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soldador de
polietileno
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
Curso de
soldador de
polietileno
SENAI-RJ
Rio de Janeiro
2016
Curso de Soldador de Polietileno
© 2016 – SENAI-RJ
SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação Profissional
FICHA TÉCNICA
Divisão de Educação Profissional Suely Portugal Villaça
Ficha Catalográfica
Divisão de Informação Tecnológica
CETEC de Solda
Prezado aluno,
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que,
desse momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional
do país: o SENAI. Há mais de 60 anos, estamos construindo uma história de educação volta-
da para o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e para a formação profissio-
nal de jovens e adultos.
Em virtude das mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode con-
tinuar com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além
do domínio do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir
com autonomia, proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de re-
sultados e propostas de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para
o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o
trabalho em equipe e o comprometimento com os resultados.
Soma-se a isso o fato de que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias
exigirá de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a
necessidade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e ins-
trumentos essenciais à autoaprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educa-
ção se organizem de forma flexível e ágil, motivo que levou o SENAI a criar uma estrutura edu-
cacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma
formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuida-
de à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infraestrutura necessária a
seu desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnicopedagógico da equipe de edu-
cação dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!
Apresentação.............................................................17
Sinalização de segurança..........................................................29
2
controle dimensional.............................................35
Metrologia..............................................................................37
Sistema internacional - SI.............................................................. 37
Múltiplos e submúltiplos................................................................ 39
Medidas de tempo...................................................................41
Introdução................................................................................... 41
Segundo...................................................................................... 41
Múltiplos e submúltiplos do segundo............................................... 41
Medidas de temperatura...........................................................42
Introdução................................................................................... 42
Medidas de pressão.................................................................43
Introdução................................................................................... 43
Medidas de força.....................................................................44
Introdução................................................................................... 44
Medidas de comprimento..........................................................45
Introdução................................................................................... 45
Conclusão.................................................................................... 45
Outras grandezas....................................................................49
Área .......................................................................................... 49
Volume ...................................................................................... 49
Instrumentos de medição.........................................................50
Régua e escala graduada............................................................... 50
Paquímetro.................................................................................. 52
Desenho isométrico.................................................................59
Plantas de tubulações.................................................................... 59
Desenho isométrico...................................................................... 60
Fluxograma de engenharia............................................................. 60
Tubos de polietileno.................................................................64
Principais aplicações dos tubos de pead.......................................... 64
Utilização do pe 80 e pe 100.......................................................... 65
Controle de qualidade................................................................... 66
Terminologia - conexões de eletrofusão - pead............................66
Conexões de polietileno............................................................68
Especificações do tubo de pead – iso 4437..................................... 69
Pontos chaves.........................................................................81
Características do material........................................................82
Obtenção do polietileno................................................................. 82
Tipos de polietileno....................................................................... 82
Áreas de utilização........................................................................ 85
Limitações................................................................................... 86
Formas de fornecimento................................................................ 88
Pontos chaves.........................................................................99
Generalidades.........................................................................100
Soldagem de topo........................................................................ 102
Pontos chaves.........................................................................127
Manuseio................................................................................128
Carga e descarga.......................................................................... 128
Transporte................................................................................... 128
Obra civil................................................................................130
Traçado....................................................................................... 130
Sinalização.................................................................................. 133
Escavação................................................................................... 133
Cobertura.................................................................................... 135
Obra mecânica........................................................................135
União de tubos e acessórios........................................................... 135
Inserção...................................................................................... 138
Teste de estanqueidade............................................................148
Considerações gerais..................................................................... 148
Referências................................................................165
Curso de Soldador de Polietileno – Uma palavra inicial
SENAI-RJ 13
Curso de Soldador de Polietileno – Uma palavra inicial
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a fa-
lha básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas
por meio de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fa-
bricam-se produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos ater-
ros. Produzir, consumir e dispensar bens dessa forma, obviamente, não são atitudes sustentáveis.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”)
são absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indús-
trias não tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode
até ser fatal. O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas,
da mesma forma que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis,
sua capacidade de receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos pratica-
mente não existe.
Ganha força, atualmente, a ideia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isso quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo-se processos que reduzam
o uso de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem as suas próprias características. Contudo já sabemos que a conserva-
ção de recursos é importante. Deve haver, portanto, uma crescente preocupação acerca da qua-
lidade, durabilidade, possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam
não só continuar reduzindo a poluição como também buscar novas formas de economizar
energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e
conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil, no entanto, ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma
enfrenta desafios diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para
o amanhã, nós (o público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alter-
nativas são mais eficientes e, a partir daí, trabalhar com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos como as instituições só mudarão as suas práticas quan-
do acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam estes financeiros,
para sua reputação ou para sua segurança. Apesar disso, a mudança nos hábitos não é uma
coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoas bem-informadas a favor de bens
e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas
escolherem, usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana pro-
vocados pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produ-
tivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, os acidentes de trabalho
são uma questão que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as consequên-
cias acabam afetando a todos.
Sabendo disso, podemos afirmar que, de um lado, é necessário que os empregados ado-
tem um comportamento seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteção individual
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Curso de Soldador de Polietileno – Uma palavra inicial
e coletiva, e, de outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses equipamentos,
orientar quanto a seu uso, fiscalizar as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equi-
pamentos de proteção. A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada
um – trabalhador, patrão e governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, ca-
pazes de resguardar a segurança de todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio e,
portanto, é necessário analisá-lo em suas especificidades para determinar seu impacto sobre
o meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhado-
res, propondo alternativas que possam levar a melhores condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países, em-
presas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolven-
do ações que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Entretanto
isso ainda não é suficiente. É preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que
pode e deve ser usado em tal direção. Assim, iniciamos este material conversando com você
sobre o meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que, no seu exercício pro-
fissional diário, você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente, zelando também pela
segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no
trabalho – o que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é res-
ponsável. Vamos fazer a nossa parte?
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Curso de Soldador de Polietileno – Apresentação
Apresentação
Durante este curso, você conhecerá e colocará em prática os processos que incidem e afe-
tam o trabalho diário na soldagem de topo (termofusão) e eletrofusão na instalação de tubos
de Polietileno(PE), a utilização da maquinaria de trabalho e desenvolverá um trabalho de for-
ma eficiente e segura, segundo os critérios de correção e segurança necessários para este tipo
de instalação. O curso envolve a realização de trabalhos práticos com a finalidade de desen-
volver os conhecimentos teóricos sobre soldagem de polietileno.
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Qualidade no processo
em polietileno
1
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
Qualidade no processo
em polietileno
Quando falamos sobre Qualidade, Saúde, Segurança e Meio ambiente (QSMS) aplicados
ao processo de soldagem em polietileno, a primeira coisa que devemos pensar é na organiza-
ção e limpeza do nosso posto de trabalho, afinal, um ambiente desorganizado e sujo é um am-
biente mais propício a acidentes.
Qualidade é uma estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade
total em todos os processos organizacionais, compondo-se de diversos estágios, como por
exemplo: o planejamento, a organização, o controle e a liderança.
saber
Par a
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
Algumas verificações de qualidade que devem ser observadas durante o processo de sol-
dagem de tubulações de polietileno:
1ª) tubos, acessórios, equipamentos e ferramentas associadas serão inspecionadas antes
das instalações;
2ª) a verificação dos diâmetros, classe do material e parâmetros de tolerância, tendo como
base as informações marcadas nos tubos e acessórios;
3ª) verificação do material, se não foi ultrapassado o período de armazenamento ao sol ou
a chuva (intempéries);
4ª) defeitos e avarias visíveis;
5ª) verificação da capacitação adequada dos soldadores quanto aos procedimentos de união
de tubulação e acessórios, e se estão disponíveis as máquinas, ferramentas e equipamen-
tos adequados para a realização das tarefas; e
6ª) equipamentos de soldagem com calibração dentro do prazo de validade.
(Fonte: SENAI RJ, Apostila para Supervisores de Polietileno, Anexo 2)
Empresas:
A Produtos com qualidade superior e com melhoria contínua para melhor atendimento aos clien-
tes.
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
a
ot
N
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
Vamos lá?
1) “senso de utilização”- Separe apenas o que é realmente necessário para a execu-
ção do seu serviço.
2) “senso de organização”- Deixe o material arrumado e em seu devido lugar para
que seja possível encontrá-lo com facilidade e evitar o desperdício de tempo e energia.
3) “senso de limpeza”- Mantenha seu material todo limpo, principalmente os tubos e
conexões a serem soldados. A sujeira prejudica a qualidade da sua solda.
4) “senso de saúde e higiene” - Não adianta manter o local de trabalho limpo e or-
ganizado se você não cuidar da sua higiene pessoal.
5) “senso da disciplina” – Seria o principal senso, afinal, não adianta fazer os outros qua-
tro apenas uma vez. Correto?
Seguindo os cinco sensos, com certeza estará menos exposto aos acidentes e apresenta-
rá um trabalho com qualidade, dentro do prazo e em conformidade com os requisitos das nor-
mas técnicas.
SEGURANÇA DO TRABALHO
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
saber
Par a Saiba mais sobre os prejuízos da radiação solar: Mundo
Educação: http://www.mundoeducacao.com/fisica/radiacao-
ultravioleta-uv.htm. Acessado em 30-10-2015
ASTETE, Martin Wells. Radiações Não Ionizantes.
http://www.higieneocupacional.com.br/download/radiacao-astete.pdf.
Acessado em 30-10-2015.
Você trabalha cortando tubulações, quando necessário? Se sim, estará exposto a projeção de al-
gumas partículas em seus olhos, o que pode causar possíveis lesões e inclusive a cegueira!
Aí eu pergunto: os riscos podem ser minimizados, os acidentes podem ser atenuados e evita-
dos? E como você fará para reduzir tudo isso?
2) Falando em medida de proteção a ser utilizada, a empresa tem duas formas mais cor-
retas de proteção:
- Equipamento de proteção coletiva (EPC), que pode ser um escoramento para as esca-
vações com mais de 1,25m, utilização de escadas de emergência para as escavações,
aterramento elétrico das máquinas de eletrofusão e termofusão, sinalização de segu-
rança, guarda corpos para evitar quedas, redes de proteção e outras, Tudo de acordo
com as normas regulamentadoras de segurança.
Neste momento citamos breves exemplos de proteções coletivas mencionadas na
NR-10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade em na NR-18 – Condições e
meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
A só adentrar nestas áreas após autorização por escrito através de uma PET emitida por
profissional legalmente habilitado (Técnico ou Engenheiro de Segurança).
B não trabalhar nestes ambientes sozinhos, pois em caso de qualquer mal súbito seu
colega poderá ajudá-lo;
C os locais deverão ser monitorados continuamente quanto ao surgimento de gases,
vapores e deficiência de oxigênio;
D os locais deverão ser ventilados mecanicamente insuflando ou exaurindo os conta-
minantes e mantendo os níveis de oxigênio seguros;
E o uso dos EPI será fundamental;
F cada trabalhador deverá possuir uma linha de vida (cordas presas em seu cinto) pa-
ra em caso de acidente facilitar a remoção dos acidentados da área de risco;
G você deverá ser capacitado para que trabalhe nestes ambientes;
Figura 1
Sinalização fundamental
I durante e ao término dos trabalhos verifique se todos os seus colegas estão em local
seguro.
saber
4) Caso você, soldador, necessite realizar as suas
Par a
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
D deve estar utilizando todos os EPI básicos de suas tarefas e mais o cinto de seguran-
ça do tipo paraquedista, talabartes, trava-quedas, luvas e acessórios que achar neces-
sário, para isto consulte sempre a lista de EPI relacionada no item 5;
E só iniciar as tarefas após a liberação através de uma Permissão de Trabalho – PT emitida
por um profissional legalmente habilitado (Técnico ou Engenheiro de Segurança);
F durante e ao término dos trabalhos verifique se todos estão em local seguro.
ção
n
Saiba mais na NR-18 que trata especificamente para
Ate
s saber
ca
Par a
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
saber
Par a
http://www.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf.
Acessado em 30-10-2015.
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
Tabela
1 Tabela de classificação
A Madeira Sim (ótimo) Sim (ótimo) Sim (regular) Sim (sem grande Sim (sem
Papel eficiência) grande
Tecido eficiência)
Papelão
Algodão
Fibras
Lixo
B Gasolina Não (contra- Não (contra- Sim (ótimo) Sim (bom) Sim (ótimo)
Óleo indicado): indicado):
Querosene aumenta a área aumenta a área
Tintas de incêndio de incêndio
Graxas
C Instalação Não (perigoso): Não (perigoso): Não (perigoso): Sim (ótimo) Sim (bom)
elétrica conduz conduz conduz
energizada eletricidade eletricidade eletricidade
D Metais pirofóricos Não (provoca Não (provoca Não (provoca Não (ineficaz) Não (ineficaz)
explosão) explosão) explosão)
saber
Par a
SINALIZAÇÃO
sinalização DE
de SEGURANÇA
segurança
ção
n A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de
Ate
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
ção
n
O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de
Ate
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
PRIMEIROS
PRIMEIROS SOCORROS
SOCORROS –– ORIENTAÇÕES
ORIENTAÇÕES BÁSICAS
BÁSICAS
EM CASO DE ACIDENTES
EM CASO DE ACIDENTES
Salvar uma vida é algo que não se pode medir ou quantificar. Evitar que pessoas e famí-
lias inteiras passem por danos irreparáveis é, no mínimo, gratificante para quem presta os aten-
dimentos de primeiros socorros.
Os acidentes podem ser os mais variados e apresentarem diferentes níveis de gravidade.
Já se sabe que o socorro inadequado pode levar ao agravamento de lesões ou até mesmo
contribuir para o óbito de uma pessoa. Portanto, a capacitação dos soldadores de polietileno,
bem como a presença dos profissionais de saúde para realizar os procedimentos corretos e
dentro do limite de tempo exigido, pode fazer a diferença para quem está sendo socorrido.
Sendo assim, você, soldador, deve estar preparado para executar, se necessário, o seu pa-
pel fundamental de preservar e salvar vidas.
Dominar as técnicas básicas de suporte básico de vida contribuirá, sem dúvida, para a
qualidade do seu desempenho e de sua equipe de trabalho, agindo com segurança e conheci-
mento.
Lesões graves como atropelamento, quedas, esmagamento de membros, batidas por ve-
ículo em movimento, choque elétrico, convulsão, desmaio, engasgo, insolação, intoxicações e
envenenamentos, parada cardiorrespiratória, picadas ou mordeduras por animais peçonhen-
tos e queimaduras, podem ser atenuadas ao acidentado por quem domina as técnicas básicas
de primeiros socorros e possui agilidade em suas ações.
Caso você se sinta inseguro para a manobra nestes procedimentos, você poderá deixar o
acidentado/vítima pelo menos equilibrado/estabilizado e o local ao seu redor seguro, até que
os profissionais especializados cheguem ao local sinistrado. Para isto, seguem algumas orien-
tações básicas do que fazer:
A manter a calma e avaliar o local ao seu redor,
B manter os curiosos afastados,
C agir com prontidão e saber o que está fazendo, são informações básicas que determi-
nam o estado de saúde do acidentado,
D identificar o estado da vítima,
E descobrir o que está acontecendo com ela para informar aos especialistas na hora de
sua chegada,
F realizar os primeiros atendimentos adequados e utilizar procedimentos adequados ao
cenário apresentado,
G transportá-lo (a) com segurança até o local mais seguro para lhe prestarem ajuda,
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
J ajudar o grupo de salvamento mantendo todo o ambiente sobre controle, pois será fun-
damental ao atendimento do acidentado/vítima.
ção
n
Mantenha-se capacitado e atualizado
Ate
Figura 2
O MEIO
O MEIO AMBIENTE
AMBIENTE NA
NA SOLDAGEM
SOLDAGEM EM
EM POLIETILENO
POLIETILENO
Segregação de Resíduos
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
ção
n
Os resíduos da construção civil e, no nosso caso, o
Ate
polietileno, são classificados pela Resolução
CONAMA 307 como Classe B que são os resíduos
reutilizáveis ou recicláveis como agregados (plásticos,
papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso).
http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.
pdf?idNorma=270.
Acessado em 30-10-2015
Consiste de duas etapas: primeiro, deve-se dispor dos resíduos já segregados em recipien-
tes específicos para cada tipo e finalidade de resíduos; e, posteriormente, deve-se encaminhá-
-los para o armazenamento final.
Os resíduos volumosos e leves, como o polietileno, plásticos, papéis, entre outros, podem
ser dispostos em grandes caixas e ficar abrigados em locais com cobertura, sem exposição ao
sol ou a chuva e com fácil acesso para remoção, pela empresa contratada.
Recomenda-se que todo o resíduo de polietileno no momento de sua geração, seja acon-
dicionado adequadamente próximo ao local de trabalho onde foi gerado, evitando que se mis-
ture com os demais.
Lembrando que, seja qual for o acondicionamento, é necessária a sinalização do tipo de
resíduo por meio de adesivo com indicação da cor padronizada. (SINDUSCON CE, 2011).
Pesquise: Resolução 275, de 25 de abril de 2001, do CONAMA, que estabelece o código de
cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e trans-
portadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
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Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno
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Controle Dimensional
2
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Controle Dimensional
O controle dimensional não tem por fim somente segregar ou rejeitar os produtos fabrica-
dos fora das normas e especificações; destinam-se, antes, a orientar a fabricação de forma pre-
ventiva, evitando diversos erros, tais como: processo, pessoas ou produto. Representa, por con-
seguinte, um fator importante na redução de custos gerais e no aumento da produtividade.
Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em todos os estágios de trans-
formação da matéria-prima, integrando-se nas operações depois de cada fase de usinagem,
injeção, sopro ou extrusão.
Todas as etapas do controle dimensional são realizadas por meio de aparelhos e instru-
mentos de medição, devendo-se, portanto, controlar não somente as peças fabricadas, mas
também a calibração dos aparelhos e instrumentos verificadores que são utilizados durante a
soldagem dos tubos de polietileno.
Metrologia
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Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
sos e Medidas (BIPM) desde sua criação em 1875, implica na difusão ampla de valores da qua-
lidade por toda a sociedade e em trabalhos de grupos em todas as áreas do conhecimento e de
diferentes nações, treinamentos especializados e conhecimento profundo de seus atores.
O Inmetro, consciente de que a disseminação da cultura metrológica no Brasil é uma de
suas principais missões, disponibiliza à sociedade o conhecimento sobre o “Sistema Interna-
cional de Unidades - SI”.
O SI, que recebeu esta denominação em 1960, teve como propósito de sua existência a
necessidade de um sistema prático mundialmente reconhecido nas relações internacionais,
no ensino e no trabalho científico, sendo, naturalmente, um sistema que evolui de forma con-
tínua e visionária refletindo as melhores práticas de medição que são aperfeiçoadas ao longo
do tempo.
O objetivo de um Sistema de Unidades é escolher um número mínimo de grandezas (gran-
dezas fundamentais) à custa das quais se podem exprimir todas as outras grandezas (grande-
zas derivadas) e definir as suas unidades. As unidades do Sistema Internacional de Unidades
(SI de unidades) formam um sistema absoluto de unidades, o que significa que as três unida-
des básicas escolhidas são independentes do local onde as medições são efetuadas. O metro,
o quilograma e o segundo podem ser utilizados em qualquer parte da Terra; podem mesmo
ser utilizados noutro planeta. Terão sempre o mesmo significado.
Medidas
38 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Múltiplos e Submúltiplos
Os múltiplos e submúltiplos das unidades do SI podem ser obtidos através do uso de pre-
fixos descritos nas tabelas abaixo, evitando-se assim escrever números muito grandes ou mui-
to pequenos (ex: 424,2 km em vez de 424 200 m). Pode obter-se o mesmo resultado usando a
notação científica: 424,2 km = 424,2 × 103 m.
Os múltiplos da unidade de tempo são o minuto (min), a hora (h), etc... Como 1 min = 60 s
e 1 h = 60 min = 3 600 s, esses múltiplos não são tão facilmente convertidos.
Tabela
grama g 1 kg = 103 g
1 t = 103 kg = 106 g
Massa quilograma kg
tonelada t
Comprimento metro m
litro L
mililitro mL
pascal Pa
kelvin K
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Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
10 = 101 deca da
1 = 100 - -
0,1 = 10 -1
deci d
0,001 = 10 -3
mili m
0,000 000 000 000 000 000 000 001 = 10-24 yocto y
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Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Medidas
medidas de tempo
Introdução
É comum em nosso dia-a-dia perguntas do tipo:
Segundo
O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as
sucessivas passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.
2 Quadro de unidades
Múltiplos
minutos hora dia
min h d
24 h = 1.440 min =
60 s 60 min = 3.600 s
86.400s
SENAI-RJ 41
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h 40 min. Pois o sistema de me-
didas de tempo não é decimal.
40 . 60 minutos = 24 minutos
100
Medidas
medidas de Temperatura
temperatura
Introdução
42 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Unidade de Temperatura
Medidas
medidas de Pressão
pressão
Introdução
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Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Tabela
4 Relações entre Unidades de Pressão
medidas de Força
Medidas força
Introdução
Força é uma grandeza vetorial, derivada do produto da massa pela aceleração, ou seja, quan-
do se aplica uma força F em um corpo de massa m, ele se move com uma aceleração a, então:
F=m.a
5 Unidades de Peso
44 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Medidas
medidas de Comprimento
comprimento
Introdução
Tabela
6 Metro
Metro (m)
múltiplos submúltiplos
Outro mecanismo prático para fazer a conversão das unidades de medidas segue abaixo:
Figura 1
SENAI-RJ 45
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Tabela
7 Unidades de Comprimento
m mm mm cm dm km
m mm nm Á pm mÁ
1mÁ = 10 -10
10 -7
10 -6
10 -5
10 -1
1
Para solucionar problemas contendo as unidades de medidas expostas nas tabelas acima,
deve-se fazer a observação do posicionamento da unidade em conversão em relação à unida-
de fixa. Observe os exemplos a seguir:
1º Passo:
Observa-se a distância (número de casas decimais) da unidade km à unidade m, que
nesse caso são 3 casas.
2º Passo:
Como m está à direita de km, escrevemos 2,5 x 1000 (resultado da multiplicação de 10
x 10 x 10, ou seja, a distância entre km e m).
3º Passo:
Em 2,5 “deslocamos a vírgula” três vezes para a direita (número de zeros de mil) e os es-
paços em branco preenchemos com zeros.
25/ 0 / 0, 0 = 2500,0 m, ou seja, 2,5 km = 2500 m.
46 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
1º Passo:
Observa-se a distância (número de casas decimais) da unidade m à unidade km, que
nesse caso são 3 casas.
2º Passo:
Como km está à esquerda de m, escrevemos 15 ÷ 1000 (resultado da multiplicação 10 x
10 x 10, ou seja, a distância entre m e km).
3º Passo:
Em 15 “deslocamos a vírgula” três vezes para a esquerda (número de zeros de mil) e os
espaços em branco preenchemos com zeros.
0 ,0 /1/5 = 0,015 km, ou seja, 15m = 0,015 km.
Exemplo: Um pedreiro, ao ler as informações contidas em uma caixa de piso, que tinha
suas pedras na forma quadrada, observou que cada pedra media 1600 cm2 de área, ou
seja, 40 cm de lado. Para realizar a pavimentação de um cômodo residencial ele preci-
sa de pedras quadradas com 20 cm de lado. Quantas pedras do tamanho desejado (20
cm de lado) ele poderá fazer com cada uma inteira (40 cm de lado)? Ao final, mostre a
medida dos lados dessas pedras em metro (m).
Primeira solução:
2º Passo: Devemos encontrar a área das pedras desejadas pelo pedreiro, isto é, se elas
são quadradas e possuem lados de 20 cm, basta que façamos:
A = 20 cm x 20 cm = 400 cm2
3º Passo: Para encontramos a solução do primeiro problema basta que dividamos a pri-
meira área (A1) pela segunda área (A2).
SENAI-RJ 47
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Conclusão
Sabendo operar com o metro e seus derivados, consegue-se uma compreensão melhor
das formas e do espaço que as contém. Aumenta-se a perspectiva do mundo plano e espacial,
bem como, aumenta o raciocínio lógico-matemático.
Tabela
48 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Outras
outras Grandezas
grandezas
Área
Tabela
9 Unidades de Área
Volume
10 Unidades de Volume
* 1 dm3= 11 (litro)
Embora não façam parte do SI, outras unidades de medida, pelo uso tradicional, são con-
sideradas legais no Brasil. Algumas delas são:
SENAI-RJ 49
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Tabela
11 Outras unidades de medidas legais no Brasil
grama g 0.001 kg
quilate 0.0002 kg
hora h 3600 s
minuto min 60 s
grama-força gf 0.00980665 N
tonelada-força tf 9806.65 N
Instrumentos
instrumentos de Medição
medição
Introdução
A régua graduada e a trena são os mais simples entre os instrumentos de medida linear.
A régua apresenta-se, normalmente, em forma de lâmina de aço-carbono ou de aço inoxidá-
vel. Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), confor-
me o sistema métrico, ou em polegada e suas frações, conforme o sistema inglês.
50 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 2
Utiliza-se a régua graduada nas medições com erro admissível superior à menor gradua-
ção. Normalmente, essa graduação equivale a 0,5 mm ou 1/32”.
As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000,
1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6”) e 300 mm (12”).
Figura 3
Características
De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas retas
e bem definidas, e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais tratados ter-
micamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, bem definidos, uniformes,
eqüidistantes e finos.
A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas internacionais.
SENAI-RJ 51
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 4
Paquímetro
Introdução
Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental
específico e a precisão requerida não desce a menos de 0,02mm, 1/128”.
Figura 5
52 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Pressão de Medição
É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de
contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e compensa-
do pela mola F (fig.6), a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à perpen-
dicular à régua (fig.7). Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensi-
bilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a mola,
adaptando o instrumento à sua mão.
Figura 6 Figura 7
Erros de Medição
Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências subjetivas.
A DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS:
B DE INFLUÊNCIAS SUBJETIVAS:
Dos diversos tipos de paquímetros existentes, mostramos alguns exemplos (figuras 8 e 9):
SENAI-RJ 53
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Medição interna
Medição externa
Medição de
profundidade
Paquímetro de
profundidade
Figura 8
54 SENAI-RJ
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Paquímetro de altura
Figura 9
SENAI-RJ 55
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 10
Leitura de escala fixa
Figura 14
Uso do Vernier (Nônio) De acordo com a procedência do paquímetro e o seu tipo, obser-
vamos diferentes aproximações, isto é, o nônio com número de divisões diferentes: 10, 20 e 50
divisões (fig.15).
Figura 15
56 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 16
Cálculo de Aproximação
Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala (fig.16). Se deslo-
carmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a
medida será 0,02mm (fig.17), o segundo traço 0,04mm (fig.18), o terceiro traço 0,06mm (fig.19),
o decimo sexto 0,32mm (fig.20).
Figura 20
Leitura de Medidas: Conta-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nô-
nio (10 mm) e, a seguir, faz-se a leitura da concordância do nônio (0,08 mm). A medida será
10,08mm (fig.21).
Figura 21
SENAI-RJ 57
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Trena
Trata-se de um instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra ou tecido,
graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico (em mm) e/ ou no sistema inglês
(polegadas), ao longo de seu comprimento, com traços transversais. Em geral, a fita está aco-
plada a um estojo ou suporte dotado de um mecanismo que permite recolher a fita de modo
manual ou automático. Tal mecanismo, por sua vez, pode ou não ser dotado de trava.
Figura 22
Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas. As tre-
nas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada em ângulo de
90º. Essa chapa é chamada encosto de referência ou gancho de zero absoluto.
Figura 24
58 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
DESENHO
desenho ISOMÉTRICO
isométrico
Plantas de Tubulações
As plantas são desenhadas em escala e mostram o arranjo físico dos equipamentos com
todas as tubulações.
As plantas de tubulações devem conter as elevações de todos os tubos (exceto quando in-
dicado ao contrário, sempre é indicada a elevação de fundo), as distâncias entre os tubos pa-
ralelos e todas as cotas de mudança de direção dos tubos.
Em áreas congestionadas, sempre que houver necessidade, executar-se-ão varias plantas
em níveis diferentes. Além das tubulações as plantas devem conter:
Limites de áreas, limites do desenho, linhas de centro das ruas.
Todas as construções existentes na área representada (diques, taludes, valas de drenagem,
bases de equipamentos, estruturas etc.).
Todos os suportes de tubulação.
Todos os vasos e equipamentos e máquinas ligados às tubulações.
Plataformas, passarelas, escadas de acesso etc.
Todos os instrumentos, com identificação, indicação convencional e posição aproximada.
Figura 25
Isométrico
Nos desenhos de fluxogramas as tubulações devem ser representadas por linhas horizontais
ou verticais. (As linhas horizontais são contínuas e as verticais são interrompidas nos cruzamentos).
SENAI-RJ 59
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Desenho Isométrico
Figura 26
Fluxograma de Engenharia
Figura 27
60 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Simbologia de Tubulação
(Convenção de desenhos de plantas de tubulação)
* Nota: Não existe norma para essas convenções: as apresentadas aqui constituem a prática
de muitos projetistas e usuários de tubulações.
Figura 28
SENAI-RJ 61
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 29
62 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Onde:
1. Válvula principal de bloqueio
manual
2. Filtro
3. Registro do manômetro
4. Manômetro
5. Válvula de bloqueio
automático por sobrepressão
(shut-off)
6. Regulador de pressão
7. Válvula de alívio
8. Pressostato de baixa
9. Válvula de bloqueio
automático (lenta)
10. Válvula de bloqueio
automático (rápida)
11. Pressostato de alta
12. Queimador
13. Ventilador
14. Borbulhador (com alívio para
Figura 30 fora do prédio)
Diagrama típico de sistema de combustão a gás
para baixa temperatura
Figura 31
SENAI-RJ 63
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
TUBO
tubo DE
de PEAD
pead –- especificações
ESPECIFICAÇÕES
A indústria nacional fabrica tubos em polietileno de alta densidade (PEAD) para passa-
gem e distribuição de gás natural/combustível, utilizando resinas virgens fornecidas por pe-
troquímicas certificadas, atendendo as rígidas normas ISO 4437 e NBR 14462, podendo ser pro-
duzidos em PE 80 ou PE 100, conforme a figura abaixo:
Figura 32
TUBOS
tubos DE
de POLIETILENO
polietileno
Os tubos de PEAD/ Polietileno (PE 80 e PE 100) são direcionados para aplicações diversas
e apresentam importantes vantagens técnicas e operacionais em função do composto PEAD/
polietileno.
Figura 33
64 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Entre as vantagens do tubo de polietileno (PEAD), algumas se destacam. O tubo de PEAD pos-
sui maior variedade de diâmetros e classes de pressão, tem alta resistência química, à abrasão e
impactos. O tubo PEAD/ Polietileno é imune a corrosão, possui baixo efeito de incrustação e bai-
xa rugosidade. Caracterizado por sua excelente soldabilidade e atoxidade, os tubos de PEAD (po-
lietileno) são de fácil manuseio e instalação. Mais leves e flexíveis que os tubos comuns, os tubos
de polietileno (PEAD) ainda possuem longa vida útil e excelentes características hidráulicas.
Utilização do PE 80 e PE 100
Os compostos PE 80 e PE 100, aplicáveis às instalações para gás, são pigmentados nas co-
res amarela e laranja, respectivamente.
Para uma mesma classe de pressão, os tubos produzidos com compostos PE 100 apresen-
tam espessuras menores de parede.
A seleção do tipo de composto deve atender
ao requisito de espessura mínima para cada diâ-
metro e classe de pressão.
É importante salientar que os tubos produ-
zidos com composto PE 100 podem ser utilizados
para pressão de até 700 Kpa (PN7), superior aos
400 Kpa (PN4), pressão máxima dos tubos PE 80. Figura 34
SENAI-RJ 65
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Controle de Qualidade
TERMINOLOGIA
terminologia - CONEXÕES
conexões DE
de ELETROFUSÃO
eletrofusão - PEAD
pead
A solda por eletrofusão ocorre através do aquecimento, pela aplicação de tensão, de uma
resistência elétrica existente dentro da conexão, fundindo o material, o que possibilita a sol-
da. Apesar da operação das máquinas serem simples, o processo possui algumas peculiarida-
des na sua preparação que, se feitas de forma inadequada, podem ocasionar problemas.
66 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Te de serviço PEAD
Figura 35
TERMINOLOGIA
terminologia - CONEXÕES
conexões DE
de TERMOFUSÃO
termofusão - PEAD
pead
A solda por termofusão é uma solda de topo, ou seja, as paredes dos tubos ou conexões a
serem soldados são aquecidas por uma placa com temperatura controlada e acima da tempe-
ratura de fusão do material, e, depois de formado um cordão de solda, as peças são pressiona-
das de acordo com os parâmetros dispostos nas normas, até que a solda seja finalizada.
A principal vantagem das conexões por termofusão é que, quando possível utiliza-las (em
locais de fácil acesso, fácil manipulação de máquinas, entre outros) essas conexões costumam
ser mais baratas e podem ser soldadas diretamente, sem necessidade de luvas ou outros tipos
de acoplamentos.
SENAI-RJ 67
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Te 90º PEAD Termofusão Colarinho PEAD Termofusão Anel Flange PP DIN Joelho 45º PEAD Transição X Aço Rosca
Termofusão PEAD Macho
Joelho 90º PEAD Transição X Cobre Rosca Transição X Aço Rosca Ponteira de transição Joelho 90º PEAD
Eletrofusão PEAD Macho PEAD Fêmea PEAD X Aço Termofusão
Figura 36
CONEXÕES
conexões DE
de POLIETILENO
polietileno
Flange sego
Figura 37
68 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 38
SENAI-RJ 69
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 39
70 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 40
SENAI-RJ 71
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
Figura 41
Bulbo de solda
Figura 42
Bulbo simples de solda
72 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
SENAI-RJ 73
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
DESCONTINUIDADES
descontinuidades DE
de SOLDAGEM
soldagem POR
por TERMOFUSÃO
termofusão
a forma do cordão de solda, em todo o perímetro, deve ser comparada com os dese-
nhos apresentados na figura 43;
Figura 43
Controle visual do cordão de solda
Caso persista dúvida quanto à qualidade da solda após a verificação não destrutiva, de-
verá ser aplicado o método destrutivo conforme descrito abaixo:
com auxilio de ferramenta apropriada (Figura 44), deverão ser retirados os bulbos ex-
ternos e internos da solda que gerou a suspeita e da solda imediatamente anterior,
procedendo-se às seguintes verificações:
74 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
cordão externo
cordão interno
Figura 44
Ferramenta para retirada do cordão interno ou externo de solda
a largura do bulbo de solda, em todo o comprimento. Esta verificação deve ser efetua-
da com auxílio de um gabarito ou outro dispositivo de medição, e não deve variar mais
que ± 10% da largura do bulbo padrão.
realizar o controle visual da face interna do bulbo de solda, em todo o comprimento, ve-
rificando a ocorrência de sujeiras, contaminações, bulbos não uniformes, fissuras, etc.
O bulbo deve apresentar-se sólido, com base larga (Figura 45);
Cordão rejeitado
Cordão apropriado
Figura 45
Aparência do cordão final de solda quando retirado
SENAI-RJ 75
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
DESCONTINUIDADES
descontinuidades DE
de SOLDAGEM
soldagem POR
por ELETROFUSÃO
eletrofusão
Figura 47
2 Medir a área de soldagem e marcar o tubo com caneta ou giz apropriado, para definir
comprimento de solda
Figura 48
3 Eliminar a camada oxidada dos tubos, através de raspador específico, tomando o cui-
dado para não provocar sulcos no tubo (espessura da camada aprox. 0,1 a 0,4mm).
Orientar-se pela marcação feita com giz ou caneta para certificar-se de que toda a área
de solda foi raspada. Nunca usar grosa ou esmeril para fazer esta operação. Com o ras-
pador, ou faca, ou rebarbador tire as rebarbas internas e externas que restarem da ope-
ração.
Nunca raspar a superfície interna das conexões:
rebarbas raspador
marca
Figura 49
76 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
4 Verificar a ovalização dos tubos. Caso a ovalização seja superior a 15% do diâmetro ou
maior que 1,5 mm utilize dispositivo arredondador para eliminar o problema.
5 Verificar a folga entre a conexão e o tubo. O tubo deve ficar justo à luva. Se houver
folga, verificar se a causa é a conexão, o tubo, ou raspagem excessiva.
Substituir a peça ou tubo, ou cortar a extremidade.
comprimento de solda
folga acima
do admitido
tubo conexão
Figura 50
7 Limpar as superfícies externas dos tubos e interna da conexão com pano ou papel tipo
toalha embebida em solução de limpeza própria (pode ser álcool ou acetona, o álcool
deve ser no mínimo tipo 96GL). Após a limpeza não tornar a tocar nas superfícies. NUN-
CA UTILIZAR GASOLINA, ou QUEROSENE;
SENAI-RJ 77
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional
alinhador
conexão
Tubo PE
máquina de solda
de eletrofusão
descarga elétrica
conexão soldada
Figura 51
78 SENAI-RJ
Generalidades sobre
tubulações em
polietileno
3
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Generalidades sobre
tubulações em polietileno
OBjetivos
objetivos
Ao terminar a leitura desta parte, você poderá compreender os elementos chaves para:
Pontos
pontos chaves
Média pressão.
Baixa pressão.
Classificação de tubos: SDR, PN, PMS.
Acessórios para canalizações.
SENAI-RJ 81
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
CARACTERÍSTICAS
características DO
do MATERIAL
material
Obtenção do Polietileno
O polietileno usado na indústria do gás é um material plástico fabricado por síntese quí-
mica (polimerização) a partir do etileno.
Uma vez obtido o polímero base, deve-se completar a formação do polietileno com os
aditivos de estabilização, os quais estão incorporados no processo de granulação.
Os diferentes componentes dos grãos de polietileno ou matéria prima são:
Pó de polietileno
Antioxidantes
Pigmentos e corantes
Estabilizantes
Lubrificantes
Tipos de Polietileno
82 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Figura 1
O PE é, de um modo geral, uma matéria inerte cuja resistência química aos produtos agres-
sivos correntes (ácidos, bases) é excelente, até mesmo em concentrações altas e aquecidas.
Os odorizantes e os solventes usados no acondicionamento do gás natural são pratica-
mente inativos para o polietileno, para as taxas habituais e de um modo geral enquanto estão
em fase de vapor.
O gás natural e o gás liqüefeito de petróleo também são praticamente inativos para o PE
quando estão em estado gasoso. Porém, duas famílias de produtos chegam a atacar o PE. Es-
tes são os agentes tensoativos como os detergentes, sabões e potassa; e os hidrocarbonetos pe-
sados parafinas, e aromáticos em estado líquido.
Estas agressões não são propriamente uma degradação química do PE, mas sim uma cor-
rosão a baixa tensão em meio tensoativo ou orgânico.
Com os hidrocarbonetos são verificados alguns dos fenômenos de colapso pontual e de
dilatação por absorção de líquido.
O PE que está debilitado mecanicamente favorece deste modo os mecanismos de ruptu-
ra. Este material não é atacado pelos diversos microorganismos e bactérias suscetíveis de se-
rem encontrados no solo, nem pelos insetos como as térmitas.
SENAI-RJ 83
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
O PE é um bom isolante. Sua resistividade à 20ºC é da ordem de 1016 W.m. Esta proprieda-
de confere às canalizações de PE a vantagem de ser perfeitamente insensível à corrosão ele-
troquímica suprimindo deste modo a proteção passiva ou catódica.
O PE é mau condutor e pode dar lugar ao acúmulo local de carga eletrostática criada, por
exemplo, pela passagem de gás com pó.
Nestas condições é necessário tomar certas precauções no momento das intervenções em
carga, evitando a formação de faíscas, em presença de uma mistura de gases combustíveis.
O PE tem um coeficiente de dilatação linear de aproximadamente 130 a 200 m m/m ºC.
Com este valor, 10 vezes superior ao coeficiente de dilatação do aço, necessita em alguns
casos certas precauções para a colocação em trabalho.
Uma vez enterrado o tubo, as variações de temperatura são fortemente atenuadas e só
dão lugar a deslocamentos e compressões fracas rapidamente liberadas. Independentemente
da dilatação linear, o aumento da temperatura acelera o envelhecimento do material visto que
diminuindo suas propriedades mecânicas, favorece os mecanismos de trincamento
O teste comumente usado para determinar o comportamento a longo prazo dos tubos de
PE, é o de resistência a pressão hidráulica interior.
O tubo é submetido a uma pressão interna com água e mantido à uma temperatura cons-
tante.
A experimentação se realiza até a ruptura do um tubo. Estes ensaios são feitos a pressões
e temperaturas relativamente altas para obter tempos razoáveis de ruptura. Por extrapolação,
estes resultados dão uma estimativa da duração do material e a resistência à pressão para uma
certa temperatura.
O
o PE
pe NAS
nas TUBULAÇÕES
tubulações DE
de GÁS.
gás
Razões do Uso
O PE foi imposto como matéria-prima nas canalizações para gás, devido principalmente
as seguintes razões:
O uso do PE resolve os problemas que são derivados da corrosão e da fragilidade de ou-
tros tipos de tubos, resistindo aos ataques químicos quase que na sua totalidade.
O PE apresenta uma grande facilidade de manipulação e de instalação.
Oferece melhores características de soldagem e excelente resistência para as agressões
do ambiente.
Para as instalações de PE é previsto um tempo de vida de 50 anos, para temperaturas
de 200C.
84 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Tensão tangencial
tempo
50 anos
Figura 2
Curvas do comportamento dos tubos de “PE” para pressão
hidrostática interna e para temperaturas diferentes
Áreas de Utilização
BP 0,05
MPB 4
SENAI-RJ 85
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
mbar: milibar
Milésima parte de um bar
10,3mm c d a
Limitações
Não deve ser usado exposto ao tempo e nem em lugares cuja temperatura pode ultra-
passar aos 50ºC.
Não deve ser usado em canalizações que não podem ser enterradas. O PE é afetado pe-
la ação nociva do oxigênio, durante uma exposição demorada ao tempo no que se tra-
duz em um endurecimento e diminuição das suas propriedades.
Não deve ser usado nos casos em que a pressão de trabalho superará o que estabelece
a norma. A norma UNE 53–333 estabelece as pressões máximas de trabalho para cada
diâmetro e série.
86 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
e e = Espessura do tubo.
Embora as pressões nominais sejam de 0,6 MPa e 1,0 MPa, a pressão máxima admitida de
trabalho para transportar gases combustíveis está limitada como mostra a tabela 3.
Equivalências:
Tabela
SENAI-RJ 87
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
A escolha das espessuras da parede entre séries s/P=8,3 , SDR=17,6 , s/P=5 ou SDR=11 é
em função das diversas condições, entre elas, se o projetista espera que o tubo esteja em con-
tato com hidrocarbonetos líquidos (em forma de condensado, THT, agentes aromáticos de
acondicionamento), e os diferentes valores de pressão exigidos nos testes, etc.
Para simplificar os requisitos de manuseio e resistência para os esforços do terreno, foi es-
colhida uma espessura mínima de 2 mm. para todas as séries. As espessuras da série s/P=12,5
ou SDR=26 também foram calculadas levando-se em conta estes pontos.
Os diâmetros e séries mais empregados são:
Tabela
Formas de Fornecimento
Dependendo das necessidades de cada companhia de gás, esses tubos de PE podem ser
fornecidos em barras, bobinas ou carretéis.
Estes últimos são formados por uma estrutura metálica na qual o tubo de PE é enrolado.
Os critérios gerais segundo o diâmetro do tubo podem ser:
Barras: Geralmente em comprimentos de 6, 8 ou 12 metros conforme pedido do cliente
para diâmetros iguais ou superiores a 110 mm.
88 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
No caso de tubos fornecidos em rolo ou bobina o diâmetro mínimo de curvatura que po-
de-se aplicar no tubo de polietileno é de 20 vezes o seu diâmetro.
Tabela
Os acessórios de PE para tubo de polietileno podem ser classificados em dois grandes gru-
pos:
Acessórios para canalização.
Também podem ser classificados de acordo com a técnica de soldagem que se aplica pa-
ra a união entre si ou com o tubo, pela forma de produção e, em alguns casos, pela pressão má-
xima de serviço. Então nós podemos ter os seguintes tipos de acessórios:
Elementos de Canalização
Acessórios para a Soldagem a Topo:
porta flanges
Tês (1) (1) Só fabricados
etc
SENAI-RJ 89
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
- cotovelo 450
- cotovelo 900 Fêmea (Resistência incorporada no interior do acessório)
- reduções
- tampões Macho (2) (A união é feita com luva eletrosoldável)
- tês
(2) Este tipo de acessório geralmente é o mesmo
que se utiliza para a soldagem a topo.
Elementos de Derivação
(3) Geralmente são saídas, simples tipo macho preparadas para soldar por eletrofusão.
(4) Sempre são saídas tipo macho para unir com o tubo secundário utilizando uma luva eletrosoldável.
Elementos de canalização
Os acessórios fabricados normalmente são utilizados para BP, enquanto os injetados podem
ser PN 6 e suportar pressão máxima de 2 bar ou PN 10 e suportar pressões máximas de 4 bar.
As peças disponíveis oscilam em diâmetros igual ou superiores a 90 mm até 315. O cam-
po de aplicação delas depende do alcance de cada fabricante. Geralmente este tipo de acessó-
rios é usado para diâmetros de 110, 160 e 200 mm.
90 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Na figura 3 são mostradas tampões, reduções, cotovelos de 45º e 90º, baionetas, porta-
-flanges e tês usados para a soldagem a topo.
LUVAS
- Monofilares: Eles tem resistência elétrica única e os dois lados são soldados de uma só
vez.
- Bifilares: Eles tem duas resistências elétricas que são soldados separadamente, pri-
meiro um lado e então o outro.
- Sem batentes centrais: O tubo pode deslizar para um lado até o outro.
- Com batentes centrais: O tubo só pode deslizar para o interior da luva até atingir o ba-
tente.
Tanto a luva monofilar como bifilar pode ser indistintamente com ou sem batente cen-
tral.
REDUÇÕES
TAMPÕES
TÊS
Os cotovelos, reduções, tampões e tês, podem ser apresentados de duas formas dife-
rentes:
- Com resistência elétrica incorporada em seus diâmetros internos, portanto acessó-
rios fêmeas.
- Acessórios com as mesmas dimensões externas que o tubo. Eles são unidos
por meio de luvas eletrosoldáveis
Portaflanges
Geralmente são acessórios da mesma dimensão que o tubo.
São unidos por meio de luvas eletrosoldáveis.
Outros:
1 - Transições PE-AÇO eletrosoldáveis.
2 - Transições para elementos metálicos roscados.
SENAI-RJ 91
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Figura 3 Figura 4
Acessórios para a soldagem Acessórios para a soldagem
a topo - fabricados a topo - injetados
O seu campo de aplicação depende da gama oferecida pelos fabricantes. As peças dis-
poníveis vão desde diâmetros compreen-didos entre 20 e 315 mm, sendo que os mais
usuais são os diâmetros de 20, 32, 40, 63, 90, 110, 160 e 200.
A figura 5 mostra os acessórios para a soldagem por eletrofusão: cotovelos de 450 e 900,
reduções, tampões e portaflanges.
Figura 5
Acessórios de canalização para
soldagem por eletrofusão
Elementos de derivação
92 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Figura 6
De acordo com o desenho deste tipo de acessório a soldagem se realiza ao redor do tubo
ou em uma área localizada do mesmo.
A montagem do acessório no tubo antes de soldar pode ser feita por meio de:
Ferramenta de fixação.
Aparafusamento das duas seções médias em que está dividida a peça
Encaixe das duas seções.
Uso de aparelhos especiais que mantém o tubo e o acessório junto para submetê-los a
uma tensão de compressão. Este tipo de fixação é feita sob pressão nos acessórios que
se soldam em superfícies pontuais do tubo e não dispõem de parte inferior.
SENAI-RJ 93
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
Todos os tubos de PE para a canalização de gás são amarelos e geralmente vão marcados
com as seguintes indicações:
HDPE ou MDPE conforme seja o polietileno de alta ou média densidade.
A palavra GAS.
UNE 53-333 ou norma equivalente.
Tipo de tubo por meio da série s/p ou SDR.
Diâmetro Nominal.
Siglas da identificação do fabricante.
As duas últimas cifras do ano de produção.
Lote de produção.
94 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno
As letras PE.
Diâmetro externo nominal do tubo em mm, para o que está destinado o acessório.
Nomes ou marca do fabricante.
Ano de produção
Série de produção.
Classificação de pressão.
Tempos de soldagem.
Voltagem aplicável, no caso de acessórios para soldagem por eletrofusão
SENAI-RJ 95
Uniões de tubos
de polietileno
4
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Uniões de tubos de
polietileno
Objetivos
objetivos
Ao terminar a leitura desta parte, você poderá compreender os elementos chaves para:
Uniões mecânicas
PONTOS
pontos CHAVES
chaves
Erros de soldagem
Inspeção de soldagem
SENAI-RJ 99
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
As uniões entre tubos, ou tubos e acessórios podem realizar-se por soldagem ou por en-
caixes mecânicos. As uniões por soldagem se baseiam no aquecimento das superfícies a unir
até a fusão e colocadas em contato segundo um procedimento determinado. As uniões por en-
caixes mecânicos, ainda se constituem em um dos meios possíveis para a união de tubos de
PE. Seu emprego é para acessórios de transição entre plástico e metal (tubos ou válvulas).
GENERALIDADES
generalidades
A soldagem de polietileno é realizada mediante um aporte de calor que leva o material até
a fusão. Existem dois métodos básicos para aportar calor:
20 - - - - +
25 - - - - +
32 - - - - +
40 - - - - +
63 - - - - +
90 - - + + +
110 - + + + +
125 (+) + + + +
160 + + + + +
200 + + + + +
250 + + + + +
315 + + + + +
- Não apto (+) com restrições + Apto
100 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Obs:
Os campos de aplicação dos procedimentos de soldagem são definidos pela companhia
distribuidora em função de suas necessidades.
Importante:
O correto funcionamento de uma tubulação de gás depende acima de tudo da integrida-
de da união, que será soldada de acordo com as regras básicas.
SENAI-RJ 101
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Soldagem de topo
Figura 1
União de topo
A técnica de soldagem de topo não requer o emprego de acessórios para a união de tubu-
lações, porém exige o uso de máquinas mediante as quais se pode controlar a pressão neces-
sária para a união.
A soldagem de Topo se aplica a realização de uniões entre:
Ramais de tubulações
Tubulações e acessórios
O tubo s/p= 12.5 ou SDR 26 s/p= 8.3 ou SDR 17,6 s/p= 5 ou SDR 11
90 - - +
110 - + +
125 (+) + +
160 + + +
200 + + +
250 + + +
315 + + +
102 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Máquinas e Equipamentos
As uniões por soldagem de topo se realizam mediante o emprego de máquinas especiais,
que facilitam o transporte e a manipulação dos tubos e acessórios. Qualquer máquina para
soldagem de topo consiste basicamente de abraçadeiras que sustentam o tubo ou acessório e
que se deslizam sob a ação de um grupo hidráulico, permitindo confrontar e pressionar entre
elas os extremos planos dos tubos ou acessórios para proceder a sua união.
Existem distintos modelos de máquinas de soldar a topo.
Máquinas manuais:
Todas as operações são manuais: controle das pressões e tempo, faceamento, colocação e
retirada da placa de aquecimento.
Máquinas semi-automáticas:
O controle da pressão e do tempo são automáticos. O faceamento e a colocação e retira-
da da placa de aquecimento são manuais.
Máquinas automáticas:
Além de controlar a pressão e o tempo a placa de aquecimento é retirada automatica-
mente.
1 Corpo da máquina
2 Abraçadeira fixa
3 Abraçadeira móvel
4 Acessórios para a troca de
diâmetro das abraçadeiras
5 Placa aquecedora
6 Termômetro de controle
ou lápis térmico
7 Faceadora
8 Bomba hidráulica
9 Manômetro de controle
de pressão
10 Válvula de controle
da direção
11 Válvula de segurança
12 Corta-tubo (corta frio)
13 Cronômetro
Figura 2
Máquinas para soldar de Topo
SENAI-RJ 103
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Obs.:
A máquina deve estar sempre em perfeito estado de funcionamento para o que é neces-
sário efetuar uma manutenção preventiva e um controle periódico da confiabilidade dos in-
dicadores de pressão e temperatura.
Figura 3
Passo 1
Figura 4
Passo 2
104 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
3 Verificar:
• se os tubos estão em bom estado e são do mesmo diâmetro e espessura.
• se o corte é perpendicular ao eixo de tubo.
Figura 5
Passo 3
4 Limpar as extremidades dos tubos interna e externamente com papel celulósico, se neces-
na máquina.
Figura 6
Passo 5
6 Ligar a faceadora e aplicar uma leve pressão com a BOMBA até que se observe o arranca-
mento da fita. Manter pressionado o tubo com a faceadora até que a fita que se obtém em
cada extremo de tubo seja contínua.
SENAI-RJ 105
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 7
Passo 6
Figura 8
Passo 7
8 Tirar da máquina a faceadora e as fitas produzidas. As superfícies faceadas não devem ser
tocadas.
Figura 9
Passo 8
106 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 10
Tolerância máxima de alinhamento
Figura 11
Tolerância Admissível de Abertura - (Máx. 0,5mm)
10 Para obter a PRESSÃO REAL DE SOLDAGEM a qual se deve manter no manômetro, deve-
Figura 12
Passo 10
SENAI-RJ 107
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 13
Passo 11
12 Aplicar a pressão real de soldagem e manter até obter um reforço de 1,5 a 2 mm. de espes-
sura ao redor de todo o perímetro do tubo. Quando atingir esta dimensão deve-se baixar a
pressão para a indicada nas tabelas.
Figura 14 Figura 15
Passo 13 Passo 14
108 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 16
Passo 15
Figura 17 Figura 18
Passo 16 Passo 17
18 Deve-se marcar na solda, com tinta indelével, o código do soldador, data e número de sol-
da, se a companhia distribuidora assim o exija.
SENAI-RJ 109
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Inspeção da Soldagem
Toda as uniões devem ser submetidas a inspeção imediatamente após o final do proces-
so de soldagem. Existem três métodos de controle destas soldas:
Inspeção visual
Ensaios destrutivos
Inspeção visual
Será motivo de repetição da soldagem, se observar alguns dos defeitos citados abaixo:
Contaminação de cordão.
Cordão demasiadamente grande.
Cordão demasiadamente pequeno ou em forma de V.
Cordão irregular.
Deformação localizada em uma zona do
cordão (a superfície deve ser lisa. sem as-
pecto espumoso).
Desalinhamento.
K deve ser maior que 0 (K>0). Figura 18.
Ensaios Destrutivos.
São ensaios de dobramento ou de resistência a esforços permanentes. Para a realização
do ensaio de dobramento se extraem 4 amostras se o tubo tem um diâmetro = 90 mm, e
6 amostras para os tubos com diâmetro > 90 mm, com 250 mm de comprimento e 15 mm
de largura.
110 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
SENAI-RJ 111
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 20
União por eletrofusão
200 + +
250 + +
315 + +
112 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 21 Figura 22
Máquinas para conexões Ferramentas de
eletrosoldáveis alinhamento
SENAI-RJ 113
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
• Pinçador
• Recuperador
• Balão de fechamento
Luva eletrosoldável
1 Verificar se os elementos a unir se
encontram em bom estado, e em ca-
so de tubo, que o corte seja perpen-
dicular ao eixo do mesmo.
Figura 23
Passo 1
Figura 24
Passo 2
114 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 26
Passo 4
5 Colocar a luva sobre o extremo de um dos elementos a soldar e unir estes a topo, fi-
xando-os e alinhando-os com a ajuda de alinhador, para evitar movimentos laterais
ou axiais durante a soldagem. No caso em que um dos extremos a soldar com a lu-
va seja um acessório, deverá empregar-se para o alinhamento ou suporte do tubo e
da peça, o suporte de fixação adequado a cada caso.
6 As luvas sem topadores devem ser
deslizadas para centrar sobre am-
bos os tubos tomando como refe-
rência os traços anteriormente fi-
xados. No caso de luvas com topa-
dores verificar se as marcas coinci-
dem com os extremos da luva.
Figura 27
Passo 6
Figura 28
Passo 6
SENAI-RJ 115
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 30
Passo 11
Figura 31
Passo 1
Figura 32
Passo 2
116 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 33
Passo 3
Figura 34
Passo 4
Figura 35
Passo 5
Figura 36
Passo 6
SENAI-RJ 117
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 37
Passo 7
Figura 39
Passo 9
Figura 40
Passo 10
118 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Figura 41
Passo 11 - Etapas da Operação para a Soldagem
por Eletrofusão com “T”de Ramal em Carga
Notas importantes.
A operação de soldagem deve ser observada durante todo tempo.
Em nenhum caso, “em especial quando a tubulação está em carga”, o tempo de sol-
dagem pode passar do máximo admitido nas tabelas. Se isto pode ocorrer, interrom-
pe-se rapidamente o processo de soldagem atuando sobre o botão de parada da má-
quina. Verificar se é um erro humano ou uma falha da máquina.
Se o processo de soldagem é interrompido antes do tempo mínimo indicado nas tabe-
las, verificar se é um erro humano ou de uma falha da máquina. Antes de reiniciar o pro-
cesso de soldagem (uma só vez e se a companhia distribuidora o permite),
deve-se deixar resfriar naturalmente os elementos a unir, até a temperatura ambiente.
Verificar se a tensão de alimentação da máquina de soldagem por eletrofusão está
dentro dos. limites indicados pelo fabricante.
Verificar se a fonte de alimentação elétrica do equipamento de eletrofusão admite
uma potência igual ou superior a recomendada para o correto funcionamento da má-
quina.
Para cada tipo de acessório eletrosoldável deve-se utilizar os terminais de conexão
adequados a seus bornes.
SENAI-RJ 119
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Inspeção da soldagem
Toda união deve ser submetida a uma inspeção imediatamente após terminado o proces-
so de soldagem correspondente.
Existem tres métodos de controle da solda:
Visual
Ensaios destrutivos
Inspeção visual
Se forem observados algum dos defeitos listados a seguir, deve-se reprovar a soldagem.
Contaminação
Falta de matéria fundida nas testemunhas
Derrame de material pelos bordos dos acessórios ou testemunhos
Falta de alinhamento
Poros ou aberturas nos elementos unidos
Arraste ou desprendimento da resistência elétrica
Tubo e acessório descentrados
Ensaios destrutivos
São ensaios de dobramento, de tração, de resistência a esforços permanentes e de deco-
esão.
Para os ensaios de dobramento se extraem corpos de prova da solda com 250 mm de com-
primento e 15 mm de largura.
Para a realização dos ensaios de resistência a esforços permanentes de pressão interna,
tração e decoesão, se extraem aleatoriamente, durante os trabalhos de soldagem, corpos
de prova cortando o tubo com 500mm para cada lado da solda.
Os ensaios são realizados segundo as normas da Companhia Distribuidora em questão.
120 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Erros Gerais
No caso de haver uma interrupção da soldagem, antes do tempo mínimo indicado nas
tabelas, reiniciar o processo (se a companhia distribuidora o permite) antes de esfriar
naturalmente.
Utilizar fontes de alimentação e equipamentos de eletrofusão incompatíveis.
SENAI-RJ 121
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Uniões Mecânicas
São denominadas uniões mecânicas, aquelas que se realizam entre tubos de polietileno,
ou em transições entre PE e tubulações metálicas ou elementos auxiliares (válvulas, etc), uti-
lizando adaptadores especiais.
Sempre que se utiliza uniões mecânicas deve observar-se os seguintes aspectos:
Deve-se utilizar, em geral, um tubo metálico de reforço que se coloca no interior do ex-
tremo do tubo de polietileno
Não se deve utilizar componentes baseados em óleo
Não se deve aplicar nenhum tipo de ferramenta metálica sobre os componentes de PE
A compressão
Um acessório de união por compressão é formado geralmente por:
Corpo metálico;
Casquilho ou casquilhos de reforço interiores para o tubo de polietileno;
Anéis de compressão metálicos
Anéis de compressão de elastômero
Anéis de deslizamento
Peças móveis roscadas ao corpo, cujo objetivo consiste em fechar os anéis de elastôme-
ro e metálicos contra os elementos a unir
A gama de ligações mecânicas existentes no mercado é muito extensa encontrando-se
entre outras:
Uniões PE - PE: luvas,reduções, tês,cotovelos, etc
Uniões PE - Metal: luvas, reduções, transições a
rosca, tês de derivação de canalizações, válvulas
com ligações incorporadas, etc
Figura 42
União mecânica
122 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno
Por Flanges
Constam de um porta-flanges em “PE”, uma junta plana de elastômero, um flange louco
que se une mediante parafusos ao flange do tubo metálico da válvula ou de qualquer outro ele-
mento auxiliar. A conexão feita por flange pode ser empregada nos tubos de “PE”, em todos os
diâmetros. efetuando a conexão dos porta-flanges “collet” pelo procedimento de soldagem que
convenha.
Figura 43
União mecânica por flange
Encaixes Fixos
Baseiam-se num perfil interno do tipo de dente de serra que impede a desmontagem da
união uma vez introduzido o tubo no interior dos encaixes. Podem ser preparadas na oficina.
Figura 44
União mecânica fixa
Figura 45
União mecânica de transição
com soldagem de “PE”
SENAI-RJ 123
Técnicas de instalação
de tubulação de
polietileno
5
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Técnicas de instalação de
tubulação de polietileno
objetivos
OBjetivos
Ao terminar o estudo desta parte, você poderá compreender os elementos chaves para:
PONTOS
pontos CHAVES
chaves
Condições de manuseio
Distâncias
Proteção e sinalização
Limpeza
SENAI-RJ 127
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
MANUSEIO
manuseio
Carga e Descarga
Se os tubos são fornecidos em barras, a carga e descarga se efetuará com carretilha eleva-
dora, grua especialmente preparada ou a mão, sobre superfícies adequadas para evitar danos
no material. As barras não devem ser roladas pelo solo e no caso de que isto seja necessário,
se fará sobre tocos de madeira de bordos arredondados ou elementos similares.
Nunca se elevarão as barras utilizando cabos metálicos, de modo que possa produzir-se
flexões excessivas no material ou cizalhamento nas bordas.
Os tubos fornecidos em bobinas devem ser manipulados sobre carretilhas elevadoras com
acolchoamento nas zonas de contato com o material, a mão, entre um ou mais operários, evi-
tando-se arrastar no solo ou em superfícies abrasivas, ou mediante gruas, cuidando-se para
sustentar as bobinas com cintas ou correias com bordas arredondadas de modo que não da-
nifique o material.
Os carretéis devem ser manipulados por rolagem ou elevação mediante grua.
Durante o processo de carga e descarga, o material não pode ter contato com produtos
químicos ou focos de calor.
Transporte
128 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Os extremos dos tubos devem ser protegidos mediante sacos ou mantas durante o trans-
porte para evitar sua deterioração.
As barras irão convenientemente escoradas sobre a carroçeria do veículo e nunca se so-
bressairão a altura de empilhamento máxima de 1 m, nem se colocará nenhum outro material
sobre elas.
Jamais se usará cabos metálicos ou grades para sustentar as tubulações. As barras irão ata-
das com cordas, cintas de lona ou similares, de tal maneira que não se produzam danos no ma-
terial. Se estiverem armazenadas em paletes, devem ser transportadas da mesma maneira.
Não se deve submeter as tubulações a nenhum tipo de esforço, evitando por sobre elas
qualquer material pesado.
É permitido transportar no interior dos tubos de maior diâmetro, outros de menor.
As bobinas serão colocadas, sempre que seja possível, de forma horizontal podendo-se
empilhar várias delas. Se as dimensões do rolo obrigam a um transporte na posição vertical,
se reduzirá ao mínimo o tempo de transporte para evitar ovalizações.
O transporte de carretéis será realizado de forma vertical e paralelas umas as outras, es-
tando perfeitamente fixadas para evitar deslocamentos no veículo.
O veículo poderá levar lona de proteção na sua parte superior, ainda que não seja impres-
cindível. A colocação da lona é especialmente importante nos transportes que se realizam no
verão quando a temperatura supera os 40 ºC.
Se o transporte é manual, os tubos devem ser manipulados por mais de uma pessoa pa-
ra evitar que os extremos arrastem pelo solo.
Armazenamento de Polietileno
SENAI-RJ 129
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Os tubos devem ser empilhados cuidadosamente, sem deixá-los cair, colocando-os pa-
ralelamente, formando camadas horizontais e com os extremos protegidos para evitar
a entrada de elementos estranhos. A altura máxima de empilhamento é de 1m para evi-
tar deformações por esmagamento.
Se não houver paredes de contenção para evitar o desmanche da pilha, será necessá-
rio segurar os tubos extremos da camada inferior com cunhas de madeira ou terra fi-
na. No caso de utilizar as cunhas, deve-se procurar as que não tenham cantos vivos. A
separação entre elas será de 1m (metro) aproximadamente.
Se as barras são amarradas e colocadas nos paletes sobre superfície plana é permitido ar-
mazenar em 3 pilhas, desde que o peso seja sustentado pela madeira e não pela barra.
As tubulações fabricadas em bobinas devem ser empilhadas de forma paralela ao plano
horizontal e sobre madeira, paletes ou superfícies não abrasiva na altura inferior a 1,5m.
Nunca devem ser armazenadas verticalmente para evitar a ovalização do material.
Se for desamarrado um rolo para cortar um pedaço de tubo, é conveniente amarrá-lo
novamente sem apertar excessivamente as correias para evitar danos.
As tubulações armazenadas em carretéis serão colocadas verticalmente e paralelas umas
as outras, vigiando para que a última camada fique a distância suficiente do aro ou co-
roa externa da bobina, para que ao depositá-la no solo não se produzam danos.
Em todos os casos se procurará que os tubos permaneçam o menor tempo possível pró-
ximo da obra para evitar agressões.
obra CIVIL
OBRA civil
A obra civil implica em uma série de trabalhos com o fim de situar a tubulação ou ramal
de tal modo que, as características da boa instalação, no final da obra, permaneçam inaltera-
das com o passar dos anos, ou que permitam o acesso à zona danificada quando se tratar de
efetuar uma reparação de manutenção.
Traçado
O traçado da obra civil, uma vez realizados os testes para determinar o lugar mais ade-
quado de instalação da tubulação, deverá efetuar-se tão retilíneo quanto possível, e de acordo
com o projetado da Companhia Distribuidora e tendo em conta os seguintes aspectos:
Profundidade
A obra civil é realizada para colocar a tubulação de forma que sua geratriz superior este-
ja situada a uma profundidade igual ou maior que 0,60m com relação ao nível definitivo da
calçada e 0,80m com o nível definitivo da rua.
130 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Tubulação de Gás
Figura 1
Profundidade de uma tubulação enterrada
A distancia recomendável a que deve situar-se a tubulação com relação a linha de facha-
da é de 1,50m, e em nenhum caso a menos de 0,30m. Se por diversas causas não é possível
manter a distância de 1,50m, deve-se cuidar para que a tubulação discorra, preferencialmen-
te, pela maior distância possível da fachada.
Se no transcurso da obra se encon-
tram câmaras enterradas, túneis, gale-
rias visitáveis, estacionamentos subter-
râneos, a distância mínima entre estas
obras e a geratriz da tubulação mais
próxima a elas será igual ou superior a
0,30m. Se não for possível, serão tomar-
das medidas especiais que impeçam o
vazamento de gás ante a qualquer es-
cape fortuito. Figura 2.
Figura 2
Distância de edifícios e obras subterrâneas
SENAI-RJ 131
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Figura 3
Passagem através de obstáculos
132 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Sinalização
Serão tomadas medidas de segurança que avisem as obras a todo momento e, especial-
mente, na zonas urbanas ou vias de uso público.
Devem ser colocadas placas que marquem a zona de trabalho, impedindo o acesso e fa-
vorecendo o trânsito sem riscos por causa das obras.
A zona sinalizada deverá estar iluminada por geradores autônomos. Figura 4.
Figura 4
Sinalização
Corte de Pavimentos
O pavimento deve ser rompido com cuidado, praticando um corte limpo para evitar des-
moronamentos.
Escavação
SENAI-RJ 133
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
As escavações de buracos para reparos se efetuarão de forma cuidadosa para não danifi-
car a tubulação, respeitando as medidas de segurança.
Devem ser observados cuidados especiais para não danificar as possíveis conduções en-
terradas existentes no subsolo.
Fundo da Vala
O fundo da vala deverá estar livre de pedras e elementos duros, perfeitamente plano, sa-
neado e compactado quando não ofereça garantias de estabilidade permanente.
Para que exista um apoio uniforme da tubulação a instalar, se colocará no fundo da vala
uma camada de 0,10 a 0,15m de areia de rio, terra fina ou areia anticontaminante.
A largura mínima livre entre as geratrizes externas da tubulação e a parede da vala deve
ser de uns 10cm a fim de permitir uma boa compactação do solo.
Deve-se alargar o fundo da vala se os operários trabalharão no seu interior nas ligações e
nas partes que o exijam, dependendo das circunstâncias locais e a natureza do trabalho.
Figura 5.
Figura 5
Fundo da vala e cobertura. Exemplo orientativo em seção
134 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Cobertura
O enchimento da vala, depois de resfriadas as soldas, deve ser entre 0,15 e 0,20m por ci-
ma da geratriz superior da tubulação, efetuado com areia de rio, terra fina ou areia anticonta-
minante, tomando as máximas precauções (socado) para que não fiquem espaços ocos. O res-
to de cobertura se realizará respeitando as especificações que disponha a companhia distri-
buidora de gás de cada zona.
Uma compactação insuficiente entre o tubo e as paredes da vala pode originar em ovali-
zação da tubulação que impossibilite os trabalhos posteriores de soldagem.
Entre 0,30m por cima da geratriz do tubo se situará uma faixa plastificada de cor amare-
la como aviso de condução de gás. Figura 5.
Reposição de Pavimentos
Se aplicará de forma que a zona afetada pela tubulação fique nas condições originais, pres-
tando especial atenção a reposição de pavimentos nas tampas de ralos, para que fiquem per-
feitamente niveladas e livres de materiais que impedem sua abertura.
OBRA
obra MECÂNICA
mecânica
A obra mecânica compreende as diversas operações que se realizam para conseguir a ins-
talação e o acoplamento dos distintos elementos de uma tubulação ou derivação, aplicando
para cada material as tecnologias que lhe são próprias ou realizando os trabalhos específicos
necessários para reparar uma tubulação de forma definitiva quando exista um dano.
SENAI-RJ 135
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Não é permitido o aquecimento do tubo por contato direto com uma chama.
Sobre cada solda deverá ser marcado de forma indelével o número de identificação do
soldador.
Se a Companhia Distribuidora de gás dispuser de “sistema de rastreabilidade” das soldas,
deverão ser seguidas as especificações técnicas com respeito a mesma.
Instalação da Tubulação
Considerações Gerais
Antes de proceder a colocação dos tubos na vala, deve-se assegurar que o fundo está isen-
to de objetos duros e cortantes, e que se colocou a camada de areia regulamentada. Durante a
colocação na vala os tubos de polietileno deverão estar providos de tampões para evitar a en-
trada de corpos estranhos.
Antes de proceder a colocação dos tubos deve-se inspecionar a existência de defeitos su-
periores a 10% de espessura do tubo, e corpos estranhos no interior da tubulação.
A colocação na vala dos tubos e das uniões soldadas se realizará tomando as medidas ne-
cessárias para não danificar a tubulação nem as uniões.
Quando a tubulação faz uma curva, os tubos devem ser colocados de tal forma que o raio
de curvatura mínimo seja superior a 20 vezes o diâmetro. As soldas não devem ficar na zona
de curva. Quando por causas justificadas a solda ficar na zona de curva, o raio de curvatura de-
ve ser de 25 vezes o diâmetro. Figura abaixo.
As mudanças de direção, com raios inferiores a 20 vezes o diâmetro, se realizarão utilizan-
do acessórios e elementos apropriados.
Ao colocar a tubulação na vala é conveniente colocá-la seguindo uma instalação serpen-
teante, a fim de que se possa compensar os efeitos de dilatação e contração térmica.
Obs.: Não é permitido colocar-se de pé sobre os tubos de polietileno.
20 diâmetros 25 diâmetros
Figura 6
Raio de curvatura
136 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
O esforço de tração aplicado sobre o tubo deve reduzir-se ao mínimo, e não se deve em
nenhum caso superar os valores seguintes expressos em kN.
Tabela
63 5 3
90 10 7
110 15 10
160 35 21
200 50 35
SENAI-RJ 137
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Inserção
Inserção
O menor O equivalente
Para não danificar o tubo de polietileno quando se insere, a solicitação da tração duran-
te o processo de inserção não deve superar 5 N/mm2 (ver tabela XIII). Por esta razão se reco-
menda utilizar um guincho que disponha de indicador da força aplicada e que durante a in-
serção se lubrifique o tubo com água à medida que se introduz.
Autor:
138 SENAI-RJ
Não consegui identificar a
qual tabela está se referindo.
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Rompetubos
Figura 7
Rompetubos. Torpedo rompedor
Campo de aplicação:
Compatibilidade entre os diâmetros das tubulações implicadas. Figura 8.
SENAI-RJ 139
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Tuberia a renovar
Tuberia de Polietileno
Figura 8
Inserção simples, diâmetro praticamente equivalente
2
inserido na tubulação fundida
DN - FF DN - PE máx.
80 63
100 75
150 125
200 180
250 200-225
300 250
350 250-315
400 315
Técnica de Inserção:
Abrir as valas e cortar o trecho a entubar. A vala de entrada do tubo de polietileno deve re-
alizar-se em rampa para facilitar sua flexão e entrada.
140 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Passar o haste de fibra de vidro pelo interior do tubo a ser substituído até conectar com
um guincho situado na vala de recepção. Passar o cabo de tração até a vala de içamento.
Se for preciso, deve-se limpar a tubulação utilizando raspadores com água a pressão.
Passar um testemunho para comprovar que o diâmetro está livre e não existem obstácu-
los que possam danificar a superficie do tubo (Figura 9).
Inserir o tubo de polietileno.
Realizar ramais e religamento.
Por carga na instalação.
Fibra de vidro
Cable
Tubo PE
Figura 9
Entubamento simples sem carga
SENAI-RJ 141
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Texto da
imagem em
espanhol.
Figura 10
Campo de aplicação:
Diâmetros de tubulações a substituir até 250mm, para tubos de PE até diâmetros de
225mm.
142 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Técnica de inserção:
Conectar dois “by-pass” que permitam manter a carga no trecho a entubar. Cortar o tre-
cho e efetuar o balonamento dos extremos.
Conectar as válvulas especiais de entrada e recepção e inserir através delas uma vareta de
fibra de vidro.
Unir o cabo de tração testemunha de tubo de polietileno com a vareta de fibra de vidro e
fazê-la retroceder até a vala de entrada, até que saia o extremo do cabo de tração.
Conectar com o tubo de PE e colocá-lo em carga através da válvula especial de entrada.
Selar as câmaras anulares nos extremos do trecho entubado.
Por em carga o tubo de PE e conectar progressivamente os ramais selando as câmaras
anulares de cada ramal. Figura 11.
Figura 11
SENAI-RJ 143
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Trabalhos Especiais
Final de tubo
Se a futura tubulação ficar alinhada com a existente pode-se aplicar diversas soluções se-
gundo o tempo que poderá ficar fechado o extremo do tubo e se há pretensão ou não de recor-
rer ao pinçamento da tubulação na hora do seu prolongamento.
O final da canalização se realiza como indicam as figuras abaixo. Antes de proceder os en-
saios de estanqueidade com ajuda de ar comprimido, os extremos das canalizações são fecha-
dos convenientemente, segundo as regras da soldagem, e utilizando os tampões apropriados
que apresentem toda a segurança para o ensaio de pressão.
Figura 12 Figura 13
Final de tubo com flange Final de tubo com tampão
a
ot
- A união dos porta-flanges com a canalização pode ser
N
144 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Válvulas
Toda válvula instalada em uma rede de polietileno deve ser projetada para evitar que se
transmitam ao tubo de PE esforços excessivos de torção ou cizalhamento ao ser acionada, ou
outras tensões derivadas da válvula .
Existem dois sistemas de instalação de válvulas:
Em caixa visitável.
Enterráveis.
As válvulas situadas em caixa visitável podem ser montadas por flanges a dois tubos me-
tálicos, os quais, por sua vez, se unem aos tubos de PE mediante acessórios de transição me-
cânicos (flanges, acessórios de compressão, etc.) situados fora da caixa. Figura 14.
Figura 14
Válvula para caixa visitável
SENAI-RJ 145
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
As válvulas enterráveis devem estar equipadas com um cilindro de plástico que permite
o acesso ao órgão de manobra desde uma tampa de dimensões mínimas.
a
ot
N
Sifões
Em geral, a instalação de sifões metálicos se realiza mediante flanges. As instalações típi-
cas que se provêm para eliminar a água estão mostradas na Figura 16.
Figura 16
Sifões
As cápsulas em AC, PE, PVC ou de concreto são utilizadas onde a tubulação enterrada exi-
ge uma proteção complementar.
Figura 17
Cápsulas
146 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Normalmente as conexões podem ser feitas mediante juntas flangeadas, porém segundo o
diâmetro da canalização de PE a ligar e a pressão de serviço se podem utilizar acessórios de de-
rivação que dispõem de enlaces, geralmente por compressão, para tubulações de Polietileno.
Para o caso de prolongamento de tubulações de aço em continuação a um tubo de PE de diâ-
metro equivalente, pode-se empregar transições monobloco PE-Aço. Figuras abaixo.
Figura 19
Transição com acessórios de
Figura 18 derivação por compressão
Transição com flange
Figura 18
Transições monobloco
SENAI-RJ 147
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
teste DE
TESTE de ESTANQUEIDADE
estanqueidade
Considerações Gerais
Antes de ser colocada em serviço, tanto as canalizações como as derivações, devem ser sub-
metidas a um teste de estanqueidade por meio de água, ar ou gás a fim de assegurar a qualidade
da instalação e sua perfeita estanqueidade. A seguir, citam-se alguns aspectos a levar em conta:
Todos os acessórios empregados para estes ensaios devem estar construídos para uma
pressão ao menos igual a pressão de ensaio e devem estar fixos, de tal forma que não
possam ser projetados pela pressão durante o processo.
Durante os testes devem ser tomadas as precauções necessárias para que em caso de
quebra acidental as peças projetadas não possam incidir sobre as pessoas assistentes
ao ensaio.
Não é permitido a adição ou uso de produtos odorizantes ou corrosivos como meio
de detecção das fugas.
Em caso de se utilizar ar comprimido, deve-se instalar um filtro que reduza ao mínimo
a contaminação de PE por esta causa.
No caso de utilizar ar ou gás inerte, o aporte se realiza mediante uma condução de ad-
missão em aço.
O teste deve realizar-se com a canalização coberta de uma capa de aço para evitar pos-
síveis alterações na pressão motivadas pela temperatura ambiente.
148 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Depois do ensaio devem-se tomar todas as precauções necessárias para evitar que em
momento da descompressão da tubulação, o ar expulsado lance terra, pedras ou ou-
tros objetos;
As conexões utilizadas para conectar a parte da canalização nova com a canalização em
serviço serão examinadas com a ajuda de um produto espumoso na pressão de serviço.
Teste de Canalizações
O teste a que se submeterão as canalizações incluindo-se as derivações, quando estas fo-
rem realizadas ao mesmo tempo da canalização e que consequentemente estarão perfuradas,
são mostradas na tabela 3.
(*) Quando a estanqueidade de todas as juntas pode ser verificada com água e com sabão
ou outro meio apropriado.
Tabela
1h (*)
1h (*)
SENAI-RJ 149
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Nas derivações que se realizam sobre tubulações em carga se procederá o teste com ar
durante uma hora a pressão de 5bar para as de Media Pressão B e 1bar para as de Media Pres-
são A e Baixa Pressão, comprovando todas as juntas com água e sabão.
Nos casos em que a tecnologia empregada implica a realização da perfuração do tubo em
uma fase intermediária, o teste poderá realizar-se com gás a pressão de serviço, comprovan-
do-se todas juntas com água e sabão ou outro método apropriado. Se o dispositivo de ramal
de derivação dispõe do elemento de perfuração será conveniente realizar o teste pneumático
que procederá segundo a pressão da rede.
Registros
COLOCAÇÃO
colocação EM
em SERVIÇO
serviço E
e FORA
fora DE
de SERVIÇO
serviço
150 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Quando se procede a instalação de uma tubulação que substitua a outra e esta deva ficar
enterrada depois de sua descomunicação com a rede, deverão ser tomadas medidas para as-
segurar que em seu interior não fiquem restos de condensados nem misturas de hidrocarbo-
netos com ar.
Em tubulações de diâmetro até 200 mm, se procederá uma limpeza com ar, fazendo-se
com gás inerte quando o diâmetro for superior e, realizando, em ambos casos, um tampona-
mento dos extremos do trecho de tubulação a abandonar.
Quando se retira de uso uma derivação deve-se, sempre que seja possível, desconectar a
totalidade da derivação atuando sobre o ramal da mesma.
ATUAÇÕES
atuações SOBRE
sobre TUBULAções
tubulações EM
em CARGA
carga
Eletricidade Estática
• Cargas geradas são suficientes para inflamar a mistura ar-gás com o consequente risco
de acidentes.
SENAI-RJ 151
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
• Colocar a cinta de algodão em contato com a terra, estando atento para que durante to-
da a operação se mantenha úmida;
• A fim de garantir uma maior eficácia do método, recomenda-se molhar a vala para au-
mentar a umidade relativa do lugar de trabalho;
• Purgar através de um tubo metálico de tal comprimento que o escape se produza fora
da vala. Figura 21.
Corda de algodão
úmida
Figura 21
Descarga de eletricidade estática
Pinçamento do tubo.
Esta operação se realiza mediante o esmagamento do tubo, com a ferramenta adequada
(estrangulador ou pinçador)e pode ser aplicável a redes de MP e BP.
Deve-se ter em conta as seguintes operações:
• A distância mínima entre solda e ponto de pinçamento deve ser ao menos de 3 vezes o
diâmetro do tubo a ser pinçado.
• Uma vez retirado o pinçador deve-se colocar um recuperador no tubo durante o tem-
po necessário para que se reestabelece a forma original;
• Cada vez que se realiza uma operação de esmagamento deverá ficar sinalizado o pon-
to em que houve tal operação, com uma cinta ou inscrição indelével; evitando-se deste
modo que se repita a operação no mesmo ponto.
Figura 22
Ventilador
3 diâmetros
Pinçamento simples
Figura 23
Diferentes sistemas de pinçamento
SENAI-RJ 153
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Balão de fechamento
Este sistema de fechamento consiste na introdução no interior da canalização, de um ba-
lão que posteriormente se infla para interceptar a passagem do gás.
O balão pode ser introduzido no tubo de polietileno, manualmente ou com a ajuda de um
equipamento que impeça todo o escapamento de gás.
Pode trabalhar-se segundo diferentes métodos:
• Balonamento simples.
• Balonamento simples em série.
• Um balão em série com um tampão expansível.
• Dois balões em série com a região entre os dois balonamentos simples, posta ao ar livre.
• Dois balonamentos simples em série com a região entre os dois balonamentos simples
posta sob pressão de nitrogênio.
Antes de iniciar o processo de intervenção deve-se comprovar o estado dos balões en-
chendo-os, assim como ter balões de reserva.
O balonamento se faz geralmente mediante utilização de um acessório eletrosoldável
apropriado que permita a perfuração de um orifício de diâmetro suficiente para a introdução
dos balões.
Quando se introduz manualmente o balão, o operário deverá ter cuidado de verificar que
o escape de gás controlado não possa ser causa de um incidente. Antes de inflar o balão, o ope-
rador controlará sua posição para garantir estabilidade de fechamento.
Quando se introduz o balão com ajuda de um equipamento que impeça a fuga de gás de-
verá assegurar-se compatibilidade do equipamento com o acessório eletrosoldável.
O balão deve estar equipado com um manômetro que permita verificar com rigor a opera-
ção durante os trabalhos. Acabada a operação, verificar se o balão foi retirado e se o orifício do
acessório de balonamento está bem fechado e se foi colocado um tampão apropriado.
O balonamento só é aplicável para pressões inferiores a 0,4 bar. Durante sua colocação na
obra deve-se evitar o risco de eletricidade estática. Deve-se tomar cuidados com a sua coloca-
ção, pois afixação é mais crítica que nos tubos metálicos. Figura 24.
Figura 24
Balão de fechamento
154 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Estabelecimento de “By-Pass”
A colocação do “by-pass” se realiza por meio de conexão (soldada) de tês de ramal em car-
ga (eletrofusão) unidos a tubos de menor diâmetro, seguindo as técnicas de soldagem e per-
furação adequadas a cada tipo de peça.
A seguir, os procedimentos operativos para estabelecer um “by-pass” tomando como
exemplo reparação de uma fuga.
Operação específica: Ramal em carga
Figura 25
Operação de colocação de “by-pass
SENAI-RJ 155
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Reparo de Tubulações
No caso de que o dano ocasionado na tubulação seja pequeno, pode-se reparar com um
tampão de dimensão “standard”, se a companhia distribuidora permitir. Previamente se per-
fura a fuga com uma ferramenta especial na medida do diâmetro do tampão, depois de perfu-
rar se introduz o tampão a pressão no orifício e se solda um ramal simples eletrosoldável pa-
ra reforçar o tampão.
Este tipo de dano também pode ser reparado de maneira provisória com uma abraçado-
ra mecânica.
Figura 26
Reparos de dano pontual
156 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno
Para realizar este trabalho primeiro deverá cortar-se a passagem do gás do trecho de tu-
bulação a substituir aplicando o sistema de fechamento adequado e fazendo um “by-pass” se
for necessário.
Corta-se o pedaço de canalização afetada substituindo por um tubo novo; em função do
comprimento afetado e segundo as possibilidades de manobras, se procederá a união do no-
vo trecho de tubulação com a canalização existente utilizando as técnicas habituais, sendo
mais correta e ágil a união com luvas eletrosoldáveis. Figura 27.
Figura 27
SENAI-RJ 157
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades
Atividades
Atividades práticas sugeridas:
PARTE III
Contato físico com os tubos e acessórios utilizados nas canalizações de “PE”.
Prática de identificação dos tubos e acessórios.
PARTE IV
Prática de soldagem de topo e eletrofusão.
Técnicas de soldagem e manuseio de tubos e acessórios de “PE”, na montagem de canaliza-
ções de condução de gás.
PARTE V
Prática de Pinçamento.
Prática de operação de colocação de “by-pass”.
Substituição de um trecho de tubulação.
SENAI-RJ 159
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades
EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO
PARTE III, IV e V
B Agentes tensoativos.
C Agentes solventes.
D Gás liqüefeito de petróleo.
C s/p/Dn.
D espessuras da parede, as tolerâncias e o diâmetro externo nominal.
4 Para simplificar os requisitos de manuseio e resistência para os esforços do terreno, foi es-
colhida, para todas as séries, uma espessura mínima de:
A 4 mm.
B 2 mm.
C 1 mm.
D 3 mm.
160 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades
C Solda de Eletrofusão.
D Solda de Termo Eletrofusão.
SENAI-RJ 161
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades
B 50 cm.
C 40 cm.
D 30 cm.
B 2 m.
C 5 m.
D 1 m.
B 0,8 m.
C 0,10 m.
D 0,3 m.
14 Que espessura máxima deve ter o leito de areia do fundo da vala antes de colocar o tubo?
A 5 cm.
B 10 cm.
162 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Glossário
Glossário
Acessórios: Equipamento (parte) que se junta ou auxilia o objeto principal (peça
ou equipamento ou máquina).
Borne: Peça que se liga (envolve) a outro objeto, em que cuja parte superior
pode haver um parafuso destinado a fixar a peça que o atravessa.
Eletrofusão: Processo elétrico onde as partes a serem unidas são aquecidas até que
ocorra a fundição entre as mesmas.
Estanqueidade: Verificação se o objeto esta com ou sem fenda ou abertura, por onde
entre ou saia líquido ou gás.
Fusão: Processo em que as partes a serem unidas são aquecidas até que
ocorra a fundição entre as mesmas.
SENAI-RJ 163
Curso de Soldador de Polietileno – Glossário
Redes: Canalização de água, esgoto, gás, etc; qualquer estrutura que por sua
disposição, lembre um sistema interligado.
União(ões): Peças que tem como objetivo ligar dois outros objetos. Ex.: ligar dois
tubos.
164 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Referências Bibliográficas
Referências
Referências Bibliográficas
SENAI-RJ 165
Curso de Soldador de Polietileno – Referências Bibliográficas
Vídeos:
Sites e Portais
Associação Brasileiras de Tubos Poliefínicos e Sistemas – ABPE. Manual de boas práticas. http://
www.abpebrasil.com.br/. Acessado em 16-10-2015.
Qualificação de instalador, inspetor, soldador e solda de topo por termofusão e de eletrofusão:
http://www.abpebrasil.com.br/cartilha/3_1.pdf. Acessado em 28-09-2015.
166 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Referências Bibliográficas
http://www.alphanet.com.br/termotec
Fabricação e comercialização de Compostos Termoplásticos (Polímeros). Serviços de tingimen-
to e aditivação/incorporação em Poliamida 6 e 6.6, Polipropileno, ABS, Policarbonato, Poliace-
tal, Poliestireno, Polietileno, com a adição de FV (fibra de vidro), ME (microesfera de vidro) etc.
http://www.ipq.com.br/
Empresa petroquímica de segunda geração da América Latina. Maior produtora de PEAD - Po-
lietileno de Alta Densidade, que é a matéria-prima do plástico.
http://www.stanplast.joi.com.br
Indústria de plásticos. Empresa com tecnologia qualificada na fabricação de peças em polietile-
no.
SENAI-RJ 167
para anotações
para anotações
para anotações
para anotações