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LOGÍSTICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO


FATEC GUARULHOS – GUARULHOS/SP - BRASIL
31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019
ISSN 2357-9684

ESTUDO DE VIABILIDADE PARA AUMENTO DE CAPACIDADE EM


UM ARMAZEM COM A IMPLANTAÇÃO DE EMPILHADEIRAS
ARTICULADAS: ESTUDO DE CASO

FERNANDO RICCI RODRIGUES (FATEC GUARULHOS)


fernando.rodrigues28@fatec.sp.gov.br
JÉSSICA CALDAS DE SOUSA (FATEC GUARULHOS)
jessica.caldas@fatec.sp.gov.br
JOSÉ MARTINO NETO (FATEC GUARULHOS)
jose.martino@fatec.sp.gov.br

RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo para a expansão da capacidade de armazenamento de um
armazém em função do aumento de demanda de uma grade fabricante. Como propostas analisadas para aumento da
capacidade estará sendo analisado alterações de equipamentos de movimentação e o próprio leiaute do armazém. A
metodologia utilizada será um estudo de caso associado a uma pesquisa exploratória mista onde será feita a análise de
capacidade atual do galpão com o objetivo de mensurar o quanto pode ser expandido. A partir dos dados obtidos será possível
determinar a viabilidade da aplicação, se atende a necessidade da empresa e alcançar o retorno esperado.

PALAVRAS-CHAVE: Armazenagem; Equipamentos de movimentação; leiaute

ABSTRACT
The present work has as objective to present a study for the expansion of the storage capacity of a warehouse in function of
the increase of the demand of a manufacturer grid. As proposals analyzed for capacity increase will be analyzing changes in
moving equipment and the layout of the warehouse itself. The methodology used will be a case study associated to a mixed
exploratory research where the analysis of the current capacity of the shed will be done in order to measure how much can
be expanded. From the data obtained, it will be possible to determine the feasibility of the application, if it meets the need of
the company and reach the expected return.

Keywords: Storage; Handling equipment; Layout

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1. INTRODUÇÃO

O setor de armazenagem cresce na mesma proporção que os serviços logísticos em


função da sua participação cada vez mais destacada em nosso PIB. Esse aumento pode levar
empresas a terem a necessidade de analisar as possíveis opções de aumento de capacidade em
armazéns, buscando otimizações em vez de simplesmente contratar operadores logísticos que
possam aumentar custos em suas operações.
A proposta desse trabalho é justamente verificar a possibilidade de ampliação da
capacidade de armazenagem de um armazém por meio da substituição dos atuais equipamentos
de movimentação por outros equipamentos tecnologicamente mais modernos, analisando a
viabilidade do referido projeto.
Para tanto, utilizaremos um estado de caso, em uma empresa denominada a partir de
agora como “produto acabado”, pois não há autorização para que se exponha o seu nome real.
A empresa em questão, produz diversos tipos de produtos e para esse estudo iremos
utilizar os produtos do tipo condicionador de ar que são produzidos na unidade fabril no estado
da Amazônia no município de Manaus e são armazenados no centro de distribuição (CD) no
estado de São Paulo no município de Mogi das Cruzes.
Nessa análise será verificado qual a forma mais viável para manuseio e armazenagem
dos produtos no CD após o recebimento da fábrica afim de serem futuramente transportados
para os clientes da empresa em todo o território nacional.
Diante do aumento da demanda referente aos produtos comercializados pela empresa,
verificou-se a necessidade de aumentar a capacidade de armazenagem no CD afim de atender
aos clientes de forma imediata, uma vez que ter disponibilidade em estoque é o diferencial para
que houvesse o crescimento dentro do mercado de climatização que a empresa atua.
Existem diversas formas de se desenvolver um leiaute de um armazém com vários
sistemas de armazenagem e movimentação de materiais. Não é a finalidade desse trabalho,
exaurir o tema relativo a estas variáveis. Portanto, o modelo proposto terá como foco um
armazém com estruturas porta paletes e os equipamentos de movimentação considerados, serão
as empilhadeiras elétricas e de combustão movimentadas por operadores, não estendendo o
assunto a equipamentos automatizados.
Tal estudo permitirá dimensionar e verificar a viabilidade em relação ao aumento da
capacidade de armazenagem útil, não sendo propósito deste, apresentar variáveis de espaços
relativos à picking (separação), docas de carga e descarga, áreas administrativas e pátios para
manobras de veículos.
O modelo apresentado também não levará em conta a melhor alocação dos itens nos
espaços armazenados, e sim, somente atribui a melhor alocação das estruturas de armazenagem,
se verticalizadas e ou horizontalizadas (TONDATO, 2014).
O estudo será realizado utilizando-se da metodologia de pesquisa mista com base nos
dados qualitativos e quantitativos de armazenagem atual. Será analisado quais os modelos de
leiaute e armazenagem disponíveis no mercado que podem ser aplicados no CD, de forma que,
seja possível definir a melhor estratégia de projeto que se enquadre no perfil da empresa e possa
alcançar os objetivos desejados

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2. OBJETIVO
Otimizar a capacidade de armazenagem de um armazém com a substituição de
equipamentos de movimentação.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Leiaute

De acordo com Hudson e Haddad (2014), atualmente é de extrema relevância a análise


do leiaute em uma empresa que se pode igualar com a importância da estratégia de vendas
utilizada. Isso se deve ao fato de que quando a implantação de leiaute realizada e adequada a
necessidade da empresa, pode haver economias em diversos aspectos, seja devido à distribuição
dos instrumentos de trabalho, dos pontos de armazenamento ou ao fator humano envolvido.
(Apoud, MANTOVANI, 2015).
Raiter (2015) afirma que otimizar o leiaute de um armazém pode ser capaz inclusive de
gerar diferenciais competitivos, nos quais as empresas podem se basear para obter vantagens
mercadológicas importantes para seus resultados finais. Ter um armazém bem estruturado
maximiza a eficiência da entrega dos materiais necessários tanto para clientes internos, quanto
externos. Além disso, melhorando o espaço é possível, por exemplo, estocar grandes
quantidades de materiais cujo valor irá sofrer forte variação, planejando de forma estratégica o
preço final de seus produtos, bem como suas ações de vendas (Apoud, MANTOVANI, 2015).
MOURA (2014) explica que leiaute é uma localização dentro do estoque no deposito
onde diretamente afeta nas despesas total de movimentação dos materiais e as utilizações de
espaço dentro do depósito. Pode-se afirmar que é pensado em todo o espaço da estocagem e
também em separações de pedidos internos de um depósito.

2.2 Equipamentos de Movimentação

Dentre os equipamentos de movimentação utilizados em um armazém destaca-se o uso


das empilhadeiras, que inclusive será um ponto fundamental nesse estudo para a busca do
aumento de capacidade do armazem.
Empilhadeira é uma máquina que dispõe de motor, seja elétrico ou a combustão (figura
1 abaixo), e tem a finalidade de empilhar e arrumar cargas em armazéns, parques ferroviários,
pátios, entre outros. A empilhadeira é uma máquina industrial utilizada para elevar e carregar
materiais, normalmente através de garfos de metal que são inseridos por debaixo da carga.

Figura 1. Empilhadeira convencional

Fonte: https://clark-empilhadeiras.com.br/produto/gts-25-30-33/

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Geralmente, as cargas são colocadas em cima de estrados de madeira (paletes), que são
levantados e guardados em prateleiras (D’AGUANI, 2009).
Antigamente à maioria das operações logísticas eram feitas com combinações de tipos
de equipamentos, como por exemplo uma empilhadeira contrabalançada para a realização de
serviços externos; uma empilhadeira mastro retrátil ou trilateral dentro do armazém para a
realização de empilhamento de paletes e uma selecionadora de pedidos para ser feita a coleta
de unidades de estoque e entrega até a linha de produção ou até um ponto de transferência.
Também é utilizada essa combinação nos dias atuais em muitas operações logísticas, pois para
estocagem eficiente ainda depende bastante das interações de empilhadeiras. Porém, essa
combinação com vários equipamentos tem um alto custo, assim sendo, é preciso optar por
formas mais econômicas para realização das mesmas atividades dentro e fora do estoque.
Por essa necessidade os fabricantes de empilhadeiras desenvolveram um novo modelo
onde em um único equipamento, houvesse a combinação desses movimentos. Em 1990 Fred
Brown, da Translift, projetou uma empilhadeira articulada, onde sua movimentação é ótima e
essencial para corredores estreitos. Após sua invenção, outros fabricantes projetaram máquinas
híbridas, onde executam o trabalho de uma empilhadeira contrabalançada e de uma
empilhadeira mastro retrátil. As empilhadeiras articuladas (figura 2 abaixo) podem operar em
corredores estreitos e com menos de 2 m, elevar cargas de paletes em alturas de até 12,5 m e
descarregar o estoque no pátio de carga. O seu modelo articulado permite ao operador ir até o
centro do palete, esterçar a direção e o mastro a 90 graus e em seguida ir diretamente ao palete.
Feito isso, o operador sai de ré e desesterça a direção. (Revista Logística e Supply Chain, 2011).
Figura 2. Empilhadeira articulada

Fonte: https://www.logismarket.ind.br/combilift/

3.3 Estruturas porta palete

Outro ponto fundamental de analise em um armazem são as estruturas de armazenagem


denominadas de porta paletes.
As estruturas do tipo porta paletes proporcionam a verticalização do espaço de forma
simples e seletiva, possibilitando o rápido acesso a toda carga armazenada utilizando-se
empilhadeiras. A armazenagem paletizada propicia outras utilizações como áreas de picking,
cargas conteinerizadas, passarelas em piso entre os planos, armazenagem de tambores, bobinas
e outros materiais (BALLOU, 1993; HUQ et al., 2006).
De acordo com o fabricante das estruturas porta paletes a empresa Mecalux (2019), é
uma ótima solução para armazéns onde é indispensável armazenar produtos paletizados com
grande variedade de de itens no estoque. A distribuição e altura das estantes se determinam em

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função das características das empilhadeiras, dos elementos de armazenagem e das dimensões
do local.
Conceitua Dias (2012) que porta paletes convencionais são estruturas de armazenagem
pesada estática, além de mais conhecida é muito utilizada dentro do mercado dentre as
estruturas de armazenagem de partes, por conta de sua grande funcionalidade e praticidade além
de sua estrutura ser de menor custo por paletes estocado se compararmos a outros tipos de
estruturas de armazenagem de paletes. Na figura 3 exemplo de porta paletes:

Figura 3. Porta paletes

Fonte: http://projetoversatile.com.br/produtos/porta-palete

3.4 Armazenagem

De acordo com Rodrigues (2007), a função de armazenagem tem como objetivo


promover a disponibilidade de materiais para a indústria e para seus clientes, contribuindo,
assim, com a funcionalidade da cadeia de suprimentos.
Ainda segundo o autor, podemos destacar que o valor proporcionado pela armazenagem
consiste no produto certo, no local certo, no momento certo. Sem um completo entendimento
desse conceito, empresas falham ao não levar em consideração armazenagem como atividade
que agrega valor, incorrendo então em custos desnecessários por não abordar convenientemente
o assunto (RODRIGUES, 2007).
Destaca MOURA (2014) que armazenagem é a atividade onde diz respeito a todo o
sistema de estocagem ordenada e também da distribuição de produtos acabados (atividades da
cadeia de suprimentos) dentro da própria fábrica e/ou em locais destinados, através dos
fabricantes, ou utilizando um processo de distribuição. Na figura 4 temos exemplo de
armazenagem.

Figura 4. Armazenagem em porta palete

Fonte: http://empilhadeiraguia.com/porta-pallet/

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4. METODOLOGIA
A metodologia será uma pesquisa exploratória mista, utilizando-se de dados qualitativos
e quantitativos por meio de um estudo de caso. A qualitativa para realizar a coleta de
informações (questões e narrativas), e quantitativa onde será feita uma análise de capacidade
atual do galpão, com o objetivo de mensurar o quanto pode ser expandido e, com isso, qual será
o ganho em armazenagem possível com a troca da estrutura atual e a implantação de novos
equipamentos de maneira a viabilizar a substituição do leiaute e equipamentos.
De acordo com Creswell (2003), abordagem mista é quando dados qualitativos e
quantitativos são coletados e analisados para estudar um fenômeno em um único trabalho.

5. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
O estudo será feito no centro de distribuição (CD) da empresa que iremos denominar
“produto acabado” que está situada na cidade de São Paulo no município de Mogi das Cruzes.
A empresa comercializa produtos do tipo condicionador de ar em amplas variações e distribui
para diversos cliente saindo de seu CD localizado em SP.
Com o aumento das vendas foi verificado a necessidade de aumentar a capacidade de
armazenagem destes produtos afim de manter estoque para atendimento imediato aos seus
clientes. Após análise da área total da empresa, foi notado a possibilidade de aumentar a
dimensão em metros quadrados, porém, devido a restrições de área de preservação no terreno
aos arredores da empresa está foi descartada. Com isso, foi determinado, que será necessário
redimensionar a área interna com o intuito de obter aumento de capacidade para armazenar os
produtos.
O armazém dispõe da área total de 1183 m² sendo 51,2m de comprimento e 23,1m de
largura e 10m de pé direto. No projeto atual, a intralogística é realizada com empilhadeiras do
tipo convencional, utilizando-se de estruturas porta paletes, para paletes de 1,50m por 1,50m
(largura e comprimento) e com verticalização para 6 paletes, com altura máxima de 1,3m por
palete.
Sua capacidade atual é 1344 posições palete sendo que, os corredores atuais para
movimentação das empilhadeiras possuem 3,1m e os porta paletes por sua vez tem ocupação
total de 1,65m pois, além do espaço para armazenagem dos palete existe o espaço referente a
estrutura de sustentação e o espaço exigido por norma e recomendado pelo fabricante. Na figura
5 abaixo é possível verificar as dimensões atuais do armazém.
Figura 5. Leiaute atual do armazém

Fonte: Autores (2019)

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Dessa forma, podemos calcular a capacidade de armazenagem conforme equação 1


representada abaixo:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚


𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 = (Eq.1)
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑚

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑙𝑒𝑡𝑒 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑥 𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑥 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎


𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 𝑥 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ú𝑡𝑖𝑙 𝑝𝑎𝑙𝑒𝑡𝑒
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧é𝑚 = Á𝑟𝑒𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑚 𝑥 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙

Assim, adotando os valores obtidos a partir da capacidade atual, temos a seguinte


equação:

Volume útil de um palete: 1,5m x 1,5m x 1,3m = 2,93m³


Volume útil de armazenagem: 1344 paletes x 2,93m³ = 3937,9m³
Volume útil do armazém: 51,20 x 23,10 x 10 = 11827,2
Cap. Armazenagem= 3937,9 / 11827,2 = 0,33*100 = 33%
Com isso, podemos dizer, que com o leiaute atual do galpão a capacidade de
armazenagem é equivalente a 33% do volume útil do armazém.

Diante das novas tecnologias encontradas no mercado, a que melhor se adequa as


necessidades da empresa seria a troca da frota de empilhadeiras convencionais por empilhadeira
articuladas que, com base em sua tecnologia de movimentação para entrada e saída de paletes
nas estantes porta paletes é possível reduzir de forma significativa, o tamanho dos corredores
de acesso de forma a expandir a capacidade de porta paletes no armazém e com isso, aumentar
a capacidade de alocar os paletes dentro do espaço atual disponível.
Com o novo projeto de leiaute, com o uso das empilhadeiras articuladas que necessitam
de corredores mais estreitos (1,8 m) e com as mesmas características dimensionais dos paletes
já descrito, será possível aumentar, a capacidade para 1680 posições palete conforme
demostrado a seguir. Na figura 6 é possível verificar as dimensões com o novo leiaute do
armazém.

Figura 6. Proposta para novo leiaute

Fonte: Autores (2019)


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Utilizando-se da mesma equação (eq.1), porém com o novo volume de posições de


paletes:

Volume útil palete: 1,3m x 1,5m x 1,5m = 2,93m³


Volume útil de armazenagem = 1680 paletes x 2,93m³ = 4922,4m³
Nova Cap. Armazenagem = 4922,4 / 11827,2 = 0,42*100 = 42%

Isto posto, caso seja feita a alteração do leiaute e a utilização das empilhadeiras
articuladas, será possível aumentar a capacidade de armazenagem para 42% ante 33% do leiaute
anterior e haverá um aumento de 336 posições de palete.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
É evidente que a partir destes cálculos haverá uma melhora significativa na capacidade
de armazenagem pois o estudo trata de alterar o desenho do armazém já existente não incluindo
obras de ampliação de estrutura do depósito e sim a estrutura interna da área já utilizada.
Haverá certamente o custo de implantação da nova frota de empilhadeiras. O orçamento
estimado é de R$ 242.383,00 por empilhadeira articulada, bem como um custo de $154.235,00
pelo aumento da estrutura porta palete em função do aumento das 336 posições calculadas.
Pelas informações fornecidas pela empresa, serão necessárias 4 empilhadeiras, portanto
o investimento necessário nesse projeto será representado na tabela 1 abaixo:
Tabela 1. Valores para implantação do projeto

Fonte: Autores (2019)


Ainda de acordo com os dados coletados, os produtos armazenados variam muito o preço
conforme tabela 2 a seguir:

Tabela 2. Valores dos produtos

Fonte: Autores (2019)

Ainda segundo a empresa, nos meses de Janeiro/19 e Fevereiro/19 foram


comercializados 137.677 produtos. Cada palete tem a capacidade de armazenar 04 conjuntos
dos produtos do tipo residencial e 02 conjuntos dos produtos do tipo comercial.
Com base no aumento de posições palete e consequentemente o aumento de produtos
comercializados, visto que está informação foi confirmada pela empresa em estudo, é possível
verificar a viabilidade de implantação do projeto e qual seria o tempo médio para que a empresa
tenha retorno do investimento.
Conforme equação 2, será possível calcular o preço médio dos produtos utilizando os
seguintes cálculos:
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(𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑀𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜)


𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑟 = + 𝑀𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
2 (Eq.2)

Sendo, para condicionador de ar residencial:

V.M.C.A. = ((2150,66 – 812,15) / 2) + 812,15 = R$1481,41


Consequentemente, para condicionador de ar comercial

V.M.C.A. = ((7296,02 – 2337,22) / 2) + 2337,22 = R$4816,62

Em seguida, com os valores médios dos produtos, iremos calcular qual o valor de
armazenagem ganho com o novo leiaute.
Na equação 3 iremos obter o valor possível de se armazenar em produtos novos, nos 336
paletes ganhos com a alteração do leiaute de forma a estimar a rotatividade necessária, nesses
paletes, para que haja o retorno do investimento inicial do projeto.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 = ((𝑛º 𝑝𝑎𝑙𝑒𝑡𝑒 𝑥 % 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎) 𝑥 𝑄𝑛𝑡. 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑙𝑒𝑡𝑒) 𝑥 𝑉. 𝑀. 𝐶. 𝐴 (Eq. 3)

Onde, para condicionar de ar residencial será:

V.A.C.A.R. = (((336 * 0,72) * 4) * 1481,41) = R$1.434.004,88

E para condicionador de ar comercial:

V.A.C.A.C. = (((336 * 0,28) * 2) * 4816,62) = R$905.524,56

Sabendo que o valor de venda não reflete o lucro por produto obtido pela empresa, e
que a média de lucro, informado pela empresa, é de 20% valor de venda do produto. Através
da equação 4 será calculado a rotatividade mínima necessária para retorno do investimento.

((𝑉. 𝐴. 𝐶. 𝐴. 𝑅 + 𝑉. 𝐴. 𝐶. 𝐴. 𝐶. ) 𝑥 0,2)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = (Eq.4)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Tempo retorno = ((1.434.004,88 + 905.524,56)*0,2) / 1.123.767,00 = 2,08

Desta maneira, será necessário ocupar 2,08 vezes os 336 paletes ganhos na alteração do
leiaute para que haja o retorno do investimento.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no estudo, podemos verificar a importância de existir a busca continua por
novas tecnologias e formas de trabalho, ou seja, acompanhar o mercado que rege o nosso dia a
dia de forma a obter conhecimento afim de aprimorar os processos internos continuamente. O
estudo demostrou o ganho possível com a aplicação em apenas um processo da empresa e

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poderá ser expandido inclusive através de outras melhorias como inclusão de software para
controle de estoque mais eficazes entre outras tecnologias.
O objetivo do estudo era verificar a estrutura atual da empresa com o intuito de buscar
melhorias e, por meio de uma pesquisa exploratória mista com a coleta das informações
necessárias realizar o estudo levando em consideração todas as informações relevantes passadas
pela empresa. Desta forma, diante da estrutura atual da empresa para a implantação do projeto
e dentro das restrições impostas, verificamos que a alteração do leiaute interno atenderia o
propósito do estudo, uma vez que a altura do galpão e as suas dimensões já estão em sua
capacidade máxima.
A troca da frota de empilhadeira foi o que plenamente atendeu a necessidade da empresa
pois, aumentou o seu espaço de armazenagem e consequentemente o aumento das receitas da
empresa uma vez que terá maior capacidade de armazenagem e consecutivamente maior
disponibilidade dos produtos abrindo caminho para progressivamente ocorrer aumento das
vendas, que conforme mencionado anteriormente, o diferencial no mercado encontrado foi a
disponibilidade imediata para atender seus clientes.
Dessa forma, entendemos que o trabalho alcançou seu objetivo inicial que era melhorar
a capacidade de armazenagem levando em conta o modelo atual de trabalho da empresa.
Compreendemos que outras variáveis deverão ser consideradas futuramente pois como
alcançamos o maior nível de ocupação possível do espaço atual e a perspectiva da empresa é
de crescimento constante dentro desse mercado, será necessário encontrar outras formas de
aumentar capacidade seja terceirizando espaços ou alterar a localização do centro de
distribuição.
REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Logística Empresarial. Editora Atlas, 1ª edição. São Paulo. 1993.

CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativos, quantitativos e misto. 2° Edição.


Porto alegre: Artmed, 2007.

DIAS, Marco Aurélio. Logística, transporte e infraestrutura: armazenagem, operador logístico,


gestão via TI, multimodal. São Paulo: Atlas, 2012.

D’AGUANI, MARCOS. Análise de insalubridade no sistema de abastecimento para


empilhadeiras. São Paulo, 2009.

MECALUX. Site da empresa Mecalux Soluções de Armazenagem. Conteúdo encontrado em


<https://www.mecalux.com.br/cargas-paletizadas/porta-pallets>, em 02/04/2019

MONTOVANI, F.P. Proposta de melhoria do layout de um armazém de vidros automotivos.


Guaratinguetá, 2015.
MOURA. Reinaldo A. Armazenagem: Do recebimento à expedição. São Paulo: Saraiva, 2014.

Notícias > Armazenagem. Revista: Logística e Supply Chain. IMAM, 2011.

RODRIGUES, PAULO R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. Editora Aduaneiras, 2ª edição.


São Paulo. 2007

TONDATO, R. Desenvolvimento de um modelo matemático para dimensionamento de armazéns


com estrutura porta palhetes. Florianópolis, 2014

"O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do (s) autor (es)."


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