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REVESTIDO
SENAI-RJ • Metalurgia
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
ELETRODO
REVESTIDO
SENAI-RJ
Rio de Janeiro
2009
Eletrodo Revestido
2009 - 2ª ed. revista
SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação
FICHA TÉCNICA
SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que,
desse momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional
do país: o SENAI. Há mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação
voltada para o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional
de jovens e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar
com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio
do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia,
proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas
de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis
flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o
comprometimento com os resultados.
Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá
de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessi-
dade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos
essenciais à autoaprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação
se organizem de forma flexível e ágil, motivo esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura
educacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo
uma formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade
à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infraestrutura necessária a seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação
dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!
1
SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO ....................................................... 17
Condições de trabalho .................................................................................. 19
Equipamentos de proteção individual (EPI) ............................................ 19
Cuidados com o circuito de soldagem ...................................................... 22
Riscos elétricos ................................................................................................ 23
Perigos do arco elétrico ................................................................................ 26
Ambientes de risco para a soldagem ........................................................ 30
Gases técnicos nos processos de soldagem................................................ 33
Organização do posto de soldagem .......................................................... 39
Primeiros socorros ......................................................................................... 40
Praticando ........................................................................................................ 41
3
ELETROTÉCNICA BÁSICA........................................................................................... 67
Introdução ....................................................................................................... 69
Circuitos............................................................................................................ 69
Correntes elétricas ......................................................................................... 71
Curvas características ................................................................................... 73
Tensão de circuito de soldagem ................................................................. 76
Comprimento do arco elétrico .................................................................... 77
Praticando ........................................................................................................ 78
4
EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM............................................................... 81
Descrição dos equipamentos ...................................................................... 83
Fontes de corrente para soldagem ............................................................ 83
Tipos de ciclos de trabalho .......................................................................... 90
Exigências para acessórios de soldagem ................................................. 92
Manutenção de equipamentos e acessórios .......................................... 95
Praticando ........................................................................................................ 97
5
METAIS DE BASE E CONSUMÍVEIS ................................................................. 101
Introdução ....................................................................................................... 103
Considerações sobre a soldabilidade dos aços-carbono ...................... 103
Eletrodos revestidos ...................................................................................... 105
Praticando ........................................................................................................ 112
6
DESCONTINUIDADE NA SOLDAGEM............................................................. 115
Problemas na soldagem ............................................................................... 117
Abertura e manutenção do arco elétrico ................................................. 117
Sopro magnético ............................................................................................ 119
Descontinuidades: possíveis causas .......................................................... 120
Praticando ........................................................................................................ 125
Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo
desafios renovados a cada dia, e tendo como consequência para a educação a necessidade de
encontrar novas e rápidas respostas.
Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem
atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-se
nessas novas demandas sociais.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação profis-
sional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender,
favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos,
ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
Este curso de Eletrodo Revestido é, portanto, uma das ofertas do SENAI/RJ para os profis-
sionais que desejam adquirir novos conhecimentos e se manter atualizados, a fim de enfrentar
um mercado de trabalho sempre competitivo e obter êxito.
Para realizar seus estudos, você vai contar sempre com o apoio de professores qualifi-
cados na área de processos de soldagem e também deste material didático. Nele constam
os conteúdos básicos que serão discutidos ao longo do Curso, organizados em seis seções de
estudos, de modo a apresentar leitura agradável e de fácil assimilação. Ao final de cada seção,
você vai encontrar também uma série de atividades, ou seja, exercícios para que possa rever os
conteúdos estudados, saber o que já aprendeu, e tirar suas dúvidas com o professor. Portanto,
a leitura frequente e atenta do material pode ajudar em sua aprendizagem.
Agora, é só começar. Organize sua rotina de estudo para evitar que outros compromissos
venham a atrapalhar sua presença nas aulas e a leitura do material.
Desejamos sucesso no Curso e também na vida profissional.
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Eletrodo Revestido – Uma palavra inicial
Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que é que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a
relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no
trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e ser-
viços necessários, e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades,
precisam usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito frequente-
mente decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente,
de como produz.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos
sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de
volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir
bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos
naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velo-
cidade da extração, superior à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer
planos de curto e longo prazo para diminuir os impactos que o processo produtivo causa na
natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem e
ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que vive ao seu redor.
Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o
problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é
bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande
região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando
difícil localizar, com precisão, a origem do problema. No entanto, é importante repetir que,
quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento
em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio ambiente.
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Eletrodo Revestido – Uma palavra inicial
14 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Uma palavra inicial
SENAI-RJ 15
Segurança e higiene
no trabalho
Nesta seção...
Condições de trabalho
Riscos elétricos
Primeiros socorros
Praticando
1
18 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Condições de trabalho
Todo profissional envolvido nos trabalhos de soldagem deve estar consciente das ativi-
dades que precisa desempenhar como um todo e, também, conhecer os riscos decorrentes da
utilização dos equipamentos manuseados para a execução dessas atividades.
É indispensável, ainda, que esse profissional se preocupe em adotar medidas de segurança
e higiene capazes de minimizar acidentes, e que vão permitir o desempenho de seu trabalho
de forma segura e eficaz.
Por isso, vamos apresentar, nesta seção, uma série de conteúdos relacionados aos perigos
envolvidos na soldagem, descrevendo as principais medidas de segurança e saúde a serem
adotadas para prevenir acidentes e o que deve ser feito caso esses acidentes ocorram.
Equipamentos de proteção
individual (EPI)
Antes de iniciar os estudos relativos aos riscos de trabalho de soldagem e às medidas a
serem observadas, consideramos importante você conhecer os equipamentos de proteção
individual (EPI) que devem ser usados no desempenho de suas atividades.
Analise, então, a figura que mostra o equipamento próprio de um soldador, procurando
identificar cada uma de suas partes com o auxílio da legenda.
SENAI-RJ 19
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
7 7
1
6
4 Legenda
1 Avental de raspa de couro
2 Manga de raspa de couro
3 Luvas de raspa de couro
4 Polainas de couro
5 5 Sapatos de segurança
6 Touca de proteção
7 Máscara de solda
8 Óculos de segurança
Fig. 1 9 Gola de raspa de couro
O protetor auricular deve ser usado para proteção contra ruídos, quando
estes estão acima de 90dB (decibéis). Esse protetor pode ser em forma de
cápsula ou em algodão.
Vejamos, agora, alguns aspectos importantes relativos à máscara de solda e aos óculos de
segurança, especificamente.
20 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Máscara de solda
Fig. 2
Essa máscara é possível somente para soldagem com eletrodo revestido ou MIG-MAG.
Ela tem um filtro de proteção que é caracterizado por letras e números, como, por exemplo:
filtro 12 A 1 DIN.
Óculos de segurança
Nos casos em que os óculos são utilizados para corte oxiacetilênico, deve-se observar o
número do filtro.
Com vidro normal, os óculos também servem para esmerilhamento.
As diferentes peças do equipamento de proteção individual do soldador têm funções
específicas, como mostra o quadro. Observe.
SENAI-RJ 21
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Legenda
1 Mancal
2 Mancal, cabo de aço,
cabo terra do motor
3
3 Cabo de aço, roldana
4 4 Cabo de aço, corrente
4
Fig. 3
22 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Riscos elétricos
A intensidade de corrente elétrica que atravessa o corpo humano e a duração da descarga
determinam o tipo de acidente que ela acarreta e que pode ser:
• choque elétrico;
• morte por fibrilação;
• parada cardíaca;
• queimaduras e ferimentos.
2
4
1 7
3 Legenda
1 Cabo de solda defeituoso
3 2 Porta-eletrodo defeituoso
6
3 Ligação do cabo-obra
4 Eletrodo
5 Peça
Fig. 4
6 Mesa de soldagem
7 Ligação na rede defeituosa
SENAI-RJ 23
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
No circuito de soldagem, determinadas partes que são submetidas à tensão e que, por
razões técnicas, não podem ser isoladas acabam se constituindo em situações de perigo. Dessa
forma, o soldador deve ficar bem atento para evitar incorporar o circuito elétrico, acidentando-se
seriamente.
24 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Quadro 2
SENAI-RJ 25
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Perigos de radiação
O arco elétrico emite radiações visíveis e invisíveis, como as radiações infravermelhas e
ultravioleta, que são perigosas para o homem. Todas elas podem causar queimaduras na pele
e danos para os olhos, com prejuízos para a visão, como você pode ver neste esquema.
Fig. 6
26 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Os olhos devem ser cuidadosamente protegidos contra os efeitos danosos do arco elétrico,
com o uso de filtros de proteção, conforme estabelecido pela norma DIN 4647.
Os filtros de proteção utilizados na soldagem a arco elétrico têm os níveis de caracterização
de segurança determinados pela seguinte escala:
8 9 10 11 12
Claro Escuro
Os filtros de proteção para soldagem a arco elétrico são referidos por um conjunto
de letras e números, cada qual indicando uma propriedade diferente.
Veja, por exemplo, o que indica cada um dos elementos que compõem a referência
do filtro 10 A 1DIN.
10 A 1 DIN
Nível de segurança
Símbolo do fabricante
Qualidade ótica
Norma
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Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Quadro 3
CORTE OXIACETILÊNICO
A regra básica para escolher um filtro de proteção é começar com um que seja
muito escuro, para se ver a zona de solda. Em seguida, experimentar filtros
mais claros, até que você consiga ver suficientemente a zona de solda, mas que
não seja abaixo do mínimo.
Na soldagem e corte oxiacetilênico, a chama produz uma luz amarelada de alta
intensidade, sendo desejável usar filtros que absorvam este tipo de radiação.
(Dados obtidos na Norma ANSI/ASC Z49.1/88).
28 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Substâncias poluentes
As elevadas temperaturas na região do arco elétrico ocasionam a queima e a volatilização
de certa quantidade do consumível, fluxo e camadas protetoras do metal de base, os quais
podem conter substâncias poluentes, como mostra o esquema.
Gases
não tóxico enjoo e náuseas
Fumaças
tóxico enjoo e
envenenamento
Vapores
Fig. 7
SENAI-RJ 29
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Tanque
de óleo
Pano de limpeza
Fig. 8
30 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Devido aos possíveis riscos destacados na figura, a realização da soldagem nesses ambien-
tes fechados necessita de uma série de cuidados especiais, como mostra esta outra figura.
Local de soldagem
Tanque
de óleo
Areia
Fig. 9
Agora, compare esta figura com a anterior, procurando identificar os cuidados adotados
nestes ambientes. Perceba, por exemplo, o que foi feito com o tapete, as portas, as aberturas
nas paredes, o óleo do chão etc.
Concluímos, assim, que algumas medidas de prevenção devem ser adotadas antes e du-
rante os trabalhos de soldagem.
SENAI-RJ 31
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Ventilação
Exaustor
Filtro
Fig. 10
32 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Antes do trabalho
• Instalar a exaustão; preparar o piso isolante; posicionar a fonte de corrente elétrica fora
do local de trabalho.
• Usar iluminação e máquinas elétricas de, no máximo, 42V.
Durante o trabalho
• Renovar o ar, procurando trabalhar sempre sob permanente atenção.
• Afastar o maçarico e a mangueira; acender o maçarico.
Após o trabalho
• Afastar os equipamentos de solda.
Gases técnicos
Você pode ver, no quadro que se segue, vários tipos de gases que são empregados nos
processos de soldagem e corte. Analise-o cuidadosamente, em especial nas linhas referentes
a consumo, emprego e riscos desses gases.
SENAI-RJ 33
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Peso em Mais pesado Mais leve Mais leve Mais pesado Mais pesado Mais leve Mais pesado
relação ao ar
Riscos O aumento da Explosivo em Asfixia devido Asfixia devido Asfixia devido Asfixia devido Explosivo
quantidade no quantidades ao desloca- ao desloca- ao desloca- ao desloca- entre 2,12% e
ar aumenta a acima de mento do ar mento do ar mento do ar mento do ar 9,39% de vol.
velocidade de 2,4% de vol. puro puro puro puro: combus- no ar
queima em ar tível acima de Asfixia devido
Proibida a 10 vol. de H2 ao desloca-
presença mento do ar
de óleo e de puro
gordura
Quadro 6
34 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
OXIGÊNIO ACETILENO
Óleo ou graxa; superaquecimento do Queima de acetileno na válvula ou no
cilindro; junta de vedação inadequada regulador
Causa (derivada de couro) em contato com Superaquecimento externo
pressão e oxigênio; retenção de calor
devido à abertura muito rápida do
cilindro
Fig. 11
SENAI-RJ 35
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Fig. 12
Fig. 13
Fig. 14
36 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Fig. 15
Fig. 16
Verificação de vazamentos
Fig. 17
SENAI-RJ 37
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Fig. 18
Fig. 19
Fig. 20
38 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Legenda
2 1 Fixador regulável
2 Exaustão
3 Bancada de solda
4 Paredes de proteção
5 Ferramentas (tenaz de
4 ferreiro, escova de aço e
picadeira)
6 Banco
7 Local de fixação do
8 cabo-obra
3
1 8 Cortina
7
6
Fig. 21
SENAI-RJ 39
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Primeiros socorros
Os primeiros socorros são geralmente prestados ao soldador no próprio local de seu tra-
balho. Mas é importante você saber que esse atendimento imediato não substitui os cuidados
médicos. Assim, logo após os primeiros socorros, e tão logo seja possível, devem ser tomadas
providências para que o trabalhador seja assistido por um médico.
Vejamos, então, alguns casos em que é possível adotar medidas imediatas no próprio local
do acidente e que medidas são essas.
Ferimentos
• Desinfetar e cobrir a ferida. No caso de sangramento forte, pressionar a atadura contra
o ferimento. Não remover os feridos.
Olhos
• No caso de cegueira momentânea, utilizar o colírio adequado.
• Nas lesões, deve-se cobrir ambos os olhos.
• Em situações de ataque por ácido, lavar com muita água e não utilizar água boricada.
Queimaduras
• Lavar a parte afetada com água fria até que a dor passe. Utilizar material esterilizado
para atar a ferida. Não utilizar cremes contra queimaduras.
40 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
Praticando
Em cada item que segue, assinale com um X a alternativa que responde corretamente à
pergunta.
( ) Exaustão.
( ) Oxigênio.
( ) Ar comprimido.
SENAI-RJ 41
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho
( ) Casaco de proteção.
( ) Uniforme normal.
( ) Nº 5.
( ) Nº 4.
( ) Nº 12.
6. Por que o soldador a arco elétrico deve utilizar, durante a soldagem, luvas sem partes
metálicas?
( ) Para proteger a pele contra raios e respingos.
( ) Raios X.
( ) Raios luminosos.
( ) Infravermelho.
42 SENAI-RJ
Aspectos introdutórios
à soldagem
Nesta seção...
Terminologia de soldagem
Simbologia de soldagem
2
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Soldagem a gás
Efeito térmico
Fig. 1
SENAI-RJ 45
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Eletrodo revestido
Eletrodo
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
46 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
1
2
3 5
4
7 8
Legenda 10
1 Ligação da rede
2 Fonte de corrente
3 Cabo de solda (eletrodo)
11
4 Cabo-obra (peça) 14
5 Porta-eletrodo
13 15
12
6 Eletrodo
7 Grampo de cabo-obra
8 Peça
9 Arco elétrico
10 Alma do eletrodo
11 Revestimento do eletrodo
12 Transferência do metal de solda
13 Atmosfera protetora gasosa proveniente
8
9 16 17
do revestimento do eletrodo
14 Escória líquida
15 Escória sólida
16 Zona de fusão no estado líquido
17 Zona de fusão solidificada Fig. 5
SENAI-RJ 47
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Terminologia de soldagem
Nos itens que se seguem você vai encontrar a terminologia normalmente empregada nos
serviços de soldagem em relação aos tipos de juntas, aos tipos de chanfros para juntas de topo
e às posições de soldagem.
Conheça essa terminologia e analise a figura correspondente a cada uma delas.
Junta de topo
Fig. 6
Junta de ângulo em L
Fig. 7
48 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Junta de ângulo em T
Fig. 8
Junta sobreposta
Fig. 9
Junta de aresta
0º – 30º
Fig. 10
Fig. 11
SENAI-RJ 49
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Fig. 12 Fig. 13
Fig. 14 Fig. 15
Fig. 16 Fig. 17
Fig. 18 Fig. 19
50 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
· Posição plana
1F 1G
Fig. 20 Fig. 21
· Posição horizontal
2F 2G
Fig. 22 Fig. 23
· Posição vertical
3F 3G
Fig. 24 Fig. 25
SENAI-RJ 51
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
· Posição sobrecabeça
4F 4G
Fig. 26 Fig. 27
5F 5G
Fig. 28 Fig. 29
6G
Fig. 30
52 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Simbologia de soldagem
É uma forma de representar, no próprio desenho do equipamento, dados específicos de
soldagem.
A simbologia da soldagem tem por finalidade, dentre outras coisas, facilitar ao inspetor
de Ensaios Não Destrutivos (END) a localização, no equipamento, da região a ser examinada
e o conhecimento de alguns dados sobre a geometria da junta.
Observe os seguintes símbolos:
Vamos examinar, agora, as partes dos símbolos de soldagem que você necessita conhecer.
SENAI-RJ 53
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Exemplos:
54 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Lado Lado
Lado B A
B Lado
A
Lado Lado
B A
Lado Lado
B A
Lado Lado
A A Lado Lado
B A
SENAI-RJ 55
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Lado Lado
Lado B A Lado
A A Lado Lado
B A
Quando a representação gráfica se apresenta com a seta quebrada, é preciso observar que
a parte apontada pela seta deve ser obrigatoriamente biselada. E, consequentemente, a outra
parte possuirá chanfro reto.
Lado Lado
Lado Lado
B A
A A
Lado Lado
B A
56 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
SENAI-RJ 57
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
58 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Chanfro em V e X
No caso de juntas com chanfros simples (V) ou chanfro duplo (X), a falta de indicação da
profundidade do chanfro significa que a solda deve ter penetração total.
Chanfro em meio V e K
SENAI-RJ 59
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Chanfro em U e duplo U
Chanfro em J e duplo J
60 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Exemplo 1
Exemplo 2
Por esta representação, concluímos que o membro A do conjunto deverá ser, obrigatoria-
mente, chanfrado.
SENAI-RJ 61
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Exemplo 3
Neste exemplo não há obrigatoriedade de que o chanfro seja na parte B. Poderia ser na
parte A, pois a seta não é quebrada.
Exemplo 4
EPS 29 A
A
R
No lugar onde aparece a letra R, deve ser colocado o número, em milímetros, que indica
a abertura da raiz. Então, R representa a abertura da raiz.
No lugar onde aparece a letra A, deve ser colocado o número, em graus, que indica o ân-
gulo do chanfro.
62 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
3
3
60º
Solda com ângulo
60º de 60º
60º
Solda com abertura
de raiz de
2mm e de ângulos
2 de 60º e 45º
60º
45º 2
2
45º
S
E
SENAI-RJ 63
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Exemplo 1
5 (8)
Exemplo 2
10 8
64 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
Obs.: Para soldas com pernas desiguais, as dimensões devem ser indicadas do lado es-
querdo do símbolo e entre parênteses, conforme figura a seguir. A orientação da solda deve ser
mostrada no desenho, quando necessária.
SENAI-RJ 65
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem
(6x8)
6 (6x8)
66 SENAI-RJ
Eletrotécnica básica
Nesta seção...
Introdução
Circuitos
Correntes elétricas
Curvas características
Praticando
3
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Introdução
O profissional de soldagem não precisa ter conhecimentos profundos de eletrotécnica,
porém é fundamental que compreenda alguns conceitos básicos dessa área, a fim de poder
manusear os equipamentos de soldagem com eletrodo revestido de forma correta e com se-
gurança.
Esta seção apresenta os termos técnicos indispensáveis à compreensão da eletrotécnica
aplicada à soldagem manual a arco elétrico com eletrodo revestido e os tipos de corrente de
alimentação da rede, bem como as curvas características do arco elétrico.
Circuitos
Com base na comparação entre as Figuras 1 e 2, bem como nas informações contidas
no quadro a seguir apresentado, é possível ter uma visão clara acerca do funcionamento dos
circuitos elétricos e hidráulicos. Vamos conferir?
A bomba produz
A fonte de
pressão
corrente elétrica
produz tensão
Volume circulante
Resistência
Fig. 1 Fig. 2
SENAI-RJ 69
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Grandeza
Símbolo Unidade
Hidráulica Elétrica
Quadro 1
Dando continuidade ao nosso estudo sobre circuito, apresentamos a seguir uma síntese
de suas principais características, especialmente aquelas relacionadas à tensão, à corrente e
à resistência.
Circuito elétrico
No circuito elétrico, a força motriz da corrente elétrica é obtida sob a forma de tensão (V),
por meio da fonte de corrente elétrica, em volt (V).
A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons no condutor elétrico. A intensidade
de corrente I, em ampere (A), é equivalente ao número de elétrons que passa por um condutor
em um dado intervalo de tempo. Ela cresce com o aumento de tensão.
A resistência elétrica (R), em ohm, é obtida por meio de um condutor elétrico com baixo
valor de condutividade elétrica, como é o caso do arco elétrico.
Todos os tipos de resistência elétrica provocam queda na intensidade de corrente.
Circuito de soldagem
O arco elétrico é a principal resistência nesse tipo de circuito, determinando os valores da
corrente de soldagem e da tensão do arco elétrico.
Nos cabos de solda encontram-se resistências de valores muito pequenos.
70 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Circuito hidráulico
A força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de pressão da bomba. O volume
circulante é o fluxo no tubo condutor. Ele cresce com o aumento da pressão.
O estreitamento obtido por meio de um registro de água e todas as outras resistências
relativas à tubulação reduzem o fluxo de água, aumentando a pressão.
Correntes elétricas
Será que toda corrente elétrica flui no mesmo sentido e possui força igual?
Nos itens que seguem você vai encontrar informações que ajudam a esclarecer essa per-
gunta. Siga em frente!
Tipos de corrente
Agora, analise três tipos de correntes apresentados, para conhecer suas principais carac-
terísticas e uso mais frequente.
SENAI-RJ 71
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Princípio de funcionamento
CORRENTE ALTERNADA
Tensão em volt
Tempo
Gráfico 1
Ondulação
grande
Tempo
Gráfico 2
72 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Tensão em volt
Tempo
Gráfico 3
Tensão em volt
Ondulação
Tempo pequena
Gráfico 4
Curvas características
Tanto o arco elétrico como as fontes de corrente apresentam curvas características, cujas
propriedades serão explicadas através de exemplo e gráficos. Confira!
Arco elétrico
Observe a Lei de Ohm, ou seja:
V = R•I ou V
R I
SENAI-RJ 73
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Esse mesmo exemplo pode ser também representado por um diagrama V • I, conforme
o gráfico a seguir.
V em volt
Linha representativa
da resistência
I em ampere
Gráfico 5
Fontes de corrente
São de dois tipos: tombante e de tensão constante. Vejamos como se apresentam.
74 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
V em volt
arco longo
V arco curto
I em ampere
I
Gráfico 6
Esse tipo de curva apresenta a seguinte vantagem: tanto para arcos curtos quanto
para longos, a variação da intensidade da corrente é pequena.
V em volt
V arco curto
I em ampere
I
Gráfico 7
SENAI-RJ 75
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
CIRCUITO ABERTO
CURTO-CIRCUITO
(momento de abertura do arco)
DURANTE A SOLDAGEM
76 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
SENAI-RJ 77
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
Praticando
Assinale com um X a alternativa correta em cada uma das questões apresentadas a seguir.
( ) V= R
I
( ) I = V
R
( ) R =V . I
78 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica
3. Que tipo de curva característica de fonte de corrente tem a máquina para soldar com
eletrodo revestido?
( ) Curva ascendente
( ) Curva tombante
( ) Curva constante
( ) Curva plana
6. Na soldagem em posições difíceis, deve-se usar arco curto. Neste caso, qual a conse-
quência na tensão de arco?
( ) A tensão diminui.
( ) A tensão não se modifica.
( ) A tensão aumenta.
( ) A tensão é igual a zero.
SENAI-RJ 79
Equipamentos para soldagem
Nesta seção...
Praticando
4
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
SENAI-RJ 83
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Agora, conheça as características gerais requeridas por uma fonte de corrente para sol-
dagem:
• Tensão de soldagem baixa (aproximadamente de 10V a 40V).
• Corrente de soldagem alta (aproximadamente de 30V a 450A).
• Corrente de soldagem regulável.
• Proteção contra curto-circuito.
• Pequena instabilidade da corrente elétrica e do arco durante a soldagem.
Nos itens a seguir você vai conhecer, de forma detalhada, cada um dos equipamentos
citados.
Transformador
Princípios de funcionamento
Veja, na figura a seguir, os componentes dessa fonte de corrente.
I1 I2
L1
V1 V2
(Circuito da rede) (Circuito de soldagem)
Bobina secundária
L2
Ferro
Bobina primária
Fig. 1
84 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
• Símbolo do equipamento: .
Regulagem
A regulagem da corrente de soldagem pode ser realizada tanto pelo interruptor gradual
quanto por meio do núcleo de dispersão, conforme você pode verificar através das figuras
apresentadas a seguir.
Interruptor gradual
É por meio desse interruptor que se altera o número de espiras no primário. Dessa forma,
a relação entre o primário e o secundário acaba se modificando também. Observe na figura
a seguir.
I1 Interruptor I2
gradual I
V2
V1 (Circuito de soldagem)
(Circuito da rede)
II
Ferro
Bobina secundária
Bobina primária
Campo magnético pulsante
Fig. 2
SENAI-RJ 85
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Núcleo de dispersão
Mediante o movimento desse núcleo, seja para dentro ou para fora, altera-se o fluxo mag-
nético no secundário para mais ou para menos. Confira a regulagem na figura seguinte.
I1 I2
V2
V1
(Circuito de soldagem)
(Circuito da rede)
Fig. 3
Eletricista Soldador
Ligação
Observe na figura ao lado as
Transformador de solda
indicações para efetuar a ligação cor- sem partes rotativas
reta do transformador de solda, sem
partes rotativas, tanto pelo eletricista
quanto pelo soldador.
Fig. 4
86 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Em casos de maior risco elétrico, você deve utilizar transformadores com tensão em
vazio de 42V, independentemente da potência de trabalho do equipamento.
Retificador
Princípio de funcionamento
Os componentes dos equipamentos são apresentados na Figura 5. Nela, você pode obser-
var que o elemento retificador (diodo) possibilita a passagem da corrente elétrica somente em
uma direção e pode ser compreendido como uma válvula elétrica de retenção. Confira!
L1 L2 L3
Bobina
primária
Diodo
Bobina secundária
RETIFICADOR COM
VENTILAÇÃO
TRANSFORMADOR
Fig. 5
• O símbolo do equipamento é .
SENAI-RJ 87
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Ligação
O retificador de solda se apresenta, quase sempre, com ventilação interna e fendas para
ventilação na carcaça. Agora, observe, na figura seguinte, as indicações para efetuar a ligação
correta do equipamento, tanto pelo eletricista quanto pelo soldador.
eletricista soldador
Fig. 6
Gerador
Princípio de funcionamento
Nesse equipamento, além de motor elétrico, podem ser utilizados motores a gasolina, a
diesel ou a álcool.
A figura a seguir mostra os componentes do gerador. Analise-a com atenção e observe que,
para pôr o gerador em funcionamento, a chave estrela-triângulo possui dois estágios:
• inicialmente, devemos ligar o primeiro estágio e esperar o motor estabilizar a rotação; e
• somente depois ligamos o segundo estágio.
88 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Ligação estrela-triângulo
Rotor
Coletor
Estator
Escova de carvão
Motor Gerador
Induzido
Ventilador
Fig. 7
• O símbolo do equipamento é M G .
Controle
Rede DC
Fig. 8
SENAI-RJ 89
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
A essa altura, você deve ter observado que o uso das fontes de corrente implica riscos,
perigos, e deve ser feito com muita responsabilidade, para evitar acidentes.
Por isso, você precisa estar sempre alerta e tomar os cuidados necessários no que se refere:
• à tensão da rede;
• aos fusíveis, em caso de altas amperagens; e
• ao acoplamento das tomadas.
270
Arco aberto
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 min
Fig. 9
90 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
A
350
Pausa
Pausa
Pausa
Arco aberto
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 min
ciclo ciclo
Fig. 10
425
Arco
Pausa
Pausa
Pausa
aberto
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 min
ciclo ciclo
Fig. 11
SENAI-RJ 91
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Fig. 12
Fig. 13
Fig. 14
Fig. 15
92 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Alavanca Mandíbula
isoladora
Fig. 16
Fig. 17
SENAI-RJ 93
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Fig. 18
Agora, analise a figura seguinte, que trata da seção transversal em cobre e diâmetro externo
de um cabo de solda.
Fig. 19
94 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Manutenção de equipamentos e
acessórios
Em geral, equipamentos e acessórios para soldagem necessitam de cuidados constantes,
tanto da parte do eletricista quanto do soldador, a fim de mantê-los em perfeito estado de
funcionamento e, assim, garantir um trabalho de qualidade. Nos quadros a seguir, você vai
conhecer o que compete a esses profissionais, em relação aos itens anunciados.
SENAI-RJ 95
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Gerador de solda
ELETRICISTA SOLDADOR
96 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
Finalmente, para encerrar este bloco sobre equipamentos para soldagem, vamos apre-
sentar um quadro-resumo contendo características importantes das máquinas utilizadas pelo
soldador. Além de sistematizar os conteúdos estudados, ele dá algumas dicas interessantes para
você realizar o trabalho. Confira!
Praticando
Assinale com um X a alternativa correta em cada uma das questões apresentadas a seguir.
1. Em qual dos ciclos de trabalho de soldagem a seguir relacionados devem ser usadas
menores correntes de soldagem?
( ) 15%.
( ) 35%.
( ) 60%.
( ) 100%.
SENAI-RJ 97
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
( ) Movimentando-se os coletores.
( ) Com hidrogênio.
( ) Com acetileno.
6. Que característica precisa ter, normalmente, uma fonte de corrente para soldagem?
( ) Baixa corrente de soldagem e alta tensão de soldagem.
98 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem
( ) Transformador.
( ) Regulador magnético.
( ) Coletor.
SENAI-RJ 99
Metais de base e consumíveis
Nesta seção...
Introdução
Eletrodos revestidos
Praticando
5
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
Introdução
O carbono é um dos elementos de liga mais significativos. Ele é capaz de propiciar vários
efeitos no processo de soldagem, tais como dureza, sensibilidade às trincas sob cordão e outros
igualmente importantes. Por essa razão, você necessita conhecer muito bem a respeito tanto
da soldabilidade dos aços-carbono comuns e de baixa liga quanto das funções do revestimento
nos eletrodos.
São esses os principais assuntos que vamos tratar nesta seção. Portanto, siga em frente.
No gráfico a seguir, você pode observar a relação entre o teor de carbono e a dureza máxima
dos aços, expressa em porcentagem.
SENAI-RJ 103
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
70
60
50
40
30
20
10
Gráfico 1
Carbono equivalente
Embora o carbono, no aço, seja o elemento de liga mais significativo em relação à sol-
dabilidade, os efeitos de outros elementos de liga podem ser estimados por meio do valor de
carbono equivalente (CE), onde o efeito da quantidade total de elementos de liga pode ser
expressado por meio do seguinte cálculo:
%Mn + %Si
CE = %C +
4
Agora, observe o gráfico a seguir para conhecer as relações entre CE e dureza, sensibilidade
às trincas sob cordão ou soldabilidade baseada na capacidade de dobramento do material.
104 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
Gráfico 2
Eletrodos revestidos
Neste item você vai conhecer como são classificados, por meio de normas, os eletrodos
revestidos para soldagem de aços-carbono comuns e de baixa liga, bem como as principais
funções do revestimento, os efeitos decorrentes de sua espessura e como calcular o rendimento
em porcentagem.
Classificação
Aços-carbono comuns
Nesse caso, os eletrodos revestidos devem atender à Norma AWS A5.1-91, conforme de-
monstra a Figura 1 que explica a nomenclatura do eletrodo E 7018.
SENAI-RJ 105
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
Processo de soldagem
Resistência mecânica do
material (103 psi)
E
18
70
Posição de soldagem
Tipo de revestimento
Tipo de corrente e polaridade
Fig. 1
Essa mesma norma classifica os eletrodos de acordo com o quadro a seguir. Analise-o
com atenção.
Legenda:
• As abreviações indicam as seguintes posições de soldagem:
F (Flat) = Plana
H (Horizontal) = Horizontal
H - Fillet = Horizontal de filete
V (Vertical) = Vertical
OH (Over head) = Sobrecabeça
106 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
Processo de soldagem
Resistência mecânica do
material (103psi)
E 80 18 B1
Posição de soldagem
Tipo de revestimento
Tipo de corrente e polaridade
Elemento de liga
Fig. 2
Agora, conheça os elementos de liga apresentados por essa mesma norma, no quadro a
seguir.
Quadro 2
SENAI-RJ 107
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
Funções do revestimento
Compare as figuras apresentadas (eletrodos nu e revestido) para compreender, mais fa-
cilmente, as funções do revestimento relacionadas a seguir.
Eletrodo nu Eletrodo
revestido
Fig. 3
Eletrodo nu Eletrodo
revestido
Escória
Atmosfera
protetora
Fig. 4
108 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
porém <
= 1,55 • d
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
• Aparência do cordão
Fig. 8
SENAI-RJ 109
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
• Penetração
Fig. 9
Fig. 10
Fig. 11
110 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
As recomendações dos fabricantes devem sempre ser seguidas. Para tal existe literatura
abundante e disponível.
Os formulários para o controle dos consumíveis devem ser elaborados e devem fazer parte
do manual de fabricação do equipamento.
SENAI-RJ 111
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
Praticando
Assinale com um X a alternativa correta em cada uma das questões apresentadas a seguir.
1. Qual o valor limite do teor de carbono para uma boa soldabilidade do aço-carbono?
( ) 0,11%.
( ) 0,22%.
( ) 0,6%.
( ) 2,6%.
2. Qual a condição que pode provocar um aumento de dureza na margem do cordão de solda?
( ) Teor de carbono do metal de base menor que 0,22%.
( ) Preaquecimento da peça.
( ) 22.
( ) 12.
( ) 60.
( ) Resistência mecânica.
( ) Grau de deformação.
112 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis
5. Qual o dígito que representa a resistência mecânica na classificação do eletrodo AWS E 7018?
( ) E - 7.
( ) 70.
( ) 01.
( ) 18.
6. Qual o tipo de revestimento que proporciona ao eletrodo uma alta taxa de rendimento?
( ) Revestimento contendo pó de ferro.
( ) Revestimento celulósico.
( ) Revestimento rutílico.
( ) Revestimento básico-celulósico.
( ) Grau de penetração.
( ) Elementos de liga.
( ) Processo de soldagem.
SENAI-RJ 113
Descontinuidade
na soldagem
Nesta seção...
Problemas na soldagem
Sopro magnético
Praticando
6
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Problemas na soldagem
Vários fatores costumam ocasionar descontinuidades na soldagem. Alguns deles você já
conhece, como limpeza inadequada da superfície da peça, uso de materiais de má soldabilidade
etc. Mas é preciso saber ainda mais sobre o assunto, pois somente assim será possível evitar
problemas dessa natureza no seu dia a dia de trabalho.
Agora, siga em frente e reflita, com o auxílio das figuras, sobre as condições de abertura e
manutenção do arco elétrico e, depois, analise as causas propriamente ditas de descontinui-
dades na soldagem.
Fig. 1
SENAI-RJ 117
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Fig. 2 Fig. 3
ERRADO
CERTO
Fig. 4 Fig. 5
118 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Fig. 6
Sopro magnético
O arco elétrico está, como todo condutor de corrente elétrica, submetido a um campo
magnético. Nos casos em que a distribuição homogênea do campo magnético é impedida, há
um desvio do arco elétrico.
Vejamos, a seguir, as causas mais frequentes do sopro magnético, especialmente no caso
de corrente contínua, bem como as medidas indicadas para evitá-lo.
Causas
Soldagem na extremidade da peça
Campo
magnético
Fig. 7
Fig. 8
SENAI-RJ 119
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Fig. 9
Medidas de prevenção
Para evitar o sopro magnético, você deve adotar as seguintes medidas:
• alterar a inclinação do eletrodo para a direção do sopro magnético.
• ligar o cabo-obra à extremidade da peça, ou trocar a ligação do cabo-obra para outra posição.
• pontear em diversos pontos.
• aquecer a peça, quando existir um membro da junta mais espesso do que o outro.
• utilizar corrente alternada, no lugar de corrente contínua.
Descontinuidades na soldagem
Para evitar problema dessa natureza, é preciso estar atento às causas a seguir relacionadas.
Possíveis causas
Mordeduras
Fig. 10
120 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Inclusão de escória
Poros
Observe nas figuras a seguir como os poros se apresentam ora alinhados, ora agrupados.
Alinhados
Agrupados
Fig. 12 Fig. 13
Trincas de cratera
Costumam ocorrer em virtude de:
• retirada brusca do eletrodo da poça de fusão ao terminar a soldagem;
• troca do eletrodo, especialmente com alta amperagem e voltagem.
Fig. 14
SENAI-RJ 121
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Trincas na raiz
Em geral, as trincas na raiz surgem em consequência de:
• material de má soldabilidade;
• resfriamento muito rápido, após a soldagem.
Fig. 15
Trincas longitudinais
Na figura, procure identificar os fatores a seguir relacionados:
• tensões transversais;
{
zona de ligação;
• localização zona fundida;
zona afetada termicamente;
metal de base.
Fig. 16
Trincas transversais
Observe, na figura, como as trincas transversais se apresentam, em função das causas
listadas a seguir:
• tensões longitudinais;
• localização
{ zona fundida;
zona afetada termicamente;
metal de base.
Fig. 17
122 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Falta de penetração
Sua ocorrência se deve a:
• amperagem muito baixa;
• penetração da escória entre os dois mem-
bros da junta na região da raiz, impedin-
do uma fusão completa do material.
Fig. 18
Falta de fusão
Em geral, decorre de:
• velocidade excessiva de soldagem;
• amperagem muito baixa;
• preparação inadequada da junta.
Fig. 21
SENAI-RJ 123
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Deposição insuficiente
Pode ser ocasionada por:
• ângulo de trabalho inadequado;
• velocidade excessiva de soldagem.
Fig. 22
Desalinhamento
O erro de montagem é, provavelmente, o responsável pelo desalinhamento que provoca
descontinuidade na soldagem.
Fig. 23
Embicamento
Ocorre em função de:
• falta de restrição;
• sequência errada de soldagem;
• número excessivo de passe.
Fig. 24
Reforço de solda
Compare as duas figuras a seguir para compreender melhor os fatores que ocasionam o
problema.
Fig. 25 Fig. 26
124 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
Sobreposição
A velocidade de soldagem muito lenta, na posição horizontal, traz como consequência a
sobreposição, conforme você pode observar na figura a seguir.
Fig. 27
Praticando
Assinale com um X a alternativa correta, em cada uma das questões apresentadas a seguir.
( ) Inclusão de escória.
( ) Poros.
SENAI-RJ 125
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem
3. Qual das causas a seguir pode provocar falta de penetração na junta soldada?
( ) Tensões transversais na soldagem.
( ) Material de má soldabilidade.
4. Qual das alternativas a seguir explica a elevação dos valores de dureza nas regiões ad-
jacentes ao cordão de solda?
( ) Teor de carbono do metal de base inferior a 0,22%.
( ) Preaquecimento na peça.
( ) Arco longo.
126 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Referências
Referências
1. WAINER, Emilio et. al. Soldagem; Processos e Metalurgia. São Paulo: Edgard Blucher Ltda.,
2004. 494 p. : il., graf., tab.
2. MARQUES, Paulo Villani (Coord.). Tecnologia da Soldagem. Belo Horizonte: ESAB, 1991.
352 p.: il., graf., fot., tab. Inclui bibliografia.
3. ALCANTARA, Nelson Guedes de. Tecnologia da soldagem. São Carlos: UFSCAR, 1988.
192 p.: il. Inclui bibliografia.
4. MACHADO, Ivan Guerra. Soldagem & Técnicas Conexas: Processos. Porto Alegre: Ivan Guerra
Machado, 1996. 477 p. : il., tab. Inclui índice e anexos.
6. CENNI, Mario Agostino. Soldagem com Eletrodos Revestidos. São Paulo: ABS, [S. d.]. 92 p. :
il., tab., graf. Programa de cursos modulares em tecnologia da soldagem.
7. AGA. Gases e equipamentos para solda e corte oxiacetilênicos. Rio de Janeiro: AGA, [S. d.].
64 p. : il., fot., tab.
8. BARROS, Paulo Mesquita de. Metalurgia da Soldagem. São Paulo: Associação Brasileira de
Soldagem, [S.d.]. 177 p. : il., tab., graf.
9. ESAB. Manual de Soldagem de Manutenção. [S.l]: ESAB, [S. d] . 80 p. : il., tab., graf., fot.
10. QUITES, Almir Monteiro; QUITES, Mirele Porto. Segurança e Saúde em Soldagem.
Florianópolis: Soldasoft, 2006. 368 p. : il., tab., graf. Inclui bibliografia.
11. MAGRINI, Rui de Oliveira. Segurança no trabalho na soldagem oxiacetilênica. 2. ed., São
Paulo: FUNDACENTRO, 1999. 70 p. : il., tab., graf. Inclui bibliografia.
13. SENAI-RJ. Processos de Soldagem; Segurança e Higiene no Trabalho. Rio Janeiro: SENAI,
1995. 118 p. : il., tab., graf.
SENAI-RJ 127