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GRANDE DO SUL
DCEENG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 14
1.1 Logística, Movimentação de Materiais e o Custo no Transporte ............................... 14
1.1.1 Importância da Logística .................................................................................... 15
1.1.2 Processos Logísticos ........................................................................................... 16
1.1.3 Armazenagem ...................................................................................................... 17
1.1.4 Estoque ................................................................................................................ 18
1.1.5 Embalagem .......................................................................................................... 19
1.1.6 Transporte ........................................................................................................... 19
1.1.7 Distribuição Física.............................................................................................. 20
1.1.8 Fluxo de Informações .......................................................................................... 20
1.1.9 Nível de Serviço ................................................................................................... 21
1.1.10 Características das Atividades Operacionais ..................................................... 21
1.2 Competitividade Industrial ......................................................................................... 22
1.3 Movimentação de Materiais ....................................................................................... 23
1.3.1 Equipamentos de Movimentação Manual ........................................................... 23
1.3.2 Veículos Industriais ............................................................................................. 25
1.3.3 Empilhadeiras ..................................................................................................... 26
1.3.4 Acessórios Para Empilhadeira............................................................................ 27
1.3.5 Selecionador de Camadas ................................................................................... 31
2 ESTUDO DE CASO ....................................................................................................... 33
2.1 O Gargalo da Operação .............................................................................................. 33
2.2 Escolha do Equipamento ............................................................................................ 33
2.3 Características da Operação ....................................................................................... 36
2.4 Aplicação do Equipamento ........................................................................................ 38
2.4.1 Alterações na Empilhadeira; .............................................................................. 38
2.4.2 Mudança de Layout ............................................................................................. 40
2.4.3 Mudança dos Fluxos ........................................................................................... 42
3.1 Resultados .................................................................................................................. 43
4 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 49
ANEXO A MANUAL DE OPERAÇÃO EQUIPAMENTO TYGARD ............................ 51
v
ABSTRACT
The logistic within companies gain technological systems with the aim to optimize their
business processes. The movement of materials need a great effort that are left in background,
making the process costly and time consuming, The improvement in the logistic process,
starting from the layout and flow of movement of goods within warehouses, generating speed,
safety, economy and reduction of damage to the product. Observing the characteristics of
every material to be move with the demand, we can have a range of equipments and
accessories to aggregate to the operation solving the necks in storage, internal handling, and
shipping of merchandise. One of the most popular outfits when it comes to material handling
forklift truck is that increases productivity with the use of dock able accessories. This work
demonstrates the utilization of one of them in the beverage industry, the Layer Picker. The
collected data and information supporting the benefits of using this machine increasing
productivity and sanctioning the neck of picking in Company X.
Keywords: Layer Picker, Materials Logistics, Accessory for forklift truck, Productivity.
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INTRODUÇÃO
Objetivos
O objetivo principal deste trabalho é o estudo sobre o equipamento acoplado em
empilhadeira, denominado Selecionador de Camadas. Para isto serão abordados conceitos de
13
Objetivos específicos
Os objetivos específicos deste trabalho são:
Justificativa
Efetuando um estudo logístico de uma determinada empresa, denominada “Empresa X”
atuante no ramo de bebidas, observou-se a necessidade de uma consultoria para a organização
dos processos envolvidos no picking dos produtos (separação dos pedidos e montagem dos
mesmos sobre paletes). Aproximadamente 60% dos recursos financeiros de armazenagem são
gastos na atividade. Em função da necessidade de grande exatidão no processo, o sistema de
conferência é manual para evitar falhas operacionais, agregando não só tempo, mas problemas
ergonômicos aos trabalhadores, alto custo, exigência de grandes espaços de armazenagem e
falta de praticidade à operação.
Ainda existe a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, que é suprida com a
mecanização do processo de movimentação de materiais se reflete no aumento do volume de
produção da empresa. A implementação do equipamento Selecionador de Camadas dentro
deste processo logístico é evidenciado por demais benefícios: aumento da versatilidade,
aumento da capacidade da operação, extinção de riscos ergonômicos, diminuição do espaço
de armazenagem, dentre outros.
A funcionalidade do equipamento pode não estar explicitamente. É demonstrada no
trabalho, comprovando a eficácia e os pontos positivos do uso dele nesta operação.
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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
primeiros campos onde procura-se melhorias de qualidade para a redução de custos. Cerca de
3% a 5% das cargas movimentadas são danificadas. Arranhões e riscos nas paredes e pisos
das instalações de manufatura são provas suficientes dos problemas de qualidade que surgem
da movimentação descuidada dos materiais.
A logística tem se tornado cada vez mais importante nos últimos anos, principalmente
a partir da década de 70. Segundo LAMBERT, STOCK E VANTINE (1993), os processos
logísticos são percebidos como três componentes necessários: uma atividade onde podem ser
geradas consideráveis economias de custos, uma atividade com enorme potencial para
impactar a satisfação do cliente e como consequência o aumento de vendas e uma ferramenta
de marketing, que pode ser efetivamente utilizada para o ganho de vantagens competitivas.
Uma prova da importância da logística, segundo CHRISTOPHER (1992), foi em 1991,
quando, na Guerra do Golfo, os Estados Unidos e seus aliados tinham um tempo
extremamente pequeno para se transferir para o Oriente Médio. Nessa viagem eles levaram
meio milhão de pessoas, incluindo materiais e suprimentos, que tiveram que ser transportados
por 12.000 quilômetros via aérea, e mais de 2,3 milhões de toneladas de equipamentos
transportados pelo mar, tudo em questão de meses. Ainda para CHRISTOPHER (1992), “Ao
longo da história do homem guerras têm sido ganhas ou perdidas através do poder da
capacidade logística, ou da falta delas”.
Vendo como um diferencial competitivo, a logística pode ser administrada como uma
grande vantagem. Também segundo CHRISTOPHER (1992), “o gerenciamento logístico tem
potencial para auxiliar a organização e alcançar tanto vantagens em custo/ produtividade, com
a vantagem em valor”.
Traduzindo para uma linguagem mais direta, o gerenciamento logístico reduz o custo de
movimentação, agrega valor e oferecer um diferencial na qualidade do serviço ao cliente. Há
diversas possibilidades para o aumento da lucratividade, contribuindo de forma significativa a
melhoria da performance de empresa representando um resultado financeiro positivo.
Para LAMBERT, STOCK E VANTINE (1993), os custos logísticos de uma empresa
podem ser até dez vezes maiores do que os custos em propaganda. Com isso, todos os pontos
logísticos devem ser administrados de uma maneira eficiente para obter-se a redução dos
custos, ou uma maior satisfação dos clientes, em consequência maior lucratividade.
16
De acordo com CHING (1999) os temas tratados na atividade logística são bastante
diversificados:
Para KAIBARA (1999), a logística passa ser a integradora das várias funções ao longo
da cadeia produtiva. Sua base conceitual evolui de forma a considerar sistemicamente todas as
atividades que se relacionam diretamente ou indiretamente os fluxos físicos e de informações.
Dentro desse conceito moderno, para NOVAES (1999) a logística aparece como
gerenciamento da cadeia produtiva, como elemento chave de interligação.
17
Segundo RUSSO (2009) o sistema de distribuição depende pelo menos de quatro etapas
fundamentais para seu bom desempenho:
1.1.3 Armazenagem
1.1.4 Estoque
Ainda segundo CHING (1999), a formação de estoque acumula um capital que poderia
estar sendo investido de outra maneira, redirecionando então o uso destas verbas de
investimentos da empresa. O certo até então é o aumento da rotatividade do estoque,
garantindo que o mesmo não fique obsoleto, podendo economizar em manutenção de estoque.
Sabe-se que é de fundamental importância atender o cliente em termos de tempo, no
lugar e na hora certa.
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Assim que o produto sai do estoque, deve já estar devidamente embalado para que possa
ser movimentado, manuseado e embarcado para entrega no cliente. Aí faz-se necessária a
abordagem da importância das embalagens.
1.1.5 Embalagem
1.1.6 Transporte
Para que o processo de distribuição física seja eficiente, necessário possuir as informações
corretas no tempo adequado para atender a demanda.
Qualidade: para obter esta fator, a empresa deve efetuar corretamente seus serviços e
produtos satisfazendo seus clientes internos e externos. A vantagem em qualidade
reduz o custo de garantias, pós vendas e ainda aumenta a confiabilidade do produto, se
refletindo no aumento de vendas;
Rapidez: fator importante é o tempo de atendimento ao cliente. Também agrega a
rapidez de movimentação interna e organização. Destaca-se também pelos processos
de fabricação, separação de pedidos, tomada de decisões e fluxo de informações. A
vantagem da rapidez reduz estoques (incluindo intermediários). Considerando uma
empresa é veloz em sua produção, dispensa-se o uso de estoques excessivos.
Confiabilidade: é o cumprimento dos prazos. O mesmo só é percebido e monitorado
após a compra do serviço. Caso não seja cumprido o prometido, gera-se insatisfação
do cliente, obstruindo a possibilidade de futuros fornecimentos. A confiabilidade
economiza tempo na cadeia, pois o prometido sempre é cumprido, evitando horas-
extras, custos de transporte alternativos, etc. proporcionando assim estabilidade,
evitando problemas de qualidade, garantindo previsibilidade para o processo e
mantendo os custos baixos.
Flexibilidade: capacidade de mudança para atender as novas necessidades do cliente.
Resume-se em atender uma entrega em tempo diferenciado, ou atendendo uma
mudança de quantidade do pedido, etc. A vantagem em flexibilidade agiliza o tempo
de resposta aos clientes, mantendo a rapidez em conjunto com a confiabilidade e
qualidade
Custo: é o fator mais importante. Além de custos diretos (mão de obra, embalagem,
equipamento, instalações, etc.), cada fator competitivo abordado acima influencia de
maneira muito perspicaz o custo do equipamento, de alguma maneira sempre
mantendo-o, acima de tudo competitivo. A maior ferramenta para o melhor
aproveitamento do desempenho em custos, é o trabalho do desempenho e todos os
outros fatores analisados.
Todos os fatores acima são de fundamental importância para que a empresa seja bem
sucedida e bem estabelecida no mercado. Analisando de maneira mais detalhada, chega-se a
conclusão de que todos influenciam de maneira temporal ou financeira o produto final.
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São equipamentos motorizados ou não, que são usados para transportar ou manobrar as
cargas sobre diversas superfícies ou espaços. São exigidos principalmente nos processos de
armazenagem, não apenas para a movimentação dos materiais, mas para também colocá-los
em posição conveniente. Para MILAN (2011), a sua principal característica é a flexibilidade
de percursos e de carga e descarga.
Um dos tipos mais comuns de veículos industriais são os carrinhos industriais
representados na Figura 3. Ainda existem os autocarrinhos (Automatic Guided Vehicle –
AGV), visto na Figura 4. É um veículos que se movimentam de forma autônima e automática.
Fonte: Still
1.3.3 Empilhadeiras
Grupo 2: Garras para Bobinas, Fardos, Tijolos, Rodas e Tambores (Figura 8a) , Caixas
(Figura 8b) , Eletrodomésticos (Figura 8c);
Grupo 3: Posicionadores de Garfos (Figura 9 a, b , c);
Grupo 4: Empurradores de Carga e Push Pull (Figura 10a), Inversores Empurradores
(Figura 10b), Inversores (Figura 10c);
Grupo 5: Fixadores de Cargas, Empilhador Frontal (Figura 11a), Trilateral (Figura
11b), Garfos Telescópicos; Selecionador de Camadas (Figura 11c);
Grupo 6: Deslocador Vertical (Figura 12a)Torres de elevação (Figura 12 b), e Suporte
de Garfos;
Grupo 7: Lanças Guindastes (Figura 13a), Prolongadores de Garfos (Figura 13b),
Garfos e Tarugos (Figura 13c),
Grupo 8: Spreader (Figura 14a) , Top Spreader (Figura 14b), Frame;
Figura 7 – (a) Aparalho Giratório, (b) Basculador Lateral, (c) Basculador Frontal
Figura 8 – (a) Garra para Tambores; (b) Garra para Caixas; (c) Garra para Eletrodomésticos;
Figura 10 – (a) Push Pull, (b) Empurrador Inversor de Carga, (c) Inversor de Carga
Figura 11 – (a) Empilhador Frontal, (b) Empilhador Trilateral, (c) Selecionador de Camadas
2 ESTUDO DE CASO
Fonte: O Autor
Os pedidos chegam à expedição via sistema. Uma empilhadeira separa o palete vazio e
outros com as mercadorias constituintes do pedido. Um único pedido pode possuir várias
camadas, considerando mercadorias diferentes. A montagem do palete é feita manualmente
por um funcionário que está sujeito à riscos ergonômicos. Após a montagem das camadas, é
efetuada a conferência dos volumes por um funcionário dedicado à operação. O palete com as
diversas cargas é carregado e o processo com baixa produtividade finalizado.
O estudo de viabilidade teve como ponto de partida a identificação dos produtos que
podem ser movimentados pelo Selecionador de Camadas. Após a identificação dos 100
37
produtos com maior volume de venda, que poderiam ser utilizados, concluiu-se que para o
teste do equipamento seria selecionado apenas 13 deles, que representam 67% de todo o
volume de camadas vendidas. A Figura 21 demonstra o gráfico com as quantidades de
camadas fechadas em julho de 2012.
Fonte: Empresa X
Fonte: Empresa X
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Ainda são instaladas as roldanas na torre da empilhadeira, que tem como função manter
as mangueiras hidráulicas sempre alongadas, sem formação de barrigas e/ou nós. O kit já
contempla as mangueiras de ligação, juntamente às conexões e terminais. Tudo está
representado na Figura 25.
manobrar) e efetuar uma mudança de layout da operação, de modo a ficar mais próximo
possível da Figura 23.
Figura 26 – Sistema de Roletes
Para que o processo pudesse estar em forma para a obtenção do melhor desempenho,
necessário uma mudança do layout no picking dos produtos. A adequação se dá em função
que, a empilhadeira com o equipamento se movimentam dentro dos trilhos. Ao lado direito da
mesma estão os paletes dos produtos.
Como sugestão, a Saur Equipamentos S.A. forneceu um desenho do melhor layout pra
este processo primário de adequação (teste), que é visto na Figura 27.
Este seria o primeiro passo para a mudança. Após a aprovação todo o fluxo do picking
seria adequado para o uso do equipamento. Para um fluxo maior de movimentação, a empresa
demonstrou uma segunda proposta de layout mais profunda, com a disponibilidade de mais
equipamentos para a mesma operação, otimizando o processo de expedição, como é visto na
Figura 28.
estão os paletes com os cases dos 13 produtos diferentes e do outro estão os paletes para o
picking.
Fonte: Empresa X
A empilhadeira com o equipamento coleta as caixas dos produtos, vai até o extremo do
armazém e efetua a manobra de 180°, largando as camadas sobre outros paletes, do outro lado
do trilho. Desta maneira, repedindo a operação diversas vezes, os pedidos com os cases
solicitados são completados e empilhados em camadas. O termo usando operação é o
“fechamento das camadas para o picking”.
Pensando ainda na maior produtividade, necessário também a mudança dos fluxos desta
operação, novos funcionários devidamente qualificados estariam sendo posicionados para o
picking. A Figura 30 mostra o novo fluxo que a empresa implementou para o uso do
equipamento.
43
Fonte: Empresa X
Em um primeiro momento, o software gera um resumo do pedido das cargas, que são
posicionadas próximas ao Layer Picker, que monta a carga dos pedidos, conforme mostrado
na Figura 28. Após a montagem das camadas um auxiliar retira o palete, faz o lançamento na
planilha de produtividade e procede com o picking manual das caixas restantes indicadas pelo
resumo de pedido.
3.1 Resultados
Fonte: Empresa X
Fonte: Empresa X
Fonte: Empresa X
Fonte: Empresa X
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Fonte: Empresa X
Com os dados, vê-se primeiramente grande diferença dos tempos do primeiro para o
segundo turno, com processo manual ou com o uso do acessório. Essa diferença ocorreu em
função das excessivas paradas no processo, já que o primeiro turno da empresa possui um
grande fluxo, não podendo concentrar e a atividade com exclusividade.
Tomados os tempos, fez-se uma média deles primeiramente com o selecionador de
camadas, demonstrado na Tabela 7.
120 159 s
100 255 s
120 300 s
100 290 s
60 138 s
Σ 500 Σ 1.142 s
Fonte: Autor
Assim, chega-se a movimentação de 500 caixas, em um tempo de 1.142 segundos.
Dividindo esses valores, tem-se uma média de paletes com 100 caixas, com sua formação a
um tempo de 3 minutos mais 52 segundos. Fazendo a média, chegou-se ao valor de 15,51
palete/ hora com 100 caixa, total de 1.551 cases/hora com o uso do Selecionador de Camadas.
Segundo nessa mesma linha de cálculo, fora calculada a produtividade do homem
mostrado na Tabela 3.
46
120 665 s
100 517 s
120 926 s
100 435 s
60 343 s
Σ 500 Σ 2.886 s
Fonte: Autor
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logistical Management: the integrated supply
chain process, New York, McGraw-Hill: 1996.
CHING, Hong Yuh, Gestão de estoques na cadeia logística integrada – Supply Chain, São
Paulo, Atlas: 1999
DAGANZO, Carlos F., Logistics systems analysis: Lecture notes in economics and
mathematical systems, Berlin, Sringer-Verlag: 1991.
KOCH, Marcio Leandro, Melhorias no processo logístico com Push Pull (empurra puxa
cargas): Aplicação do Slip Sheet em substituição ao palete, Dissertação de Pós-Graduação,
Panambi: Lato Sensu em Engenharia Industrial, Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul: 2013.