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Curso de

soldador de
polietileno
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente

Diretoria Operacional Corporativa


Augusto César Franco de Alencar
Diretor

Diretor Regional do SENAI-RJ


Maria Lúcia Telles
Diretor

Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
Curso de
soldador de
polietileno

SENAI-RJ
Rio de Janeiro
2016
Curso de Soldador de Polietileno
© 2016 – SENAI-RJ

SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação Profissional

FICHA TÉCNICA
Divisão de Educação Profissional Suely Portugal Villaça

Revisão Técnica Carlos Reis Vilhena


Adriano Dias Tavares
Martiniano Dias Branco

Edição de Texto Estevão Luiz Ribeiro de Andrade



Revisão Gramatical SteimanKnorr Designers Associados

Normalização Bibliográfica César Escobar Neto


Projeto Gráfico In-Fólio – Produção Editorial,
Gráfica e Programação Visual
Diagramação SteimanKnorr dDesigners Associados
Produção Grafitto – Gráfica e Editora

Ficha Catalográfica
Divisão de Informação Tecnológica
CETEC de Solda

SENAI. RJ. CETEC de Solda.


Curso de soldador de polietileno. / SENAI. RJ. CETEC de solda –
Rio de Janeiro : CETEC de Solda, 1999.
vi, 97 p. ; il. ; tab.

1. Tubulações. 2. Polietileno. 3. Gás. 4. Qualificação de Soldadores.


5. Soldagem por Fusão.

Direitos autorais de propriedade do SENAI - Rio de Janeiro. Proibida a reprodução


parcial ou total fora do Sistema, sob expressa autorização.SENAI - RJ

Rua São Francisco Xavier, 601 - Maracanã


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E-mail: nppacarl@pontocom.com.br
Lila, este texto é sempre igual?
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Prezado aluno,
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que,
desse momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional
do país: o SENAI. Há mais de 60 anos, estamos construindo uma história de educação volta-
da para o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e para a formação profissio-
nal de jovens e adultos.
Em virtude das mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode con-
tinuar com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além
do domínio do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir
com autonomia, proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de re-
sultados e propostas de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para
o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o
trabalho em equipe e o comprometimento com os resultados.
Soma-se a isso o fato de que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias
exigirá de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a
necessidade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e ins-
trumentos essenciais à autoaprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educa-
ção se organizem de forma flexível e ágil, motivo que levou o SENAI a criar uma estrutura edu-
cacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma
formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuida-
de à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infraestrutura necessária a
seu desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnicopedagógico da equipe de edu-
cação dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco


Diretora de Educação
Sumário
Uma palavra inicial.................................................13

Apresentação.............................................................17

1 qualidade no processo em polietileno................19


Segurança do trabalho.............................................................24

Sinalização de segurança..........................................................29

Primeiros socorros – orientações básicas de em caso de acidentes.31


O meio ambiente na soldagem em polietileno..............................32
Segregação de resíduos................................................................................ 32

Acondicionamento dos resíduos da soldagem em polietileno............... 33

Descarte e destinação dos resíduos da soldagem em polietileno.......... 33

2
controle dimensional.............................................35
Metrologia..............................................................................37
Sistema internacional - SI.............................................................. 37

Unidades de medidas dimensionais............................................38


Medidas...................................................................................... 38

Múltiplos e submúltiplos................................................................ 39

Medidas de tempo...................................................................41
Introdução................................................................................... 41

Segundo...................................................................................... 41
Múltiplos e submúltiplos do segundo............................................... 41

Medidas de temperatura...........................................................42
Introdução................................................................................... 42

Medidas de pressão.................................................................43
Introdução................................................................................... 43

Medidas de força.....................................................................44
Introdução................................................................................... 44

Medidas de comprimento..........................................................45
Introdução................................................................................... 45

Conclusão.................................................................................... 45

Sistemas inglês e americano ......................................................... 48

Outras grandezas....................................................................49
Área .......................................................................................... 49

Volume ...................................................................................... 49

Instrumentos de medição.........................................................50
Régua e escala graduada............................................................... 50

Paquímetro.................................................................................. 52

Desenho isométrico.................................................................59
Plantas de tubulações.................................................................... 59

Desenho isométrico...................................................................... 60

Fluxograma de engenharia............................................................. 60

Simbologia de tubulação (convenção de desenhos


de plantas de tubulação)............................................................... 61

Diagrama típico de sistema de combustão a gás para


baixa temperatura........................................................................ 63

Convenção de desenhos isométricos................................................ 63

Tubo de pead - especificações...................................................64

Tubos de polietileno.................................................................64
Principais aplicações dos tubos de pead.......................................... 64

Vantagens do tubo de polietileno (pead)......................................... 65

Utilização do pe 80 e pe 100.......................................................... 65

Controle de qualidade................................................................... 66
Terminologia - conexões de eletrofusão - pead............................66

Terminologia - conexões de termofusão - pead...........................67

Conexões de polietileno............................................................68
Especificações do tubo de pead – iso 4437..................................... 69

Especificações do tubo de pead - din 8074..................................... 70

Especificações do tubo de pead – iso 4427..................................... 71

Descontinuidades de soldagem por termofusão............................74


Controle de qualidade através do bulbo de solda –
método não destrutivo.................................................................. 74

Controle de qualidade através do bulbo de solda –


método destrutivo........................................................................ 74

Descontinuidades de soldagem por eletrofusão............................76

3 Generalidas sobre tubulações em polietileno.....79


Objetivos...............................................................................81

Pontos chaves.........................................................................81

Características do material........................................................82
Obtenção do polietileno................................................................. 82

Tipos de polietileno....................................................................... 82

Propriedades químicas e mecânicas................................................. 83

O pe nas tubulações de gás......................................................84


Razões do uso.............................................................................. 84

Áreas de utilização........................................................................ 85

Limitações................................................................................... 86

Dimensões dos tubos.................................................................... 86

Formas de fornecimento................................................................ 88

Tipos de acessórios e dimensionamento........................................... 89

4 Uniões de tubos de polietileno.............................97


Objetivos...............................................................................99

Pontos chaves.........................................................................99
Generalidades.........................................................................100
Soldagem de topo........................................................................ 102

Etapas da operação de soldagem a topo.......................................... 110

Soldagem por eletrofusão.............................................................. 112

Uniões mecânicas......................................................................... 122

5 técnicas de tubulação de polietileno.....................125


Objetivos...............................................................................127

Pontos chaves.........................................................................127

Manuseio................................................................................128
Carga e descarga.......................................................................... 128

Transporte................................................................................... 128

Armazenamento de polietileno........................................................ 129

Obra civil................................................................................130
Traçado....................................................................................... 130

Sinalização.................................................................................. 133

Corte de pavimentos..................................................................... 133

Escavação................................................................................... 133

Fundo da vala.............................................................................. 134

Cobertura.................................................................................... 135

Reposição de pavimentos............................................................... 135

Obra mecânica........................................................................135
União de tubos e acessórios........................................................... 135

Instalação da tubulação................................................................. 136

Inserção...................................................................................... 138

Trabalhos especiais....................................................................... 144

Teste de estanqueidade............................................................148
Considerações gerais..................................................................... 148

Colocação em serviço e fora de serviço.......................................150


Conexão e colocação em serviço..................................................... 150

Tubulações fora de uso.................................................................. 151


Atuações sobre tubulações em carga..........................................151
Eletricidade estática...................................................................... 151

Interrupção da passagem de gás.................................................... 152

Estabelecimento de “by-pass”........................................................ 155

Reparo de tubulações.................................................................... 156

Atividades práticas sugeridas.................................. 159

Referências................................................................165
Curso de Soldador de Polietileno – Uma palavra inicial

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Uma palavra inicial


Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a rela-
ção entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e servi-
ços necessários e dão acesso a emprego e renda, mas, para atender a essas necessidades, pre-
cisam usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito frequentemen-
te decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de
como produz.
Assim sendo, é preciso entender que todas as atividades humanas transformam o am-
biente. Estamos sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando
o que “sobra” de volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessá-
rios à produção de bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento
de diversos recursos naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação pre-
judicada pela velocidade da extração, quase sempre superior à capacidade da natureza de se
recompor. Torna-se necessário, portanto, traçar planos de curto e longo prazo, a fim de dimi-
nuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias preci-
sam se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde tanto dos seus tra-
balhadores como da população que vive ao redor delas.
Podemos concluir, então, que, com o crescimento da industrialização e sua concentração
em determinadas áreas, o problema da poluição se intensificou demasiadamente. A questão
da poluição do ar e da água é bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de
um ponto fixo para uma grande região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais
condições ambientais, tornando difícil a localização precisa da origem do problema. No en-
tanto, é importante repetir que, quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando
lançam efluentes sem tratamento em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos, às
vezes irreversíveis ao meio ambiente.

SENAI-RJ 13
Curso de Soldador de Polietileno – Uma palavra inicial

O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a fa-
lha básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas
por meio de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fa-
bricam-se produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos ater-
ros. Produzir, consumir e dispensar bens dessa forma, obviamente, não são atitudes sustentáveis.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”)
são absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indús-
trias não tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode
até ser fatal. O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas,
da mesma forma que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis,
sua capacidade de receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos pratica-
mente não existe.
Ganha força, atualmente, a ideia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isso quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo-se processos que reduzam
o uso de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem as suas próprias características. Contudo já sabemos que a conserva-
ção de recursos é importante. Deve haver, portanto, uma crescente preocupação acerca da qua-
lidade, durabilidade, possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam
não só continuar reduzindo a poluição como também buscar novas formas de economizar
energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e
conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil, no entanto, ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma
enfrenta desafios diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para
o amanhã, nós (o público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alter-
nativas são mais eficientes e, a partir daí, trabalhar com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos como as instituições só mudarão as suas práticas quan-
do acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam estes financeiros,
para sua reputação ou para sua segurança. Apesar disso, a mudança nos hábitos não é uma
coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoas bem-informadas a favor de bens
e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas
escolherem, usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana pro-
vocados pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produ-
tivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, os acidentes de trabalho
são uma questão que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as consequên-
cias acabam afetando a todos.
Sabendo disso, podemos afirmar que, de um lado, é necessário que os empregados ado-
tem um comportamento seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteção individual

14 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uma palavra inicial

e coletiva, e, de outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses equipamentos,
orientar quanto a seu uso, fiscalizar as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equi-
pamentos de proteção. A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada
um – trabalhador, patrão e governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, ca-
pazes de resguardar a segurança de todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio e,
portanto, é necessário analisá-lo em suas especificidades para determinar seu impacto sobre
o meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhado-
res, propondo alternativas que possam levar a melhores condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países, em-
presas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolven-
do ações que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Entretanto
isso ainda não é suficiente. É preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que
pode e deve ser usado em tal direção. Assim, iniciamos este material conversando com você
sobre o meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que, no seu exercício pro-
fissional diário, você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente, zelando também pela
segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no
trabalho – o que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é res-
ponsável. Vamos fazer a nossa parte?

SENAI-RJ 15
Curso de Soldador de Polietileno – Apresentação

Apresentação

Durante este curso, você conhecerá e colocará em prática os processos que incidem e afe-
tam o trabalho diário na soldagem de topo (termofusão) e eletrofusão na instalação de tubos
de Polietileno(PE), a utilização da maquinaria de trabalho e desenvolverá um trabalho de for-
ma eficiente e segura, segundo os critérios de correção e segurança necessários para este tipo
de instalação. O curso envolve a realização de trabalhos práticos com a finalidade de desen-
volver os conhecimentos teóricos sobre soldagem de polietileno.

SENAI-RJ 17
Qualidade no processo
em polietileno

1
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

Qualidade no processo
em polietileno
Quando falamos sobre Qualidade, Saúde, Segurança e Meio ambiente (QSMS) aplicados
ao processo de soldagem em polietileno, a primeira coisa que devemos pensar é na organiza-
ção e limpeza do nosso posto de trabalho, afinal, um ambiente desorganizado e sujo é um am-
biente mais propício a acidentes.
Qualidade é uma estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade
total em todos os processos organizacionais, compondo-se de diversos estágios, como por
exemplo: o planejamento, a organização, o controle e a liderança.

saber
Par a

O conceito da qualidade surgiu, primeiramente,


na Segunda Guerra Mundial para corrigir os
erros detectados nos materiais bélicos
fabricados em larga escala e utilizava a
nomenclatura de “Controle de Processos”.
Com a evolução passou a ser chamado de
“Garantia de Qualidade”, que utilizava
normas específicas para cada etapa, em
seguida surgiu o “Controle de Qualidade”, no
começo do século XX, empregado por
Frederick Taylor e Ford.
Hoje, no século XXI, nós consumidores
cobramos, cada vez mais, a qualidade dos
produtos que adquirimos no mercado, sejam
eles comerciais ou fabris e, no nosso caso, nos
Processos de Soldagem em Polietileno.

SENAI-RJ 21
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

Na soldagem de tubulações de polietileno, as exigências dos requisitos da qualidade são


cada vez maiores e as inspeções nos locais de trabalho (in loco) e/ou através de recursos mais
sofisticados (ensaio de tração) – antes, durante e depois das montagens das tubulações – de-
vem garantir a integridade/qualidade dos tubos utilizados, dos equipamentos de solda e das
uniões utilizadas.

Algumas verificações de qualidade que devem ser observadas durante o processo de sol-
dagem de tubulações de polietileno:
1ª) tubos, acessórios, equipamentos e ferramentas associadas serão inspecionadas antes
das instalações;
2ª) a verificação dos diâmetros, classe do material e parâmetros de tolerância, tendo como
base as informações marcadas nos tubos e acessórios;
3ª) verificação do material, se não foi ultrapassado o período de armazenamento ao sol ou
a chuva (intempéries);
4ª) defeitos e avarias visíveis;
5ª) verificação da capacitação adequada dos soldadores quanto aos procedimentos de união
de tubulação e acessórios, e se estão disponíveis as máquinas, ferramentas e equipamen-
tos adequados para a realização das tarefas; e
6ª) equipamentos de soldagem com calibração dentro do prazo de validade.
(Fonte: SENAI RJ, Apostila para Supervisores de Polietileno, Anexo 2)

Na verdade, a qualidade dos produtos e do processo da soldagem em polietileno trazem


vários benefícios tanto para os Soldadores quanto para as Empresas:
Soldadores:
A Especialização de cada soldador dentro de uma função específica (soldagem com polietileno).
B Salários mais elevados, que chegam a atingir, em alguns casos, o dobro dos anteriores devi-
do à especialização/capacitação.
C Política de incentivos por metas de produção cumpridas.
D Melhores condições de trabalho, ganhando força e conforto nestes ambientes, pois influen-
cia diretamente na segurança, na saúde, na produtividade e no meio ambiente.
E Oferece as constantes instruções adequadas aos soldadores, treinando-os para produzir
mais e com melhor qualidade.
F Eficiência na produção, sem implicar no esforço excessivo dos soldadores e nas suas ativi-
dades laborais e o retrabalho.
G Jornada de trabalho reduzida e pausas para descanso evitando a fadiga.

Empresas:
A Produtos com qualidade superior e com melhoria contínua para melhor atendimento aos clien-
tes.

22 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

B Eliminação de desperdícios e, consequentemente, das perdas sofridas pelas empresas evitan-


do a geração de resíduos.
C Aumento dos níveis de produtividade.
D Redução de custos dentro do processo produtivo, com a eliminação de gastos desnecessários,
como as constantes inspeções, e hora homem (HH).
E Escolha adequada dos cargos e as tarefas a serem realizadas.
F Aproveitamento eficiente dos recursos e do tempo, produzindo mais utilizando menos maté-
ria prima.
G Supervisão na produção, onde os operários são supervisionados por ex-soldadores especiali-
zados no processo.

a
ot
N

Em resumo, o Qualidade na soldagem


em polietileno visa:
a) Melhorar continuamente os Processos,
Sistemas e Produtos em soldagem;
b) Planejar, organizar e executar ações de
melhoria contínua e de prevenção da poluição
dos resíduos gerados na soldagem em
polietileno;
c) Valorizar o Ser Humano (soldador) reduzindo
os retrabalhos;
d) Incentivar a evolução contínua dos
Soldadores e de suas competências no sentido de
envolvê-los com a Qualidade, Meio Ambiente,
Segurança e Saúde no trabalho.

Quando falamos de organização, queremos falar sobre a preparação do local de trabalho


antes do início da soldagem, da separação dos materiais a serem utilizados, EPC, EPI, sinali-
zação, etc.
Você já pensou em ter que parar no meio de suas atividades porque esqueceu um raspa-
dor, uma ferramenta ou porque ela danificou?
Sabemos que é difícil manter a organização quando tratamos de uma obra civil em via
pública, não é mesmo? Mas falamos aqui de organização básica – 5S – você já ouviu falar?
Não vamos aqui falar a origem dos cinco sensos (5S), mas sim, trazer os 5S aplicados a
Soldagem de Tubos e Conexões em Polietileno. (5S InfoEscola: http://www.infoescola.com/
filosofia/5s-seiton-seiri-seiso-seiketsu-e-shitsuke/. Acessado em 30-10-2015).

SENAI-RJ 23
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

Vamos lá?
1) “senso de utilização”- Separe apenas o que é realmente necessário para a execu-
ção do seu serviço.
2) “senso de organização”- Deixe o material arrumado e em seu devido lugar para
que seja possível encontrá-lo com facilidade e evitar o desperdício de tempo e energia.
3) “senso de limpeza”- Mantenha seu material todo limpo, principalmente os tubos e
conexões a serem soldados. A sujeira prejudica a qualidade da sua solda.
4) “senso de saúde e higiene” - Não adianta manter o local de trabalho limpo e or-
ganizado se você não cuidar da sua higiene pessoal.
5) “senso da disciplina” – Seria o principal senso, afinal, não adianta fazer os outros qua-
tro apenas uma vez. Correto?

Seguindo os cinco sensos, com certeza estará menos exposto aos acidentes e apresenta-
rá um trabalho com qualidade, dentro do prazo e em conformidade com os requisitos das nor-
mas técnicas.

SEGURANÇA DO TRABALHO

Geralmente quando falamos de Segurança do Trabalho já pensamos em acidentes, não é


mesmo?
Mas na verdade, buscamos nada mais nada menos do que a “Vida como a sua melhor
obra”. Buscamos que o trabalho não seja o causador de lesões ou de doenças ao longo de nos-
sa vida de trabalho.
Riscos sempre existirão e não existe, em qualquer atividade ou local de trabalho, o famo-
so “RISCO ZERO” de acidentes. Para que isso ocorra, o Risco Zero, é necessário que os solda-
dores possuam atitudes prevencionistas e extremamente conscientes da exposição aos riscos
e que saibam utilizar as medidas preventivas de forma adequada.
Por isso, vamos primeiro pensar juntos sobre os riscos existentes na profissão de “Solda-
dor de Tubos e Conexões de Polietileno”?
Você pode trabalhar em escavações com mais de 1,25m? Se sim, estará exposto ao risco de
um acidente grave: soterramento ou esmagamento!
Você trabalha com máquinas ligadas a energia elétrica? Se sim, estará exposto ao risco de
outro acidente grave: choque elétrico!
Você trabalha exposto a céu aberto em dias de sol quente? Se sim, estará exposto ao agen-
te ambiental da radiação ultravioleta oriunda dos raios solares, o que pode causar desde
queimaduras leves, até um possível câncer de pele, dependendo do tempo de exposição aos
raios solares. E também estará exposto ao calor que pode causar cansaço e desidratação.

24 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

saber
Par a Saiba mais sobre os prejuízos da radiação solar: Mundo
Educação: http://www.mundoeducacao.com/fisica/radiacao-
ultravioleta-uv.htm. Acessado em 30-10-2015
ASTETE, Martin Wells. Radiações Não Ionizantes.
http://www.higieneocupacional.com.br/download/radiacao-astete.pdf.
Acessado em 30-10-2015.

Você trabalha cortando tubulações, quando necessário? Se sim, estará exposto a projeção de al-
gumas partículas em seus olhos, o que pode causar possíveis lesões e inclusive a cegueira!

Aí eu pergunto: os riscos podem ser minimizados, os acidentes podem ser atenuados e evita-
dos? E como você fará para reduzir tudo isso?

Simples... Vamos aqui compartilhar algumas medidas preventivas:


1) Antes de iniciar a atividade, leia atentamente a Ordem de Serviço (OS) ou Permissão de
Trabalho (PT), pois assim como orienta a Norma Regulamentadora no 1 (NR-1) sobre
Segurança e Saúde no Trabalho, lá estarão descritas as atividades a serem executadas,
as proteções e as medidas de segurança a serem utilizadas.

2) Falando em medida de proteção a ser utilizada, a empresa tem duas formas mais cor-
retas de proteção:
- Equipamento de proteção coletiva (EPC), que pode ser um escoramento para as esca-
vações com mais de 1,25m, utilização de escadas de emergência para as escavações,
aterramento elétrico das máquinas de eletrofusão e termofusão, sinalização de segu-
rança, guarda corpos para evitar quedas, redes de proteção e outras, Tudo de acordo
com as normas regulamentadoras de segurança.
Neste momento citamos breves exemplos de proteções coletivas mencionadas na
NR-10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade em na NR-18 – Condições e
meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

3) Apesar da maioria das atividades de soldagem


saber
em polietileno serem realizadas em ambientes
Par a

ao ar livre e com ventilação natural, elas tam-


bém poderão ser realizadas em espaços confi-
nados, em serviços de reparos dentro de tubu- NR-33 Segurança e saúde nos
lações, dentro de galerias, que devem se carac- trabalhos em espaços confinados.
terizados como ambientes confinados e por http://www.mte.gov.br/images/
isto, você soldador, deverá tomar as seguintes Documentos/SST/NR/NR33.pdf.
Acesso em 30-10-2015
precauções:

SENAI-RJ 25
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

A só adentrar nestas áreas após autorização por escrito através de uma PET emitida por
profissional legalmente habilitado (Técnico ou Engenheiro de Segurança).
B não trabalhar nestes ambientes sozinhos, pois em caso de qualquer mal súbito seu
colega poderá ajudá-lo;
C os locais deverão ser monitorados continuamente quanto ao surgimento de gases,
vapores e deficiência de oxigênio;
D os locais deverão ser ventilados mecanicamente insuflando ou exaurindo os conta-
minantes e mantendo os níveis de oxigênio seguros;
E o uso dos EPI será fundamental;

F cada trabalhador deverá possuir uma linha de vida (cordas presas em seu cinto) pa-
ra em caso de acidente facilitar a remoção dos acidentados da área de risco;
G você deverá ser capacitado para que trabalhe nestes ambientes;

H deverá estar com seus exames médicos – ASO – atualizados.

Figura 1
Sinalização fundamental

I durante e ao término dos trabalhos verifique se todos os seus colegas estão em local
seguro.
saber
4) Caso você, soldador, necessite realizar as suas
Par a

soldas em algum local com altura acima de


2,00 m (dois metros) do nível inferior em que
você estiver, considerando como base nos seus
NR-35.
trabalhos, onde haja risco de queda, você deve-
http://www.mte.gov.br/images/
rá seguir as seguintes orientações:
Documentos/SST/NR/NR35.pdf.
A você deverá estar com seus exames médicos Acesso em 30-10-2015
atualizados através do ASO, o qual informa-
rá se está apto ou não para as suas atividades;
B você deverá ter participado de um treinamento específico e ter em mãos o seu certi-
ficado atualizado;
C deve estar muito atento a montagem e desmontagem das plataformas, andaimes, es-
cadas, passarelas e outros meio de elevação, realizádas por outros ou mesmo por vo-
cê. Caso não saiba, peça a ajuda de seu Encarregado/Supervisor de Produção;

26 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

D deve estar utilizando todos os EPI básicos de suas tarefas e mais o cinto de seguran-
ça do tipo paraquedista, talabartes, trava-quedas, luvas e acessórios que achar neces-
sário, para isto consulte sempre a lista de EPI relacionada no item 5;
E só iniciar as tarefas após a liberação através de uma Permissão de Trabalho – PT emitida
por um profissional legalmente habilitado (Técnico ou Engenheiro de Segurança);
F durante e ao término dos trabalhos verifique se todos estão em local seguro.

ção
n
Saiba mais na NR-18 que trata especificamente para
Ate

trabalhos na indústria da construção:


http://www.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR18/NR18-13.pdf.
Acesso em 30-10-2015.

5) Equipamento de proteção individual (EPI):


o capacete e botas de segurança (itens obrigatórios para entrada em qualquer cantei-
ro de obras, de acordo com a NR-18 e NR – 6);
botas de borracha de cano longo para os dias em que precisar trabalhar em uma es-
cavação que esteja com lama, encharcada, pois poderá estar exposto aos riscos bio-
lógicos através de microrganismos, parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxi-
cos provenientes do local possivelmente contaminado;
óculos de proteção para proteger você da projeção de partículas nos olhos;
luvas de malha pigmentada para proteger suas mãos do contato direto com tubula-
ção e para auxiliar no manuseio;
e uniforme com calças e camisas de manga comprida.

s saber
ca
Par a

A camisa do Você terá disponível através do link do


Di

uniforme de Ministério do Trabalho e Emprego


trabalho com (http://portal.mte.gov.br/images/
manga comprida lhe Documentos/SST/NR/NR6.pdf), a relação
protegerá da completa e atualizada de todos os Equipamentos de
exposição ao sol, a Proteção Individual (EPI), conforme a NR-6 do
queimaduras e a Ministério do Trabalho e Emprego a serem utilizados
contaminação pela em função das atividades, dos riscos, sempre que as
pele por outros medidas de ordem geral não ofereçam completa
fatores que compõem proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de
o ambiente de doenças profissionais e do trabalho, ou enquanto as
trabalho. NÃO medidas de proteção coletiva estiverem sendo
UTILIZE implantadas. Você não precisa ficar limitado ao uso dos
BERMUDAS E EPI básicos que lhe são fornecidos, pois caso tenha
necessidade consulte seu Supervisor/Encarregado ou os
SANDÁLIAS DE
profissionais de Segurança do Trabalho.
DEDO!!!

SENAI-RJ 27
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

6) Tratando-se da soldagem em polietileno realizado com equipamentos elétricos de ele-


trofusão e termofusão energizados, os cuidados deverão ser redobrados e por isto é re-
comendável que:
garanta-se um aterramento eficiente, conforme a NR-10 (Segurança em instalações
elétricas);
sejam verificadas diariamente as instalações elétricas antes das operações;
as instalações elétricas estejam em perfeito estado de conservação e de manutenção
permanente;
os soldadores não trabalhem em locais com água e nem durante a chuva;
possuam os conhecimentos básicos das instalações elétricas destes equipamentos;
no local de trabalho esteja presente um profissional habilitado e capacitado legal-
mente conforme determina a NR-10.

saber
Par a

http://www.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf.
Acessado em 30-10-2015.

7) Outras medidas muito importantes que também deverão ser aplicadas:


treinamentos de acordo com os riscos do local de trabalho;
pausa durante a jornada de trabalho;
sinalização de segurança (placas indicando perigos e riscos, diferenciação de cores
de acordo com os riscos);
utilização correta dos extintores de incêndio; e
o Diálogo Diário de Segurança (DDS).

8) Prevenção e combate a princípios de incêndio:


Imagine se Você está presenciando um princípio de incêndio... O que fazer? Como agir?
Qual o tipo de extintor utilizar?
Vamos lá...
1 Antes de qualquer coisa, você precisa manter a calma, pois senão, nada feito;
2 Se o fogo já estiver fora do controle, saia imediatamente do local e ajude os demais
colegas a saírem também.
3 Caso o princípio de incêndio ocorra em partes elétricas da máquina ou uma tubula-
ção de gás vazou provocando princípio de incêndio, você deverá utilizar um extintor
de dióxido de carbono (sigla: CO2) ou Pó Químico (sigla: PQ).
4 Caso o princípio de incêndio ocorra em materiais que queimem em profundidade, vo-
cê deverá utilizar o extintor tipo Água Pressurizada (sigla: AP). Consulte a tabela 1 e sai-
ba qual o material mais adequado você deve utilizar em caso de princípio de incêndio.

28 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

Tabela
1 Tabela de classificação

Água Gás Pó químico


Classe Combustível Água gás Espuma
pressurizada carbônico Pressurizado

A Madeira Sim (ótimo) Sim (ótimo) Sim (regular) Sim (sem grande Sim (sem
Papel eficiência) grande
Tecido eficiência)
Papelão
Algodão
Fibras
Lixo

B Gasolina Não (contra- Não (contra- Sim (ótimo) Sim (bom) Sim (ótimo)
Óleo indicado): indicado):
Querosene aumenta a área aumenta a área
Tintas de incêndio de incêndio
Graxas

C Instalação Não (perigoso): Não (perigoso): Não (perigoso): Sim (ótimo) Sim (bom)
elétrica conduz conduz conduz
energizada eletricidade eletricidade eletricidade

D Metais pirofóricos Não (provoca Não (provoca Não (provoca Não (ineficaz) Não (ineficaz)
explosão) explosão) explosão)

saber
Par a

Saiba mais sobre os extintores portáteis de incêndio


na ABNT NBR 15808:2013

SINALIZAÇÃO
sinalização DE
de SEGURANÇA
segurança

É importante que você, soldador de polietileno, conheça a NR-26 (http://www.mte.gov.


br/images/Documentos/SST/NR/NR26.pdf ), onde são citadas as cores utilizadas nos locais
de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubu-
lações empregadas para a condução de líquidos e gases, advertir contra riscos, citando como
exemplo as cores de incêndio e pânico, símbolos gráficos e suas formas de utilização, dimen-
sões e cores e marcações de segurança.

ção
n A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de
Ate

acidentes, embora ela seja sempre necessária, especialmente em áreas de trânsito


em vias públicas, de pessoas estranhas ao trabalho, e acompanhada de sinais
convencionais ou de palavras.

SENAI-RJ 29
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

Exemplo de algumas cores básicas utilizadas:


VERMELHO, usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e com-
bate a incêndio. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca vi-
sibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que signifi-
ca alerta). A cor vermelha é usada excepcionalmente com o sentido de advertência, de pe-
rigo, com luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer ou-
tras obstruções temporárias, como também em botões interruptores de circuitos elétricos
para paradas de emergência.
AMARELO, empregado para indicar “Cuidado!”. Como fundo de letreiro e avisos de adver-
tência, partes baixas de escadas portáteis, espelhos de degraus etc.
BRANCO, empregado em passarela e corredores de circulação, por meio de faixas, zonas de
segurança, áreas de armazenagem, áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgên-
cia etc.
PRETO, empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta vis-
cosidade como óleo lubrificante, asfalto, piche etc.
AZUL, utilizado para indicar “Cuidado!”, em avisos contra o uso e movimentação de equi-
pamentos, que deverão permanecer fora de serviço. Também é utilizado em canalizações
de ar comprimido, prevenção contra movimentação acidental de qualquer equipamento
em manutenção etc.
VERDE é a cor que caracteriza “segurança”. Empregado para sinalizar canalizações de água,
caixas de equipamento de primeiros socorros de urgência, chuveiros de segurança etc.
LARANJA identifica canalizações contendo ácidos, partes móveis de máquinas, faces inter-
nas de caixas protetoras de dispositivos elétricos etc.
PÚRPURA, usada para indicar perigos provenientes de radiações eletromagnéticas pene-
trantes de partículas nucleares. Também usada em portas e aberturas que dão acesso a lo-
cais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou contaminados por radio-
atividade, sinais luminosos etc.
LILÁS, utilizado para indicar canalizações que contenham álcalis (hidróxido de sódio ou
soda cáustica).
CINZA, quando claro, utilizado para identificar canalizações de vácuo; quando escuro, na
identificação de eletrodutos.
ALUMÍNIO, utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combus-
tíveis de baixa viscosidade (GLP, querosene e gasolina).
MARROM, pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não
identificável pelas demais cores.

ção
n
O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de
Ate

não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

30 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

PRIMEIROS
PRIMEIROS SOCORROS
SOCORROS –– ORIENTAÇÕES
ORIENTAÇÕES BÁSICAS
BÁSICAS
EM CASO DE ACIDENTES
EM CASO DE ACIDENTES

Salvar uma vida é algo que não se pode medir ou quantificar. Evitar que pessoas e famí-
lias inteiras passem por danos irreparáveis é, no mínimo, gratificante para quem presta os aten-
dimentos de primeiros socorros.
Os acidentes podem ser os mais variados e apresentarem diferentes níveis de gravidade.
Já se sabe que o socorro inadequado pode levar ao agravamento de lesões ou até mesmo
contribuir para o óbito de uma pessoa. Portanto, a capacitação dos soldadores de polietileno,
bem como a presença dos profissionais de saúde para realizar os procedimentos corretos e
dentro do limite de tempo exigido, pode fazer a diferença para quem está sendo socorrido.
Sendo assim, você, soldador, deve estar preparado para executar, se necessário, o seu pa-
pel fundamental de preservar e salvar vidas.
Dominar as técnicas básicas de suporte básico de vida contribuirá, sem dúvida, para a
qualidade do seu desempenho e de sua equipe de trabalho, agindo com segurança e conheci-
mento.
Lesões graves como atropelamento, quedas, esmagamento de membros, batidas por ve-
ículo em movimento, choque elétrico, convulsão, desmaio, engasgo, insolação, intoxicações e
envenenamentos, parada cardiorrespiratória, picadas ou mordeduras por animais peçonhen-
tos e queimaduras, podem ser atenuadas ao acidentado por quem domina as técnicas básicas
de primeiros socorros e possui agilidade em suas ações.
Caso você se sinta inseguro para a manobra nestes procedimentos, você poderá deixar o
acidentado/vítima pelo menos equilibrado/estabilizado e o local ao seu redor seguro, até que
os profissionais especializados cheguem ao local sinistrado. Para isto, seguem algumas orien-
tações básicas do que fazer:
A manter a calma e avaliar o local ao seu redor,
B manter os curiosos afastados,
C agir com prontidão e saber o que está fazendo, são informações básicas que determi-
nam o estado de saúde do acidentado,
D identificar o estado da vítima,
E descobrir o que está acontecendo com ela para informar aos especialistas na hora de
sua chegada,
F realizar os primeiros atendimentos adequados e utilizar procedimentos adequados ao
cenário apresentado,
G transportá-lo (a) com segurança até o local mais seguro para lhe prestarem ajuda,

H manter o acidentado sobre observação até a chegada do atendimento médico da em-


presa, a chegada do atendimento pelo serviço público (192, 193) ou a remoção da víti-
ma até uma casa de saúde,
I informe ao grupo de salvamento como foi o ocorrido e detalhes para que já possam ini-
ciar os primeiros atendimentos,

SENAI-RJ 31
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

J ajudar o grupo de salvamento mantendo todo o ambiente sobre controle, pois será fun-
damental ao atendimento do acidentado/vítima.

ção
n
Mantenha-se capacitado e atualizado
Ate

nos procedimentos e protocolos de


Primeiros Socorros.
.

Figura 2

O MEIO
O MEIO AMBIENTE
AMBIENTE NA
NA SOLDAGEM
SOLDAGEM EM
EM POLIETILENO
POLIETILENO

Segregação de Resíduos

Você sabe o que significa a palavra “segregação”? Ela significa “SEPARAÇÃO”.


Esta é uma etapa relevante para o processo de soldagem, pois é nesta etapa que você te-
rá uma grande tarefa em reduzir os resíduos, separá-los para reciclagem, e se possível, já guar-
dá-los nos locais adequados. “O Meio Ambiente agradece”!!
Além de contribuir para o processo de reciclagem, a atividade de segregação dos resídu-
os possibilita a organização e limpeza do local de trabalho podendo trazer como benefício in-
direto a redução no índice de afastamento de trabalhadores por acidente provocado pela de-
sordem no canteiro. (SINDUSCON CE, 2011)
Os cuidados recomendados são:
- o máximo do aproveitamento possível dos materiais solicitados e utilizados em sua sol-
dagem; e
- a limpeza dos locais de trabalho durante e ao término de suas atividades.
Exemplo de resíduos gerados durante a soldagem: partes/pedaços de tubos que sobra-
ram, restos das aparas, sobras das raspagens/lixamento dos tubos prontos para a fusão, abra-
çadeiras, estopas e vez ou outra pedaços de madeira.

32 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

ção
n
Os resíduos da construção civil e, no nosso caso, o
Ate
polietileno, são classificados pela Resolução
CONAMA 307 como Classe B que são os resíduos
reutilizáveis ou recicláveis como agregados (plásticos,
papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso).
http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.
pdf?idNorma=270.
Acessado em 30-10-2015

Acondicionamento dos Resíduos da Soldagem em Polietileno

Consiste de duas etapas: primeiro, deve-se dispor dos resíduos já segregados em recipien-
tes específicos para cada tipo e finalidade de resíduos; e, posteriormente, deve-se encaminhá-
-los para o armazenamento final.
Os resíduos volumosos e leves, como o polietileno, plásticos, papéis, entre outros, podem
ser dispostos em grandes caixas e ficar abrigados em locais com cobertura, sem exposição ao
sol ou a chuva e com fácil acesso para remoção, pela empresa contratada.
Recomenda-se que todo o resíduo de polietileno no momento de sua geração, seja acon-
dicionado adequadamente próximo ao local de trabalho onde foi gerado, evitando que se mis-
ture com os demais.
Lembrando que, seja qual for o acondicionamento, é necessária a sinalização do tipo de
resíduo por meio de adesivo com indicação da cor padronizada. (SINDUSCON CE, 2011).
Pesquise: Resolução 275, de 25 de abril de 2001, do CONAMA, que estabelece o código de
cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e trans-
portadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Descarte e Destinação dos Resíduos da Soldagem em Polietileno

É importante que o Soldador conheça um pouquinho da nossa legislação federal, pois de


acordo com a Resolução 307 do CONAMA “os geradores de resíduos também são responsá-
veis pela destinação final (polietileno) quando não sejam viáveis o reuso ou reciclagem na pró-
pria obra. Sendo assim, as obras são responsáveis por todos os resíduos que são retirados sen-
do passíveis de multas definidas pelos órgãos competentes”.
Os resíduos podem ser doados para cooperativas de catadores ou associações de coleta
seletiva credenciadas junto ao órgão ambiental de cada estado que os comercializem ou reci-
clem.

SENAI-RJ 33
Curso de Soldador de Polietileno – Qualidade no Processo em Polietileno

Interessante: A empresa Braskem, em parceria com Plásticos Suzuki, destinou as sobras da


produção industrial para a confecção de bancos, lixeiras e floreiras, que já foram instalados
em espaços públicos de cidades como Paulínia (SP) e Maceió (AL), e mantém programas de
educação ambiental, manutenção de parques e de uma estação ambiental no entorno da
empresa.
(G1 Olhar sustentável 18/07/2013 17h18 - Atualizado em 18/07/2013 17h30: http://g1.glo-
bo.com/especial-patrocinado/olhar-sustentavel/noticia/2013/07/preocupacao-com-descarte-
-correto-de-residuos-solidos-aumenta-no-brasil.html. Acessado em 30-10-2015.

34 SENAI-RJ
Controle Dimensional

2
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Controle Dimensional

O controle dimensional não tem por fim somente segregar ou rejeitar os produtos fabrica-
dos fora das normas e especificações; destinam-se, antes, a orientar a fabricação de forma pre-
ventiva, evitando diversos erros, tais como: processo, pessoas ou produto. Representa, por con-
seguinte, um fator importante na redução de custos gerais e no aumento da produtividade.
Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em todos os estágios de trans-
formação da matéria-prima, integrando-se nas operações depois de cada fase de usinagem,
injeção, sopro ou extrusão.
Todas as etapas do controle dimensional são realizadas por meio de aparelhos e instru-
mentos de medição, devendo-se, portanto, controlar não somente as peças fabricadas, mas
também a calibração dos aparelhos e instrumentos verificadores que são utilizados durante a
soldagem dos tubos de polietileno.

Metrologia

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às dimensões li-


neares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se obte-
nha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a grandeza
do erro tolerável, antes de se escolher o meio de fabricação e controle mais adequado.

Sistema Internacional de Unidades - SI

A consolidação da cultura metrológica é estratégica para o desenvolvimento das organi-


zações. Ela contribui para aumento de produtividade, qualidade dos produtos e serviços, re-
dução de custos, eliminação de desperdícios e relações comerciais mais justas. A tarefa não é
trivial, requer ações permanentes que vêm sendo lideradas pelo Bureau Internacional de Pe-

SENAI-RJ 37
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

sos e Medidas (BIPM) desde sua criação em 1875, implica na difusão ampla de valores da qua-
lidade por toda a sociedade e em trabalhos de grupos em todas as áreas do conhecimento e de
diferentes nações, treinamentos especializados e conhecimento profundo de seus atores.
O Inmetro, consciente de que a disseminação da cultura metrológica no Brasil é uma de
suas principais missões, disponibiliza à sociedade o conhecimento sobre o “Sistema Interna-
cional de Unidades - SI”.
O SI, que recebeu esta denominação em 1960, teve como propósito de sua existência a
necessidade de um sistema prático mundialmente reconhecido nas relações internacionais,
no ensino e no trabalho científico, sendo, naturalmente, um sistema que evolui de forma con-
tínua e visionária refletindo as melhores práticas de medição que são aperfeiçoadas ao longo
do tempo.
O objetivo de um Sistema de Unidades é escolher um número mínimo de grandezas (gran-
dezas fundamentais) à custa das quais se podem exprimir todas as outras grandezas (grande-
zas derivadas) e definir as suas unidades. As unidades do Sistema Internacional de Unidades
(SI de unidades) formam um sistema absoluto de unidades, o que significa que as três unida-
des básicas escolhidas são independentes do local onde as medições são efetuadas. O metro,
o quilograma e o segundo podem ser utilizados em qualquer parte da Terra; podem mesmo
ser utilizados noutro planeta. Terão sempre o mesmo significado.

Unidades de Medidas Dimensionais

Medidas

Uma grandeza física é uma propriedade de um corpo, ou particularidade de um fenôme-


no, susceptível de ser medida, à qual se pode atribuir um valor numérico.
A medição de uma grandeza pode ser efetuada por comparação direta com um padrão
ou com um aparelho/instrumento de medida (medição direta), ou ser calculada, através de
uma expressão conhecida, à custa das medições de outras grandezas (medição indireta). Con-
tudo mesmo este último caso engloba medidas diretas, pelo que é importante ter alguns co-
nhecimentos básicos sobre este tipo de medições.
A medição de uma grandeza é então a comparação dessa grandeza com outra da mesma
espécie, um padrão, a que chamamos unidade por convenção.

38 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Múltiplos e Submúltiplos

Os múltiplos e submúltiplos das unidades do SI podem ser obtidos através do uso de pre-
fixos descritos nas tabelas abaixo, evitando-se assim escrever números muito grandes ou mui-
to pequenos (ex: 424,2 km em vez de 424 200 m). Pode obter-se o mesmo resultado usando a
notação científica: 424,2 km = 424,2 × 103 m.
Os múltiplos da unidade de tempo são o minuto (min), a hora (h), etc... Como 1 min = 60 s
e 1 h = 60 min = 3 600 s, esses múltiplos não são tão facilmente convertidos.
Tabela

1 Unidades, múltiplos e submúltiplos

grandeza unidade símbolo relações importantes

grama g 1 kg = 103 g
1 t = 103 kg = 106 g
Massa quilograma kg

tonelada t

Comprimento metro m

metro cúbico m3 1 m3 = 103 L


1 dm3 = 1 L = 103 mL = 103 cm3
decímetro cúbico dm3 1 cm3 = 1 mL
Volume centímetro cúbico cm3 (cc)

litro L

mililitro mL

Pressão atmosfera atm 1 atm = 760 mmHg = 760 Torr


1 atm = 1,013 x 105 Pa
mililitro de mercúrio mmHg

torr (Torricelli) Torr

pascal Pa

Temperatura celsius ºC K = ºC + 273

kelvin K

Quantidade de mol (n) mol nº de mols = massa/massa molar


matéria

As unidades em “itálico” fazem parte do Sistema Internacional de Unidades - SI

SENAI-RJ 39
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI

Factor multiplicador prefixo símbolo

1 000 000 000 000 000 000 000 000 = 10 24


yotta Y

1 000 000 000 000 000 000 000 = 1021 zetta Z

1 000 000 000 000 000 000 = 1018 exa E

1 000 000 000 000 000 = 1015 peta P

1 000 000 000 000 = 1012 tera T

1 000 000 000 = 109 giga G

1 000 000 = 106 mega M

1 000 = 103 quilo k

100 = 102 hecto h

10 = 101 deca da

1 = 100 - -

0,1 = 10 -1
deci d

0,01 = 10-2 centi c

0,001 = 10 -3
mili m

0,000 001 = 10-6 micro m

0,000 000 001 = 10 -9


nano n

0,000 000 000 001 = 10-12 pico p

0,000 000 000 000 001 = 10 -15


fento f

0,000 000 000 000 000 001 = 10-18 ato a

0,000 000 000 000 000 000 001 = 10 -21


zepto z

0,000 000 000 000 000 000 000 001 = 10-24 yocto y

Múltiplo prefixo símbolo subMúltiplo prefixo símbolo

1012 tetra T 10-3 mili m

109 giga G 10-6 micro m

106 mega M 10-9 nano n

103 quilo K 10-12 pico p

Exemplos: Notação científica


1 quilômetro 1 km 103 m 10.000.000.000 1010
1 milímetro 1 mm 10-3 m 1.000.000.000 109
1 micrômetro 1m 10-6 m 100.000.000 108
1 nanômetro 1 nm 10-9 m 10.000.000 107
1.000.000 106
1 picômetro 1 pm 10-12 m 100.000 105
1 quilograma 1 kg 103 g 10.000 104
1 miligrama 1 mg 10-3 g 1.000 103
1 mililitro 1 mL 10-3 L 100 102
1 milimol 1 mmol 10-3 mol 10 101

40 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Medidas
medidas de tempo

Introdução
   
É comum em nosso dia-a-dia perguntas do tipo:

Qual a duração dessa partida de futebol?


Qual o tempo dessa viagem?
Qual a duração desse curso?
Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?
   
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de me-
dida de tempo.
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.

Segundo

O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as
sucessivas passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.

O segundo (s) é o tempo equivalente a 1 do dia solar médio.


86.400

As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal.

Múltiplos e Submúltiplos do Segundo


   
Tabela

2 Quadro de unidades

Múltiplos
minutos hora dia
min h d
24 h = 1.440 min =
60 s 60 min = 3.600 s
86.400s

SENAI-RJ 41
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

São submúltiplos do segundo:


Décimo de segundo
Centésimo de segundo
Milésimo de segundo

Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h 40 min. Pois o sistema de me-
didas de tempo não é decimal.

Observe: 2,40h = 2 h + 40 h = 2h e 24 minutos


100

40 . 60 minutos = 24 minutos
100

Medidas
medidas de Temperatura
temperatura

Introdução

O Kelvin é unidade SI de temperatura, e o seu símbolo é K.


O Kelvin é definido como a fração 1/273,15 da temperatura termodinâmica do ponto trí-
plice da água (equilíbrio simultâneo das fases sólida, líquida e gasosa).
Na prática utiliza-se o grau Celsius (ºC). Existem também as escalas Rankine e Fahrenheit.
Tabela

3 Conversão de unidades de Temperatura

Conversão de para Fórmula

Celsius Fahrenheit ºF = ºC x 1,8 + 32

Fahrenheit Celsius ºC = (ºF - 32) / 1,8

Celsius Kelvin K = ºC + 273,15

Kelvin Celsius ºC = K - 273,15

42 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Unidade de Temperatura

Medidas
medidas de Pressão
pressão

Introdução

A pressão (símbolo: p) é a força exercida por unidade de área. Formalmente, p = F / A. A


unidade no SI para medir a pressão é o pascal (Pa), equivalente a uma força de 1 newton por
uma área de 1 metro quadrado. A pressão exercida pela atmosfera ao nível do mar correspon-
de a 101 325 Pa, e esse valor é normalmente associado a uma unidade chamada atmosfera pa-
drão.
Na área industrial trabalhamos com três conceitos de pressão:
Pressão Atmosférica ou Barométrica - É a pressão do ar e da atmosfera vizinha.
Pressão Relativa ou Manométrica - É a pressão tomada em relação à pressão atmosféri-
ca. Pode assumir valores negativos (vácuo) ou positivos (acima da pressão atmosférica).
Pressão Absoluta - É a pressão tomada em relação ao vácuo completo ou pressão zero.
Portanto só pode assumir valores positivos.

O Pascal é a unidade SI de pressão, e o seu símbolo é Pa. Um Pascal é a pressão de uma


força de 1 Newton exercida numa superfície de 1 metro quadrado.

SENAI-RJ 43
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Tabela
4 Relações entre Unidades de Pressão

P = F/A P = Pressão F = Força A = Área

medidas de Força
Medidas força

Introdução

Força é uma grandeza vetorial, derivada do produto da massa pela aceleração, ou seja, quan-
do se aplica uma força F em um corpo de massa m, ele se move com uma aceleração a, então:

F=m.a

O Newton é a unidade SI de força, e o seu símbolo é N.


Tabela

5 Unidades de Peso

44 SENAI-RJ
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Medidas
medidas de Comprimento
comprimento

Introdução

O metro é utilizado cotidianamente em várias atividades humanas. Dele, deriva outras


unidades das quais se convencionou chamar de múltiplos – quando estas são resultados de
uma multiplicação decimal a partir do metro, e de submúltiplos – quando forem resultados de
uma divisão decimal.

Tabela
6 Metro

Metro (m)

múltiplos submúltiplos

unidade sigla relação Unidade sigla relação

Decâmetro dam m X 10 Decímetro dm m / 10

Hectômetro hm m X 100 Centímetro cm m / 100

Quilômetro km m X 1000 Milímetro mm m / 1000

Outro mecanismo prático para fazer a conversão das unidades de medidas segue abaixo:

Figura 1

SENAI-RJ 45
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Tabela
7 Unidades de Comprimento

m mm mm cm dm km

1m = 1 106 103 102 10 10-3

1 mm = 10 -6 1 10-3 10-4 10-5 10-9

1 mm = 10-3 103 1 10-1 10-2 10-6

1 cm = 10-2 104 10 1 10-1 10-5

1 dm = 10-1 105 102 10 1 10-4

1 km = 103 109 106 10-5 104 1

m mm nm Á pm mÁ

1 mm = 1 103 106 107 109 1010

1 mm = 10-3 1 103 104 106 107

1 nm = 10-6 10-3 1 10-1 103 104

1Á = 10-7 10-4 10 1 102 103

1 pm = 10-9 10-6 10-3 10 1 10

1mÁ = 10 -10
10 -7
10 -6
10 -5
10 -1
1

Á = Ángström 1 mÁ = 1 UX (Unidade X ou Röntgen)

Para solucionar problemas contendo as unidades de medidas expostas nas tabelas acima,
deve-se fazer a observação do posicionamento da unidade em conversão em relação à unida-
de fixa. Observe os exemplos a seguir:

Converter a medida em metro (m):  2,5 km

1º Passo:
Observa-se a distância (número de casas decimais) da unidade km à unidade m, que
nesse caso são 3 casas.

2º Passo:
Como m está à direita de km, escrevemos 2,5 x 1000 (resultado da multiplicação de 10
x 10 x 10, ou seja, a distância entre km e m).

3º Passo:
Em 2,5 “deslocamos a vírgula” três vezes para a direita (número de zeros de mil) e os es-
paços em branco preenchemos com zeros.
25/ 0 / 0, 0 = 2500,0 m, ou seja, 2,5 km = 2500 m.

46 SENAI-RJ
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Converter a medida em quilômetros (km):  15 m

1º Passo:
Observa-se a distância (número de casas decimais) da unidade m à unidade km, que
nesse caso são 3 casas.

2º Passo:
Como km está à esquerda de m, escrevemos 15 ÷ 1000 (resultado da multiplicação 10 x
10 x 10, ou seja, a distância entre m e km).

3º Passo:
Em 15 “deslocamos a vírgula” três vezes para a esquerda (número de zeros de mil) e os
espaços em branco preenchemos com zeros.
0 ,0 /1/5 = 0,015 km, ou seja, 15m = 0,015 km.

Observação: lembre-se que o número 15 é o mesmo que 15,0.


Através do conhecimento dos números decimais e usando a técnica do “deslocamen-
to da vírgula” pode-se sempre chegar aos resultados das conversões sem muito esfor-
ço e com muita facilidade. Para isso, basta seguir os passos das instruções anteriores ou
desenvolver cálculos semelhantes baseados na observação dos números e suas pro-
priedades.

Exemplo: Um pedreiro, ao ler as informações contidas em uma caixa de piso, que tinha
suas pedras na forma quadrada, observou que cada pedra media 1600 cm2 de área, ou
seja, 40 cm de lado. Para realizar a pavimentação de um cômodo residencial ele preci-
sa de pedras quadradas com 20 cm de lado. Quantas pedras do tamanho desejado (20
cm de lado) ele poderá fazer com cada uma inteira (40 cm de lado)? Ao final, mostre a
medida dos lados dessas pedras em metro (m).

Primeira solução:

1º Passo: Observa-se os dados do problema em questão.


Pedra inteira – 40 cm de lado; área de 1600 cm2;
Pedra desejada – 20 cm de lado cada.

2º Passo: Devemos encontrar a área das pedras desejadas pelo pedreiro, isto é, se elas
são quadradas e possuem lados de 20 cm, basta que façamos:
A = 20 cm x 20 cm = 400 cm2

3º Passo: Para encontramos a solução do primeiro problema basta que dividamos a pri-
meira área (A1) pela segunda área (A2).

S = A1/A2 S = 1600 cm2 : 400 cm2 S=4


Portanto, a partir das pedras originais cuja medida dos lados é de 40 cm, o pedreiro po-
derá fazer 4 pedras com medidas dos lados 20 cm.

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Conclusão

Sabendo operar com o metro e seus derivados, consegue-se uma compreensão melhor
das formas e do espaço que as contém. Aumenta-se a perspectiva do mundo plano e espacial,
bem como, aumenta o raciocínio lógico-matemático.
Tabela

8 Múltiplos e submúltiplos do metro

nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada


Exametro Em 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 m
Peptametro Pm 1015 = 1 000 000 000 000 000 m
Terametro Tm 1012 = 1 000 000 000 000 m
Gigametro Gm 109 = 1 000 000 000 m
Megametro Mm 106 = 1 000 000 m
Quilômetro km 103 = 1 000 m
Hectômetro hm 102 = 100 m
Decâmetro dam 101 = 10 m
Metro m 1= 1 m
Decímetro dm 10-1 = 0,1
Centímetro cm 10-2 = 0,01
Milímetro mm 10-3 = 0,001
Micrometro mm 10-6 = 0,000 001
Nanometro nm 10-9 = 0,000 000 001
Picometro pm 10-12 = 0,000 000 000 001
Fentometro fm 10-15 = 0,000 000 000 000 001
Attometro am 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001

Sistemas Inglês e Americano

Os países anglo-saxões utilizam um sistema de medidas baseado na farda imperial (yard)


e seus derivados não decimais, em particular a polegada inglesa (inch), equivalente a 25,399
956 mm à temperatura de 0ºC.
Os americanos adotam a polegada milesimal, cujo valor foi fixado em 25,400 050 mm à
temperatura de 16 2/3ºC.
Em razão da influência anglo-saxônica na fabricação mecânica, emprega-se freqüente-
mente, para as medidas industriais, à temperatura de 20ºC, a polegada de 25,4mm.
Observação: Muito embora a polegada tenha sido extinguida na Inglaterra em 1975, será
aplicada em nosso curso, em virtude do grande número de máquinas e aparelhos utilizados
pelas indústrias no Brasil que obedecem a esses sistemas.

48 SENAI-RJ
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Outras
outras Grandezas
grandezas

Área

Área ou superfície é o produto de dois comprimentos. O metro quadrado é a unidade SI


da área, e o seu símbolo é m2.

Tabela
9 Unidades de Área

m2 mm3 mm2 cm2 dm2 Km2

1 m2= 1 1012 106 104 102 10-6

1 mm2 = 10-12 1 10-2 10-8 10-10 10-18

1 mm2 = 10-6 106 1 10-2 10-4 10-12

1 cm2 = 10-4 108 102 1 10-2 10-10

1 dm2 = 10-2 1010 104 102 1 10-8

1 km2 = 106 1018 1012 1010 108 1

Volume

Volume é produto de três comprimentos (comprimento, largura e altura). O metro cúbi-


co é a unidade SI do volume, e o seu símbolo é m3.
Tabela

10 Unidades de Volume

m3 mm3 cm3 dm3 * km3

1 m3= 1 109 106 103 109

1 mm3 = 10-9 1 10-3 10-6 10-18

1 cm3 = 10-6 103 1 10-3 10-15

1 dcm3 = 10-3 10-6 103 1 10-12

1 km3 = 109 1018 1015 1012 1

* 1 dm3= 11 (litro)

Embora não façam parte do SI, outras unidades de medida, pelo uso tradicional, são con-
sideradas legais no Brasil. Algumas delas são:

SENAI-RJ 49
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Tabela
11 Outras unidades de medidas legais no Brasil

Grandeza unidade símbolo valor no SI

Ângulo plano rotação r 2n rad

grau º n180 rad

minuto n10800 rad

segundo n648000 rad

Massa tonelada t 1000 kg

grama g 0.001 kg

quilate 0.0002 kg

Tempo dia d 86400 s

hora h 3600 s

minuto min 60 s

Volume litro 1 dm3 0.001000028 m3

Velocidade angular rotação por minuto rpm n30 rad/s

Força dina dyn 10-5 N

grama-força gf 0.00980665 N

quilograma-força kgf 9.80665 N

tonelada-força tf 9806.65 N

Pressão-tensão bar bar=106 dyn/cm2 105 N/m2

microbar m bar 0.1 N/m2

atmosfera atm 101325 N/m2

milimetro de Hg mm Hg 133.3 N/m2

Instrumentos
instrumentos de Medição
medição

Régua e Escala graduada

Introdução
A régua graduada e a trena são os mais simples entre os instrumentos de medida linear.
A régua apresenta-se, normalmente, em forma de lâmina de aço-carbono ou de aço inoxidá-
vel. Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), confor-
me o sistema métrico, ou em polegada e suas frações, conforme o sistema inglês.

50 SENAI-RJ
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Figura 2

Utiliza-se a régua graduada nas medições com erro admissível superior à menor gradua-
ção. Normalmente, essa graduação equivale a 0,5 mm ou 1/32”.
As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000,
1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6”) e 300 mm (12”).

Régua sem encosto


Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.

Figura 3

Características
De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas retas
e bem definidas, e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais tratados ter-
micamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, bem definidos, uniformes,
eqüidistantes e finos.
A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas internacionais.

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Leitura no sistema métrico


Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equiva-
le a 1 mm. Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma
ampliada, como se faz isso.

Figura 4

Paquímetro

Introdução
Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental
específico e a precisão requerida não desce a menos de 0,02mm, 1/128”.

Figura 5

É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é


ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga.
Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20ºC. A escala é
graduada em milímetro e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cur-
sor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente às escalas da
régua e indica o valor da dimensão tomada

52 SENAI-RJ
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Pressão de Medição
É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de
contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e compensa-
do pela mola F (fig.6), a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à perpen-
dicular à régua (fig.7). Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensi-
bilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a mola,
adaptando o instrumento à sua mão.

Figura 6 Figura 7

Erros de Medição
Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências subjetivas.

A DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS:

São aqueles motivados pelo instrumento


erros de planicidade;
erros de paralelismo;
erros da divisão da régua;
erros da divisão do nônio;
erros da colocação em zero.

B DE INFLUÊNCIAS SUBJETIVAS:

São aqueles causados pelo operador (erros de leitura).

Observação: Os fabricantes de instrumentos de medição fornecem tabelas de er-


ros admissíveis, obedecendo às normas existentes, de acordo com a aproxima-
ção do instrumento.

Dos diversos tipos de paquímetros existentes, mostramos alguns exemplos (figuras 8 e 9):

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Medição interna

Medição externa

Medição de
profundidade
Paquímetro de
profundidade

Figura 8

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Paquímetro com bicos para medição


em posição profunda

Paquímetro de altura equipado


com relógio comparador

Paquímetro de altura

Figura 9

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Paquímetro - Sistema Métrico Decimal

Figura 10
Leitura de escala fixa

O valor de cada traço da escala fixa = 1 mm (fig.10)


Concluímos que, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coinci-
da com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1 mm (fig.11), no segundo tra-
ço 2mm (fig.12), no terceiro traço 3mm (fig.13), no décimo sétimo traço 17mm (fig.14), e as-
sim sucessivamente.

Figura 11 Figura 12 Figura 13

Figura 14

Uso do Vernier (Nônio) De acordo com a procedência do paquímetro e o seu tipo, obser-
vamos diferentes aproximações, isto é, o nônio com número de divisões diferentes: 10, 20 e 50
divisões (fig.15).

Figura 15

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Figura 16
Cálculo de Aproximação

Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala (fig.16). Se deslo-
carmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a
medida será 0,02mm (fig.17), o segundo traço 0,04mm (fig.18), o terceiro traço 0,06mm (fig.19),
o decimo sexto 0,32mm (fig.20).

Figura 17 Figura 18 Figura 19

Figura 20

Leitura de Medidas: Conta-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nô-
nio (10 mm) e, a seguir, faz-se a leitura da concordância do nônio (0,08 mm). A medida será
10,08mm (fig.21).

Figura 21

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Trena
Trata-se de um instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra ou tecido,
graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico (em mm) e/ ou no sistema inglês
(polegadas), ao longo de seu comprimento, com traços transversais. Em geral, a fita está aco-
plada a um estojo ou suporte dotado de um mecanismo que permite recolher a fita de modo
manual ou automático. Tal mecanismo, por sua vez, pode ou não ser dotado de trava.

Figura 22

As fitas das trenas de bolso são de aço fosfatizado


ou esmaltado e apresentam largura de 12, 7 mm e com-
primento entre 2 m e 5 m.
Quanto à geometria, as fitas das trenas podem ser
planas ou curvas. As de geometria plana permitem me-
dir perímetros de cilindros, por exemplo.
Figura 23

Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas. As tre-
nas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada em ângulo de
90º. Essa chapa é chamada encosto de referência ou gancho de zero absoluto.

Figura 24

58 SENAI-RJ
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DESENHO
desenho ISOMÉTRICO
isométrico

Conheça os produtos da linha de Tubos de Polietileno - PEAD:

Plantas de Tubulações

As plantas são desenhadas em escala e mostram o arranjo físico dos equipamentos com
todas as tubulações.
As plantas de tubulações devem conter as elevações de todos os tubos (exceto quando in-
dicado ao contrário, sempre é indicada a elevação de fundo), as distâncias entre os tubos pa-
ralelos e todas as cotas de mudança de direção dos tubos.
Em áreas congestionadas, sempre que houver necessidade, executar-se-ão varias plantas
em níveis diferentes. Além das tubulações as plantas devem conter:
Limites de áreas, limites do desenho, linhas de centro das ruas.
Todas as construções existentes na área representada (diques, taludes, valas de drenagem,
bases de equipamentos, estruturas etc.).
Todos os suportes de tubulação.
Todos os vasos e equipamentos e máquinas ligados às tubulações.
Plataformas, passarelas, escadas de acesso etc.
Todos os instrumentos, com identificação, indicação convencional e posição aproximada.

Figura 25
Isométrico

Nos desenhos de fluxogramas as tubulações devem ser representadas por linhas horizontais
ou verticais. (As linhas horizontais são contínuas e as verticais são interrompidas nos cruzamentos).

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Desenho Isométrico

Figura 26

Fluxograma de Engenharia

Figura 27

60 SENAI-RJ
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Simbologia de Tubulação
(Convenção de desenhos de plantas de tubulação)

* Nota: Não existe norma para essas convenções: as apresentadas aqui constituem a prática
de muitos projetistas e usuários de tubulações.

Figura 28

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Simbologia de Tubulação (Convenção de desenhos de plantas de tubulação) - continuação

Figura 29

62 SENAI-RJ
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Diagrama Típico de Sistema de Combustão a Gás


para Baixa Temperatura

Onde:
1. Válvula principal de bloqueio
manual
2. Filtro
3. Registro do manômetro
4. Manômetro
5. Válvula de bloqueio
automático por sobrepressão
(shut-off)
6. Regulador de pressão
7. Válvula de alívio
8. Pressostato de baixa
9. Válvula de bloqueio
automático (lenta)
10. Válvula de bloqueio
automático (rápida)
11. Pressostato de alta
12. Queimador
13. Ventilador
14. Borbulhador (com alívio para
Figura 30 fora do prédio)
Diagrama típico de sistema de combustão a gás
para baixa temperatura

Convenção de Desenhos Isométricos

Figura 31

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TUBO
tubo DE
de PEAD
pead –- especificações
ESPECIFICAÇÕES

A indústria nacional fabrica tubos em polietileno de alta densidade (PEAD) para passa-
gem e distribuição de gás natural/combustível, utilizando resinas virgens fornecidas por pe-
troquímicas certificadas, atendendo as rígidas normas ISO 4437 e NBR 14462, podendo ser pro-
duzidos em PE 80 ou PE 100, conforme a figura abaixo:

A gravação é feita de metro em metro e garante a rastreabilidade dos tubos.

Figura 32

TUBOS
tubos DE
de POLIETILENO
polietileno

Os tubos de PEAD/ Polietileno (PE 80 e PE 100) são direcionados para aplicações diversas
e apresentam importantes vantagens técnicas e operacionais em função do composto PEAD/
polietileno.

Principais Aplicações dos Tubos de PEAD

Figura 33

64 SENAI-RJ
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Redes de distribuição de gás utilizam os tubos de PEAD (PE80 e PE100).


Ramais, redes de distribuição e adutoras de água. O tubo PEAD/ Polietileno apresenta o me-
lhor custo benefício para o transporte de água.
Emissários terrestres, subaquáticos e sanitários. Desenvolvidos exclusivamente com os tubos
de PEAD/ Polietileno.
Redes de fibras ópticas, de telefonia e dutos elétricos. Maior proteção, fácil instalação e manu-
tenção com os tubos de PEAD.
Redes de irrigação e drenagem. Confira as vantagens do tubo PEAD/ Polietileno.
Transporte de produtos químicos, efluentes e resíduos. Os tubos de PEAD são anticorrosivos e
apresentam excelente resistência química e mecânica.
Dragagem e transporte de sólidos para mineração. Maior segurança utilizando a tubulação PE-
AD/ Polietileno.
Redes de incêndio para instalações industriais. Os tubos de PEAD/ Polietileno são mais leves,
de fácil instalação e com maior tempo de vida útil.
Redes de refrigeração. Confira as linhas em polietileno (tubos 100% em PEAD ou multicamada
com PEAD - AL - PEAD).

Vantagens do Tubo de Polietileno (PEAD)

Entre as vantagens do tubo de polietileno (PEAD), algumas se destacam. O tubo de PEAD pos-
sui maior variedade de diâmetros e classes de pressão, tem alta resistência química, à abrasão e
impactos. O tubo PEAD/ Polietileno é imune a corrosão, possui baixo efeito de incrustação e bai-
xa rugosidade. Caracterizado por sua excelente soldabilidade e atoxidade, os tubos de PEAD (po-
lietileno) são de fácil manuseio e instalação. Mais leves e flexíveis que os tubos comuns, os tubos
de polietileno (PEAD) ainda possuem longa vida útil e excelentes características hidráulicas.

Utilização do PE 80 e PE 100

Os compostos PE 80 e PE 100, aplicáveis às instalações para gás, são pigmentados nas co-
res amarela e laranja, respectivamente.
Para uma mesma classe de pressão, os tubos produzidos com compostos PE 100 apresen-
tam espessuras menores de parede.
A seleção do tipo de composto deve atender
ao requisito de espessura mínima para cada diâ-
metro e classe de pressão.
É importante salientar que os tubos produ-
zidos com composto PE 100 podem ser utilizados
para pressão de até 700 Kpa (PN7), superior aos
400 Kpa (PN4), pressão máxima dos tubos PE 80. Figura 34

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Controle de Qualidade

Nos laboratórios de controle de qualidade são executados os ensaios referentes às nor-


mas ISO 4437 e NBR 14462, dentre os quais, destacamos os seguintes:
Retração Circunferencial: submete o tubo a uma temperatura de 80ºC, registrando o com-
portamento dimensional do diâmetro e da ovalização do tubo.
Estabilidade Dimensional: submete o tubo a uma temperatura de 100ºC, registrando o
comportamento dimensional do comprimento do tubo.
Índice de Fluidez: verifica o peso molecular do polímero, que influencia diretamente nas
propriedades mecânicas do tubo.
Densidade: medida da rigidez do tubo.
Pressão Hidrostática: submete o tubo a condições diferentes de temperatura e pressão in-
terna simulando o comportamento do tubo a curto, médio e longo prazo.
Esmagamento: submete o tubo ao teste de pressão após ter sido submetido à restrição de
fluxo (procedimento utilizado para manutenção de redes).
Dispersão de Pigmentos: verifica se o pigmento está bem disperso.

Principais Características dos Tubos PEAD:


Leveza e flexibilidade;
Elevada resistência ao impacto;
Grande resistência à acomodações em terrenos e áreas de tráfego;
Resistência à abrasão e a grande maioria dos agentes químicos;
Imunidade total à corrosão química e galvânica;
Soldável, reduzindo o número de juntas mecânicas;
Permite o bobinamento dos tubos até o diâmetro de 125mm;
Solda da rede fora da vala, permitindo a execução simultânea da escavação e da montagem da
rede;
Tempo reduzido de instalação da rede;
Permite ligação com outros materiais através de juntas mecânicas.

TERMINOLOGIA
terminologia - CONEXÕES
conexões DE
de ELETROFUSÃO
eletrofusão - PEAD
pead

A solda por eletrofusão ocorre através do aquecimento, pela aplicação de tensão, de uma
resistência elétrica existente dentro da conexão, fundindo o material, o que possibilita a sol-
da. Apesar da operação das máquinas serem simples, o processo possui algumas peculiarida-
des na sua preparação que, se feitas de forma inadequada, podem ocasionar problemas.

66 SENAI-RJ
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As conexões de eletrofusão têm, como principal vantagem, a facilidade de instalação em


qualquer local, possibilitando que as soldas sejam feitas em locais de difícil acesso.

Joelho 45º PEAD Eletrofusão Redução PEAD Eletrofusão

Te 90º PEAD Eletrofusão Te de Sela PEAD

Cap PEAD Eletrofusão Luva PEAD Eletrofusão

Te de serviço PEAD

Figura 35

TERMINOLOGIA
terminologia - CONEXÕES
conexões DE
de TERMOFUSÃO
termofusão - PEAD
pead

A solda por termofusão é uma solda de topo, ou seja, as paredes dos tubos ou conexões a
serem soldados são aquecidas por uma placa com temperatura controlada e acima da tempe-
ratura de fusão do material, e, depois de formado um cordão de solda, as peças são pressiona-
das de acordo com os parâmetros dispostos nas normas, até que a solda seja finalizada.
A principal vantagem das conexões por termofusão é que, quando possível utiliza-las (em
locais de fácil acesso, fácil manipulação de máquinas, entre outros) essas conexões costumam
ser mais baratas e podem ser soldadas diretamente, sem necessidade de luvas ou outros tipos
de acoplamentos.

SENAI-RJ 67
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Te 90º PEAD Termofusão Colarinho PEAD Termofusão Anel Flange PP DIN Joelho 45º PEAD Transição X Aço Rosca
Termofusão PEAD Macho

Joelho 90º PEAD Transição X Cobre Rosca Transição X Aço Rosca Ponteira de transição Joelho 90º PEAD
Eletrofusão PEAD Macho PEAD Fêmea PEAD X Aço Termofusão

Figura 36

CONEXÕES
conexões DE
de POLIETILENO
polietileno

Válvula Globo Válvula Esfera Válvula Retenção Válvula Gaveta

Curva 90 Curva 45 Tê Tampão (CAP)

Redução Redução Flange de Flange de


concêntrica excêntrica pescoço orifício

Flange sego

Figura 37

68 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Especificações do Tubo de pead – iso 4437

Figura 38

SENAI-RJ 69
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Especificações do Tubo de Pead - Din 8074

Figura 39

70 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Especificações do Tubo de Pead – Iso 4427

Figura 40

SENAI-RJ 71
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

Terminologia para Execução de Solda para Tubo e Conexões de Polietileno por


Termofusão (solda de topo)

1 ALINHAMENTO: Posicionamento coincidente das geratrizes das peças a serem soldadas


topo a topo.
2 COMPOSTO DE POLIETILENO (PE): Material fabricado com polímero base de polietile-
no contendo o pigmento e aditivos necessários à fabricação de tubos. CONEXÃO TIPO
“PONTA”: Conexão de polietileno cujas dimensões, na região a ser soldada, correspon-
dem às dimensões do tubo.
3 BULBO (OU CORDÃO) DE SOLDA (B): Ressalto formado por material fundido das peças
após a solda por fusão. O bulbo de solda é formado por dois bulbos simples de solda,
conforme figura 41.

Figura 41
Bulbo de solda

4 BULBO (OU CORDÃO) INICIAL DE SOLDA: Ressalto formado em cada extremidade do


tubo ou conexão, em função da pressão aplicada durante o pré-aquecimento.
5 BULBO (OU CORDÃO) SIMPLES DE SOLDA (b): Ressalto formado em cada extremida-
de do tubo ou conexão, após a solda por termofusão, conforme a figura 42.

Figura 42
Bulbo simples de solda

6 CONEXÃO DE POLIETILENO: Conexão fabricada com resina de polietileno, conforme


Norma Sabesp NTS 193.
7 DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL (DE): Simples número que serve para classificar, em
dimensões, os elementos de tubulação (tubos, juntas, conexões e acessórios) e que cor-
responde aproximadamente ao diâmetro externo do tubo em milímetros, não devendo
ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculo.

72 SENAI-RJ
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8 DISPOSITIVO DE FACEAMENTO (faceador): Equipamento dotado de lâminas rotativas


destinadas a promover o faceamento e paralelismo das extremidades a serem soldadas.
9 ESPESSURA MÍNIMA DA PAREDE (e): Menor valor da espessura da parede do tubo ou
conexão, medida em milímetros, em qualquer ponto ao longo do perímetro.
10 PRESSÃO DE APROXIMAÇÃO OU DE ARRASTE: Pressão necessária para promover o des-
locamento longitudinal do tubo.
11 FRESTA OU FOLGA: Espaço observado após o contato entre as extremidades a serem
soldadas, proveniente de um faceamento deficiente.
12 PLACA DE AQUECIMENTO: Dispositivo que contém uma resistência interna, destinada
ao aquecimento até o ponto de amolecimento (fusão) das extremidades a serem solda-
das.
13 PRESSÃO DE PRÉ-AQUECIMENTO: Pressão necessária para manter o contato das extre-
midades dos tubos, tubo e conexão ou conexões, com a placa de aquecimento durante
o tempo necessário para a formação do bulbo inicial de solda.
14 PRESSÃO DE SIMPLES CONTATO OU DE AQUECIMENTO: Pressão exercida entre a pla-
ca de aquecimento e as extremidades a serem soldadas para, simplesmente assegurar o
contato entre a placa e os tubos e/ou conexões durante o tempo de aquecimento. Deve
ser aplicado depois de decorrido o tempo necessário para formação do cordão inicial de
solda, gerado pela pressão de pré-aquecimento.
15 PRESSÃO DE FUSÃO OU DE SOLDA: Pressão necessária para manter o contato entre as
extremidades dos tubos, tubo e conexão ou conexões, durante a fusão. PRESSÃO DU-
RANTE O RESFRIAMENTO: Pressão mantida entre as extremidades dos tubos, tubo e co-
nexão ou conexões, após a formação do bulbo final de solda, até o seu resfriamento.
16 RELAÇÃO DIÂMETRO / ESPESSURA – SDR (Standard Dimension Ratio): Razão entre o
diâmetro externo nominal (DE) do tubo e sua espessura mínima de parede (e): SDR ≅
DE/e.
17 TEMPO DE SIMPLES CONTATO OU DE AQUECIMENTO: Tempo durante o qual as ex-
tremidades a serem soldadas e a placa de aquecimento são submetidas à pressão de sim-
ples contato ou de aquecimento.
18 TEMPO DE RETIRADA DA PLACA DE AQUECIMENTO: Tempo necessário para que a pla-
ca de aquecimento seja retirada e as extremidades a serem soldadas sejam postas em
contato.
19 TEMPO DE RESFRIAMENTO: Tempo durante o qual as extremidades devem ficar sub-
metidas à pressão de fusão ou de solda, até seu resfriamento.

SENAI-RJ 73
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DESCONTINUIDADES
descontinuidades DE
de SOLDAGEM
soldagem POR
por TERMOFUSÃO
termofusão

Controle de Qualidade através do Bulbo de Solda –


Método Não Destrutivo

Devem ser efetuadas as seguintes comparações:


a uniformidade do bulbo final de solda, em todo o perímetro, não deve apresentar bo-
lhas ou vestígios de contaminação da solda;

a forma do cordão de solda, em todo o perímetro, deve ser comparada com os dese-
nhos apresentados na figura 43;

Figura 43
Controle visual do cordão de solda

Controle de Qualidade através do Bulbo de Solda –


Método Destrutivo

Caso persista dúvida quanto à qualidade da solda após a verificação não destrutiva, de-
verá ser aplicado o método destrutivo conforme descrito abaixo:
com auxilio de ferramenta apropriada (Figura 44), deverão ser retirados os bulbos ex-
ternos e internos da solda que gerou a suspeita e da solda imediatamente anterior,
procedendo-se às seguintes verificações:

74 SENAI-RJ
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cordão externo

cordão interno

Figura 44
Ferramenta para retirada do cordão interno ou externo de solda

a largura do bulbo de solda, em todo o comprimento. Esta verificação deve ser efetua-
da com auxílio de um gabarito ou outro dispositivo de medição, e não deve variar mais
que ± 10% da largura do bulbo padrão.
realizar o controle visual da face interna do bulbo de solda, em todo o comprimento, ve-
rificando a ocorrência de sujeiras, contaminações, bulbos não uniformes, fissuras, etc.
O bulbo deve apresentar-se sólido, com base larga (Figura 45);

Cordão rejeitado

Cordão apropriado

Figura 45
Aparência do cordão final de solda quando retirado

submeter o bulbo a um esforço de tor-


ção e tração, simultâneos (Figura 46),
para verificar a ocorrência de descola-
mento entre os bulbos simples de sol-
da. Se isto ocorrer, há indícios de ter ha-
vido contaminação da solda, devendo a
mesma ser reprovada. Figura 46
Teste para verificação de
contaminação de solda

SENAI-RJ 75
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

DESCONTINUIDADES
descontinuidades DE
de SOLDAGEM
soldagem POR
por ELETROFUSÃO
eletrofusão

1 Verificar se os cortes das extremidades dos tubos estão

perpendiculares, se não, cortar usando ferramenta ade-


quada preferencialmente corta-tubos. O corte do tubo
deve ser executado de forma a não acarretar ovalização
e outros danos ao mesmo

Figura 47

2 Medir a área de soldagem e marcar o tubo com caneta ou giz apropriado, para definir

a profundidade de penetração e a área a ser raspada e limpa.

comprimento de solda

marca de caneta para delimitar


área a ser raspada

Figura 48

3 Eliminar a camada oxidada dos tubos, através de raspador específico, tomando o cui-
dado para não provocar sulcos no tubo (espessura da camada aprox. 0,1 a 0,4mm).
Orientar-se pela marcação feita com giz ou caneta para certificar-se de que toda a área
de solda foi raspada. Nunca usar grosa ou esmeril para fazer esta operação. Com o ras-
pador, ou faca, ou rebarbador tire as rebarbas internas e externas que restarem da ope-
ração.
Nunca raspar a superfície interna das conexões:

rebarbas raspador

marca

Figura 49

76 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

4 Verificar a ovalização dos tubos. Caso a ovalização seja superior a 15% do diâmetro ou
maior que 1,5 mm utilize dispositivo arredondador para eliminar o problema.

5 Verificar a folga entre a conexão e o tubo. O tubo deve ficar justo à luva. Se houver
folga, verificar se a causa é a conexão, o tubo, ou raspagem excessiva.
Substituir a peça ou tubo, ou cortar a extremidade.

tubos ovalizados arredondador


marca

comprimento de solda

folga acima
do admitido

tubo conexão

Figura 50

6 Verificar o alinhamento dos tubos e conexão - a conexão deve ser movimentada/vira-


da livremente. Deve-se utilizar sempre dispositivos alinhadores/posicionadores;

7 Limpar as superfícies externas dos tubos e interna da conexão com pano ou papel tipo
toalha embebida em solução de limpeza própria (pode ser álcool ou acetona, o álcool
deve ser no mínimo tipo 96GL). Após a limpeza não tornar a tocar nas superfícies. NUN-
CA UTILIZAR GASOLINA, ou QUEROSENE;

8 Remarcar a profundidade de penetração nas extremidades dos tubos


9 Montar a conexão e os tubos. A montagem não pode ser movida enquanto se solda. Cer-
tifique-se da correta profundidade de penetração, alinhamento, ovalização e da ausên-
cia de esforços na montagem (tubo-conexão), pois são aspectos fundamentais para ob-
ter-se uma boa solda;

SENAI-RJ 77
Curso de Soldador de Polietileno – Controle Dimensional

10 Conectar os terminais do equipamento de solda na conexão.

alinhador
conexão
Tubo PE

máquina de solda
de eletrofusão
descarga elétrica

conexão soldada

Figura 51

11 Ler o código de barras da conexão com a caneta ótica do equipamento de soldagem, a


seguir pressionar o botão ‘‘ INICIAR’’ ou ‘‘ENTER”.
Obs. : Verificar se os sinalizadores de fusão da conexão foram ativados. Marcar a hora
de término do tempo de resfriamento com caneta apropriada, ao lado da solda. Aguar-
dar tempo para aplicar pressão de teste ou trabalho.
• No caso de interrupção da soldagem por queda de energia elétrica, por exemplo, tan-
to em solda de luvas quanto de selas, aguardar que o conjunto (conexão/tubo) retor-
ne à temperatura ambiente para reiniciar o ciclo de soldagem.
• Não se deve repetir o ciclo de soldagem mais do que uma única vez.

78 SENAI-RJ
Generalidades sobre
tubulações em
polietileno

3
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno

Generalidades sobre
tubulações em polietileno

OBjetivos
objetivos

Ao terminar a leitura desta parte, você poderá compreender os elementos chaves para:

Uso do polietileno nas canalizações de gás.

Seleção de tubos para canalizações.

Seleção de acessórios para soldagem.

Pontos
pontos chaves

Média pressão.
Baixa pressão.
Classificação de tubos: SDR, PN, PMS.
Acessórios para canalizações.

SENAI-RJ 81
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno

CARACTERÍSTICAS
características DO
do MATERIAL
material

Obtenção do Polietileno

O polietileno usado na indústria do gás é um material plástico fabricado por síntese quí-
mica (polimerização) a partir do etileno.
Uma vez obtido o polímero base, deve-se completar a formação do polietileno com os
aditivos de estabilização, os quais estão incorporados no processo de granulação.
Os diferentes componentes dos grãos de polietileno ou matéria prima são:
Pó de polietileno
Antioxidantes
Pigmentos e corantes
Estabilizantes
Lubrificantes

A produção de um tubo ou acessório necessita de três operações delicadas que são:


Fusão da matéria-prima.
Conformação por:
{ extrusão ou
injeção
Resfriamento.

Tipos de Polietileno

Na prática os diversos tipos de polietilenos comercializados podem ser classificados pe-


la sua densidade (sem aditivos):

d <930 kg/m3 Polietileno de baixa densidade.

930 <d <940 kg/m3 Polietileno de média densidade.

d > 940 kg/m3 Polietileno de alta densidade.

Na produção de tubos e acessórios de polietileno para condução de gás, são normalmen-


te usados os polímeros de alta e média densidade, preferencialmente este último.

82 SENAI-RJ
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Figura 1

Propriedades Químicas e Mecânicas

O PE é, de um modo geral, uma matéria inerte cuja resistência química aos produtos agres-
sivos correntes (ácidos, bases) é excelente, até mesmo em concentrações altas e aquecidas.
Os odorizantes e os solventes usados no acondicionamento do gás natural são pratica-
mente inativos para o polietileno, para as taxas habituais e de um modo geral enquanto estão
em fase de vapor.
O gás natural e o gás liqüefeito de petróleo também são praticamente inativos para o PE
quando estão em estado gasoso. Porém, duas famílias de produtos chegam a atacar o PE. Es-
tes são os agentes tensoativos como os detergentes, sabões e potassa; e os hidrocarbonetos pe-
sados parafinas, e aromáticos em estado líquido.
Estas agressões não são propriamente uma degradação química do PE, mas sim uma cor-
rosão a baixa tensão em meio tensoativo ou orgânico.
Com os hidrocarbonetos são verificados alguns dos fenômenos de colapso pontual e de
dilatação por absorção de líquido.
O PE que está debilitado mecanicamente favorece deste modo os mecanismos de ruptu-
ra. Este material não é atacado pelos diversos microorganismos e bactérias suscetíveis de se-
rem encontrados no solo, nem pelos insetos como as térmitas.

SENAI-RJ 83
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno

O PE é um bom isolante. Sua resistividade à 20ºC é da ordem de 1016 W.m. Esta proprieda-
de confere às canalizações de PE a vantagem de ser perfeitamente insensível à corrosão ele-
troquímica suprimindo deste modo a proteção passiva ou catódica.
O PE é mau condutor e pode dar lugar ao acúmulo local de carga eletrostática criada, por
exemplo, pela passagem de gás com pó.
Nestas condições é necessário tomar certas precauções no momento das intervenções em
carga, evitando a formação de faíscas, em presença de uma mistura de gases combustíveis.
O PE tem um coeficiente de dilatação linear de aproximadamente 130 a 200 m m/m ºC.
Com este valor, 10 vezes superior ao coeficiente de dilatação do aço, necessita em alguns
casos certas precauções para a colocação em trabalho.
Uma vez enterrado o tubo, as variações de temperatura são fortemente atenuadas e só
dão lugar a deslocamentos e compressões fracas rapidamente liberadas. Independentemente
da dilatação linear, o aumento da temperatura acelera o envelhecimento do material visto que
diminuindo suas propriedades mecânicas, favorece os mecanismos de trincamento
O teste comumente usado para determinar o comportamento a longo prazo dos tubos de
PE, é o de resistência a pressão hidráulica interior.
O tubo é submetido a uma pressão interna com água e mantido à uma temperatura cons-
tante.
A experimentação se realiza até a ruptura do um tubo. Estes ensaios são feitos a pressões
e temperaturas relativamente altas para obter tempos razoáveis de ruptura. Por extrapolação,
estes resultados dão uma estimativa da duração do material e a resistência à pressão para uma
certa temperatura.

O
o PE
pe NAS
nas TUBULAÇÕES
tubulações DE
de GÁS.
gás

Razões do Uso

O PE foi imposto como matéria-prima nas canalizações para gás, devido principalmente
as seguintes razões:
O uso do PE resolve os problemas que são derivados da corrosão e da fragilidade de ou-
tros tipos de tubos, resistindo aos ataques químicos quase que na sua totalidade.
O PE apresenta uma grande facilidade de manipulação e de instalação.
Oferece melhores características de soldagem e excelente resistência para as agressões
do ambiente.
Para as instalações de PE é previsto um tempo de vida de 50 anos, para temperaturas
de 200C.

84 SENAI-RJ
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Tensão tangencial

tempo
50 anos

Figura 2
Curvas do comportamento dos tubos de “PE” para pressão
hidrostática interna e para temperaturas diferentes

Áreas de Utilização

O Regulamento de Redes e Ramais de Combustíveis gasosos admite o uso de PE nos se-


guintes intervalos de pressão:
Baixa Pressão:(até 0,05 bar). BP
Média Pressão A:(Entre 0,05 bar e 0,4 bar). MPA
Média Pressão B:(Entre 0,4 bar e 4 bar). MPB

As pressões máximas de serviço mais usadas são as seguintes:


Tabela

1 Pressões máximas mais usuais

classe de pressão BAr

BP 0,05

MPA 0,1 - 0,5

MPB 4

SENAI-RJ 85
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As conversões e pressões equivalentes mais usuais são:


1 bar
0,1N/mm2. (Newton/milímetro quadrado)
0,1 MPa. (Megapascal)
10.330 mm. c d a. (milímetros de coluna de água)
14,5 p s i. (libras/polegada quadrada)
1,015 kgf/cm2
9,869 x 10-4 atmosferas
760 mm.c.d.Hg
(milímetros de coluna de Mercúrio).

mbar: milibar
Milésima parte de um bar
10,3mm c d a

Limitações

O Regulamento de Redes e Ramais de Combustíveis Gasosos estabelece as seguintes li-


mitações de uso:

Não deve ser usado exposto ao tempo e nem em lugares cuja temperatura pode ultra-
passar aos 50ºC.

Não deve ser usado em canalizações que não podem ser enterradas. O PE é afetado pe-
la ação nociva do oxigênio, durante uma exposição demorada ao tempo no que se tra-
duz em um endurecimento e diminuição das suas propriedades.

Deve ser armazenado protegido dos raios ultravioleta da luz solar.

Não deve ser usado nos casos em que a pressão de trabalho superará o que estabelece
a norma. A norma UNE 53–333 estabelece as pressões máximas de trabalho para cada
diâmetro e série.

Dimensões dos Tubos

As dimensões características de um tubo são o diâmetro externo nominal, as espessuras


da parede e as tolerâncias.
Existem várias formas de expressar as dimensões de um tubo:

86 SENAI-RJ
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SDR (Relação Dimensional Normalizada)


D Dn = Diâmetro Nominal ou Externo em milímetro.
SRD = n

e e = Espessura do tubo.

ISO – Série de classificação de acordo com a Norma ISO.


SDR - 1
S=
2

s/P – Esforço tangencial de trabalho em relação à pressão interna.


(Dn - e)
s/P =
2e

PN – Pressão Nominal do tubo.

Embora as pressões nominais sejam de 0,6 MPa e 1,0 MPa, a pressão máxima admitida de
trabalho para transportar gases combustíveis está limitada como mostra a tabela 3.
Equivalências:
Tabela

2 Equivalências entre série de classificação de tubos

s/P SDR PN ISO


12.5 26 4
8.3 17.6 6 S-8
5 11 10 S-5
Tabela

3 Medidas nominais e pressões máximas admissíveis de trabalho

DN s/P=12.5 ou SDR 26 s/P=8.3 ou SDR 17.6 s/P=5.0 ou SDR 11


e mm. MPa e mm. MPA e mm MPA
20 2 0.4 2 0.4
25 2 0.4 2.3 0.4
32 2 0.4 3 0.4
40 2.3 0.4 3.7 0.4
50 2.9 0.4 4.6 0.4
63 3.6 0.4 5.8 0.4
75 4.3 0.4 6.9 0.4
90 5.2 0.4 8.2 0.4
110 6.3 0.4 10 0.4
125 7.1 0.4 11.4 0.4
140 8 0.4 12.8 0.4
160 9.1 0.4 14.6 0.4
180 10.3 0.4 16.4 0.4
200 7.7 0.1 11.4 0.4 18.2
225 8.7 0.1 12.8 0.4 20.5
250 9.7 0.1 14.2 0.4 22.8
280 10.8 0.1 15.9 0.35 25.5
315 12.2 0.1 17.9 0.35 28.7 0.4

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A escolha das espessuras da parede entre séries s/P=8,3 , SDR=17,6 , s/P=5 ou SDR=11 é
em função das diversas condições, entre elas, se o projetista espera que o tubo esteja em con-
tato com hidrocarbonetos líquidos (em forma de condensado, THT, agentes aromáticos de
acondicionamento), e os diferentes valores de pressão exigidos nos testes, etc.
Para simplificar os requisitos de manuseio e resistência para os esforços do terreno, foi es-
colhida uma espessura mínima de 2 mm. para todas as séries. As espessuras da série s/P=12,5
ou SDR=26 também foram calculadas levando-se em conta estes pontos.
Os diâmetros e séries mais empregados são:
Tabela

4 Diâmetros e séries de tubos de polietileno

SDR SERIES DIÂMETROS


11 s/P=5 20
s/P=5 32
s/P=5 40
s/P=5 63
s/P=5 90
s/P=5 110
s/P=5 160
s/P=5 200
17.6 s/P=8.3 110
s/P=8.3 160
s/P=8.3 200
s/P=8.3 250
s/P=8.3 315

Formas de Fornecimento

Dependendo das necessidades de cada companhia de gás, esses tubos de PE podem ser
fornecidos em barras, bobinas ou carretéis.
Estes últimos são formados por uma estrutura metálica na qual o tubo de PE é enrolado.
Os critérios gerais segundo o diâmetro do tubo podem ser:
Barras: Geralmente em comprimentos de 6, 8 ou 12 metros conforme pedido do cliente
para diâmetros iguais ou superiores a 110 mm.

Em alguns casos excepcionais para diâmetros inferiores a 110 mm.


Bobina: Geralmente em comprimentos de 50, 100, 150, 200 ou 300 m segundo critérios
da companhia, para diâmetros menores ou iguais a 110 mm.
Carretéis: Geralmente em comprimentos aproximadas de 200, 500, 1.000 e 1.500 m, para
diâmetros de 63, 90 e 110 mm.

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No caso de tubos fornecidos em rolo ou bobina o diâmetro mínimo de curvatura que po-
de-se aplicar no tubo de polietileno é de 20 vezes o seu diâmetro.
Tabela

5 Diâmetros internos mais usuais de rolo ou carretel

O EXT. TUBO mm O INT. MIN.


20 0.6
32 0.7
40 0.8
63 1.3
90 1.8
110 2.2

Tipos de Acessórios e Dimensionamento

Os acessórios de PE para tubo de polietileno podem ser classificados em dois grandes gru-
pos:
Acessórios para canalização.

Acessórios para derivação (geralmente ramais).

Também podem ser classificados de acordo com a técnica de soldagem que se aplica pa-
ra a união entre si ou com o tubo, pela forma de produção e, em alguns casos, pela pressão má-
xima de serviço. Então nós podemos ter os seguintes tipos de acessórios:

Elementos de Canalização
Acessórios para a Soldagem a Topo:

• Injetados PN6, p máx 2 bar tampões


PN10; p máx 4 bar reduções

• Fabricados a partir cotovelo 450


do tubo (BP) cotovelos 900
baionetas

porta flanges
Tês (1) (1) Só fabricados
etc

SENAI-RJ 89
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Acessórios para a Soldagem por Eletrofusão:

• Luvas Monofilares Com batente


Bifilares Sem batente

- cotovelo 450
- cotovelo 900 Fêmea (Resistência incorporada no interior do acessório)
- reduções
- tampões Macho (2) (A união é feita com luva eletrosoldável)
- tês
(2) Este tipo de acessório geralmente é o mesmo
que se utiliza para a soldagem a topo.

Elementos de Derivação

Acessórios para a Soldagem por Eletrofusão.

Derivações simples (3)

Derivações em carga (4)

(3) Geralmente são saídas, simples tipo macho preparadas para soldar por eletrofusão.
(4) Sempre são saídas tipo macho para unir com o tubo secundário utilizando uma luva eletrosoldável.

Elementos de canalização

Acessórios para a Soldagem a Topo.

Nestes acessórios pode-se diferenciar os:


Injetados: Fabricados por meio de moldes como o próprio nome indica, injeta-se a
matéria prima de PE resultando em uma só peça.
Fabricados: Elaborados com pedaços de tubo previamente cortados e soldados por
meio de técnicas, equipamentos e pessoal especializado, até conseguir o acessório
desejado.

Outros: Realizados com tubos que são curvados à quente.

Os acessórios fabricados normalmente são utilizados para BP, enquanto os injetados podem
ser PN 6 e suportar pressão máxima de 2 bar ou PN 10 e suportar pressões máximas de 4 bar.
As peças disponíveis oscilam em diâmetros igual ou superiores a 90 mm até 315. O cam-
po de aplicação delas depende do alcance de cada fabricante. Geralmente este tipo de acessó-
rios é usado para diâmetros de 110, 160 e 200 mm.

90 SENAI-RJ
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Na figura 3 são mostradas tampões, reduções, cotovelos de 45º e 90º, baionetas, porta-
-flanges e tês usados para a soldagem a topo.

Acessórios para Soldagem por Eletrofusão

Os acessórios para a soldagem por eletrofusão podem ser classificados em:

LUVAS
- Monofilares: Eles tem resistência elétrica única e os dois lados são soldados de uma só
vez.
- Bifilares: Eles tem duas resistências elétricas que são soldados separadamente, pri-
meiro um lado e então o outro.
- Sem batentes centrais: O tubo pode deslizar para um lado até o outro.
- Com batentes centrais: O tubo só pode deslizar para o interior da luva até atingir o ba-
tente.

Tanto a luva monofilar como bifilar pode ser indistintamente com ou sem batente cen-
tral.

COTOVELOS DE 45º E 90º

REDUÇÕES

TAMPÕES

TÊS

Os cotovelos, reduções, tampões e tês, podem ser apresentados de duas formas dife-
rentes:
- Com resistência elétrica incorporada em seus diâmetros internos, portanto acessó-
rios fêmeas.
- Acessórios com as mesmas dimensões externas que o tubo. Eles são unidos
por meio de luvas eletrosoldáveis

Portaflanges
Geralmente são acessórios da mesma dimensão que o tubo.
São unidos por meio de luvas eletrosoldáveis.

Outros:
1 - Transições PE-AÇO eletrosoldáveis.
2 - Transições para elementos metálicos roscados.

SENAI-RJ 91
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Figura 3 Figura 4
Acessórios para a soldagem Acessórios para a soldagem
a topo - fabricados a topo - injetados

O seu campo de aplicação depende da gama oferecida pelos fabricantes. As peças dis-
poníveis vão desde diâmetros compreen-didos entre 20 e 315 mm, sendo que os mais
usuais são os diâmetros de 20, 32, 40, 63, 90, 110, 160 e 200.
A figura 5 mostra os acessórios para a soldagem por eletrofusão: cotovelos de 450 e 900,
reduções, tampões e portaflanges.

Figura 5
Acessórios de canalização para
soldagem por eletrofusão

Elementos de derivação

Acessórios para Soldagem por Eletrofusão


Estes acessórios são classificados em:
TOMADA SIMPLES: São acessóri-os para fazer derivações em tubos sem carga
TÊS DE SERVIÇO: São acessórios para efetuar derivações em tubos em carga. Eles têm
um perfurador no seu interior.

92 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno

Figura 6

De acordo com o desenho deste tipo de acessório a soldagem se realiza ao redor do tubo
ou em uma área localizada do mesmo.
A montagem do acessório no tubo antes de soldar pode ser feita por meio de:
Ferramenta de fixação.
Aparafusamento das duas seções médias em que está dividida a peça
Encaixe das duas seções.
Uso de aparelhos especiais que mantém o tubo e o acessório junto para submetê-los a
uma tensão de compressão. Este tipo de fixação é feita sob pressão nos acessórios que
se soldam em superfícies pontuais do tubo e não dispõem de parte inferior.

O campo de aplicação destes acessórios depende do fabricante. Para derivações simples


o diâmetro do tubo base oscila entre 63 e 315mm, e a saída é geralmente de 63mm.

Os mais comuns são: 63 x 63


90 x 63
110 x 63
160 x 63
200 x 63

Para derivações em carga onde os diâme-


tros dos tubos base variam de 40 até 315 mm e
as saídas são de diâmetros de 20, 25, 32, 40, 50 e
63 mm.
Os diâmetros dos tubos base mais usados
Figura 7
são de 63, 90, 110, 160 e 200mm, com saídas de Conexões para soldagem
20, 32, 40 e 63 mm. por eletrofusão

SENAI-RJ 93
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno

Campos de Aplicação por Critérios de Pressão em


Redes de Distribuição

Os campos de aplicação para tubos e conexões mais habituais são:

Para redes e ramais de MPB (0,4-4 bar)


Tubo: s/p=5 ou SDR=11 ou PN=10 ou ISO=S-5.
Acessório: s/p=5 ou SDR = 11 ou PN = 10 ou ISO = S-5

Para redes e ramais de BP (até 0,05 bar) e MPA(0,05-0,4 bar)


Tubo: Para otimização de estoques até diâmetros de 90mm, s/p = 5 ou SDR =11 ou
PN =10 ou ISO = S-5.
Para tubos superiores a 90 mm. s/p=8,3 ou SDR=17 ou PN = 6 ou ISO = S-8.
Acessório: Por disponibilidade do mercado até diâmetros de 90mm, s/p = 5 ou SDR=11
ou PN = 10 ou ISO=S-5.
Para diâmetros superiores a 90 mm. s/p = 8,3 ou SDR=17 ou PN=6 ou ISO = S-8.

Identificação de tubos e acessórios

Todos os tubos de PE para a canalização de gás são amarelos e geralmente vão marcados
com as seguintes indicações:
HDPE ou MDPE conforme seja o polietileno de alta ou média densidade.
A palavra GAS.
UNE 53-333 ou norma equivalente.
Tipo de tubo por meio da série s/p ou SDR.
Diâmetro Nominal.
Siglas da identificação do fabricante.
As duas últimas cifras do ano de produção.
Lote de produção.

Alguns fabricantes marcam também os tubos com dados relativos à produção:

Tipo de matéria prima que serviu como base.


Máquina usada para sua produção.
Identificação das tolerâncias de produção com respeito ao diâmetro externo.

94 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Generalidades sobre Tubulação de Polietileno

Cada acessório, normalmente, vem marcado com as seguintes indicações:

As letras PE.
Diâmetro externo nominal do tubo em mm, para o que está destinado o acessório.
Nomes ou marca do fabricante.
Ano de produção
Série de produção.
Classificação de pressão.
Tempos de soldagem.
Voltagem aplicável, no caso de acessórios para soldagem por eletrofusão

SENAI-RJ 95
Uniões de tubos
de polietileno

4
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Uniões de tubos de
polietileno

Objetivos
objetivos

Ao terminar a leitura desta parte, você poderá compreender os elementos chaves para:

O processo de soldagem de topo

O processo de soldagem por eletrofusão

Uniões mecânicas

PONTOS
pontos CHAVES
chaves

Máquinas para soldagem

Equipamentos para soldagem

Erros de soldagem

Inspeção de soldagem

SENAI-RJ 99
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

As uniões entre tubos, ou tubos e acessórios podem realizar-se por soldagem ou por en-
caixes mecânicos. As uniões por soldagem se baseiam no aquecimento das superfícies a unir
até a fusão e colocadas em contato segundo um procedimento determinado. As uniões por en-
caixes mecânicos, ainda se constituem em um dos meios possíveis para a união de tubos de
PE. Seu emprego é para acessórios de transição entre plástico e metal (tubos ou válvulas).

GENERALIDADES
generalidades

A soldagem de polietileno é realizada mediante um aporte de calor que leva o material até
a fusão. Existem dois métodos básicos para aportar calor:

Aquecimento mediante elementos aquecedores auxiliares.

Aquecimento mediante resistências elétricas incorporadas.

Para a soldagem com elementos aquecedores se realiza o procedimento de TOPO.


Para a soldagem mediante resistências elétricas incorporadas existe um procedimento
denominado ELETROFUSÃO.
O campo de aplicação para esses tipos de soldagem, é apresentado na seguinte tabela:
Tabela

1 Campo de aplicação dos procedimentos de soldagem

solda de topo solda por eletrofusão


o TUBO s/P = 12.5 ou s/P = 8.3 ou s/P = 5 ou s/P = 8.3 ou s/P = 5 ou
SDR 26 SDR 17,6 SDR 11 SDR 17,6 SDR 11

20 - - - - +

25 - - - - +

32 - - - - +

40 - - - - +

63 - - - - +

90 - - + + +

110 - + + + +

125 (+) + + + +

160 + + + + +

200 + + + + +

250 + + + + +

315 + + + + +
- Não apto (+) com restrições + Apto

100 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Obs:
Os campos de aplicação dos procedimentos de soldagem são definidos pela companhia
distribuidora em função de suas necessidades.

Importante:
O correto funcionamento de uma tubulação de gás depende acima de tudo da integrida-
de da união, que será soldada de acordo com as regras básicas.

Regras básicas a respeitar em todo o processo de soldagem:


Os tubos de PE enrolados adquirem uma forma oval depois de desenrolados. O tubo a
soldar deve ser arredondado, com um dispositivo de aperto circular (arredondador).
No caso de tubos enterrados ocorre o mesmo;
Todas as ferramentas e máquinas usadas nas uniões por fusão devem ser adequadas
para proceder corretamente em cada uma das operações. Em nenhum caso se deve re-
alizar uma soldagem sem dispor de todas as ferramentas e instrumentos necessários;
Deve-se proceder periodicamente a revisão de todas as máquinas e ferramentas;
Deve-se proteger a zona de soldagem contra influências desfavoráveis, tais como o tem-
po, a umidade, a temperatura ambiente, o vento e a chuva, não se podendo soldar quan-
do chove, venta, ou o ambiente está muito carregado de umidade, ou a temperatura es-
tá inferior a 0ºC. Nestes casos só se pode soldar debaixo de uma tenda especial ou com
autorização da Companhia Distribuidora em questão.
Nos procedimentos que assim o exijam, se deve eliminar a capa de óxido da superfície
a soldar, seja mediante raspado ou faceado, segundo o tipo de soldagem;
As superfícies de união das peças a soldar não devem estar danificadas, e devem estar
isentas de sujeiras e umidade imediatamente antes de soldar;
As peças a unir, durante o processo de soldagem e resfriamento devem estar imobili-
zadas;
Em todos os métodos de soldagem, a zona a soldar não deve ser submetida a esforço
algum durante o processo, até que tenha resfriado por completo;
Antes de por em carga ou submeter a tubulação a esforços ou movimentos, a solda de-
ve estar completamente fria;
Os processos de soldagem devem seguir todos os aspectos, tempos, pressões, etc;
A Limpeza e a eliminação de umidade dos tubos e acessórios se efetuará com papel ce-
lulósico, utilizando como líquido limpador o isopropanol. A utilização de outro tipo de
líquido limpador deve ser previamente autorizada pela Companhia Distribuidora em
questão.

SENAI-RJ 101
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Soldagem de topo

Definição e Campo de Aplicação


A soldagem de Topo consiste na união, mediante pressão, dos extremos planos dos tubos
e acessórios de igual diâmetro e espessura previamente aquecidos por uma placa aquecedora
até alcançar a temperatura de fusão, e durante o tempo prescrito em cada caso. (Figura 1)

Figura 1
União de topo

A técnica de soldagem de topo não requer o emprego de acessórios para a união de tubu-
lações, porém exige o uso de máquinas mediante as quais se pode controlar a pressão neces-
sária para a união.
A soldagem de Topo se aplica a realização de uniões entre:

Ramais de tubulações

Tubulações e acessórios

Em diâmetros iguais ou superiores a 110 mm e, excepcionalmente, 90 mm quando a es-


pessura for correspondente a série s/P=5 ou SDR 11.
Tabela

2 Campo de aplicação de soldagem de topo

O tubo s/p= 12.5 ou SDR 26 s/p= 8.3 ou SDR 17,6 s/p= 5 ou SDR 11

90 - - +

110 - + +

125 (+) + +

160 + + +

200 + + +

250 + + +

315 + + +

102 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Máquinas e Equipamentos
As uniões por soldagem de topo se realizam mediante o emprego de máquinas especiais,
que facilitam o transporte e a manipulação dos tubos e acessórios. Qualquer máquina para
soldagem de topo consiste basicamente de abraçadeiras que sustentam o tubo ou acessório e
que se deslizam sob a ação de um grupo hidráulico, permitindo confrontar e pressionar entre
elas os extremos planos dos tubos ou acessórios para proceder a sua união.
Existem distintos modelos de máquinas de soldar a topo.

Elas se diferenciam pelo tipo de acionamento:


Hidráulico, que pode ser com bomba manual ou elétrica

Eletro-mecânico, que consiste de motor elétrico e fuso.

Por sua vez elas podem ser manuais, semi-automáticas e automáticas:

Máquinas manuais:
Todas as operações são manuais: controle das pressões e tempo, faceamento, colocação e
retirada da placa de aquecimento.
Máquinas semi-automáticas:
O controle da pressão e do tempo são automáticos. O faceamento e a colocação e retira-
da da placa de aquecimento são manuais.
Máquinas automáticas:
Além de controlar a pressão e o tempo a placa de aquecimento é retirada automatica-
mente.

Um equipamento de soldagem de topo está constituído pelos seguintes elementos prin-


cipais (Figura 2):

1 Corpo da máquina
2 Abraçadeira fixa
3 Abraçadeira móvel
4 Acessórios para a troca de
diâmetro das abraçadeiras
5 Placa aquecedora
6 Termômetro de controle
ou lápis térmico
7 Faceadora
8 Bomba hidráulica
9 Manômetro de controle
de pressão
10 Válvula de controle
da direção
11 Válvula de segurança
12 Corta-tubo (corta frio)
13 Cronômetro
Figura 2
Máquinas para soldar de Topo

SENAI-RJ 103
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Obs.:
A máquina deve estar sempre em perfeito estado de funcionamento para o que é neces-
sário efetuar uma manutenção preventiva e um controle periódico da confiabilidade dos in-
dicadores de pressão e temperatura.

Operações Gerais para a Soldagem de Topo

1 Verificar calibração da máquina e se as áreas de contato da placa aquecedora estão limpas

e não tem nenhum dano no revestimento (Teflon).

Figura 3
Passo 1

2 Verificar se a máquina se encontra em perfeito estado de funcionamento e as ABRAÇADEI-

RAS DE TRANSPORTE são adequadas para o diâmetro a soldar.

Figura 4
Passo 2

104 SENAI-RJ
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3 Verificar:
• se os tubos estão em bom estado e são do mesmo diâmetro e espessura.
• se o corte é perpendicular ao eixo de tubo.

Figura 5
Passo 3

4 Limpar as extremidades dos tubos interna e externamente com papel celulósico, se neces-

sário. Colocar a abraçadeira móvel em posição extrema (máquina aberta).

5 Colocar os elementos a soldar nas abraçadeiras de transporte e centralizar a FACEADORA,

na máquina.

Figura 6
Passo 5

6 Ligar a faceadora e aplicar uma leve pressão com a BOMBA até que se observe o arranca-
mento da fita. Manter pressionado o tubo com a faceadora até que a fita que se obtém em
cada extremo de tubo seja contínua.

SENAI-RJ 105
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Figura 7
Passo 6

7 Deixar de aplicar a pressão. Abrir a máquina e depois parar a faceadora.

Figura 8
Passo 7

8 Tirar da máquina a faceadora e as fitas produzidas. As superfícies faceadas não devem ser
tocadas.

Figura 9
Passo 8

106 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

9 Fechar novamente a máquina para comprovar o alinhamento, tendo em conta os seguin-


tes critérios:

Figura 10
Tolerância máxima de alinhamento

Figura 11
Tolerância Admissível de Abertura - (Máx. 0,5mm)

10 Para obter a PRESSÃO REAL DE SOLDAGEM a qual se deve manter no manômetro, deve-

-se somar a pressão indicada na tabela da máquina em questão em função do diâmetro e


da espessura do tubo, com a pressão de arraste.

Figura 12
Passo 10

SENAI-RJ 107
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

11 Verificar com o PIRÔMETRO, se a temperatura das faces da placa aquecedora é a indicada


nas tabelas e colocá-la no suporte da máquina.

Figura 13
Passo 11

12 Aplicar a pressão real de soldagem e manter até obter um reforço de 1,5 a 2 mm. de espes-
sura ao redor de todo o perímetro do tubo. Quando atingir esta dimensão deve-se baixar a
pressão para a indicada nas tabelas.

13 Deixar aquecer o material durante o TEMPO DE AQUECIMENTO indicado na tabela, em


função do diâmetro e da espessura da tubulação.

14 Transcorrido o tempo de aquecimen-to separam-se os tubos e se retira-se a placa aquece-


dora tendo cuidado de não danificar as faces e nem os extremos a soldar.

Figura 14 Figura 15
Passo 13 Passo 14

108 SENAI-RJ
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15 Unir imediatamente os tubos aplicando a pressão real de soldagem.

Figura 16
Passo 15

16 Manter fixa a pressão durante o TEMPO DE SOLDAGEM indicado na tabela. Transcorrido

este tempo, manter a tubulação na máquina durante o TEMPO DE RESFRIAMENTO indi-


cado na tabela. Realizar uma inspeção visual da soldagem e verificar se a largura do cordão
está dentro dos limites indicados na tabela uma vez transcorrido o tempo de soldagem.

17 Uma vez transcorrido o tempo de resfriamento deve-se retirar os tubos da máquina.

Figura 17 Figura 18
Passo 16 Passo 17

18 Deve-se marcar na solda, com tinta indelével, o código do soldador, data e número de sol-
da, se a companhia distribuidora assim o exija.

SENAI-RJ 109
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Etapas da operação de soldagem a topo

Inspeção da Soldagem
Toda as uniões devem ser submetidas a inspeção imediatamente após o final do proces-
so de soldagem. Existem três métodos de controle destas soldas:

Inspeção visual

Ensaios não destrutivos

Ensaios destrutivos

Inspeção visual

Será motivo de repetição da soldagem, se observar alguns dos defeitos citados abaixo:
Contaminação de cordão.
Cordão demasiadamente grande.
Cordão demasiadamente pequeno ou em forma de V.
Cordão irregular.
Deformação localizada em uma zona do
cordão (a superfície deve ser lisa. sem as-
pecto espumoso).
Desalinhamento.
K deve ser maior que 0 (K>0). Figura 18.

Cordão não simétrico.


Figura 19
Controle dimensional de uma
soldagem de topo K>0
Ensaios não destrutivos
Pode-se fazer por ultra-som ou por radiografia. Um método aproximado para verificar a
existência de defeitos de soldagem baseia-se no exame do reforço, previamente retirado
do tubo mediante uma ferramenta adequada. Assim pode-se comprovar a existência ou
não de arranhões, trincas ou contaminação entre os tubos unidos.
Para confirmar a solidez de uma união também se dobram os cordões previamente reti-
rados. Se for observado algum defeito, a soldagem está incorreta.

Ensaios Destrutivos.
São ensaios de dobramento ou de resistência a esforços permanentes. Para a realização
do ensaio de dobramento se extraem 4 amostras se o tubo tem um diâmetro = 90 mm, e
6 amostras para os tubos com diâmetro > 90 mm, com 250 mm de comprimento e 15 mm
de largura.

110 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Os cordões de solda do exterior e do interior do tubo devem ser eliminados. Se um corpo


de prova se rompe ou trinca durante o ensaio deve-se repetir o mesmo com o dobro do núme-
ro de corpos de prova extraídos de outra solda do tubo.
Se continuam aparecendo trincas deve-se realizar de novo as soldagens da tubulação afe-
tada não sem antes averiguar os motivos que causam os defeitos.
Para os ensaios de resistência a esforços permanentes de pressão interna, se retiram cor-
pos de prova cortando o tubo a 500 mm de cada lado da solda.
Nestas amostras é realizado o ensaio de resistência a esforços permanentes de pressão in-
terna, a 80ºC. O nível de pressão interna e a duração do ensaio é estabelecido por cada Com-
panhia Distribuidora.
Também podem ser realizados ensaios de resistência à tração.

Erros mais freqüentes na soldagem de topo:


Esquecer a limpeza das faces da placa aquecedora;
Utilizar máquinas em mau estado;
Utilizar um pedaço de tubo em mau estado;
Deixar de aplicar a faceadora antes de obter uma fita contínua;
Parar a faceadora sem deixar de aplicar a pressão. Se ao parar a faceadora os tubos se-
guem pressionados contra as faces da máquina, estas se cravarão no tubo produzindo
uma falha;
Tocar as faces dos tubos com as mãos;
Se os tubos não são colocados corretamente nas abraçadeiras, ou se a faceadora for
aplicada erroneamente, podem aparecer dois tipos de problemas que obrigam a efetu-
ar um novo faceamento:
Falta de paralelismo nas faces dos tubos;
Desalinhamento nos eixos dos tubos.
Esquecer de determinar a pressão de arraste;
Calcular mau a pressão real de soldagem;
Utilizar uma temperatura da placa inadequada por não haver comprovado também sua
temperatura:
Efetuar um reforço maior do que 2 mm quer por excesso de pressão quer por excesso
de tempo. Neste caso será produzido um reforço maior do que os 2 mm permitidos. Por
este mesmo motivo, o cordão final de solda, superará suas dimensões máximas tolera-
das;

SENAI-RJ 111
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

Soldagem por Eletrofusão

Definição e Campo de Aplicação


A soldagem por Eletrofusão consiste em unir os tubos ou tubulações e acessórios median-
te o emprego de acessórios ELETROSOLDÁVEIS que tem incorporado no seu interior um fila-
mento elétrico, o qual está conectado a uma tensão elétrica durante um tempo determinado.
O PE é submetido a uma temperatura que provoca sua fusão e permite que os elementos a unir
sejam soldados.

Figura 20
União por eletrofusão

Esta soldagem é aplicada na realização de canalizações de PE em MP e BP, empregando aces-


sórios eletrosoldáveis e fazendo uso dos aparelhos eletrônicos correspondentes, para diâmetros
externos de tubo SDR 11- s/P=5, ISO S-5, iguais ou superiores a 20 mm e SDR 17,6 - s/P=8,3 , ISO
S-8 iguais ou superiores a 90 mm, até 315 mm, como se pode se ver na tabela seguinte:
Tabela

3 Campo de aplicação de soldagem por Eletrofusão

O tubo s/p= 8.3 ou SDR 17,6 s/p= 5 ou SDR 11


20 - +
25 - +
40 - +
63 - +
90 - +
110 + +
125 + +
160 + +

200 + +

250 + +

315 + +

112 SENAI-RJ
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Máquinas e Equipamentos e Outros

Para realizar as uniões mediante acessórios eletrosoldáveis empregam-se máquinas e fer-


ramentas especiais, denominadas da seguinte forma:
A Raspador
B Corta-tubo (corta frio), adequado a cada diâmetro
C Grupo gerador
D Equipamentos eletrônicos para acessórios de conexão:
• Máquinas polivalentes
Podem ser utilizadas para várias marcas de acessórios
- Tipo manual
- Tipo automático

E Posicionador de tubos ou acessórios (conexões):


• Para luvas
- Com tubos fornecidos em bobinas
- Com tubos fornecidos em trechos retos ou barras
• Para acessórios de derivação
- Arredondadores de tubos
- Elementos de fixação da peça
• Para outros acessórios de canalização

Figura 21 Figura 22
Máquinas para conexões Ferramentas de
eletrosoldáveis alinhamento

F Líquido limpador e papel celulósico

G Ferramentas de perfuração para derivações simples

• Máquina de furar sem carga


• Máquina de furar em carga

SENAI-RJ 113
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H Ferramentas para interrupção da passagem de gás

• Pinçador
• Recuperador
• Balão de fechamento

Procedimento para a Soldagem por Eletrofusão

Luva eletrosoldável
1 Verificar se os elementos a unir se
encontram em bom estado, e em ca-
so de tubo, que o corte seja perpen-
dicular ao eixo do mesmo.

Figura 23
Passo 1

2 Marcar sobre cada tubo o compri-


mento da metade da LUVA com um
LÁPIS OU ROTULADOR INDELÉ-
VEL.

Figura 24
Passo 2

3 Raspar toda a zona de tubo que se-


rá soldada em uma extensão algo su-
perior a metade do comprimento da
luva, utilizando um RASPADOR.
Chanfrar os extremos dos tubos pa-
ra evitar danos na resistência da lu-
va quando esta for instalada. No ca-
so de que um dos extremos a unir
com a luva pertença a um acessório
do tipo injetado, este não deverá ser
raspado. Figura 25
Passo 3

114 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

4 Limpar as superfícies a soldar com líquido limpador e papel celulósico.

Figura 26
Passo 4

5 Colocar a luva sobre o extremo de um dos elementos a soldar e unir estes a topo, fi-
xando-os e alinhando-os com a ajuda de alinhador, para evitar movimentos laterais
ou axiais durante a soldagem. No caso em que um dos extremos a soldar com a lu-
va seja um acessório, deverá empregar-se para o alinhamento ou suporte do tubo e
da peça, o suporte de fixação adequado a cada caso.
6 As luvas sem topadores devem ser
deslizadas para centrar sobre am-
bos os tubos tomando como refe-
rência os traços anteriormente fi-
xados. No caso de luvas com topa-
dores verificar se as marcas coinci-
dem com os extremos da luva.

Figura 27
Passo 6

7 Conectar os BORNES dos cabos da


máquina de soldar com as cone-
xões do acessório, sem que sejam
submetidos a nenhum esforço.

Figura 28
Passo 6

8 Confirmar o TEMPO DE SOLDAGEM dos acessórios e iniciar o processo de solda-


gem seguindo o método operativo da máquina de soldar utilizada em cada caso.
A operação de soldagem deve ser observada durante todo tempo.

SENAI-RJ 115
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

9 Uma vez soldado, deve-se comprovar


que o tempo de soldagem real coincide
com o das tabelas. Se a luva dispõe de
testemunha de solda deve-se compro-
vá-los e verificar que aparece material
de fusão. Constatar que não há derrame
de material pelas bordas da peça solda-
da.
10 Desconectar os cabos da máquina de
soldar e deixar esfriar a zona de solda no
Figura 29
tempo indicado nas tabelas.
Passo 10
11 Uma vez resfriada naturalmente a sol-
da, retira-se o suporte de fixação.
12 Deve-se marcar a solda com tinta inde-
lével o código de identificação do solda-
dor, a data e a hora de retirada do ali-
nhador se a companhia distribuidora
assim o desejar.

Figura 30
Passo 11

“T” de Ramal em Carga (“T” de Serviço)


1 Verificar se os elementos a unir, tubos
e acessórios, se encontram em bom
estado.

Figura 31
Passo 1

2 Marcar e raspar regularmente toda


a parte do tubo onde o “T” DE RAMAL
EM CARGA deve ser soldado. Utilizar
um RASPADOR adequado e nunca um
abrasivo.

Figura 32
Passo 2

116 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

3 Colocar arredondador para arredondar


o tubo.

Figura 33
Passo 3

4 Limpar as superfícies a soldar com líqui-


do limpador e papel celulósico. Uma vez
limpas, não tocar nas superfícies.

Figura 34
Passo 4

5 Montar o “T” de ramal em carga sobre o


tubo atendendo as instruções de mon-
tagem do fabricante ou Companhia Dis-
tribuidora. Assegurar que estão coloca-
dos os arredondadores e que todos os
elementos a unir estão imobilizados.

Figura 35
Passo 5

6 Conectar os BORNES dos cabos da má-


quina de soldar com as conexões do
acessório sem que sejam submetidos a
esforço algum.

Figura 36
Passo 6

SENAI-RJ 117
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

7 Confirmar o TEMPO DE SOLDAGEM do


acessório e iniciar o processo de solda-
gem seguindo o método operativo da
máquina de soldar utilizada. A operação
de soldagem deve ser observada duran-
te todo o tempo .

Figura 37
Passo 7

8 Uma vez soldado, deve-se comprovar


que o tempo de soldagem real coincide
com o das tabelas. Se o acessório dispõe
de TESTEMUNHAS DE SOLDAGEM de-
ve-se comprovar e verificar se aparece
material de fusão. Verificar que não há
derrame de material pelas bordas da pe-
ça soldada. Desconectar os cabos da
máquina de soldar. Deixar esfriar a zo-
Figura 38
na de soldagem e aguardar o tempo in-
Passo 8
dicado nas tabelas.

9 Uma vez realizada a montagem total da


derivação, deve-se comprovar a ESTAN-
QUEIDADE do conjunto da instalação
segundo os critérios de regime de pres-
são efetiva de trabalho.

Figura 39
Passo 9

10 Para por em carga a instalação deve-se atuar sobre o ELEMENTO PERFURADOR do


“T” de ramal em carga segundo as instruções do fabricante ou da Companhia Distri-
buidora em questão, e finalizar a operação de colocação em carga, colocando o TAM-
PÃO DE SEGURANÇA.

Figura 40
Passo 10

118 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Uniões de Tubos de Polietileno

11 Deve-se marcar na solda com tinta indelével o Código de identificação do soldador


e a hora de retirada da ferramenta de fixação se a Companhia Distribuidora assim
o desejar.

Figura 41
Passo 11 - Etapas da Operação para a Soldagem
por Eletrofusão com “T”de Ramal em Carga

Acessórios eletrosoldáveis de derivação simples


Para a soldagem destes acessórios se procede de forma idêntica ao caso do “T” de ra-
mal em carga.
Se a tubulação principal não está em carga, a colocação em serviço se efetuará perfu-
rando a mesma com a máquina de perfurar sem carga através do acessório soldado.

Notas importantes.
A operação de soldagem deve ser observada durante todo tempo.
Em nenhum caso, “em especial quando a tubulação está em carga”, o tempo de sol-
dagem pode passar do máximo admitido nas tabelas. Se isto pode ocorrer, interrom-
pe-se rapidamente o processo de soldagem atuando sobre o botão de parada da má-
quina. Verificar se é um erro humano ou uma falha da máquina.
Se o processo de soldagem é interrompido antes do tempo mínimo indicado nas tabe-
las, verificar se é um erro humano ou de uma falha da máquina. Antes de reiniciar o pro-
cesso de soldagem (uma só vez e se a companhia distribuidora o permite),
deve-se deixar resfriar naturalmente os elementos a unir, até a temperatura ambiente.
Verificar se a tensão de alimentação da máquina de soldagem por eletrofusão está
dentro dos. limites indicados pelo fabricante.
Verificar se a fonte de alimentação elétrica do equipamento de eletrofusão admite
uma potência igual ou superior a recomendada para o correto funcionamento da má-
quina.
Para cada tipo de acessório eletrosoldável deve-se utilizar os terminais de conexão
adequados a seus bornes.

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Inspeção da soldagem

Toda união deve ser submetida a uma inspeção imediatamente após terminado o proces-
so de soldagem correspondente.
Existem tres métodos de controle da solda:

Visual

Ensaios não destrutivos

Ensaios destrutivos

Inspeção visual
Se forem observados algum dos defeitos listados a seguir, deve-se reprovar a soldagem.
Contaminação
Falta de matéria fundida nas testemunhas
Derrame de material pelos bordos dos acessórios ou testemunhos
Falta de alinhamento
Poros ou aberturas nos elementos unidos
Arraste ou desprendimento da resistência elétrica
Tubo e acessório descentrados

Ensaios não destrutivos


Podem ser realizados por ultra-som ou radiografia. Assim pode-se comprovar a existên-
cia ou não de aberturas, trincas ou contaminação entre os tubos unidos.

Ensaios destrutivos
São ensaios de dobramento, de tração, de resistência a esforços permanentes e de deco-
esão.
Para os ensaios de dobramento se extraem corpos de prova da solda com 250 mm de com-
primento e 15 mm de largura.
Para a realização dos ensaios de resistência a esforços permanentes de pressão interna,
tração e decoesão, se extraem aleatoriamente, durante os trabalhos de soldagem, corpos
de prova cortando o tubo com 500mm para cada lado da solda.
Os ensaios são realizados segundo as normas da Companhia Distribuidora em questão.

120 SENAI-RJ
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Erros mais freqüentes na soldagem por eletrofusão


Luvas
Utilizar tubos, acessórios ou máquinas em mau estado.
Esquecer de raspar a superfície do tubo que será soldado ou utilizar um equipamento
inadequado.
Esquecer de chanfrar o extremo do tubo.
Esquecer a limpeza das superfícies a soldar.
Esquecer de centrar a luva.
Não utilizar os alinhadores adequados para cada caso.
Falta de alinhamento dos tubos.
Colocar os tubos, mantendo um espaço entre eles
Utilizar conectores inadequados as peças a soldar.
Submeter os acessórios a tensões devido a uma colocação inadequada dos bornes e cabos
Não seguir o método de operação da máquina de soldar
Não seguir o procedimento de soldagem
Esquecer de realizar a inspeção visual na peça soldada
Retirar o suporte de fixação ou por em carga a tubulação antes do resfriamento da solda

“T” de Ramal em Carga.


Utilizar tubos, acessórios ou máquinas em mau estado
Esquecer de raspar a superfície do tubo a ser soldado ou utilizar uma ferramenta ina-
dequada
Não colocar o arredondador na tubulação
Esquecer a limpeza das superfícies a soldar
Não utilizar os arredondadores ou acessórios de fixação adequados a cada caso
Utilizar conectores inadequados as peças a soldar
Submeter os acessórios a tensões devido a má colocação dos bornes dos cabos
Não seguir o método aperativo da máquina
Não seguir o procedimento de soldagem
Esquecer de realizar a inspeção visual da peça soldada
Retirar o suporte de fixação ou por em carga antes da peça esfriar.
Colocar a tubulação em carga antes de executar o teste de estanqueidade
Esquecer de colocar o tampão de segurança do “T” de ramal em carga.

Erros Gerais
No caso de haver uma interrupção da soldagem, antes do tempo mínimo indicado nas
tabelas, reiniciar o processo (se a companhia distribuidora o permite) antes de esfriar
naturalmente.
Utilizar fontes de alimentação e equipamentos de eletrofusão incompatíveis.

SENAI-RJ 121
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Uniões Mecânicas

São denominadas uniões mecânicas, aquelas que se realizam entre tubos de polietileno,
ou em transições entre PE e tubulações metálicas ou elementos auxiliares (válvulas, etc), uti-
lizando adaptadores especiais.
Sempre que se utiliza uniões mecânicas deve observar-se os seguintes aspectos:
Deve-se utilizar, em geral, um tubo metálico de reforço que se coloca no interior do ex-
tremo do tubo de polietileno
Não se deve utilizar componentes baseados em óleo
Não se deve aplicar nenhum tipo de ferramenta metálica sobre os componentes de PE

Podem distinguir-se os seguintes tipos de uniões mecânicas:


A compressão
Por flange
Encaixes fixos
Transições com solda de PE

A compressão
Um acessório de união por compressão é formado geralmente por:
Corpo metálico;
Casquilho ou casquilhos de reforço interiores para o tubo de polietileno;
Anéis de compressão metálicos
Anéis de compressão de elastômero
Anéis de deslizamento
Peças móveis roscadas ao corpo, cujo objetivo consiste em fechar os anéis de elastôme-
ro e metálicos contra os elementos a unir
A gama de ligações mecânicas existentes no mercado é muito extensa encontrando-se
entre outras:
Uniões PE - PE: luvas,reduções, tês,cotovelos, etc
Uniões PE - Metal: luvas, reduções, transições a
rosca, tês de derivação de canalizações, válvulas
com ligações incorporadas, etc

Figura 42
União mecânica

122 SENAI-RJ
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Por Flanges
Constam de um porta-flanges em “PE”, uma junta plana de elastômero, um flange louco
que se une mediante parafusos ao flange do tubo metálico da válvula ou de qualquer outro ele-
mento auxiliar. A conexão feita por flange pode ser empregada nos tubos de “PE”, em todos os
diâmetros. efetuando a conexão dos porta-flanges “collet” pelo procedimento de soldagem que
convenha.

Figura 43
União mecânica por flange

Encaixes Fixos
Baseiam-se num perfil interno do tipo de dente de serra que impede a desmontagem da
união uma vez introduzido o tubo no interior dos encaixes. Podem ser preparadas na oficina.

Figura 44
União mecânica fixa

Outras Transições com Soldas de Polietileno


Possuem uma extremidade metálica preparada para ser unida ao tubo, válvula, etc., e ou-
tra que se une ao tubo de PE mediante soldagem.
A gama disponível corresponde a peças de união “PE” - Metal, cotovelos, luvas de redu-
ção, transições a rosca macho ou fêmea etc.

Figura 45
União mecânica de transição
com soldagem de “PE”

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Técnicas de instalação
de tubulação de
polietileno

5
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Técnicas de instalação de
tubulação de polietileno

objetivos
OBjetivos

Ao terminar o estudo desta parte, você poderá compreender os elementos chaves para:

Manuseio, transporte e armazenamento de PE

Requisitos para a obra civil e obra mecânica

Testes e atuações sobre as tubulações

PONTOS
pontos CHAVES
chaves

Condições de manuseio

Distâncias

Proteção e sinalização

Limpeza

SENAI-RJ 127
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MANUSEIO
manuseio

O PE é um material macio e pouco resistente as agressões físicas, por isto, é importante


que a manuseio de tubos e acessórios se efetue sempre dentro de condições tais que se evite
qualquer dano.
O manuseio deve realizar-se com o equipamento adequado tendo em conta, como prin-
cipio básico, que todas as superfícies que vão estar em contato com o material, estejam devi-
damente protegidas.

Carga e Descarga

Se os tubos são fornecidos em barras, a carga e descarga se efetuará com carretilha eleva-
dora, grua especialmente preparada ou a mão, sobre superfícies adequadas para evitar danos
no material. As barras não devem ser roladas pelo solo e no caso de que isto seja necessário,
se fará sobre tocos de madeira de bordos arredondados ou elementos similares.
Nunca se elevarão as barras utilizando cabos metálicos, de modo que possa produzir-se
flexões excessivas no material ou cizalhamento nas bordas.
Os tubos fornecidos em bobinas devem ser manipulados sobre carretilhas elevadoras com
acolchoamento nas zonas de contato com o material, a mão, entre um ou mais operários, evi-
tando-se arrastar no solo ou em superfícies abrasivas, ou mediante gruas, cuidando-se para
sustentar as bobinas com cintas ou correias com bordas arredondadas de modo que não da-
nifique o material.
Os carretéis devem ser manipulados por rolagem ou elevação mediante grua.
Durante o processo de carga e descarga, o material não pode ter contato com produtos
químicos ou focos de calor.

Transporte

O transporte se realizará em veículos com superfícies planas, preferivelmente de madei-


ra, com ausência de pregos e arestas cortantes que possam danificar o polietileno.
As superfícies em contato com o polietileno deverão estar totalmente limpas, evitando
óleos e produtos químicos.
Preferencialmente, os tubos devem descansar por completo sobre a superfície do veícu-
lo. Se esta superfície não está completamente plana se colocam fitas ou outro material que pro-
porcione uma superfície de apoio completa. Deve-se evitar que sobressaiam da parte poste-
rior mais de 40 cm. Se sobressaírem pela parte superior da cabina, deve-se colocar um tubo na
forma de “U” onde se apoiarão as barras.

128 SENAI-RJ
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Os extremos dos tubos devem ser protegidos mediante sacos ou mantas durante o trans-
porte para evitar sua deterioração.
As barras irão convenientemente escoradas sobre a carroçeria do veículo e nunca se so-
bressairão a altura de empilhamento máxima de 1 m, nem se colocará nenhum outro material
sobre elas.
Jamais se usará cabos metálicos ou grades para sustentar as tubulações. As barras irão ata-
das com cordas, cintas de lona ou similares, de tal maneira que não se produzam danos no ma-
terial. Se estiverem armazenadas em paletes, devem ser transportadas da mesma maneira.
Não se deve submeter as tubulações a nenhum tipo de esforço, evitando por sobre elas
qualquer material pesado.
É permitido transportar no interior dos tubos de maior diâmetro, outros de menor.
As bobinas serão colocadas, sempre que seja possível, de forma horizontal podendo-se
empilhar várias delas. Se as dimensões do rolo obrigam a um transporte na posição vertical,
se reduzirá ao mínimo o tempo de transporte para evitar ovalizações.
O transporte de carretéis será realizado de forma vertical e paralelas umas as outras, es-
tando perfeitamente fixadas para evitar deslocamentos no veículo.
O veículo poderá levar lona de proteção na sua parte superior, ainda que não seja impres-
cindível. A colocação da lona é especialmente importante nos transportes que se realizam no
verão quando a temperatura supera os 40 ºC.
Se o transporte é manual, os tubos devem ser manipulados por mais de uma pessoa pa-
ra evitar que os extremos arrastem pelo solo.

Armazenamento de Polietileno

Para o armazenamento de polietileno deve-se ter em conta os seguintes aspectos:


Os tubos de PE devem ser armazenados em locais cobertos e fechados, onde não se
atinjam temperaturas superiores a 40 ºC nem inferiores a -5 ºC, sobre superfícies pla-
nas, lisas e na posição horizontal.
Nas épocas de calor e no caso de armazenamento ao tempo, deve-se evitar a ação di-
reta dos raios solares, optando por lugares a sombra ou cobrindo convenientemente os
tubos.
Devem ser armazenados livres de produtos químicos agressivos.
Todos os materiais devem ser inspecionados no momento da recepção, evitando arma-
zenar qualquer tubo com algum tipo de dano.
Tanto as tubulações como os acessórios devem ser usados segundo sua ordem de en-
trada no almoxarifado, com o objetivo de assegurar uma correta rotatividade dos esto-
ques, evitando os armazenamentos prolongados.

SENAI-RJ 129
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Os tubos devem ser empilhados cuidadosamente, sem deixá-los cair, colocando-os pa-
ralelamente, formando camadas horizontais e com os extremos protegidos para evitar
a entrada de elementos estranhos. A altura máxima de empilhamento é de 1m para evi-
tar deformações por esmagamento.
Se não houver paredes de contenção para evitar o desmanche da pilha, será necessá-
rio segurar os tubos extremos da camada inferior com cunhas de madeira ou terra fi-
na. No caso de utilizar as cunhas, deve-se procurar as que não tenham cantos vivos. A
separação entre elas será de 1m (metro) aproximadamente.
Se as barras são amarradas e colocadas nos paletes sobre superfície plana é permitido ar-
mazenar em 3 pilhas, desde que o peso seja sustentado pela madeira e não pela barra.
As tubulações fabricadas em bobinas devem ser empilhadas de forma paralela ao plano
horizontal e sobre madeira, paletes ou superfícies não abrasiva na altura inferior a 1,5m.
Nunca devem ser armazenadas verticalmente para evitar a ovalização do material.
Se for desamarrado um rolo para cortar um pedaço de tubo, é conveniente amarrá-lo
novamente sem apertar excessivamente as correias para evitar danos.
As tubulações armazenadas em carretéis serão colocadas verticalmente e paralelas umas
as outras, vigiando para que a última camada fique a distância suficiente do aro ou co-
roa externa da bobina, para que ao depositá-la no solo não se produzam danos.
Em todos os casos se procurará que os tubos permaneçam o menor tempo possível pró-
ximo da obra para evitar agressões.

obra CIVIL
OBRA civil

A obra civil implica em uma série de trabalhos com o fim de situar a tubulação ou ramal
de tal modo que, as características da boa instalação, no final da obra, permaneçam inaltera-
das com o passar dos anos, ou que permitam o acesso à zona danificada quando se tratar de
efetuar uma reparação de manutenção.

Traçado

O traçado da obra civil, uma vez realizados os testes para determinar o lugar mais ade-
quado de instalação da tubulação, deverá efetuar-se tão retilíneo quanto possível, e de acordo
com o projetado da Companhia Distribuidora e tendo em conta os seguintes aspectos:

Profundidade
A obra civil é realizada para colocar a tubulação de forma que sua geratriz superior este-
ja situada a uma profundidade igual ou maior que 0,60m com relação ao nível definitivo da
calçada e 0,80m com o nível definitivo da rua.

130 SENAI-RJ
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Se forem encontradas dificuldades no subsolo deve-se instalar a tubulação a uma profun-


didade diferente da mínima. Se optará, preferencialmente, por sua instalação a uma profun-
didade menor, tomando medidas especiais de proteção (lajes de concreto, chapas metálicas.).
Em nenhum caso, se instalarão tubulações a uma profundidade inferior a 0,30 m.
Quando a tubulação está situada no interior de uma cápsula de proteção, a profundida-
de de enterramento deve ser medida a partir da geratriz superior da cápsula. Figura 1.

Tubulação de Gás

Figura 1
Profundidade de uma tubulação enterrada

Distância a edifícios e obras subterrâneas

A distancia recomendável a que deve situar-se a tubulação com relação a linha de facha-
da é de 1,50m, e em nenhum caso a menos de 0,30m. Se por diversas causas não é possível
manter a distância de 1,50m, deve-se cuidar para que a tubulação discorra, preferencialmen-
te, pela maior distância possível da fachada.
Se no transcurso da obra se encon-
tram câmaras enterradas, túneis, gale-
rias visitáveis, estacionamentos subter-
râneos, a distância mínima entre estas
obras e a geratriz da tubulação mais
próxima a elas será igual ou superior a
0,30m. Se não for possível, serão tomar-
das medidas especiais que impeçam o
vazamento de gás ante a qualquer es-
cape fortuito. Figura 2.

Figura 2
Distância de edifícios e obras subterrâneas

SENAI-RJ 131
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Cruzamentos e proximidade a outras conduções

A distância mínima recomendada entre a geratriz exterior da tubulação e os distintos ser-


viços que se encontram no subsolo são as seguintes:
20 cm em cruzamento e paralelismo de redes de BP, MPA e MPB, e nos pontos de cru-
zamentos de redes de AP;
30 cm em cruzamentos e paralelismo de ramais de BP, MPA e MPB,e nos pontos de cru-
zamentos de ramais de AP;
40 cm em paralelismo de redes e ramais de AP.

Serão instaladas proteções para proporcionar um incremento de segurança, quando, por


razões justificadas, não puderem ser respeitadas as distâncias mínimas.

Para proteções: VER PROCEDIMENTO OPERATIVO PARA A INSTALAÇÃO DE PROTEÇÕES


ENTRE REDES E RAMAIS DE GÁS E AS DE OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS SUBTERRÂNEOS.

Passagem através de obstáculos

As passagens através de estradas e vias férreas se realizarão segundo as disposições dos


organismos competentes.
Nos cruzamentos com linhas férreas a distância mínima recomendada entre a geratriz su-
perior do tubo e o trilho de trem será de 1,2m e a mínima permitida de 1m.
Quando por necessidade, a tubulação atravesse espaços ocos, deve ser colocada em uma
bainha ventilada para garantir a perfeita e contínua ventilação deste espaço. No interior da
bainha só se permitirão uniões soldadas. Figura 3.

Figura 3
Passagem através de obstáculos

132 SENAI-RJ
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Sinalização

Serão tomadas medidas de segurança que avisem as obras a todo momento e, especial-
mente, na zonas urbanas ou vias de uso público.
Devem ser colocadas placas que marquem a zona de trabalho, impedindo o acesso e fa-
vorecendo o trânsito sem riscos por causa das obras.
A zona sinalizada deverá estar iluminada por geradores autônomos. Figura 4.

Figura 4
Sinalização

Corte de Pavimentos

O pavimento deve ser rompido com cuidado, praticando um corte limpo para evitar des-
moronamentos.

Escavação

A escavação da vala poderá realizar-se de forma manual ou com uma máquina,


optando-se preferencialmente pela escavação com meios mecânicos.
Os produtos procedentes da escavação deverão situar-se de forma que não atrapalhem
os trabalhos nem impeçam a passagem. Nesta fase das obras se selecionarão os materiais que
estejam destinados a serem empregados novamente, dos que não possam ser utilizados pos-
teriormente.
Quando a consistência do terreno não é adequada ou a profundidade o aconselhe, se pro-
cederá o encamisamento.
As dimensões variarão em função das necessidades. Nos pontos onde se situem as juntas
de união a serem realizadas no local, ou lugares de ligações, sifões, válvulas, as escavações se-
rão maiores.

SENAI-RJ 133
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As escavações de buracos para reparos se efetuarão de forma cuidadosa para não danifi-
car a tubulação, respeitando as medidas de segurança.
Devem ser observados cuidados especiais para não danificar as possíveis conduções en-
terradas existentes no subsolo.

Fundo da Vala

O fundo da vala deverá estar livre de pedras e elementos duros, perfeitamente plano, sa-
neado e compactado quando não ofereça garantias de estabilidade permanente.
Para que exista um apoio uniforme da tubulação a instalar, se colocará no fundo da vala
uma camada de 0,10 a 0,15m de areia de rio, terra fina ou areia anticontaminante.
A largura mínima livre entre as geratrizes externas da tubulação e a parede da vala deve
ser de uns 10cm a fim de permitir uma boa compactação do solo.
Deve-se alargar o fundo da vala se os operários trabalharão no seu interior nas ligações e
nas partes que o exijam, dependendo das circunstâncias locais e a natureza do trabalho.
Figura 5.

Figura 5
Fundo da vala e cobertura. Exemplo orientativo em seção

Observação: Em qualquer caso se seguirão as condições que estabeleça a companhia distri-


buidora de gás de cada zona.

134 SENAI-RJ
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Cobertura

O enchimento da vala, depois de resfriadas as soldas, deve ser entre 0,15 e 0,20m por ci-
ma da geratriz superior da tubulação, efetuado com areia de rio, terra fina ou areia anticonta-
minante, tomando as máximas precauções (socado) para que não fiquem espaços ocos. O res-
to de cobertura se realizará respeitando as especificações que disponha a companhia distri-
buidora de gás de cada zona.
Uma compactação insuficiente entre o tubo e as paredes da vala pode originar em ovali-
zação da tubulação que impossibilite os trabalhos posteriores de soldagem.
Entre 0,30m por cima da geratriz do tubo se situará uma faixa plastificada de cor amare-
la como aviso de condução de gás. Figura 5.

Reposição de Pavimentos

Se aplicará de forma que a zona afetada pela tubulação fique nas condições originais, pres-
tando especial atenção a reposição de pavimentos nas tampas de ralos, para que fiquem per-
feitamente niveladas e livres de materiais que impedem sua abertura.

OBRA
obra MECÂNICA
mecânica

A obra mecânica compreende as diversas operações que se realizam para conseguir a ins-
talação e o acoplamento dos distintos elementos de uma tubulação ou derivação, aplicando
para cada material as tecnologias que lhe são próprias ou realizando os trabalhos específicos
necessários para reparar uma tubulação de forma definitiva quando exista um dano.

União de Tubos e Acessórios

As uniões entre tubos e acessórios de um mesmo material ou de distintos materiais se re-


alizarão de acordo com as tecnologias próprias, cuidando em todos os casos que os extremos
a unir estejam em perfeito estado e livres de corpos estranhos como terra, pedras, graxa, óxi-
do ou umidade que possam comprometer a união. O encarregado da Companhia Distribuido-
ra deve estar avisado de toda deterioração a fim de tomar as medidas necessárias.
O líquido limpador empregado deve ser aceito pela Companhia Distribuidora.
Quando se superam os valores de ovalização máxima permitida ou deterioração dos tu-
bos ou acessórios, deve ser levado ao conhecimento do responsável da obra da Companhia
Distribuidora.

SENAI-RJ 135
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Não é permitido o aquecimento do tubo por contato direto com uma chama.
Sobre cada solda deverá ser marcado de forma indelével o número de identificação do
soldador.
Se a Companhia Distribuidora de gás dispuser de “sistema de rastreabilidade” das soldas,
deverão ser seguidas as especificações técnicas com respeito a mesma.

Instalação da Tubulação

Considerações Gerais
Antes de proceder a colocação dos tubos na vala, deve-se assegurar que o fundo está isen-
to de objetos duros e cortantes, e que se colocou a camada de areia regulamentada. Durante a
colocação na vala os tubos de polietileno deverão estar providos de tampões para evitar a en-
trada de corpos estranhos.
Antes de proceder a colocação dos tubos deve-se inspecionar a existência de defeitos su-
periores a 10% de espessura do tubo, e corpos estranhos no interior da tubulação.
A colocação na vala dos tubos e das uniões soldadas se realizará tomando as medidas ne-
cessárias para não danificar a tubulação nem as uniões.
Quando a tubulação faz uma curva, os tubos devem ser colocados de tal forma que o raio
de curvatura mínimo seja superior a 20 vezes o diâmetro. As soldas não devem ficar na zona
de curva. Quando por causas justificadas a solda ficar na zona de curva, o raio de curvatura de-
ve ser de 25 vezes o diâmetro. Figura abaixo.
As mudanças de direção, com raios inferiores a 20 vezes o diâmetro, se realizarão utilizan-
do acessórios e elementos apropriados.
Ao colocar a tubulação na vala é conveniente colocá-la seguindo uma instalação serpen-
teante, a fim de que se possa compensar os efeitos de dilatação e contração térmica.
Obs.: Não é permitido colocar-se de pé sobre os tubos de polietileno.

20 diâmetros 25 diâmetros

Figura 6
Raio de curvatura

136 SENAI-RJ
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Colocação na vala de tubos fornecidos em barras

A descida se efetuará preferencialmente por meios mecânicos apropriados. Em nenhum


caso se devem deixar cair os tubos ao fundo da vala.
Devem usar-se ataduras nos lugares apropriados, mas nunca com cabos metálicos ou
grades.
Quando passem por debaixo de obstáculos da vala devem tomar-se cuidados especiais.
Durante a colocação na vala não é permitido colocar-se de pé nos tubos

Colocação na vala de tubos fornecidos em bobina ou carretel

O esforço de tração aplicado sobre o tubo deve reduzir-se ao mínimo, e não se deve em
nenhum caso superar os valores seguintes expressos em kN.
Tabela

1 Esforço de Tração (kN)

DN s/P=5 ou SDR 11 s/P=8,3 ou SDR 17,6

63 5 3

90 10 7

110 15 10

160 35 21

200 50 35

A velocidade de rotação da bobina ou carretel durante o desenrolado deve ser controlada.


O tubo preferencialmente deve desenrolar-se desde a base da bobina por estração, tan-
gencialmente à espiral, a fim de evitar o efeito espiral que impeça a correta colocação na vala.
No curso do desenrolamento deve-se verificar: ranhuras superiores a 10% da espessura
ou outros defeitos. Caso ocorram, deve-se levar ao conhecimento do responsável da Compa-
nhia Distribuidora.
Durante a instalação na vala deve-se ter cuidado para que o tubo não seja arranhado ou ras-
pado com o fundo, para isto se colocará rodilhos em perfeito estado de funcionamento ao longo
de todo o fundo da vala para evitar o confrontamento do tubo com os obstáculos.
No caso de obstáculos obstruindo a vala o descensos de nível no lugar onde o tubo de-
ve colocar-se, é necessário que o desenrolamento se realize desde uma posição fixa, posicio-
nando o tubo manualmente e enfiando-o por debaixo dos obstáculos.
Quando a vala está aberta a todo o comprimento e não há nenhum obstáculo, deve ser
feito o desenrolamento da bobina ou carretel.
No caso de assentamento manual: O tubo deve ser sustentado pôr um número de homens
suficiente de tal modo que fique bem colocado sem arrastar, a fim de não danificá-lo.

SENAI-RJ 137
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

No caso da instalação mecânica se levará em conta as seguintes considerações:


É realizada suavemente de forma regular e sem golpes. A velocidade recomendada é de
15m/min.
A máquina de tração deve estar equipada com um dinamômetro e um dispositivo re-
gulável de limitação da força de tração, de tal modo que quando a força máxima de ten-
são pré-selecionada aumente, a tração cesse automaticamente. A Companhia Distri-
buidora pode exigir previamente um informe recente do estado do dinamômetro e do
equipamento de tensão.
Na exigência da Companhia Distribuidora o equipamento estará igualmente dotado de
um dispositivo para medir a velocidade de tração, e de um registrador que proporcio-
ne um gráfico preciso da força exercida sobre o tubo durante o assentamento, em fun-
ção do comprimento. Neste deve-se indicar a denominação do trecho de tubulação.
O tubo deve dispor de um dispositivo de fixação que impeça que se solte quando ain-
da se realizam todas as operações.
A parte final do tubo (1 - 1,5 m aproximadamente) deve ser cortada.

Inserção

A inserção consiste essencialmente na renovação de uma tubulação antiga e defeituosa


mediante a introdução em seu interior de uma tubulação nova sem necessidade de abrir vala.
O PE é um material especialmente adequado para esta aplicação por varias razões en-
tre as que cabem destacar sua flexibilidade e soldabilidade.
As técnicas existentes são:

Inserção

rompetubus Inserção simples

sem carga com carga

O menor O equivalente

sem reenchimento com reenchimento

Para não danificar o tubo de polietileno quando se insere, a solicitação da tração duran-
te o processo de inserção não deve superar 5 N/mm2 (ver tabela XIII). Por esta razão se reco-
menda utilizar um guincho que disponha de indicador da força aplicada e que durante a in-
serção se lubrifique o tubo com água à medida que se introduz.

Autor:
138 SENAI-RJ
Não consegui identificar a
qual tabela está se referindo.
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Rompetubos

A técnica consiste na introdução de um torpedo rompendo uma tubulação de material


frágil (Ferro Fundido Cinzento) mediante um procedimento combinado de tração e percusão.
O torpedo rompe a canalização existente em fragmentos e o empurra contra o terreno
circundante abrindo espaço suficiente para a introdução de uma cápsula de PVC de diâmetro
superior ao tubo original, por dentro do qual se introduz o tubo de polietileno por inserção
simples.
Campo de aplicação:
Diâmetro da tubulação antiga 80mm a 150mm
Diâmetro da cápsula de PVC 100mm a 280mm
Diâmetro nova canalização 50mm a 250mm

Existem ainda equipamentos específicos para aplicações em tubulações de até 450mm


de diâmetro. Figura 7.

Figura 7
Rompetubos. Torpedo rompedor

Inserção simples com diâmetro equivalente

É uma técnica de inserção de tubo de PE sem a destruição da canalização existente. O pro-


cesso consiste na introdução na tubulação a ser substituída, de outra de PE com diâmetro re-
duzido por compressão radial sem alargamento, mediante um dispositivo mecânico de rodi-
lhos.
Uma vez realizada a operação, a tubulação de PE se expande hidráulicamente com água
a pressão para adaptá-la ao diâmetro interior da antiga tubulação.

Campo de aplicação:
Compatibilidade entre os diâmetros das tubulações implicadas. Figura 8.

SENAI-RJ 139
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Tuberia a renovar

Tuberia de Polietileno
Figura 8
Inserção simples, diâmetro praticamente equivalente

Inserção simples com diâmetro menor sem reenchimento


Consiste em introduzir em uma tubulação a ser trocada por outra, de menor diâmetro.
A nova tubulação instalada deve ser calculada para que suporte as condições do gás.
O comprimento máximo do ramal a entubar dependerá das trocas de direção que se pro-
duzam no trecho e da força máxima que se possa exercer sobre o tubo. Em condições normais
se pode ter uma curva de 90º por trecho. Para facilitar o trabalho de inserção se recomenda uti-
lizar uma tubulação de PE fornecida em carretéis.
O diâmetro máximo do tubo de PE que pode ser inserido em uma tubulação de ferro fun-
dido cinzento é mostrado na tabela seguinte:

Diâmetro máximo do tubo PE que pode ser


Tabela

2
inserido na tubulação fundida

DN - FF DN - PE máx.

80 63

100 75

150 125

200 180

250 200-225

300 250

350 250-315

400 315

Técnica de Inserção:
Abrir as valas e cortar o trecho a entubar. A vala de entrada do tubo de polietileno deve re-
alizar-se em rampa para facilitar sua flexão e entrada.

140 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Passar o haste de fibra de vidro pelo interior do tubo a ser substituído até conectar com
um guincho situado na vala de recepção. Passar o cabo de tração até a vala de içamento.
Se for preciso, deve-se limpar a tubulação utilizando raspadores com água a pressão.
Passar um testemunho para comprovar que o diâmetro está livre e não existem obstácu-
los que possam danificar a superficie do tubo (Figura 9).
Inserir o tubo de polietileno.
Realizar ramais e religamento.
Por carga na instalação.

Fibra de vidro

Cable

Tubo PE

Figura 9
Entubamento simples sem carga

Entubamento simples com diâmetro menor com reenchimento

Consiste em introduzir um tubo de polietileno de menor diâmetro na tubulação a substi-


tuir e em preencher o espaço anular que fique entre ambas, com um produto não compressível.
Este tipo de entubamento só é realizado quando as condições de resistência mecânica da
tubulação a renovar são boas porém as suas condições de estanqueidade não são. A canalização
uma vez pronta, será uma tubulação de 3 capas: tubo de PE, reenchimento e.tubulação antiga.

SENAI-RJ 141
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Possibilidades para o reenchimento da câmara:

• Bombear na tubulação a renovar um líquido incompressível ( água + inibidor);


• Material sintético de baixa viscosidade;
• Produto retentor: cimento de baixa viscosidade.
Este tipo de entubamento permite utilizar tubos da serie s/P=8,3 o SDR 17,6 para redes
de MPB.
Como precaução para não produzir amassamentos durante o reenchimento do espaço
anular, deve manter-se uma pressão no interior do tubo novo. Figura 10.

Tubulação antiga Tubulação nova

Texto da
imagem em
espanhol.

Relleno Incompresible Cemento -


Material sintético etc.

Figura 10

Entubamento sem carga com


reenchimento anular

Entubamento simples em carga

A operação consiste em introduzir uma tubulação de PE no interior de um trecho de tu-


bulação a substituir, a qual circula o gás, sem a necessidade de cortar o fornecimento. Esta téc-
nica requer preparações e ferramentas especiais.
Os comprimentos da tubulação a renovar estão condicionados a uma série de fatores tais
como, a vazão de gás a fornecer através do espaço anular formado pelas tubulações, diâme-
tros, e sistemas utilizados de empuxe. Pode-se estimar um comprimento médio de 150m de
tubulações a inserir, podendo-se aumentar ou diminuir este comprimento baseado em uma
série de condicionantes a ter em conta, tais como, disposição da rede, obstáculos, ou pressão
de serviço. As pressões de trabalho recomendadas, as quais pode-se efetuar o entubamento
em carga estão abaixo dos 1.500 mm.c.d.a.

Campo de aplicação:
Diâmetros de tubulações a substituir até 250mm, para tubos de PE até diâmetros de
225mm.

142 SENAI-RJ
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Técnica de inserção:
Conectar dois “by-pass” que permitam manter a carga no trecho a entubar. Cortar o tre-
cho e efetuar o balonamento dos extremos.
Conectar as válvulas especiais de entrada e recepção e inserir através delas uma vareta de
fibra de vidro.
Unir o cabo de tração testemunha de tubo de polietileno com a vareta de fibra de vidro e
fazê-la retroceder até a vala de entrada, até que saia o extremo do cabo de tração.
Conectar com o tubo de PE e colocá-lo em carga através da válvula especial de entrada.
Selar as câmaras anulares nos extremos do trecho entubado.
Por em carga o tubo de PE e conectar progressivamente os ramais selando as câmaras
anulares de cada ramal. Figura 11.

Figura 11

SENAI-RJ 143
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Trabalhos Especiais

Final de tubo

Se a futura tubulação ficar alinhada com a existente pode-se aplicar diversas soluções se-
gundo o tempo que poderá ficar fechado o extremo do tubo e se há pretensão ou não de recor-
rer ao pinçamento da tubulação na hora do seu prolongamento.
O final da canalização se realiza como indicam as figuras abaixo. Antes de proceder os en-
saios de estanqueidade com ajuda de ar comprimido, os extremos das canalizações são fecha-
dos convenientemente, segundo as regras da soldagem, e utilizando os tampões apropriados
que apresentem toda a segurança para o ensaio de pressão.

Figura 12 Figura 13
Final de tubo com flange Final de tubo com tampão

a
ot
- A união dos porta-flanges com a canalização pode ser
N

realizada por soldagem de topo ou eletrofusão.


- A união do tampão com a canalização pode realizar-se
por soldagem de topo ou eletrofusão.

144 SENAI-RJ
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Válvulas

Toda válvula instalada em uma rede de polietileno deve ser projetada para evitar que se
transmitam ao tubo de PE esforços excessivos de torção ou cizalhamento ao ser acionada, ou
outras tensões derivadas da válvula .
Existem dois sistemas de instalação de válvulas:
Em caixa visitável.
Enterráveis.

As válvulas situadas em caixa visitável podem ser montadas por flanges a dois tubos me-
tálicos, os quais, por sua vez, se unem aos tubos de PE mediante acessórios de transição me-
cânicos (flanges, acessórios de compressão, etc.) situados fora da caixa. Figura 14.

Figura 14
Válvula para caixa visitável

No caso de válvulas enterráveis,


estas podem ser também montadas
em porta-flanges de PE com extremos
lisos em aço que se unem a canaliza-
ção de polietileno mediante acessó-
rios mecânicos: flanges, acessórios de
compressão com enlaces mecânicos
de compressão incorporados, ou com
extremos lisos em PE, que se unem ao
resto da canalização mediante solda-
gem. Neste último caso o corpo da vál-
vula pode ser metálico ou de polieti-
leno. Figura 15. Figura 15
Válvulas enterráveis

SENAI-RJ 145
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

As válvulas enterráveis devem estar equipadas com um cilindro de plástico que permite
o acesso ao órgão de manobra desde uma tampa de dimensões mínimas.

a
ot
N

Não deve-se esquecer nunca de ancorar o corpo da


válvula de forma que se impeça seu giro, apoiando o
conjunto sobre terreno bem compactado.

Sifões
Em geral, a instalação de sifões metálicos se realiza mediante flanges. As instalações típi-
cas que se provêm para eliminar a água estão mostradas na Figura 16.

Figura 16
Sifões

Proteção por meio de cápsulas

As cápsulas em AC, PE, PVC ou de concreto são utilizadas onde a tubulação enterrada exi-
ge uma proteção complementar.

Figura 17
Cápsulas

146 SENAI-RJ
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Em geral, as cápsulas devem dispor de dispositivos de ventilação. O representante da Com-


panhia Distribuidora em questão, determina o tipo de cápsula a utilizar. Figura ao lado.

Conexão de canalizações novas com canalizações de outros materiais

Normalmente as conexões podem ser feitas mediante juntas flangeadas, porém segundo o
diâmetro da canalização de PE a ligar e a pressão de serviço se podem utilizar acessórios de de-
rivação que dispõem de enlaces, geralmente por compressão, para tubulações de Polietileno.
Para o caso de prolongamento de tubulações de aço em continuação a um tubo de PE de diâ-
metro equivalente, pode-se empregar transições monobloco PE-Aço. Figuras abaixo.

Figura 19
Transição com acessórios de
Figura 18 derivação por compressão
Transição com flange

Figura 18
Transições monobloco

SENAI-RJ 147
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teste DE
TESTE de ESTANQUEIDADE
estanqueidade

Considerações Gerais

Antes de ser colocada em serviço, tanto as canalizações como as derivações, devem ser sub-
metidas a um teste de estanqueidade por meio de água, ar ou gás a fim de assegurar a qualidade
da instalação e sua perfeita estanqueidade. A seguir, citam-se alguns aspectos a levar em conta:
Todos os acessórios empregados para estes ensaios devem estar construídos para uma
pressão ao menos igual a pressão de ensaio e devem estar fixos, de tal forma que não
possam ser projetados pela pressão durante o processo.
Durante os testes devem ser tomadas as precauções necessárias para que em caso de
quebra acidental as peças projetadas não possam incidir sobre as pessoas assistentes
ao ensaio.
Não é permitido a adição ou uso de produtos odorizantes ou corrosivos como meio
de detecção das fugas.
Em caso de se utilizar ar comprimido, deve-se instalar um filtro que reduza ao mínimo
a contaminação de PE por esta causa.
No caso de utilizar ar ou gás inerte, o aporte se realiza mediante uma condução de ad-
missão em aço.
O teste deve realizar-se com a canalização coberta de uma capa de aço para evitar pos-
síveis alterações na pressão motivadas pela temperatura ambiente.

Se deve-se controlar periodicamente a precisão dos manômetros.

Antes de colocar sob pressão, deve-se assegurar que:


Todas as soldas estão convenientemente frias;
Todos os enlaces e acessórios não soldados estão convenientemente apertados e pro-
vidos de juntas;
A canalização está suficientemente imobilizada para impedir destacamentos perigo-
sos ou trocas de direção como conseqüência da pressão interna elevada a que são sub-
metidas;
O pessoal está fora da vala e que todos os espectadores se mantenham a boa distância;
No curso do ensaio, só o pessoal encarregado da detecção de fugas eventuais, pode en-
trar na vala ou aproximar-se da condução, porém não pode em nenhum caso colocar-
-se atrás de um tampão;
Quando se comprova a estanqueidade mediante água com sabão ou agentes espuman-
tes, depois de finalizar a operação deve eliminar-se o sabão completamente com água;
Durante os testes de estanqueidade, a pressão indicada pelo manômetro deve manter-
-se invariável. Recomenda-se utilizar um registrador de pressão;

148 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Depois do ensaio devem-se tomar todas as precauções necessárias para evitar que em
momento da descompressão da tubulação, o ar expulsado lance terra, pedras ou ou-
tros objetos;
As conexões utilizadas para conectar a parte da canalização nova com a canalização em
serviço serão examinadas com a ajuda de um produto espumoso na pressão de serviço.

Teste de Canalizações
O teste a que se submeterão as canalizações incluindo-se as derivações, quando estas fo-
rem realizadas ao mesmo tempo da canalização e que consequentemente estarão perfuradas,
são mostradas na tabela 3.
(*) Quando a estanqueidade de todas as juntas pode ser verificada com água e com sabão
ou outro meio apropriado.
Tabela

3 Testes de resistência e estanqueidade

tipos de rede P.m.s. bar testes de resistência e estanqueidade

pressão de teste tempo fluido

MP B 4 6 BAR 6h Água, ar, gas

1h (*)

MP A 0,4 1 BAR 6h Água, ar, gas

1h (*)

BP 0,05 1,2 BAR 1h Água, ar, gas

(*) PMS (Pressão Maxima de Serviço)

É conveniente que no momento do teste permaneçam abertos os registros colocados em


derivações, para comprovar-se a estanqueidade, no caso de que o resultado do teste não seja
satisfatório.
No caso de redes, quando não se pode realizar o teste mostrado, deverá ser feito um tes-
te com gás a pressão de serviço, porém comprovando todas as juntas com água e sabão ou ou-
tro método apropriado.
Nos testes com duração de 6 horas, que normalmente serão as que se efetuam em cana-
lizações de grandes extensões, se empregam aparelhos registradores de pressão. A fita de re-
gistro da pressão de teste será visada convenientemente pelo técnico responsável da Compa-
nhia distribuidora, antes do inicio do teste e no momento de sua finalização.
Quando o teste a que se submeta a instalação seja de uma hora de duração poderá em-
pregar-se um manômetro de escala e confiabilidade adequadas, devendo-se avisar com ante-
cedência suficiente ao técnico responsável da Companhia Distribuidora em questão para que
possa supervisionar o desenvolvimento da mesma.

SENAI-RJ 149
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Testes de Derivações sobre Tubulações em Carga

Nas derivações que se realizam sobre tubulações em carga se procederá o teste com ar
durante uma hora a pressão de 5bar para as de Media Pressão B e 1bar para as de Media Pres-
são A e Baixa Pressão, comprovando todas as juntas com água e sabão.
Nos casos em que a tecnologia empregada implica a realização da perfuração do tubo em
uma fase intermediária, o teste poderá realizar-se com gás a pressão de serviço, comprovan-
do-se todas juntas com água e sabão ou outro método apropriado. Se o dispositivo de ramal
de derivação dispõe do elemento de perfuração será conveniente realizar o teste pneumático
que procederá segundo a pressão da rede.

Testes de Conexões e Reparos

Os elementos que constituem a união entre o trecho ensaiado anteriormente e a rede em


serviço serão verificados com gás a pressão de serviço, com água e sabão ou outro método
apropriado.
Deve-se seguir um procedimento similar na comprovação de eventuais reparos de uma
instalação ou em reparações de tubulações já em serviço.

Registros

O resultado dos ensaios será registrado numa ata.


Se o resultado do teste não é satisfatório, a equipe que procedeu a sua instalação deverá
realizar as operações de reparos que forem necessárias para sanar os defeitos.

COLOCAÇÃO
colocação EM
em SERVIÇO
serviço E
e FORA
fora DE
de SERVIÇO
serviço

Conexão e Colocação em Serviço

Nos trabalhos de conexão e colocação em serviço, deverão tomar-se medidas de seguran-


ça que garantam o menor risco possível, empregando o equipamento específico que impeça
a saída de gás ao exterior quando isto seja possível, ou tomando precauções que procedam, a
fim de que se consiga a operação de conexão interrompendo o menos possível a continuida-
de do fornecimento de gás e se mantenha a segurança de pessoas e coisas ao redor.
Deve-se evitar a formação de mistura de ar-gás compreendida entre os limites de infla-
mabilidade do gás. Para isto a introdução do gás na extremidade da canalização se efetuará de
tal forma que se reduza ao máximo a velocidade de introdução do gás, reduzindo assim o ris-
co da formação de misturas inflamáveis na zona de contato, ou se separará ambos os fluidos
com um tampão de gás inerte ou pistão de purga. Em instalações importantes recomenda-se
utilizar tampão de gás inerte ou pistão de purga.

150 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

No extremo da canalização, quando pelo seu comprimento ou diâmetro seja aconselhá-


vel, deve-se obter uma amostra que garanta a completa ausência de ar.

Tubulações Fora de Uso

Quando se procede a instalação de uma tubulação que substitua a outra e esta deva ficar
enterrada depois de sua descomunicação com a rede, deverão ser tomadas medidas para as-
segurar que em seu interior não fiquem restos de condensados nem misturas de hidrocarbo-
netos com ar.
Em tubulações de diâmetro até 200 mm, se procederá uma limpeza com ar, fazendo-se
com gás inerte quando o diâmetro for superior e, realizando, em ambos casos, um tampona-
mento dos extremos do trecho de tubulação a abandonar.
Quando se retira de uso uma derivação deve-se, sempre que seja possível, desconectar a
totalidade da derivação atuando sobre o ramal da mesma.

ATUAÇÕES
atuações SOBRE
sobre TUBULAções
tubulações EM
em CARGA
carga

Eletricidade Estática

É característica do PE a acumulação de eletricidade estática. Por este motivo, sempre que


se realizam trabalhos sobre uma canalização de PE, cortes, reposições de pedaços, colocação
em carga ou reparação de vazamento, deve-se tomar uma série de medidas, já que:

• Cargas geradas são suficientes para inflamar a mistura ar-gás com o consequente risco
de acidentes.

• O grau de umidade influi na acumulação de cargas pontuais. Está demostrado que o


risco é quase nulo quando a umidade relativa é superior a 75 %.

• O conteúdo de pó influi no valor de cargas geradas.


• A técnica de colocação em terra elimina todo o risco de incidente.
Para evitar que cargas eletrostáticas em tubos e acessórios possam dar lugar a fogo na va-
la, está proibido:

• Purgar uma canalização com a ajuda de um tubo de polietileno.


• Purgar na vala, diretamente sobre uma derivação em carga, sobre um balão de fecha-
mento, entre flanges de enlace, ou qualquer outro sistema que se produza a passagem
do gás a velocidade considerável em tubos ou acessórios de polietileno.

SENAI-RJ 151
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

A todo momento deve-se:

• Por a canalização aterrada utilizando uma cinta de algodão umedecida, enrolada em


espiral, e tudo isto antes que os trabalhos possam provocar um escape de gás;

• Colocar a cinta de algodão em contato com a terra, estando atento para que durante to-
da a operação se mantenha úmida;

• A fim de garantir uma maior eficácia do método, recomenda-se molhar a vala para au-
mentar a umidade relativa do lugar de trabalho;

• Purgar através de um tubo metálico de tal comprimento que o escape se produza fora
da vala. Figura 21.

Corda de algodão
úmida

Figura 21
Descarga de eletricidade estática

Interrupção da Passagem de Gás

Pinçamento do tubo.
Esta operação se realiza mediante o esmagamento do tubo, com a ferramenta adequada
(estrangulador ou pinçador)e pode ser aplicável a redes de MP e BP.
Deve-se ter em conta as seguintes operações:

• Antes de atuar, o operário deve proteger-se da descarga elétrica;


• Antes de atuar deve-se conhecer exatamente o diâmetro e a espessura do tubo;
• Só se pode pinçar até 70 % do dobro da espessura, portanto deve-se utilizar uma ferra-
menta autorizada pela Companhia Distribuidora em questão e de acordo com a dimen-
são do tubo;

• Deve-se verificar que as barras do pinçador estejam perfeitamente colocadas antes de


realizar o pinçamento;

• A distância mínima entre solda e ponto de pinçamento deve ser ao menos de 3 vezes o
diâmetro do tubo a ser pinçado.

• Em qualquer caso se seguirão as indicações da Companhia Distribuidora de Gás.


152 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

• O pinçamento deve ser perpendicular ao eixo do tubo;


• Deve-se pinçar o tubo até que se alcance os topos do pinçador, porém sem submeter a
flexão aos rodilhos uma vez se alcance os mesmos;

• Uma vez retirado o pinçador deve-se colocar um recuperador no tubo durante o tem-
po necessário para que se reestabelece a forma original;

• Cada vez que se realiza uma operação de esmagamento deverá ficar sinalizado o pon-
to em que houve tal operação, com uma cinta ou inscrição indelével; evitando-se deste
modo que se repita a operação no mesmo ponto.

• Se a Companhia Distribuidora em questão achar oportuno, esta operação de marcação


é substituída pela colocação de um acessório, eletrosoldável ou não, que envolva todo
o tubo com o fim de reforçá-lo.

Atuando-se em redes de MPB (0,4-4 bar) sob crité-


rios de “sem gás” se recomenda utilizar o sistema de du-
plo pinçamento com purga controlada para manter a mis-
tura ar-gás sob o limite inferior de inflamabilidade, ou
também, pinçamento simples com colocação de saída a
atmosfera do trecho entre pinçadores antes de efetuar a
soldagem de fechamento. Figuras 22 e 23.

Figura 22

Pinçamento duplo com respirador

Pinçamento simples com ventilação forcada

Ventilador

3 diâmetros
Pinçamento simples

Pinçamento simples com “venteo

venteo venteo alternativo

Figura 23
Diferentes sistemas de pinçamento

SENAI-RJ 153
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Balão de fechamento
Este sistema de fechamento consiste na introdução no interior da canalização, de um ba-
lão que posteriormente se infla para interceptar a passagem do gás.
O balão pode ser introduzido no tubo de polietileno, manualmente ou com a ajuda de um
equipamento que impeça todo o escapamento de gás.
Pode trabalhar-se segundo diferentes métodos:

• Balonamento simples.
• Balonamento simples em série.
• Um balão em série com um tampão expansível.
• Dois balões em série com a região entre os dois balonamentos simples, posta ao ar livre.
• Dois balonamentos simples em série com a região entre os dois balonamentos simples
posta sob pressão de nitrogênio.

Antes de iniciar o processo de intervenção deve-se comprovar o estado dos balões en-
chendo-os, assim como ter balões de reserva.
O balonamento se faz geralmente mediante utilização de um acessório eletrosoldável
apropriado que permita a perfuração de um orifício de diâmetro suficiente para a introdução
dos balões.
Quando se introduz manualmente o balão, o operário deverá ter cuidado de verificar que
o escape de gás controlado não possa ser causa de um incidente. Antes de inflar o balão, o ope-
rador controlará sua posição para garantir estabilidade de fechamento.
Quando se introduz o balão com ajuda de um equipamento que impeça a fuga de gás de-
verá assegurar-se compatibilidade do equipamento com o acessório eletrosoldável.
O balão deve estar equipado com um manômetro que permita verificar com rigor a opera-
ção durante os trabalhos. Acabada a operação, verificar se o balão foi retirado e se o orifício do
acessório de balonamento está bem fechado e se foi colocado um tampão apropriado.
O balonamento só é aplicável para pressões inferiores a 0,4 bar. Durante sua colocação na
obra deve-se evitar o risco de eletricidade estática. Deve-se tomar cuidados com a sua coloca-
ção, pois afixação é mais crítica que nos tubos metálicos. Figura 24.

Figura 24
Balão de fechamento

154 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Outros sistemas de fechamento


Para redes de MPB também se podem utilizar sistemas de fechamento derivados das téc-
nicas de interrupção da passagem do gás em redes de alta pressão que se baseiam em intro-
dução e em abertura no interior da canalização de um disco metálico provido de juntas elas-
toméricas.

Estabelecimento de “By-Pass”

A colocação do “by-pass” se realiza por meio de conexão (soldada) de tês de ramal em car-
ga (eletrofusão) unidos a tubos de menor diâmetro, seguindo as técnicas de soldagem e per-
furação adequadas a cada tipo de peça.
A seguir, os procedimentos operativos para estabelecer um “by-pass” tomando como
exemplo reparação de uma fuga.
Operação específica: Ramal em carga

• Localizar no trecho de tubulação onde se produz fuga do gás.


• Soldar de ambos os lados da fuga dois
tês de ramal em carga, construir o “by-
-pass” e abrir tubulação principal. Pin-
çar a canalização principal de ambos
os lados da zona de fuga.

• Cortar a parte danificada e substituí-


-la por um pedaço de tubo em bom es-
tado.

• Unir o pedaço de tubo novo ao resto


da canalização seguindo as técnicas
correspondentes aos acessórios utili-
zados. Uma vez esfriadas as soldas, re-
tirar o pinçamento da canalização
principal.

• Fechar os tês de toma em carga me-


diante o elemento de corte, retirar o
“by-pass” e colocar os tampões de fe-
chamento.

• Colocar o tampão de segurança dos tês


de ramal em carga em suas posições
originais.

Figura 25
Operação de colocação de “by-pass

SENAI-RJ 155
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Reparo de Tubulações

O número de fugas registradas sobre as canalizações de polietileno é pouco elevado. A


técnica de reparo aplicada está em função do tipo de fuga constatada.
O princípio de todo reparo consiste na troca do pedaço defeituoso, ou se a perfuração é
pequena, na aplicação de um acessório eletrosoldável ou uma abraçadora mecânica.

Reparo de dano pontual

No caso de que o dano ocasionado na tubulação seja pequeno, pode-se reparar com um
tampão de dimensão “standard”, se a companhia distribuidora permitir. Previamente se per-
fura a fuga com uma ferramenta especial na medida do diâmetro do tampão, depois de perfu-
rar se introduz o tampão a pressão no orifício e se solda um ramal simples eletrosoldável pa-
ra reforçar o tampão.
Este tipo de dano também pode ser reparado de maneira provisória com uma abraçado-
ra mecânica.

Figura 26
Reparos de dano pontual

156 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Técnicas de Instalação de Tubulação de Polietileno

Substituição de um trecho de tubulação

Para realizar este trabalho primeiro deverá cortar-se a passagem do gás do trecho de tu-
bulação a substituir aplicando o sistema de fechamento adequado e fazendo um “by-pass” se
for necessário.
Corta-se o pedaço de canalização afetada substituindo por um tubo novo; em função do
comprimento afetado e segundo as possibilidades de manobras, se procederá a união do no-
vo trecho de tubulação com a canalização existente utilizando as técnicas habituais, sendo
mais correta e ágil a união com luvas eletrosoldáveis. Figura 27.

Reparação com juntas de reparo com flange

Reparação com união por eletrofusão

Figura 27

SENAI-RJ 157
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades

Atividades
Atividades práticas sugeridas:

PARTE III
Contato físico com os tubos e acessórios utilizados nas canalizações de “PE”.
Prática de identificação dos tubos e acessórios.

PARTE IV
Prática de soldagem de topo e eletrofusão.
Técnicas de soldagem e manuseio de tubos e acessórios de “PE”, na montagem de canaliza-
ções de condução de gás.

PARTE V
Prática de Pinçamento.
Prática de operação de colocação de “by-pass”.
Substituição de um trecho de tubulação.

SENAI-RJ 159
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades

EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO
PARTE III, IV e V

Assinale com um X a opção correta em cada questão:


1 Quais elementos atacam o PE causando corrosão e baixa tensão?
A Agentes odorizantes.

B Agentes tensoativos.

C Agentes solventes.
D Gás liqüefeito de petróleo.

2 Qual o tempo de vida útil e previsto para as instalações de PE:?


A 50 anos, para temperaturas de 20ºC.

B 50 anos, para temperaturas de 35ºC.

C 20 anos, para temperaturas de 20ºC.


D 35 anos, para temperaturas de 40ºC.

3 São dimensões características de um tubo:


A espessuras mínimas e diâmetro externo.

B relação entre o diâmetro do tubo e a espessura da parede.

C s/p/Dn.
D espessuras da parede, as tolerâncias e o diâmetro externo nominal.

4 Para simplificar os requisitos de manuseio e resistência para os esforços do terreno, foi es-
colhida, para todas as séries, uma espessura mínima de:
A 4 mm.
B 2 mm.

C 1 mm.
D 3 mm.

5 TÊS SIMPLES são:


A acessórios para efetuar derivações em tubos com carga.

B acessórios para efetuar derivações em tubos sem carga.

C acessórios que possuem um perfurador no seu interior.


D acessórios para soldagem por termofusão.

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Curso de Soldador de Polietileno – Atividades

6 A soldagem que é feita mediante resistência elétricas incorporadas chama-se:


A Solda de Topo.

B Solda de Encaixe Elétrico.

C Solda de Eletrofusão.
D Solda de Termo Eletrofusão.

7 Durante a soldagem de uma luva de PE:


A as superfícies estarão limpas e isentas de umidade.

B a luva durante o tempo de soldagem e resfriamento estará imobilizada.

C pode-se apressar na emergência o resfriamento da luva por meio de líquido apropriado.


D no caso de interrupção da solda por falta de energia pode-se recomeçar mais uma única
vez a soldagem.

8 A raspagem do tubo de PE para solda de eletrofusão é para:


A diminuir a interferência entre tubo e acessório.

B evitar danos a resistência elétrica.

C facilitar o alinhamento dos tubos.


D retirar a camada superficial de óxido.

10 Numerar por ordem de execução as seguintes etapas da realização de uma soldagem de


topo:
( ) Colocar os elementos a serem soldados na máquina.
( ) Determinar a pressão de arraste e verificar a temperatura da placa.
( ) Colocar a placa e aquecer com a pressão real de soldagem.
( ) Verificar que a máquina ,tubos e acessórios estejam em bom estado.
( ) Comprovar o alinhamento.
( ) Seguir aquecendo, porém sem pressão.
( ) Facear.
( ) Marcar o código do soldador.

11 Com que devemos apertar o tampão de tê de serviço?


A Com uma chave de boca.

B Com um chave inglesa.

C Com uma chave de fenda.


D Com as mãos.

SENAI-RJ 161
Curso de Soldador de Polietileno – Atividades

11 Quando se transportam tubos de PE em barra, deve-se evitar que sobressaiam da parte


traseira da carroceria mais de:
A 20 cm.

B 50 cm.

C 40 cm.
D 30 cm.

12 As barras irão convenientemente escoradas sobre a carroceria do veículo, não se coloca-


rá nenhum outro material sobre elas e a altura máxima de empilhamento será de:
A 1,5 m.

B 2 m.

C 5 m.
D 1 m.

13 Se no transcurso da obra se encontram câmaras enterradas, túneis, galerias visitáveis, es-


tacionamentos subterrâneos, a distância mínima entre estas obras e a geratriz da tubula-
ção mais próxima a elas será igual ou superior a:
A 0,6 m.

B 0,8 m.

C 0,10 m.
D 0,3 m.

14 Que espessura máxima deve ter o leito de areia do fundo da vala antes de colocar o tubo?
A 5 cm.

B 10 cm.

C não é necessário leito de areia.


D 15 cm.

15 Qual limite para se pinçar um tubo de “PE”?


A Até 70% do triplo da espessura.

B Até 70% das distâncias entre as soldas.

C Até 70% do dobro da espessura.


D Até 70% da espessura.

162 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Glossário

Glossário
Acessórios: Equipamento (parte) que se junta ou auxilia o objeto principal (peça
ou equipamento ou máquina).

Barra: Tubos em forma retangular (oca ou preenchida).

Bobinas: Agrupamento de espiras (“rolo”) de um condutor enroladas em torno


de um suporte.

Borne: Peça que se liga (envolve) a outro objeto, em que cuja parte superior
pode haver um parafuso destinado a fixar a peça que o atravessa.

Carretel: Cilindro em que se enrolam linhas, cordas, cabos, etc.

Conexão: Ligação, vínculo, objeto que faz uma ligação.

Eletrofusão: Processo elétrico onde as partes a serem unidas são aquecidas até que
ocorra a fundição entre as mesmas.

Ensaio: Prova, experiência.

Equipamentos: Conjunto de tudo aquilo que serve para equipar, prover.

Equipamentos de Máquinas, ferramentas, instrumentos, estufas e dispositivos


Soldagem: empregados na operação de soldagem.

Estanqueidade: Verificação se o objeto esta com ou sem fenda ou abertura, por onde
entre ou saia líquido ou gás.

Face: Lado de uma peça ou acessório.

Fusão: Processo em que as partes a serem unidas são aquecidas até que
ocorra a fundição entre as mesmas.

Inspeção: Avaliação que tem por finalidades melhorar a confiabilidade, a


qualidade, a engenharia do produto e reduzir os custos de fabricação.

SENAI-RJ 163
Curso de Soldador de Polietileno – Glossário

Luva: Peça tubular, provida de roscas nas extremidades para conexão de


canos e tubos.

Polietileno: Quím.; Substância obtida pela polimerização do etileno,


termoplástica, translúcida, flexível, com importantes e varias
aplicações.

Ramal: Ramo, ramificação, divisão, cada uma das ramificações internas de


uma rede.

Redes: Canalização de água, esgoto, gás, etc; qualquer estrutura que por sua
disposição, lembre um sistema interligado.

Tubos: Canal cilíndrico, por onde passam ou saem fluidos ou gases.

Tubulação: Conduto forçado, constituído de tubos de tamanhos padronizados


colocados em série, destinado ao transporte de fluidos.

União(ões): Peças que tem como objetivo ligar dois outros objetos. Ex.: ligar dois
tubos.

164 SENAI-RJ
Curso de Soldador de Polietileno – Referências Bibliográficas

Referências
Referências Bibliográficas

ABNT NBR 10004:20014 - Resíduos sólidos – Classificação


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Part 1 : general. Brussels, 1996. 15 p. tab.
CEN. EN 1555-2/96 : Plastics piping systems for the supply of gaseous fuels - polyethylene (PE).
Part 2 : pipes. Brussels, 1996. 18 p. tab.
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CEN. EN 1555-4/96 : Plastics piping sustems for the supply of gaseous fuels- polyethylene. Part
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CEN. EN 1555-5/96 : Plastics piping systems for the supply of gaseous fuels-polyethylene (PE).
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Part 7 : assessment of conformity. Brussels, 1996. 33 p. tab.
ESAULENKO, Galina, KONDRATENKO, Vladimir, BEZRUK, Leonid. Study of strength
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Manual de Formação de Supervisores de Obras de Polietileno.
GASNATURAL: Dir.Téc./Dir.Rec.Humanos. - Baseado: Manual de PE da SEDIGAS - 22/07/97.
MONTEIRO, Nuno Miguel Bandarrinha. Metodologia para integração de sistemas de gestão de
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SINDUSCON CE. Manual sobre os Resíduos Sólidos da Construção Civil do Ceará. Fortaleza,
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Vídeos:

DIT - Departamento de Informação Técnológica


REDES de polietileno para gás. [S.l.}, Tigregas, 1996.
(Vídeo) Apresenta uma serie de tipos de tubos TIGRE destinados às mais diversas aplicabilidades,
ressaltando, principalmente, o uso e as vantagens dos tubos de polietileno.

Sites e Portais
Associação Brasileiras de Tubos Poliefínicos e Sistemas – ABPE. Manual de boas práticas. http://
www.abpebrasil.com.br/. Acessado em 16-10-2015.
Qualificação de instalador, inspetor, soldador e solda de topo por termofusão e de eletrofusão:
http://www.abpebrasil.com.br/cartilha/3_1.pdf. Acessado em 28-09-2015.

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Curso de Soldador de Polietileno – Referências Bibliográficas

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30-09-2015.
Procedimentos De Solda De Eletrofusão: http://www.abpebrasil.com.br/cartilha/4_7.pdf.
Acessado em 28-09-2015
ASTETE, Martin Wells. Radiações Não Ionizantes. http://www.higieneocupacional.com.br/
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EDP Gás Distribuição - Soldadura de tubagens de polietileno: http://www.edpgasdistribuicao.
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Site da Soldagem: http://www.sitedasoldagem.com.br/. Acessado em 05-10-2015.
História do Plástico: http://www.nossofuturoroubado.com.br/arquivos/julho_09/historia_
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História da Qualidade: Info Escola: http://www.infoescola.com/administracao_/historia-da-
qualidade/. Acessado em 28-09-2015.
BRASKEN. FISPQ de Polietileno: http://www.bebsolucoesambientais.com.br/downloads/
informacao_materia_prima_pead.pdf. Acessado em 05-10-2015.
Mundo Educação: http://www.mundoeducacao.com/fisica/radiacao-ultravioleta-uv.htm.
Acessado em 30-10-2015.
G1 Olhar sustentável. Preocupação com descarte correto de resíduos sólidos aumenta no Brasil.
18/07/2013 17h18 - Atualizado em 18/07/2013 17h30: http://g1.globo.com/especial-patrocinado/
olhar-sustentavel/noticia/2013/07/preocupacao-com-descarte-correto-de-residuos-solidos-
aumenta-no-brasil.html. Acessado em 30-10-2015.

http://www.alphanet.com.br/termotec
Fabricação e comercialização de Compostos Termoplásticos (Polímeros). Serviços de tingimen-
to e aditivação/incorporação em Poliamida 6 e 6.6, Polipropileno, ABS, Policarbonato, Poliace-
tal, Poliestireno, Polietileno, com a adição de FV (fibra de vidro), ME (microesfera de vidro) etc.

http://www.ipq.com.br/
Empresa petroquímica de segunda geração da América Latina. Maior produtora de PEAD - Po-
lietileno de Alta Densidade, que é a matéria-prima do plástico.

http://www.stanplast.joi.com.br
Indústria de plásticos. Empresa com tecnologia qualificada na fabricação de peças em polietile-
no.

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