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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo para a expansão da capacidade de armazenamento de um
armazém em função do aumento de demanda de uma grade fabricante. Como propostas analisadas para aumento da
capacidade estará sendo analisado alterações de equipamentos de movimentação e o próprio leiaute do armazém. A
metodologia utilizada será um estudo de caso associado a uma pesquisa exploratória mista onde será feita a análise de
capacidade atual do galpão com o objetivo de mensurar o quanto pode ser expandido. A partir dos dados obtidos será possível
determinar a viabilidade da aplicação, se atende a necessidade da empresa e alcançar o retorno esperado.
ABSTRACT
The present work has as objective to present a study for the expansion of the storage capacity of a warehouse in function of
the increase of the demand of a manufacturer grid. As proposals analyzed for capacity increase will be analyzing changes in
moving equipment and the layout of the warehouse itself. The methodology used will be a case study associated to a mixed
exploratory research where the analysis of the current capacity of the shed will be done in order to measure how much can
be expanded. From the data obtained, it will be possible to determine the feasibility of the application, if it meets the need of
the company and reach the expected return.
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
Otimizar a capacidade de armazenagem de um armazém com a substituição de
equipamentos de movimentação.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Leiaute
Fonte: https://clark-empilhadeiras.com.br/produto/gts-25-30-33/
Geralmente, as cargas são colocadas em cima de estrados de madeira (paletes), que são
levantados e guardados em prateleiras (D’AGUANI, 2009).
Antigamente à maioria das operações logísticas eram feitas com combinações de tipos
de equipamentos, como por exemplo uma empilhadeira contrabalançada para a realização de
serviços externos; uma empilhadeira mastro retrátil ou trilateral dentro do armazém para a
realização de empilhamento de paletes e uma selecionadora de pedidos para ser feita a coleta
de unidades de estoque e entrega até a linha de produção ou até um ponto de transferência.
Também é utilizada essa combinação nos dias atuais em muitas operações logísticas, pois para
estocagem eficiente ainda depende bastante das interações de empilhadeiras. Porém, essa
combinação com vários equipamentos tem um alto custo, assim sendo, é preciso optar por
formas mais econômicas para realização das mesmas atividades dentro e fora do estoque.
Por essa necessidade os fabricantes de empilhadeiras desenvolveram um novo modelo
onde em um único equipamento, houvesse a combinação desses movimentos. Em 1990 Fred
Brown, da Translift, projetou uma empilhadeira articulada, onde sua movimentação é ótima e
essencial para corredores estreitos. Após sua invenção, outros fabricantes projetaram máquinas
híbridas, onde executam o trabalho de uma empilhadeira contrabalançada e de uma
empilhadeira mastro retrátil. As empilhadeiras articuladas (figura 2 abaixo) podem operar em
corredores estreitos e com menos de 2 m, elevar cargas de paletes em alturas de até 12,5 m e
descarregar o estoque no pátio de carga. O seu modelo articulado permite ao operador ir até o
centro do palete, esterçar a direção e o mastro a 90 graus e em seguida ir diretamente ao palete.
Feito isso, o operador sai de ré e desesterça a direção. (Revista Logística e Supply Chain, 2011).
Figura 2. Empilhadeira articulada
Fonte: https://www.logismarket.ind.br/combilift/
função das características das empilhadeiras, dos elementos de armazenagem e das dimensões
do local.
Conceitua Dias (2012) que porta paletes convencionais são estruturas de armazenagem
pesada estática, além de mais conhecida é muito utilizada dentro do mercado dentre as
estruturas de armazenagem de partes, por conta de sua grande funcionalidade e praticidade além
de sua estrutura ser de menor custo por paletes estocado se compararmos a outros tipos de
estruturas de armazenagem de paletes. Na figura 3 exemplo de porta paletes:
Fonte: http://projetoversatile.com.br/produtos/porta-palete
3.4 Armazenagem
Fonte: http://empilhadeiraguia.com/porta-pallet/
4. METODOLOGIA
A metodologia será uma pesquisa exploratória mista, utilizando-se de dados qualitativos
e quantitativos por meio de um estudo de caso. A qualitativa para realizar a coleta de
informações (questões e narrativas), e quantitativa onde será feita uma análise de capacidade
atual do galpão, com o objetivo de mensurar o quanto pode ser expandido e, com isso, qual será
o ganho em armazenagem possível com a troca da estrutura atual e a implantação de novos
equipamentos de maneira a viabilizar a substituição do leiaute e equipamentos.
De acordo com Creswell (2003), abordagem mista é quando dados qualitativos e
quantitativos são coletados e analisados para estudar um fenômeno em um único trabalho.
5. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
O estudo será feito no centro de distribuição (CD) da empresa que iremos denominar
“produto acabado” que está situada na cidade de São Paulo no município de Mogi das Cruzes.
A empresa comercializa produtos do tipo condicionador de ar em amplas variações e distribui
para diversos cliente saindo de seu CD localizado em SP.
Com o aumento das vendas foi verificado a necessidade de aumentar a capacidade de
armazenagem destes produtos afim de manter estoque para atendimento imediato aos seus
clientes. Após análise da área total da empresa, foi notado a possibilidade de aumentar a
dimensão em metros quadrados, porém, devido a restrições de área de preservação no terreno
aos arredores da empresa está foi descartada. Com isso, foi determinado, que será necessário
redimensionar a área interna com o intuito de obter aumento de capacidade para armazenar os
produtos.
O armazém dispõe da área total de 1183 m² sendo 51,2m de comprimento e 23,1m de
largura e 10m de pé direto. No projeto atual, a intralogística é realizada com empilhadeiras do
tipo convencional, utilizando-se de estruturas porta paletes, para paletes de 1,50m por 1,50m
(largura e comprimento) e com verticalização para 6 paletes, com altura máxima de 1,3m por
palete.
Sua capacidade atual é 1344 posições palete sendo que, os corredores atuais para
movimentação das empilhadeiras possuem 3,1m e os porta paletes por sua vez tem ocupação
total de 1,65m pois, além do espaço para armazenagem dos palete existe o espaço referente a
estrutura de sustentação e o espaço exigido por norma e recomendado pelo fabricante. Na figura
5 abaixo é possível verificar as dimensões atuais do armazém.
Figura 5. Leiaute atual do armazém
Isto posto, caso seja feita a alteração do leiaute e a utilização das empilhadeiras
articuladas, será possível aumentar a capacidade de armazenagem para 42% ante 33% do leiaute
anterior e haverá um aumento de 336 posições de palete.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
É evidente que a partir destes cálculos haverá uma melhora significativa na capacidade
de armazenagem pois o estudo trata de alterar o desenho do armazém já existente não incluindo
obras de ampliação de estrutura do depósito e sim a estrutura interna da área já utilizada.
Haverá certamente o custo de implantação da nova frota de empilhadeiras. O orçamento
estimado é de R$ 242.383,00 por empilhadeira articulada, bem como um custo de $154.235,00
pelo aumento da estrutura porta palete em função do aumento das 336 posições calculadas.
Pelas informações fornecidas pela empresa, serão necessárias 4 empilhadeiras, portanto
o investimento necessário nesse projeto será representado na tabela 1 abaixo:
Tabela 1. Valores para implantação do projeto
Em seguida, com os valores médios dos produtos, iremos calcular qual o valor de
armazenagem ganho com o novo leiaute.
Na equação 3 iremos obter o valor possível de se armazenar em produtos novos, nos 336
paletes ganhos com a alteração do leiaute de forma a estimar a rotatividade necessária, nesses
paletes, para que haja o retorno do investimento inicial do projeto.
Sabendo que o valor de venda não reflete o lucro por produto obtido pela empresa, e
que a média de lucro, informado pela empresa, é de 20% valor de venda do produto. Através
da equação 4 será calculado a rotatividade mínima necessária para retorno do investimento.
((𝑉. 𝐴. 𝐶. 𝐴. 𝑅 + 𝑉. 𝐴. 𝐶. 𝐴. 𝐶. ) 𝑥 0,2)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = (Eq.4)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Desta maneira, será necessário ocupar 2,08 vezes os 336 paletes ganhos na alteração do
leiaute para que haja o retorno do investimento.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no estudo, podemos verificar a importância de existir a busca continua por
novas tecnologias e formas de trabalho, ou seja, acompanhar o mercado que rege o nosso dia a
dia de forma a obter conhecimento afim de aprimorar os processos internos continuamente. O
estudo demostrou o ganho possível com a aplicação em apenas um processo da empresa e
poderá ser expandido inclusive através de outras melhorias como inclusão de software para
controle de estoque mais eficazes entre outras tecnologias.
O objetivo do estudo era verificar a estrutura atual da empresa com o intuito de buscar
melhorias e, por meio de uma pesquisa exploratória mista com a coleta das informações
necessárias realizar o estudo levando em consideração todas as informações relevantes passadas
pela empresa. Desta forma, diante da estrutura atual da empresa para a implantação do projeto
e dentro das restrições impostas, verificamos que a alteração do leiaute interno atenderia o
propósito do estudo, uma vez que a altura do galpão e as suas dimensões já estão em sua
capacidade máxima.
A troca da frota de empilhadeira foi o que plenamente atendeu a necessidade da empresa
pois, aumentou o seu espaço de armazenagem e consequentemente o aumento das receitas da
empresa uma vez que terá maior capacidade de armazenagem e consecutivamente maior
disponibilidade dos produtos abrindo caminho para progressivamente ocorrer aumento das
vendas, que conforme mencionado anteriormente, o diferencial no mercado encontrado foi a
disponibilidade imediata para atender seus clientes.
Dessa forma, entendemos que o trabalho alcançou seu objetivo inicial que era melhorar
a capacidade de armazenagem levando em conta o modelo atual de trabalho da empresa.
Compreendemos que outras variáveis deverão ser consideradas futuramente pois como
alcançamos o maior nível de ocupação possível do espaço atual e a perspectiva da empresa é
de crescimento constante dentro desse mercado, será necessário encontrar outras formas de
aumentar capacidade seja terceirizando espaços ou alterar a localização do centro de
distribuição.
REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Logística Empresarial. Editora Atlas, 1ª edição. São Paulo. 1993.