa receptora entre em contato pelo
e-mail ied-monitoramento@bcb.gov.br para maiores esclarecimentos.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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5. Eventos Societários
5.1 Inclusão, Exclusão e Edição de Evento Societário

Na tela inicial Quadro societário atual (Ver Capítulo 4), através do Botão Eventos societários, o
declarante poderá consultar, editar ou incluir novos eventos societários dos tipos: (i) Capitalizações,
(ii) Cessões e permutas, (iii) Conferências de participação no país, (iv) Reorganizações societárias
(incorporação, fusão e cisão), bem como declarar a extinção da empresa receptora por liquidação.

5.2 Capitalizações

O reinvestimento, entendido como as capitalizações de lucros, de dividendos, de juros sobre o


capital próprio e de reservas de lucros na empresa receptora em que foram produzidos, deve ser
registrado conforme os seguintes procedimentos:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar


Capitalizações para acessar a tela Capitalização de lucros, juros sobre capital próprio e
reservas.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da Capitalização, selecionar o tipo de capitalização (Juros sobre capital


próprio, Lucros e reserva de lucros ou Reserva de capital e outras reservas), incluir a data e

o valor da capitalização nos campos apropriados e clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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4. Na aba Situação anterior à capitalização, verificar e, caso necessário, corrigir as informações
do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por meio da
inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital
integralizado, do patrimônio líquido da receptora e dos campos de segregação por base legal
do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a verificação/atualização

dos dados, clicar no botão .

5. Na aba Distribuição da capitalização, incluir o(s) valor(es) capitalizado(s) por investidor, e

clicar no botão para prosseguir.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 28 -
6. Na aba Situação posterior à capitalização, verificar as informações apresentadas já com os

efeitos da capitalização e confirmar a inclusão através do botão .

Caso seja necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário,

basta acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.3 Cessões e permutas

5.3.1 Cessão de ações ou quotas para outro investidor não residente

A cessão para outro investidor não residente, entendida como a dação de ações ou de quotas
integralizadas do capital de uma empresa brasileira detidas pelo investidor não residente para outro
investidor não residente, deve ser registrada conforme os seguintes procedimentos:

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e
permutas para acessar a tela Cessões no exterior e permutas.

2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da cessão ou permuta, no campo “Tipo”, selecionar a opção “Cessão” e incluir
a data e o valor da cessão nos campos correspondentes. Preencher o CPF/CNPJ14 dos
investidores cedente e cessionário e selecionar se deseja encerrar o investimento do

cedente. Após o preenchimento de todos os campos, clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 30 -
4. Na aba Situação anterior à cessão ou permuta, verificar e, caso necessário, atualizar as
informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por
meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital
integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base
legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 31 -
5. Na aba Situação posterior à cessão ou permuta, verificar as informações apresentadas já
com os efeitos da cessão, complementar com os dados do país do investidor cessionário e

confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário corrigir alguma
informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar qualquer uma das

etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

5.3.2 Cessão de ações ou quotas de um investidor não residente para um investidor residente

A cessão de participação de um investidor não residente para um investidor residente é a dação


de ações ou de quotas integralizadas do capital de uma empresa no País, detidas pelo investidor não
residente, para um investidor residente.
Deve ser registrada através da inclusão de um novo Quadro Societário, atualizando-se a
participação do investidor não residente com o resultado da cessão. Caso a cessão seja total, o
investidor pode ser inativado no sistema RDE-IED, através do botão “Não” na coluna "Ativo” da tela de
edição do Quadro Societário (ver Capítulo 4.1 e 4.3 deste manual).

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Observação: Manter o RDE-IED na situação inativo impede a contratação de câmbio ou TIR.
Nos casos de cessão onerosa (alienação a nacionais), quando o investidor não residente ainda
tem direito a receber alguma remessa via contratação de câmbio ou TIR, o RDE-IED deve ser
mantido na situação ativo com os valores zerados para esse investidor.
Somente quando não existir mais remessa a ser efetuada, o RDE-IED deve ser inativado.
Para reativar o RDE-IED do investidor não-residente, inclua um novo quadro societário
informando o CNPJ ou CPF do investidor. O sistema irá recuperar o número RDE-IED.

5.3.3 Permuta entre investidores não residentes de ações ou quotas de empresas receptoras
no país.

A troca, entre investidores não residentes, de participações em empresas receptoras no País é


registrada do seguinte modo:
1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e
permutas para acessar a tela Cessões no exterior e permutas.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 33 -
2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da cessão ou permuta, selecionar a opção “Permuta” no campo ‘Tipo’. Há


também os campos em que o declarante informará se o cedente e o cessionário são
investidores não residentes ou não (Neste exemplo, ambos devem ter o botão “Sim”
selecionado). Incluir a data, o valor do capital cedido/permutado, o CNPJ8 da receptora
contraparte e o CPF/CNPJ14 dos investidores envolvidos na permuta nos campos
correspondentes. Selecionar também se deseja encerrar o investimento do cedente. Após a

conclusão, clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 34 -
4. Na aba Situação anterior à cessão ou permuta, verificar e, caso necessário, atualizar as
informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por
meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital
integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base
legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

5. Na aba Situação posterior à cessão ou permuta, verificar as informações apresentadas já


com os efeitos da permuta, informar o país do investidor cessionário, o país do controlador

final do investidor cessionário e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da inclusão do evento societário, basta acessar

qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 35 -
Observação: A inclusão da permuta por uma receptora não dispensa a necessidade do registro
da permuta pela receptora contraparte.

5.3.4 Permuta entre investidor residente e não residente de ações ou quotas de empresas com
sede no Brasil.

A troca de participações societárias em empresas brasileiras, sendo ao menos uma receptora no


país, realizada entre investidores residente e não residente, deve ser registrada do seguinte modo:

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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1. Na tela inicial Quadro societário atual, no botão Eventos societários, selecionar Cessões e
permutas para acessar a tela Cessões no exterior e permutas.

2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas que são
apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da cessão ou permuta, selecionar a opção “Permuta” no campo “Tipo”. Incluir
a data, o valor do capital cedido/permutado e o CNPJ8 da receptora contraparte nos campos
correspondentes. Selecionar a opção que declara que o cedente ou o cessionário é
investidor não residente, bem como a opção que declara que o outro investidor envolvido
na permuta é residente (ou seja, selecionar o botão “Não” no quadro que pergunta se o
investidor é não residente). Preencher o CPF/CNPJ14 do investidor não residente,

selecionar se deseja encerrar o investimento do cedente e clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 37 -
4. Na aba Situação anterior à cessão ou permuta, verificar e, caso necessário, atualizar as
informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por
meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital
integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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legal do capital integralizado para cada investidor. Após a verificação/atualização dos dados,

clicar no botão .

5. Na aba Situação posterior à cessão ou permuta, verificar as informações apresentadas já

com os efeitos da permuta e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta

acessar qualquer das etapas anteriores clicando nas abas ou utilizando o botão .

Observação: A inclusão da permuta por uma receptora não dispensa a necessidade do registro
da permuta pela receptora contraparte.

5.4 Conferência de Participação


5.4.1 Conferência de Ações ou Quotas no Exterior

A integralização de capital por um investidor não residente em outra empresa estrangeira,


mediante dação de participação societária detida em empresa receptora nacional, tem os mesmos
efeitos, no que se refere ao registro de IED, de uma Cessão de Ações ou Quotas para Outro Investidor
não residente, devendo o registro ser efetuado como se assim fosse (Ver Capítulo 5.3.1).

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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5.4.2 Conferência de Ações ou Quotas no País

Trata-se, para os efeitos de registro no RDE-IED, da integralização de capital em empresa


nacional (receptora destino), por investidor não residente, mediante dação de participação societária
por este detida em outra empresa nacional (receptora origem).

O registro de uma conferência de ações ou quotas no país é feito de acordo com os seguintes
procedimentos:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar


Conferências de participações no país para acessar a tela Conferências de participação no
país.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas apresentadas
sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da conferência de participação, selecionar se a receptora é destino ou origem


da conferência no campo “Papel”. Incluir a data, o valor do capital conferido/baixado, o CNPJ8
da receptora contraparte e o CNPJ14 do investidor nos campos correspondentes. No caso de
registro de conferência da receptora origem, selecionar se deseja encerrar a participação do

investidor e clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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4. Na aba Situação anterior à conferência de participação, verificar e, caso necessário, atualizar
as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada por
meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do capital
integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por base legal
do capital integralizado para cada investidor. Após a verificação/atualização dos dados, clicar

no botão .

5. Na aba Situação posterior à conferência de participação, checar as informações apresentadas

já com os efeitos da conferência e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta

acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 42 -
Observação: A inclusão da conferência por uma receptora não dispensa a necessidade do registro
da conferência pela receptora contraparte.

5.4.3 Conferência Internacional de Ações ou Quotas

A conferência internacional de ações ou quotas, entendida como o investimento no capital de


empresa brasileira efetuada por investidor não residente, mediante dação ou permuta de participação
societária detida em empresa sediada no exterior, ou o investimento no capital de empresa sediada
no exterior, realizada mediante dação ou permuta, por investidor residente, de participação societária
detida em empresa brasileira, é realizada, observada a regulamentação pertinente, por meio de
operações simultâneas de câmbio relativas ao ingresso de investimento estrangeiro no país e à saída
de investimento brasileiro para o exterior, sem emissão de ordens de pagamento. Portanto, para efeito
de registro no RDE-IED, uma conferência ou permuta internacional de ações ou quotas torna-se uma
integralização de capital ou uma aquisição de ações ou quotas mediante ingresso de moeda
estrangeira.

5.5 Reorganização Societária de Investidor não Residente

Qualquer tipo de reorganização societária de investidor não residente que implique transferência
de investimento para outro investidor não residente, deve ser registrado como uma Cessão de Ações
ou Quotas para Outro Investidor Não Residente. (Ver Capítulo 5.3)

5.6 Reorganização Societária de Receptora de Investimento Estrangeiro

5.6.1 Incorporação

O registro da incorporação deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes
envolvidas for receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá
ser repetido tantas vezes quantas forem as empresas incorporadas na reorganização:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar


Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas
apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da reorganização, selecionar a opção Incorporação no campo Tipo de


reorganização societária, a data do evento e se o registro a ser realizado é da empresa
incorporada ou da incorporadora no campo Papel na reorganização societária. Caso o
registro a ser realizado seja da empresa incorporada, informar no campo correspondente o
CNPJ-8 da incorporadora.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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4. Se o registro a ser realizado for da incorporadora, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)

receptora(s) envolvida(s) na incorporação. Clicar no botão .

5. Na aba Situação anterior à reorganização societária, verificar e, caso necessário, atualizar


as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada
por meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do
capital integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por
base legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


- 45 -
6. Na aba Situação posterior à reorganização societária, checar as informações apresentadas já

com os efeitos da incorporação e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja
necessário corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta

acessar qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

Observação: A inclusão da incorporação por uma receptora não dispensa a necessidade do


registro da incorporação pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.

5.6.2 Fusão

O registro da fusão deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes envolvidas for
receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá ser repetido
tantas vezes quantas forem as empresas fusionadas na reorganização:

1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar


Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.

2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas


apresentadas sequencialmente na tela.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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3. Na aba Dados da reorganização, selecionar a opção Fusão no campo Tipo de reorganização
societária, a data do evento e se o registro a ser realizado é da empresa fusionada ou da
empresa resultante da fusão no campo Papel na reorganização societária. Caso o registro a
ser realizado seja da empresa fusionada, informar no campo correspondente o CNPJ-8 da
empresa resultante.

4. Se o registro a ser realizado for da empresa resultante, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)

receptora(s) envolvida(s) na fusão. Clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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5. Na aba Situação anterior à reorganização societária, verificar e, caso necessário, atualizar
as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada
por meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do
capital integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por
base legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

6. Na aba Situação posterior à reorganização societária, checar as informações apresentadas já

com os efeitos da fusão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário
corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar

qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

Observação: A inclusão da fusão por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da
fusão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.

5.6.3 Cisão

O registro da cisão deverá ser feito no sistema quando pelo menos uma das partes envolvidas for
receptora de investimento estrangeiro direto. O procedimento descrito abaixo deverá ser repetido
tantas vezes quantas forem as receptoras cindidas envolvidas na reorganização:
1. Na tela inicial Quadro societário atual, no menu Eventos societários, selecionar
Reorganizações Societárias para acessar a tela Reorganizações Societárias.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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2. Clicar no botão para incluir os dados de cada etapa nas abas
apresentadas sequencialmente na tela.

3. Na aba Dados da reorganização, selecionar a opção Cisão no campo Tipo de reorganização


societária, a data do evento e se o registro a ser realizado é da empresa cindida ou da
empresa cindenda no campo Papel na reorganização societária. Caso o registro a ser
realizado seja da empresa cindida, informar nos campos correspondentes o CNPJ-8 da(s)
receptora(s) cindenda(s) envolvidas na cisão.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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4. Se o registro a ser realizado for da empresa cindenda, informar o CNPJ -8 da(s) outra(s)

receptora(s) cindida(s) envolvida(s) na reorganização. Clicar no botão .

5. Na aba Situação anterior à reorganização societária, verificar e, caso necessário, atualizar


as informações do quadro anterior ao evento societário. A atualização pode ser realizada
por meio da inclusão de novos investidores, bem como pela atualização dos valores do
capital integralizado, do patrimônio líquido da receptora, e dos campos de segregação por
base legal do capital integralizado para cada investidor não residente. Após a

verificação/atualização dos dados, clicar no botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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6. Na aba Situação posterior à reorganização societária, checar as informações apresentadas já

com os efeitos da cisão e confirmar a inclusão por meio do botão . Caso seja necessário
corrigir alguma informação antes da efetiva inclusão do evento societário, basta acessar

qualquer uma das etapas clicando nas abas anteriores ou utilizando o botão .

Observação: A inclusão da cisão por uma receptora não dispensa a necessidade do registro da
cisão pela(s) outra(s) receptora(s) envolvida(s) na reorganização.

5.7 Extinção de Receptora por Liquidação

Quando uma receptora de investimento estrangeiro é extinta por liquidação, tal evento deve ser
registrado no sistema RDE-IED. No entanto, antes de realizar este registro no sistema, a empresa
receptora deve atentar para dois pontos importantes:
• O registro da extinção por liquidação não zera o valor da participação dos sócios não
residentes. Caso a participação dos investidores tenha sido encerrada e não existam
valores a remeter, deve ser inserido um novo quadro societário zerando a participação dos
investidores não residentes antes do registro da extinção por liquidação.
• O registro da extinção por liquidação não inativa os códigos RDE-IED vinculados aos sócios
não residentes. Portanto, caso a empresa entenda que há possibilidade de algum recurso
ser enviado aos sócios no futuro, deve manter os códigos ativos. Caso contrário, deverá
inativá-los antes de registrar a extinção por liquidação.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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A extinção por liquidação é registrada no sistema da seguinte maneira: na tela inicial Quadro
societário atual, no menu Eventos societários, selecionar Extinção por liquidação para acessar a tela
Incluir extinção por liquidação.

Na tela seguinte, incluir o CPF/CNPJ do liquidante e a data da liquidação nos campos

correspondentes e clicar no botão .

A anulação da liquidação pode ser realizada na mesma tela, por meio do botão .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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6. Declaração Econômico Financeira

As empresas receptoras de investimento estrangeiro direto com Ativo OU Patrimônio Líquido


maiores do que R$250 milhões deverão preencher, trimestralmente, a Declaração Econômico
Financeira (DEF). A declaração deve ser realizada com referência às datas-bases 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. O prazo para preenchimento da declaração é de até 90 dias
após cada data-base. O período-base é o intervalo do trimestre que se encerra na data-base em
referência. Os dados informados devem contemplar apenas a empresa receptora e não o consolidado
do grupo econômico.

O botão “Declaração econômico-financeira”, na página principal do sistema, dá acesso à gestão


das declarações.

ATENÇÃO:
Os valores informados nos campos:
1. Lucro/Prejuízo líquido no período-base;
2. Lucro distribuído no período-base;
3. Receita/Despesa de reavaliação de ativos (impairment);
4. Receita/Despesa financeira decorrente de variação cambial;
devem se referir ao período-base, ou seja, ao intervalo de tempo compreendido entre o
início e o final do trimestre encerrado na data-base de referência. Não deve ser informado
o valor acumulado no ano.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Devem ser informados os seguintes dados da receptora:
• Capital integralizado: Informar o capital social integralizado total da receptora. O capital
social da empresa inclui a propriedade de instrumentos patrimoniais, ações ou cotas, com
ou sem direito a voto, que conferem ao seu proprietário direito de participação nos
resultados da empresa;

• Patrimônio Líquido: Informar o valor total do patrimônio líquido da receptora, sem


ponderar pela participação detida pelo investidor não residente, na data-base da
declaração;

• Ativo: Informar o valor total do ativo da receptora, na data-base da declaração;

• Passivo: Informar o valor total do passivo exigível (sem patrimônio líquido) da receptora,
na data-base da declaração;

• Lucro (+) / prejuízo (-) líquido no período-base: Informar o valor total do lucro ou do
prejuízo líquido da receptora no período-base. Não informar o valor acumulado no ano.

• Lucro distribuído no período-base: Informar o valor total do lucro aprovado no período-


base, para distribuição, sem ponderar pela participação detida pelo investidor não
residente. Não informar o valor acumulado no ano.

Observações:
O lucro distribuído no período base deve levar em conta o critério contábil, ou seja, os valores
reconhecidos pela contabilidade da empresa na DMPL (Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido) trimestral, independentemente dos efetivos pagamentos realizados
através de operações de câmbio.
Os valores desse campo devem incluir: dividendos, lucros distribuídos e juros sobre o capital
próprio da DMPL, conforme o caso de cada empresa.

• Valor estimado da empresa: informar o valor estimado da empresa receptora, segundo


um dos métodos de valoração descritos a seguir;

• Método de valoração: informar o método de valoração utilizado no cálculo do valor


estimado da empresa, quais sejam:

o Cotação em bolsa: para empresas listadas;

o Negociação existente: ocorrida em período recente;

o Fluxo de caixa descontado;

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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o Outras formas de avaliação;

o Patrimônio líquido.

Observação:
Caso a opção “Patrimônio Líquido” seja selecionada no campo “Método de Valoração”, o
sistema não aceitará valores negativos no campo “Patrimônio Líquido”. Caso a empresa tenha
Patrimônio Líquido negativo, outra opção de “Método de Valoração” deverá ser selecionada.

• Receita (+) / despesa (-) decorrente de reavaliação de ativos (impairment): informar o


valor apurado pela receptora como redução ao valor recuperável de seus ativos. Informar
o valor da receita (+) ou despesa (-) da reavaliação no período-base. Não informar o valor
acumulado no ano.

• Receita (+) / despesa (-) financeira decorrente de variação cambial: Informar o valor da
receita (+) ou despesa (-) decorrente de variações cambiais no período-base. Não
informar o valor acumulado no ano.

O cadastro dos investidores não residentes também é obrigatório na declaração econômico-


financeira. Devem ser informados:

• Capital integralizado: Obrigatória a informação do capital integralizado, segregado por


base legal, sendo:

o Lei 4.131: Capital com base na Lei 4.131/1962 é aquele constituído mediante ingresso
no país de recursos financeiros via operação cambial ou por meio de ingresso de
bens, bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;

o Lei 11.371: Capital com base na Lei 11.371/2006 é aquele declarado, em opção
específica neste sistema, como existente no país, devidamente registrado na
contabilidade da empresa, porém sem possibilidade de registro sob outra base legal,
bem como o reinvestimento dos rendimentos desses capitais;

o Lei 9.069: Capital com base na Lei 9.069/1995 é aquele constituído mediante ingresso
no país de recursos financeiros via transferência de conta de não residente
(Transferência Internacional em Reais – TIR), bem como o reinvestimento dos
rendimentos desses capitais.

• Participação no poder de voto (%): Informar a participação no poder de voto detida pelo
investidor não residente.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Poder de voto são direitos de voto (capital votante) que asseguram, de modo
permanente, participação nas deliberações sociais e na eleição dos administradores
de uma empresa. Geralmente, a compra de ações ordinárias confere poder de voto.
Porém, é possível obter poder de voto em proporção superior ao das ações
ordinárias, como, por exemplo, por meio de aquisição de golden shares, por meio de
estatuto ou de acordo com outros investidores. Dessa forma, deve-se considerar o
real poder de decisão do investidor não-residente (levando-se em consideração
todos os seus instrumentos) e não somente a proporção de ações ordinárias por ele
detidas.

• País do investidor: Selecionar o país de residência do investidor não residente.

• Pais do controlador final: Selecionar o país de residência do controlador final (ou último
controlador). O controlador final encontra-se no topo da cadeia de controle do grupo
econômico, e, em geral, indica a origem de capital do grupo. Não necessariamente o
controlador final participa diretamente na empresa declarante domiciliada no Brasil.

Observações:
1. A inclusão de uma declaração econômico financeira gera automaticamente um novo
quadro societário no histórico da empresa (na tela “Gestão do quadro societário”),
com as mesmas informações inseridas na DEF. Portanto, não há necessidade de
atualização do quadro societário após a inclusão da DEF.
2. Caso o usuário inclua uma DEF sem necessidade (por exemplo, uma empresa com
ativo e PL menor do que R$ 250 milhões), poderá solicitar sua exclusão, com
solicitação formal e as devidas justificativas, através do e-mail rde-ied@bcb.gov.br .

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Tela de inclusão dos dados da declaração econômico-financeira

7. Gestão de Mandatários

A empresa receptora ou o investidor não residente podem constituir como mandatárias


pessoas físicas ou jurídicas com autorização para incluir, consultar e atualizar registros.

7.1 Função dos mandatários da receptora


Um mandatário da receptora poderá consultar e efetuar qualquer declaração nos registros da
receptora da qual é mandatário, exceto visualizar os detalhes de operações de câmbio e TIR.

O mandatário da receptora pode ser incluído/excluído pela própria receptora, por um


mandatário atual ou por uma instituição financeira, formalmente autorizada pela receptora. Conforme
previsto na Resolução nº 3.844/2010, a documentação comprobatória das autorizações concedidas
aos mandatários deve ser mantida à disposição do BC pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, contados
da data de encerramento das respectivas autorizações.

7.2 Função dos mandatários do investidor


Um mandatário do investidor poderá consultar os registros do investidor do qual é
mandatário, exceto visualizar os detalhes de operações de câmbio e TIR.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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O mandatário do investidor só poderá ser incluído/excluído por: (i) uma instituição financeira
formalmente autorizada pelo investidor ou seu representante no país ou (ii) por outro mandatário
previamente incluído da maneira descrita no item anterior.

7.3 Inclusão e Exclusão de mandatários


Na tela inicial Quadro societário atual, há o botão ‘Mandatários’, onde a receptora poderá
fazer a gestão dos mandatários autorizados a acessar os seus registros.

A inclusão é realizada inserindo o CPF/CNPJ do mandatário e clicando no botão


.

No caso de inclusão de mandatário por instituições financeiras ou assemelhadas, antes de


concluir a ação o sistema apresentará mensagem com alerta para a necessidade de possuir autorização
específica da receptora ou do investidor:

A qualquer tempo, o mandatário poderá ser excluído através do botão de exclusão de


mandatário ( ), disponível na coluna ‘ações’.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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8. Movimentações do Investimento

As movimentações do investimento são acessadas clicando no número do registro RDE-IED de


cada investidor não residente, disponível na tela inicial Quadro societário atual:

Na tela Registro de investimento é possível a consulta e o registro, de forma individualizada,


das movimentações ocorridas e que embasarão a variação da participação societária do investidor
não residente junto à receptora.

Atenção: As movimentações ocorridas no registro de investimento não sensibilizam a


participação societária do investidor na receptora, devendo ser informadas manualmente por
meio da inclusão de um novo Quadro Societário atualizado no sistema.

8.1 Câmbio

Na aba Câmbio, através do botão , podem ser exibidos todos os contratos de câmbio
vinculados ao registro selecionado, liquidados até o dia anterior à consulta. É possível filtrar a busca
por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso, remessa, devolução de ingresso, devolução de remessa)
e tipo de movimentação (aumento de capital, lucros, etc.).
A receptora poderá detalhar suas operações de câmbio, clicando no número do contrato desejado.
No entanto, mandatários não podem visualizar os detalhes das operações de câmbio.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Tela do Registro de Investimento – Aba “Câmbio”

8.2 TIR

Os recursos para investimento em moeda nacional deverão ser provenientes de contas correntes
de titularidade do próprio investidor não residente, abertas e mantidas conforme legislação em vigor.
Admite-se, no entanto, para os investimentos realizados entre 29.11.1996 e 15.08.2000, que a conta
corrente da qual provieram os recursos seja de titularidade de instituição financeira não residente.
Investimentos anteriores a 29.11.1996, quando realizados em moeda nacional, não são passíveis de
registro no sistema RDE-IED.

Na aba TIR são exibidos, após clicar no botão , todos os créditos e saques em contas de
não residentes vinculados ao registro selecionado, ocorridos até o dia anterior à consulta. Pode-se
filtrar a busca por data de liquidação, tipo de fluxo (ingresso, remessa, devolução de ingresso,
devolução de remessa) e tipo de movimentação (aumento de capital, lucros etc.).
A receptora poderá detalhar suas operações de TIR, clicando no número da TIR desejado. No
entanto, mandatários não podem visualizar os detalhes de operações de TIR.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Tela do Registro de Investimento – Aba “TIR”

8.3 Lei nº 11.371/2006

A Lei nº 11.371/2006, determina o registro em moeda nacional no RDE-IED do capital estrangeiro


investido em pessoas jurídicas no país, ainda não registrado e não sujeito a outra forma de registro no
BC. Na aba Lei 11.371 faz-se a inclusão, exclusão e consulta das declarações registradas com base nesta
lei. As informações requisitadas são o “Ano de contabilização” e o “Valor” na moeda nacional.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Lei nº11.371/2006”

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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8.4 Investimento em bens

Na aba Investimento em bens, são registrados os aumentos de capital na receptora por meio da
conferência de bens, tangíveis ou intangíveis, importados sem cobertura cambial.
Devem ser informados a data da integralização, o valor na moeda da Declaração de Importação
(DI) e o valor integralizado, na moeda nacional.
No caso de bens tangíveis, deve ser informado o número das Declarações de Importação (DI). Já
no caso de bens intangíveis, deve ser informado o número das faturas comerciais.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Investimento em bens”

8.5 Reaplicação de Recursos

A reaplicação de recursos recebidos pelo investidor deve ser informada na aba respectiva como
resultado de: redução de capital, alienação a residentes, distribuição de dividendos/lucros, juros sobre
capital próprio ou liquidação de receptora/acervo líquido.
Deve ser informado se a receptora é origem, destino ou origem e destino da reaplicação; o tipo de
recurso reaplicado; a data da reaplicação; o seu valor, na moeda nacional, e o CNPJ da receptora
contraparte. O sistema calcula e informa o valor na moeda do país do investidor. No caso de
reaplicação realizado em receptora diferente daquela que originou os recursos, o registro precisa ser
realizado em ambas receptoras.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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Tela do Registro de Investimento – Aba “Reaplicação de Recursos”

8.6 Recebimentos no Exterior

Os recursos pagos diretamente ao investidor não residente com utilização de disponibilidades no


exterior (ou seja, sem a realização de operação de câmbio ou de transferência internacional em reais
– TIR) deverão ser declarados na aba Recebimento no Exterior. Para tanto, deve-se selecionar o tipo
de recurso (redução de capital, alienação a residentes, lucro, juros sobre capital próprio, acervo líquido
ou valor não utilizado), a data do evento e o valor. No caso de alienação a residentes deverá também
ser informada a moeda.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Recebimentos do Exterior”

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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8.7 Recebimentos no País

Os recursos pagos diretamente, com utilização de disponibilidades no País, ao investidor não


residente (ou seja, sem a realização de operação de câmbio ou de transferência internacional em reais
– TIR) deverão ser declarados na aba Recebimentos no país. Deve-se selecionar o tipo de recurso
(redução de capital, alienação a residentes, lucro, juros sobre capital próprio, acervo líquido ou valor
não utilizado), a data do evento e o valor em reais.

Tela do Registro de Investimento – Aba “Recebimentos do Exterior”

9. Canais de atendimento
9.1 Credenciamento no Sisbacen, reabilitação de senha, inclusão de novo
máster ou problemas de acesso ao sistema

As instruções para obtenção de login e senha de acesso aos sistemas do Banco Central, incluindo
o sistema RDE-IED, as instruções para reabilitação de senhas ou inclusão de novo máster estão
disponíveis em https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen ou através da Central Telefônica
de Atendimento ao Cidadão do Banco Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

9.2 Dúvidas sobre o sistema RDE-IED

Para esclarecimento de dúvidas específicas sobre o sistema RDE-IED, entrar em contato através do
e-mail rde-ied@bcb.gov.br ou através da Central Telefônica de Atendimento ao Cidadão do Banco
Central - Telefone 145 (Ligação Direta – sem DDD).

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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10. Perguntas frequentes

1. O que é o RDE-IED?

O Registro Declaratório Eletrônico – Módulo Investimento Externo Direto (RDE-IED) é um


sistema que consolida os registros dos capitais estrangeiros na modalidade de Investimento Externo
Direto.

2. Qual a definição de capital estrangeiro?

Conforme art. 1º da Lei 4.131, de 1962, consideram-se capitais estrangeiros:

• os bens, as máquinas e os equipamentos, ingressados no Brasil sem gasto inicial de divisas,


destinados à produção de bens ou serviços; e

• os recursos financeiros ou monetários, introduzidos no País, para aplicação em atividades


econômicas.

Nas duas situações indicadas acima, os bens, máquinas, equipamentos ou recursos devem
pertencer a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior.

3. O que é considerado investimento estrangeiro direto para efeito de registro no Sistema RDE-
IED?

Investimento estrangeiro direto é a participação no capital social de empresa brasileira detida


por investidor (pessoa física ou jurídica) não residente no país ou com sede no exterior, integralizada
ou adquirida na forma da legislação em vigor, bem como o capital destacado de empresa estrangeira
autorizada a operar no Brasil.

Não são considerados investimento estrangeiro direto, para efeito de registro no BC, as
aplicações de investidores não residentes adquiridas nos mercados financeiro e de capitais que
constituam investimentos em portfólio. Estes estão sujeitos a registro no BC nos termos da Resolução
nº 4.373, de 29 de setembro de 2014.

4. Qual a base legal do Registro Declaratório Eletrônico?

O registro de capital estrangeiro no Banco Central tem como base legal:

• A Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, regulamentada pelo Decreto nº 55.762, de 17 de


fevereiro de 1965;
• A Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995;

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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• A Lei nº 11.371, de 28 de novembro de 2006;
• A Resolução nº 3.844 do Banco Central, de 23 de março de 2010, no seu Anexo I;
• A Circular nº 3.689 do Banco Central, de 16 de dezembro de 2013, com as respectivas
alterações posteriores.
• A Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017 dispõe, dentre outros, sobre processos
administrativos e multas relacionadas a registros de capital estrangeiro no Banco Central.

5. O que é uma empresa receptora?

É a Pessoa Jurídica sediada no Brasil que recebe o investimento estrangeiro direto (IED), sendo,
portanto, parte de seu capital social detido por investidores não residentes.

6. O que é CDNR?

O CDNR - Cadastro Declaratório de Não Residente é exigido das pessoas físicas ou jurídicas
não residentes no País que desejam registrar operações envolvendo capitais estrangeiros no sistema
RDE-ROF (Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras) do Banco Central do
Brasil.

Além disso, o CDNR também é requisito às pessoas jurídicas não residentes que desejam
solicitar inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e, posteriormente, adquirir
participação no capital de empresas brasileiras. Esta ação gera a obrigação de registro no subsistema
RDE-IED (Investimento Estrangeiro Direto).

O CDNR - Cadastro Declaratório de Não Residente, que substituiu o CADEMP (Cadastro de


Empresas) de não residentes em 01/07/2019, não é exigido das pessoas físicas ou jurídicas não
residentes no País que desejam registrar operações no Sistema RDE-IED. Entretanto, ele deve ser
utilizado para inscrição da empresa estrangeira, que pretende se tornar investidora em empresa
receptora brasileira, no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). De acordo com as normas da
Receita Federal do Brasil (RFB), o CNPJ é obrigatório para o registro de investimento externo direto.

Para maiores informações sobre o CDNR, acessar o manual disponível no site do Banco Central
na Internet:

https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros

As pessoas físicas estrangeiras não necessitam de cadastramento no CDNR para registro no


Sistema RDE-IED. Entretanto, precisam da inscrição no CPF, que pode ser realizada no Brasil pela
própria Receita Federal, ou, no exterior, com a intermediação das representações diplomáticas
brasileiras.

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7. O que caracteriza o Investidor como não residente?

O domicílio fiscal fora do Brasil, independentemente de ser brasileiro ou estrangeiro ou do


país onde reside fisicamente.

8. O que é um mandatário no sistema RDE-IED?

Mandatário é a pessoa física ou jurídica autorizada pela empresa receptora ou por um dos
investidores não residentes a incluir, consultar e atualizar os registros RDE-IED em seu nome (Ver
Capítulo 7 deste Manual).

9. O não registro do investimento estrangeiro direto no Sistema RDE-IED está sujeito a algum
tipo de penalidade?

As Leis nº 4.131/1962 e nº 11.371/2006, bem como a Circular nº 3.857/2017, estabelecem


critérios e valores para aplicação de multas no caso de prestação de informações fora de prazo,
incorretas, incompletas, não entregues ou pela entrega de informações falsas.

A eventual aplicação de multa só ocorre após instauração de processo administrativo,


garantidos o contraditório e a ampla defesa, cujo valor é definido por ocasião da decisão.

A gradação na valoração das multas tem seus critérios previstos no Art. 60, capítulo IV, da
referida Circular 3.857/2017. A entrega em atraso, por exemplo, está sujeita a multa menor do que a
não entrega.

10. O Banco Central é responsável por garantir a veracidade, legalidade e fundamentação


econômica dos dados registrados no RDE-IED?

Não. O sistema RDE-IED é declaratório. A responsabilidade pela veracidade, legalidade e


fundamentação econômica das informações prestadas no RDE-IED é exclusiva do responsável pelo
registro.

11. Quem deve acessar o sistema RDE-IED? É necessário contratar alguém para fazê-lo?

A empresa receptora do investimento deve acessar o sistema RDE-IED, de forma direta, ou


através do seu mandatário, podendo incluir e atualizar todas as informações necessárias, tanto dos
investidores não residentes quanto suas próprias informações. Não é necessária a contratação de
serviços de terceiros. Os manuais do declarante, tanto do Sistema RDE-IED, quanto do CDNR (se a
Pessoa Jurídica não residente ainda não tiver CNPJ) podem ser acessados na página do Banco Central:

https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/registrocapitaisestrangeiros

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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12. Quem deve acessar o sistema RDE-IED quando a empresa receptora do investimento é uma
empresa em constituição? O que é preposto?

Preposto é a pessoa física ou jurídica designada pelo (s) investidor (es) não residentes para
recebimento dos recursos em nome da empresa receptora quando ela ainda está em processo de
constituição.

Nestes casos, o preposto deve acessar o sistema RDE-IED (ou seja, o login e senha do Sisbacen
devem estar vinculados ao seu CPF ou CNPJ). Adicionalmente, não existe a figura de mandatário de
preposto para receptoras em constituição.

É importante observar que só se justifica o cadastramento de um número de RDE-IED nesta


situação se houver necessidade de ingresso de recursos antes da empresa receptora (brasileira) obter
o seu CNPJ.

No caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), o preposto da empresa


é quem deve acessar o sistema RDE-IED, pois o capital social desse tipo de empresa precisa ser
integralizado no registro do seu ato constitutivo.

13. Quem pode incluir uma pessoa jurídica ou pessoa física como mandatária no sistema RDE
IED?

Os mandatários podem ser incluídos e excluídos no sistema por:

• Instituições Financeiras, desde que autorizadas formalmente pela empresa receptora


conforme normativos vigentes;
• Outras Pessoas Jurídicas ou Físicas que já constem como Mandatárias dessa receptora no
sistema;
• A própria empresa receptora.

14. É necessária alguma documentação para constituição de mandatários no sistema RDE-IED?

Sim. Conforme Resolução nº 4.637, de 2018, a documentação comprobatória das autorizações


para constituição de mandatários deve ser mantida à disposição do Banco Central pelo prazo mínimo
de cinco anos, contados da data de encerramento das respectivas autorizações.

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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15. Como reabilitar senhas de acesso ao Sisbacen ou incluir um novo máster?

As instruções para reabilitação de senhas estão disponíveis em:

https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sisbacen

Persistindo dúvidas, problemas no acesso, ou a necessidade de alteração do máster da


empresa, entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cidadão do Banco Central através do
telefone 145 (ligação direta – sem DDD).

16. Erro “Identificação e/ou senha inválidas” ao tentar acessar o sistema: como proceder?

Este erro pode ocorrer na tentativa de acesso ao sistema através do navegador Google
Chrome, mesmo em situações em que o login e a senha sejam válidas. Neste caso, tentar novo acesso
através dos navegadores Internet Explorer ou Mozilla Firefox.

Caso o erro persista, entrar em contato com a central de atendimento através do telefone 145
(custo de ligação local).

17. Qual valor deve ser registrado como investimento no Sistema RDE-IED?

Os valores dos contratos de câmbio nem sempre correspondem ao valor efetivamente


integralizado pela contabilidade da empresa. Para registro no Sistema RDE-IED, deve ser considerado
o valor em reais correspondente à participação no capital social integralizado.

18. Qual o procedimento para o registro de filiais de empresas estrangeiras autorizadas a operar
no país?

O registro relativo a filiais de empresas estrangeiras autorizadas a operar no país deve seguir
os mesmos procedimentos relativos a empresas constituídas no país, informando como capital
integralizado o capital destacado da filial.

19. Quais as principais alterações em relação ao sistema RDE-IED anterior?

• A responsabilidade pelo registro passou a ser exclusiva da receptora;


• A identificação da receptora passa a ser por CNPJ (apenas os 8 primeiros dígitos) e a do
investidor não residente por CNPJ de 14 dígitos ou CPF;
• As operações de câmbio e movimentações de TIR vinculadas a um registro RDE-IED podem ser
consultadas no sistema RDE-IED, com defasagem de um dia;
• A atualização da participação de cada investidor passa a ser feita de forma declaratória, com
base nas movimentações de câmbio e TIR e nas declarações de investimento em bens, de
capital pela Lei nº 11.371/2006, capitalizações, reorganizações societárias e etc.;

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• Não há necessidade de efetuar nenhum tipo de lançamento no sistema para remessa de lucros
e dividendos se o pagamento desses rendimentos for feito mediante operação de câmbio ou
TIR. O contrato de câmbio, ou a transferência para conta de domiciliado no exterior, será
vinculado automaticamente ao registro;
• Não há no novo sistema opção de registro de subscrição de capital;
• O termo “representante” do sistema RDE-IED anterior passou a ser denominado
“mandatário”. Pode-se atribuir mandatários para a receptora ou para o investidor, não mais
para cada registro RDE-IED individualmente.

20. Os dados do sistema RDE-IED anterior foram migrados?

Foram migrados para o novo sistema RDE-IED o quadro societário de cada receptora, conforme
existente no sistema anterior, em 27.1.2017, bem como os registros RDE-IED válidos e suas operações
que continuaram a existir no novo sistema.

21. Há necessidade de confirmação dos dados migrados?

Não há necessidade de confirmar a migração. Entretanto, o quadro societário migrado pode


ser corrigido, pela empresa receptora ou seus mandatários, para refletir a real situação do
investimento.

22. Os representantes das receptoras e dos investidores, do antigo sistema RDE-IED, foram
migrados como mandatários para o novo sistema?

Foram migrados para o novo sistema como mandatários da receptora apenas os


representantes que constavam em todos os registros daquela receptora. Da mesma forma, foram
migrados como mandatários de um investidor apenas os representantes que constavam em todos os
registros daquele investidor.

23. É necessário realizar o registro de subscrição de capital?


Não. Não há no novo sistema opção de registro de subscrição de capital.
24. Como vincular um contrato cambial anterior a 01.09.2000 e não vinculado no sistema antigo
a um registro do RDE-IED no novo sistema?

Os contratos anteriores a 01/09/2000 não poderão ser visualizados no novo sistema RDE-IED.
O sistema apresentará apenas os contratos de câmbio que contenham um código RDE-IED vinculado
(O código com as letras IA + seis algarismos).

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25. Para alterações de participação societária de investidor estrangeiro, vinculadas a operações
cambiais ou transferências internacionais em reais (TIR), qual data deve ser informada no
registro de um novo quadro societário atualizado?

O novo quadro societário deve ser informado em até 30 dias após a liquidação do contrato de
câmbio ou transferência internacional em reais (TIR).

26. É necessário registrar distribuição de lucros, dividendos ou juros sobre capital próprio?

Se o pagamento desses rendimentos ao investidor for feito mediante operação de câmbio ou


TIR, não há necessidade de nenhum lançamento no sistema RDE-IED. O contrato de câmbio, ou a
transferência para conta de domiciliado no exterior, será vinculado automaticamente ao registro. Caso
o pagamento seja efetuado diretamente no exterior, sem contratação de câmbio, ou no país, sem
contratação de TIR, essa informação deverá ser incluída na tela Registro de investimento, aba
Recebimentos no exterior ou Recebimentos no país, que pode ser acessada através do registro RDE-
IED.

27. Qual o procedimento para registrar a venda da participação societária de um investidor não
residente para um investidor residente?

Se a venda foi efetuada em uma situação que requer uma transferência de recursos ao
exterior, essa transferência deve ser efetuada do adquirente para o investidor não residente, na
natureza cambial alienação a nacionais e, em até 30 dias, ser atualizada a participação do investidor,
mediante a inclusão de um novo quadro societário com a data da alienação da participação, reduzindo
a quota parte do capital que foi vendida. Devem ser seguidas as demais orientações do capítulo 4 do
manual.

28. Como proceder quando o Investidor não Residente vendeu suas cotas a um investidor
residente mas o pagamento foi feito no exterior?

Devem ser seguidas as orientações do item 8.6 do manual. Na tela Registro de investimento,
deve ser lançado o pagamento efetuado na aba Recebimentos no Exterior, Tipo de recurso: Alienação
a residentes.

29. Como realizar o pagamento de juros sobre alienação a nacionais ou aquisição de nacionais?

O pagamento de juros sobre alienação a nacionais ou aquisição de nacionais não requer


informação específica no RDE-IED. A remessa ao exterior deve ser realizada na natureza-fato 52371
(Juros sobre antecipações e financiamentos - demais financiamentos), informando-se no contrato de
câmbio o número do RDE-IED.

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30. Como proceder quando o Investidor não residente se torna residente no país?

Confirmada a alteração de residência e domicílio fiscal da Pessoa Física, deve ser criado um
novo Quadro Societário zerando a participação do investidor e inativando sua participação na
empresa. Se futuramente a pessoa física se tornar novamente investidor não residente, o registro pode
ser restabelecido criando-se um novo Quadro Societário, reativando o investidor e registrando o valor
de sua participação societária.

31. Quando um investidor residente se torna não-residente (saída definitiva do país), como
proceder com o registro no sistema RDE-IED?

Além da inclusão de um novo quadro societário atualizado no sistema, deve ser realizada
operação simbólica de câmbio com vinculação ao registro RDE-IED deste investidor. Caso não seja
possível a realização da operação simultânea de câmbio, pode-se realizar o registro nos termos da Lei
11.371/2006.

32. Como proceder no caso de mudança de razão social de receptora ou de investidor não
residente?

A mudança da razão social de empresa receptora ou de investidor não residente, ou a alteração


de outros dados após a emissão do CNPJ, deve ser solicitada diretamente à Receita Federal.

33. Como realizar a transferência de investimento direto para investimento em portfólio e vice-
versa?

Para efetivação da transferência, é necessária a realização de operações simultâneas de câmbio,


sem emissão de ordem de pagamento do/para o exterior; uma de venda e outra de compra, ambos
com código de grupo 46, onde no primeiro é informado o número do RDE-IED origem da transferência
e no segundo o registro RDE-Portfólio destino da transferência.

34. Como realizar conversão de crédito remissível em investimento direto?

A conversão de crédito remissível em investimento direto é realizada através da contratação


de operações simultâneas de câmbio, diretamente na rede bancária, sem necessidade de autorização
do BC.

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35. Como regularizar, para fins de registro, a integralização de capital pelo investidor não
residente mediante a entrega de imóvel de sua propriedade?

A entrega de imóvel pelo investidor para integralização no capital da empresa receptora deve ser
regularizada mediante operações simultâneas de câmbio. Caso a Instituição Financeira comprove
algum impedimento para registro como investimento de não residente, poderá ser utilizada a Lei
11.371.

36. Em que situações os investimentos estrangeiros diretos são registrados na forma da Lei nº
11.371/2006?

O Art. 5º da referida Lei determina o registro, em moeda nacional, do capital estrangeiro


investido em pessoas jurídicas com sede no País, ainda não registrado no BC e não sujeito a outra
forma de registro. Para isso, o valor do capital estrangeiro a ser registrado deve constar dos registros
contábeis da pessoa jurídica brasileira receptora do capital, na forma da legislação em vigor, e não ser
possível efetuar o registro nos termos da Lei nº 4.131/1962.

37. Os dividendos, juros e retorno de capital relativos a investimentos registrados em moeda


nacional, seja por ter sido efetuados via TIR, ou por ter sido registrados na forma da Lei nº
11.371/2006, podem ser remetidos para o exterior via operação de câmbio ou apenas por
TIR?

As transferências financeiras para o exterior podem ser feitas em outras moedas via operação
de câmbio, independentemente da moeda em que foi realizado o registro no BC.

38. É possível registrar no Banco Central do Brasil adiantamento para futuro aumento de capital
– AFAC?

Não. O registro do capital estrangeiro no País é disciplinado pelas Leis 4.131, de 1962, 9.069,
de 1995 e 11.371, de 2006, e o prazo de registro para o investimento é de 30 dias do ingresso.”

39. É possível o registro de participação de investidor não residente em sociedade em conta de


participação – SCP?

Não. O investimento estrangeiro no Brasil em Sociedade em Conta de Participação (SCP) não


está sujeita a registro no Banco Central do Brasil como Investimento Estrangeiro Direto (IED). A
participação de investidor não residente em sociedade em conta de participação (SCP) não é
reconhecida pelo Banco Central do Brasil como investimento estrangeiro direto (IED) em face da
incompatibilidade das características de sociedade em conta de participação, previstas nos artigos 991

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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a 996 da Lei nº 10.406, de 10.01.2002, com os regimes jurídicos estatuídos pelas Leis nº 4.131, de
03.09.1962, 9.069, de 29.06.1995 e 11.371, de 28.11.2006.

40. Como deve ser registrada uma absorção de prejuízo contábil no sistema RDE-IED?

Não há registro de Absorção de Prejuízo a ser registrado no novo sistema RDE-IED. A Absorção
de Prejuízos deverá ser feita conforme legislação societária/contábil em vigor. Também não existe
registro específico para Redução de Capital. No âmbito do sistema RDE-ROF, o saldo a ser absorvido
deve ser informado por meio do evento de cancelamento, sem necessidade de operações simultâneas.
No âmbito do sistema RDE-IED, caberá à empresa atualizar o Patrimônio Líquido, o Ativo Total e o
Capital Social Integralizado em Gestão do Quadro Societário. Consultar o item “4.3 - Situações que
ensejam a inclusão/edição/exclusão de Quadro Societário” e “4.1 - Inclusão, Exclusão e Edição de
Quadro Societário”.

41. Quais Naturezas Jurídicas são aceitas para o registro da empresa como receptora de IED?
• 203-8 - Sociedade de Economia Mista
• 204-6 - Sociedade Anônima Aberta
• 205-4 - Sociedade Anônima Fechada
• 206-2 - Sociedade Empresária Limitada
• 207-0 - Sociedade Empresária em Nome Coletivo
• 208-9 - Sociedade Empresária em Comandita Simples
• 209-7 - Sociedade Empresária em Comandita por Ações
• 214-3 - Cooperativa
• 217-8 - Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira
• 219-4 - Estabelecimento, no Brasil, de Empresa Binacional Argentino-Brasileira
• 223-2 - Sociedade Simples Pura
• 224-0 - Sociedade Simples Limitada
• 225-9 - Sociedade Simples em Nome Coletivo
• 226-7 - Sociedade Simples em Comandita Simples
• 227-5 - Empresa Binacional
• 230-5 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresária)
• 231-3 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Simples)

Fonte: https://concla.ibge.gov.br/estrutura/natjur-estrutura/natureza-juridica-2018.html

Persistindo dúvidas, consulte o BC pelo e-mail rde-ied@bcb.gov.br


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