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MÁQUINAS,
FERRAMENTAS E
INSTRUMENTOS
DE MARCENARIA
versão preliminar
SENAI-RJ • Moveleira
TECNOLOGIA DE
MÁQUINAS,
FERRAMENTAS E
INSTRUMENTOS
DE MARCENARIA
FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
TECNOLOGIA DE
MÁQUINAS,
FERRAMENTAS E
INSTRUMENTOS
DE MARCENARIA
SENAI-RJ
2003
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria
2003
FICHA TÉCNICA
SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional
TRENA METÁLICA..........................................................................19
Trena metálica.................................................................................................................. 23
Martelo............................................................................................................................... 27
Repuxo............................................................................................................................... 29
Macete................................................................................................................................ 30
Grampo.............................................................................................................................. 36
Sargento............................................................................................................................. 37
Ventosa .............................................................................................................................. 37
Gastalho............................................................................................................................. 38
Barrilete ............................................................................................................................. 38
Chave de fenda................................................................................................................. 39
4 MARCAR, RISCAR, TRAÇAR E VERIFICAR ÂNGULOS,
Riscador ............................................................................................................................. 45
Esquadro ............................................................................................................................ 46
Régua .................................................................................................................................. 48
Graminho........................................................................................................................... 54
Serrotes ............................................................................................................................. 59
Vamos praticar?................................................................................................................ 80
Formão n 2........................................................................................................................ 91
Bedame............................................................................................................................... 93
Goiva .................................................................................................................................. 94
Tupia ................................................................................................................................... 97
Respigadeira ....................................................................................................................106
Respigadeira semi-automática.....................................................................................108
Vamos praticar?..............................................................................................................108
7 DANDO AFAGOS À MADEIRA: APLAINAR,
Rebote..............................................................................................................................128
Garlopa ............................................................................................................................129
Limas.................................................................................................................................131
Plaina desempenadeira..................................................................................................134
Plaina desengrossadeira................................................................................................138
Vamos praticar?..............................................................................................................145
Raspadeira .......................................................................................................................153
Raspador..........................................................................................................................154
Lixa....................................................................................................................................155
Lixador manual...............................................................................................................156
Vamos praticar?..............................................................................................................163
Furadeira horizontal......................................................................................................179
Furadeira de coluna.......................................................................................................182
Vamos praticar?..............................................................................................................184
Prezado aluno,
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse momento
em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país: o SENAI. Há
mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o desenvolvimento
tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar com uma
visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio do conteúdo
técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia, proatividade, capa-
cidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas de mudanças no processo
do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como
para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o comprometimento com os resultados.
Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá de você
a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade de uma
formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos essenciais à auto-
aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação se
organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura educa-
cional, com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma formação
flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade à sua
educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária ao seu desenvolvi-
mento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação dessa escola do
SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Seja bem-vindo!
Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo
desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de
encontrar novas e rápidas respostas.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação profissional,
as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender, favorecendo
o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos, ampliando suas
possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
Foram exatamente esses propósitos que nos serviram de base para organizar o Curso Tecnologia
de Madeiras e Derivados e de Acessórios de Metais, escolhido por você.
Para realizá-lo, terá o apoio permanente dos professores e também deste material didático, que
vai lhe servir como um guia de estudo. Nele constam os conteúdos básicos do Curso, distribuídos em
nove partes, conforme pode observar no Sumário.
Seja bem-vindo e receba nossos votos de sucesso no Curso que está iniciando, e também na pro-
fissão.
SENAI-RJ – 13
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Uma palavra inicial
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação entre
o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempre
retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de volta ao
ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir bens, altera-se
o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que não são
renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade da extração, superior
à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de curto e longo prazo, para
diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam
se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da
população que vive ao redor dessas indústrias.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a falha
básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas através de
processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fabricam-se produtos
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Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Uma palavra inicial
de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir, consumir
e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”) são
absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias não tem
aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser fatal. O meio
ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma forma que a Terra
possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua capacidade de receber resíduos
também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente não existe.
Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que consid-
erem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer que se devem adotar
práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o uso de matérias-primas
e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de recursos
é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade, possibilidade de
conserto e vida útil dos produtos.
As empresas precisam não só continuar reduzindo a poluição como também buscar novas formas
de economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas.
Reciclar e conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios dife-
rentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro, nós (o público, as
empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais desejáveis e trabalhar
com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos quanto as instituições só mudarão as suas práticas quando acredi-
tarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios - sejam estes financeiros, para sua reputação
ou para sua segurança.
A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoas
bem-informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições que melhorem a
capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocados
pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produtivos alguns riscos
à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho é uma questão que preocupa os
empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências acabam afetando a todos.
A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um - trabalhador, patrão e
governo - assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurança de
todos.
16 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Uma palavra inicial
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e, portanto,
é necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,
sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores, propondo alternativas
que possam levar à melhoria de condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países, empresas
e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolvendo ações que
contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Mas, isso ainda não é suficiente...
faz-se preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e deve ser usado em
tal direção.
Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio ambiente, saúde e segurança
no trabalho, lembrando que, no seu exercício profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa
com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, a saúde e a segurança no trabalho
- o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é responsável.
Vamos fazer a nossa parte?
SENAI-RJ – 17
Medição a toda hora:
metro articulado e
trena metálica
Nesta seção...
Metro articulado
Trena metálica
1
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Medição a toda hora: metro articulado e trena metálica
Fig. 1
Fig. 2
SENAI-RJ – 21
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Medição a toda hora: metro articulado e trena metálica
Esses instrumentos servem para efetuar medidas lineares ou perimetrais , e suas características
se encontram apresentadas logo a seguir.
Perimetrais – referem-se a
perímetro, ou seja, medida do
contorno de uma figura.
Metro articulado
Pode ser de madeira ou metal, tendo suas escalas numeradas em centímetros e polegadas e estas
subdivididas em milímetros e frações de polegada (figs. 3 e 4).
Fig. 3
Fig. 4
22 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Medição a toda hora: metro articulado e trena metálica
Os metros podem ser rígidos ou articulados, com 1 ou 2 metros de comprimento, e seu número de
articulações varia conforme o fabricante.
Os mais utilizados são os de articulação com molas, por serem melhores e mais práticos.
Trena metálica
É uma fita de aço flexível, gravada com medidas milimétricas e em polegadas, recolhida por meio
de mola dentro de uma caixa de metal ou plástico que a protege.
Fig. 5
SENAI-RJ – 23
Martelo, repuxo e
macete sempre à mão
Nesta seção...
Martelo
Repuxo
Macete
2
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Martelo, repuxo e macete sempre à mão
Martelo
Sua aplicação mais conhecida é a de pregar. Além dessa utilidade, dependendo do tipo, pode
servir de alavanca para despregar, ou seja, retirar o prego da madeira e bater direta ou indiretamente
nas peças em montagem.
O martelo compõe-se de duas partes principais: corpo com formato especial e cabo de madeira.
pena
cabo
corpo
pena (pancada)
SENAI-RJ – 27
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Martelo, repuxo e macete sempre à mão
unhas (orelhas)
corpo
cabo
face (pancada)
- Cabeça, unha e pena são temperadas e revestidas para aumentar a dureza e a resistência.
- Cabo de madeira sem defeito e de boa qualidade (as espécies de madeira mais indicadas
para a confecção de cabos são jatobá, guatambu, guarantã e equivalentes). O estreitamento do
cabo, próximo ao martelo, aumenta a flexibilidade e ajuda o golpe, pois age como amortecedor
e diminui a fadiga do punho do operador.
- O engastamento do cabo no olhal é garantido por uma cunha de aço, cravada no extremo. Esta
cunha pressiona as fibras da madeira dentro do olhal.
Fig. 3
28 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Martelo, repuxo e macete sempre à mão
Fig. 4
Repuxo
É um pino redondo, de aço, com uma parte em forma de cone truncado, cuja ponta é temperada,
e seu diâmetro varia de acordo com a cabeça do prego a repuxar. Serve para aprofundar pregos na
madeira, até ocultar as cabeças na superfície.
cabeça
ponta
corpo
Fig. 5
SENAI-RJ – 29
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Martelo, repuxo e macete sempre à mão
Macete
É confeccionado em madeira, muito utilizado em marcenaria. Substitui o martelo em muitas
operações de bater, pela simples razão de não danificar o cabo dos formões, goivas, etc., e tampouco
marcar o lugar onde bate. Por esta razão, é também muito usado na montagem de encaixes e de
peças de superfícies já acabadas.
Os macetes se apresentam em formatos diversos, como pode ser visto pelas figuras 6, 7 e 8.
Em geral são construídos de madeira dura, tais como: cabreúva, óleo vermelho, maçaranduba, ipê,
podendo ser torneados ou confeccionados pelo próprio marceneiro.
Na figura 9, vê-se um macete dos mais comuns, com sua nomenclatura e medidas aproximadas.
10cm
cabeça
espiga
cabo
25 a 35cm
cunha
face
Fig. 9
30 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Martelo, repuxo e macete sempre à mão
Fig. 10
SENAI-RJ – 31
Peças bem fixadas com
ferramentas de sujeição
e aperto
Nesta seção...
Grampo
Sargento
Ventosa
Gastalho
Barrilete
Chave de fenda
3
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
grampo rápido
ou de expansão grampo “C”
Fig. 1
Fig. 2
sargento
Fig. 3
gastalho
ventosa
Fig. 4 Fig. 5
SENAI-RJ – 35
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
Conforme observado nas figuras, além de se apresentarem sob diversas formas, essas ferramentas
também recebem nomes particulares, isto é, grampo, sargento, ventosa e gastalho. A seguir,
você encontrará a descrição de cada uma delas e de outras também usadas com freqüência
pelo marceneiro.
Grampo
É uma ferramenta de aço, que apresenta diversos formatos e tamanhos. Os mais comuns
são em forma de “C”.
corpo
parafuso
borboleta
sapata
Fig. 6
Na figura 6 você pode observar que o grampo possui, numa das extremidades, um furo roscado,
por onde passa um parafuso que dá o aperto por intermédio de uma borboleta.
O marceneiro precisa, para realizar o seu trabalho, de uma coleção desses grampos de várias
aberturas, que vão de 50mm a 300mm.
Outro tipo de grampo muito usado é o que se vê na figura 7. O braço com parafuso move-se,
facilmente, ao longo da haste, permitindo uma ajustagem rápida na abertura desejada.
braço fixo
mandíbula
sapata
braço móvel
parafuso
cabo
haste
Fig. 7
Esta é sua vantagem sobre o grampo “C”, além de permitir aberturas maiores, que vão de
100mm a 600mm.
36 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
Sargento
Também chamado de grampo de expansão, permite apertar ou fixar peças largas.
É composto de uma barra de aço em forma de “T”, tendo fixada numa das extremidades uma
sapata fixa de ferro atravessada por um parafuso, que movimenta outra sapata. O aperto é feito entre
esta e uma terceira sapata que se regula e fixa mediante um pino, que atravessa a barra (fig.8). Uma
variante do sargento é apresentada na figura 9.
parafuso
manípula
Fig. 9
Ventosa
Consiste de um arco temperado com ação de mola, a fim de exercer pressão entre as extremidades
a serem abertas e onde se interpõem as peças a sujeitar.
Fig. 10
SENAI-RJ – 37
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
Gastalho
É uma peça de madeira resistente e com um rebaixo, no qual é introduzida a peça a ser colada.
O aperto é dado por meio de duas cunhas colocadas entre o encosto do rebaixo e a peça a ser
colada (figs. 11 e 12).
Cunhas – peças de ferro ou de
madeira, em forma de diedro
sólido, bastante agudo,que se
introduz em uma brecha para
fender pedras, madeiras, etc, para
servir de calço e para firmar ou
ajustar certas coisas.
Fig. 11
gastilho
cunha
Fig. 12
Barrilete
É uma ferramenta usada mais comumente pelo cadeireiro , porém, o marceneiro a usa quando
tem que prender peças sobre o banco.
38 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
Fig. 13
Fig. 14
Chave de fenda
É uma ferramenta de aço temperado, utilizada para apertar ou desapertar parafusos de fenda,
manualmente, por meio de giros ou impulsos sucessivos. A figura 15 mostra uma chave de fenda
comum, com sua nomenclatura.
face espiga
Fig. 15
Características
As faces perto do topo devem ser esmerilhadas em planos paralelos, para permitir o ajustamento
correto na fenda do parafuso.
O tamanho das chaves de fenda deve ser escolhido de acordo com os parafusos, levando em consid-
eração o melhor ajustamento da face com a fenda. Todavia, o comprimento da haste pode ser escolhido
SENAI-RJ – 39
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
de acordo com a localização do parafuso. Comprimentos comuns são os de 100mm até 300mm.
Fig. 16
Principais tipos
Fig. 17
Na figura 17 você pôde observar que o botão da catraca, na posição nº- 2, prende a haste ao cabo,
permitindo um movimento firme em ambos os sentidos; na posição nº- 1, engrena a catraca para o giro
da chave no sentido do aperto, e na nº- 3, no sentido do desaperto.
40 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
cabo
tranca
deslocador de
tarraxa ou catraca
mandril ou
porta-ferramenta
eixo em espiras
Fig. 18
Fig. 19
SENAI-RJ – 41
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Peças bem fixadas com ferramentas de sujeição e aperto
O tempo de vida útil das chaves de fenda vai depender de alguns cuidados
que você deve adotar, tais como:
42 – SENAI-RJ
Marcar, riscar, traçar e
verificar ângulos, usando
instrumentos apropriados
Nesta seção...
Riscador
Esquadro
Régua
Graminho
4
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Quando, porém, há necessidade de marcar grande quantidade de peças ou peças em bruto, usa-se o
“lápis de carpinteiro”, que possui grafita de maior seção e maior resistência ao desgaste.
Riscador
É uma haste de aço temperado de ponta aguda e com cabo, usado quando se necessita de
uma marcação mais precisa.
cabo
ponta
haste
Fig. 2
SENAI-RJ – 45
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Esquadro
É um instrumento que serve para o traçado de retas perpendiculares, isto é, de retas que
formam um ângulo de 90º (fig.3). É constituído por lâmina de aço e base de madeira, aço ou
alumínio (fig.4).
Fig. 3 Fig. 4
Fig. 5 Fig. 6
46 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Para a marcação de cortes em tábuas, pranchas, etc., costuma-se usar um esquadro de madeira.
Fig. 7
SENAI-RJ – 47
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Régua
É um instrumento de madeira de seção retangular, cujo comprimento varia conforme o trabalho.
Deve ser construída com madeiras sem defeitos e que não empenem facilmente. As réguas são furadas
ao longo do comprimento, para diminuir a possibilidade de empenarem.
face
borda
Fig. 8
A régua é empregada para traçar linhas retas (fig.9) e também para verificar se uma superfície
está plana (figs. 10 e 11).
Fig. 10
Fig. 9
Fig. 11
48 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Fig. 13 – cintel
SENAI-RJ – 49
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
parafuso de fixação
pernas
Fig. 14
A afiação das pontas, no esmeril e na pedra de afiar, faz-se apenas na parte externa, de modo que
fiquem em condições de cortar as fibras da madeira durante o traçado. Para melhor funcionamento
do compasso, suas pernas deverão ter o mesmo comprimento. As figuras abaixo ilustram as diversas
aplicações do compasso de pontas.
Fig. 15
Fig. 16
50 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
• Evite que o instrumento sofra choques ou quedas, para que suas pontas
não se danifiquem.
parafuso de
fixação
régua
corrediça
Fig. 20
SENAI-RJ – 51
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
O cintel de marceneiro é composto de uma régua de madeira na qual estão montadas duas peças
metálicas, corrediças e com pontas de aço, que podem ser fixadas em qualquer ponto da régua através
de parafusos. A variação do comprimento do raio que se deseja traçar é permitida pelo deslocamento
de uma das peças corrediças. Quando o raio é maior que o comprimento da régua, esta deve ser substi-
tuída. Quando se necessita riscar com lápis, substitui-se uma das pontas de aço por um porta-lápis.
lápis
Fig. 21
Meia-esquadria e suta
São instrumentos de verificação que servem para marcar e conferir ângulo.
Utiliza-se a meia-esquadria para os ângulos de 45º e 135º e a suta para marcar e verificar outros
ângulos, cuja determinação só pode ser feita com o auxilio do transferidor (figuras 22, 23, 24, e 25).
ângulo
52 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
lâmina
45º 135º
base
Fig. 26
ranhura
lâmina
parafuso com
borboleta
base
Fig. 27
SENAI-RJ – 53
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Faça assim!
Fig. 28 Fig. 29
• Por último, apertar a borboleta, tendo, nesse momento, o cuidado necessário para
que não haja qualquer deslocamento capaz de falsear a medida tomada.
Graminho
Quando for preciso riscar uma
peça e havendo uma superfície que
possa servir de guia para o risco,
utiliza-se o graminho. Sua finalidade
é, portanto, marcar linhas paralelas
às arestas da madeira.
Fig. 30
54 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
Na marcenaria, em especial, são dois os tipos mais empregados: o graminho simples (fig. 31)
e graminho duplo (fig. 32). Este último permite executar duas marcações com medidas diferentes,
tornando mais rápido o traçado.
haste
parafuso de
fixação
ponta de aço
(ferrão)
haste
cunha ou
calço palmeta
base ou encosto
ponta de aço (ferrão)
base ou
Fig. 31 encosto
Fig. 32
Fig. 33
SENAI-RJ – 55
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Marcar, riscar, traçar e verificar ângulos, usando instrumentos apropriados
base
ponta de aço
(ferrão)
haste
encosto
metálica
escala
parafuso de
regulagem
Fig. 34
Existem, ainda, graminhos especias, com o encosto curvo, para marcar peças curvas.
Fig. 35
56 – SENAI-RJ
Serrando com precisão
Nesta seção...
Serrotes
Serra circular
Vamos praticar?
5
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Serrotes
Os serrotes são ferramentas utilizadas para serrar madeiras em geral e derivados, dando-lhes
formas e dimensões adequadas.
Existem diversos tipos de serrotes que são usados de acordo com os trabalhos a serem
executados. Todos eles possuem um cabo de madeira no qual é afixada uma lâmina de aço temperado
denticulada, travada e afiada.
Principais tipos
Serrote comum
É também chamado serrote de traçar, pois traçar significa destacar, decepar ou cortar madeira,
transversalmente às fibras.
parafuso
parafuso de fide fixação
xação da lâmina
da lâmina
lâmina
cabo
lâmina Dentes
dentes
Fig. 1
SENAI-RJ – 59
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
45º
15º
1 polegada
Fig. 2 Fig. 3
Serrote de costa
Apresenta dentes dispostos paralelamente à parte superior da lâmina, a qual é reforçada por uma
peça de aço, em forma de U, chamada costa, que evita o empeno da lâmina.
costa
parafuso de
lâmina fixação da lâmina
dentes
Fig. 4
60 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Serrote de faca
Também chamado serrote de malhetar , é de formato semelhante ao do serrote de costa, porém
menor, de lâmina menos espessa, dentes pequenos e cabo redondo, parecido com uma lima.
dentes
Fig. 5
O emprego deste tipo de serrote é semelhante ao do serrote de costa, diferindo apenas nas
dimensões do corte que realiza.
Serrote de ponta
Apresenta dentes dispostos obliquamente à parte superior da lâmina, que é estreita e pontiaguda,
presa a um cabo, conforme mostram as figuras 6, 7 e 8. É utilizado para serrar curvas e recortes,
principalmente internos.
lâmina cabo
ponta
dente
parafuso de
fixação da lâmina
Fig. 6
SENAI-RJ – 61
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
lâmina cabo
ponta dente
Fig. 7
lâmina
cabo
ponta dente
parafuso de fixação
da lâmina
Fig. 8
lâmina
chanfro
gume
dente
Fig. 9
62 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Com estas características, a serra opera serrando e cortando como uma faca, e é utilizada, como
seu próprio nome indica, para o corte de folhas laminadas de madeira.
armação
dentes
Fig. 10
Costuma ser muito utilizado para serrar molduras e peças estreitas em ângulo reto, podendo ser
deslocado lateralmente para a direita e para a esquerda em ângulos de até 45º.
3
1
4 5 - limitador de corte
2
Fig. 11
SENAI-RJ – 63
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Cada serrote tem um tipo de dente apropriado ao seu trabalho, seja para cortar madeiras
duras ou macias,em cortes transversais ou longitudinais às fibras, seja para cortes em bruto
ou de precisão.
O avanço do serrote na madeira é proporcional ao passo dos dentes, para que a serragem acumulada
em seu fundo possa ser eliminada, permitindo, assim, o corte mais fácil.
E=2F
15º 45º D E
C
B A
1 polegada
B - ângulo de saída
C - ângulo de afiação
D - passo
E - trava
F - espessura
Fig. 12
64 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
O ângulo de ataque pode ser neutro, positivo ou negativo, sendo o negativo o mais usado. Já
o ângulo de saída é o que permite a saída da serragem. O ângulo de afiação é uma resultante dos
anteriores, onde se aplica a lima ou outro instrumento para afiar.
O passo é a distância entre um dente e outro consecutivo e define o número de dentes por
polegada.
Outro fator também muito importante é a trava , que vem a ser a inclinação lateral e alternada
que se dá aos dentes, para produzir um corte mais largo que a espessura da lâmina, a fim de facilitar
a passagem da última. É importante lembrar ainda que a medida da trava atinge, no máximo,
2 vezes a espessura da lâmina.
Serra circular
É a máquina que serve para serrar madeira ou derivados em cortes retos por meio de um disco de
serra dentado. É uma das mais necessárias para trabalhos de madeira em geral, pois é muito útil para
serrar em larguras, esquadrejar, rebaixar, abrir ranhuras e outros cortes.
protetor
encosto giratório
transversal encosto paralelo
cremalheira
mesa
volante de inclinação
da mesa
volante de regulação
vertical
base
Fig. 13
SENAI-RJ – 65
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
• mesa - é uma peça de ferro fundido, com face desempenada, dotada de um rasgo para a serra
circular e canais para guiar o encosto transversal. As mesas das serras variam de dimensões e são
inclináveis até 45º, para facilitar cortes em ângulos;
• eixo porta-serra - montado em mancais com rolamentos, tendo numa das extremidades a polia
e na outra, os flanges e a porca com rosca esquerda, para fixação do disco da serra;
mancais com
rolamentos
flanges
Fig. 14
• volante regulador de altura - constitui-se de volante com um parafuso e duas rodas dentadas
cônicas, que formam um sistema regulador da mesa na altura;
• volante graduador - constitui-se de um volante com parafuso-rosca sem fim e uma coroa com
indicador de ângulo; serve para regular a inclinação da mesa.
• força motriz - 3 a 5 HP
66 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Tipos de máquinas
Fig. 15
SENAI-RJ – 67
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 16
Fig. 17
68 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 18 Fig. 19
SENAI-RJ – 69
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
guias
alavanca de
sujeição
cremalheira
escala
milimétrica
Fig. 23
Fig. 24
dispositivo
Fig. 25
70 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
canaleta prismática
encosto
régua prismática
pino
porca de
aperto
Fig. 26
Fig. 27
Serra de fita
É uma máquina com estrutura e formato especiais, na qual se assentam uma mesa desempenada,
as proteções e os volantes que acionam a serra.
Esta máquina é utilizada para a execução de cortes retos e curvos, graças a sua serra, que é
uma lâmina estreita, dentada e sem fio.
SENAI-RJ – 71
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
parafuso de fixação
regulador de do protetor
alinhamento
protetor
regulador de tensão
guia de lâmina
encosto paralelo
mesa inclinável
guias da lâmina
freio
volante inferior
tampa protetora
Fig. 28
72 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
• Volantes
São rodas fixadas em eixos que giram em mancais, assentados na armação da máquina. Costumam
ser revestidas com cintas de borracha e estão dispostas na estrutura, uma acima da outra, de maneira
a se corresponderem verticalmente.
• Volante superior
É montado num quadro, com corrediças que permitem movimento vertical para a substituição de
serras e, também, para dar-lhes tensão por meio de um parafuso chamado tensor.
O volante superior também é provido de regulação frontal, o que possibilita centralizar a lâmina
na periferia do volante.
• Volante inferior
É acionado pelo motor e tem como finalidade movimentar a serra para o corte.
Como precaução para maior segurança do trabalho, os volantes e a serra devem ser protegidos
com capas.
• Mesa
É uma superfície desempenada, fixada à maquina. Serve para apoiar o material a ser cortado.
É dotada de um rasgo para a passagem da lâmina da serra e pode ser inclinada até 45º.
• Encosto da lâmina
É um conjunto composto de guias e de uma roldana que servem para guiar e diminuir a
flexibilidade da lâmina. Este conjunto é regulável, verticalmente, em altura, para possibilitar
cortes mais precisos.
roldana guias
Fig. 29
SENAI-RJ – 73
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
• Lâminas
Confeccionadas em aço especial, são flexíveis, dentadas e, após emendadas, são usadas na serra de
fita. Elas têm por finalidade a execução de recortes na madeira e derivados. Para melhor rendimento
nos cortes, suas serras devem ser afiadas e travadas.
dentes
lâmina
Fig. 30
Fig. 31
74 – SENAI-RJ
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Serrando com precisão
Fig. 32
SENAI-RJ – 75
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 33
76 – SENAI-RJ
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Serrando com precisão
Fig. 34
SENAI-RJ – 77
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Serrando com precisão
Tipos de dentes
Variam conforme a máquina e a natureza da madeira a ser cortada. Em marcenaria, entretanto,
costuma-se usar um único tipo.
Fig. 35
Encosto paralelo
É uma guia que se desloca paralelamente à serra e fixa-se numa corrediça, por meio de uma
alavanca de sujeição. Tem a finalidade de servir de encosto para os cortes retos.
lâmina de serra
alavanca de
sujeição
Fig. 36
Dispositivos
São calços, guias e adaptações utilizados na serra de fita, para serrar, com segurança, peças
redondas, chanfradas, curvas ou com base de apoio irregular.
dispositivo
Fig. 37
78 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
dispositivo
Fig. 38
dispositivo
Fig. 39
Vamos praticar?
Daqui para adiante, você vai encontrar uma série de orientações para usar as serras
circular e de fita, em situações variadas.
Não deixe de adotar os procedimentos indicados, pois são eles que oferecem
segurança durante a realização do trabalho.
SENAI-RJ – 79
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 40
1º- - Monte a serra, lembrando que seu tipo e diâmetro devem estar de acordo com o material a ser
serrado.
• Retire a tampa.
Fig. 41
80 – SENAI-RJ
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Serrando com precisão
• Posicione a serra na altura do corte, lembrando que ela deve ultrapassar a espessura do
material em, no máximo, 5mm.
3º- - Serre.
• Ligue a máquina. Quando a chave for de dois estágios, ligue o primeiro até que a máquina atinja
velocidade constante e, a seguir, ligue o segundo.
Fig. 42
SENAI-RJ – 81
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
• Use o sarrafo auxiliar para empurrar o material, em caso de peças estreitas e de pequena espes-
sura.
Fig. 43
4º- - Desligue a máquina. No caso de peças compridas, pesadas ou delgadas, esta operação deve
ser executada com auxílio de outra pessoa.
82 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 44
Para realizar essa operação, siga os passos indicados na seção apresentada a seguir.
Faça assim!
2º- - Serre.
• Apóie a peça na mesa da serra circular, pressionando-a com os dedos contra o encosto.
• Movimente o encosto móvel transversal juntamente com a peça, até concluir o corte.
Fig. 45
SENAI-RJ – 83
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 46
Para realizar este tipo de operação, siga os passos indicados na seção seguinte.
Faça assim!
• Apóie a peça na mesa com a marcação voltada para cima. No caso de peças compridas e
pesadas, solicite a ajuda de outro operador.
84 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
• Em chaves com 2 estágios, só ligue o 2º- após o 1º- haver atingido velocidade constante.
3º- - Serre.
• Posicione a peça de modo que a serra tangencie o risco. Este último deve ficar na parte útil
da peça.
Fig. 47
SENAI-RJ – 85
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Fig. 48
Fig. 49
86 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
Costuma ser usada para serrar contornos internos e externos nas peças, dando-lhes formas variadas.
É uma operação comum na fabricação de móveis de estilo, brinquedos e esquadrias.
Fig. 50
Você deve realizar essa operação seguindo os passos recomendados na seção apresentada logo a
seguir.
Faça assim!
SENAI-RJ – 87
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Serrando com precisão
• Tensione a lâmina, fazendo subir o volante superior. Lembre-se de que a tensão da lâmina deve
ser suficiente para suportar a ação do corte e mantê-la apoiada no volante.
Esta operação também pode ser executada com a mesa na posição horizontal,
utilizando dispositivos especiais.
Fig. 52
88 – SENAI-RJ
A arte de cortar
Nesta seção...
Formão
Bedame
Goiva
Tupia
Respigadeira
Vamos praticar?
6
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
6. A arte de cortar
Com idéias na cabeça e ferramentas à mão, o marceneiro vai, aos poucos, cortando, sob variadas
formas, fazendo encaixes e ajustes, até dar vida a sua obra, ou seja, realizá-la plenamente.
Cortar, portanto, é uma arte e para desenvolvê-la você deve dispor das ferramentas e máquinas
que serão apresentadas a seguir.
Formão
É uma ferramenta de cortar madeira, muito solicitada em cortes variados, sendo freqüentemente
utilizada nos encaixes e ajustes.
Fig. 1
anel de couro
soquete
gume
chanfro lâmina
cabo
Fig. 2
Para evitar rachaduras sob os efeitos dos golpes do macete, os cabos são guarnecidos por anéis
de metal nas duas extremidades dos formões de espiga.
SENAI-RJ – 91
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
O cabo deve ser colocado de forma que o centro do topo, a espiga e o gume fiquem em
linha reta.
Esta linha é chamada linha de ação, e garante o trabalho sem desvios, vergamentos ou
quebras da lâmina.
Fig. 3
Características da lâmina
- A largura do chanfro é 2 a 2 ½ vezes a espessura da lâmina.
D
xD
2
2 1/
2a
Fig. 4
25º
Fig. 5
- A largura da lâmina varia de 3mm a 50mm, sendo as mais usadas as de 6, 10, 12, 16, 19, 25 e
38mm.
92 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
90º
Fig. 6
Os formões podem ter lâminas de cantos retos (fig.7) e lâminas de cantos chanfrados (fig.8), sendo
os últimos os mais indicados para cortar cavidades com ângulos menores que 90º (fig.9).
Bedame
É uma ferramenta de cortar madeira, destinada a fazer (abrir) furos.
cabo
anel
chanfro
lâmina
gume
anel de metal
Fig. 7
SENAI-RJ – 93
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Sua lâmina tem um formato especial, sendo de espessura maior que a largura, tornando-se
reforçada para resistir a pancadas e movimentos de alavancas ao retirar os cavacos, permitindo,
ainda, o alinhamento da fura.
Características do bedame
Fig. 11
• Costa da lâmina ligeiramente menos larga que o espelho, para permitir que o bedame trabalhe
livre na fura, diminuindo o atrito (b).
Goiva
É uma ferramenta de cortar madeira, utilizada pelo marceneiro em alguns casos, para trabalhos
que requerem uma ferramenta de perfil curvo.
anel cabo
anel de metal
haste
gume
lâmina
chanfro
espiga
Fig. 12
94 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Sua lâmina tem perfil curvo em todo o seu comprimento, sendo classificada de acordo com o raio
da curva e com tipos em chanfro interno (fig.13) e chanfro externo (fig. 14).
Fig. 13 Fig. 14
Duas goivas de larguras diferentes, com o mesmo raio, ajustam-se perfeitamente sobre a linha do
traçado de um círculo.
Fig. 15
Fig. 16
SENAI-RJ – 95
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
As goivas de chanfro externo são próprias para cortar ranhuras limitadas em ambas as
extremidades. A face da ferramenta trabalha em ângulo com a linha de corte.
Fig. 17
• Chanfro interno
• Chanfro externo
As figuras 18, 19, 20 e 21 apresentam outros tipos de goivas também utilizadas, com freqüência,
em marcenaria.
haste curva
Fig. 18
haste reta
Fig. 19
face curva
Fig. 20
96 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
haste reta
Fig. 21
Tupia
Sua principal finalidade é a de executar perfis para molduras, ranhuras e rebaixo. Essa máquina,
portanto, executa operações com ferramentas cortantes presas a um eixo, que gira em alta velocidade,
sendo também dotada de eficiente sistema de furo, para assegurar paradas rápidas.
Fig. 22
SENAI-RJ – 97
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Composição da tupia
A máquina é constituída de uma base, na qual se apóia um tampo, e dos demais componentes,
especificados na figura 23 e apresentados, logo a seguir, com mais detalhes.
eixo porta-ferramenta
mesa
alavanca de sujeição
da mesa
quadro
corpo
Fig. 23
• Base
É fabricada de ferro fundido e possui, normalmente, o motor embutido. Na base estão afixadas as
corrediças, que servem de guias para o quadro porta-eixo.
• Mesa
É um tampo de face retificada e furo central com anéis móveis, por onde sobressai o eixo porta-
ferramentas. Serve para apoiar o material e dispõe, na face, de canaletas e furos destinados a fixar o
encosto e as molas.
98 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
mesa
anéis
Fig. 24
• Quadro porta-eixo
É um quadro que se movimenta verticalmente, por meio de um volante, e serve para posicionar
o eixo na altura.
Existe uma porca mandril na extremidade superior do porta-eixos, cuja função é fixar o eixo
porta-ferramentas.
eixo porta-ferramenta
porca mandril
parafuso de
ajuste da guia
volante de regulação
do quadro
alavanca de
sujeição
quadro
polia lisa
Fig. 25
SENAI-RJ – 99
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
• Encosto
É uma armação de formato curvo, com canaletas que servem para a regulação e fixação do
encosto à mesa. Possui duas guias de madeira que servem de encosto e permitem regular a mínima
abertura necessária, a fim de evitar acidentes.
Fig. 26
ferramenta
movimento
guia de madeira longitudinal
alinhamento
abertura da boca
Fig. 27
eixo porta-ferramenta
mandril porta-eixo
Fig. 28
100 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Serve para prender ferramentas circulares, tais como fresas, cabeçotes e serras. Estas ferramentas
são posicionadas e fixadas no eixo, por meio de anéis e porca.
porca anéis
Fig. 29
Serve para alojar as facas e fixá-las por meio de um parafuso dotado de uma contra-porca
para fixá-la.
Fig. 30
• Fresas
São discos dentados, fabricados com aço especial, de diâmetro, espessuras e perfis diversos.
Existem fresas calçadas com metal duro, para aumentar a durabilidade do gume. Estas servem
para perfilar, rebaixar, ranhurar e respigar.
Fig. 31 Fig. 32
SENAI-RJ – 101
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
• Facas
As facas são muito usadas para perfilar ou rebaixar quadros internamente ou peças recortadas.
Elas permitem ainda que a peça deslize encostada ao eixo e possibilitam a execução de perfis
constantes e peças recortadas.
Fig. 33 Fig. 34
É um aparelho com anéis chanfrados, permitindo inclinar a serra, que é fixada no aparelho por
meio de uma porca e chave própria. Sua finalidade é abrir canais e executar rebaixos.
A lâmina da serra deve ser reforçada, para manter a abertura constante do canal.
eixo porta-ferramenta
encosto
anéis
disco de serra
mesa
Fig. 35
102 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
É uma polia de madeira, com furo no centro, para introdução do eixo. Possui a sua periferia
revestida com feltro e um rasgo lateral que serve para fixar a lixa por meio de um calço.
madeira feltro
lixa
Fig. 36
• Molas de pressão
Molas são lâminas flexíveis, de aço, presas no tampo ou no encosto, para pressionar a peça. Devem
ser usadas principalmente em peças estreitas e finas, para maior segurança.
molas de pressão
vertical
molas de pressão
horizontal
Fig. 37
SENAI-RJ – 103
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Características
Tamanho da mesa - 800 a 900mm
Força motriz - 5 CV
Tipos de tupia
Existem máquinas apropriadas a cada tipo de serviço. Por isso, é importante conhecê-las para
escolher a mais adequada ao trabalho a ser executado.
Fig. 38
104 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Fig. 39
SENAI-RJ – 105
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Respigadeira
É a máquina que, por meio de um ou dois cabeçotes, com facas e mesa móvel, executa espigas
com rapidez e perfeição. Esta operação é executada também com o auxílio de um disco de serra,
utilizado para serrar a espiga no comprimento.
alavanca de
sujeição
proteções
cabeçote porta-facas
disco de serra
corrediças
mesa inclinável
encosto
motor
base
Fig. 40
Composição da respigadeira
Com base na figura 40, vamos, a seguir, descrever com mais detalhes as partes principais que
compõem esse tipo de máquina.
• Base
É uma sólida estrutura de ferro fundido, onde estão afixados os mancais das polias, o conjunto
dos cabeçotes, suporte e guias que sustentam a mesa.
106 – SENAI-RJ
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A arte de cortar
• Mesa inclinável
É munida de encosto regulável, giratório, com alavanca de sujeição. É inclinável, para
possibilitar a execução de espigas sutadas. Desloca-se, manualmente, em corrediças fixas, no
suporte vertical da mesma.
• Suporte vertical
Está afixado na base por meio de guias; serve de apoio e regulação da altura da mesa.
• Cabeçotes porta-facas
Têm forma cilíndrica e são munidos de facas laterais para eliminar o material, deixando as
espigas na espessura desejada. Possuem também faquinhas de topo para o corte de acabamento
de encosto da espiga.
• Cabeçote superior
Está montado em quadro com guias que, por meio de volantes, graduam em altura e
horizontalmente. Essa graduação tem a finalidade de dimensionar a espiga em espessura e
comprimento.
• Cabeçote inferior
É regulável somente em altura.
• Serra circular
É um disco de serra apropriada própria para cortes transversais e aplicada a um eixo, com
graduação horizontal. Serve para serrar as espigas no comprimento.
• Proteções
São capas protetoras de aço, com formato curvo, afixadas acima dos cabeçotes e serras, com a
finalidade de dar maior segurança ao respigar.
Características
• Mesa
Comprimento: 480mm
Largura: 330mm
Inclinação frontal: 45º.
SENAI-RJ – 107
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Respigadeira semi-automática
Esse tipo de máquina possui dois conjuntos de eixos (do cabeçote porta-ferramenta e do
porta-serra), móveis e reguláveis, permitindo a execução perfeita de espigas de cantos redondos,
além de outros tipos, tais como, quadrado, sutado e fora de centro.
Fig. 41
Vamos praticar?
Daqui para frente vamos apresentar uma série de procedimentos para realizar trab-
alhos, usando a tupia e a respigadeira. São orientações úteis, que podem ajudá-lo no seu dia-a-dia.
Portanto, não deixe de adotá-las.
108 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Perfilar na tupia
Perfilar significa desbastar com fresa ou facas na borda ou contorno de peças de madeira, dando-
lhes forma perfilada constante. Essa operação é realizada interna ou externamente, a fim de melhorar
a apresentação e o acabamento das peças, em móveis de estilo, molduras em geral e elementos de
acabamento para construção civil.
Fig. 42
SENAI-RJ – 109
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
• Coloque a fresa com o corte dos dentes voltados para o sentido de giro do eixo.
Fig. 43
• Destrave o eixo.
• Regule o encosto.
ferramenta movimento
longitudinal
guia
abertura da boca
Fig. 44
110 – SENAI-RJ
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A arte de cortar
• Fixe o encosto.
• Frese.
• Ligue a máquina.
• Reajuste, se necessário.
• Termine o desbaste.
- Retire o eixo.
SENAI-RJ – 111
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Fig. 45
• Regule o encosto.
• Faça o perfil.
112 – SENAI-RJ
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A arte de cortar
Respigar na tupia
Consiste na execução de espigas por meio de cortes retos nas extremidades da peça. Essa
operação é utilizada na fabricação de móveis e esquadrias; para dar maior resistência às junções e
para realizá-la, siga as orientações abaixo.
Fig. 47
• Ajuste a máquina.
SENAI-RJ – 113
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Execute o primeiro corte da espiga, apoiando a peça com a face na mesa e bem encostada
no encosto.
Fig. 48
Em peças com espiga fora de centro, reajuste a altura da serra, apoiando a face de referência
na mesa.
• Termine a espiga.
114 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Fig. 49
Fig. 50
Rebaixar na tupia
Rebaixar significa desbastar material
nas bordas da madeira ou derivados, para
diminuir sua espessura, dando-lhes forma
de degraus.
Fig. 51
SENAI-RJ – 115
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Esta operação é utilizada no preparo de junções e molduras para alojar almofadas, vidraças, espe-
lhos, fundos e similares.
Faça assim!
• Aperte o flange.
• Destrave o eixo.
Coloque as proteções!
• Inicie o rebaixo.
• Desligue a máquina.
Fig. 52
116 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Ranhurar na tupia
Essa operação consiste em executar canais ou ranhuras em peças de madeira ou derivados, utili-
zando serras oscilantes, fresas e facas.
Fig. 53
• Selecione a ferramenta.
• Ajuste a máquina.
Fig. 54
SENAI-RJ – 117
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
• Finalize a ranhura.
Fig. 55
• Desligue a máquina.
Lixar na tupia
É a operação que, por meio de um rolo com lixa, permite eliminar marcas e imperfeições deixadas
por ferramentas. Tem por finalidade dar formas regulares e lisas a contornos curvos, tanto externos,
quanto internos, para, enfim, receber o acabamento.
Fig. 56
118 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Em caso de peças com curvas de raios diferentes, utilize o rolo correspondente à menor
curva.
• Inicie a lixação.
Fig. 57
SENAI-RJ – 119
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Faça assim!
• Regule a máquina.
Ligue a máquina.
Fig. 58
Reajuste, se necessário.
120 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Fig. 59
• Desligue a máquina.
Respigar em ângulo
Essa operação executa espigas incli-
nadas com maior rapidez e precisão
nas extremidades das peças. É efetuada
inclinando a mesa ou o encosto girató-
rio, sendo muito usada na confecção de
peças para cadeiras, mesas e quadros.
Fig. 60
SENAI-RJ – 121
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Faça assim!
• Regule a mesa.
Fig. 61
Incline a mesa até a marcação coincidir com a linha de cortes das facas.
122 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Fig. 62
• Respigue a peça.
• Desligue a máquina.
Rebaixar na respigadeira
Essa operação tem por finalidade desbastar material nas extremidades das peças, para diminuir
sua espessura, dando-lhes forma de degrau (conforme figura). É utilizada em junções a meia madeira
em frentes de gaveta e peças compridas, por exemplo.
Fig. 63
SENAI-RJ – 123
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
A arte de cortar
Faça assim!
• Prenda a peça.
2º- - Rebaixe.
• Ligue a máquina.
• Reajuste, se necessário.
• Finalize o rebaixo.
124 – SENAI-RJ
Dando afagos à madeira:
aplainar, desempenar ou
desbastar
Nesta seção...
Rebote
Garlopa
Limas
Plaina desempenadeira
Plaina desengrossadeira
Vamos praticar?
7
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
É exatamente sobre essas ferramentas que vamos tratar daqui para diante.
Fig. 1
SENAI-RJ – 127
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Constituição e características
Agora, identifique na figura 2 as partes que compõem a plaina de ferro.
alavanca
capa do
ferro
ferro
contracapa
parafuso de fixação
da capa do ferro
alavanca
embocadura
pegador
punho
encosto do ferro
porca de
regulagem
Fig. 2
Principais características
• É constituída de ferro de fácil regulagem tanto lateralmente, quanto em profundidade, por
meio de alavanca e parafuso.
• Possui contracapa fixada por alavanca excêntrica, permitindo sua fácil remoção. Todavia, é uma
ferramenta de difícil reparação e de custo elevado.
Rebote
Por ser maior que a plaina, é indicado para afagar e endireitar superfícies de dimensões
médias.
128 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Constituição e características
O rebote de ferro é caracterizado pelos nº-s 5 e 5 ½, que determinam as seguintes dimensões:
Fig. 3
Garlopa
É uma ferramenta com as características do rebote, porém de dimensões maiores, e com finalidade
de fazer juntas e desempenar grandes superfícies.
Fig. 4
Constituição e características
As dimensões da garlopa são caracterizadas pelos nº-s 6, 7, e 8, isto é:
SENAI-RJ – 129
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Justifica-se o comprimento dessa ferramenta por sua função de retificar, quando desliza sobre
a superfície ondulada. Isto porque o gume do ferro é capaz de cortar a madeira de ondulação mais
elevada.
Sua capa ou contraferro tem a importante função de regular o trabalho do aplainamento, pois
o ferro é capeado quando a aresta do chanfro da capa está bem próxima do gume, e descapeado,
quando afastada dele.
Observe, na figura 5, que a distância entre o gume do ferro e a aresta da capa é regulada de acordo
com a constituição da madeira a ser trabalhada, ou seja:
Fig. 5
Fig. 6
130 – SENAI-RJ
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
• A capa deve ser cuidadosamente ajustada ao ferro, para não permitir que a fita (cavaco) penetre
entre ambos.
Fig. 7
Limas
São ferramentas de aço temperado, cujas superfícies são picadas em estrias ou dentes e que
servem para desbastar material.
borda talão
picado
anel
ponta metálico
espiga cabo de
corpo madeira
face
Fig. 8
Dessa maneira, quando a lima é atritada contra a superfície de um material mais macio, desgasta-
o, arrancando pequenas partículas.
Classificação
Três fatores influem na classificação das limas:
• picado,
• seção (forma) e
• comprimento.
SENAI-RJ – 131
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
No que diz respeito ao picado, que pode ser simples ou cruzado, as limas são classificadas em:
murça (figs. 9 e 10), bastardinha (figs. 11 e 12), bastarda (figs. 13 e 14) e grosa (fig. 15).
picado simples
picado cruzado
Fig. 13 – Lima bastarda
132 – SENAI-RJ
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Finalmente, no que diz respeito ao comprimento, as limas mais usuais variam de 4” a 12”.
Emprego
Nos trabalhos em madeira, as limas mais empregadas, quanto ao picado, são:
• grosa;
• bastarda.
A grosa utilizada pelo marceneiro é, geralmente, em meia cana, apresentando dentes isolados, ao
invés de estrias. Existem três tipos de grosa:
A lima bastarda é utilizada em madeira, quando se deseja uma superfície melhor acabada
que a obtida pela grosa.
Na afiação de ferramentas, devem ser utilizadas as limas MURÇAS de picado simples. Estas limas
produzem acabamento liso, o que permite obter-se um gume mais eficiente.
Durante o trabalho, os cavacos se prendem entre as estrias do picado, dificultando o corte. Torna-se
necessário, portanto, removê-los com uma escova ou carda para lima.
Fig. 23
• Não colocar limas em contato com outras ferramentas, para que seus dentes
não se choquem e não se danifiquem.
• Manter a lima com o seu cabo bem engastado na espiga, para evitar aciden-
tes.
SENAI-RJ – 133
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 24
Plaina desempenadeira
Compõe-se de duas mesas retificadas móveis, apoiadas sobre uma base de ferro fundido. Entre as
duas há um eixo porta-facas assentando em dois mancais.
dispositivo de molas
proteção
mesa posterior encosto paralelo
parafuso de
fixação do
encosto
mesa anterior
parafuso de
regulagem da
altura da mesa
base
Fig. 25
134 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Constituição e características
• Eixo porta-facas
É montado em mancais com rolamentos, nas duas extremidades, e serve para fixar as facas, por
meio de calços e parafusos.
Os tipos de eixo mais comuns são os representados nas figuras 26 e 27 e suas características variam
conforme os tipos de máquina ou largura da mesa.
faca
calço
eixo
faca eixo faca parafuso
calço
calço eixo
parafuso
parafuso
Fig. 26 Fig. 27
• Mesas
São superfícies desempenadas, apoiadas na base, reguláveis por meio de volantes. Elas também são
ajustáveis em altura, e servem para apoiar ou deslizar o material, conforme especificação abaixo.
mesa anterior
Fig. 28
SENAI-RJ – 135
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Observe, na figura 28, que os lábios de aço dão condições para diminuir a abertura da boca e
resistir a pancadas.
Consulte novamente a figura 25, para melhor compreender a função dos seguintes componentes:
• O pino de guia da alavanca de recuo e avanço da mesa serve para fazer esse tipo de movimentação
no sentido horizontal.
• O parafuso de regulação da altura da mesa é que faz a regulagem no sentido vertical, para maior
ou menor desbaste.
• Encosto paralelo - É um conjunto de peças de ferro fundido que serve para encostar a face da
peça a ser desempenada ou desbastada. Fixa-se à mesa por meio de parafusos de sujeição e seu posi-
cionamento na mesa é possível devido a rasgos nos suportes de apoio.
parafuso com
porca
encosto
parafuso de
aperto
mesa
Fig. 29
Força motriz - 2 a 3 HP
136 – SENAI-RJ
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 30
Fig. 31
SENAI-RJ – 137
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Plaina desengrossadeira
É toda construída em base de ferro fundido e possui, na parte superior, cobrindo o eixo, uma capa
de proteção. Constitui-se de um eixo com navalhas cortantes e dois rolos de alimentação, que func-
ionam automaticamente. Ao nível de mesa, estão dispostos dois rolos lisos que servem para o deslize
do material. Esta máquina é destinada a desbastar e uniformizar espessuras.
mudança de corpo
velocidade
guias
cilindro
mesa
volante
freio
escala
milimétrica
Fig. 32
138 – SENAI-RJ
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 33
LEGENDA
A - Capa protetora
Devido à ação de seu peso, pressiona a madeira contra a mesa, evitando que as fibras
sejam desagregadas. Também tem a função de mudar a direção dos cavacos expelidos pela
máquina.
B - Barra traseira
Mantém a madeira pressionada contra a mesa, para evitar que o material trepide.
C - Cilindro de avanço
É estriado e exerce tração sobre a madeira, conduzindo-a para as facas.
O cilindro de avanço e o cilindro liso superior formam um conjunto que é acionado pelo motor,
podendo ser desligado deste último por meio do freio, sem que o eixo porta- facas pare.
F - Mesa
É graduável em altura, com ajuda de dois parafusos manobrados por um volante, e guiada
por corrediças prismáticas.
G - Eixo porta-facas
É semelhante ao da desempenadeira e também gira em sentido inverso ao avanço da madeira
e ao giro dos cilindros.
SENAI-RJ – 139
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 34
Força motriz - 4 a 5 HP
Fig. 35
140 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 36
É especialmente usada na fabricação seriada de tacos, tábuas para soalhos, lambris, guarnições,
rodapés e, principalmente, molduras.
Fig. 37
SENAI-RJ – 141
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
dispositivo
encosto
Fig. 38
Fig. 40
Fig. 39
peça de pouca
espessura
Fig. 41
142 – SENAI-RJ
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Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
gume
chanfro
lâmina
rasgo para fixação
Fig. 42
Existem facas com várias dimensões e formatos. São fabricadas de aço especial temperado ou
calçadas com metal duro que torna o gume mais durável.
- Largura - 25 a 35 mm;
- Espessura 3 a 4 mm.
- Espessura - 7 a 8 mm.
SENAI-RJ – 143
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Tipos de navalha
• Lisas
Fig. 43
• Com rasgos
Fig. 44
Fig. 45
Fig. 46
144 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Vamos praticar?
Vimos, anteriormente, que afagar a madeira significa cuidar de cada detalhe da peça, para que
ela possa, depois, receber o devido acabamento. Alguns desses cuidados você vai conhecer logo a
seguir, e não se esqueça de adotá-los, pois certamente contribuirão para tornar sua obra mais bela.
Fig. 47
SENAI-RJ – 145
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Faça assim!
• Regule a máquina.
• Ajuste a mesa dianteira da máquina para o desbaste, observando as fibras, defeitos e dimen-
sões da peça.
• Desempene as faces, pressionando a peça contra a mesa e impulsionando-a para a frente, até
ultrapassar o eixo porta-facas.
Fig. 48
146 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 49
Desempenar topo
• Regule a máquina.
• Topeje.
SENAI-RJ – 147
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Fig. 50
Aplainar na desengrossadeira
Trata-se de uma operação de desbaste,
usada para aplainar superfícies, deixando-
as planas e uniformes. Tem por finalidade
dimensionar a espessura e a largura de pran-
chas, tábuas ou peças, quando apresentarem
suas faces de referências prontas.
Fig. 51
148 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
Faça assim...
• Regule a máquina.
• Aplaine.
Fig. 52
SENAI-RJ – 149
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Dando afagos à madeira: aplainar, desempenar ou desbastar
• Aplaine somente madeiras cujo comprimento seja superior à medida tomada entre os centros
dos eixos de alimentação da máquina.
150 – SENAI-RJ
Toques e retoques:
raspagem e lixação
Nesta seção...
Raspadeira
Raspador
Lixa
Lixador manual
Vamos praticar?
8
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
8. Toques e retoques:
raspagem e lixação
Em busca da maciez, da suavidade e da perfeição da madeira, para então receber acabamento,
há alguns aliados bem eficientes, tais como a raspadeira, o raspador, as lixas, o lixador manual
e as máquinas lixadeiras.
Você também não deve abrir mão desses equipamentos. Por isso, vamos apresentá-los, um a um,
para que possa conhecer suas finalidades e deles fazer uso no momento certo e de forma segura.
Raspadeira
É uma lâmina de aço que serve para raspar madeira, tirando ondulações e imperfeições
deixadas pela plaina ou por outras ferramentas. Deve ser usada, de preferência, em madeira
dura (madeira de lei).
Características
A raspadeira possui uma lâmina de aço de aproximadamente 75mm x 125mm e é usada em
acabamento, antes do lixamento.
lâmina de aço
Fig. 1
SENAI-RJ – 153
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Raspador
É uma ferramenta usada para a raspagem final das superfícies depois de aplainadas e, também,
para alisar superfícies difíceis de aplainar, devido às fibras irregulares da madeira.
Possui a mesma finalidade da lâmina raspadeira. Todavia, sua lâmina é presa a uma base de ferro
fundido, parecido com a do “spokshaves”.
Constituição e características
Observe, na figura 2, as partes que compõem esse tipo de ferramenta.
pegador
parafuso tensor
da lâmina
parafuso de
lâmina fixação
pegador
base
Fig. 2
154 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Lixa
A lixa é constituída de material abrasivo, granulado, aglutinado sobre papel ou tecido, e serve
para o polimento de peças.
Constituição
A figura abaixo mostra, de forma mais clara, a seção ampliada de uma lixa, na qual se
distinguem três partes.
base
aglomerante
grãos
abrasivos
Fig. 3
2ª- - Aglomerante
É uma cola animal ou vegetal, que liga os grãos uns aos outros e todos à base, onde se aplica
a granulação abrasiva.
3ª- - Base
Constitui o suporte comum da granulação abrasiva, podendo ser de papel ou de pano.
Dimensões
As fitas para máquina encontram-se em rolos de 45 a 50m de comprimento, com larguras variáveis
de 100, 120, 150, 300 a 600mm.
SENAI-RJ – 155
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Fig. 4
FÓRMULA
Comprimento - 2 r + 2 H + 1 larg.
L = largura da cinta
R = raio da polia
• Emprego
Para realizar uma lixação eficiente, observe as indicações abaixo.
Média - nº- 100 a 120 - para peças que devem ser polidas.
A lixa deve ser conservada em lugar seco, pois a umidade ataca o aglomerante,
desagregando o abrasivo e amolecendo a base.
Lixador manual
É um bloco de cortiça, madeira ou borracha, podendo ser revestido com feltro na base e cuja forma
corresponde à superfície a lixar. Portanto, costuma ser confeccionado em formatos diversos, sendo
usado manualmente para pressionar a lixa contra a peça a ser lixada.
156 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
feltro
Fig. 5
Fig. 6
- comprimento: 100mm
- largura: 70mm
- altura: 40mm
Fig. 7
SENAI-RJ – 157
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Estas dimensões permitem a utilização racional da folha de lixa, que poderá ser cortada em 6 peda-
ços e, no ato de lixar, ser mudada de posição para total aproveitamento. Para lixadores de formatos
especiais, também é possível cortá-la em 4 pedaços.
Fig. 8
158 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Fig. 9
Lixadeira de fita
É dotada de instalação au to-
mática para controle da fita e de dis-
positivo para inclinação da mesma.
A particularidade desta lixadeira
é obter lixamento nas bordas, em
ângulo reto, ou variável, 55º até
105º, com perfeição.
Fig. 10
SENAI-RJ – 159
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
mesa de
polia fita (lixa) madeira mesa auxiliar
aspirador motriz
de pó guia
polia porta-fita
volante de
graduação
vertical da
mesa
sapatas
corrediças
guia
longarinas
colunas roldanas
colunas
Fig. 11
Partes principais
- Base
- Corrediças
Conjunto composto de volante, com engrenagens, parafuso e correntes, e serve para ajustar
a altura da mesa.
160 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
- Disco auxiliar
É um disco de alumínio, preso na extremidade oposta do eixo da polia motora. Possui a face plana,
revestida com lixa e serve para lixação de peças pequenas.
Fig. 12
- Polias
- Tensor da lixa
balanceador
tensor
Fig. 13
SENAI-RJ – 161
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
- Mesa
É uma armação de madeira ripada, que se movimenta por meio de roldanas e guias. Serve de apoio
às peças a serem lixadas.
- Mesa auxiliar
É uma peça de madeira, revestida com feltro na parte superior, fixada a um suporte de ferro
fundido, localizado na guia superior.
mesa
auxiliar
Fig. 14
- Sapata (calcador)
É um lixador de madeira revestida com feltro, preso a um conjunto com molas, que se movimenta
horizontalmente em uma guia.
A pressão do mesmo sobre a lixa é dada por meio de uma alavanca, conforme ilustrado
na figura 14.
162 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
- Aspirador
Está instalado na coluna da esquerda e aspira o pó de madeira, por meio de ventoinha, que
gira acoplada ao eixo da polia motora.
- Dispositivos
Para lixar curvas, deve-se colocar a peça sobre dispositivos próprios, que permitam a lixação com
segurança.
Vamos praticar?
Os itens que se seguem vão orientá-lo no manuseio da lixadeira de fita, em variadas situações. É
importante adotar os procedimentos indicados, a fim de poder realizar as tarefas com eficiência e de
modo seguro.
Fig. 15
SENAI-RJ – 163
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Faça assim!
- Use lixa com granulação grossa para o lixamento preliminar, ou para uniformizar superfícies
de madeiras maciças.
- Coloque a lixa, de modo que a parte sobreposta gire a favor da superfície a ser lixada.
- Regule a mesa.
- Ajuste o encosto.
- Lixe.
Fig. 16
164 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Ao lixar bordas e peças pequenas, a sapata ou lixador deve ficar apoiado, no mínimo, à metade
de sua superfície.
Fig. 17
- Ao lixar peças folheadas, tenha o máximo cuidado para não vazar a lâmina.
- Desligue a máquina.
SENAI-RJ – 165
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Fig. 18
- Em peças estreitas, folheados, rebaixos e beiradas, é muito comum o uso de lixadores manuais,
de dimensões variadas.
166 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Fig. 19
Esta operação é muito empregada em trabalhos de madeira em geral, que necessitam de melhor
acabamento.
Faça assim!
SENAI-RJ – 167
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Fig. 21
Realize esse acabamento por meio de disco, polia auxiliar ou, ainda, na mesa
superior.
168 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
Fig. 22
SENAI-RJ – 169
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Toques e retoques: raspagem e lixação
- Lixe.
Fig. 23
170 – SENAI-RJ
Furação na medida certa
Nesta seção...
Punção de bico
Furadeira horizontal
Furadeira de coluna
Vamos praticar?
9
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Furação na medida certa
Para ajudá-lo no processo de furação, vamos apresentar daqui para frente os principais
instrumentos e máquinas que o marceneiro utiliza, freqüentemente.
Punção de bico
É uma ferramenta importante no processo de furação, e costuma estar sempre às mãos do
marceneiro. Vejamos, a seguir, suas finalidades e principais características.
É um pino de aço temperado que serve para reforçar a marcação de centros dos furos. O ângulo
da ponta varia de 90º a 120º.
corpo cabeça
bico
90º 120º
Fig. 1
Na marcação de furos, é essencial o uso de punção de bico. A marca cônica deixada na madeira
determina exatamente o centro do furo e facilita o início da operação de furar com a broca, evitando
que a mesma escorregue ou deslize.
A marca cônica resulta da energia do golpe do martelo, e é regulada de acordo com o tamanho
do furo a ser executado.
SENAI-RJ – 173
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Furação na medida certa
São fabricadas em aço carbono ou rápido e sua ranhura tem forma especial, para facilitar a saída
do material a ser furado. Além disso, apresentam medidas em milímetros, sendo que, em marcenaria,
as mais usadas são as de 3 a 12mm de diâmetro.
aresta cortante
ângulo
da ponta
guia canal
Fig. 2
Broca paralela
É assim chamada, porque possui dois gumes paralelos. É fabricada em aço carbono e seu formato
permite a saída do cavaco. Costuma ser usada na furação de madeiras em geral.
corpo
guias
paralelas
canais
haste
Fig. 3
É importante destacar que o ângulo da ponta deve ser de 160º a 180º, e o ângulo de afiação (gume),
de 45º a 55º, de acordo com a dureza da madeira.
174 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Furação na medida certa
160º a 180º
45º a 55º
Fig. 4
Broca helicoidal
Também chamada broca americana, é uma ferramenta de corte, cilíndrica, provida de ranhuras em
forma de hélice. Em marcenaria, as mais usadas são as 3mm a 6mm de diâmetro.
aresta cortante
ângulo
da
ponta
guia canal
Fig. 5
Para trabalhar em madeira, o ângulo da ponta da broca helicoidal de haste cilíndrica varia de 90º
a 120º de acordo com a dureza da madeira, ou seja, de 90º a 120º para madeiras duras.
eixo
a
90º 120º
Fig. 6
SENAI-RJ – 175
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Furação na medida certa
eixo
Fig. 7
Ponto da broca
É constituída por duas superfícies cônicas que, no seu encontro, formam a ARESTA DA
PONTA. O ângulo dessas duas superfícies cônicas é denominado ÂNGULO DA PONTA
(fig. 5, já apresentada).
A ação da aresta é a de calcar o material, mediante a grande pressão causada pelo movimento de
avanço. A aresta da ponta, no entanto, não corta o material.
pressão do
avanço
ponta
aresta da ponta
Fig. 8
176 – SENAI-RJ
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Furação na medida certa
A figura abaixo mostra, de forma ampliada, um aspecto da ponta de uma broca helicoidal.
rebaixo
diâmetro da broca
alma
aresta cortante
Fig. 9
As duas superfícies cônicas da ponta da broca se encontram com as superfícies dos canais, formando
as arestas cortantes (fios ou gumes da broca). Na furação, o corte é produzido por estas arestas, como
se vê na fig.10; em sua legenda, C é o ângulo do gume; F é o ângulo de folga ou de incidência, e S é
o ângulo de saída do cavaco, também conhecido por ângulo de ataque.
M
F
seção MN
canal
Fig. 10
Corpo da broca
Guias - são estreitas superfícies helicoidais que mantêm a broca em posição correta dentro do furo, sem
produzir corte. O diâmetro da broca é mantido entre as duas guias, como apresentado na figura 9.
Canais - são ranhuras helicoidais. Devido a esta forma helicoidal e ao giro da broca, os cavacos
produzidos pelas arestas cortantes vão sendo levados para fora do furo (fig. 10).
SENAI-RJ – 177
Tecnologia de máquinas, ferramentas e instrumentos de marcenaria –
Furação na medida certa
Alma - é a parte central da broca, entre os dois canais (fig. 9). A alma aumenta ligeiramente de espes-
sura à medida que se aproxima da haste, ou seja, os canais vão se tornando mais rasos. Isso aumenta
a resistência da broca, que é sujeita constantemente a um esforço de torção durante o corte.
O corpo da broca diminui ligeiramente de diâmetro, a partir da ponta até a haste, na relação de
1:2.000. Dessa maneira, ela não se agarra à superfície do furo, quando este for profundo.
Haste da broca
Destina-se à fixação da broca na máquina, ou seja, no mandril.
Furadeira manual
Conforme ilustra a figura, consta de um corpo de ferro fundido no qual estão montadas as demais
punho
engrenagem manivela
cabo
pinhão louco
Fig. 11
partes. O cabo de madeira é roscado ao corpo, para garantir maior firmeza. O movimento da manivela
acionada pelo operador é transmitido ao eixo que suporta o mandril, graças a um sistema de engre-
nagem e pinhão. O mandril, localizado na extremidade do eixo, pode receber brocas cujos diâmetros
variam de 1mm até, aproximadamente, 8mm. Existe, ainda, um punho removível que pode ser retirado
para a execução de determinados serviços e, dependendo das circunstâncias, pode-se furar também
sem o cabo.
178 – SENAI-RJ
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Furação na medida certa
motor mandril
broca
fio
gatilho
punho
Fig. 12
alavanca do
Furadeira manivela de sujeição
da peça
avanço do
bedame
horizontal volante de
regulagem de altura alavanca de
avanço da
É a maquina que, broca broca
corrediças verticais
parafuso de fixação
do limitador
motor
base
Fig. 13
SENAI-RJ – 179
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Furação na medida certa
Componentes e características
Vejamos, agora, as partes que compõem a furadeira horizontal e já especificadas na figura 13.
- Base
- Mesa
Peça de ferro fundido com a face retificada e frisada, que se desloca lateralmente sobre corrediças,
por meio de uma alavanca. Na mesa está fixada a alavanca de sujeição de peças.
corrediças
Fig. 14
- Eixo porta-mandril
parafuso de
fixação
mandril batente
broca
limitador de
profundidade
Fig. 15
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Furação na medida certa
- Mandril
Conjunto de aço utilizado para fixar brocas, por meio de uma chave própria.
orifício da
haste
bainha
engrenagem para
o giro do corpo
orifício de encaixe
da chave
pinhão cônico
pinças (3) ponta de
encaixe
Fig. 16 Fig. 17
A furadeira horizontal, com movimento lateral automático do eixo portátil mandril, apresenta,
ainda, as seguintes características:
Furadeira para
veneziana
É uma máquina com características
diferentes. Serve para furar montantes
para montagem de venezianas em
pares, com brocas próprias e auto-
maticamente.
Fig. 18
SENAI-RJ – 181
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Furação na medida certa
Furadeira de coluna
É a maquina destinada a executar as operações de furação através de uma ferramenta em rotação.
O movimento da ferramenta, montada no eixo principal, é recebido diretamente de um motor elétrico
ou por meio de um mecanismo de velocidade, seja este um sistema de polias escalonadas ou um jogo
de engrenagens. O avanço da ferramenta pode ser manual ou automático . As furadeiras servem para
furar e escarear.
manípulo
motor
cabeçote
mandril coluna
morsa
mesa
base
Fig. 19
Existem vários tipos de furadeiras. As figuras, a seguir, mostram os tipos mais comuns.
Fig. 20
182 – SENAI-RJ
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Furação na medida certa
Fig. 21 Fig. 22
Principais componentes
Vejamos, a seguir, as partes que compõem a furadeira de coluna, já especificadas na figura 19.
- Coluna
É um cilindro retificado, que serve para sustentar o cabeçote e posicionar a mesa em altura.
- Base
Corpo robusto e de peso adequado, para garantir perfeita estabilidade ao conjunto da máquina.
- Cabeçote
É a parte superior da máquina onde estão acoplados o motor, o eixo com mandril, o regulador de
profundidade e o manípulo, que serve para movimentar o mandril verticalmente.
- Mesa
Possui uma superfície retificada, com regulação de altura e movimento radial. Serve de apoio à
morsa ou às peças a serem furadas.
SENAI-RJ – 183
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Furação na medida certa
Vamos praticar?
Nos itens que se seguem você vai encontrar uma série de orientações para usar corretamente as
furadeiras e, também, a broca helicoidal.
Adotando os procedimentos indicados, certamente vai poder realizar as tarefas de modo mais
seguro.
Fig. 23
- Regule a máquina.
Apóie a peça na mesa com a face assinalada para baixo e com o canto bem unido ao encosto,
fixando-a com o parafuso de sujeição.
184 – SENAI-RJ
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Furação na medida certa
Fig. 24
- Acerte a altura da mesa, fazendo coincidir o centro da broca com a linha do centro do furo.
Fig. 25
- Ligue a máquina.
SENAI-RJ – 185
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Furação na medida certa
- Fure.
Fig. 26
Na execução de furos para cavilhas, pode-se usar uma broca com escareador.
Para não aquecer a broca e facilitar a saída do cavaco, fure com movimentos
de vaivém.
186 – SENAI-RJ
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Fig. 27
Fig. 28
SENAI-RJ – 187
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Faça assim!
Fig. 29
188 – SENAI-RJ
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- Fure.
- Ligue a máquina e posicione a peça, fazendo coincidir a ponta da broca com a marcação.
Fig. 30
Use proteção, para evitar que os cabelos e o vestuário sejam alcançados pela
máquina.
SENAI-RJ – 189
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Furação na medida certa
Faça assim!
- Marque a peça.
- Prenda ou apóie a peça, se necessário, e remarque o ponto do furo com punção de bico.
Fig. 31
Fig. 32
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Fig. 33
Em peças com furos vazados, diminuir a pressão, para não lascar a madeira
na saída da broca.
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