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centrOs de
usinagem
SENAI-RJ • Mecânica
Operação de
centros de
usinagem
FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
Operação de
centros de
usinagem
SENAI-RJ
Rio de Janeiro
2008
Operação de Centros de Usinagem
© 2007
SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação
FICHA TÉCNICA
Além desses, foram usados os manuais de Indústrias Romi, nos seus capítulos de Se-
gurança e Operação e Programação, bem como o Manual Técnico de Usinagem da
Sandvik e a apostila de fresamento com tecnologia Iscar.
SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional
Apresentação ............................................................ 11
5 Segurança e procedimentos
no ambiente CNC ........................ ......................... 165
Simbologia básica ........................................................... 167
Principais dicas de segurança .............................................. 168
Cuidados e advertências sobre limpeza e ambientais ................... 175
Informativos de segurança na máquina .................................. 176
Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização cons-
tante. Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos,
trazendo desafios renovados a cada dia e tendo como conseqüência para a educação a neces-
sidade de encontrar novas e rápidas respostas.
Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem
atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI-RJ incluem-
se nessas novas demandas sociais.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação pro-
fissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e apren-
der, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros as-
pectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
A Unidade Operação de Centros de Usinagem tem como objetivo levá-lo a conhecer, pro-
gramar e operar centros de usinagem. Para tanto, é fundamental o entendimento da tecnolo-
gia do comando numérico, de ferramentas de corte, de sistema de coordenadas, de programa-
ção do centro de usinagem no comando específico, de segurança e procedimentos no ambien-
te CNC e procedimentos para utilização da unidade de comando.
O presente material foi estruturado de forma a conduzi-lo à aprendizagem da tecnologia
em questão, delineando e operacionalizando o processo na oficina. Assim, além de ser capaz
de programar, você efetuará a usinagem no centro de usinagem, visando a consolidar os prin-
cipais conceitos.
Vamos em frente!!!
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Operação de Centros de Usinagem – Uma palavra inicial
Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que é que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação
entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços
necessários e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente decorrem
do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos
sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de
volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produ-
zir bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recur-
sos naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela ve-
locidade da extração, superior à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer
planos de curto e longo prazo para diminuir os impactos que o processo produtivo causa na
natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem
e ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que vive ao redor delas.
Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o
problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é bas-
tante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande
região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornan-
do difícil localizar, com precisão, sua origem. No entanto, é importante repetir que, quando as
indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento em rios,
lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio ambiente.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a
falha básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-pri-
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Operação de Centros de Usinagem – Uma palavra inicial
14 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Uma palavra inicial
SENAI-RJ 15
Tecnologia do
comando numérico
Nesta unidade...
Histórico e evolução das máquinas CNC
Os sistemas CAD/CAM/CNC
1
Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
SENAI-RJ 19
Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Servomecanismo é um dispositivo
automático para controlar
grandes quantidades de força
mediante uma quantidade de
força muito pequena.
O novo processo foi cada vez mais procurado e usado na rotina de manufatura, devido
aos benefícios obtidos com o uso do sistema. Assim, diversos fabricantes começaram a pro-
duzir seus próprios comandos. E, devido a isso, ao grande número de diferentes comandos e
máquinas, surgiu o primeiro problema entre eles: a falta de uma linguagem única. A falta de
padronização de linguagem era bastante sentida em empresas que tinham máquinas de co-
mandos fabricadas por diferentes fornecedores (cada uma tinha uma linguagem própria). Com
isso, as empresas necessitavam de uma equipe técnica especializada para cada tipo de coman-
do, o que elevava os custos de fabricação.
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Em 1958, por intermédio da EIA (Electronic Industries Association) foram realizados es-
tudos para padronizar os tipos de linguagem. Foi a partir daí que surgiu o meio mais usado de
entrada de dados para o CNC até hoje: via computador, embora a fita perfurada tenha sido o
meio mais usado durante muitos anos.
Com o aparecimento do circuito integrado, houve grande redução no tamanho físico dos
comandos, se comparados aos controles transistorizados; ao contrário, a capacidade de arma-
zenamento aumentou. Em 1967, chegaram ao Brasil as primeiras máquinas controladas nu-
mericamente, importadas dos Estados Unidos.
Já no início da década de 1970 surgiram no mundo as primeiras máquinas CNC (coman-
do numérico computadorizado), e no Brasil apareceram as primeiras máquinas CN de fabri-
cação nacional. A evolução contínua e notável, concomitante com os computadores em geral,
faz com que os comandos (CNC) mais modernos empreguem tecnologia de última geração em
seu conceito físico (hardware). Hoje, a confiabilidade nos componentes eletrônicos tem au-
mentado, crescendo a confiança em todo o sistema.
Veja a diferença entre a máquina controlada por comando numérico (CN), na figura 1, e a
máquina controlada por comando numérico computadorizado (CNC), que está na figura 2.
Figura 1
Anel graduado
Manipulo
Fuso
Mesa
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Figura 2
Movimento
Motor de deslizante
movimento
Mesa
Sensor de
Sinal para o motor movimento
de movimento
Agora que você já estudou a origem do CNC, descubra as vantagens e decisões na implan-
tação dessa tecnologia. Para isso, avance nos seus estudos!
Vantagens e decisões na
implantação da tecnologia
Você estudou como surgiu a tecnologia CNC. Agora você vai conhecer suas vantagens e
quais são as empresas que utilizam máquinas com essa tecnologia.
O controle numérico computadorizado (CNC) é utilizado em máquinas encontradas em
quase todos os lugares, de pequenas oficinas de usinagem a grandiosas companhias de ma-
nufatura. A popularização de máquinas desse tipo dentro das indústrias ocorreu por causa da
redução do custo e da rapidez dos cálculos que a ferramenta CNC provoca. Muitas vantagens
são trazidas por ela:
• Fabricação de peças com geometrias complexas, com menores tolerâncias dimensionais e
melhor acabamento.
• Repetibilidade maior sobre as características do produto, sendo idênticas umas às outras.
• Redução de tarefas repetitivas para os operadores, que agora são responsáveis pela prepara-
ção, programação e controle das máquinas.
• Flexibilidade da produção: pequenos lotes e grande variedade de produtos, tudo com ajus-
tes rápidos nas máquinas.
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Figura 3
Coordenadas de um torno
e de um centro de usinagem
+Z
+X
Y
X
Além dessas, há inúmeras outras vantagens na utilização de máquinas CNC. Numa indús-
tria, diversos critérios devem ser analisados antes da decisão do uso e implantação dessas má-
quinas. Devem ser analisadas não somente as vantagens dessa tecnologia, mas também as su-
as limitações.
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
• Análise de custo na implantação e utilização das CNCs na indústria. Apesar das vantagens
que possuem em relação às máquinas convencionais, dois aspectos fundamentais devem
ser vistos atentamente:
Investimento alto para aquisição dos equipamentos.
Treinamento e capacitação de mão-de-obra para utilização da tecnologia dessas máquinas.
E agora? Pronto para ajudar a empresa em que você trabalha a decidir se deve ou não in-
vestir em máquinas CNC? Você sabe dizer quais as vantagens dessas máquinas e por que uti-
lizá-las?
Tipos de linguagens de
programação
Aqui iremos falar das linguagens utilizadas nas máquinas CNC: as linguagens de progra-
mação.
A programação nas máquinas CNC tem como base a orientação da ferramenta para usi-
nagem de peças. A máquina executa a programação na ordem que lhe foi fornecida, por isso
é importante a seqüência correta das informa-
ções. Além dessa lógica, existem vários tipos de APT é a sigla em inglês
linguagem, sendo específicos para cada máqui- para Automaticaly
na. O exemplo mais popular é a APT, utilizada Programed Tool
desde 1959. Outras linguagens foram utilizadas (ferramenta programada
durante alguns anos, porém a maioria é deriva- automaticamente).
da da APT.
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Quadro 1
Identificação do programa
Origem
Ponto de troca
Identificação da ferramenta
Seleção de parâmetros
Operação
Ponto de troca
Parada do programa
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Na próxima seção você vai entender um pouco mais sobre os sistemas CAM e CAD e a re-
lação existente com o CNC.
Os sistemas CAD/CAM/CNC
Os sistemas CAD/CAM caracterizam-se por centralizar a execução de diversas atividades
relacionadas ao processo produtivo. Atividades que compreendem desde o projeto mecânico
(CAD) e análise estrutural (MEF - método dos elementos finitos), passando pela escolha ade-
quada das máquinas e processos de manufatura, até a conseqüente geração automática das
trajetórias das máquinas CNC. Por isso, o domínio das técnicas computacionais e gerenciais
envolvidas nesse tipo de processo integrado de fabricação é muito importante para o bom fun-
cionamento da produção, assim como também é fundamental o treinamento dos profissio-
nais envolvidos na área.
Quadro 2
Desenho no CAD
Comunicação
Máquina CNC
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Operação de Centros de Usinagem – Tecnologia do comando numérico
Figura 4
Porcas de esferas
Motor de
acionamento
Mesa de
trabalho
Embreagem
Eixo de esferas deslizante
recirculantes
Anel distanciador
Eixo de esferas para pré-tensão
recirculantes
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Ferramentas de corte
Nesta unidade...
Materiais cortantes para usinagem
Parâmetros de corte
2
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Materiais cortantes
para usinagem
A tecnologia avança em todos os segmentos. Nas ferramentas não foi e não está sendo di-
ferente: a indústria vem buscando o aumento da produtividade aliado a baixos custos.
O material utilizado para compor uma ferramenta depende de onde vai ser empregado.
Por isso, são produzidos materiais com diferentes compostos. Cada composto é escolhido es-
pecificamente para o material que será usinado. Comumente as ferramentas de corte são pro-
duzidas com os mesmos compostos, porém estes podem ter concentrações diferentes para a
produção adequada de cada tipo de ferramenta. Os materiais mais empregados são: aço-fer-
ramenta, aço rápido, ligas fundidas, metal duro, cermet, cerâmica, nitreto cúbico de boro cú-
bico e diamante.
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 1
PCD, CBN 4%
Cerâmica 5% Outros 3%
Cermet 8%
Há uma grande família de materiais cortantes, citados a seguir; neles você comprovará a
forte evolução na fabricação de ferramentas de corte. Cada um tem sua aplicação, suas vanta-
gens e suas limitações.
Aço-carbono
Atualmente as exigências de alta produção fazem com que as ferramentas de aço-carbo-
no, em cuja composição encontramos teores de 0,7 a 1,4% C, se tornassem obsoletas em razão
da baixa resistência à alta temperatura de corte.
O aço-carbono em geral perde sua dureza quando submetido a temperaturas relativa-
mente baixas (200 a 260ºC), o que significa que sua estabilidade de formato também desapa-
rece. Em virtude desses parâmetros, as velocidades de corte devem ser mantidas em baixos
valores, o que torna o aço-carbono um material cortante limitado a ferramentas de formas
especiais, ferramentas de rosca (macho), usinagem em material não-ferroso e outros mate-
riais “macios”.
Aço rápido
O aço rápido são aços de ferramenta de alta liga que podem manter a dureza da aresta
cortante sob elevadas temperaturas, por incluir na sua composição, como elemento de liga, o
tungstênio (W) ou o molibdênio (Mo), ou ainda uma combinação desses dois elementos.
Além do tungstênio e do molibdênio, os aços rápidos contêm carbono (C), vanádio (V) e
cromo (Cr); algumas classes incluem também o cobalto (Co) como elemento de liga.
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 2
Diferença de resistência
Figura 3
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
• Usinabilidade
Desempenho de usinagem dos materiais; pode ser entendida como capacidade de cortar ou
perfilar por uma ferramenta apropriada.
• Afiabilidade
Capacidade do aço de adquirir corte por meio de processo mecânico de usinagem por abra-
são, no qual é dado o acabamento das superfícies cortantes da ferramenta.
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 5
É evidente que os diferentes tipos de aplicação para o aço rápido exigem uma porcenta-
gem de liga bem variada e as mais diversas combinações de ligas.
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Cerâmica
A cerâmica pode ser caracterizada como aquele material que é obtido por combinação de
átomos metálicos e não-metálicos numa ligação atômica muito forte durante a sinterização.
Exemplo
Al = Alumínio (metal)
Al2O3
O = Óxido (não-metálico)
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 6
CC670: a cerâmica reforçada é também baseada em Al2O3, mas contém minúsculas par-
tículas de carboneto de silício (SiC), o que proporciona condutividade térmica melhor e au-
menta drasticamente a tenacidade.
Figura 7
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
CC650: a cerâmica mista é baseada em Al2O3, mas contém carboneto de titânio (TiC), que
proporciona propriedades térmicas melhores.
Figura 8
Figura 9
GC 1690: cerâmica com cobertura, dura e muito pura, de nitreto de silício, possui exce-
lente resistência ao desgaste.
Figura 10
TiN
Al2O3
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Quadro 1
CERÂMICAS
• Menores temperaturas
A cerâmica dispensa o uso de fluido de corte, pois o calor gerado é dissipado através dos cava-
cos e a pastilha permanece relativamente fria durante a usinagem. A temperatura da peça tam-
bém permanece em um nível que permite pequenas variações dimensionais.
SENAI-RJ 39
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
• Baixa tenacidade – Comparada ao metal duro, sua freqüência de quebra é maior, porque a
maior resistência ao desgaste implica menor tenacidade.
• Maior potência requerida – As pastilhas de cerâmica mais utilizadas são negativas e com da-
dos de corte muito altos, requerendo máquinas com muita potência.
40 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 11
A norma ABNT NBR ISO 513:2004 normatiza a classificação e aplicação de metais duros
para usinagem com arestas de corte. Para nitreto de boro, é identificada assim:
Diamante
O diamante é um carbono; é instantaneamente transformado quando se atingem tempe-
raturas ao redor de 650ºC.
A norma ABNT NBR ISO 513:2004 normatiza a classificação e aplicação de metais duros
para usinagem com arestas de corte. Para diamante, é assim identificada:
DP Diamante policristalino
DM Diamante monocristalino
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Diamante monocristalino
O diamante tem sido utilizado desde há algum tempo como material cortante para rebo-
los diamantados, dressadores de rebolo ou para usinagem em acabamento.
Em tais casos, o diamante utilizado é o monocristalino (cada fio consiste em um só cristal).
Diamante policristalino
O outro tipo de diamante é o policristalino, que consiste em um grande e variado núme-
ro de diamantes monocristalinos sintéticos, cada um deles com tamanho de poucos microns,
sinterizados juntos, a grande pressão e alta temperatura.
O diamante policristalino (PCD) é um material produzido através da sinterização de par-
tículas de diamante, sob condições de elevada temperatura e pressão. As ferramentas de PCD
combinam a elevada dureza, a elevada resistência, a abrasão mecânica e a excelente conduti-
vidade térmica das ferramentas de diamante com a tenacidade do metal duro.
Depois do diamante
monocristalino
natural, o diamante
policristalino é o
material mais duro
conhecido pelo
homem. Uma
comparação de
dureza com outros
materiais cortantes
chega aos resultados
apontados na
tabela 1.
TABELA 1
SENAI-RJ 43
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 12
Pastilha de diamante
policristalino (PCD)
CD03
Classe de diamante policristalino de grãos
finos (PCD). Recomendada para fresamento
de alumínio quando são necessárias
arestas vivas.
CD10
Classe com ponta de diamante policristalino
de grãos médios. Para usinagem de
materiais não-ferrosos e materiais não-
metálicos. As propriedades do material do
diamante conferem vida útil longa à
ferramenta, cortes limpos e bom
acabamento superficial nesses materiais.
CD30
Classe de diamante policristalino de grãos
grandes (PCD) recomendada para materiais
extremamente abrasivos.
• Afiação da ferramenta
Em função da alta resistência ao desgaste, um fio de corte tem vida útil bem maior do que ou-
tros materiais cortantes.
• Temperatura de usinagem
Por manter o fio de corte agudo, as forças de corte são baixas na usinagem com ferramentas
de diamante e, portanto, geram menos calor do que as ferramentas de metal duro.
Na pratica, essas vantagens significam uma vida útil muitas vezes maior que a do metal
duro e a possibilidade de gerar superfícies com ótimo acabamento.
No entanto, essas vantagens são acompanhadas de certas limitações no uso do diaman-
te como material cortante.
• Cuidado no manuseio
Sendo um material muito frágil, o diamante requer grande cuidado no manuseio e na aplica-
ção. Nesse aspecto, o diamante policristalino (PCD) é ligeiramente melhor que o diamante na-
tural monocristalino.
• Temperatura de usinagem
A limitação mais importante é a incapacidade de resistir a temperaturas elevadas, pois ele é ins-
tantaneamente transformado, como já foi dito, quando atinge temperaturas ao redor de 650ºC.
SENAI-RJ 45
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
o diamante para materiais ferrosos, já que o ferro tende a formar carbonetos, e os átomos das
pastilhas de diamante se difundiriam dentro da peça, acelerando mais ainda o processo de de-
gradação.
Em outras palavras, o diamante somente é adequado para usinar materiais não-ferrosos
em temperaturas de usinagem baixas.
Uma das aplicações mais importantes com diamante é o acabamento superficial com al-
tas exigências de qualidade, mas se aplica também em materiais não-metálicos que são difí-
ceis ou praticamente impossíveis de usinar com outros materiais de corte.
A seguir, apresentamos alguns materiais adequados para usinagem com diamante
(Tabela 2).
TABELA 2
MATERIAL OBSERVAÇÃO
Resinas termoplásticas e termoestáveis Materiais que causam forte desgaste nas ferramentas
Fibras laminadas de vidro e carbono Vida útil consideravelmente maior com diamante do
que com metal duro.
Borracha dura –
Cerâmica –
Grafita –
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Portanto, apesar do seu preço relativamente alto, as pastilhas de diamante podem ofe-
recer vantagens econômicas consideráveis, se utilizadas com material adequado nos seguin-
tes casos:
• Vida útil
Maior vida útil significa menores tempos “mortos”, porque as ferramentas são ajustadas e tro-
cadas com menor freqüência.
• Custo da peça
Menor custo por peça, em parte porque se pode empregar dados de corte mais alto, o que tam-
bém oferece a eliminação de operações de acabamento, graças ao acabamento superfino con-
seguido.
• Precisão dimensional
Quando se desejam tolerâncias bem estreitas, tanto em série de produção grandes quanto em
pequenas. A precisão dimensional das peças pode ser melhorada, conseguindo resultados mais
uniformes, graças à sua elevada resistência ao desgaste e a baixas forças de corte.
• Materiais abrasivos
Em materiais altamente abrasivos, como alumínio de alta liga, plásticos reforçados etc. Para
assegurar resultados satisfatórios e reduzir as propriedades negativas dos diamantes, certos
cuidados devem ser tomados com relação as máquinas fixações e manuseio.
• Temperatura de usinagem
A temperatura deve ser limitada, como você já viu. Podem ser utilizados refrigerantes e lubri-
ficantes em forma de óleo de corte ou emulsões, porém abundantemente, para evitar choques
térmicos. Os refrigerantes têm também um efeito benéfico no aspecto do acabamento super-
ficial, já que reduzem a formação da aresta postiça de corte.
SENAI-RJ 47
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
• Afiação da pastilha
A afiação de um fio de corte custa aproximadamente 1/3 do preço da pastilha nova. Uma pas-
tilha pode ser afiada de 2 a 4 vezes, dependendo do valor do desgaste atingido durante o uso.
A afiação de uma pastilha de diamante é uma operação relativamente difícil, que depende da
dureza do diamante. As pastilhas são afiadas com rebolo de diamante, isto é, diamante contra
diamante, exigindo, portanto, uma pressão de afiação muito grande. Assim sendo, é importan-
te que o rebolo permaneça sempre em contato com o fio de corte.
• Dados de corte
De forma geral, não se pode indicar dados de corte para a usinagem com diamante, já que fa-
tores como rigidez, rotação máxima disponível do eixo, acabamento superficial requerido, ti-
po de liga etc. desempenham papel importante. Assim, a orientação é de basear-se nos parâ-
metros ideais indicados no catálogo do fabricante da ferramenta que está sendo utilizada.
Cermet
A norma ABNT NBR ISO 513:2004 normatiza a classificação e aplicação de metais duros
para usinagem com arestas de corte. Para carbonetos, em que se inclui o cermet, ela assim
identifica:
Cermet é uma palavra composta por cerâmica e metal: cer(âmica) + met(al). Como a ca-
mada dura do metal duro consiste de WC, os componentes principais do cermet são o carbe-
to de Ti, nitreto de Ti e o chamado carbeto relacionado de Ti.
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Cermet (HT)
Figura 13
Pastilha de cermet – HT
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Cermet (HC)
Figura 14
Pastilha de cermet – HC
TiN
Ti (C, N)
50 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Metal duro
O metal duro é obtido pela metalurgia do pó. Seus estudos de desenvolvimento começa-
ram na Osram, na Alemanha, a partir da fabricação de filamentos de tungstênio para lâmpa-
das incandescentes. Foram, mais tarde, cedidos à Krupp para o estudo da aplicação do carbo-
neto de tungstênio na usinagem de metais. Em 1927, a Krupp lançou no mercado o Widia, cujo
nome provém de uma contração de wie diamant (em alemão, semelhante ao diamante).
A base do metal duro é o tungstênio, que tem como origem o minério conhecido como
xelita. Sua composição original continha somente o carboneto de tungstênio, tendo o cobalto
como ligante.
81% Tungstênio
6% Carbono
13% Cobalto
Muitos anos após o lançamento do metal duro no mercado, verificou-se que o atrito en-
tre a pastilha e o cavaco de aço era reduzido, pela ação de TiC e TaC. Esses carbonetos apresen-
tam maior resistência que WC.
• Carbonetos de
tungstênio
• Carbonetos de nióbio
• Carbonetos de titânio
• Carbonetos de tântalo
• Cobalto (elemento de
liga – controle da
tenacidade)
A dureza do metal duro sem cobertura é de 1.600 a 1.800 HV (dureza vickers) (aproxima-
damente 80 a 96 HRc (dureza Rockwell na escala C)).
SENAI-RJ 51
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Processo de fabricação
Veja o diagrama de fabricação do metal duro.
Planta química
APT
Carboneto de Carboneto de
tungstênio tântalo
Usinagem
Sinterização
1350oC/1500oC
Retífica
Cobertura
Controle de qualidade
Aplicação
Figura 14
52 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
TABELA 3
Azul Aço P 01 P 05
Todos os tipos de aço e aço fundido, P 10 P 15
com exceção de aço inoxidável com
P 20 P 25
P uma estrutura austenítica.
P 30 P 35
P 40 P 45
P 50
Amarelo Aço inoxidável M 01 M 05
Aço inoxidável austenítico e aços M 10 M 15
austeníticos/ferríticos e aço fundido.
M 20 M 25
M
M 30 M 35
M 40
SENAI-RJ 53
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Os revestimentos das pastilhas têm como função enriquecer suas arestas de corte, pro-
porcionando maior resistência ao desgaste, lubricidade, isolamento térmico e resistência
aos ataques químicos. Podemos diferenciar as pastilhas com coberturas devido às suas di-
versas cores.
54 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Geometrias e aplicações
de fresas frontais
Você vai conhecer agora algumas características importantes para escolha das fresas frontais.
Fresas frontais
SENAI-RJ 55
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Ângulos de posição
A figura 19 apresenta a distribuição das cargas axiais e radiais, conforme seu ângulo de
posição.
56 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 19
Aumenta
carga axial Ângulo de posição 75o
Carga radial
Aumenta carga radial
Carga axial
90o
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Relação de forças no
uso de pastilha redonda
58 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 23
Indicação do passo
L M H
Passo diferenciado
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 25
Fresamento concordante
Figura 26
Fresamento discordante
60 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Posicionamentos da fresa
em relação à peça
Quando o corte é assimétrico, a variação da direção da componente radial da força de usi-
nagem é bem menor; com isso, é menor a tendência à vibração.
Figura 27
Figura 28
Ponto de entrada
Rotação
70% de diâmetro
da fresa
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Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 30
Figura 30
Avanço
Avanço Avanço
62 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Parâmetros de corte
Não adianta saber escolher a classe e a geometria se aplicarmos dados de corte fora dos
padrões de usinagem. Os fabricantes de ferramentas geralmente fornecem alguns dados im-
portantes para que possamos utilizá-los como parâmetros de corte.
Aliado a esses dados, é preciso conhecer alguns cálculos que ajudarão a determinar esses
parâmetros.
SENAI-RJ 63
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 32
V = Velocidade
e e = Espaço
V=
t t = Tempo
π . D = Perímetro de
π.D
n= uma circunferência
t
e=π.D
64 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 33
D e=π.D.n milímetros
π.D π.D
Portanto:
Fórmula
π.D.n
Vc =
1000
Vc . 1000 Vc . 318
n= n=
π.D D
SENAI-RJ 65
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Fórmula
Vf = n . fz . z (mm/min)
Onde:
n = rotação
fz = avanço por dente
z = número de dentes
Fórmula
f = Vf / n (mm/rot)
Fórmula
fz = fn / z (mm/dente)
ou
fz = Vf / n . z
66 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
p x ae x Vf x Kc (kW)
Pc =
60 x 106 x h
Onde:
p = Profundidade de corte (mm)
Vf = Avanço linear da mesa (mm/min)
ae = Largura fresada (mm)
Kc = Pressão específica de corte (N/mm2) (valor tabelado)
h = Rendimento da máquina
Desgastes e avarias da
ferramenta de corte
Uma das dificuldades na avaliação dos metais duros para aplicação em ferramentas de
corte é que as propriedades “formais” de dureza e resistência mecânica à ruptura raramente
mostram relação precisa com as propriedades realmente desejadas: resistência ao desgaste e
resistência a fragmentação, rachaduras, ruptura e deformação. Além disso, a dureza e a resis-
tência são medidas à temperatura ambiente e em condições estáticas, enquanto a ferramen-
ta de corte deve trabalhar em temperaturas elevadas, em situações dinâmicas de forças que
variam constantemente.
Para contornar essas dificuldades, é preciso que você tenha boa noção de usinabilidade
dos metais com ferramentas de metal duro para que possa detectar com correção a razão pe-
la qual a ferramenta se desgastou prematuramente.
Assim, estudaremos a origem, as causas, as conseqüências e as medidas corretivas que
deverão ser adotadas para que a vida útil da ferramenta possa ser prolongada.
SENAI-RJ 67
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 34 Figura 35
Figura 36 Figura 37
68 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Figura 38
Deformação plástica
Causas
• Altos avanços
• Grandes esforços de corte
• Temperatura de corte muito elevada
Soluções
• Reduzir a velocidade de corte
• Reduzir o avanço
• Empregar uma pastilha mais resistente
à deformação
Causas
• Excessiva variação de temperatura
Soluções
• Utilizar uma classe mais tenaz
• Aplicação de fluido de corte em
abundância ou não aplicar
Figura 40
Causas
• Variação excessiva de esforço na aresta
Soluções
• Utilizar uma classe mais tenaz
• Redução do avanço e profundidade
SENAI-RJ 69
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
70 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Processo de seleção
e aplicação
Agora você vai para a parte prática, de forma a especificar a ferramenta, a pastilha e o pa-
râmetro de corte básico, visando à usinagem requerida.
Questão
Memória de cálculo
1. Operação de usinagem prevista: Faceamento
Poderia ser faceamento de cantos a 90º, fresamento de perfis e de canais, entre outros.
SENAI-RJ 71
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
Onde:
S = Corpo da ferramenta em aço
125 = Diâmetro maior de usinagem
11M = Passo fino e pastilha com 11 mm de dimensão
R590 = O 90 representa a usinagem canto em 90º
4 . Seleção da pastilha
Com os dados obtidos até então, podemos escolher a pastilha adequada.
Optamos pela geometria M (média), que é a primeira escolha para condições médias.
R/L590-1105H-PR5-NL CD10
Onde:
PR5 = Geometria de canto (Figura 42) e máximo 5mm de
profundidade.
CD 10 = Diamante policristalino e grupo de aplicação 10
11M = Passo fino e pastilha com 11 mm de dimensão.
Figura 42
Geometria de canto
PS, RS
Contra formação de rebarba
PC, RC
Segurança mais elevada
72 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Ferramentas de corte
SENAI-RJ 73
Sistema de
coordenadas
Nesta unidade...
Sistema de coordenadas cartesianas
3
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Sistema de coordenadas
cartesianas
Você já sabe o que é um sistema de coordena- Figura 1
das? Lembra dos gráficos que você estudou, que Representação de coordenadas
utilizam as coordenadas x, y? Na realidade, a cada cartesianas utilizando a mão
ponto P do plano está associado um par de núme- +Z
Figura 2 Figura 3
SENAI-RJ 77
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Uso do sistema de
coordenadas para o
dimensionamento de peças
A nomenclatura técnica dos movimentos da ferramenta em uma usinagem por fresamen-
to em máquina convencional atribui a cada direção os nomes descritos na figura 4.
Figura 4
Deslocamento de aproximação
ou de penetração Deslocamento transversal
Deslocamento
longitudinal
Figura 5
78 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Figura 6
3º
1º 2º 4º 5º
Para que esta seqüência de movimentos de usinagem produza o objetivo final do opera-
dor, que é gerar a peça conforme as dimensões pedidas, é necessário determinar cada um dos
pontos de partida e de chegada dos movimentos de usinagem.
Para o CN, a forma mais simples de localizar esses pontos é o uso de um sistema de coor-
denadas composto por dois ou três eixos em que estes se cruzam em ângulos de 90º. O ponto
de interseção corresponde ao ponto zero das distâncias do sistema de coordenadas. Veja um
exemplo que se relaciona ao cotidiano na figura 7.
Figura 7
Y
40m Objetivo Objetivo
50 localização
40 X40 Y50
50m 30
50m
20
10 90º
Partida 40m X
10 20 30 40
SENAI-RJ 79
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Figura 8
Raio 28,284
X20 Y20
Ângulo 45º
X X
A forma normal de cotagem de uma peça em um projeto segue suas regras, mas ao colo-
car o desenho da peça em um sistema de coordenadas sua forma pode ser descrita através da
determinação dos pontos com cotas, devendo as distâncias X e Y serem lidas na escala para ca-
da um dos pontos, como mostra a figura 9. A distância dos pontos em relação ao eixo X é de-
nominada coordenada X, pois estes são determinados através da escala sobre o eixo X. A dis-
tância dos pontos em relação ao eixo Y é denominada coordenada Y, pois estes são determina-
dos através da escala sobre o eixo Y.
Figura 9
O programador 50
X0 Y50 X27 Y50
23 x 45º
e o operador sempre
supõem que apenas a 23 X50 Y23
ferramenta se move,
independentemente X0 Y0 X50 Y0
50 0
da situação de
Escalas 0 27 50
movimentação
da máquina. Peça com cotagem normal Peça dimensionada por sistema
de coordenadas cartesianas
80 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Figura 10
Alguns autores preferem utilizar
Ponto zero peça outra letra para indicar o ponto
zero peça (x0, y0, z0), assim
como o símbolo da figura 10
com um preenchimento de
quadrante diferente.
Figura 11
+Z
+Z
+Y +X
+Y
+W +X
SENAI-RJ 81
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
A localização de pontos
Fresadora vertical
Figura 12
10
+Z
+Y
10
10
P2 P1
+X
W
P3
x y z
P1 +60 0 –10
P2 +30 0 0
P3 0 +20 –20
Sistema de coordenadas
absolutas e incrementais
Como você já viu, o sistema de coordenadas na fresadora é definido pelo cruzamento de
três linhas: uma linha paralela ao movimento longitudinal (X), uma paralela ao movimento
transversal (Y) e outra paralela ao movimento vertical (Z), isto é, (X0, Z0, Y0). No centro de usi-
nagem, essa origem pode ser estabelecida de duas maneiras diferentes: pelo sistema de coor-
denadas absolutas e pelo sistema de coordenadas incrementais.
82 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Figura 13
G F
6
E D
4
H C
2
1
A B
0 X
0 1 2 3 4 5 6 7 8
A 1 0
B 3 0
C 4 2,5
D 4 4
E 1,5 4
F 1,5 6
G 0 6
H 0 2
SENAI-RJ 83
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Figura 14
D E
G
75
C F
B
40
45
25
A H
15
45
55
75
85
100
120
B 15 25
C 30 15
D 10 35
E 20 0
F 10 –30
G 15 0
H 20 –45
A –120 0
84 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Sistema de coordenadas
Para você entender melhor esses dois sistemas, dê uma olhada no exemplo prático que
está a seguir, pois ele compara a forma de indicar os pontos da peça analisada.
Figura 15
E
62 D
38 C
A B
14
20 77 95
De Para X Y X Y
Origem A 20 14 20 14
A B 77 14 57 0
B C 95 38 18 24
C D 95 62 0 24
D E 20 62 –75 0
SENAI-RJ 85
Programação do
centro de usinagem:
Comando Siemens
Sinumerik 810D
Nesta unidade...
Fases da programação
Funções preparatórias
Funções especiais
Funções miscelâneas
4
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Fases da programação
Como você já viu em unidades anteriores, máquina a comando numérico é aquela que
possui um equipamento eletroeletrônico (aqui tratado como comando) que possibilita a exe-
cução de uma seqüência automática de atividades.
2. O programa deve ser lido pelo CNC. Deve-se preparar as ferramentas para a peça
segundo a programação desenvolvida, depois se deve executar o processo de usinagem.
Esses processos estão descritos na parte de operação.
SENAI-RJ 89
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
90 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Gerenciamento de
arquivos e programas
Para um manuseio mais flexível de dados e programas, estes podem ser visualizados, ar-
mazenados e organizados de acordo com diferentes critérios.
Os programas e arquivos são armazenados em diferentes diretórios – pastas em que se-
rão armazenados de acordo com a função ou características.
Exemplos de diretórios
• Subprogramas
• Programas
• Peças
• Comentários
• Ciclos-padrão
• Ciclos de usuário
Cada programa corresponde a um arquivo; todo arquivo possui uma extensão, que por
sua vez informa em qual tipo de arquivo estamos trabalhando.
Exemplos de extensões
• SPF – Subprograma
• COM – Comentário
SENAI-RJ 91
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Sistema de coordenadas –
relembrando
Para que a máquina possa trabalhar com posições especificas, estas têm que ser declara-
das em um sistema de referência, que corresponde aos sentidos dos movimentos dos carros
(eixos X, Y, Z); utiliza-se, para esse fim, o sistema de coordenadas cartesianas.
O sistema de coordenadas da máquina é formado por todos os eixos existentes fisicamen-
te na máquina.
Figura 1
+Z
+Y
+X
A posição do sistema de coordenadas em relação à máquina depende do tipo
de máquina. As direções dos eixos seguem a chamada “regra da mão direita”
Quando estamos diante da máquina, o dedo médio representa o eixo da ferramenta; en-
tão temos:
• O polegar é a direção X+.
• O dedo indicador é a direção Y+.
• O dedo médio é a direção Z+.
Figura 2
X– Y+
Y– X+
Z–
92 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Coordenadas absolutas
No modo de programação em absoluto, as posições dos eixos são medidas a partir da po-
sição zero atual (zero peça) estabelecida. Com vistas ao movimento da ferramenta; isso signi-
fica que a dimensão absoluta descreve a posição para a qual a ferramenta deve ir.
Exemplo Figura 3
X Z
Coordenadas incrementais
No modo de programação em incremental, as posições dos eixos são medidas a partir da
posição anteriormente estabelecida. Com vistas ao movimento da ferramenta, isto significa
que a dimensão incremental descreve a distância a ser percorrida pela ferramenta a partir da
sua posição atual.
Exemplo Figura 4
X Y
P2
PT1 20. 35. Em relação ao zero
25
PT2 30. 25. Em relação ao PT1 P1
20
X
SENAI-RJ 93
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Coordenadas polares
Até agora o método de determinação dos pontos era descrito num sistema de coorde-
nadas cartesianas; existe, porém, uma outra maneira de declarar os pontos em função de ân-
gulos e centros.
O ponto a partir do qual sai a cotação chama-se pólo (centro dos raios).
Exemplo Figura 3
ÂNGULO RAIO
PT2 75º 60
Funções preparatórias
Chegamos às funções! Vamos programar?
O objetivo é explicar as funções aplicadas e o modo de uso delas. As funções que chama-
mos “preparatórias” servem para preparar a execução de algum tipo de operação, ou até para
receber alguma informação.
94 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Além das funções básicas e preparatórias dessas linguagens, que você verá a seguir, ou-
tras funções ainda serão apresentadas no decorrer desta unidade para que você possa progra-
mar de fato.
Funções iniciais
Funções: D, S, T, M6 / Troca
Aplicação: Seleção do número e corretor de ferramenta e rotação do eixo-árvore
Através da programação do endereço T, na Discovery podem ser programadas até 22 ferramen-
tas; ocorre troca direta da ferramenta ou a seleção da posição no magazine da máquina.
Para liberar a troca da ferramenta, deve-se programar a função M6 / Troca junto com a
função T quando necessário.
A uma ferramenta podem ser atribuídos corretores de ferramentas de 1 a 3, programan-
do um endereço D correspondente.
Figura 6
Magazine de ferramentas
SENAI-RJ 95
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Para ativar a rotação do eixo-árvore (RPM), deve-se programar a função S seguida do va-
lor da rotação desejada.
Exemplo
Exemplo
96 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função N
Aplicação: Definir o número da seqüência
A função N tem por finalidade a numeração seqüencial dos blocos de programação; seu uso é
opcional dentro da programação, ou seja, sua programação é facultativa.
Exemplo
Exemplo
;PEÇA_TESTE
Função MSG
Aplicação: Mensagens programadas
Durante a execução do programa, podem ser progra-
madas mensagens para informar ao operador em que Exemplo
fase se encontra a usinagem ou a operação que está
sendo feita. N10 MSG (“DEBASTANDO PERFIL
SENAI-RJ 97
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Funções preparatórias G
Um número seguido do endereço G determina o modo como uma determinada operação
será executada.
Os códigos G estão divididos em dois tipos:
• Modais
O código G permanece ativo até outro código G do mesmo grupo ser especificado.
• Não-modais
O código G permanece ativo somente no bloco em que foi especificado.
98 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
FUNÇÃO F
Geralmente nos centros de usinagens CNC utiliza-se o avanço em mm/min, mas também
pode ser utilizado em mm/rot.
O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando em conta o material, a ferra-
menta e a operação a ser executada.
Exemplo
F500
SENAI-RJ 99
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 7
Considerando que:
modais, ou seja, são válidas apenas pa- troca; D0 = desativa corretor de ferramenta)
ra o bloco atual.
100 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 8
Planos de trabalho
Sintaxe:
SENAI-RJ 101
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 9
G0 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _
Onde:
X = Coordenada a ser atingida
Y = Coordenada a ser atingida
Z = Coordenada a ser atingida
Sintaxe:
G1 X(...) Y(...) Z(...) F(...)
102 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 10
G0 X0 Y0 Z0 G0 X0 Y0 Z0
G1 X8. Y10 X8
G0 X0 Y0 G0 X0 Y0
Exemplo Figura 11
Sintaxe:
CHF = (...) ou
CHR = (...)
SENAI-RJ 103
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Para arredondar cantos, insere-se entre os movimentos lineares e/ou movimentos circu-
lares a função RND, acompanhada do valor do raio a ser gerado tangente aos segmentos.
Exemplo Figura 12
Sintaxe:
RND = (...)
Exemplo Figura 13
Para trabalhar com arredondamento modal, ou seja, permitir inserir após cada bloco de
movimento um arredondamento entre contornos lineares e contornos circulares, utilizamos
a função RNDM.
Para desligar a função de arredondamento modal deve-se programar a função RNDM = 0.
Sintaxe:
RNDM = (...) valor do raio a ser gerado
104 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Sintaxe:
Onde:
X, Y, Z = ponto final da interpolação
I = centro da interpolação no eixo X
J = centro da interpolação no eixo Y
K = centro da interpolação no eixo Z
CR = valor do raio do circulo (+ ângulo inferior a 180º, – ângulo superior a 180º)
Exemplo Figura 14
G0 X133. Y44.48.Z5
G1 Z-5. F300
G2X115.Y113.3 I =
AC (90) J = AC (70)
ponto final, centro em
dimensão absoluta
G0 Z5
SENAI-RJ 105
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 15
Seqüência de movimentos:
1. Colocar na posição de partida, descontar o raio da ferramenta (coordenada inicial).
2. Com TURN = executar os círculos inteiros programados.
3. Se necessário, ir ao ponto final do circulo através de uma rotação parcial.
4. Executar os itens 2 e 3 para repetir os passes.
Figura 16
106 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Sintaxe:
G2/G3 X(...) Y(...) Z(...) I(...) J(...) TURN = (...)
G2/G3 X(...) Y(...) Z(...) I = AC(...) J = AC(...) TURN = (...)
Onde:
Z = Profundidade final da interpolação
I, J = Coordenadas do centro da interpolação (incremental)
I = AC (...) J = AC(...) = Coordenadas do centro da interpolação (absoluta)
TURN = Número de círculos inteiros a serem desenvolvidos: 0 a 999
Exemplo Figura 17
G17
G0 X50. Y30. Z3.
G1 Z0. F50.
G2 X50. Y30. Z-24. I = AC (40) J =
AC (40) TURN = 6
G0 X30. Y30.
G0 Z10
M30
Sintaxe:
G111 X(...) Y(...), onde os valores de X e Y representam o pólo (centro)
G0/G1 AP = (...) RP = (...)
G2/G3 AP(...) RP(...)
Onde:
AP = ângulo polar, referência de ângulo ao eixo horizontal
RP = raio polar em milímetro ou polegada
SENAI-RJ 107
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 18
G0 X0 Y0 Z10.
G111 X43. Y38.
G0 AP = 18. RP = 30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP = 90. RP = 30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP = 234. RP = 30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP = 306. RP = 30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
Sendo:
G40 – Desligar a compensação de raio da ferramenta
G41 – Ligar a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha à esquerda do perfil
G42 – Ligar a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha à direita do perfil
108 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 19
T01
M6
G54 D01
S2000 M3
G0 X25. Y25. Z10.
G41 OU G42
G1 X50. Y50. F300
.
.
.
G40
G0 X25. Y25.
Z10
M30
SENAI-RJ 109
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
T01 G40.
M6 G0 X10. Y10.
G1 Z-7 F200
G41
Y40
X40. Y70.
X80. Y50.
110 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
SENAI-RJ 111
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Funções especiais
Subprograma
Por principio, um subprograma é construído da mesma maneira que um programa de pe-
ças e compõe-se de blocos com comandos de movimentos. Não há diferença entre o progra-
ma principal e o subprograma; o subprograma contém seqüências de operações de trabalho
que devem ser executadas varias vezes.
Por exemplo: um subprograma pode ser chamado e executado em qualquer programa
principal.
Figura 23
Para escolher um certo subprograma entre vários subprogramas, atribui-se a ele um no-
me, que deve seguir as seguintes restrições:
• Os primeiros dois caracteres devem ser letras; os demais podem ser números. Com exceção
do caso em que se trabalha com chamadas de subprogramas através do endereço L, do qual
o nome pode ser apenas valores numéricos inteiros precedidos pela letra L
• Utilização de no máximo 31 caracteres
• Não é possível utilizar caracteres de separação (/)
Vale ressaltar que as mesmas restrições são validas para nomes de programas principais.
112 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Subprogramas podem ser chamados não só no programa principal, mas também num sub-
programa; com isso, de um programa principal podem partir 11 chamadas de subprogramas.
No programa principal, chama-se o subprograma ou o endereço L e o número do subpro-
grama correspondente ou declarando o nome do subprograma. O nº de vezes que desejamos
repetir pode ser informado através do endereço P = n.
Exemplos Figura 24
Exemplo:
Programa principal PERFIL.MPF
G17 G90 G54
G53 G0 Z-110 D0
T01
M6
G54 D01
S2000 M3
G0 X0 Y0 Z10.
G1 Z0 F300
TRIÂNGULO P2
G0 Z10
G53 G0 Z-110. D0 M5
M30
Subprograma TRIÂNGULO.SPF
G91 G1 Z-2.5 F100
G90 G41
G1 X10. Y10. F200
Y60.
Y30. X50.
X10. Y10.
G40
G0 X0 Y0
M17
SENAI-RJ 113
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
• LABEL – palavra de endereçamento para marcar o início e o fim do desvio ou bloco a ser re-
petido.
Sintaxe 1:
LABEL_BLOCO:
|
REPEATB LABEL_BLOCO P=n
Sintaxe 2:
LABEL_INICIO:
|
|
REPEATB LABEL_INICIO P=n
Sintaxe 3:
LABEL_INICIO:
|
|
|
LABEL_FIM:
|
REPEATB LABEL_INICIO LABEL_FIM P=n
Sintaxe:
GOTOB (label) – Salto para trás
GOTOF (label) – Salto para frente
114 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplos
Descrição:
Figura 25
GOTOF busca
retorno:
GOTOF término
busca:
GOTOB retorno
término:
M30
SENAI-RJ 115
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Parâmetros de cálculo R
Buscando facilitar a programação, o parâmetro R visa a fazer o programa assumir valores
anteriormente atribuídos.
São 100 parâmetros de cálculo R à disposição, com a seguinte classificação:
Sintaxe:
R0 = a
R99 =
Os parâmetros R100 a R249 são de transferência para ciclos de usinagem; são utilizados pe-
lo comando, por isso são fechados, deixando livres para o usuário os parâmetros R0 ao R99.
Aos parâmetros de cálculo podem ser atribuídos valores inteiros ou decimais.
Exemplo
Funções frames
Funções: Figura 26
TRANS, ATRANS
Aplicação: Deslocamento da
origem de trabalho
A função TRANS/ATRANS permite
programar deslocamentos da origem
de trabalho para todos os eixos na di-
reção desejada; com isso, é possível
trabalhar com pontos zero alternati-
vos, no caso de usinagem repetida
em posições diferentes da peça.
116 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
A função TRANS XYZ é utilizada para deslocar a origem do trabalho em relação ao zero
peça G54.
Figura 27
A função ATRANS XYZ é utilizada para deslocar a origem do trabalho em relação a um fra-
me já programado. Para cancelar um deslocamento, deve-se programar a função TRANS sem
a declaração de variáveis; com isso cancelamos qualquer frame programado.
Exemplo Figura 28
Sintaxe:
TRANS X Y
S2000 M3
TRANS X10. Y10.
PERFIL P1
TRANS X50. Y10.
PERFIL P1
TRANS X10. Y50.
PERFIL P1
TRANS
G53 G0 Z-110. D0 M5
M30
SENAI-RJ 117
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 30
Sintaxe:
ROT RPL =
Exemplo Figura 31
118 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 32
Sintaxe:
SCALE X Y
Exemplo Figura 33
SENAI-RJ 119
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 34
Figura 35
Sintaxe:
MIRROR X Y
120 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 36
Exemplo Figura 37
GO TO – Desvio de programa
SENAI-RJ 121
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Funções simplificadoras da
programação (ciclos)
Ciclo é um bloco de comando que informa ao CNC como executar uma determinada ope-
ração que, se fosse programada em comandos simples, resultaria em múltiplos blocos.
Portanto, o uso de ciclos fixos simplifica a programação, reduzindo o número de blocos
do programa.
Função: CYCLE81
Aplicação: Furação simples
A ferramenta fura com a rotação do eixo-árvore e avanço dos eixos até a profundidade pro-
gramada.
Sintaxe:
CYCLE81 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
Figura 38
122 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 39
Função: CYCLE82
Aplicação: Furação com tempo de permanência
A ferramenta fura com a rotação do eixo-árvore e o avanço dos eixos até a profundidade pro-
gramada. Após atingida a profundidade, é possível programar um tempo de permanência.
Sintaxe:
CYCLE82 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB)
Onde:
RPT – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB – Tempo de espera na profundidade final da furação (segundos)
SENAI-RJ 123
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 40
Exemplo Figura 41
124 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE83
Aplicação: Furação com quebra ou eliminação de cavacos
A ferramenta fura com a rotação do eixo-árvore e avanço dos eixos até a profundidade progra-
mada, de forma que a profundidade final é atingida com sucessivas penetrações, podendo a
ferramenta recuar até o plano de referência para eliminar os cavacos ou recuar 1mm para que-
brar o cavaco.
Sintaxe:
CYCLE83 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB, DTS, FRF, VARI)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
FDEP – Primeira profundidade de furação (absoluta)
FDPR – Primeira profundidade de furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DAM – Valor de decremento
DTB – Tempo de espera na profundidade final da furação (segundos)
DTS – Tempo de espera no ponto inicial e eliminação de cavacos
FRF – Fator de avanço para a primeira profundidade de furação (sem sinal)
Gama de valores: 0.001 ... 1
Figura 42 Figura 43
SENAI-RJ 125
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo
Figura 44
126 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE84
Aplicação: Roscamento de macho rígido
A ferramenta executa o roscamento com rotação e avanço até a profundidade programada.
Sintaxe:
CYCLE84 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDAC, MPIT, PIT, POSS, SST, SST1)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB – Tempo de espera no fundo da rosca (quebrar cavaco)
SDAC – Sentido de giro após fim de ciclo
Valores 3, 4 ou 5
Figura 45
SENAI-RJ 127
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
A posição do roscamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, deve-
se dar um posicionamento sobre a coordenada do furo antes de ativar o ciclo.
Esse ciclo permite roscar furos utilizando o processo de macho rígido.
Roscas à esquerda ou roscas à direita são especificadas através do sinal dos parâmetros
de passo:
Exemplo Figura 46
128 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE840
Aplicação: Roscamento com mandril flutuante
A ferramenta executa o roscamento com rotação e avanço até a profundidade programada.
Sintaxe:
CYCLE840 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDR, SDAC, ENC, MPIT, PIT)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB – Tempo de espera no fundo da rosca (quebrar cavaco)
SDR – Sentido de giro para o retorno
Valores: 0 = inversão automática do sentido de giro, 3 ou 4 (para M3 ou M4)
Figura 47
SENAI-RJ 129
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
A posição do roscamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, deve-
se dar um posicionamento sobre a coordenada do furo antes de ativar o ciclo.
O ciclo CYCLE840 permite roscar furos com mandril flutuante: com encoder e sem encoder.
O sentido de giro é sempre invertido automaticamente na abertura das roscas.
Antes da chamada do ciclo, é necessário programar o sentido de giro do eixo-árvore.
Exemplo Figura 48
Função: CYCLE85
Aplicação: Mandrilamento com retração do eixo-árvore em rotação
A ferramenta executa o mandrilamento com rotação e avanço até a profundidade programa-
da, podendo programar o avanço de retração de acordo com o desejado.
Sintaxe:
CYCLE85 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, FFR, RFF)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB – Tempo de espera na profundidade final da furação (segundos)
FFR – Avanço de desbaste
RFF – Avanço de retração
130 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 49
A posição do mandrilamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, de-
ve-se dar um posicionamento sobre as coordenadas do furo antes de ativar o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Deve-se programar a rotação do eixo-árvore em bloco separado.
Exemplo Figura 50
SENAI-RJ 131
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE86
Aplicação: Mandrilamento com retração do eixo-árvore parado
A ferramenta executa o mandrilamento com rotação e avanço até a profundidade programa-
da, podendo programar deslocamento e avanço para retração de acordo com o desejado.
Sintaxe:
CYCLE86 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDIR, RPA, POR, RPAP, POSS)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referencia (sem sinal)
DTB – Tempo de espera na profundidade final da furação (segundos)
SDIR – Sentido de giro
Valores: 3 (para M3), 4 (para M4)
Figura 51
A posição do mandrilamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, de-
ve-se dar um posicionamento sobre a coordenada do furo antes de ativar o ciclo.
A função POSS permite parar o eixo-árvore de forma orientada.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0). O sentido de rotação é programado no ciclo.
Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados em um bloco separado.
132 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 52
Função: CYCLE87
Aplicação: Mandrilamento
A ferramenta executa o mandrilamento com rotação e avanço até a profundidade programa-
da; a retração se dará com o eixo-árvore parado e em avanço rápido.
Figura 53
Sintaxe:
CYCLE87 (RTP, RFP, SIDS, DP, DPR, SDIR)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao
plano de referencia (sem sinal)
SENAI-RJ 133
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
A posição do mandrilamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, de-
ve-se dar um posicionamento sobre a coordenada do furo antes de ativar o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
O sentido de rotação é programado no ciclo.
Exemplo Figura 54
Função: CYCLE88
Aplicação: Mandrilamento
A ferramenta executa o mandrilamento com rotação e avanço até a profundidade programa-
da; a retração se dará após um tempo de permanência, com o eixo-árvore parado e em avan-
ço rápido.
Sintaxe:
CYCLE88 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDIR)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB – Tempo de espera na profundidade final da furação (segundos)
SDIR – Sentido de giro
Valores: 3 (para M3), 4 (para M4)
134 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 55
A posição do mandrilamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, de-
ve-se dar um posicionamento sobre a coordenada do furo antes de ativar o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
O sentido de rotação é programado no ciclo.
Exemplo Figura 56
SENAI-RJ 135
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE89
Aplicação: Mandrilamento
A ferramenta executa o mandrilamento com rotação e avanço até a profundidade programa-
da; a retração se dará após um tempo de permanência.
Sintaxe:
CYCLE89 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB – Tempo de espera na profundidade final da furação (segundos)
Figura 57
A posição do mandrilamento é a posição nos dois eixos do plano selecionado, ou seja, de-
ve-se dar um posicionamento sobre a coordenada do furo antes de ativar o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados em um bloco separado.
136 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 58
Função: MCALL
Aplicação: Chamada de sub-rotina
Esta função é muito importante para os ciclos de furação.
Figura 59
Sintaxe:
MCALL CYCLE _(_,_,_,_,_)
SENAI-RJ 137
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo
Figura 60
138 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE90
Aplicação: Interpolação helicoidal
Este ciclo permite produzir roscas internas e externas. A trajetória da ferramenta é baseada em
uma interpolação helicoidal.
Sintaxe:
CYCLE90 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DIATH, DIATH, KDIAM, PIT, FFR, CDIR, TYPTH, CPA, CPO)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância segura (sem sinal)
DP – Profundidade da furação (absoluto)
DPR – Profundidade final da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DIATH – Diâmetro nominal, diâmetro externo da rosca
KDIAM – Diâmetro útil, diâmetro interno da rosca
PIT – Passo da rosca
Gama de valores: 0,001 ... 2000,000mm
Figura 61
SENAI-RJ 139
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
A posição de partida, quando em usinagem externa, é qualquer posição, desde que a fer-
ramenta possa atingir o diâmetro externo e o plano de retorno sem colisão.
A posição de partida, quando em usinagem interna, é qualquer posição, desde que a fer-
ramenta possa atingir o centro da interpolação e a altura do plano de retorno sem colisão.
Quando a usinagem é de baixo para cima, devemos posicionar a ferramenta no plano de
retorno ou atrás do plano de retorno.
O comando monitora a ferramenta durante o ciclo; deve ser ativado o devido corretor, ca-
so contrário irá ocorrer alarme abortando a operação.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Os dados de corte, como avanço e rotação, devem ser programados em um bloco separado.
Exemplo
Figura 62
140 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
p 2*WR + RDIFF
z = *
4 DIATH
Onde:
p – Passo da rosca
WR – Raio da ferramenta
Função: HOLES1
Aplicação: Linha de furos
Este ciclo permite produzir uma linha de furos, ou seja, um número de furos situados sobre
uma linha reta, sendo que o tipo de furação se dará pelo ciclo ativado anteriormente.
Sintaxe:
Onde:
SPCA – Ponto de referência no eixo X (absoluto)
SPCO – Ponto de referência no eixo Y (absoluto)
STA1 – Ângulo da linha de furos
Valores: - 180º < STA1 <= 180º
SENAI-RJ 141
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 63
Exemplo 1 Figura 64
142 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: HOLES2
Aplicação: Círculos de furos
Este ciclo permite usinar um círculo de furos; o tipo de furação se dará pelo ciclo ativado an-
teriormente.
Sintaxe:
HOLES2 (CPA, CPO, RAD, STA1, INDA, NUM)
Onde:
CPA – Centro do círculo de furos no eixo X (absoluto)
CPO – Centro do círculo de furos no eixo Y (absoluto)
RAD – Raio do círculo de furos
STA1 – Ângulo inicial
Valores = -180º < STA1 <= 180º
Figura 65
A posição do círculo de furos é definida através do centro (CPA, CPO) e do raio (RAD). Os
pontos de furação são atingidos através de movimentos rápidos.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
SENAI-RJ 143
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo Figura 66
Função: LONGHOLE
Aplicação: Rasgos em círculo (largura igual ao diâmetro da fresa)
Este ciclo permite a usinagem (desbaste) de rasgos oblongos dispostos sobre um círculo; a lar-
gura dos rasgos será igual ao diâmetro da fresa.
Sintaxe:
LONGHOLE (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, NUM, LENG, CPA, CPO,
RAD, STA1, INDA, FFD, FFP1, MID)
Onde:
RTP – Plano de retorno (absoluto)
RFP – Plano de referência (absoluto)
SDIS – Distância de segurança (sem sinal)
DP – Profundidade do rasgo (sem sinal)
DPR – Profundidade do rasgo relativa ao plano de referência (sem sinal)
NUM – Número de rasgos
LENG – Comprimento do rasgo (sem sinal)
CPA – Centro do círculo em X (absoluto)
CPO – Centro do círculo em Y (absoluto)
RAD – Raio do círculo (sem sinal)
STA1 – ângulo inicial
INDA – ângulo de incremento
FFD – Avanço de penetração
FFP1 – Avanço de desbaste
MID – Profundidade de corte (sem sinal)
144 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 67
Exemplo Figura 68
SENAI-RJ 145
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: SLOT1
Aplicação: Rasgos em círculo
Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de rasgos oblongos dispostos sobre
um círculo.
Sintaxe:
SLOT1 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, NUM, LENG, WID, CPA, CPO, RAD, STA1,
INDA, FFD, FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)
Onde:
RTP = Plano de retorno (absoluto) FFP1 = Avanço de desbaste
RFP = Plano de referência (absoluto) MID = Profundidade de corte (sem sinal)
SDIS = Distância de segurança (sem sinal) CDIR = Direção do desbaste
DP = Profundidade do rasgo (absoluta) Valores: 2 (para G2)
3 (para G3)
DPR = Profundidade do rasgo relativa
ao plano de referência (sem sinal) FAL = Sobremetal para acabamento nas
laterais (sem sinal)
NUM = Número de rasgos
VARI = Modo de trabalho
LENG = Comprimento do rasgo (sem sinal)
Valores: 0 = desbastar e acabar
WID = Largura da ranhura (sem sinal) 1 = desbastar
CPA = Centro do círculo em X (absoluto) 2 = acabar
CPO = Centro do círculo em Y (absoluto) MIDF = Profundidade de corte para
RAD = Raio do círculo (sem sinal) acabamento (sem sinal)
Figura 69
146 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 70
Exemplo Figura 71
SENAI-RJ 147
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: SLOT2
Aplicação: Rasgos circulares
Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de rasgos circulares dispostos sobre
um círculo.
Sintaxe:
SLOT2 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, NUM, AFSL, WID, CPA, CPO, RAD, STA1,
INDA, FFD, FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)
Onde:
RTP = Plano de retorno (absoluto) FFD = Avanço de penetração
RFP = Plano de referência (absoluto) MID = Profundidade de corte (sem sinal)
SDIS = Distância de segurança (sem sinal) CDIR = Direção do desbaste
DP = Profundidade do rasgo (absoluta) Valores: 2 (para G2)
3 (para G3)
DPR = Profundidade do rasgo relativa
ao plano de referência (sem sinal) FAL = Sobremetal para acabamento
nas laterais (sem sinal)
NUM = Número de rasgos
VARI = Modo de trabalho
AFSL = Comprimento angular do rasgo
Valores: 0 = desbastar e acabar
(sem sinal)
1 = desbastar
WID = Largura da ranhura (sem sinal) 2 = acabar
CPA = Centro do círculo em X (absoluto) MIDF = Profundidade de corte para
CPO = Centro do círculo em Y (absoluto) acabamento (sem sinal)
RAD = Raio do círculo (sem sinal) FFP2 = Avanço de acabamento
STA1 = Ângulo inicial SSF = Rotação para acabamento
INDA = Ângulo de incremento
Figura 72
148 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Antes de ativar o ciclo, deve-se ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o co-
mando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Durante a usinagem, o sistema de coordenadas é rotacionado; com isso, os valores mos-
trados no display serão como se fosse usinado sobre o 1º eixo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
No caso de violação do contorno dos furos oblongos, surgirá uma mensagem de erro abor-
tando a usinagem.
Figura 73
Exemplo Figura 74
SENAI-RJ 149
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: POCKET1
Aplicação: Alojamento retangular
Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos retangulares em qual-
quer posição ou ângulo.
Sintaxe:
POCKET1 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, LENG, WID, CRAD, CPA, CPO, STA1, FFD,
FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)
Onde:
RTP = Plano de retorno (absoluto) FFP1 = Avanço de desbaste
RFP = Plano de referência (absoluto) MID = Profundidade de corte (sem sinal)
SDIS = Distância de segurança (sem sinal) CDIR = Direção do desbaste
DP = Profundidade do alojamento (absoluta) Valores: 2 (para G2)
3 (para G3)
DPR = Profundidade do alojamento relativa
ao plano de referência (sem sinal) FAL = Sobremetal para acabamento
nas laterais (sem sinal)
LENG = Comprimento do alojamento
(sem sinal) VARI = Modo de trabalho
Valores: 0 = desbastar e acabar
WID = Largura do alojamento (sem sinal)
1 = desbastar
CRAD = Raio do canto 2 = acabar
CPA = Centro do retângulo em X (absoluto) MIDF = Profundidade de corte para
CPO = Centro do retângulo em Y (absoluto) acabamento (sem sinal)
STA1 = Ângulo do alojamento FFP2 = Avanço de acabamento
Valores: 0º = STA1 < 180º SSF = Rotação para acabamento
FFD = Avanço de penetração
Figura 75
150 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Antes de ativar o ciclo, deve-se ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o co-
mando monitora a ferramenta durante o ciclo. No final do ciclo a ferramenta movimentar-se-
á para o centro do alojamento.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Exemplo
Figura 76
SENAI-RJ 151
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: POCKET2
Aplicação: Alojamento circular
Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos circulares em qual-
quer posição ou ângulo.
Sintaxe:
POCKET2 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, PRAD, CPA, CPO, FFD, FFP1, MID, CDIR,
FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)
Onde:
RTP = Plano de retorno (absoluto) CDIR = Direção do desbaste
RFP = Plano de referência (absoluto) Valores: 2 (para G2)
3 (para G3)
SDIS = Distância de segurança (sem sinal)
FAL = Sobremetal para acabamento
DP = Profundidade do alojamento (absoluta)
nas laterais (sem sinal)
DPR = Profundidade do alojamento relativa
VARI = modo de trabalho
ao plano de referência (sem sinal)
Valores: 0 = desbastar e acabar
PRAD = Raio do alojamento (sem sinal) 1 = desbastar
CPA = Centro do círculo em X (absoluto) 2 = acabar
CPO = Centro do círculo em Y (absoluto) MIDF = Profundidade de corte para
FFD = Avanço de penetração acabamento (sem sinal)
Figura 77
152 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Exemplo
Figura 78
SENAI-RJ 153
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: POCKET3
Aplicação: Alojamento retangular
Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos retangulares em qual-
quer posição ou ângulo.
Sintaxe:
POCKET3 (_RTP, _RFP, _SDIS, _DP, _LENG, _WID, _CRAD, _PA, _PO,
_STA, _MID, _FAL, _FALD, _FFP1, _FFD, _CDIR, _VARI, _MIDA, _AP1,
_AP2, _AD, _RAD1, _DP1)
Onde:
_RTP = Plano de retorno (absoluto)
_RFP = Plano de referência (absoluto)
_SDIS = Distância de segurança (sem sinal)
_DP = Profundidade do alojamento (absoluta)
_LENG = Comprimento do alojamento (sem sinal)
_WID = Largura do alojamento (sem sinal)
_CRAD = Raio do canto do alojamento (sem sinal)
_PA = Centro do alojamento em X (absoluto)
_PO = Centro do alojamento em Y (absoluto)
_STA1 = Ângulo entre o eixo longitudinal do alojamento e o eixo X (sem sinal)
Faixa de Valores: 0º<=_STA<180º
_MID = Profundidade máxima de incremento (sem sinal)
_FAL = Sobremetal para acabamento nas faces do alojamento (sem sinal)
_FALD = Sobremetal para acabamento no fundo do alojamento (sem sinal)
_FFP1 = Avanço para a usinagem da superfície
_FFD = Avanço para o incremento na profundidade
_CDIR = Direção do fresamento (sem sinal)
Valores: 0 = fresamento em sentido direto (sentido de giro do eixo-árvore)
1 = fresamento oposto
2 = em G2 (independente da direção do eixo-árvore)
3 = em G3
_VARI = Modo de usinagem: (sem sinal)
dígitos das unidades:
Valores: 1 = desbastar até a medida de tolerância de acabamento
2 = acabar
Dezena:
Valores: 0 = vertical no centro do alojamento em G0
1 = vertical no centro do alojamento em G1
2 = sobre trajetória helicoidal
3 = oscilar no eixo longitudinal do alojamento
154 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 79
Figura 80
SENAI-RJ 155
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Antes de ativar o ciclo, deve-se ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o co-
mando monitora a ferramenta durante o ciclo.
No final do ciclo, a ferramenta movimentar-se-á para o centro do alojamento.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Figura 81
Exemplo Figura 82
156 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: POCKET4
Aplicação: Alojamento circular
Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos circulares em qual-
quer posição.
Sintaxe:
POCKET4 (_RTP, _RFP, _SDIS, _DP, _PRAD, _PA, _PO, _MID, _FAL, _
FALD, _FFP1, _FFD, _CDIR, _VARI, _MIDA, _AP1, _AD, _RAD1, _DP1)
Onde:
_RTP = Plano de retorno (absoluto)
_RFP = Plano de referência (absoluto)
_SDIS = Distância de segurança (sem sinal)
_DP = Profundidade do alojamento (absoluta)
_PRAD = Raio do alojamento (sem sinal)
_PA = Centro do alojamento em X (absoluto)
_PO = Centro do alojamento em Y (absoluto)
_MID = Profundidade máxima de incremento (sem sinal)
_FAL = Sobremetal para acabamento nas faces do alojamento (sem sinal)
_FALD = Sobremetal para acabamento no fundo do alojamento (sem sinal)
_FFP1 = Avanço para a usinagem da superfície
_FFD = Avanço para o incremento na profundidade
_CDIR = Direção do fresamento (sem sinal)
Valores: 0 = fresamento em sentido direto
(sentido de giro do eixo-árvore)
1 = fresamento oposto
2 = em G2 (independente da direção do eixo-árvore)
3 = em G3
_VARI = Modo de usinagem (sem sinal)
Dígitos das unidades:
Valores: 1 = desbastar até a medida de tolerância de acabamento
2 = acabar
Dezena:
Valores: 0 = vertical no centro do alojamento em G0
1 = vertical no centro do alojamento em G1
2 = sobre trajetória helicoidal
3 = oscilar no eixo longitudinal do alojamento
SENAI-RJ 157
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 83
Exemplo Figura 84
158 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE71
Aplicação: Facear superfície
Este ciclo permite facear qualquer superfície retangular.
Sintaxe:
CYCLE71 (_RTP, _RFP, _SDIS, _DP, _PA, _PO, _LENG, _WID, _STA, _
MID, _MIDA, _FDP, _FALD, _FFP1, _VARI)
Onde:
_RTP = Plano de retorno (absoluto)
_RFP = Plano de referência (absoluto)
_SDIS = Distância de segurança (sem sinal)
_DP = Profundidade do rasgo (absoluta)
_PA = Ponto de início em X (absoluto)
_PO = Ponto de início em Y (absoluto)
_LENG = Comprimento do alojamento em X, incremental o canto, a partir dele
faz a cotagem, resulta do sinal
_WID = Largura do alojamento em Y, incremental o canto, a partir dele se faz a
cotagem, resulta do sinal
_STA = Ângulo entre o eixo longitudinal do alojamento e o eixo X (sem sinal)
Faixa de valores: 0º<=_STA<180º
_MID = Profundidade máxima de incremento (sem sinal)
_MIDA = Largura máxima de incremento
_FDP = Percurso livre no plano
_FALD = Sobremetal para acabamento na profundidade
_FFP1 = Avanço para a usinagem da superfície
_VARI = Modo de usinagem: (sem sinal)
Dígitos das unidades:
Valores: 1 = desbastar até a medida de tolerância de acabamento
2 = acabar
Dezena:
Valores: 1 = paralelo em X, em uma direção
2 = paralelo em Y, em uma direção
3 = paralelo em X, com direção alternativa
4 = paralelo em Y, com direção alternativa
_FDP1 = Trajetória de ultrapassagem na direção de penetração
Figura 85
SENAI-RJ 159
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 86
Antes de ativar o ciclo, deve-se ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o co-
mando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Exemplo Figura 87
160 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Função: CYCLE72
Aplicação: Fresar superfície
Este ciclo permite fresar qualquer superfície determinada dentro de um subprograma.
Sintaxe:
CYCLE72 (_KNAME, _RTP, _RFP, _SDIS, _DP, _MID, _FAL, _FALD, _FFP1,
_FFD, _VARI, _RL, _AS1, _LP1, _FF3, _AS2, _LP2)
Onde:
_KNAME = Nome do subprograma de contorno
_RTP = Plano de retorno (absoluto)
_RFP = Plano de referência (absoluto)
_SDIS = Distância de segurança (sem sinal)
_DP = Profundidade do rasgo (absoluta)
_MID = Profundidade máxima de incremento (sem sinal)
_FAL = Sobremetal para acabamento nas laterais do alojamento (sem sinal)
_FALD = Sobremetal para acabamento no fundo do alojamento (sem sinal)
_FFP1 = Avanço para a usinagem da superfície
_FFD = Avanço para penetração
_VARI = Modo de usinagem: (sem sinal)
Dígitos das unidades:
Valores: 1 = escarear até a medida de tolerância de acabamento
2 = acabar
Dezenas:
Valores: 0 = percursos intermediários em G0
1 = percursos intermediários em G1
Centenas:
Valores: 0 = retorno em percursos intermediários até a _RTP
1 = retorno em percursos intermediários até a _RTP + _SDIS
2 = retorno em percursos intermediários por _SDIS
3 = sem retorno em percursos intermediários
_RL = Contornar à direita ou à esquerda (em G41 ou G42, sem sinal)
Valores: 41 = G41
42 = G42
_AS1 = Definição do percurso de aproximação: (sem sinal)
Dígitos das unidades:
Valores: 1 = linha reta, tangencial
2 = semicírculo
3 = quarto de círculo
Dezenas:
Valores: 0 = aproximar-se do contorno no plano
1 = aproximar-se do contorno sobre uma trajetória no espaço
_LP1 = Comprimento do percurso de aproximação (linha reta) ou raio da trajetória
do centro da fresa do arco de círculo de entrada (círculo) (sem sinal)
Os seguintes parâmetros podem ser opcionalmente definidos (sem sinal):
_FF3 = Avanço de retorno para posicionamentos intermediários no plano
(durante recuos)
_AS2 = Definição do percurso de recuo: (sem sinal)
Dígitos das unidades:
Valores: 1 = linha reta, tangencial
2 = semicírculo
3 = quarto de círculo
Dezenas:
Valores: 0 = afastamento do contorno no plano
1 = afastamento do contorno sobre uma trajetória no espaço
_LP2 = Comprimento do percurso de afastamento (linha reta) ou raio da trajetória
do centro da fresa do arco de círculo de entrada (círculo) (sem sinal)
SENAI-RJ 161
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Figura 88
A posição de aproximação pode ser qualquer uma, desde que se possa atingir, sem coli-
sões, o centro do alojamento e o plano de retorno.
Antes de ativar o ciclo, deve-se ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o co-
mando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receber
valor zero (0).
Exemplo Figura 89
162 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Programação do centro de usinagem: Comando Siemens Sinumerik 810D
Funções miscelâneas
Códigos M são comumente usados pelo construtor de máquina-ferramenta para dar ao
usuário a possibilidade de ligar e desligar algum dispositivo da máquina CNC, como ligar e
desligar o óleo refrigerante, ligar o trocador de ferramenta etc.
Em todo caso, você precisa saber o que você tem disponível para ativar dentro de seus
programas CNC.
SENAI-RJ 163
Segurança e
procedimentos no
ambiente CNC
Nesta unidade...
Simbologia básica
5
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Simbologia básica
Os símbolos apresentados a seguir serão usados em toda esta unidade.
SENAI-RJ 167
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Principais dicas de
segurança
As medidas de segurança e precaução apresentadas a seguir têm por objetivo evitar perigos
à saúde e à vida dos usuários e manutentores da máquina, assim com evitar danos materiais.
Manutentores
São aqueles
que operam a
máquina e/ou são
responsáveis por
sua manutenção,
proteção e
conservação.
Utilização apropriada
A máquina serve exclusivamente para usinagem CNC. Se for utilizada de maneira im-
própria, quer dizer, empregada para outros tipos de serviços ou além de suas capaci-
dades, poderá haver sérios danos físicos ou consideráveis danos materiais.
A máquina somente deve ser utilizada nas funções para as quais foi projetada e
em perfeitas condições de segurança.
Para a operação e manutenção da máquina devem ser observadas as instruções
contidas nos manuais.
168 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Responsabilidade do operador
Somente devem trabalhar com a máquina pessoas que:
Estejam familiarizadas com as normas básicas de segurança industrial e com
as normas de prevenção de acidentes, que tenham sido devidamente instruí-
das para trabalhar com a máquina.
Tenham estudado o capitulo sobre segurança e notas de advertência contidas
no manual de operação e tenham assinado o comprovante de treinamento.
Trabalhem em conformidade com as normas de segurança vigentes, o que deve
ser verificado periodicamente.
Responsabilidades pessoais
Todos os autorizados a trabalhar com a máquina observam os regulamentos bási-
cos sobre segurança industrial e prevenção de acidentes.
Controle de máquina
Somente os usuários autorizados podem realizar modificações de software. Os de-
mais usuários devem apenas operar o controle.
Qualificação pessoal
O centro de usinagem só pode ser operado por pessoal treinado e instruído.
A idade legal do operador deve ser observada. Pessoas que participaram de treina-
mento geral (cursos, instruções etc.) devem estar sob permanente supervisão de
técnico treinado e instruído.
A responsabilidade do pessoal em relação à máquina deve ser claramente deter-
minada (transporte, instalação, operação/manuseio e manutenção).
SENAI-RJ 169
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
A localização do botão de emergência deve ser bem conhecida, de forma que pos-
sa ser acionado em qualquer momento.
Nunca deve ser acionado um comando se o usuário não sabe seus resultados. An-
tes de acionar qualquer comando manual, é preciso estar seguro de que é o co-
mando correto.
170 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
SENAI-RJ 171
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Ao ligar a máquina,
primeiramente ligue o
interruptor da fábrica e
então a chave geral da
máquina, nesta ordem.
Depois de ligar a chave
geral, ligue o CNC e espere
pela imagem na tela.
Aquecimento da máquina
Antes de começar a operação, é recomendado que a máquina seja preaquecida.
Ela deve funcionar de 10 a 20 minutos com a metade da velocidade máxima, em
operação automática.
Esse programa de operação automática deve fazer com que funcionem todos os
componentes da máquina. Ao mesmo tempo, deve ser verificado o funcionamen-
to correto desses componentes.
172 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Nunca devem ser utilizadas ferramentas gastas. Isso pode causar sérios danos às
peças e reduzirá a eficiência da máquina.
Os controles manuais (botões, teclas etc.) não devem ser operados usando luvas.
Sempre que uma peça pesada precisar ser instalada ou removida da máquina, é
necessário usar dispositivo de levantamento e transporte adequados.
O operador não deve tocar nos cavacos ou na ponta de ferramentas com as mãos
desprotegidas.
SENAI-RJ 173
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
O operador não deve tocar uma peça ou o eixo-árvore com as mãos ou outro dis-
positivo enquanto estiverem em rotação.
174 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
O equipamento deve ser testado para haver certeza de uma operação segura.
Cuidados e advertências
sobre limpeza e ambientais
Cuidados sobre limpeza
Quando a máquina estiver executando operações de usinagem com bronze, latão,
alumínio, ferro fundido ou ligas semelhantes, deve-se tomar maior cuidado com
as proteções, os limpadores de cavacos e o reservatório de fluido refrigerante. Pa-
ra isso, devem ser seguidas estas instruções:
Proteções
As proteções devem ser limpas a cada quatro horas, usando um aspirador de pó com po-
tência mínima de 1,5cv e capacidade de 20 a 40 litros.
Limpadores de cavacos
Devem ser inspecionados a cada 100 horas; no caso de desgaste, devem ser substituídos.
SENAI-RJ 175
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Advertências ambientais
O operador não deve jogar cavacos, fluido refrigerante ou óleo hidráulico em lu-
gares impróprios. O descarte de cavacos, fluido refrigerante e óleo hidráulico de-
ve ser executado por pessoal treinado e de acordo com os procedimentos legais
indicados pelas leis ambientais vigentes.
Informativos de segurança
na máquina
Além das dicas já descritas, a máquina apresenta algumas informações importantes; vo-
cê verá algumas outras a seguir.
176 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
Não abra a
porta enquanto
a máquina
estiver em modo
automático.
VOLTAGEM PERIGOSA
Instruções de segurança
at e n ç ã o
Manter filtros
limpos
R63O63 SENAI-RJ 177
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA
1 – Leia com atenção o manual de operação de
manutenção e todas as advertências indicadas na
máquina antes de operá-la. O não-cumprimento
dessas instruções e advertências pode resultar em
sérios danos.
2 – Esta máquina liga e se move automaticamente.
NUNCA coloque qualquer parte do seu corpo
perto ou sobre as partes móveis dessa máquina.
3 – Pare sempre e completamente o eixo-árvore antes
de tocar na peça, ferramenta ou eixo-árvore.
4 – Não opere essa máquina, a não ser que todas as
proteções, intertravamentos e outros dispositivos
de segurança estejam instalados e funcionando.
5 – Sempre prenda a peça e ferramenta com
segurança, evite avanços e rotações excessivos.
6 – Tire anéis, jóias, relógios e roupas folgadas,
mantenha seu cabelo longe das partes móveis
da máquina.
7 – Sempre utilize óculos e sapatos de segurança e
protetor de ouvido ao operar a máquina.
8 – A assistência técnica ou instalação desta
máquina deve ser executada somente por pessoal
qualificado, seguindo os procedimentos descritos
no manual de manutenção. Desligue e trave a
chave geral da rede antes de executar qualquer
serviço de manutenção.
É responsabilidade do usuário certificar-se de que a
máquina esteja em perfeitas condições de operação e
seguir os procedimentos de operação descritos nos
manuais de operação e manutenção, bem como todos
os avisos fixados na máquina. Em caso de dúvida
referente à operação desta máquina, entre em contato
com o seu superior ou com a filial Romi mais próxima.
NÃO REMOVA NEM ESTRAGUE ESTE AVISO.
178 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Segurança e procedimentos no ambiente CNC
ATENÇÃO
1 – A escolha e o controle de óleo
solúvel são importantes para que
tintas, borrachas e cabos elétricos
da máquina não sejam danificados.
2 – A limpeza periódica de partes da
máquina tais como proteções,
guias, tanque de refrigeração etc.
é fundamental para seu bom
funcionamento.
VEJA O MANUAL DE MANUTENÇÃO
SENAI-RJ 179
Procedimentos
para utilização da
unidade de comando
Nesta unidade...
Descrição do painel de controle
6
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Descrição do painel
de controle CNC
Chegou a hora de conhecer e operar o centro de usinagem Discovery 560. Para começar,
conheça em detalhes o painel de controle do comando Siemens 810D (Figura 1).
FIGURA 1
SENAI-RJ 183
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Descrição do telhado
Libera Alteração de
Jog dados
eixo-árvore
Delete (apagar
Aumenta
caracteres)
Home rotação
programada
Máquina
Diminui
Mda rotação
programada
Cancelar
alarme
Segurança
Teach
de porta
Alarme e
mensagens
Aceleração
Liga CNC dos eixos
durante jog
Menu
Desliga
Auto
refrigeração
(automático) Page up
de corte
(sobe página)
Liga
Bloco a bloco refrigeração Page down
de corte (desce página)
Desliga
Reset transportador Seleção de
de cavacos dados
Shift
Liga
(segunda
Stop transportador
função do
de cavacos
teclado)
Recua taf
Space (espaço
(trocador
Start em branco)
automático de
ferramentas)
Referência Ajuda
Zero máquina/
zero peça de taf
Cursores de posição
Sentido
Libera eixos de avanço
x, y, z durante jog
(positivo)
Sentido
Desliga eixos de avanço
x, y, z durante jog
(negativo)
184 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Principais procedimentos
para utilização da unidade
de comando
Agora você irá conhecer, um a um, os principais comandos da máquina e os procedimen-
tos de utilização, iniciando ao ligá-la e finalizando ao desligá-la.
Ligar a máquina
Ligar a chave geral
Desativar botão de emergência
Desativar alarme sonoro
Ligar CNC
Acionar RESET
Acionar segurança de porta (chave setup F2)
Liberar os eixos (árvores e carros)
SENAI-RJ 185
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
186 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
SENAI-RJ 187
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
188 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Eixos X e Y
Através do movimento manual, encostar a ferramenta na lateral da peça, no eixo X ou Y
Acionar MENU
Acionar PARÂMETROS Considerando o
posicionamento da
Acionar DESLOCAMENTO DO PONTO ZERO ferramenta conforme os
Selecionar corretor (G54 a G57) desejado exemplos acima citados
considerar + RAIO
Posicionar o cursor no eixo desejado, X ou Y
Acionar DETERMINAR DPZ
Selecionar ferramenta desejada Acionar OK
Exemplo: T n° 1, 2, 3... Acionar ARMAZENAR
Posicionar cursor em RAIO Repetir os mesmos procedimentos
Selecionar + RAIO ou RAIO para zerar o outro eixo
SENAI-RJ 189
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
190 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
SENAI-RJ 191
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Renomear um programa
Acionar MENU
Acionar PROGRAMAS DE PEÇAS
Acionar PROGRAMAS ou SUBPROGRAMAS
Com o cursor, selecionar programa desejado
Acionar RENOMEAR
Digitar novo nome
Acionar OK
Apagar programa
Acionar MENU
Acionar PROGRAMA DE PEÇAS
Acionar PROGRAMAS ou SUBPROGRAMAS
Com o cursor, selecionar programa desejado
Acionar APAGAR
Acionar OK
192 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Acionar FECHAR
Com o cursor, selecionar programa ou
subprograma desejado
Acionar INPUT
Levar o cursor onde deseja ser inserido o
texto copiado
Acionar INSERE BLOCO
SENAI-RJ 193
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Transmissão de dados
Preparar micro ou periférico externo para receber os dados (programas)
Acionar MENU
Acionar SERVIÇOS
Selecionar tipo de informação a ser transmitida
Acionar SAÍDA DE DADOS
Acionar PARTIDA
Recepção de dados
Acionar MENU
Acionar SERVIÇOS
Selecionar tipo de informação a ser transferida ou recebida
Acionar SAÍDA DE DADOS
Acionar PARTIDA
Através do micro ou periférico externo, enviar os dados (programa)
194 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
SENAI-RJ 195
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Acionar PARTIDA
Enviar programa via periférico
Acionar START
Reinício do programa
196 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Procedimentos para utilização da unidade de comando
Acionar AUTOMÁTICO
Acionar PESQUISA DE BLOCO
Acionar INDICADOR DE PESQUISA
Digitar 3 para CADEIA
Acionar INPUT
Digitar o nº da ferramenta desejada (exemplo: T03)
Acionar INPUT
Acionar SEM CÁLCULO
Acionar START
Será mostrado o alarme para continuar
Acionar START
No meio da operação
Executar um programa em automático
Acionar STOP para a parada do programa
Acionar JOG
Selecionar eixo X, Y ou Z (caso necessário)
Manter pressionada a tecla + ou – para afastar a ferramenta da peça de acordo com a
operação
Neste ponto, pode-se desligar o eixo-árvore, limpar a peça, trocar uma pastilha (caso
necessário)
Acionar REINÍCIO
Ligar eixo-árvore (caso esteja desligado)
Selecionar eixo X, Y ou Z (caso necessário)
Manter pressionada a tecla + ou – para aproximar a ferramenta da peça (observar dis-
play)
Acionar AUTOMÁTICO
Acionar START
Desligar máquina
Acionar MÁQUINA
Ativar (pressionar) botão de emergência
Desligar chave geral
SENAI-RJ 197
Aplicação prática
Nesta unidade...
Programação
Usinagem
7
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Programação
Chegou a hora de colocar a “mão na massa”, no desenvolvimento de programação.
Para começar, preparamos algumas questões para que você pratique o que aprendeu! Res-
ponda a elas; posteriormente vamos desenvolver a programação de algumas peças.
3. Qual função é utilizada para executar uma operação de usinagem de arco no sentido horário?
4. Quais funções permitem selecionar o plano de trabalho? Qual delas orienta o plano de tra-
balho em XY?
5. Escreva a linha de programação que serve para repetir uma sub-rotina utilizando o Coman-
do Siemens Sinumerik 810D.
6. Escreva a função que é utilizada para ligar a compensação de raio da ferramenta em que a
ferramenta trabalhe à direita do perfil.
9. Qual função prepara a máquina para executar operação em coordenadas absolutas tendo
uma pré-origem prefixada para a programação?
SENAI-RJ 201
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Peça nº 1
Exercício de programação em centro de usinagem.
Ferramentas:
T1-Fresa Ø 8mm – 4 cortes
T2-Broca Ø10mm
Sistema de coordenadas absolutas
Figura 1
Desenho da peça nº 1
202 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
SENAI-RJ 203
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
204 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Peça nº 2
Exercício de programação em centro de usinagem.
Ferramentas:
T1- Fresa Ø 14mm – 2 cortes
T2- Broca Ø 5mm
Sistema de coordenadas absolutas
Figura 2
Desenho da peça nº 2
SENAI-RJ 205
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Peça nº 3
Exercício de programação em centro de usinagem.
Ferramentas:
T1- Fresa Ø 12mm – 2 cortes
T2- Broca Ø 8,5mm
Sistema de coordenadas absolutas
Figura 3
Desenho da peça nº 3
206 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Peça nº 4
Exercício de programação em centro de usinagem.
Ferramentas:
T1- Fresa Ø 16mm – 4 cortes
T2- Broca Ø 5mm
T3- Broca Ø 3mm.
Sistema de coordenadas absolutas
Usinagem em três passes com compensação de raio de corte
Figura 4
Desenho da peça nº 4
SENAI-RJ 207
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Peça nº 5
Exercício de programação em centro de usinagem.
Ferramentas:
T1- Fresa Ø 15mm – 2 cortes
T2- Broca Ø 5mm
Sistema de coordenadas absolutas
Figura 5
Desenho da peça nº 5
208 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Usinagem
Agora você vai programar e usinar, operando o centro de usinagem!
Sugerimos 3 práticas no centro de usinagem, sendo uma em cada tipo de material, visando o
aprendizado das variações de parâmetros de corte e performance do equipamento, entre outros.
Na programação de uma peça, é necessário estabelecer previamente todas as ferramen-
tas de corte que serão utilizadas na usinagem, assim como seus parâmetros de corte e sua fi-
xação. Por isso, vamos utilizar uma folha própria, denominada Esquema de ferramentas.
Nesse caso, além de utilizar o formulário 1 para a programação, você também utilizará o
formulário 2, Esquema de ferramentas.
Prática Nº 1
Figura 6
Prática nº 1
SENAI-RJ 209
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Ferramenta no 1
Nome da ferramenta:
Corretor:
Valor comprimento:
Valor raio:
Vc:
RPM:
Avanço mm/min:
Ferramenta no 2
Nome da ferramenta:
Corretor:
Valor comprimento:
Valor raio:
Vc:
RPM:
Avanço mm/min:
210 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Ferramenta no
Nome da ferramenta:
Corretor:
Valor comprimento:
Valor raio:
Vc:
RPM:
Avanço mm/min:
Ferramenta no
Nome da ferramenta:
Corretor:
Valor comprimento:
Valor raio:
Vc:
RPM:
Avanço mm/min:
SENAI-RJ 211
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Prática Nº 2
Figura 7
Prática nº 2
212 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Prática Nº 3
Figura 8
Prática nº 3
SENAI-RJ 213
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Tabela de Funções
Continua
214 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Continuação
Tabela de Funções
CYCLE87 Mandrilamento
CYCLE88 Mandrilamento
CYCLE89 Mandrilamento
Continua
SENAI-RJ 215
Operação de Centros de Usinagem – Aplicação prática
Continuação
Tabela de Funções
FUNÇÕES MISCELÂNEAS
FUNÇÕES aPLICAÇÃO
216 SENAI-RJ
Operação de Centros de Usinagem – Referências
Referências
BRASIL. ABNT. NBR NM 87. Aço carbono e ligados para construção mecânica. Designação e
composição química. Rio de Janeiro: out. 2000.
BRASIL. ABNT. NBR 13125. Centro de usinagem – Ensaios geométricos. Rio de Janeiro: abr.
1994.
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