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XII FATECLOG

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO:


DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021
ISSN 2357-9684

LOGÍSTICA DE ENTREGA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA


INDÚSTRIA DE EMBALAGEM NO INTERIOR DE SÃO PAULO.

Gabrielly Serra da Costa (Fatec - Jahu)


Gabrielly.costa@fatec.sp.gov.br
Ana Carolina R de Arruda falcão
Ana.falcao01@fatec.sp.gov.br

RESUMO
A logística é a ponte entre a empresa e o cliente. Este artigo tem como objetivo principal
entender e analisar, de forma geral, a logística de entregas feita por uma empresa do interior
de São Paulo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória. Através da
pesquisa bibliográfica e o estudo de caso realizado, compreende-se as estratégias utilizadas
para a separação dos produtos nos caminhões e a distribuição deles pelas vias, tendo como
resultado a qualidade no processo de cada etapa da distribuição. Ao final desse estudo foi
concluído que a empresa atentou em cada etapa do processo logístico e obteve como resultado
a satisfação do cliente.

PALAVRAS-CHAVE: Logística de entregas. Estratégias. Cliente.

ABSTRACT

Logistics is the bridge between the company and the customer. This article's main objective is
to understand and analyze, in general, the logistics of deliveries made by a company in the
interior of São Paulo. For this, a descriptive and exploratory research was carried out.
Through bibliographic research and the case study carried out, the strategies used for the
separation of products in trucks and the distribution of roads are understood, resulting in
quality in the process of each stage of distribution. At the end of this study, it was concluded
that the company paid attention to each stage of the logistical process and obtained customer
satisfaction as a result.

Keywords: Logistics of deliveries. Strategies. Client.

1. INTRODUÇÃO

A logística é a ponte entre a empresa e o cliente. É nesse ponto que as entregas não
devem ser um assunto operacional e sim estratégico para que não tenha problemas que geram
atraso; a área da logística oferece grandes oportunidades de diferencial competitivo e de
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redução de custos da empresa e por isso as entregas devem receber uma atenção e um
acompanhamento detalhado e preciso.
A satisfação do cliente passa pelo processo de entrega é um motivo para os clientes
escolherem os produtos, dentre outros.
Para ter sucesso neste campo da logística, é necessário um bom planejamento. Assim,
é possível definir a estratégia que a equipe de trabalho utilizará, sempre visando superar
obstáculos e atingir metas de produtividade. Nesses momentos, a roteirização determina seu
desempenho e é fundamental, porque a definição dos trajetos possibilitam determinar o
melhor caminho a seguir.
Além do planejamento, para não perder o controle da situação, é necessário monitorar
e rastrear toda a cadeia logística. Um exemplo dessa exigência é um motorista responsável por
determinada carga, que precisa do apoio e acompanhamento, como atendimento rápido em
emergências e soluções para problemas, da empresa durante a viagem para garantir a
qualidade e a segurança na entrega.
Manter o produto em perfeitas condições requer atenção constante. Afinal, os
consumidores não querem receber produtos danificados. Se isso acontecer, o cliente poderá
solicitar substituições e devoluções, o que implicará em mais custos para a empresa.
Portanto, é importante lidar com as etapas com cuidado. Todas as medidas necessárias
devem ser tomadas para garantir a integridade do item durante o processo, desde o
recebimento da mercadoria do fornecedor até o envio ao cliente.
O objetivo deste artigo é entender a gestão de entregas de produtos de uma empresa
de embalagens do interior do estado de São Paulo. A principal motivação para realizar a
pesquisa é mostrar a importância da logística, entendendo o processo de cada etapa das
entregas e os principais desafios encontrados.
Esse artigo apresenta o referencial teórico, no qual esclarece a importância do
gerenciamento de carga. Na sequência, o estudo de caso descreve de que forma a empresa
trabalha em cada etapa do pedido, sendo essa a primeira parte do artigo, e todo processo
logístico envolvido para a realização das entregas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Esse estudo é caracterizado como uma pesquisa descritiva e exploratória, pois segundo
Gil (1999) é exploratória pois visa obter explicações dos fenômenos e formular novas ideias.
Enquanto Fernandes e, de acordo com Gomes (2003) é descritiva porque o estudo tem como
objetivo descrever e analisar determinado fenômeno.
Os recursos de investigação do estudo exploratório foram estudo de caso, pesquisa
bibliográfica e a campo. Para a pesquisa descritiva foram necessárias observações dentro da
empresa e coletas de informações no local, por meio de entrevistas com o gerente da área
pesquisada.

2.1 Gerenciamento de carga

O gerenciamento de carga é um dos aspectos abordados pela


logística de uma empresa, sendo que esta ocupa-se em buscar
caminhos que satisfaçam empresas e clientes. Para Bowesox (2001), a
logística é um esforço das empresas que valorizam e se preocupam com a satisfação do
cliente, para tanto, implantaram uma estratégia de fidelização e aproximação com o menor
preço. Diante desse esforço, quando contextualizada em um conjunto de atividades
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coordenadas entre as empresas, a logística é um fator diferenciador, partindo desse princípio,


pode-se afirmar que a logística influência o ambiente de negócios entre as organizações e os
serviços relacionados ao produto antes e depois da venda.
Para Christopher (1997), o atendimento ao cliente é a principal fonte de vantagem
competitiva. Portanto, o objetivo da logística e da gestão da cadeia de suprimentos é traçar
estratégias que possam fornecer serviços de alta qualidade e baixo custo.
O processo de gestão da logística comercial exige que os participantes sejam
estrategicamente padronizados, obrigando-os a ter simetria nos modelos de gestão, estruturas
e
poder de negociação. Para Ballou (2005), a função de controle requer um padrão de referência
que possa ser comparado com o desempenho das atividades logísticas.
Na busca por oferecer sempre o melhor e assim, garantir a satisfação do cliente, a
gestão de materiais também é fator decisivo numa empresa, como pontua Oliveria, Gavioli
(2012), a gestão de materiais é essencial para qualquer organização que produz bens ou
serviços de valor econômico, com foco específico nos setores industriais e comerciais que
existem em empresas com fins lucrativos, bem como nos setores públicos e setores privados.
Assim como a gestão de materiais, a gestão ou gerenciamento de carga é um dos
aspectos fundamentais da pirâmide para o sucesso da logística, segundo Ballou (2007) o
gerenciamento de carga é o braço operacional da função de movimentação implementada
pelas atividades logísticas, que tem por objetivo assegurar o desempenho eficiente e eficaz do
serviço de transporte.
Na busca pela satisfação do cliente e a garantia de rentabilidade das empresas, um dos
pontos a ser considerado é o gerenciamento de carga e o investimento necessário em
infraestrutura de transporte, ao que segundo os autores Caixeta Filho e Martins (2001),
mesmo que a logística seja vista como o ponto básico de redução de custos do negócio, é
impossível formular políticas de desenvolvimento sem o necessário investimento em
infraestrutura de transporte. Nesse sentido, pode-se dizer que a pesquisa em transporte de
cargas tem se desenvolvido para as mais diversas aplicações, desde questões mais técnicas até
um entendimento mais aprofundado do papel da logística no transporte.
A etapa mais importante na gestão da carga é a organização da rota, sendo necessário
estudar a melhor forma de distribuição da carga, pois será otimizada em termos de tempo de
entrega e custo. Segundo Ballou (2006), à medida que novas restrições são impostas, torna-se
cada vez mais difícil desenvolver boas soluções para problemas de roteamento e programação
de veículos, como janela de tempo, vários caminhões com diferentes pesos e capacidades de
carga, diferentes velocidades máximas em diferentes áreas e obstáculos de tráfego.
Araújo (2003) afirma que roteirizar é determinar a melhor sequência ou rotas que os
veículos devem percorrer para garantir que um requisito seja atendido. O objetivo é reduzir
custos operacionais, melhorar os níveis de serviço, distâncias percorridas e tempo de viagem.
Dessa forma, fica claro que o roteiro é uma ferramenta eficaz para identificar e
analisar oportunidades que, por meio de um planejamento bem elaborado, permitem
gerenciar, monitorar e reduzir custos logísticos e melhorar os níveis de serviço.
De acordo com Novaes (2007), o método Clarke e Wright, criado em 1963, tem sido
amplamente utilizado e com grande sucesso na resolução de problemas individuais, pois
também parece estar embutido em muitos programas de roteirização. Esta ferramenta fornece
várias opções de rota diferentes para desenhar, uma vez que fornece à empresa benefícios
satisfatórios ao organizar diferentes restrições de rota e outras maneiras de distribuir produtos
e serviços aos clientes.
O método conhecido como Varredura, segundo Novaes (2007), é muito mais simples
do que Clarke & Wright, mas menos preciso. Neste método, os pontos de interrupção são
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divididos de acordo com os setores, áreas a serem atendidas. Uma rota diferente é calculada
para cada área até que todos os pontos de parada sejam incluídos na rota. Assim, percebe-se
que o roteiro é uma ferramenta eficaz para identificar e analisar oportunidades que, por meio
de um planejamento bem elaborado, permite gerenciar, monitorar e reduzir custos logísticos e
melhorar os níveis de serviço.

2.3 Estratégia

Segundo Oliveira (2006), as estratégias definem as necessidades de uma estrutura


organizacional em termos de qualificações, que por sua vez definem a estrutura das pessoas,
os sistemas, o estilo administrativo e os valores compartilhados.
De acordo Chiavenato (2009, p. 4)“A estratégia é basicamente um curso de ação
escolhido pela organização a partir da premissa de que uma futura e diferente posição poderá
oferecer ganhos e vantagens em relação a situação presente”. Diante disso, fica estabelecida a
necessidade de planejar ações que desencadeiem em mudanças
Seguindo a ideia do autor, o planejamento logístico cuidadoso repercute em todos os
setores de atividade, promove a expansão da infraestrutura de transporte, melhora a eficiência
e cria estratégias capazes de aumentar a participação de mercado, é necessário considerar
todas as relações entre as principais variáveis que precisam ser consideradas nos sistemas
logísticos. Assim, necessariamente

“A estratégia é uma escolha que envolve toda a organização e


consiste em selecionar, dentre várias hipóteses existentes, qual deve
ser escolhida a respeito dos aspectos internos e externos da
organização e tomar as decisões com base nessa opção”.
(CHIAVENATO, 2009, p.4)

O autor de Chiavenato (2009) atribui o mesmo valor à visão e ação para o bom
estrategista. Visão, pois abrange o conceito amplo de espaço e tempo, ou seja, deve visualizar
o todo e a ação, execução da visão, pois deve ver mais além, olhar para a frente e dar
cumprimento ao planejamento. Para tanto, É preciso também traçar metas, e essa é uma das
etapas da estratégia, sendo que estas devem estar bem definidas. Precisa -se entender que
existe uma diferença entre objetivos e metas. O objetivo são resultados maiores em que você
realmente deseja atingir, já as metas que são alcançadas em curto prazo, servindo como um
passo a passo para atingir o objetivo.
Drucker (1997) afirma que quando uma empresa define objetivos e metas e se esforça
para alcançá-los, ela define claramente a explicação da sua existência , o que e como o faz e
para onde quer ir.
Para que se tenha um plano e que não venha ter resultados negativos, uma das opções
é o treinamento de equipe, como é defendido por Chiavenato (2000), visto que isso possibilita
a qualificação dos funcionários que refletirá, diretamente, na qualidade dos serviços e nos
produtos da empresa, além da redução dos custos. Para ele treinar significa o preparo da
pessoa para o cargo, enquanto o propósito da educação é o de preparar a pessoa para o
ambiente dentro ou fora do seu trabalho.
Bertaglia (2003) conclui que a boa governança fornece às organizações uma vantagem
competitiva em serviços, redução de custos e resposta rápida às necessidades do mercado,
uma vez que essas organizações também precisam ser competitivas em termos de preço,
qualidade e diferenciação.
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Como foi pontuado, há a necessidade de estratégias para melhores resultados e


satisfação do cliente e da empresa, sendo que o gerenciamento de carga contribui para a
obtenção e tais objetivos, como pode-se observar no estudo de caso.

3. ESTUDO DE CASO

Este estudo de caso foi elaborado através de uma pesquisa descritiva e exploratória,
que se tornou possível mediante a descrição dos dados cedidos por uma empresa de
embalagem do interior Paulista.
A empresa analisada se encontra no interior de São Paulo e foi fundada em 2010, pos-
sui cento e vinte (120) funcionários , quinze (15) como motoristas. A organização contém
quatro (4) vans e onze (11) caminhões, sendo:

 Cinco (5) caminhões Truck, também chamado de “Trucado”, possuindo 3


eixos, um frontal e dois traseiros; largura máxima de 2,65 metros;
comprimento máximo de 14 metros; capacidade de 10 a 14 toneladas; peso
bruto máximo de 23 toneladas.
 Quatro (4) VUC (Veículo Urbano de Carga), caminhão ¾ é o menor porte e
mais indicado para circular em áreas urbanas, possui dois (2) eixos, um frontal
e um traseiro; largura máxima de 6,30 metros; capacidade até 6 toneladas; peso
bruto máximo de 10 toneladas.
 Um (1) caminhão toco ou semipesado, possui 2 eixos, um frontal e um
traseiro, com tração no frontal; capacidade de 7 toneladas; tem até 14 metros
de comprimento; peso bruto (caminhão toco mais carga) de até 14 toneladas.
 Um (1) Veículo Leve de Carga (VLC), tendo 2 eixos, um frontal e um traseiro;
largura máxima de 2,20 metros; comprimento máximo de 6,30 metros;
capacidade até 4 toneladas; peso bruto máximo de 8 toneladas.

O processo de entrega da mercadoria tem início pelo setor comercial, o cliente realiza
o pedido com o seu vendedor pelo whatsapp ou telefone, após o pedido ser confirmado ele é
impresso e separados por setorização do país, o prazo médio para formar rotas e realizar as
entregas é de 20 dias aproximadamente. Uma vez por semana o diretor da empresa retira os
pedidos que estão na fila de espera e são entregues para o departamento da logística, no qual
inseri em uma ferramenta de roteirização (Reouteasy)1 e observa se todos os pedidos dão liga
para as entregas; logo essas vias são entregues ao DCP ( Departamento Controle de
Produção).
A logística faz as rotas definindo tipo de veículos, carga cubada, motorista para o
desenvolvimento da rota, planeja a saída e retorno para que seja entregue toda a remessa
faturada. Após a roteirização é impresso uma ordem de carregamento para expedição
conforme a ordem de entrega, ou seja, o primeiro pedido que entra no veículo é o último que
sai e finalizado a separação é enviados os pedidos para o faturamento.
Todos os pedidos faturados são devolvidos para o setor de logística para a conferência
de peso e valores correspondentes a rota, concluído essa etapa os pedidos faturados são
entregues ao conferente da carga para confirmar se o que foi separado está de acordo com o

Routeasy é um software para roteirização.


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faturamento. Realizado essa tarefa é devolvido ao responsável da logística novamente para


que complete com a documentação da viagem (romaneio de entrega, registo de km diária e
diário de bordo). Como mostra a figura 1:

Figura 1: O processo do pedido

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Fonte: Autor (2021)

No momento em que o logístico recebe os pedidos ele visualiza o peso de cada


mercadoria, a quantidade recebida, qual caminhão vai para cada região do país, quais compras
são frete do cliente e quais pedidos são necessários serem embarcados por transportadora. É
preciso se preocupar com as rotas, verificando o curto e melhor caminho a se fazer para que
tenha também a economia nas viagens, é imprescindível estar atento com os horários em que
os clientes conseguem estar recebendo a mercadoria para que não tenha atraso das demais
entregas, outro fator importante é o peso do caminhão, não pode ultrapassar a capacidade pois
há possibilidade de ocorrer acidente fatal, tomar multa de balança e danificar o veículo, como
pneus.
A empresa tem como estratégia encontrar a forma de entrega mais rápida do pedido,
tendo como objetivo principal a satisfação do cliente e meta elaborar um planejamento de
entrega eficiente para que isso ocorra.
Uma das grandes importâncias dos planejamentos da logística da empresa é a redução dos
custos através dos pedágios, tempo de viagens nas rodovias, rotas percorridas e capacitação de
equipe; o último item citado é importante ressaltar, pois com a capacitação dos motoristas e as
orientações dadas sobre as viagens que vão percorrer, reduz a possibilidade de se perder e
evitando contratempos.
Quando os colaboradores da expedição carregam a mercadoria no caminhão, precisam se
preocupar com os relatórios que a logística liberou para eles, pois isso dará suporte de cada
entrega, carregando a última em primeiro lugar e assim sucessivamente. Para que não venha
prejudicar o produto durante a viagem, os funcionários devem amarrar os pacotes e caixas de
cada cliente para que durante o percurso o material não venha ser danificado e haver
descontentamento do comprador.
Cada motorista possui um relatório de entregas com horários e precisam estar atentos
para que não haja atrasos no seu almoço e jornada de trabalho. As suas viagens são
controladas por um rastreamento, do responsável da logística, onde consegue estar rastreando
os caminhões e dando as orientações necessárias para cada um, dessa forma o logístico fica
ciente em tempo real de algum problema e consegue agir rapidamente para que não haja mais
delongas. Quando o motorista recebe o romaneio, o responsável do departamento da logística
mostra a rota que ele precisa traçar, caso haja dúvidas é explicado com mais detalhes, e assim,
portanto, qualificando mais os seus funcionários.

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Para a realização das entregas na cidade de Jaú-SP e a sua região, são utilizadas duas
vans, os motoristas conseguem viajar e voltar no mesmo dia para a empresa; as outras duas
estão na cidade de São Bernardo do Campo-SP onde se localiza o Centro de Distribuição
(C.D) da indústria, elas realizam as entregas na cidade de São Paulo, região metropolitana e
litoral. Os caminhões são responsáveis pelas entregas no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro,
parte de Minas Gerais, Paraná Norte e Paraná Sul, Espirito Santo, Santa Catarina, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e entregas nas transportadoras, os motoristas passam a semana
viajando para finalizar o trabalho. As transportadoras são usadas para transportar a mercadoria
dos clientes em outros Estados, como Norte, Nordeste e Rio Grande do Sul.
Cada caminhão quando carregado tem em média de 50 pedidos para serem entregues,
em regiões mais distantes como Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
geralmente, os clientes acabam realizando pedidos maiores, para terem um estoque em grande
proporção e a quantidade de entregas , muitas vezes, são menores. Quando o motorista realiza
as entregas eles ficam em média de 20 minutos por clientes, exceto aos clientes que fazem
uma compra maior, nesses casos o motorista fica de uma hora à duas horas para finalizar a
entrega.
Os dois fatores mais importantes das realizações das entregas é a qualidade que o produto
chegará para o comprador, como o primeiro fator e o segundo é a gentileza do motorista para
com os consumidores, pois o desembarque da mercadoria é o fechamento do ciclo do pedido
(venda – produção – entrega).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o estudo realizado na empresa foi percebido que a logística segue o que o
autor Araújo (2003) diz sobre a roteirização, estudam a melhor sequência que os veículos
precisam percorrer, reduzindo o custo operacional. Observou-se também que o logístico,
estuda os detalhes de cada pedido para formalizar uma estratégia de entregas rápida e que o
cliente receba de acordo com as suas especificações de recebimento de mercadoria, esse
departamento se preocupou e se preparou com os imprevistos que poderia acontecer durante o
trajeto.
A empresa atingiu o seu objeto e meta, que são, obter a satisfação do cliente e elaborar
estratégias eficiente para que isso aconteça. A logística da empresa faz uso, também, da
estratégia de preparar os motoristas para a viagem, dessa forma estarão prontos para oferecer
o melhor serviço ao cliente.
Foi percebido também que a capacitação que o responsável da logística oferece aos
seus motoristas, ajuda não se perderem nas rotas que precisam traçar, mesmo que seja em
lugares novos não percorridos ainda. A empresa possui poucas reclamações sobre as entregas
e bastante elogios pelo atendimento dos motoristas.
Durante o carregamento da mercadoria no caminhão, a expedição obteve o cuidado de
conferir a carga e colocar de acordo com o romaneio entregue pelo responsável da logística,
foram cuidadosos em amarrar a carga para que durante a viagem a mercadoria não venha
chegar danificada ao cliente.
Conclui-se que os colaboradores do departamento da logística da indústria alvo desse
artigo possuem um cuidado em cada processo dos pedidos dos clientes, examinam as
melhores formas para a entrega do pedido e encerram com um resultado positivo ao final do
trabalho.

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5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante ao estudo feito e a pesquisa realizada, foram constatados os processos


utilizados para que tivessem um bom desempenho e a satisfação do cliente empregada pela
empresa. A principal importância desse artigo é mostrar os métodos em geral aplicado
para a realização das entregas e analisar as técnicas de cada processo, observando o sucesso
que as estratégias e visões do logístico obteve.
Logo, este artigo poderá servir de estudo para futuras empresas que projetam como
referência o método de trabalho da empresa, bem como para pessoas que se interessam na
aprendizagem de um processo de entregas.

REFERÊNCIAS

BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5ª ed.


Porto Alegre/SC: Bookman, 2006.

CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento Estratégico: Da Intenção aos resultados. 2°


edição. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2009.

FILHO, José V. C.; MARTINS, Ricardo S. Gestão logística do transporte de cargas, 1. Ed.
São Paulo: Atlas, 2001.

LACOMBE, Francisco; Recursos Humanos: Princípios e Tendências, São Paulo: Editora


Saraiva, 2005.

NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de distribuição. 2°


edição. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2001.

ROGER, David L., Transformação Digital: Repensando o Seu Negócio para a era digital,
1 e.d. Editora Autêntica Business, 2017.

BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Cadeia de Suprimentos. 3° edição. São Paulo:


Editora Saraiva, 2017.

BOWESEX, Closs. Logística Empresarial: O processo de integração da Cadeia de


Suprimentos 1° edição. São Paulo: Atlas, 2001.

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1999.

ARAÚJO, Antonio Carlos. Teoria Geral do Processo. 19° edição. São Paulo: Malheiros,
2003.

DRUCKER, Petter F. O Gestor Eficaz. 11° edição. Rio de Janeiro: LTC, 1990.

FERNANDES, L. A; GOMES, J. M. M. Relatórios de Pesquisas nas Ciências Sociais:


Características e modalidades de investigação. Com Texto, Porto Alegre, v. 3, n. 4, 2003.

GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas S.A, 1999.

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